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Protozoários E Fungos

Morfologia e reprodução de Protozoários e fungos

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Cidade: Zé Doca Disciplina: Biologia Professor: Jorge Gabriel Botelho Aluno (a): Larissa dos Anjos Protozoários e fungos Zé Doca 2014 Cidade: Zé Doca Disciplina: Biologia Professor: Jorge Gabriel Botelho Aluno (a): Larissa dos Anjos Protozoários e fungos Trabalho apresentado a disciplina de biologia da prof (a): Jorge Botelho como requisito parcial para obtenção de nota do primeiro semestre. Zé Doca 2014 Protozoários Os protozoários (do grego protos, 'primeiro'; zoon, 'animal') são eucariontes unicelulares desprovidos de clorofila: vivem isolados ou formando colônias nos mais variados tipos de ambientes; podem ser aeróbicos ou anaeróbicos e exibir vida livre ou associar-se a outros organismos. Os protozoários são microscópicos, mas existem exceções. O Spirostomum, por exemplo, que mede cerca de 5 mm de comprimento, pode ser visualizado a olho nu. Morfologia Como podem ser de dois tipos aeróbicos ou anaeróbicos nesse último caso, podem se comportar como: Comensais – alojam-se no organismo hospedeiro sem causar danos, nutrindo-se de seus restos; é o caso da Entamoeba coli, protozoário comensal que pode ser encontrado no intestino humano; Mutualísticos – estabelecem com o hospedeiro uma relação de benefícios mútuos; é o caso do Trichonympha collaris, que vive no intestino de cupins, onde promove a digestão de celulose, auxiliando, assim, a nutrição desses animais; em troca, o protozoário encontra no inseto alimento e hábitat adequado para sua sobrevivência; Parasitas do ser humano e de outros seres vivos, conforme veremos ao longo do trabalho. Imóveis ou deslocando-se por meio de cílios flagelos ou pseudópodes, os protozoários se classificam de acordo com o tipo e a presença, ou ausência, dessas organelas locomotoras. Assim, subdividem-se em: Rizópodes ou sarcodíneos – locomovem –se por meio de pseudópodes; Ciliados – locomovem-se por meio de cílios; Esporozoários – são desprovidos de organelas locomotoras; Flagelados ou mastigóforos – locomovem-se por meio de flagelos Rizópodes ou sarcodíneos São protozoários que se deslocam e se alimentam produzindo extensões celulares chamadas pseudópodes (do grego pseudos, 'falso'; podos, 'pés'). Todos os tipos de amebas pertencem a essa classe. A maioria das é de vida livre: poucos têm vida associada como parasitas, simbiontes ou comensais. podendo ser dulcícolas ou marinhas. Nas amebas dulcícolas, além das organelas comuns de uma célula, constata-se q presença de um vacúolo denominado contrátil ou pulsátil. Nas amebas marinhas –, o vacúolo pulsátil seria funcionalmente inativo, o que justifica a ausência dessa organela em tais protozoários. Ciliados São protozoários portadores de cílios que se prestam à locomoção e captura de alimentos. A maioria dos ciliados tem vida livre no meio aquático são abundantes em água doce e salgada e exibem vida livre ou associada a outros seres vivos. Esporozoários Os esporozoários (do grego spora, 'semente'; zoon, 'animal') são protozoários parasitas, desprovidos de organelas de locomoção e vacúolos pulsáteis. São todos parasitas e muitos deles causam doenças em animais, inclusive o homem. Entre as doenças causadas por esses microrganismos podemos citar a malária humana e a coccídeos em aves e coelhos. Flagelados ou mastigóforos Protozoários portadores de flagelos que se prestam à locomoção e captura de alimentos, os flagelados ou mastigóforos (do grego mastix, 'chicote'; phoros, 'portador') podem ser encontrados isolados ou formando colônias, em agua doce ou salgada e na terra. Muitas espécies de flagelados parasitam o ser humano. A reprodução dos protozoários Os protozoários reproduzem-se principalmente de forma assexuada. A cissiparidade e a gemiparidade são muito frequentes. Em alguns casos ocorre a esporulação, tipo de reprodução na qual uma célula sofre seguidas divisões nucleares; cada núcleo, e então, isola-se com uma parte do citoplasma, mediante a