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Psicologia Aplicada Adm - Seção 12

Psicologia Aplicada à Administração - Seção 12

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Psicologia Aplicada à Administração Prof. Leonel Tractenberg, M.Sc. 2013/2 Seção 12 1 Objetivos da Seção Compreender a importância das atitudes e sua relação com o comportamento e satisfação no trabalho. Entender o processo de dissonância cognitiva, o mecanismo de mudança de atitudes. 2013/2 Seção 12 2 Conteúdo da Seção Relação atitude-percepção-comportamento. A importância de conhecer as atitudes. Os componentes das atitudes. Coerência, dissonância e mudança de atitudes. Teoria do Equilíbrio de Heider. 2013/2 Seção 12 3 A Importância de Conhecer as Atitudes O levantamento de atitudes (por meio de entrevistas, questionários, dinâmicas etc.) possibilita entender predisposições comportamentais de: candidatos ao trabalho (entrevista de seleção); consumidores (atitudes em relação à determinada marca ou produto); funcionários da empresa (satisfação, comprometimento, liderança, motivação); da organização como um todo (clima organizacional). 2013/2 Seção 12 4 Atitudes Atitudes são avaliações favoráveis ou desfavoráveis em relação a pessoas, eventos, situações ou objetos. Possuem três componentes: Cognição (avaliação racional) Afetivo Tendência Comportamental (propensão a agir de determinada forma) (sentimento) 2013/2 Seção 12 5 Os três componentes das Atitudes Cognitiva Conhecimentos, crenças associadas a um “objeto” (ideia, situação, pessoa, grupo etc.). Valorativa, avaliativa ou emocional Valor ou julgamento com carga emocional associada (positiva, neutra, negativa, ambivalente) de intensidade variada. 2013/2 Seção 12 6 Os três Componentes das Atitudes Predisposição comportamental Predisposição para agir ou tendência de comportamento em relação ao objeto. Os comportamentos podem manifestar-se ou não, dependendo de situações ou contextos que os provoquem ou inibam. 2013/2 Seção 12 7 Os três Componentes das Atitudes Na “raiz das atitudes existem crenças e valores fundamentais”, relacionados à identidade: aquilo que a pessoa acredita ou quer ser; aquilo que a pessoa acredita que os grupos de referência significativos esperam que ela seja. Essas crenças e valores fundamentais têm forte carga emocional (convicções do certo/errado, justo/injusto etc.). 2013/2 Seção 12 8 A Relação entre Atitudes, Percepções e Comportamentos Atitudes influenciam as nossas formas de perceber e agir sobre o mundo. Ao mesmo tempo, a percepção dos nossos comportamentos pode influenciar nossas atitudes: adaptamos certas atitudes para justificar comportamentos. 2013/2 Comportamentos manifestos Percepção Atitudes Cognições e sentimentos (memórias, conhecimentos, crenças, valores etc.) Seção 12 9 Nossas atitudes se estruturam em uma rede de significados Estrutura horizontal Crença fundamental (forte): “creio em Deus, quero seguir seus ensinamentos” Estrutura vertical 2013/2 Crença fundamental: “não sou promíscuo” Derivada: “a Bíblia é o ensinamento de Deus. Ela diz: sexo antes do casamento é pecado” Derivada: “sexo antes de casar é promiscuidade” Atitude manifesta: “sexo antes do casamento é errado” Derivada: “promiscuidade leva a doenças sexuais” Seção 12 10 Coerência Cognitiva Há uma tendência a mantermos coerência entre atitudes e comportamentos. A tendência à coerência manifesta-se: entre os 3 componentes de uma atitude; entre nossas crenças fundamentais e atitudes; entre duas ou mais atitudes nossas; entre nossas atitudes e as das outras pessoas dos nossos grupos de referência. 2013/2 Seção 12 11 Coerência Cognitiva e Comportamento A tendência a manifestar um comportamento coerente com as atitudes é maior quando: as atitudes são importantes; as atitudes são específicas; a atitude é baseada na vivência pessoal e não numa mera opinião; a pessoa tem consciência das atitudes; existe pressão social para a ação. 2013/2 Seção 12 12 Coerência Cognitiva e Resistência à Mudança Quanto maior a coerência entre nossas cognições e emoções, maior... a tendência ao comportamento coerente com elas; a estabilidade das nossas atitudes e resistência à persuasão ou modificação das mesmas. Quanto mais fortemente ligada a outras atitudes, mais difícil é mudar uma atitude. 