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Prosa Romântica Brasileira

Trabalho pronto sobre a prosa romantica brasileira já nas normas ABNT

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ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DR. FERNANDO FERREIRA DE MELLO ALICIO GIACOMOZZI NETO LARISSA REZENDE TAVIANI IGNACZUK PROSA ROMÂNTICA BRASILEIRA RIO DO CAMPO-SC 2014 ALICIO GIACOMOZZI NETO LARISSA REZENDE TAVIANI IGNACZUK PROSA ROMÂNTICA BRASILEIRA Trabalho para a disciplina de língua portuguesa e literatura sobre a prosa romântica brasileira para o 3 bimestre de 2014 Prof: Kátia Regina Zickuhr Ignazuck RIO DO CAMPO-SC 2014 SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO4 2.0 HISTÓRIA DA PROSA ROMÂNTICA BRASILEIRA5 3.0 CARACTERÍSTICAS6 4.0 AUTORES DA PROSA ROMÂNTICA BRASILEIRA7 4.1 JOAQUIM MANUEL MACEDO7 4.2 JOSÉ MARTINIANO DE ALENCAR7 4.3 MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA......................................................8 4.4 LUÍS CARLOS MARTINS PENA............................................................8 5.0 PRINCIPAL AUTOR E OBRA............................................................................9 6.0 CONCLUSÃO......................................................................................................10 7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................12 8.0 ANEXOS...............................................................................................................13 INTRODUÇÃO A prosa romântica brasileira, tratava-se mais de uma narrativa que envolve conflitos amorosos, trava-se também de maneira nacionalista, ufanista, com o vocabulário mais brasileiro, a nossa religiosidade, o mal do século, o indianismo e fala muito da idealização da mulher. Os romancistas procuravam narrar, tematizar todo o território nacional e seus respectivos habitantes e vocabulários típicos. Pode ser considerado uma "adaptação" do romance europeu. 2.0 HISTÓRIA DA PROSA ROMÂNTICA BRASILEIRA A prosa romântica inicia-se com a publicação do primeiro romance brasileiro, "A Moreninha", de Joaquim Manuel de Macedo. O romance brasileiro caracteriza-se por ser uma "adaptação" do romance europeu, conservando a estrutura folhetinesca européia, com início, meio e fim seguindo a ordem cronológica dos fatos.  O Romance brasileiro poderia ser dividido em duas fases: Antes de José de Alencar e Pós-José de Alencar, pois antes desse importante autor as narrativas eram basicamente urbanas, ambientadas no Rio de Janeiro, e apresentavam uma visão muito superficial dos hábitos e comportamentos da sociedade burguesa.  E com José de Alencar surgiram novos estilos de prosa romântica como os romances regionalistas, históricos e indianistas e o romance passou a ser mais crítico e realista. Os romances brasileiros fizeram muito sucesso em sua época já que uniam o útil ao agradável: A estrutura típica do romance europeu, ambientada nos cenários facilmente identificáveis pelo leitor brasileiro(cafés, teatros, ruas de cidades como o Rio de Janeiro).  O sucesso também se deve ao fato de que os romances eram feitos para a classe burguesa, ressaltando o luxo e a pompa da vida social burguesa e ocultando a hipocrisia dos costumes burgueses. Por isso pode-se dizer que, no geral, o romance brasileiro era urbano, superficial, folhetinesco e burguês. 