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Projeto, Execução E Inspeção De Pinturas

Conhecimentos Básicos em Pinturas.

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(gT Kai Loh Uemoto PRIMEIROSPASSOS da QUALIDADE NO CANTEIRO DE OBRAS Kai Loh Uemoto • Bacharel em Química pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo em 1972 • Mestre em Engenharia pela EPUSP - Escola Politécnica Universidade da de São Paulo em 1992 PROJETO,EXECUCÃO t:.1NSPEÇAO D"E P Inturas • Doutora em Engenharia Civil pela EPUSP - Escola Politécnica Universidade da de São Paulo em 1998 • Química Pesquisadora Agrupamento Construção do de Materiais de Civil da Divisão de Engenharia Civil do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do stado de São Paulo S.A. (IPT) de 1973 a 1996 Kai Loh Uemoto PRIMEIROSPASSOS da QUALIDADE NO CANTEIRO DE OBRAS ,... PROJETO,EXECUCAO ~I NSPEÇAO D"E Pinturas Kai Loh Uemoto ~T CAI A () Nome da Rosa Eduora .fl/l)lI//{1i1 LIda. Editora Tula Melo oordenação técnica Roberto de Souza .. Ilelena Revisão Guimarães Bittencourt Projeto gráfico e capa Sérgio Gonzalez :ernacionais de Catalogação na Publicação (CIP) :Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Uernoto, Kai Loh Projeto, execução e inspeção de pinturas / Kai Loh Uernoto. - São Paulo: O Nome da Rosa, 2002. (Coleção primeiros passos da qualidade no canteiro de obras - ISBN 85-86872-06-7) Bibliografia ISBN 85-86872-22-9 1. Construção - Controle de qualidade 2. Pintura de edifícios 3. Tintas J. Título 11. Série CDD-6981 02-0147 Esta publicação é resultado de uma parceria entre o CTE- Centro de Tecnologia de Edificações e a CAIXA- Caixa Econômica Federal. Esta parceria representa um significativo ganho tanto para o corpo técnico da própria CAIXA como para o segmento acadêmico brasileiro, que carecem de publicações que abordem detalhadamente técnicas, descrevam metodologias de desenvolvimento e implantação dos sistemas e processos pesquisados, com diretrizes, informações objetivas, princípios de execução, classificações, apontando, ainda, os cuidados e deficiências verificadas. A CAIXA,como principal agente de fomento ao Desenvolvimento Urbano do Governo Federal e, conseqüentemente, a maior empresa pública voltada ao aprimoramento do setor da Construção Civil, entende que este livro é uma importante ferramenta prática para complementação da capa citação técnica de seus profissionais. Índices para catálogo sistemático: 1. Pintura: Sistemas: Construção civil: Tecnologia 698.1 SUOUP Superintendência Nacional de Parcerias e Apoio ao Desenvolvimento Urbano Primeira edição - agosto de 2002 Todos os direitos desta edição, reprodução ou tradução reservados pela Nome da Rosa Editora Ltda. Nenhuma parte desta publicação pode ser rcproduzida ou transmitida de nenhuma forma ou por nenhum meio, sem autorização expressa da O Nome ela Rosa Editora Ltda. R. Simão Álvares, 484 - Pinheiros - São Paulo - SP - CEP: 05417-020 PABX (0"11) 3817 5000 [email protected] www.nomedarosa.corn.br CAI A SUMÁRIO Agradecimentos Introdução Aos membros da Comissão de Tintas para Edificações não Industriais do Cobracon (Comitê Brasileiro de Construção Civil) da AB T - Associação Brasileira de Normas Técnicas, pela troca de informações e experiên~ias. Aos amigos Ubiraci E. L. de Souza, eide M. N. Sato, Vahan Agopyan, Vanderley M. John, Silvia Selmo, pelo estímulo e pela contribuição para o trabalho que venho desenvolvendo ao longo dos anos. Ao amigo Wanderley D. Flauzino (in memoriam), por ter me iniciado no caminho do Desempenho e Durabilidade de Tintas. Aos meus pais (in memoriam), pelo incentivo aos meus estudos. Ao Hugo e ao Emílio, pela contínua compreensão e apoio durante a elaboração deste livro. Kai Loh Uemoto Sistemas de pintura Constituintes básicos das tintas Principais constituintes dos sistemas de pintura 9 13 16 Recomendações para a especificação de sistemas de pintura Classificação do ambiente 19 Descrição e características dos principais tipos de substratos 22 Tipos de tintas 33 Cuidados no projeto do edifício Considerações gerais quanto ao projeto Especificação do sistema de pintura Facilidade de acesso para a execução de pintura Condensação de umidade Controle de fluxo de água nas superfícies 59 59 60 61 61 Princípios gerais para a execução de sistemas de pintura Materiais para preparo de superfícies Materiais e equipamentos para a execução de sistemas de pintura Armazenamento dos produtos Preparação de substratos Condições ambientais para a execução da pintura Aplicação da tinta 68 70 71 80 81 Recomendações para a inspeção de trabalhos de pintura Níveis de inspeção Conformidade dos produtos 87 87 67 lnspeção 90 Conclusão 99 Bibliografia 101 INTRODUÇÃO As pinturas, por proporcionarem elevada capacidade de proteção e por seu efeito estético, têm ocupado um lugar cada vez maior como material de acabamento de superfícies externas e internas de edifícios. Elas representam a parcela mais visível de uma obra, têm uma grande influência no desempenho e durabilidade das edificações e dão o toque final que valoriza o empreendimento. A pintura está deixando de ser a atividade que se resolve ao final da obra, podendo ser programada muito antes do início de sua execução. Ela não deve ser tratada isoladamente, mas fazendo parte de um sistema integrado de fatores que influenciam a qualidade da obra. Embora seja a última etapa de execução da obra, a pintura deve ser planejada desde a fase de elaboração do projeto. Alguns problemas com a pintura podem ser evitados se forem considerados na fase de projeto, como a formação de manchas superficiais nas fachadas devido à concentração de fluxos de água de chuva. Uma boa pintura inicia-se com a seleção correta dos produtos, levando-se em conta o seu uso na edificação e o meio ambiente onde ela será aplicada. A condição das uperfícies e o cuidado prévio na sua preparação são fatores que interferem na sua qualidade e são fundamentais para um bom desempenho da pintura. Este livro foi elaborado com os conhecimentos prátios adquiridos pela autora quando foi pesquisadora do [PT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de , ão Paulo, o que permitiu um estreito contato com as construtoras, com os fabricantes de tintas, com os condôminos usuários de modo geral. Ao longo deste trabalho junto a setor produtivo e consumidor, constatou-se a necessíI de de reunir informações técnicas que orientassem os I rofissionais e as empresas atuantes no setor da construção. 9 Tais informações foram reunidas nesta publicação, e foram desenvolvidas com base nas diretrizes da norma inglesa BS 6150 - Code of practice for painting of buildings. Nesta publicação são apresentados os conceitos básicos para a execução dos sistemas de pintura, as características dos sistemas de pintura mais comuns (por meio de fichas técnicas), as características dos substratos mais freqüentes e a influência do grau de agressividade do meio ambiente nas pinturas, com o objetivo de auxiliar na seleção dos produtos. Essas informações irão permitir também uma especificação clara dos produtos pelos projetistas e auxiliar o setor de uprimentos na realização de uma compra técnica. Além disso, este trabalho mostra a importância dos pequenos detalhes do projeto, que podem aumentar a durabilidade e estética da pintura ao longo do tempo. Discute-se também a importância do controle de recebimento dos produtos na obra, a adoção de verificações e ensaios expeditos, de forma a se observar se os produtos que estão sendo entregues pelo fornecedor estão de acordo com o que foi adquirido pela área de suprimentos ou o que foi especificado pela área de projeto. Enfim, neste livro busca-se transmitir, em linguagem simples e direta, soluções práticas para a melhoria dos sistemas de pintura, visando a melhoria cio desempenho final das edificações e a adoção de especificações e procedimentos de trabalho para as empresas da cadeia produtiva da Construção Civil. 10 SISTEMAS DE PINTURA Constituintes básicos das tintas A tinta é um material que serve a um grande número de funções e usos. A função decorativa existe desde os tempos pré-históricos, mas a função protetora aparece mais recentemente. Com exceção da pintura sobre o metal, as outras eram consideradas somente um meio de introduzir cor, não sendo normalmente aplicadas de maneira a utilizar o seu potencial protetor. Hoje em dia, nas edificações, o comum é a combinação das funções estética e protetora. As tintas são constituídas pelos seguintes componentes: resina ou polímero, pigmento, solvente e aditivos. O que difere um tipo de tinta do outro, no entanto, é a composição e o proporcionamento dos componentes (formulação). • Resina: também chamada veículo não volátil, é o aglutinante das partículas de pigmento e é ela o agente formador de filme. A composição da resina tem elevada importância nas propriedades da película, apesar de esta er modificada pelo tipo e teor de pigmento presente. • Pigmento: é o componente responsável pela cor, opaidade ou ação anticorrosiva, em caso de tintas para prot ção de superfícies metálicas. Nas tintas látex, o pigmento de maior importância na formulação é o di óxido I titânio devido ao seu elevado índice de refração. É usado nas formulações para dar alvura, cobertura (opa'i lade) e durabilidade à tinta, através do seu poder de I' flexão da luz. So)vente: também chamado veículo volátil, é usado nas limas com o objetivo de dissolver a resina e conferir \ I.•.