2013/2 Seção 12 13 Dissonância Cognitiva Dissonância cognitiva = desconforto ou tensão psicológica pela incompatibilidade entre: as componentes internas de uma atitude; duas ou mais atitudes da mesma pessoa; entre atitudes e comportamentos da mesma pessoa. 2013/2 Seção 12 14 Dissonância Cognitiva: Alguns Exemplos Dissonância entre componentes de uma atitude: “a mulher gosta de um rapaz (emoção) e ela sabe (cognição) que ele não gosta dela”. Dissonância entre atitudes da mesma pessoa: Atitude 1: “tenho que estudar para a prova” versus Atitude 2: “preciso aproveitar o final de semana”. Dissonância entre atitudes e comportamentos: Atitude 1: “eu deveria parar de fumar” versus Comportamento: fumar vários cigarros por dia. 2013/2 Seção 12 15 Quando a Dissonância Cognitiva pode levar a mudanças Apesar das tendência à coerência, nem sempre o comportamento é coerente com a atitude: Exemplo: A pessoa pode estar insatisfeita com o casamento, mas não significa que irá se separar. A mudança de atitude ou de comportamento só ocorrerá se o nível de dissonância for alto. 2013/2 Seção 12 16 Quando a Dissonância Cognitiva pode levar a mudanças O grau de dissonância depende... da proporção (quantidade) de elementos dissonantes; da importância ou valor atribuído a cada um desses elementos; do grau de controle, responsabilidade ou consciência desses elementos. Se a dissonância for muita, pode levar a mudanças, tentando minimizá-la. 2013/2 Seção 12 17 Formas de Reduzir a Dissonância Para reduzir a dissonância as pessoas podem: minimizar a importância da atitude dissonante; Exemplo: “o marido não é tão ruim assim” maximizar a importância de outras atitudes; Exemplo: “separar dá muito trabalho” mudar o seu comportamento. Exemplo: separar-se do marido 2013/2 Seção 12 18 Atitudes no trabalho Dentre as atitudes mais relevantes para entender o comportamento das pessoas no trabalho estão: satisfação geral com o trabalho; envolvimento (identificação) com o trabalho; comprometimento (identificação) com a organização: afetivo – identificação de base emocional; instrumental – necessidade prática, racional; normativo – obrigação contratual, moral ou ética. engajamento – envolvimento, entusiasmo e satisfação. Essas atitudes são inter-relacionadas e interdependentes. 2013/2 Seção 12 19 Questões para Reflexão Ler textos: Robbins, S. et al. Comportamento organizacional. 14. ed. São Paulo: Pearson, 2010. Cap. 3 Fraga, P.N. Atitude do consumidor: o caminho para a persuasão. Trabalho apresentado ao GT de Publicidade e Propaganda do VIII Congresso de Ciências da Comunicação, Passo Fundo, RS, 2007. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/regionais/sul2007/resumos/ R0188-1.pdf Acesso em: 19/07/2011 Responder questões: Por que as atitudes são bons preditores de comportamentos? De que forma a pesquisa de atitudes contribui para o Marketing? 2013/2 Seção 12 20 Básica: Robbins, S. et al. Comportamento organizacional. 14. ed. São Paulo: Pearson, 2010. Cap. 3. Bibliografia 2013/2 Seção 12 21 Complementar: Fraga, P.N. Atitude do consumidor: o caminho para a persuasão. Trabalho apresentado ao GT de Publicidade e Propaganda do VIII Congresso de Ciências da Comunicação, Passo Fundo, RS, 2007. Disponível em: http://www.intercom.or g.br/papers/regionais/su l2007/resumos/R01881.pdf Acesso em: 19/07/2011 Bibliografia 2013/2 Seção 12 22 Aprofundamento: Bastos, A.V.B. Comprometimento organizacional: um balanço dos resultados e desafios que cercam essa tradição de pesquisa. RAE, v.33, n.3, pp.52-64, Mai./Jun., 2003. Disponível em: http://www.gerenciamento .ufba.br/MBA%20Disciplinas %20Arquivos/Lideranca/Co mprometimento%20organiza cional%20%20um%20balan%C3%83%C2 %A7o%20dos%20resultados%2 0e%20desafios%20que%20cer cam%20esta%20tradi%C3%83 %C2%A7%C3%83%C2%A3o%20 de%20pesqui.pdf Acesso em: 19/07/2011. Michener, H.; Delamater, J. Myers, D. Psicologia social. São Paulo: Pioneira Thomson, 2005. Cap. 6. Bibliografia 2013/2 Seção 12 23