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Projeto De Transformador 300 Va-paulo De Tasso

Ensina como projetar um transformador monofásico

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA DE ENERGIA CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA I PROJETO DE TRANSFORMADOR MONOFÁSICO PROFESSOR: VITOR DE PAULA BRANDÃO AGUIAR ALUNOS: ISAC DA SILVA MENESES PAULO DE TASSO CIRÍACO DE SOUZA JUNHO DE 2011 PROJETO DE TRANSFORMADOR 300 VA Transformador monofásico 220/110 300 VA 60 Hz 1,5T no mínimo e 1,7T no máximo Dimensionamento o núcleo Primeiramente adota-se β=1,6 (média das faixas de fluxo definidas) e calcula-se a área liquida do núcleo que servirá como valor inicial através da equação: SN=k*(kVAfβ) Em que SN é a área liquidada seção do núcleo em cm2, β o fluxo magnético máximo adotado em T, f a freqüência em Hz, kVA a potência em KVA e k um coeficiente constituído de mínimo e máximo que variam de acordo com o tipo do transformador. Nesse caso foi utilizado o valor máximo 160 que resultou num SN igual a 8,4 cm2. Após isso é calculado o diâmetro nominal DN do núcleo com a equação: DN=1,13*SNkvka Em que kv é o coeficiente de empacotamento que é fornecido no catálogo de aços elétricos Ascelor-Mittal, que para o aço escolhido, E005, é de 0,95, e kA é o coeficiente dependente do número de degraus escolhido, condição essa que aumentará a área efetiva do núcleo e diminuirá a quantidade de fluxo necessário para o funcionamento do produto em questão. Para isso foi escolhida a quantidade de 8 degraus, portanto um coeficiente 0,943 resultando num DN igual a 3,46 cm. Em cima desse valor é atribuído um fator de segurança para que o transformador não opere no limite, sendo considerado nesse caso 6 cm. Esse novo DN é transformado em mm e multiplicado pelos coeficientes, cuja soma desses resultados retornará larguras e alturas de retângulos que somados representam a área de seção dos degraus. Uma nova área líquida melhorada é obtida em cm2 através das equações e da tabela do catálogo Arcelor-Mittal: Tabela 1 – Características garantidas Área verdadeira=somatório(largurai*alturai2) Resultando em 1.333,8 mm2 SNnovo=Área verdadeira*2*kv Resultando 2.534,22 em mm2 que é convertido para cm2 tornando-se 25,34 cm2. Seguem as tabelas de onde foram retirados os valores dos coeficientes, mostrando os cálculos dos degraus e com as estimativas, adequações efetuadas e alguns dados comparativos: DEGRAU COEFICIENTES LARGURAS DEGRAU COEFICIENTES ALTURAS ALTURAS/2 1 0,96 x 60 = 57,6 1 0,285 x 60 = 17,1 8,55 2 0,9 x 60 = 54 2 0,16 x 60 = 9,6 4,8 3 0,83 x 60 = 49,8 3 0,12 x 60 = 7,2 3,6 4 0,75 x 60 = 45 4 0,1 x 60 = 6 3 5 0,66 x 60 = 39,6 5 0,085 x 60 = 5,1 2,55 6 0,56 x 60 = 33,6 6 0,08 x 60 = 4,8 2,4 7 0,44 x 60 = 26,4 7 0,07 x 60 = 4,2 2,1 8 0,285 x 60 = 17,1 8 0,06 x 60 = 3,6 1,8 Tabela 2 - Cálculo do novo SN DEGRAU LARGURAS DEGRAU ALTURAS/2 1 74 1 12 2 65 2 6 3 60 3 4,5 4 56 4 3,5 5 50 5 3 6 40 6 2,8 7 31 7 2,5 8 21 8 2,4 Tabela 3 - Adequações   LARGURA SOMA ALTURA SOMA CALCULADO 323,1 28,8 ADEQUADO 397 36,7 DIFERENÇA 73,9 7,9 Tabela 4 - dados comparativos Com as adequações a área verdadeira vai para 2133,9mm2 e o SNnovo vai para 40,54cm2. O valor final do β máximo é calculado pela seguinte equação: βmáx=Vef1N11044,44*f*SNnovo Em que a relação Vef1N1, tensão eficaz no primário dividida pelo número de espiras do primário, deve ter valor na faixa entre 1,5 e 2,0. Estimando-se Vef1N1=1,75 obteve-se βmáx=1,62. Também a partir dessa relação também se pode obter o número de espiras que são N1 = 125,71 espiras e N2 = 62,85 espiras. Esses valores foram adequados tornando-se N1 =126 e N2 = 63 espiras. A medida da largura da janela do núcleo é obtida fazendo 20% do diâmetro nominal (DN) obtendo-se o valor de 12 mm. Para dimensionamento das alturas da janela do núcleo deve-se fazer o dimensionamento