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PROPOSTA DE INOVAÇÃO PARA UMA INSTITUIÇÃO: EMPRESA VIDEORAMA Drª Maria do Carmo Dias Lima RESUMO
O presente artigo propõe uma inovação na empresa Videorama LTDA uma empresa de pequeno porte que trabalha no ramo de instalação elétrica. A inovação proposta constituiu-se de reduzir os custos, agilizar a produção e desenvolver um novo equipamento que possa satisfazer as necessidades dos clientes da empresa. A inovação é uma prática de idéias, onde se correlaciona com a cultura organizacional, com o poder e agregando valores. A inovação junto à cultura e valores transforma-se no motor evolução da empresa. Empresas inovadoras que visualizam novos serviços, produtos, processos e gerenciamento sobrevivem. São empresas que romperam com as estruturas tradicionais e aceitaram a mudança, conseguindo atender suas necessidades. A cultura organizacional tem uma profunda influência para a implementação da inovação. Isto foi o que facilitou a implementação da inovação na Videorama, pois a empresa possui uma cultura forte e os funcionários são inovadores, responsáveis, seguem fielmente a filosofia da empresa. As etapas da inovação foram por esse motivo implementada com sucesso.
Palavras-chave: inovação, cultura, valores
¹Doutoranda em Administração pela Universidad de la Empresa
Proposta de inovação para uma instituição qualquer
Uma das características do mundo atual é a mudança. De acordo com Chiavenato (1999), a cada momento, em diferentes setores da sociedade, surge um novo produto, um novo serviço, uma nova tecnologia, uma nova informação, um novo processo. Diante desse novo contexto, foi proposto a Videorama Eletrônica Ltda constituída, com características de pequena empresa do ramo de produtos e serviços de instalação elétricos, um projeto de inovação onde a empresa irá reduzir custos, agilizar a produção e desenvolver um novo equipamento que atenda melhor às necessidades do mercado consumidor, (câmara de vídeo para segurança e cercas elétricas). A empresa, com sede própria, situa-se na Av. Sebastião de Brito 601, bairro Dona Clara, em Timóteo e conta com um quadro de pessoal envolvendo quinze funcionários. A Videorama fatura em média R$ 400.000,00 por ano e sua principal cliente é a Eletrônica Miragem. A Videorama propõe-se a guiar por um conjunto de valores éticos no seu relacionamento com seus diferentes públicos, o que, em longo prazo, pode reverter-se positivamente para o fortalecimento do conceito da empresa, redundando na melhoria na aceitação de seus produtos. Ela vem investindo na qualidade de seus relacionamentos com a sociedade de forma geral e com as comunidades que a cerca. Isso sem descuidar-se do público interno, fator essencial
no processo de definição dos valores da empresa. É observável a
clara necessidade de investir na qualificação do funcionário como fator que repercute diretamente na qualidade do produto/serviço oferecido pela Videorama. Mas, observa-se também que, a preocupação da Videorama com o [Digite o nome da empresa] | [Digite o endereço da empresa]
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treinamento não deixa passa ao largo a preocupação com o ser humano, que é sempre motivado, não apenas em questão de salários e benefícios. Os funcionários trabalham mais em equipe do que individualmente; comungam das mesmas idéias do gerente. Todos são estimulados a serem inovadores e assumirem também os riscos, os dirigentes focam os resultados mais do que as técnicas e os processos empregados para o alcance deles. Outro aspecto observado é que as decisões dos dirigentes levam em consideração o efeito dos resultados sobre as pessoas dentro da Videorama. Dentro da empresa é notável como as pessoas são competitivas e agressivas em vez de muito dóceis e acomodadas. Na videorama, existe e bem visível um grau de autonomia e liberdade dentro do escritório. Os funcionários assumem responsabilidades que não constam apenas de suas tarefas normais. Tudo isso que fazem são tidos como valores relevantes para as pessoas e são estes valores que definem as razões pelas quais elas fazem o que fazem. Outro aspecto considerável na cultura da empresa é que os funcionários que trabalham são doutrinados e socializados de acordo com a forma de pensar e agir do dono da empresa, e se algum deles se destoar dos ideais do fundador da empresa e dos dirigentes, ele não permanecerá no seu emprego. O processo de seleção, os critérios de avaliação de desempenho, as atividades de treinamento e desenvolvimento de carreira e os procedimentos de promoção asseguram que os contratados se ajustem à cultura da empresa. Por ser uma empresa de pequeno porte, ela não possui subculturas, pois possui um só departamento, o escritório e poucos funcionários, porém a