•' idade adequada para a sua aplicação. O seu teor p -ralmente é corrigido momentos antes da aplicação, ,'( )11f rme a necessidade, pois depende da viscosidade 13 da tinta e da porosidade e capacidade de absorção do substrato. são substâncias adicionadas em pequenas proporções e que dão as características especiais às tintas. Conforme o tipo, podem modificar as características da tinta. Podem estabilizar as emulsões, aumentar a resistência a fungos e bactérias, alterar a temperatura de formação de filme etc. • Aditivos: o proporcionamento dos componentes tem elevada importância nas propriedades das películas de tinta. O conhecimento da composição da tinta permite estimar al- . gumas propriedades da pintura, como porosidade e durabilidade da película, mas para uma melhor previsão do comportamento destes materiais há necessidade de complementar o conhecimento através da realização de ensaios de desempenho. Um dos parâmetros mais utilizados para descrever a composição (formulação) de uma tinta é a relação pigmento e resina, denominada internacionalmente por PVC (termo em inglês que significa Pigment Volume Content). O PVC é definido como sendo a fração volumétrica percentual do pigmento sobre o volume total de sólidos do filme seco: PVC o Vp = --- Vp+Vv X 100 Onde, Vp = volume de pigmento Vv = volume de veículo sólido PVC é um fator que influi na porosidade e permeabilidade de um sistema de proteção por barreira, além de permitir distinguir os acabamentos brilhante, 14 mibrilho e fosco. As tintas foscas possuem um PVC elevado, enquanto uma tinta semibrilho possui um PVC baixo. Além das pinturas que formam a barreira de proteção ontra os agentes do meio ambiente, existem os silicones, que na maioria não formam barreira, mas conferem proteão ao substrato. São produtos hidrófobos, incolores e não , lteram o aspecto da superfície. Repelem a água, inclusive aquela que contém sais dissolvidos, como a maresia. TaTabela 1 estão apresentadas as tintas convencionais mais utilizadas na Construção Civil; além destas, os silicones, a caiação e as tintas à base de cimento, que são a argamassas decorativas. Substrato Tinta Verniz Silicone Látex PVAc Látex acrílico Caiação Tinta à base de cimento Esmalte sintético (alquídica) Resina epóxi Borracha clorada Acrílico Poliuretânico Madeira e seus derivados A óleo Esmalte sintético (alquídica) A óleo Alquídico Alq ';poliuretano Poliuretânico Filtro solar Poliuretânico - Metálicos ferrosóS e não ferrosos A óleo Esmalte sintético (alquídica] - - Minerais porosos • • • • concreto reboco argamassa cerâmica Tabela 1 • Tintas usuais no mercado 15 Silanos Siloxanos •• __ r~~~ -----------~ -- --- Principais constituintes dos sistemas de pintura o que nós chamamos de pintura não deve ser entendido apenas como a tinta de acabamento. Ela é composta por fundos e líquidos preparadores de paredes, mas as e, por fim, a tinta de acabamento. Cada um dos produtos possui uma função definida . • Fundo: é um produto destinado à primeira demão ou mai demãos sobre a superfície e funciona como uma ponte entre o substrato e a tinta de acabamento. O fundo é chamado de se1ador quando aplicado sobre superfícies de argamassa e é indicado para reduzir e/ou uniformizar a absorção de substratos. O fundo é chamado de prtmer quando aplicado sobre superfícies metálicas; neste caso, entram em sua composição pigmentos anticorrosivos que servem para inibir a corrosão da superfície metálica. E em caso de superfícies não metálicas é chamado de washpr'imer, que é um promotor de adesão. / • Fundopreparador de paredes: tem como característica principal promover a coesão de partículas soltas do substrato, por isso é especialmente recomendada a aplicação sobre superfícies não muito firmes e sem coesão, como, por exemplo: argamassa pobre e sem resistência mecânica, caiação, repinturas ou superfícies./' constituídas por gesso ou artefatos de gesso. • Massa: é um produto pastoso, altamente pigmentado e serve para a correção de irregularidades da superfície já selada. Este produto deve ser aplicado em camadas muito finas para vitar o aparecimento de fissuras ou reentrâncias. • Tinta de acabamento: é a parte visível do sistema de pintura. É ela que apresenta as propriedades necessárias para o fim a que se destina, inclusive tonalidade. 16 RECOMENDAÇÕES PARA A ESPECIFICAÇAo DE SISTEMAS DE PINTURA Embora a pintura seja a última etapa de uma obra, ela deve ser considerada desde a definição do projeto do edifício. As condições gerais do meio ambiente e as de uso são os principais fatores que determinam a escolha do sistema de pintura. A especificação do sistema de pintura deve ser iniciada caracterizando-se o meio ambiente e o tipo de substrato. Classificação do ambiente Segundo as diretrizes da Norma BS 6150, a definição "meio ambiente" refere-se à atmosfera e às condições de uso ou serviço às quais erá exposta a superfície pintada. O ambiente deve ser classificado tendo em vista o regime de chuvas e o grau de agressividade da atmosfera ao redor da superfície do edifício. O meio ambiente é subdividido em ambiente interno e externo, com diferentes níveis de agressividade. O ambiente interno deve ser caracterizado conforme o tipo de ocupação, como área seca ou úmida, e o externo, aracterizado conforme o grau de agressividade atmosférica e condições climáticas. a falta de dados referentes às aracterísticas do meio ambiente, esse nível pode ser obtiI a partir da análise do aspecto apresentado pelas supern ies pintadas de edifícios vizinhos. As Tabelas 2 e 3 auxiliam a classificação do ambiente ern razão do regime de chuvas e da agressividade atmosf ~rica,e, com base nessas classificações e uso da Tabela 4, (11 r-se-à o nível de agressividade do ambiente. 19 Classificação Regime anual de chuvas Exemplo de cidades brasileiras Baixo Mais de 6 meses secos Teresina, Fortaleza Médio De 4 a 5 meses secos Belo Horizonte, Cuiabá, Goiânia Até 3 meses secos Belém, Manaus, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Salvador Elevado Grau de agressividade 1 2 Área não industrial (rural e urbana) Área sem i-industrial Elevada Área industrial e marítima Ambientes secos, bem ventilados, de edifícios residenciais e comerciais marítima, urbana ou semi-industrial, com regime de chuva médio Área afastada Moderado Atmosfera Média Área afastada da orla Área próxima à orla / Baixa Ambiente interno marítima (mais de 1Okm), não industrial e com regime de chuva médio Fraco Tabela 2 - Classificação de acordo com o regime de chuvas Classificação Ambiente externo Intenso 1 poluição atmosférica média, mas afastada de fontes de poluição Área dentro da orla marítima (até 3km), não industrial, com regime de chuva intenso Área industrial, Tabela 3 _ Classificação do ambiente Quanto à agressividaOe da atmosfera local 2 Muito intenso da orla marítima, urbana ou semiindustrial, com com poluição atmosférica elevada Área dentro da orla marítima (até 3km) e com elevada poluição atmosférica Ambiente com possibilidade de condensação de umidade, como cozinhas e banheiros, ou com pouca necessidade de limpeza de superfície Ambiente freqüentemente submetido à umidade e condensação elevada ou com necessidade de limpeza freqüente das superfícies Ambiente rdustriel &'OU com umidade e corx:lensação elevadas Tabela 4 - Classificação do grau de agressividade (adaptada da Norma BS 6150) 20 21 água solubilizam-se, e durante a secagem do substrato a soluç~o salina migra para a superfície formando depósito de sais brancos. Quando a tinta e seus complementos são aplicados nestas condições, pode ocorrer alteração de cor, ataque alcalino, eflorescências (depósito de sais brancos pulverulentos) ete. Freqüentemente, mais de um sistema de pintura pode estar dentro das exigências quanto ao grau de agressividade do meio ambiente. Neste caso, a seleção deve ser realizada levando-se em conta o custo, o tempo de vida útil, a freqüência de manutenção, a disponibilidade do produto e o efeito estético desejado. Seleção da tinta de acabamento para substratos à base de cimento ou cal Descrição e características dos principais tipos de substratos Os tipos de superfícies mais comuns encontrados nas edificações são alvenarias revestidas com argamassa de cimento e/ou cal, concreto, madeira e metais ferrosos e não ferrosos. Os sistemas de pintura existentes não são compatíveis com todos os tipos de superfícies e, portanto, devem ser especificados levando-se em conta a existência ou não de incompatibilidades. Cada uma dessas superfícies possui características próprias de sua natureza, as quais influem no desempenho da tinta aplicada. A seleção da tinta para substratos à base de cimento ou cal. de~e ser realizada com base na Tabela 5 após a classificação do grau de agressividade de ambientes obtida a partir da Tabela 4. Superfícies expostas em atmosferas poluídas ou em contato com agentes químicos na forma gasosa, líquida ou sólida devem ser protegidas com tintas da linha industrial. (Ex.: borracha c1orada, poliuretana resina epóxi, resinas vinílicas etc.) , Condições dos substratos minerais porosos para receber pintura • Tintas à base de aglomerantes inorgânicos A aplicação SUBSTRATOS MINERAIS POROSOS de tinta à base de cimento Referem-se a todos os tipos de superfícies minerais porosos de ambientes internos e externos, constituídas por materiais à base de cimento ou cal, tais como: argamassa de cimento, de cal e mista, gesso, reboco, massa fina, concreto, alvenaria etc. Características de substratos à base de cimento e/ou cal Quando recém-executado, apresenta umidade e alcalinidade elevadas, condições impróprias para aplicação de quase todos os tipos de pintura. possuem elevada porosidade e rugosidade, que podem ser regularizadas com massa niveladora. Os sais presentes nestes substratos em presença em substratos constantemente (recérn-execu ta dos) . úmidos ser realizada ou malcurados • Tintas à base de resinas sintéticas ou tintas a óleo: A apliação destes tipos de tinta só deve ser realizada quando o substrato estiver seco e curado. Superfícies recérn-execul' das, em condições favoráveis de secagem, devem aguardar no mínimo 30 dias para receber a pintura. Em períoI s não chuvosos a secagem de um substrato é de aproimadamente uma semana para cada 5mm de espessura I camada (BS 6150). Na secagem e/ou cura do substrato lurante os períodos de chuva, recomenda-se cobrir as de 23 22 ou cal pode E c , cr:: , , , cc cc cc , , cc cc cc , , , cc cc , cr:: @ cr:: cr:: cc cc cc cr:: cr:: @ @ @ CI) cr:: cr:: cr:: c:( cr:: cr:: c:( cr:: .... cc CIl cr:: cr:: .§ u - u '" CIl c o / superfícies mais expostas, por exemplo, o topo da platibanda de prédios, com filme de polietileno, colocado somente durante a chuva. Devido à incompatibilidade da tinta a óleo com substratos alcalinos, a aplicação deste produto só deve ser realizada sobre a superfície previamente tratada com tinta de fundo. .., ~ == CI) SUBSTRATOS DE MADEIRA E DE SEUS DERIVADOS c 'Q.. (I) "'CI '"'" E ~ - '"E w '" (I) '" 'u; (I) "'CI o '"c, o i= .... @ cc @ •... cr:: cc cc , cc cc , cr:: cc @ @ , , cc , , cr:: , cc , Referem-se a todos os tipos de superfícies, internas e externas, constituídos por madeiras, tais como: portas, janelas, paredes de casas de madeira etc. cc Características da madeira , , Possui estrutura celular e apresenta baixa estabilidade dimensional. As dimensões variam de acordo com o teor de umidade do meio ambiente. Retrai ao perder umidade incha ao absorvê-Ia. O fenõmeno é reversível, resultando em movimentos alternados em razão das variações atmosféricas. A permeabilidade e a penetração de líquidos são maiores no sentido longitudinal (na direção do comprimento das fibras). o Para uma mesma espécie de madeira, as contrações e xpansões da peça variam conforme a direção considerada, ou seja: .:? c :; , @ @ , cr:: cr:: I' o ~.., cc cr:: cr:: cr:: @ @ , I- cr:: cc cc cc cc @ •... N •... N c:( (I) "'CI (I) "'CI '" "'CI .:; == e 'u;'" e (.!:J - o C (I) o ....e ~ o .t:: .s ã - (I) "'CI (I) o '" c o c '" "'CI Cl - o '" o (.) ã cc o (.) ....e "'CI ~ (I) "'CI o ã == '"c:-- (I) -= (I) (I) "'CI C (I) o .c,..CI .