dos enrolamentos. Primeiro, obtemos as correntes do primário e do secundário, assim: Ip=Potência totaltensãop Is=Potência totaltensãos Que resultam, respectivamente, em 1,36 A e 2,72 A. Nessas correntes será aplicado um fator corretivo de temperatura consultado na tabela 5, o que retorna valores de corrente primária e secundária de 1,44 A e 2,89 A, respectivamente. Tabela 5 – Fatores de temperatura ambiente .Nessas correntes deve ser aplicado um fator corretivo de temperatura que pode ser consultado na tabela 5, presente no livro Instalações elétricas, Júlio Niskier, o que retorna valores de corrente primária e secundária de 1,44 A e 2,89 A, respectivamente. Corrente nominalp=Ip0,94 Corrente nominals=Is0,94 Feito isso, deve ser verificado a tabela AWG para fios padrão e escolher uma corrente máxima ligeiramente superior à calculada anteriormente. Tabela 5 – Tabela AWG (Editada) A altura da janela é calculada multiplicando-se o diâmetro do respectivo fio pelo número de fios justapostos verticalmente. Sabendo que o diâmetro do condutor primário é de 1,15 mm e que as 126 espiras vão ser divididas em 6 grupos de 21 espiras e o diâmetro do condutor secundário é de 0,8118 mm e que as 63 espiras vão ser divididas em 3 grupos de 21 espiras tem-se que a altura das janelas do primário e do secundário, respectivamente, são 17,04mm e 24,15mm . Optou-se pelo segundo valor devido à organização espiral proporcionada. Após isso deve ser verificado se os enrolamentos cabem na janela do núcleo, somando-se os diâmetros laterais dos fios cuja soma deve ser menor que a largura da janela em questão. Lateral interna do primário = 6,9mm Lateral interna do primário = 2,43mm 6,9mm + 2,43mm < 12mm , portanto cabe na janela Em seguida, calcula-se a perda no núcleo: Comprimento médio do núcleo (lcmédio) = (lcexterno-lcinterno)/2 que resulta em 24cm. Volume = comprimento médio x SN que resulta em 971,04 cm³. Peso do núcleo = volume x densidade em que a densidade em gramas/cm³ é fornecida no catálogo Arcelor-Mittal obtendo-se o valor 7,43Kg. A relação de perda do núcleo também é fornecida no catálogo em 1,83 W/Kg como perda máxima garantida pelo fornecedor. Então se multiplica esse valor pelo peso do material, obtendo um valor de 13,6W. Pn=1,83WKg x peso do núcleo Dimensionamento dos enrolamentos A resistência é calculada multiplicando-se o comprimento do fio pela resistência (Ohm/Km) da tabela 5 AWG. O comprimento é calculado pela fórmula de comprimento de circunferência, em que, nesse caso, o raio irá variar com o diâmetro do fio já que eles serão sobrepostos e somando-se a esse valor o comprimento do fio, que retorna ao início do enrolamento entre cada 21 espiras para manter a polaridade do transformador, que possui dimensão igual à lateral da janela do núcleo. Após isso, as resistências R1e R2 são 12,47mΩ e 50,49mΩ. A perda nos enrolamentos é obtida através de ensaio de curto circuito mais facilmente realizado com o auxílio da representação do transformador como mostrado na figura 1. Aqui será feito em relação ao enrolamento secundário, portanto o enrolamento primário deve ser rebatido por um fator a2 para o lado de baixa tensão, como mostrado na figura 2, e vai de 12,47mΩ para 3,12mΩ. E o que anteriormente era assim: Figura 1 – Representação do transformador Fica assim, possibilitando a soma das resistências: Figura 2 – Representação do rebatimento do enrolamento ZpZs=a2 R1='R1a2 Por Lei de Ohm, calcula-se a potência dissipada em forma de calor nos enrolamentos primário e secundário que resulta em 0,13W. Pe=Is2x(R1'+ R1) A perda total é resultado da soma das perdas nos enrolamentos e perdas no núcleo que resultam em 13,73W. Pt = Pe+ Pn O rendimento do transformador é a porcentagem da potência transferida para o lado secundário com relação ao primário, que resulta em 95,42%. ŋ=Potência total-PtPotência totalx100