3.0 CARACTERÍSTICAS O romance romântico, mais do que as poesias, queria responder e atender aos questionamentos sobre a identidade nacional. A prosa romântica tinha o intuito de redescobrir o Brasil, trazendo à tona e reconhecendo todos os espaços que o compunham, não só exaltando uma característica nacional, como a poesia fazia. Era comum a presença do flashback, uma volta ao passado para explicar um fato do presente. O sentimentalismo era mais visível, uma vez que toda prosa romântica tem histórias de amor que tentam quebrar barreiras, terminando no casamento ou na morte (quando o amor não era possível). Essa idealização de um amor que quebra barreiras traz à tona a ideia de que o amor é a única forma das personagens se purificarem. O conflito narrativo na prosa romântica também tinha a idealização de um herói, no entanto, apesar da coragem, da postura idealista e do desejo de justiça e moral, este herói esta inserido no contexto do romance ao qual pertence, podendo também ser uma heroína. O sentimento das personagens e os conflitos destes são mostrados na prosa e há também uma déia muito forte de bem x mal, verdade x mentira, moral x imoral. Os romances tematizavam a descrição dos costumes urbanos ou das amenidades das zonas rurais e correspondiam às projeções dos conflitos emocionais dos leitores. Os personagens são idealizados e com os quais os leitores, principalmente jovens e mulheres, identificavam-se.  *O foco narrativo era geralmente feito na terceira pessoa.  *Uso de figuras de linguagem.  *O desfecho da obra sempre ocorria em duas ações:  ou o casal era feliz para sempre, ou um dos dois morriam 4.0 AUTORES DA PROSA ROMÂNTICA BRASILEIRA 4.1 JOAQUIM MANUEL MACEDO (1820-1882) Filho de Severino de Macedo Carvalho e Benigna Catarina da Conceição nasceram em 24 de junho de 1820 em Itaboraí (RJ) e faleceu em 11 de abril de 1822, no Rio de Janeiro (RJ), formou-se em medicina, mas nunca exerceu a profissão, seduzido pela carreira literária e pelo magistério.A obra de Macedo representa todo o esquema e desenvolvimento dos romances iniciais, com linguagem simples, tramas fáceis, descrição de costumes da sociedade carioca, suas festas e tradições, pequenas intrigas de amor e mistério, um final feliz com a vitória do amor. Com o romantismo, nasce a prosa de ficção brasileira. "A Moreninha", foi seu primeiro romance, que teve grande aceitação. Joaquim. Foi professor de História do Brasil no Colégio Pedro II, e preceptor dos netos do Imperador Pedro II. É Patrono da cadeira nº 20 da Academia Brasileira de Letras. Macedo também atuou decisivamente na política, tendo militado no Partido Liberal, servindo-o com lealdade e firmeza de princípios, como o provam seus discursos parlamentares, conforme relatos da época. Durante a sua militância política foi deputado provincial (1850, 1853, 1854-1859) e deputado geral (1864-1868 e 1873-1881). Nos últimos anos de vida padeceu de problemas mentais, morrendo pouco antes de completar 62 anos. 4.2 JOSÉ MARTINIANO DE ALENCAR (1829-1877) José de Alencar (1829-1877) nasceu em Mecejana, Ceará no dia 1 de maio de 1829. Filho de José Martiniano de Alencar, senador do império, e de Ana Josefina. Em 1838 mudam-se para o Rio de Janeiro. Com 10 anos de idade ingressa no Colégio de Instrução Elementar. Com 14 anos vai para São Paulo, onde termina o curso secundário e ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Em 1858 abandona o jornalismo para ser chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, onde chega à Consultoria. Recebe o título de Conselheiro. Nessa mesma época é professor de Direito Mercantil. Foi eleito deputado pelo Ceará em 1861, pelo partido Conservador, sendo reeleito em quatro legislaturas. Na visita a sua terra Natal, se encanta com a lenda de "Iracema", e a transforma em livro. O escritor brasileiro José de Alencar nasceu no Ceará, região nordeste do Brasil, no ano de 1829. Antes de iniciar sua vida literária, atuou como advogado, jornalista, deputado e ministro da justiça. Podemos considerar Alencar como o precursor do romantismo no Brasil dentro das quatro características: indianista, psicológico, regional e histórico. Famoso, a ponto de ser aclamado por Machado de Assis como "o chefe da literatura nacional", José de Alencar morreu aos 48 anos no Rio de Janeiro vítima da tuberculose, em 12 de dezembro de 1877, deixando seis filhos, inclusive Mário de Alencar, que seguiria a carreira de letras do pai. 4.3 MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA (1831-1861) Manuel Almeida nasceu no Rio de Janeiro no dia 17 de novembro de 1831. Filho dos portugueses Antônio de Almeida e Josefina Maria de Almeida. Ficou órfão de pai com 10 anos de idade. Concluiu o curso de medicina em 1855, mas não exerceu a profissão, dedicando-se ao jornalismo. Foi redator e revisor do jornal Correio Mercantil, onde em 1852 publicava semanalmente em fascículos e que depois formaria o seu único romance "Memórias de um Sargento de Milícias". Começou a fazer sucesso entre os leitores cariocas mas, o autor se escondia atrás do pseudônimo "Um brasileiro". Foi nomeado diretor da Tipografia Nacional, tornou-se amigo e protetor do funcionário Machado de Assis. Disposto a entrar para a política, dirigi-se de vapor a Campos, estado do Rio, quando houve o naufrágio, perto de Macaé. Disse o crítico José Veríssimo, no século XIX "Naufragou com ele a maior esperança da literatura brasileira".Manuel Antônio de Almeida morreu no dia 28 de novembro de 1861. 4.4 LUÍS CARLOS MARTINS PENA (1815-1848) Luís Carlos Martins Pena era filho de João Martins Pena e Francisca de Paula Julieta Pena. Perdeu o pai com um ano de idade e a mãe, aos dez. Educado por tutores, foi preparado para a vida comercial. Completou o curso do comércio em 1835. Cedendo à vocação, passou a freqüentar a Academia de Belas Artes, onde estudou arquitetura, estatuária, desenho e música; simultaneamente estudava línguas, história, literatura e teatro. Em 1838, entrou para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde exerceu cargos, até chegar, em 1847, ao posto de adido de primeira classe à Legação do Brasil em Londres. De 1846 a 1847, fez crítica teatral e escreveu folhetins no "Jornal do Comércio". 5.0 PRINCIPAL AUTOR E OBRA Joaquim Manuel de Macedo nasceu em Itaboraí em 1820. Em 1844 formou-se em medicina no Rio de Janeiro, e no mesmo ano estreou na literatura com a publicação daquele que viria a ser seu romance mais conhecido, A Moreninha, que lhe deu fama e fortuna imediata. Além de médico, Macedo foi jornalista, professor de geografia e história do Brasil no colégio Pedro II, e sócio fundador, secretário e orador do Instituto Histórico e geográfico brasileiro, desde 1845. Em 1849 fundou, juntamente com Gonçalves Dias e Manuel de Araújo Porto Alegre, a revista Guanabara, que publicou grande parte do seu poema-romance A nebulosa – considerado por críticos como um dos melhores do Romantismo. Foi membro do Conselho Diretor da Instituição Pública da Corte (1866). Joaquim Manuel de Macedo abandonou a medicina e criou uma forte ligação com Dom Pedro II e com a Família Imperial Brasileira, chegando a ser preceptor e professor dos filhos da Princesa Isabel. Era amigo íntimo e confidente de uma celebridade da Corte, Manuel José de Araújo Porto-Alegre, Cônsul do Brasil na Alemanha, de quem recebeu uma longa e histórica correspondência pela qual o remetente se declara um espírita convicto e apaixonado pelo credo que na metade do século XIX fora codificado por Allan Kardec, na França. Macedo também atuou decisivamente na política, tendo militado no Partido Liberal, servindo-o com lealdade e firmeza de princípios, como o provam seus discursos parlamentares, conforme relatos da época. Durante a sua militância política foi deputado provincial (1850, 1853, 1854-1859) e deputado geral (1864-1868 e 