- E I- '" w X I- w R- Recomendável . Recomendável para até dois pavimentos @- Tabela 5 - Sistemas de acabamento a: :2: T- Texturizado 13- Brilhante - :2: O I- w a: :2: O Acctínado F- Fosco A- • direção longitudinal (sentido do crescimento da árvore cOlTespondendo ao comprimento das peças): as variações dimensionais são pequenas; • direção radial (sentido do centro para a periferia correspondendo à espessura das peças): as variações são maiores; • direção tangencial (cOlTesponde à largura das peças): a variação dimensíonal é ainda maior. para substratos à base de cimento ou cal 24 25 A madeira, quando úmida, não é adequada para aplicação de pintura. Durante a exposição ao ambiente, ela perde umidade e se retrai, levando ao aparecimento de tensões entre a película e a superfície da madeira e resultando em perda da aderência e/ou no aparecimento de fissuras. Também pode ocorrer a abertura de juntas entre as peças, o que permite a penetração de umidade. Além disso, a madeira, quando excessivamente úmida, impede a penetração das tintas, não permitindo boa aderência, além de ocorrer formação de bolhas na película de pintura durante a secagem deste substrato. Quando muito seca, também não é adequada para aplicação de tinta. Ab orve umidade do ambiente e incha, ocorrendo o aparecimento de tensões entre a película e a superfície da madeira, resultando em perda de aderêhci~ e fissuração. Algumas espécies de árvores possuem resinas em sua constituição, como: ipê, jatobá, angíco-preto, pínus-elliotí, pau-marfim, cedro. A exposição ao sol favorece a exsudação das resinas, resultando em perda de aderência e formação de bolhas na película de pintura. • 12% para áreas externas de regiões secas; • 18% para áreas externas de regiões úmidas; • 10% a 12% para ambientes internos. A madeira com teor de umidade abaixo de 20% não é suscetível à ação de fungos manchadores ou insetos que dela se alimentam, como, por exemplo: cupim, besouro etc. Portanto, recomenda-se que a pintura sobre este substrato seja realizada preferencialmente com teor de umidade abaixo deste valor. A aplicação de tintas ou vernizes em superfícies de madeira provenientes de espécies de árvores que contêm resinas em sua constituição, deve ser realizada preferencialmente após a secagem da superfície com solução alcoólica de goma-laca. A aplicação em madeira tratada só deve er realizada após a secagem ou evaporação do solvente existente no preservativo. Tipo de ambiente A seleção da tinta ou verniz deve ser realizada com base nas Tabelas 6 e 7 após a classificação do grau de agressividade de ambientes, obtida a partir da Tabela 4. Acetinado Fosco R R - 1 R ® - 2 R ® - 1 ® - - 2 ® - - Muito intenso - - - Fraco R R R Moderado R R R - - - Moderado Externo Intenso Condições dos substratos de madeira para receber pintura 26 Brilhante Fraco Seleção da tinta de acabamento para substratos de madeira A aplicação de tintas, vernizes, lacas e outros acabamentos só deve ser realizada em madeira envelhecida e seca com o teor de umidade em equilíbrio com a do ambiente. Nestas condições não há ganho ou perda de água, existindo assim estabilidade dimensional. A velocidade de secagem da madeira varia de acordo com a temperatura, umidade relativa do meio e espécie de árvore. Geralmente , considera-se teor de umidade de equilíbrio le: Esmalte Sintético Grau de agressividade Interno Intenso n , Recomendável @. , até Recomendável dOIS pavrruentos Tabela 6 - Sistema de acabamento pigmentado para substratos à base de madeira 27 o o o •.. ::! ta u @ C/) o u... @ @ SUBSTRATOS METÁLICOS FERROSOS , == o CT e .~ .!: E ;;: ::Q) (I) ta E Q) o o o .- o "C ._ +-' (I) '- 'C;; Eta Q) "C '"o c.. i= == Referem-se a todos os tipos de superfícies, internas e externas, constituídos por metais ferrosos, como portões, grades, esquadrias, estruturas de ferro e aço. C/) ta Q) +-' c ctl :E cc @ @ cc @ @ cc cc cc , , , , cc cc @ @ cc cc , , cc , , cc cc 0;:: co Características dos substratos metálicos o u C/) o u... c maior capacidade de correção de irregularidades, preenche as fissuras superficiais, principalmente as que apresentam maior grau de texturização; > maior resistência à penetração de chuva e películas mais espessas; > maior resistência ao intemperismo, não só pelas características do produto, mas também porque as alterações superficiais, ocasionadas pelo intemperismo, são menos visíveis, pois a texturização disfarça as alterações causadas pelo intemperismo; > custo mais elevado do que o acabamento liso; quanto maior o grau de texturização maior o custo; > a necessidade de aplicação de uma única demão permite economia no custo da mão de obra. A resistência ao intemperismo é função da espessura da camada; quanto maior a espessura maior a resistência. Problemas como a calcinação (pulverulência da película) são pouco visíveis nesse tipo de pintura e, além disso, são removidos pela água de chuva. 37 36 \ Produto: Massa acrílica Produto: Fundo selador acrílico pigmentado 1\ • Composição básica: formulada com base de dispersão de copolímeros acrílicos ou estireno acrílico, contém pigmentos ou cargas e aditivos. Descrição . \ Usos . Características técnicas . I • I Descrição Recomendado para reduzir e uniformizar a absorção de superfícies internas e externas muit o porosas, sem pintura, como o reboco, concreto, tijolo, gesso, massas niveladoras. Este tipo de produto é uma dispersão aquosa, isenta de solventes orgânicos. Libera baixo teor d e produtos orgânicos voláteis (VOC). apresenta baixa toxidade e causa menor poluição ao meio ambiente ' do que produtos de base solvente. Geralmente produzidos em cor clara como a branca. O produto, comparativamente: > ao líquido (fundo preparador de paredes). apresenta maior poder de enchimento e cobertur > ao líquido com base PVAc, apresenta maior resistência à alcalinidade e à água. Em condições normais de umidade e temperatu ra apresenta secagem rápida e permite a aplicaçã o de tinta de acabamento no mesmo dia. · · Usos Características técnicas Composição básica: formulada com base de dispersão de copolímeros acrílicos ou estireno acrflico, contém pigmentos ou cargas e aditivos. Recomen~ada para uniformizar, nivelar e corrigir imperfeições de superfícies internas e externas de argamassas de cal e/ou cimento (reboco) e concreto; é preferível o seu uso em ambientes Internos. • Este tipo de produto é uma dispersão aquosa, Isenta de solventes orgânicos. Libera baixo teor de produtos orgânicos voláteis (VOC). apresenta baixa toxidade e causa menor poluição ao meio ambiente do que produtos de base solvente. • ~e modo geral, a massa acrílica, comparativamente a massa corrida (vinílica), apresenta: ::- maior resistência à aderência, à alcalinidadê e à agua; > maior dificuldade para aplicar e lixar. Em condições normais de umidade e temperatura apresenta secagem rápida e permite lixar e aplicar a tinta de acabamento no mesmo dia. · .: I I I I I I I 1\ \ \ 38 39 Sistemas vinílicos Produto: Tinta látex vinílica Produto: Fundo (líquido) preparador de paredes . II , Descrição . '\ , I 11 II • Composição básica: formulada com base de Composição básica: formulada com base de dispersão ou suspensão de copolímeros acrílicos ou estireno acrílico e aditivos. Usos Recomendado para uniformizar ou reduzir a absorção de superfícies porosas como o gesso, tijolo à vista, telha cerâmica, concreto, pedras; aumentar a coesão de superfícies friáveis e sem resis.tência. mecânica como rebocos de baixa resistencra mecânica; aglomerar pulverulências de superfícies de caiação, gesso e pintura calcinada. A I II Descrição • • • Recomendada para a aplicação sobre superfícies Internas e externas de alvenaria à base de cimento e/ou cal (argamassa), concreto, bloco de concreto, cimento amianto, gesso, cerâmica não vitrificada. Usos · • Este tipo de produto apresenta elevado teor de produtos orgânicos voláteis (VOC), f!1aior toxidade e causa maior poluição ao meio ambiente em relação a produtos de base ! , Características técnicas I I " I , • aquosa. Comparativamente a fundos seladores, apresenta: > maior capacidade de penetração em substratos porosos; > maior poder de aglomeração de partículas. · • Características técnicas · \ • I · , l \ fi dispersão de polímeros vinílicos (poliacetato de Vinda ou PVAc), contém pigmentos como o dióxido de titânio e/ou outros pigmentos coloridos, cargas e aditivos. Acabamento: semibrilho ou fosco aveludado. É uma dispersão aquosa, isenta de solventes orgânicos. Libera baixo teor de produtos orgânicos voláteis (VOC), apresenta baixa toxidade e causa menor poluição ao meio ambiente do que tintas de base solvente. De fácil aplicação e secagem rápida, permite a aplicação da segunda demão no mesmo dia· intervalo entre demãos de aproximadamente 4horas. De modo geral, apresenta menor resistência de aderência, durabilidade, resistência à água e à alcalinidade do que os sistemas com base de copolímeros acrílicos ou estireno acrílico. As películas obtidas com este tipo de tinta são mais porosas e/ou permeáveis do que aquelas com base de copolímeros acrílicos ou estire no acrílico, a óleo e esmalte sintético. De modo geral, o acabamento fosco aveludado é mais i~dicado para fins decorativos do que para proteçao, enquanto o acabamento semibrilho é mais indicado para proteção. A estimativa de vida útil até a 1ª repintura, em ambientes externos de baixa agressividade, é de 3 anos. 41 40 Produto: Fundo selador vinílico · Descrição · Usos · Características técnicas I · ·• Comp osição básica: formulada com base de disper são de polímeros viniiicos (poliacetato de vinila ou PVAc). contém ou não pigmentos ou cargas e aditi vos. Recomendado para reduzir e uniformizar a absorção de su perfícies internas e externas muito porosas, sem pintura, como o reboco, concreto, tijolo, gess o, massas niveladoras. Éum a dispersão aquosa, isenta de solventes orgân icos. Libera baixo teor de produtos orgânicos volát eis (VOC). apresenta baixa toxidade e causa meno r poluição ao meio ambiente do que produtos de b ase solvente. O sei ador pigmentado, comparativamente: > ao líqüido (fundo preparador de paredes). apre senta maior poder de enchimento e cobertura; > ao líqüido com base acrílica, apresenta menor resis tência à alcalinidade e à água. Geralmente produzido em cor clara como a branca. Em c ondições normais de umidade e temperatura apre senta secagem rápida e permite a aplicação de ti nta de acabamento no mesmo dia. 42 Produto: Massa corrida Descrição · · Usos · Caracteristicas técnicas • • Composição básica: formulada com base de dispersão de polímeros virílicos (poliacetato de vinila ou PVAc). contém pigmentos ou cargas e aditivos. Recomendada para uniformizar, nivelar e corrigir imperfeições de superfícies internas e externas de argamassas de cal e/ou cimento (reboco) e concreto; é preferível o seu uso em ambientes internos. É uma dispersão aquosa, isenta de solventes orgânicos. Libera baixo teor de produtos orgânicos voláteis (Voe), apresenta baixa toxidade e causa menor poluição ao meio ambiente do que produtos de base solvente. De modo geral, a massa corrida, comparativamente à massa acrílica, apresenta: > menor resistência à alcalinidade e à água; > maior facilidade para a