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Psicologia Aplicada Adm - Seção 06

Psicologia Aplicada à Administração - Seção 06

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Psicologia Aplicada à Administração Prof. Leonel Tractenberg, M.Sc. 2013/2 Seção 6 1 Objetivos da Seção Ampliar a compreensão da diversidade, focalizando nas diferenças de inteligência / habilidades intelectuais. Descrever alguns elementos da trajetória sóciohistórica do desenvolvimento das teorias da inteligência. Discutir a importância do conceito de múltiplas inteligências e da inteligência emocional para o administrador. 2013/2 Seção 6 2 Conteúdo da Seção A Inteligência na Sociedade Industrial: A valorização do raciocínio lógico-matemático e o Teste de QI. A Inteligência na Sociedade Pós-Industrial: A valorização das inteligências múltiplas e da Inteligência Emocional. 2013/2 Seção 6 3 Introdução O conhecimento do gestor sobre as diferenças de inteligência e de personalidade contribui para... o autoconhecimento do administrador; a tomada de decisões em situações como: seleção de pessoal, treinamento e desenvolvimento de pessoas, composição de equipes, estilo de liderança a adotar, administração de conflitos; o respeito, a valorização e a gestão da diversidade nas organizações. 2013/2 Seção 6 4 A Inteligência na Sociedade Industrial Alfred Binet, França, 1905: um dos primeiros estudiosos das diferenças de inteligência; desenvolveu teste para medir inteligência das crianças e identificar alunos com “idade mental” inferior à “idade cronológica”; questões de raciocínio lógico e resolução de problemas eram aplicadas em crianças de diversas idades e níveis escolares; análises estatísticas determinavam quem se situava abaixo ou acima das médias. 2013/2 Seção 6 Imagem: Wikimedia Commons 5 A Inteligência na Sociedade Industrial O famoso teste de QI (Escala de Inteligência Stanford-Binet) é apenas um dos testes de inteligência existentes. Essa escala inclui dezenas de questões sobre: raciocínio verbal; raciocínio quantitativo; raciocínio abstrato/visual; memória. 2013/2 Seção 6 6 A Inteligência na Sociedade Industrial Determinadas formas de inteligência são mais valorizadas que outras, conforme a cultura e o período sócio-histórico. Conhecimentos e habilidades valorizados nos trabalhadores da sociedade industrial: “White collars” (executivos e especialistas): raciocínio lógico-matemático, capacidades analíticas e verbais, de planejamento, decisão, conhecimentos técnicos, criativas. “Blue collars” (operários): habilidades físicas, psicomotoras, visuo-espaciais, operacionais, manuais reprodutivas. 2013/2 Seção 6 7 A Inteligência na Sociedade Industrial Algumas implicações dessa divisão: inteligência vista exclusivamente como capacidade analítica e lógico-matemática; valorização da matemática, das ciências exatas e linguagem nas escolas, em detrimento de outros saberes (artes, filosofia etc.); valorização do QI pelo mercado de trabalho; uso dos testes de QI (e outros) para classificar e selecionar profissionais. 2013/2 Seção 6 8 A Inteligência na Sociedade Pós-Industrial Na maioria dos trabalhos (inclusive os que exigem habilidades psicomotoras), o bom desempenho está relacionado a habilidades intelectuais mais altas. Contudo, a correlação entre inteligência e satisfação é quase nula porque as pessoas mais inteligentes costumam ser mais críticas e esperar mais. Daniel Goleman argumenta que o alto QI ou altas notas na faculdade não garantem o sucesso profissional. Defende que a inteligência emocional é importante. 