constituição de uma nova membrana envolvente. Assim, formam-se várias células menores, que originam, por sua vez, novos indivíduos. Também pode ocorrer a reprodução sexuada. É bem conhecido esse tipo de reprodução nos paramécios, protozoários portadores de dois núcleos: um macronúcleo, com função reprodutiva. Após dezenas de gerações assexuadas, os paramécios podem se aderir, dois a dois, pela formação de pontes citoplasmáticas. O macronúcleo, então, degenera e o micronúvleo sofre meiose. Os paramécios estabelecem trocas de micronúcleos, que originam, em cada um, zigotos. Após a troca do material genético, os dois paramécios separam-se, retomando as atividades normais e voltando a se reproduzir por cissiparidade. Fungos Apresentado características particulares que os diferenciam tanto de plantas quanto de animais, os fungos constituem hoje um reino à parte, o reino Fungi. Os fungos são seres heterótrofos, eucariontes, unicelulares ou pluricelulares, de vida livre ou não, eles que se desenvolvem nos mais variados ambientes, preferencialmente em lugares úmidos, pouco iluminados e que contêm matéria orgânica. Admite-se que tenham se originado das algas, no entanto perderam a condição autotrófica. Nas classificações mais antigas, eles eram considerados plantas talófitas, isto é, com o corpo em forma de talo, sem diferenciação entre raízes, caules e folhas. Com exceção de algumas formas unicelulares, como as leveduras, são basicamente constituídos de massas de filamentos. Cada filamento é denominado hifa e as hifas de um fungo constituem, em conjunto, o micélio. Há hifas continuas e septadas. As continuas formam massas citoplasmáticas multinucleadas e são denominadas hifas cenocíticas. As septadas são pluricelulares, pois cada divisão da hifa é uma célula. O componente principal das paredes das hifas é geralmente a quitina, um polissacarídeo nitrogenado. Em muitos fungos, após um período de crescimento do micélio, desenvolve-se o que se denomina corpo de frutificação, com função de produzir esporos. Por serem incapazes de sintetizar o própria alimento, os fungos secretam enzimas que digerem a matéria orgânica sobre a qual vivem, absorvendo depois os nutrientes dissolvidos. Há fungos que vivem em simbiose com algas unicelulares, formando os liquens. No líguen, o fungo aclorofilado fornece H2O e CO2 às algas clorofiladas e estas fornecem alimento e O2 para o fungo. Certos fungos também se associam a raízes de plantas superiores, constituindo as chamadas micorrizos. Morfologia Há fungos saprófitos e parasitas. Os saprófitos aproveitam a matéria orgânica de plantas e animais mortos. Nas cadeias alimentares, esses fungos fazem o papel de decompositores, o que os torna agentes recicladores da matéria na natureza. Os parasitas aproveitam a matéria orgânica de plantas e animais vivos, causando-lhes doenças conhecidas pelo nome de micoses. Os fungos compreendem dois filos: O Mixomycota (mixomicetos) e os Eumycota (eumicetos). Mixomycota: Grupo que abrange os fungos "gelatinosos", típicos de ambientes úmidos e sombreados. Eumycota: Neste grupo incluem-se três classes principais: ficomicetos, ascomicetos e basidiomicetos. Ficomicetos: Podem ser aquáticos ou terrestres. Eles são considerados os fungos mais primitivos. Suas hifas têm estruturas cenocítica e não formam corpo de frutificação. Muitos são saprófitos e alguns, parasitas. Ascomicetos: Os ascomicetos (do grego askos, 'saco'; myketos, 'fungo') Constituem a classe mais numerosa. Suas hifas são septadas e muitas delas apresentam diferenciações em forma de saco denominadas ascos, com função reprodutiva. Basidiomicetos: Os basidiomicetos (do grego basidion, 'base pequena'; myketos, 'fungo'), Constituem a classe mais conhecida do filo, por serem os maiores e porque entre eles se encontram os fungos comestíveis, conhecidos como "champignons". Suas hifas também são septadas. Muitas delas têm função reprodutiva e receberam o nome de basídios. Há basidiomicetos saprófitos e parasitas. A importância dos fungos Além de estabelecerem relações mutualísticas com outros seres vivos, os