aplicação e lixamento. Em condições normais de umidade e temperatura apresenta secagem rápida e permite lixar e aplicar a tinta de acabamento no mesmo dia. 43 I I Sistemas alquídicos II Produto: o Descrição o o Usos o o o Caract. técnicas o o o o Esmalte sintético alquídico Composição básica: formulada com base de resina alquídica, sintetizada a partir de óleos secativos ou semi-secativos, pigmentos orgânicos e inorgânicos ativos e cargas minerais inertes nos acabamentos foscos e acetinados, secantes organometálicos, aditivos e solventes hidrocarbonetos alifáticos. Acabamento: brilhante (uso exterior), acetinado (uso geral) e fosco (uso interior). Recomendado para a aplicação sobre superfícies metálicas, madeira, cerâmicas não vidradas e alvenaria. As resinas alquídicas são provenientes de poliésteres, resultantes de reações químicas entre poliálcoois e ácidos graxas ou óleos; a película forma-se por oxidação durante a exposição ao ar. Este tipo de produto apresenta elevado teor de produtos orgânicos voláteis (VOC), tem maior toxidade e causa maior poluição ao meio ambiente em relação a produtos de base aquosa. Comparativamente aos sistemas de pintura com base água, apresenta menor resistência à alcalinidade, portanto é imprescindível que seja aplicado sobre superfícies bem secas. A aplicação deste tipo de sistema em alvenaria recém-executada requer o uso de tinta de fundo resistente à alcalinidade. A secagem é mais lenta, não permitindo a aplicação da segunda demão no mesmo dia; intervalo entre demãos de aproximadamente 10 horas. As películas obtidas com este tipo de tinta são menos porosas e/ou permeáveis do que aquelas de base água. Este tipo de pintura apresenta boa resistência em ambientes não agressivos. Não é recomendado para aplicação em substratos expostos a produtos químicos ou umidade excessiva. De modo geral, o acabamento fosco aveludado é mais indicado para ambientes internos, com fins decorativos, do que para proteção, enquanto o acabamento alto brilho é mais indicado para proteção. A estimativa de vida útil até a 1a repintura para acabamentos brilhantes e acetinados, em ambientes externos de baixa agressividade, é acima de 5 anos e, para acabamentos foscos, até 5 anos. 44 Produto: Fundo selador pigmentado o Composição básica: formulada com base de resina alquídica, sintetizada a partir de óleos secativos ou semi-secativos, pigmentos orgânicos e inorgânicos ativos e cargas minerais inertes nos acabamentos foscos e acetinados, secantes organometálicos, aditivos e solventes hidrocarbonetos alifáticos. o Recomendado para uniformizar, nivelar e corrigir pequenas imperfeições de superfícies de madeira e seus derivados. o As resinas alquídicas são provenientes de poliésteres, resultantes de reações químicas entre poliálcoois e ácidos graxas ou óleos; a película forma-se por oxidação durante a exposição ao ar. Este tipo de produto apresenta elevado teor de produtos orgânicos voláteis (VOC), maior toxidade e causa maior poluição ao meio ambiente em relação a produtos de base aquosa. O teor de pigmento presente neste tipo de fundo permite corrigir pequenas imperfeições superficiais e uniformizar a absorção da madeira, para a aplicação posterior de acabamento pigmentado. Descrição Usos o' Características técnicas o 45 Produto: Fundo anticorrosivo com cromato Produto: Fundo anticorrosivo com fosfato . • Composição básica: formulada com base de resina alquídica, sintetizada a partir de óleos secativos ou semi-secativos, pigmentos inorgânicos anticorrosivos para proteção como cromato de zinco e óxido de ferro, secantes organometálicos, aditivos e solventes hidrocarbonetos alifáticos. Descrição • Recomendado para inibir a corrosão de Usos Descrição Usos substratos metálicos ferrosos (ferro e aço) e não ferrosos. · • Este tipo de produto apresenta elevado teor de Características técnicas · • produtos orgânicos voláteis (VOC), maior toxidade e causa maior poluição ao meio ambiente em relação a produtos de base aquosa. O grau de proteção anticorrosiva e toxidade varia conforme o teor e a composição do pigmento e da resina. Composição do pigmento: geralmente é constituído por cromato de zinco. Apresenta secagem ultra-rápida e as características variam conforme a composição. 46 · • Características técnicas · Composição básica: formulada com base de resina alquídica, sintetizada a partir de óleos secativos ou semi-secativos, pigmentos inorgânicos anticorrosivos para proteção como o fosfato de zinco, secantes organometálicos, aditivos e solventes hidrocarbonetos alifáticos. Recomendado para inibir a corrosão de substratos metálicos ferrosos (ferro e aço), principalmente em repinturas. Este tipo de produto apresenta elevado teor de produtos orgânicos voláteis (VOC), maior toxidade e causa maior poluição ao meio ambiente em relação a produtos de base aquosa. O grau de proteção anticorrosiva e toxidade varia conforme o teor e a composição do pigmento e da resina. Composição do pigmento: geralmente constituído por fosfato de zinco. Apresenta grande vantagem em relação ao zarcão e não apresenta toxidade. Alguns fabricantes recomendam o uso em superfícies metálicas não ferrosas. 47 Produto: Tinta a óleo Produto: Massa a óle o . Descrição Composição básica: form ulada com base de resina alquídica, sintetiza da a partir de óleos secativos ou semi-secati vos, pigmentos ativos e inertes, secantes orga nometálicos, aditivos e solventes hidrocarboneto s alifáticos e aromáticos. • Recomendada para nivel ar e corrig ir Usos . Características técnicas imperfeições superficiais de substratos de madeira em interiores e exteriores. · Descrição Usos · Características técnicas .-- I ... J I • II - 48 \ 1~1 · .~ I~ Recomendadas para a aplicação sobre superfícies metálicas ferrosas, madeira e alvenaria. • Apresenta elevado teor de produtos orgânicos Comparativamente à ma ssa corrida e acrílica, este tipo de produto apr esenta maior teor de produtos orgânicos volát eis (VOC). maior toxidade e causa maior poluição ao meio ambiente em relação a produtos de base aquosa. I · · Composição básica: formulada com base de óleos secativos ou semi-secativos, pigmentos orgânicos e inorgânicos ativos e cargas minerais inertes, secantes organometálicos, aditivos e solventes hidrocarbonetos alifáticos. Acabamento: alto brilho. voláteis (VOC). maior toxidade e causa maior poluição ao meio ambiente em relação a produtos de base aquosa. Apresenta características semelhantes à tinta esmalte sintético brilhante, porém com menor durabilidade e velocidade de secagem. Não é recomendada para aplicação em substratos expostos a produtos químicos (solventes, álcalis e ácidos) e umidade excessiva. Comparativamente aos sistemas de pintura de base água, apresenta menor resistência à alcalinidade, portanto é imprescindível que seja aplicada sobre superfícies bem secas. A aplicação deste tipo de sistema em alvenaria recém-executada requer o uso de tinta de fundo resistente à alcalinidade. A secagem é mais lenta, não permitindo a aplicação da segunda demão no mesmo dia; intervalo entre demãos de aproximadamente 10 horas. As películas obtidas com este tipo de tinta são menos porosas e/ou permeáveis do que aquelas de base água. 49 Tinta à base de cimento (argamassa decorativa) Cal hidratada para pintura (caiação) Produto: Cal hidratada para pintura . Descrição Composição básica: cal hidratada, podendo conter pigmentos opacificantes e/ou coloridos, cargas minerais, sais higroscópicos e eventualmente produtos repelentes à água. Usos • Recomendada para a aplicação sobre superfícies rústicas e porosas como alvenrias de cimento e/ou cal, concreto, bloco de concreto de superfícies externas/lnternas. Este tipo de tinta pode ser aplicado sobre superfícies úmidas e/ou frescas. Não deve ser aplicado sobre superfícies muito lisas como cerâmica, nem sobre superfícies pintadas com outros tipos de tinta. - · o c Q) E Mecanismo de formação da camada de pintura: fornecida como pó e misturada à água pouco antes do uso. O leite de cal, quando aplicado à superfície, reage com o anidrico carbônico (C02) do ar formando o carbonato de cálcio (CaC03). Geralmente, dolomitos de granulação muito fina e arredondada resultam em cal hidratada para pintura de melhor desempenho do que os calcários. O produto, por ser uma suspensão aquosa, é isento de solventes orgânicos, não libera produtos orgânicos voláveis (VOC), tem baixa toxidade e não polui o meio ambiente. De modo geral, a película de caiação possui bom poder de cobertura quando seca, mas baixo poder de cobertura quando úmida. Devido a sua alcalinidade, é muito limitada em cores. A maioria dos pigmentos orgânicos são incompatíveis com este tipo de pintura, devido a sua suscetibilidade à alcalinidade. Já os pigmentos minerais são compatíveis, principalmente os óxidos de ferro. Forma camada bastanterpermeável ao vapor de água e a gases, o que diferencia das pinturas convencionais. Essa camada permite a "transpiração" do substrato úmido. Possui baixa resistência a ácidos e elevada resistência à alcalinidade e à água. A resistência à alcalinidade tornaa muito recomendada para aplicação em substratos à base de cimento, ou cal, recém-executados, não sendo adequada para aplicação em ambientes industriais onde a atmosfera é ácida. Comparativamente à pintura de base de cimento, possui maior permeabilidade ao vapor de água e a gases. · · -•.. • o == "'C o e, Caract. técnicas · • · • · 50 51 Silicones (produto de tratamento de superfície) Vernizes Produto: Verniz sintético alquídico Produto: Silicones o Descrição . o Usos . o Características técnicas o Composição básica: constituídos por produtos organossilícicos como: > Siliconatos . constituídos por metilsiliconato de potássio, diluídos em água; > Silicones oligômeros ou siloxanos . constituídos por alquil alkoxisiloxanos, diluídos em solventes aromáticos; > Siliconatos . constituídos por siliconatos conjugados com silanos e siloxanos, diluídos em solventes aromáticos. Acabamento: não altera o aspecto da superfície. o Descrição o o Usos o Recomendados para a aplicação sobre superfícies de baixa e elevada porosidade como tijolo à vista, cerâmica, pastilhas não vidradas, concreto aparente, telhas, pedras naturais. o São produtos que não vedam os poros, mas repelem a água sem formação de filme. O tratamento permite o respiro do substrato, forma uma camada bastante permeável ao vapor de água e a gases e reduz a absorção de água líquida, o que o diferencia das pinturas convencionais. Penetram nos poros formando uma camada invisível e a maioria não altera a cor e o aspecto original da superfície. A durabilidade do produto depende da profundidade de penetração no substrato. A capacidade de penetração depende da porosidade da superfície, do seu teor de umidade, do tipo de silicone e do tipo de solvente utilizado. Alguns tipos apresentam baixa resistência à alcalinidade; o seu uso deve ser indicado pelo fabricante. 