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BURITI
BURITI
Entre as várias espécies de palmeiras o buriti se destaca pela sua imponência e leve beleza, quando na época de frutificação, seus cachos de frutos descem em cascata, com cores e brilhos inigualáveis.
Mauritia flexuosa L. f.
Classificação Botânica Família Palmae Gênero Mauritia Espécie Mauritia flexuosa L. f.
Mauritia flexuosa L. f.
Universidade Federal de Alagoas Campus Arapiraca Suzanne Nunes Barbosa Aparecida de Souza da Silva
A árvore da vida
Suzanne Nunes Barbosa Agronomia 7° período
Aparecida de Souza da Silva
Mauritia flexuosa L. f.
Ocorrência – Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Tocantins até São Paulo e Mato Grosso do S u l Outros nomes – coqueiro buriti, miriti, boriti, moriti, muriti, caradá guaçu carandaí guaçu, palmeira dos brejos, buritiz e i r o Características – espécie de porte elegante com estipe ereto, solitário, de até 35 m de altura, com 30 a 50 cm de diâmetro. Folhas grandes, dispostas em leque, em número de 20 a 30, com 3 a 5 m de comprimento por 2 a 3 m de largura. Flores em longos cachos de até 3 m de comprimento, de coloração amarelada. Fruto elipsóide-oblongo ou, ocasionalmente, globoso-oblongo, castanho -avermelhado, de superfície revestida por escamas córneas brilhantes, com 3,7 a 5,3 cm de comprimento e 3 a 5,2 cm de diâmetro. Polpa marcadamente amarela. Semente oval dura e amêndoa comestível. Habitat – solos alagados, igapós, beira de rios e igarapés e veredas dos cerrados, onde fo r m a m g r a n d e s c o n c e n t r a ç õ e s . Propagação – sementes
Utilidade – da polpa prepara-se doces, raspas de buriti, paçoca. Com ela produzem-se diferentes tipos de sorvetes, cremes, geléias, licores e vitaminas de sabores exóticos e alta concentração de vitamina C. Da polpa também se extrai um óleo de cor vermelho utilizado contra queimaduras, de efeito aliviador e cicatrizante e alimentação, apresentando altos teores de vitamina A. Também comestível é o palmito extraído do broto terminal da planta. Com as folhas crescidas - ou "palhas", com suas fibras e com seus brotos, pode-se fazer: a caroça de vedar chuva, o tapiti de espremer massa de mandioca, o paneiro de empaiolar farinha, uma gradação de balaios, esteiras, mantas, redes de dormir, cordas, abanos e chiconãs de carregar galinha. O estipe fornece, por incisão, um líquido adocicado e agradável com o qual se mata a sede. Fermentado, esse mesmo líquido se transforma em uma bebida conhecida por "vinho de buriti". A farinha de buriti, produzida a partir da parte interna do estipe da palmeira.
O fruto é muito apreciado pela fauna integrando a dieta de mamíferos como a cutia, a capivara e a anta, e de aves como a arara. Da madeira produz-se tradicionais caixinhas de delicada marcenaria que embalam os tradicionais doces vendidos nas feiras regionais. Moderadamente pesada e dura, também é empregada em construções rurais e ranchos rústicos. O tronco rachado ao meio é muito utilizado na construção de calhas para bicas d'água. A palmeira pode ser utilizada em paisagismo. Florescimento – dezembro a abril Frutificação – dezembro a julho