2013/2 Seção 6 9 A Inteligência na Sociedade Pós-Industrial Nas últimas décadas, com as transformações no mundo do trabalho (contexto da sociedade pós-industrial), a sociedade passa a valorizar novos conhecimentos e habilidades para além dos lógico-matemáticos: criatividade (inovação); visão estratégica e tomada de decisão; relacionamento interpessoal (atendimento, trabalho em equipe, negociação, comunicação etc.); resiliência (capacidade de lidar com o estresse); capacidade de autogestão (administração do tempo, autocontrole etc.). 2013/2 Seção 6 10 As Múltiplas inteligências de Garner e Goleman Lógico-matemática – cálculo e de resolução de problemas. Estratégica – tomada de decisão em contextos complexos. Interpessoal – empatia, percepção social e comunicação. Intrapessoal – autoconsciência, automotivação, autogestão. Verbal – interpretação e expressão linguística. Visuo-espacial – percepção do espaço e do movimento. Corporal-cinestésica – expressão e habilidade psicomotora. Naturalista – percepção, convívio e relação com a natureza. Pictográfica – expressão por meio do desenho, pintura e da imagem. Musical – expressão musical. 2013/2 Seção 6 11 Componentes da Inteligência Emocional (IE) Autoconsciência – consciência de si, dos próprios sentimentos, capacidade de autoanálise e elaboração. Autogerenciamento – habilidade de automonitorar e autocontrolar as emoções. Automotivação – persistência frente aos fracassos e desafios, cultivo do otimismo e da autoestima. Empatia – capacidade de perceber o outro. Habilidades interpessoais – capacidade de lidar com a expressão emocional dos outros, de expressar emoções e de adaptar-se ao contexto social. 2013/2 Seção 6 12 Críticas à IE Atualmente o conceito de IE é muito popular, sobretudo na literatura de Administração. Segundo estudiosos, esse conceito necessita de mais pesquisas a fim de ser validado cientificamente: “A inteligência emocional talvez seja o conceito psicológico mais popular do final do século XX. Rodeada mais de expectativa do que comprovação científica, a inteligência emocional não alcança, ainda, uma definição semântica e tampouco de validade psicométrica para que possamos considerá-la um tipo de inteligência.” (Roberts, 2002). 2013/2 Seção 6 13 Crítica à IE O maior divulgador da IE, Daniel Goleman, utiliza uma argumentação apelativa e fracamente fundamentada. As abordagens à IE geralmente seguem um modelo diagnósticoprescrição, no sentido de: identificar o “nível” de IE da pessoa; sugerir formas da pessoa desenvolver os aspectos mais “fracos” de sua IE. Abordagens como a Psicanálise e a Psicologia Humanista proporcionam visões mais integradas e profundas sobre a dinâmica psíquica. 2013/2 Seção 6 14 Questões para discussão Ler texto: Robbins, S. et al. Comportamento organizacional. 14.ed. São Paulo: Pearson, 2010. Cap. 2 (p.48 a 53) e Cap. 4. Responder a questão: Até que ponto pode-se prever o desempenho e produtividade dos profissionais a partir da(s) sua(s) inteligência(s)? O contexto/ambiente não teria uma influência maior sobre esse desempenho? 2013/2 Seção 6 15 Básica: Robbins, S. et al. Comportamento organizacional. 14.ed. São Paulo: Pearson, 2010. Cap. 2 (p.48 a 53) e Cap. 4. Bibliografia 2013/2 Seção 6 16 Complementar: Bock, A.M.M.; et al. Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. 13.ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 1999. Cap. 19 Correia, M. Inteligência emocional: da revolução à controvérsia. Estudos de Psicologia 1997, 2(2), 413-419. Disponível em: http://www.scielo.br/p df/epsic/v2n2/a14v02n2 .pdf Acesso em: 18/07/2011. Bibliografia 2013/2 Seção 6 17 Aprofundamento: Goleman, D. Inteligência emocional. 6. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995. Roberts, R.D et al. Inteligência Emocional: um constructo científico? Cadernos de Psicologia e Educação Paideia, 2002. Disponível em: http://sites.ffclrp.usp.br /paideia/artigos/23/05. pdf Acesso em 18/07/2011. Schultz, D.P.; Schultz, S.E. História da psicologia moderna. São Paulo: Pioneira-Thomson Learning, 2005. Cap. 8. Bibliografia 2013/2 Seção 6 18