52 o Características técnicas Composição básica: formulada com base de resina alquídica, sintetizada a partir de óleos secativos ou semi-secativos, secantes organometálicos, aditivos e solventes hidrocarbonetos alifáticos contendo ou não pequena fração de aromáticos. No acabamento fosco contém cargas sintéticas (agente regulador de brilho). Acabamento: brilhante e fosco. Reco~endado para a aplicação sobre superflcles de madeira, em interiores. A indicação de uso em exteriores deve ser recomendada pelo fabricante do produto. As resinas alquídicas são provenientes de poliésteres, resultantes de reações químicas ent;e poliálcoois e ácidos graxos ou óleos; a película forma-se por oxidação durante a exposiçao ao ar. Este tipo de produto apresenta elevado teor de produtos orgânicos voláteis (VOC), maior toxl~ade e causa maior poluição ao meio ambiente em relação a produtos de base aquosa. A secagem é mais lenta, não permitindo a aplicação da segunda demão no mesmo dia· intervalo entre demãos de aproximadament~ 10 horas. A secagem e o endurecimento são influ~nciados pelas condições do meio ambiente, como umidade, temperatura teor de oxigênio, etc. A película formada mostra os nós e veios naturais da madeira; os acabamentos brilhante ou fosco não diferem no uso, apenas no aspecto. A película formada não protege a madeira contra a ação da radiação solar. Geralmente, o acabamento brilhante apresenta maior resistência aos agentes do meio ambiente. t o 53 Produto: Verniz sintético alquídico com filtro solar Produto: Vetniz poliuretânico • Composição básica: formulada com bas,e de Descrição • Usos · · · Características técnicas · • resina alquídica, sintetizada a partir de oleos secativos ou semi-secativos, secantes organometálicos, pigmento inor~ânico, aditivos e solventes hidrocarbonetos alifáticos contendo ou não pequena fração de aromáticos. ,No acabamento fosco contém cargas smtencas (agente regulador de brilho). Acabamento: brilhante e fosco. • Recomendado para a aplicação sobre superfícies de madeira, em interiores e exteriores. Pode ser utilizado em outros substratos. 11 Carac t. técnic as II ,. 54 Usos (I Recomendado para a aplicação sobre superfícies de madeira, em interiores e exteriores. As resinas alquídicas são provenientes de poliésteres, resultantes de reações ~uímicas entre poliálcoois e ácidos graxos ou oleos; a película forma-se por oxidação durante a exposição ao ar. Este tipo de produto apresenta elevado teor de produtos orgânicos voláteis (VOC), maior toxidade e causa maior poluição ao meio ambiente em relação a produtos de base ~u~a. .. A secagem é mais lenta, não permitindo a aplicação da segunda demão no mesmo dia; intervalo entre demãos de aproximadamente 10 horas. A secagem e o endurecimento são influenciados pelas condições do meio ambiente, como umidade, temperatura, teor de oxigênio, etc. A película formada mostra os nós e veios naturais da madeira; os acabamentos brilhante ou fosco não diferem no uso, apenas no aspecto. A presença de filtro solar na película formada protege a madeira contra a ação da radiação solar. Geralmente, o ac~bamento brilhante apresenta maior reststencia aos agentes do meio ambiente. Descriç ão • Composição básica: formulada com base de resinas poliuretânicas, secantes organometálicos, aditivos e solventes hidrocarbonetos alifáticos contendo ou não pequena fração de aromáticos e pigmento inorgânico. No acabamento fosco contém cargas sintéticas (agente regulador de brilho). • Acabamento: brilhante e fosco. • A formação de película ocorre por oxidação durante a exposição ao ar. O mecanismo é semelhante ao da resina alquídica. • Apresenta elevado teor de produtos orgânicos voláteis (VOC), maior toxidade e causa maior poluição ao meio ambiente em relação a produtos de base aquosa. • A secagem é mais lenta, não permitindo a aplicação da segunda demão no mesmo dia; intervalo entre demãos de aproximadamente 10 horas. A secagem e o endurecimento são influenciados pelas condições do meio ambiente, como umidade, temperatura, teor de oxigênio, etc. • Comparativamente ao verniz alquídico, forma película de maior resistência de aderência, resistência mecânica (abrasão e dureza), resistência química e intemperismo. Por ter elevada resistência à água, é indicado para aplicações em pinturas marítimas. Por sua resistência à álcalis, é adequado para aplicação em concreto. • A película formada mostra os veios e nós da madeira; os acabamentos brilhante ou fosco não diferem no uso, apenas no aspecto. A presença de filtro solar na película formada protege a madeira contra a ação da radiação solar. Geralmente, o acabamento brilhante apresenta maior resistência aos agentes do meio ambiente. 55 I Produto: Fundo selador nitrocelul ósico I I · Composição básica: formulad a com base de nitrocelulose e resina alquídic a modificada, solventes hidrocarbonetos aro máticos, álcoois, acetatos e aditivos. · Recomendado para selar sup erfícies de madeira e seus derivados, for mando uma barreira entre o sub strato e o acabamento. · Apresenta baixa resistência à luz solar e à umidade, não sendo recomend ado para uso externo. Este tipo de produto apresent a elevado teor de produtos orgânicos voláteis (V?C), maior ( toxidade e causa maior poluiç ao ao meio ambiente em relação a produt os de base aquosa. Descrição Usos Características técnicas • I I I I . I I I1 II I 56 CUIDADOS NO PROJETO DO EDIFíCIO Alguns aspectos do projeto influem na qualidade e durabilidade da pintura, tanto na facilidade de aplicação inicial como na sua manutenção ao longo da vida útil dos edifícios, principalmente em superfícies externas. Pequenos detalhes de projeto muitas vezes podem provocar elevados prejuízos estéticos na pintura, levando à redução da durabilidade, além de ocasionar freqüentes intervenções na manutenção do edifício. Considerações gerais quanto ao projeto Na fase do projeto, deve-se tomar os seguintes cuidados: • eliminar a água de construção dentro de prazos normais e compatíveis com o planejamento da construção da obra; • evitar superfícies com contornos angulosos, preferindo sempre superfícies com formas arredondadas. A pintura em contorno anguloso resulta em película de menor espessura, portanto, menor proteção à superfície. São recomendados projetos com contornos que apresentem raios de pelo menos 1,5mm; • evitar projetos com substratos de baixa durabilidade e que haja necessidade de manutenção freqüente em locais de difícil acesso; • evitar o uso de pintura em substratos de baixa durabilidade e que necessitam manutenção freqüente. este caso, o uso de pintura como acabamento é antieconõmico e às vezes impraticável; • evitar o uso de pinturas em ambientes muito agressivos. Em substratos constantemente úmidos, com condensação de umidade na sua superfície, é preferível o uso de revestimento cerârnico. Especificação do sistema de pintura A especificação deve ser realizada com base nas diretrizes apresentadas no item "Recomendações para a 59 especificação de sistemas de pintura", e, além disso, recomenda-se: • na especificação do sistema de pintura deve-se considerar sugestões dadas pelos profissionais responsáveis pela execução da pintura; • na escolha das cores de tintas devem ser levados em conta, além do efeito estético da pintura, fatores relacionados ao: > conforto térmico - as superfícies escuras absorvem mais calor que as claras, tornando o ambiente interno mais Condensação de umidade Algumas partes do edifício, devido ao modo de uso, apresentam maior facilidade para a ocorrência de condensação de umidade, o que acelera a degradação da pintura. Por exemplo, o desenvolvimento de fungos em tetos e paredes de banheiros e cozinhas, como podemos observar na figura seguinte. quente; , .. da cor à radiação solar ou a alcalinidade - os pigmentos azuis e verdes de modo geral são mais suscetíveis aos agentes do meio, resultando em alteração de cor ete. > contraste causado pela presença de sais brancos sobre superfície pintada com tinta de cor escura. ~ a umida~e presente no substrato mineral pode solubilizar a fraçao solúvel de seus constituintes e se depositar sobre a superfície pintada. > suscetibilidade Facilidade de acesso para a execução de pintura • Todas as superfícies a serem pintadas devem ser projetadas de modo a evitar formas geométricas ou condições que possam dificultar a aplicação do sistema de pintura. • As fachadas devem ser de fácil acesso à execução de pintura; o acesso à repintura deve ser planeja~o !á na fase de projeto, inclusive prevendo-se a existencra de suportes para a ancoragem de andaimes ou arranjos SImilares. • As superfícies que não serão expostas após o término da obra, mas que exigem proteção, devem ser pintadas antes de sua fixação. Figura 1 - Desenvolvimento de fungos em teto de banheiro devido à condensação de umidade Deve-se evitar projetos que favoreçam a condensação de umidade nas superfícies com pintura. Para ambientes de área úmida, já na fase de projeto, devem ser previstos boa ventilação e isolação térmica. A condensação constante pode ser evitada ou miniinizada melhorando a ventilação natural do edifício através da existência de janelas, dutos e grelhas de ventilação, com ou sem dispositivos de tiragem mecânica. Controle do fluxo de água nas superfícies Para aumentar a vida útil ela pintura e valorizar a estéti a das fachadas, recomenda-se que seja observado já no I rojeto do edifício: 60 61 • A disposição construtiva dos componentes e elementos. Evitar a incidência direta da água de chuva nas fachadas, protegendo as partes mais expostas à chuva, como, por exemplo, a platibanda, com rufos e pingadeiras. • Os detalhes que evitam concentrações de água de chuva e facilitam a dissipação dos filmes de água que se formam sobre as superfícies. As fachadas deverão, sempre que possível, apresentar detalhes arquitetõnicos (frisos, pingadeiras, calhas, beirais ete.) que facilitem o escoamento do filme de água (cf. PEREZ). A presença de pequenas sali ncias, projeções ou outros detalhes arquitetônicos na superfície das paredes contribui para a dissipação dos fluxos da água que escorre sobre elas, devendo ter geometria, dimensões e posicionamento adequados. A Figura 2 mostra a influência ..da geometria e as dimensões das saliências no grau de dissipação da água de chuva. A • As superfícies inclinadas devem ser evitadas. Estas facilitam a deposição de partículas em suspensão na atmosfera, além de possibilitarem maior tempo de permanên-. cia do filme de água de chuva. • O cuidado com as superfícies horizontais, que acumulam poeira, poluição e outras partículas da atmosfera (que são arrastadas durante as chuvas, tendendo geralmente a escorrer pelas fachadas). Algumas geometrias de pingadeiras e de ressaltos na fachada contribuem para o acúmulo de sujeiras. O fluxo de água de chuva pode provocar mancha superficial na pintura, logo abaixo destes detalhes construtivos. Estes efeitos podem ser