fungos exibem notável importância ecológica, atuando em geral como seres decompositores. No entanto, muitas espécies são parasitas de plantas e de animais, inclusive os seres humanos. Outras espécies, por fim, atendem a interesses humanos servindo de alimento ou sendo aplicados no controle biológico ou na produção de bebidas e medicamentos. Ação decompositora – reciclando a matéria Em sua maioria, os fungos, assim como as bactérias, têm grande importância ecológica, atuando como organismos decompositores ou saprófitos. A ação decompositora permite a reciclagem da matéria na natureza, pois converte a matéria orgânica morta em matéria inorgânica simples, que pode ser reaproveitada por outros seres vivos. Ação parasitária – causando enfermidades e combatendo seres daninhos às plantações Atuando como parasitas de plantas e de animais, inclusive o ser humano, certos fungos são agentes etiológicos de muitas enfermidades. Na agricultura, são bastante conhecidas as doenças causadas por fungos em plantas cultivadas, como arroz, milho, feijão, soja, batata, tomate, café, algodão e outras. Mas existem espécies de fungos que desempenham importante papel na agricultura a serviço de interesses humanos. Na espécie humana, são conhecidas diversas micoses, doenças causadas por fungos. Entre elas podemos considerar: Sapinho, monilíase ou candidíase, moléstia causada pelo fungo Candida albicans; Frieira ou pé-de-atleta, doença provocada pelo fungo Tinea pedis; Blastomicose sul-americana, micose grave que pode ocasionar a morte por lesões nas lesões na pele e em órgãos internos, como os pulmões; Pitiríase (do grego pityron, 'farelo'), dermatose caracterizada pela produção de escamas epiteliais que se esfarelam. Ação fermentativa – produzindo álcool, bebidas, pães, bolos É fundamental a participação dos fungos do gênero Saccharomyces na fabricação de álcool etílico e de bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja. Esses fungos, conhecidos também como leveduras, realizam fermentação alcoólica, convertendo açúcar em álcool etílico. São anaeróbicos facultativos, pois realizam respiração aeróbica em presença de gás oxigênio e fermentação na ausência desse gás. Por isso, na fabricação do vinho, por exemplo, evita-se o contato do suco de uva com o ar: assim, em vez de realizar a respiração aeróbica, o fungo processa a fermentação alcoólica, liberando álcool etílico e permitindo a obtenção do vinho. Os fungos do gênero Saccharomyces, entre outras aplicações, são empregados como fermento na fabricação de pães, bolos e biscoitos. Durante a fermentação, o gás carbônico liberado provoca o crescimento da massa. Atuando na fabricação de antibióticos e de queijos Os fungos também têm papel de destaque na indústria de antibióticos. Afinal, foi do Penicillium notatum que Alexander Fleming extraiu a penicilina, antibiótico responsável pela salvação de milhares de vidas durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje, muitos outros antibióticos largamente aplicados são conseguidos a partir de culturas de fungos. O gênero Penicillium, além de abranger espécies de fungos fornecedores de penicilina, compreende outras, como o Penicillium roquefortii e Penicillium camembertii, que são importantes na confecção dos queijos roquefort e camembert, respectivamente. Servindo de alimento ou atuando como veneno e alucinógeno Certos cogumelos, como as trufas (gênero Tuber) e os champignons (Agaricus bisporus), são utilizados como alimentos pelos seres humanos. Entre os cogumelos comestíveis conhecidos, incluem-se, atualmente, as leveduras, sob a designação de "fungos comestíveis". Esses microrganismos, ao lado das chamadas fontes convencionais de proteínas, como a carne, os peixes e grãos diversos, são usados como fonte de proteínas para os seres humanos. A possibilidade de obtenção de proteínas a partir de leveduras, bactérias e algas parece enorme. As proteínas de leveduras são de fácil digestão e oferecem um bom conteúdo de aminoácidos. Alguns cogumelos silvestres, porém, como o Boletusm satanas e o Amanita verna, são extremamente