1873-1881). Nos últimos anos de vida padeceu de problemas mentais, morrendo pouco antes de completar 62 anos 6.0 CONCLUSÃO Concluímos que o período histórico do romantismo brasileiro é muito amplo e também marcado pelo inconfundível desejo de demonstrar o amor a pátria, ter uma nova visão de vida diante de todos os problemas de vida e do pensamento. O estilo não deixa de ter uma certa liberdade, onde o escritor cria o seu próprio vocabulário, relatando como são os costumes e hábitos de determinada região. A obra romântica brasileira é muito marcada de sentimentalismo, melancolia, pessimismo, individualidade, religiosidade e patriotismo. 7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Sites : educação.uol.com.br/biografias/martins-pena.jhtm acesso em 08/07/2014 ás 13:20 pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_manuel_de_macedo acesso em 04/07/2014 às 13:40 vestibular.brasilescola.com/resumos-de-livros/Joaquim-manuel-macedo.htm acesso em 04/07/2014 às 15:00 www.e-biografias.net/joaquim_manuel_de_macedo/ acesso em 04/07/2014 às 15:18 www.e-biografias.net/jose_alencar/ acesso em 08/07/2014 às 16:00 www.e-biografias.net/manuel_almeida/ acesso em 08/07/2014 às 16:25 www.suapesquisa.com/josedealencar acesso em 08/07/2014 às 16:37 8.0 ANEXOS Foto de Joaquim Manuel de Macedo CENA V Entrou Emília, vestida de preto, como querendo atravessar a sala. FLORÊNCIA - Emília, vem cá. EMÍLIA - Senhora? FLORÊNCIA - Chega aqui. Ó menina, não deixarás este ar triste e lagrimoso em que andas? EMÍLIA - Minha mãe, eu não estou triste. (Limpa os olhos com o lenço.) FLORÊNCIA - Aí tem! Não digo? A chorar. De que chora? EMÍLIA - De nada, não senhora. FLORÊNCIA - Ora, isto é insuportável! Mata-se e amofina-se uma mãe extremosa para fazer a felicidade da sua filha, e como agradece esta? Arrepelando-se e chorando. Ora, sejam lá mãe e tenham filhos desobedientes... EMÍLIA - Não sou desobediente. Far-lhe-ei a vontade; mas não posso deixar de chorar e sentir. (Aqui aparece à porta por onde saiu, Ambrósio, em mangas de camisa, para observar) FLORÊNCIA - E por que tanto chora a menina, por quê? EMÍLIA - Minha mãe... FLORÊNCIA - O que tem de mau a vida de freira? EMÍLIA - Será muito boa, mas é que não tenho inclinação nenhuma para ela. FLORÊNCIA - Inclinação, inclinação! O que quer dizer inclinação? Terás, sem dúvida, por algum francelho freqüentador de bailes e passeios, jogador doécarté e dançador de polca? Essas inclinações é que perdem muitas meninas. esta cabecinha ainda está muito leve; eu é que sei o que me convém: serás freira. EMÍLIA - Serei freira, minha mãe, serei! Assim como estou certa que hei-de ser desgraçada. FLORÊNCIA - Histórias! Sabes tu o que é o mundo? O mundo é... é... (À parte:) Já não me recordo o que me disse o Sr. Ambrósio o que era o mundo. (Alto:) O mundo é... um... é... (À parte:) E esta? (Vendo Ambrósio junto da porta:) Ah, Ambrósio, dize aqui a esta estonteada o que é o mundo. AMBRÓSIO, adiantando-se - O mundo é um pélago de enganos e traições, um escolho em que naufragam as felicidades e as doces ilusões da vida... E o convento é porto de salvação e ventura, único abrigo da inocência e da verdadeira felicidade... Onde está minha casaca? FLORÊNCIA - Lá em cima no sótão. (Ambrósio sai pela direita. Florência para Emília:) Ouviste o que é o mundo, e o convento? Não sejas pateta, vem acabar de vestir-te, que são mais que horas. (Sai pela direita) Teatro de Martins Pena. Darcy Damasceno (Edição crítica). Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1956. p.296. v.2 (comédias). " É que o perfume denuncia o espírito Que sob as formas feminis palpita... Pois como a salamandra me chamas vive, Entre perfumes a mulher habita. " Poema de José de Alencar. 3