minimizados modificando a geometria destes detalhes conforme ilustrados na Figura 3. A geometria (a) contri~ bui para a perda da função decorativa da pintura e as geometrias (b) e (c) expulsam os fluxos de água (cf PEREZ). As descontinuidades existentes nas proteções a 7 mm de projeção b 39 mm de projeção 39 mm de projeção 39 mm de projeção c Figura 2 . Efeito das saliências na superfície dos edifícios [cf PEREZ) 62 63 horizontais tendem a concentrar fluxos verticais nesta região, acelerando a perda da ação decorativa da pintura. As geometrias (a), (c), (e) e (f) mostradas na Figura 4 concentram fluxos de água, e as geometrias (b) e (d) reduziriam os efeitos. Figura 3 . Efeito da geometria dos ressaltos na expulsão dos fluxos de água sobre a pintura de edifícios [cf, PEREZ) • o efeito dos fluxos algumas vezes pode ser minimizado pela aplicação de tinta de acabamento texturizado. Os acabamentos lisos propiciam a concentração de fluxo de água e os acabamentos texturizados auxiliam no espalhamento destes fluxos. a PRINCíPIOS GERAIS PARA ,A EXECUÇÃO DE SISTEMAS DE PINTURA c d e f Figura 4 . Efeito das pingadeiras nos fluxos de água (cf. PEREZ) 64 A experiência mostra que as falhas em pintura geral.mente se manifestam na interface da película com o substrato, ou na própria película de pintura. Estes problemas são ocasionados por uma combinação de fatores e não unicamente devido à qualidade dos produtos aplicados, conforme observados em estudos de caso. As principais causas de falhas na pintura ocorrem devido a problemas com o substrato, como a presença de umidade ou a sua baixa resistência mecânica. As falhas na pintura também são causadas pela preparação inadequada, falta de preparação do substrato, especificação incorreta da tinta, condições inadequadas para a aplicação dos produtos ou má qualidade destes produtos. A seguir são apresentadas informações e recomendações relevantes para a execução de sistemas de pintura visando reduzir a ocorrência de falhas. Materiais para preparo de superfícies • Espâtulas: usadas para a remoção de tintas e para a aplicação de massas em áreas pequenas. • Desempenadeiras: usadas na aplicação de massa Corrida e acrílica, em áreas extensas. • Lixas para madeira, ferro, massa e de água: usadas para reduzir a rugosidade e auxiliar na limpeza do substrato, melhorar a aderência da pintura e, ainda, lixar superfícies pintadas com tintas isentas de chumbo. Na existência de pinturas contendo este pigmento, recomenda-se usar o lixam nto a úmido. O tipo e a granulação do abrasivo deve ser compatível com as características do substrato e da textura exigida. 67 guiares, e as trinchas largas e chatas são adequadas para superfície plana e de grande extensão, não devendo ter largura superior a 12,5cm. • Rolos de lã de carneiro, de espuma de poliéster, de .espuma rígida e de lã para epóxi: Os rolos de lã de Desempenadeira pêlo baixo (sintético ou de carneiro) são recomendados para aplicação com tinta látex, os de espuma, para tinta a óleo, esmalte sintético ou vernizes; e os de espuma rígida, para acabamentos texturizados. Os rolos de lã de pêlos mais curtos são recomendados para tinta epóxi. A aplicação é rápida e de grande rendimento, sendo adequada para superfícies extensas e regulares. Espátula • Revólver ou pistola: O mais comum é o método por Materiais e equipamentos para a execução de sistemas de pintura trincha ou broxa: São recomendados para a pintura da maioria das tintas convencionais, em área pequena e em superfícies irregulares; não são recomendados para a aplicação em áreas extensas. A aplicação é lenta, a película obtida é pouco uniforme e nem sempre permite boa penetração no substrato. ão é adequado para tintas de secagem rápida, especialmente em áreas grandes. Os pincéis redondos ou ovais são recomendados para a pintura de superfícies muito ásperas ou irre- • Pincel; 68 pulverização com ar, geralmente usado em pinturas automotivas, mas é também recomendado para a aplicação de tintas a óleo, esmaltes ou vernizes. Opera com pres ões inferiores ao sistema airless, o qual trabalha com pressões mais elevadas. Este método' recomendado para a aplicação em superfícies extensas, sem janelas e portas, e de difícil acesso, tendo como principal vantagem a rapidez na execução da pintura, pois permite a obtenção de espessuras maiores com um número mínimo de demãos. A principal desvantagem é a necessidade de proteger as superfícies que não serão pintadas com este equipamento. As condições de uso da pistola devem ser aquelas recomendadas pelo fabricante da tinta. • Recipientes para acondicionamento de tintas: Os mais comuns são bandejas ou caçambas, que favorecem a transferência da tinta para o rolo ou pincel. É muito comum o uso das latas de tinta de 18L como recipiente para pintura. 69 • Mexedores: São ferramentas em formato de régua e são recomendados para auxiliar a homogeneização da tinta. o ato do recebimento das amostras, estas devem ser registradas com a data de entrada e o número do lote , e o armazenamento deve ser feito de modo que a sua utilização tenha a mesma seqüência. Preparação de substratos SUBSTRATOS MINERAIS POROSOS Condições para receber a pintura o Pincéis \ ~ r'- /;7 ~fT Bandeja Airless (pistola) substrato deve estar firme e coeso, uniforme e desempenado, sem sinais de umidade, sujeira, poeira, eflorescências ou partículas soltas , isento de óleo , gorduras ou graxas e microrganismos biológicos, como mofo, fungos, algas, líquens etc. As superfícies à base de cimento e/ou cal recém-executadas devem estar curadas por pelo menos 30 dias. Preparação de substratos minerais porosos LIMPEZA DA SUPERFÍCIE Armazenamento dos produtos Em obras de grande escala deve haver um local próprio para o armazenamento dos materiais para a pintura. As tintas à base de solventes devem ser armazenadas em local ventilado. As especiais, à base de solventes específicos, devem ser armazenadas conforme instruções fornecidas na embalagem do produto ou no catálogo do fabricante. 70 • Remover as sujeiras, poeiras, materiais soltos de modo geral, por escovação e eventualmente com auxílio de jatos de água. Em caso de superfícies de ambientes externos de limpeza difícil, empregar raspagem com espátula, escova de fios de aço ou jatos de areia. • Remover graxa, óleo e outros contaminantes gordurosos com sabão e detergente, seguido de lavagem com água e deixando-se secar a superfície. Desaconselhase neste caso o uso de solventes. 71 • Remover eflorescências por meio de escovação da superfície seca, empregando-se escova de cerdas macias. • Remover o bolor e outros microrganismos esfregando-se a superfície com escova de fios duros e solução de hipoclorito de sódio, com 4% a 6% de cloro ativo. A solução pode ser também constituída por água sanitária ou produtos bactericidas, diluída com água na proporção de 1:1. Se necessário, deixar a solução agir durante certo período, aproximadamente 1 hora, e enxaguar em seguida com água em abundância. ão utilizar esta solução em caso de superfícies de concreto armado. '" CORREÇÃO DAS FALHAS DO SUBSTRA TO • Eliminar as manchas de umidade causadas pela infiltração de água de canos furados, telhas quebradas, calhas entupidas etc. Após a correção dos problemas, deixar a superfície secar. • Reparar imperfeições como trincas, fissuras, saliências e reentrâncias antes da aplicação da pintura. As imperfeições de grandes dimensões e profundidade devem ser reparadas com argamassa de revestimento na textura semelhante à superfície a ser pintada e, preferencialmente, 30 dias antes da pintura. As imperfeições de dimensões pequenas devem ser reparadas com massa niveladora, de característica compatível com a tinta de acabamento. A massa deve ser aplicada com desempenadeira de aço ou espátula, até o nivelamento desejado. Não aplicar demãos com espessura excessiva. Deixar secar durante algumas horas e lixar com uma lixa de granulação adequada. 72 TRATAME TOS SUPERFICIAIS • Em superfícies de elevada porosidade (absorção de água maior do que 15%) é recomendada a aplicação prévia de fundos seladores com características compatíveis com a tinta de acabamento, ou da própria tinta de acabamento diluída em água ou solvente na proporção 1:1 • Em superfícies de baixa resistência mecânica como reboco magro (fraco), com pouco cimento, apli~arfundo (líquido) preparador de superfícies, com rolo ou pincel, na diluição indicada na embalagem do produto ou no catálogo do fabricante. A resistência mecânica da superfície pode ser verificada esfregando-se essa superfície com os dedo e exercendo-se certa pressão, sendo considerada baixa quando não há coesão entre os grãos de areia. A verificação também pode ser realizada com o auxílio de fita adesiva (crepe): aplica-se a fita com pressão sobre a superfície, removendo-a de uma só vez com um forte puxão, observando-se a seguir a quantidade de argamassa aderida à fita. Quando a argamassa é friável sob pressão dos dedos, e ta deve ser refeita. • Tintas com base solvente, a óleo ou esmalte sintético devem ser aplicadas sobre superfícies previamente tratadas com fundo (líquido) preparador de superfícies e, se necessário, em casos de substratos de base cimento, deve-se aplicar o fundo selador pigmentado de base solvente. 73 OB1ENÇÃO DE SUPERFÍCIE COM ACABAMENTO USO • Sobre a superfície já preparada aplicar sucessivas demãos de massa, em camada finas, com desempenadeira de aço ou espátula. A ma sa deve ser compatível com a tinta de acabamento e o tipo de ambiente. Dependendo do nivelamento, aplicar de uma a três demãos de massa, aguardando um intervalo entre demãos de aproximadamente uma hora. Quanto mais lisa a superfície menor o consumo de massa, e quanto menor a espessura de massa aplicada maior a resistência da superfície de pintura à água. • Recomenda-se a aplicação de massa na consistência original, mas, se necessário, pode-se diluir com ~gua ou solvente indicado, conforme o tipo de massa. • Após duas a três horas de secagem, lixar a superfície. • Consultar a Tabela 9, onde estão resumidos os sistemas básicos de preparação de superfícies. Tratamentos superficiais Tintas de dispersão aquosa Exterior Correção de imperfeições superficiais Massa acrílica/ vinílica Massa acrílica Massa a óleo Regularização da absorção da superfície Selador acrílico / vinílico Selador acrílico Fundo preparador + fundo selador de base solvente Fundo preparador de superfícies Acabamento liso Massa acrílica/ vinílica • Superfícies muito lisas, quase polidas, e pulverulentas, como de gesso e artefatos de gesso, não permitem boa aderência da pintura. As tintas devem ser aplicadas sobre superfícies previamente escovadas, sem poeira remanescente, e tratadas com fundo (líquido) preparador de superficie de base solvente. • A diluição do fundo é fundamental para o seu desempenho, portanto recomenda-se observar com atenção a diluição indicada pelo fabricante. Interior/Exterior Limpar Selar Fundo preparador