venenosos, podendo provocar a morte quando ingeridos. Outros produzem substancias alucinógenas, como o Claviceps purpura, que vive no centeio e produz o LSD (sigla de Lysergic-Sour-Diethylamid) ou ácido lisérgico, uma das mais potentes drogas alucinógenas conhecidas. O Amanita muscaria é outro exemplo de cogumelo conhecido por seus poderes alucinógenos; era consumido pelos nativos da Sibéria, que acreditavam dele obter sabedoria e aproximação com os espíritos A reprodução dos Fungos Entre os fungos, há formas assexuadas e sexuadas de reprodução. A reprodução assexuada ocorre principalmente por esporulação. Os esporos germinam em lugares úmidos, sem luz e ricos em matéria orgânica. A reprodução sexuada se dá pela fusão das extremidades de duas hifas provenientes de micélios diferentes. Da fusão resulta um zigoto, que sofre meiose e forma células haploides, cujo destino varia de um a outro grupo de fungo. Explicaremos a reprodução de três classes de fungos: Os ficomicetos, os ascomicetos e os basidiomicetos. Reprodução dos ficomicetos O bolor negro do pão (Rhizopus sp.) consiste de hifas ramificadas e continuas. Algumas dessas hifas penetram no pão envelhecido e úmido, onde encontram alimento, e difundem-se horizontalmente. Outras crescem verticalmente e diferenciam-se na extremidade com a formação de esporângios, estruturas formadas dos esporos. Os esporângios maduros desintegram-se e liberam os esporos germinam, originando novas massas de hifas (micélios). Essa forma de reprodução é assexuada. A reprodução sexuada ocorre com a aproximação de duas hifas de indivíduos diferentes. As extremidades dessas hifas se encostam e se fundem, formando um zigoto de parede espessa, resistente, denominado zigósporo. Este, após um período de dormência, sofre meiose e germina, produzindo um novo micélio. Reprodução dos ascomicetos Tanto a forma assexuada quando a sexuada envolve a produção de esporos. Na forma assexuada, os esporos formam-se nas extremidades de hifas especializadas e denominam-se conidiósporos. Germinado, os conidiósporos originam micélios, que serão novos ascomicetos. Na forma sexuada, os esporos denominados ascósporos, formam-se no asco, estrutura saculiforme característica dos ascomicetos. A formação do asco inicia-se com a fusão das extremidades diferenciadas de hifas procedentes de dois micélios diferentes. A fusão das hifas, resulta uma célula com dois núcleos. Com a fusão dos dois núcleos, resulta um zigoto diploide que sofre meiose e logo em seguida mitose. Com essas divisões, resultam oito núcleos haploides que diferenciam em esporos, os ascósporos. Em muitos ascomicetos, os ascos ficam reunidos no interior de uma estrutura que constitui o corpo de frutificação do fungo, o ascocarpo. Nos ascomicetos unicelulares, como as leveduras, a reprodução normalmente é assexuada pelo processo da gemulação. Reprodução dos basidiomicetos Nos basidiomicetos, a estrutura conhecida pelo nome de chapéu representa o aparelho representa o aparelho reprodutor. O micélio, afundado na matéria orgânica, constitui o aparelho vegetativa. A zona fértil do chapéu situa-se na parte côncava onde aparecem as lamelas revestidas pelos basídios, hifas que produzem esporos sexuados, os basidiósporos. Estes, caindo em meio adequado germinam e formam micélios. A reprodução sexuada tem início quando duas hifas de diferentes micélios se encontram. Ocorre, então, fusão de suas células, ficando cada uma com dois núcleos. O micélio resultante é o início da formação de um basidiocarpo. Em determinando estágio do desenvolvimento do basidiocarpo, nas células formadoras dos basídios, ocorre a fusão dos dois núcleos, resultando células com núcleo diploide. Cada núcleo diploide, a seguir, sofre meiose, produzindo quatro núcleos-filhos haploides, os basidiósporos, que passam a ocupar a extremidade do basídio no interior de quatro pequenas projeções. Referencias Biologia: volume único/Demétrio Gowdak, Neide S. de Mattos. et al. São Paulo: FTD, 1991. Biologia, volume 2: seres vivos, fisiologia/Wilson Roberto Paulino. et al. São Paulo: Ática, 2005.