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cultura da empresa é forte, pois os valores essenciais como assiduidade, responsabilidade, compromisso e outros são intensamente acatados e amplamente compartilhados. Observa-se que essa cultura forte aumenta a consistência do comportamento, podendo até dizer que ela tem funcionado como um substituto da formalização, o que vai gerar na empresa previsibilidade, ordem e consistência. Na Videorama, os dirigentes não têm grandes preocupações em desenvolver regras e regulamentos
para orientar o comportamento dos
funcionários. Observa-se que essa orientação é introjetada pelos funcionários à medida que eles aceitam a cultura organizacional. Os investimentos a serem realizados na empresa implicam em mudança no processo de produção e serviço. O processo de inovação ocorrerá através da inovação e difusão. A proposta é trabalhar com inovações que interagem com a situação já existente, rompendo com a tecnologia que existe na empresa, que será o desenvolvimento de novo equipamento mais aperfeiçoado (inovação de produto) e inovações modestas, (inovação de processo) próximas do curto prazo, mas que são essenciais para a sobrevivência da Videorama que a redução de custos e agilização da produção que proporcionará maior eficiência e eficácia da empresa. Segundo Chiavenato (1996), para a inovação alcance o sucesso desejado é necessário um bom planejamento e desenvolvimento e para isso é necessário: orientação para objetivos; busca incessante dos mesmos, horizonte de longo prazo para o planejamento;
baixos custos iniciais; e
disponibilidade de capital para P&D.
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Para realizar o processo de inovação foi necessário: a) Busca de Informações: de clientes, fornecedores ou concorrentes; investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço; consulta especialistas para obter assessoria técnica ou comercial. b) Estabelecimento de Metas: estabelecer metas e objetivos desafiantes e que têm significado pessoal; definir metas de longo prazo, claras e específicas; estabelecem objetivos de curto prazo, mensuráveis. c) Planejamento e Monitoramento Sistemáticos: planejar dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos; constantemente revisar seus planos levando em conta os resultados obtidos e mudanças circunstanciais; manter registros financeiros e utilizá -los para tomada de decisões. A cultura organizacional
influenciou em muito a implementação da
inovação na empresa Videorama, pois ela define de fronteiras, ou seja, ela cria distinções entre a Videorama e outras empresas, proporciona um senso de identidade aos membros da empresa. A cultua organizacional facilitou o comprometimento com algo maior do que os interesses individuais de cada um e estimulou
a estabilidade do
sistema social. Segundo Freiitas (1991), cultura é, por definição, sutil, intangível, implícita e sempre presente. Mas, sabe-se que, toda empresa desenvolve um conjunto básico de premissas, convicções e regras implícitas que governam o comportamento no dia-a-dia do trabalho. Os valores compartilhados, decorrentes de uma cultura organizacional forte, asseguram que todas as pessoas vão na mesma direção.
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Observa-se que na Videorama, a cultura melhorou o comprometimento organizacional e aumentou a consistência do comportamento dos funcionários. Esses são claramente aspectos benéficos à organização. Do ponto de vista do colaborador, a cultura é positiva porque reduziu a ambigüidade, isso porque ela diz ao funcionário como as coisas devem ser feitas e o que é importante. Todavia, o que a Videorama não se deve ignorar são os aspectos potencialmente disfuncionais da cultura , que afetam a eficácia da empresa. A administração da empresa exige que os novos funcionários aceitem os valores essenciais da cultura organizacional, caso contrário, eles não se ajustam à empresa nem podem ser aceitos pelos demais. Ao mesmo tempo, a administração quer reconhecer abertamente e apoiar as diferenças que esses trabalhadores levam para dentro da empresa. A cultura é a “argamassa social” que ajuda a manter a empresa coesa, fornecendo os padrões adequados para aquilo que os colaboradores vão fazer ou dizer. Ela serve como sinalizador de sentido e mecanismo de controle que orienta e dá forma às atitudes e comportamentos dos colaboradores. BIBLIOGRAFIA CHIAVENATO, Idalbero. Os novos paradigmas: como as mudanças estão mexendo com as empresas. S.P. Atlas, 1996. _ Gestão de pessoas: 0 novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. DRUCKER, Peter F. Administrando em tempos de mudanças. S.P.: pioneira, 1995.
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