de superfícies Ilustração Massa acrílica Tabela 9 - Sistemas básicos de preparação 74 DE SUPERFÍCIES LISAS Tintas com base solvente Interior Correção da resistência mecânica PREPARAÇÃO 4 - Preparação - de superfícies 75 de superfícies SUBSTRATOS DE MADEIRA E SEUS DERIVADOS Condições da superfície para receber a pintura SUPERFÍCIE NOVA SEM PINTURA • A madeira deve estar envelhecida e seca, com teor de umidade em equilíbrio com o ambiente. Deve estar limpa, sem sujeira, poeira e depósitos superficiais, como resinas exsudadas ou sais solúveis provenientes de tratamento preservante. Não apresentar farpas e resíduos de serragem, óleos, gorduras ou graxas, agentes de degradação biológica, tais como: bolores, fungos e insetos (cupins, brocas). • Não apresentar a camada superficial degradada pela ação do intemperismo, como da radiação solar e da umidade. Preparação de superfícies de madeiras e seus derivados LIMPEZA DA SUPERFÍCIE • Remover a sujeira e depósitos superficiais como as resinas exsudadas e os sais solúveis por escovação, raspagem com espátula e lavagem com água. Alguns tipos de sujeira devem ser removidos com sabões e detergentes domésticos, evitando-se o uso de produtos fortemente alcalinos. • Remover as graxas, os óleos e outros contaminantes gordurosos esfregando o local com pano levemente embebido em solvente (aguarrás), lavando-se posteriormente com água e detergente doméstico. • Lixar a superfície no sentido das fibras da madeira, sem 76 aplicar muita pressão. Deve ser empregada lixa de granulação apropriada à textura da madeira para não afetar suas fibras. O lixamento serve para eliminar as farpas, alisar e uniformizar a superfície e remover a camada deteriorada pelo internperisrno. • Remover o pó resultante do lixamento com pano umedecido em aguarrás. . SUPERFÍCIES COM ACABAMENTOS (COM VERNIZ) ATURAIS • Superfícies de madeira geralmente são seladas com o pró- prio verniz, diluído na proporção 1:1, com solvente apropriado ou com fundos seladores para madeira. Em alguns casos devem ser seguidas as recomendações do fabricante do produ to. • Aplicar o verniz ou selador cuidadosamente nos vãos e fendas. • Aplicar mais duas ou três demãos do verniz diluído , conforme recomendação do fabricante, com intervalo entre demão de 6 a 8 horas e repassando-se uma lixa 320 a 400, antes da demão subseqüente. • Superfícies de madeira não exposta ao intemperismo podem ser seladas com fundo selador nitrocelulósico. SUPERFÍCIES COM ACABAMENTOS PIGMENTADOS • Selar a superfície com fundo selador pigmentado para madeiras ou fundo selador base solvente. Ambos devem ser diluídos na proporção e com solvente recomendados pelo fabricante do produto . 77 • Aguardar 6 a 8 horas de secagem e lixar a superfície com lixa 240 a 320. • Corrigir imperfeições, vãos e fendas com massa niveladora e de enchimento. • Aguardar 6 a 8 horas de secagem e lixar as áreas emassadas com lixa 240 a 320. • Aplicar posteriormente a tinta de acabamento conforme o procedimento apresentado no item "Tipos de Tinta". SUPERFÍCIES DE MADEIRAS RESI OSAS • Deve ser tratada com uma a duas demãos de solução de goma-laca, principalmente nos locais onde existem nós. A solução de goma-laca deve ser preparada dissolvendo-se 20 a 25g de goma em 100m! de álcool etílico comercial. • A tinta de fundo deve ser sempre compatível com a tinta ou o verniz para acabamento. Em caso de dúvidas, deve-se consultar o fabricante. SUBSTRATOS METÁLICOS FERROSOS Condições da superfície para receber a pintura SUPERFÍCIE NOVA • Deve estar isenta de água depositada por condensação e estar devidamente protegida com tinta de fundo anticorrosiva. PREPARAÇÃO DE UPERFÍCIES NOVAS • Remover depósitos superficiais ou contaminações com escova de aço ou mesmo palha de aço e lixa, evitandose deixar a superfície polida. • Remover as graxas, os óleos e outros contaminantes gordurosos esfregando o local, várias vezes, com pano embebido com solvente (aguarrás), evitando-se espalhar o óleo e a graxa sobre a superfície. Se necessário, escovar a superfície energicamente com escova de aço. • Remover a poeira remanescente à superfície, devido à limpeza, com ar comprimido. • Remover as contaminações causadas pela exposição a atmosferas corrosivas do tipo industrial, marítimo ou químico (sais de cloretos, sulfatos, nitratos etc.) com água limpa, enxaguar com água em abundância e secar, antes da aplicação da tinta de fundo anticorrosiva. • A corrosão decorrente do processo de lavagem deve ser removida com solvente (aguarrás). • Aplicar a tinta de fundo anticorrosiva (tinta com pigmentos anticorrosivos como cromato de zinco, óxido de ferro, fosfato de zinco) logo após a preparação da su perfície e preferencialmente no mesmo dia. • Deve estar seca, isenta de materiais soltos ou contaminações como óleo, graxa, ferrugem e carepas de laminação. Não deve apresentar contaminações causadas pela exposição a atmosferas agressivas do tipo industrial ou marítimo ou devido ao contato com produtos químicos agressivos. 78 79 Condições ambientais para a execução da pintura ras ou ausência de contraste de cores entre demãos, o nível de iluminação deve ser aumentado. Tapintura de superfícies internas onde se observa incidência de luz contra os olhos do pintor (parte interna de vitrô), devese colocar um anteparo contra a luz. Recomenda-se aplicar o sistema de pintura nas condições ambientais descritas a seguir: Condições de temperatura e umidade: pintar à temperatura ambiente entre 10°Ca 40°C e com umidade relativa do ar inferior a 80%, a menos que o fabricante do produto estabeleça outras condições de aplicação. Aplicação da tinta Abertura de embalagens: as tintas dentro da embalagem não devem apresentar elevada sedimentação, coagulação, geleificação, separação de pigmentos, empedramento, formação de pele, odor desagradável, ou sinais de corrosão na superfície do produto. Movimento do ar e vento: as superfícies externas devem ser pintada na ausência de ventos fones, de partículas em suspensão na atmosfera, de chuvas, de umidade superficial ou excessiva do ar, como a condensação de vapor ou a neblina. O mesmo cuidado deve ser mantido em todas as demãos do sistema de pintura. As superfícies internas devem ser pintadas quando não há condensação de vapor na superfície a ser pintada e em condições climáticasque permitam que portas e janelas fiquem abertas. Homogeneização da tinta: os produtos devem ser adequadamente homogeneizados sob agitação manual ou mecânica, antes da aplicação. Os pigmentos, eventualmente presentes, depositados no fundo da embalagem, devem ser incorporados às tintas. Para melhor mistura da tinta, a fração líquida da embalagem original deve ser removida transferindo-se para uma outra embalagem, isenta de sujeiras e corrosão. A fração sedimentada deve ser misturada, com a espátula ou "mexedores", com movimentos de baixo para cima. ão devem ser utilizados objetos arredondados. Gradativamente, devolver a fração líquida do produto à embalagem original, continuando a agitação até completa homogeneização. Devolver a tinta da embalagem original para outra embalagem e vice-versa, repetindo esta operação diversas vezes a fim de garantir total homogeneização. Fatores sazonais: recomenda-se programar a execução do sistema de pintura nas estações do ano menos chuvosas, em paredes sem incidência direta do sol e sem condensação de umidade. Poluição atmosférica: as superfícies expostas em ambientes com elevada poluição atmosférica devem ser muito bem limpas antes da aplicação da pintura, e o intervalo de aplicação entre demãos deve ser o menor possível. Iluminação e ventilação: a aplicação do sistema de pintura deve ser realizada em ambiente com boa iluminação e ventilação, e, em caso de a iluminação natural ser insuficiente, esta pode ser substituída por iluminação incandescente ou fria. Em caso de pintura de cores escu- Diluição: geralmente os produtos são recebidos com a diluição indicada para a aplicação com rolos e pincéis. Em caso de utilização de produtos que necessitem de diluição em obra, observar o seguintes itens: 80 81 ~l 1) A diluição deve ser feita com água ou solvente apropriado de acordo com o tipo e com a proporção indicada na' embalagem do produto ou do fabricante. 2) Geralmente é recomendada a adição de aguarrás para produtos de base solvente, como o esmalte sintético, ;inta a óleo e verniz e suas respectivas tintas de fundo e Iíquidos preparadores. Na aplicação por pulverização pode haver necessidade de maiores diluições, sendo sempre importante usar a proporção indicada pelo fabricante. 3) Às vezes há necessidade de diluir as tintas de fundo, tanto para melhorar a penetração no substrato como para facilitar a aplicação. Misturas: produtos de diferentes marcas comerciais não devem ser misturados sem consulta prévia aos respectivos fabricantes. Aplicação com pincel; trincha ou broxa: devem ser merzulbados nos produtos somente até a metade do com~rimento das cerdas. O excesso deve ser retirado espremendo-os contra a embalagem. As pinceladas devem ser curtas, procurando depositar quantidades uruformes de material, de modo a formar uma camada lisa e de espessura uniforme. O nivelamento e o alisamento da película devem ser obtidos por meio de pinceladas transversais longas em relação às primeiras, tomando-s ' o cuidado de passar suavemente o pincel, de modo a não deixar marcas novas. Aplicação com rolo: a molhagem do rolo deve ser f it:l em recipiente apropriado. O rolo é colocado na parte rasa da bandeja e rolado até a parte mais funda cont '11 do tinta. Repetir o procedimento várias vezes para qu . () rolo fique uniformemente impregnado. O excesso -; n: movido pressionando-o e rolando-o suavemente p ·It) 82 fundo da bandeja, na parte rasa. A pintura deve ser iniciada de cima para baixo, procurando cobrir o maior comprimento possível. As emendas devem ser disfarça das passando-se o rolo suavemente pela superfície de modo transversal às pinceladas. Aplicação por pulverização: este tipo de aplicação deve ser realizado conforme recomendação do fabricante da tinta, tipo de equipamento, condições de trabalho e características de diluição da tinta. TÉCNICA GERAL DE APLICAÇÃO A quantidade de material aplicada em cada demão deve ser a mínima possível e espalhada ao máximo, de maneira que a cobertura da superfície seja obtida através da aplicação de várias demãos. Cada demão deve ser aplicada com espessura uniforme e livre de poros, escorrimentos ete. Quaisquer falhas de pintura devem ser corrigidas, respeitando-se o tempo de secagem previsto antes da aplicação da demão subseqüente. Cada demão deve ser aplicada quando a anterior estiver suficientement seca, de modo a não provocar enrugamento, descolamento ete. A última demão deve propiciar à superfície uma película uniforme, sem escorrimentos, sem falhas ou imperfeições. Escorrimentos ou salpicos de tinta nas superfícies não destinadas à pintura (Vidros, pisos, concreto aparente ete.) devem ser evitados. Os salpicos devem ser removidos quando frescos, empregando-se pano úmido embebido em produtos à base de água e pano embebido com removedor apropriado em produtos de base solvente. Para melhor proteção do substrato, deve ser aplicado um número maior de demãos de tinta em superfícies muito porosas, ou com contornos angulosos, ou com certa inclinação. 83 A pintura recém-aplicada deve ser protegida contra incidência de poeira e água, ou mesmo contra contatos acidentais, durante a secagem. De modo geral, cada demão do sistema deve estar seca antes da aplicação da demão subseqüente. Como as condições atmosféricas influem no tempo de secagem e conseqüentemente no intervalo entre dernãos, este não deve ser inferior àquele recomendado na embalagem do produto ou pelo fabricante. Tintas de base água não exigem longos períodos de secagem, podendo a demão seguinte ser aplicada algumas horas após a primeira. RECOMI§NDAÇÕES PARA A INSPEÇAO DE TRABALHOS DE PINTURA 84 Níveis de inspeção Os níveis de inspeção variam conforme o tipo de projeto e da pintura A inspeção pode ocorrer no final da execução quando a obra é de pequeno porte e a pintura tiver função apenas decorativa. A inspeção em todas as etapas é realizada quando o projeto for complexo, a área de pintura muito extensa ou a pintura tiver função de proteção e não decorativa. A inspeção em todas as etapas deve ser efetuada por especialista independente. Todas as operações ficam sujeitas à inspeção e à aprovação antes do início da próxima etapa, contando com padrão de mão-de-obra previamente estabelecido em cada uma das etapas. Conformidade dos produtos De modo geral são utilizados os ensaios para assegurar a conformidade dos produtos com as especificações acordadas entre o con umidor (construtora ou empreiteiro) e o fornecedor. As especificações tomadas como referência podem ser aquelas do próprio fabricante, do país, de outros países, ou mesmo aquelas da própria construtora. a ausência de especificações próprias, o consumidor pode solicitar do fornecedor documentos técnico , emitidos por laboratório qualificado, com o máximo de 12 meses de emissão, e que comprovem as características dos produtos. Os ensaios podem ser regulares como parte do processo de inspeção, ou somente em caso de dúvidas em relação à qualidade dos produtos ou na eventual existência de adulterações. Os produtos devem atender às exigências acordadas entr o consumidor e o fornecedor, ca o contrário, devem ser rejeitados. 87 Uma forma prática de verificação de conformidade é a avaliação comparativa com um padrão acordado entre o construtor e o fornecedor. A amostragem deve ser realizada com os representantes de ambas as partes, devendo fazer em lata fechada sem uso, após a homogeneização do produto. Deve ser registrado o número do lote. Basicamente podem ser utilizados os seguintes tipos de verificações: UNIFORMIDADE Tolerâ ncia de variaç ão (*) ± 2% ± 2% ± 2% DOS LOTES DE PRODUTOS ± 2% São ensaios rápidos, simples, geralmente determinados por métodos químicos e físico-químicos, conforme exemplos mostrados na Tabela 10. Os produtos devem ser caracterizados segundo estes ensaios, os lotes subseqüentes entregues na obra devem ser controlados pelos mesmos ensaios e os resultados devem apresentar as tolerâncias de variação especificadas nesta mesma tabela. Estes ensaios são recomendados para obras de grande porte ou de grande responsabilidade. Muitas vezes, economicamente, é inviável a realização destes ensaios; neste caso, recomenda-se guardar uma amostra colhida na recepção e que poderá ser ensaiada futuramente, no caso de dúvidas quanto às características dos produtos aceitos. AVALIAÇÃO QUALITATIVA Oev em apres entar espectro gramas de me smas caracte rísticas Massa específica NBR-5829 NBR-5829 Viscosidade ASTMO-562 ASTM 0-562 (-) Tolerância em relação aos valores indicados pelo fornecedor ou em ±O, 1% ±5 % relação à mostra inicial de refcrência. Tabela 10 - Ensaios de controle de uniformidade de lote de tintas e vernizes de referência de superfície como base para a ins peção. O aspecto de~sas su perfícies pode ser avaliado po r rnétodos qua~ltatlvos sen oriais, como por comparaç ão visual do bnlho, da textura, da cor etc. Podem ser realizadas avaliações qualitativas por comparação visual, em relação a uma amostra previamente acordada entre o fornecedor e o construtor. As características das su perfícies a serem pintadas e o aspecto das pinturas podem ser registrados preparando-se padrões São ensaios que simulam as condições reais d uso. Podem ser feitos por laboratórios qualificados com base 88 89 ENSAIOS DE DESEMPENHO ~ em ensaios normalizados, mas alguns de fácil execução podem ser realizados sobre superfícies existentes na própria obra, por técnico treinado para esta finalidade, como, por exemplo: rendimento, poder de cobertura "prático", resistência à água, resistência de aderência e/ou coesão da argamassa, resistência a produtos químicos domésticos, porosidade. Inspeção CONDiÇÕES DOS SUBSTRATOS É importante verificar se os substratos estão em condições adequadas para receber pintura conforme de crito no item "Princípios gerais para a execução de s~stemas de pintura". EXECUÇÃO DOS TRABALHOS Durante a inspeção é importante verificar se os produtos estão adequadamente selecionados, em conformidade com o item "Recomendações para a especificação de sistemas de pintura". Em todas as etapas verificar se a execução está sendo realizada dentro do padrão de mãode-obra e qualidade exigidas pela construtora e/ou conforme os procedimentos usuais de execução. Em cada uma das etapas de execução dos serviços verificar se estão sendo obedecidas as recomendações indica das no item "Princípios gerais para a execução de sistemas de pintura" quanto às condições para limpeza das superfícies, forma de preparação do substrato, diluição dos produtos (proporção de diluição e tipo de 90 solvente), número de demãos, material para aplicação do produto etc. Em caso de não-atendimento dessas condições, o inspetor deve determinar a interrupção dos trabalhos. Durante a aplicação verificar se os produtos estão diluídos corretamente e, se necessário, fazer a amostragem do material que esteja sendo aplicado. Certificar-se de que os produtos não estão sendo adulterados. Em caso de dúvida, o produto deve ser avaliado por um laboratório independente. As amostras coletadas para a realização dos ensaios devem estar em suas embalagens originais. A amostragem dos produtos e os ensaios fazem parte dos procedimentos de inspeção. RECEPÇÃO DOS TRABALHOS A inspeção final a ser realizada pelo inspetor deve ser efetuada junto com o contratante dos serviços, antes da retirada dos andaimes. Ao término dos serviços, deve ser verificado o estado das superfícies pintadas. A pintura deve estar uniforme, sem imperfeições, sem escorrimentos e sem salpicos de tinta nas superfícies adjacentes, não destinadas à pintura. Caso contrário, a inspeção deve recomendar o reparo localizado de trechos de pintura ou mesmo repintura de ambientes completos. As correções podem ser realizadas por repintura simples ou mesmo raspagem e posterior repintura correta. O tipo de observação durante a inspeção varia conforme a função da pintura, se de proteção ou decorativa. Em tintas de proteção o aspecto estético não é essencial. 91 FUNÇÃO DO INSPETOR o inspetor deve ser um indivíduo com bons conhecimentos sobre materiais, processos e técnicas empregadas, e cabe a ele assegurar: • a manutenção dos registros da inspeção e preparação do relatório final; • a realização da inspeção final ao término dos serviços. No esquema a seguir estão relacionadas as etapas para a realização da inspeção. • que os produtos não estejam deteriorados: • que os produtos estejam em conformidade com as especificações; • que as amostras de produtos sejam colhidas e guardadas para a realização de ensaios posteriores, caso haja necessidade de pesquisar eventuais defeitos; • que as condições de segurança para a execução dos serviços estejam satisfatórias, eventualmente requerendo as providências necessárias; • que os substratos e tejarn em condições adequadas . para receber pintura, inclusive quanto ao teor de umidade; • que as condições ambientais para a execução das pinturas estejam adequadas; • que as superfícies adjacentes, não destinadas à pintura, estejam convenientemente protegidas; • que os produtos estejam sendo aplicados na seqüência correta, inclusive o número de demãos, espessura da película, cor, tipo de acabamento, e que estejam conforme as recomendações do fabricante do produto. A demão subseqüente só deve ser iniciada após a vistoria e aprovação do serviço anterior executado; • o volume de tinta consumido, contando as embalagens originais vazias; • a homogeneização dos produtos aplicados, observando o aspecto das embalagens originais vazias e comparando com o volume de material gasto na área aplicada; 92 93 INSPEÇÃO DOS TRABALHOS DE PINTURA Etapas de execução serviços dos Verificações / Exigências • produtos em conformidade com as especificações • condições de segurança satisfatórias para execução 1. Condições para início dos • existência de proteção nas superfícies adjacentes não serviços destinadas à pintura • existência de proteção contra respingos nos pisos Substratos minerais porosos • apresente 30 dias de cura, teor de umidade adequado • • • • 2. Condições dos substratos • • • • • co (J1 • • 3. Condições ambientais para execução da pintura para a pintura e sem focos de umidade esteja coeso, uniforme, desempenado, sem imperfeições profundas, como reentrâncias, fissuras e trincas sem eflorescências, sujeira, poeira, partículas soltas e sem sinais de óleo, gorduras, graxas etc. sem sinais de microrganismos biológicos como mofo, fungos, algas, liquens etc. esteja bem nivelada, lixada, sem pulverulência e resíduos do lixamento Substratos de madeira e derivados esteja envelhecida e seca, com teor de umidade em equilíbrio com o ambiente sem agentes de degradação biológica, como microrganismos e insetos sem sujeira, poeira e depósitos superficiais, como resinas exsudadas ou sais solúveis provenientes do tratamento preservante, farpas e resíduos de serragem sem camada deteriorada pelo intemperismo, sinais de óleo, gorduras, graxas, juntas abertas e vãos bem lixada, no sentido das fibras da madeira, e sem resíduos do lixamento Substratos metálicos seca, sem sinais de sujeira, poeira, depósitos superficiais, óleos, gorduras, graxas, ferrugem e laminação e resíduos do lixamento a superfície não esteja polida e não tenha contaminações provenientes da exposição a atmosferas corrosivas • temperatura entre 10°C a 40°C e UR < 80% • superfície sem incidência direta do sol • ambiente com boa ventilação e iluminação, sem ventos fortes, chuvas ou umidade superficial I I I I INSPEÇÃO DOS TRABALHOS DE PINTURA Etapas de execução dos serviços Verificações / Exigências • •