Transcript
INTRODUÇÃO
Ao passo que nos foi proposto desenvolver este Trabalho de Pesquisa
na rede escolar, tivemos como preocupação compreender de que maneira se dá
o processo de construção da cidadania no âmbito educacional, tendo como
estrutura a figura do professor de história vinculada a do aluno e de como
a cidadania é exercida no meio social.
Pois o ensino de história da maneira que está previsto na
promulgação da nova LDB da década de 1990 está evidenciada na lei 9394/96
tem como tarefa central formar sujeitos ativos, críticos que valem do
exercício da cidadania "A cidadania nada mais é senão a exercitarmos. Sendo
inerente à condição de humano, ela depende de nossas ações" (GALLO,
Silvio.p.135). Porque sem ação, não há consolidação da chamada democracia.
Dentro dessas temáticas foram realizadas entrevistas orais com
professores de História da Instituição de Ensino CEM Dr. José Aluísio da
Silva Luiz e também pesquisas com referências bibliográficas. Para
concluirmos esta pesquisa nós tivemos vários impecílios por parte da
coordenação da escola, pois acreditamos que a coordenação deveria funcionar
como mediadora. Entretanto, isso não aconteceu. Então nós nos questionamos:
será que a porta da escola está aberta à cidadania? Será a escola o
primeiro reduto da cidadania? E como fica o papel dos nossos agentes
educacionais dentro das finalidades?
Portanto, os aspectos deste trabalho serviu para mostrar que o
ensino de História deve estar pautado na consciência dos professores de
História na renovação dos métodos historiográficos, propiciando assim uma
maior preocupação com a formação do sujeito como cidadão ativo na
sociedade.
1. A ATUAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA
O ensino de História na década de 60 e 70 estava voltado para a
formação cívica e moral, possuía um caráter excludente porque não
contribuía com a formação do sujeito como cidadão, tornando um ser alienado
de todo processo que acontecia. Mas graças as inovações historiográficas
norteadas pela nova LDB dos anos 90 centrada na lei 9394/96 que por parte
desta inovação veio ampliar a visão e o modo de agir dos sujeitos dentro da
história.
Dentro desse pressuposto, a atuação do professor de história tem
como base a reflexão e a compreensão do conteúdo estudado por parte do
aluno e focando a pesquisa e a interação dos alunos com o meio.
Vejamos um trecho da fala da professora:
Creio que sim, até mesmo porque eles dizem que a visão
hoje, como eles estudam história hoje se sentem melhores,
eles entendem para que serve estudar história [...]
fazendo com que o ensino de história tinha sentido para
eles. (depoimento nº1).
Com o enfoque do desenvolvimento e interação da pesquisa a escola
tem o papel de formação de uma consciência crítica que tenha influência
social capazes de autonomia intelectual, como coloca em sua fala a
professora:
[...] o interesse por pesquisa, por gostar de ler né, para
que assim possa estar trazendo pra eles, fazendo com que
tenham vontade realmente do conhecimento... (depoimento
nº2)
Mediante estas duas visões distintas podemos observar que dentro do
ensino de história há o enfoque para interação e para inclusão do sujeito
como cidadão. As entrevistas apontam em seu depoimento que essa visão de
que o ensino do passado deve ser desconstruída, apontando a escola e o
ensino de história como o primeiro lugar de interação e de construção
social e intelectual, possibilitando uma leitura consciente das relações
sociais.
2. O PAPEL DO ENSINO DE HISTÓRIA
O papel do ensino de História dentro da concepção de cidadania é de
estimular o sujeito a sair da passividade. Pois a cidadania é de estimular
o sujeito a sair da passividade. Pois a cidadania é entendida como uma
relação de pertencer a uma comunidade, como já dizia Aristóteles: "O ser
humano é inerente a condição política" também é dele a afirmação de que "
O homem é um animal político" . (GALLO, Silvio. P. 135).
Ora o passo que somos animais políticos e que vivemos em
comunidade, compartilhar os nossos anseios e a nossa vida na sociedade.
Vejamos o que fala a professora:
Desenvolver o questionamento, de fazer sensibilizar o
aluno que é importante a História para sua vida. E fazer
com que ele desenvolva o senso crítico diante de tudo que
acontece ao seu redor (depoimento nº2).
Conclui-se que o ensino de História tem o papel de estruturar a
participação e atuação do sujeito no âmbito social, a partir da prática
estudada com a investigação e a reflexão como caminhos a serem percorridos
com uma aprendizagem significativa e de grande influência para com o seu
meio.
3. CIDADANIA NA VISÃO DO PROFESSOR
Segundo a visão dos professores, a cidadania deve estar pautada na
auto-confiança e na valorização por parte do indivíduo, quesito este que
vai dar possibilidades para que ele possa exigir seus direitos e também
inserir-se no cumprimento de seus deveres, fazendo com que essa cidadania
possa ser exercida dentro e fora da escola, a professora aponta de começo a
cidadania da seguinte maneira:
Então eu acho que até então a cidadania é, começa a partir
da ação do professor em sala de aula. Para que a gente
possa estar deixando que o aluno seja cidadão e fazendo
com que ele lá na frente, nas suas oportunidades, no senso
político, nas suas ações políticas, ele possa ter reação e
cidadão e não reação coagida pela fome, pela pobreza, por
medo de perder o emprego... (depoimento nº2)
Acrescentando a essa idéia uma outra professora ressalta o que é
cidadania:
Bom, pra mim cidadania primeiro é você saber quais são os
seus direitos na sociedade. A partir daí você o que vai
buscar, ou seja, saber como você vai exigir os seus
direitos na sociedade. (depoimento nº1)
portanto, dentro dessas visões a cidadania só faz sentido se o
indivíduo participar de fato da vida política em todos os níveis onde o
processo educativo é fundamental.
4. O QUE SIGNIFICA SER CIDADÃO?
Ser cidadão é vir de encontro a participação na sociedade,
observando o seu meio, fazendo reflexão e intervindo como agente de
mudança. É aquilo que Silvio Gallo enfatiza em relação a singularização do
indivíduo junto a educação, "é aquele que é capaz de articular a identidade
na diversidade, individualidade na comunidade".
A professora em sua fala diz o que é ser justamente cidadão:
Bom, ser cidadão é justamente isso, é você ter
consciência de qual é o seu dever e qual é o seu direito,
pra você fazer valer os seus direitos na sociedade, não é
mais dizer assim: 'há não, eu sou só um e não muita gente.
Eu não consigo mudar, você não consegue mudar a sociedade
nesse momento', mas você às vezes leva a pessoa a pensar
no que está fazendo e exigir realmente os seus direitos.
(depoimento nº1).
No entanto, é você ter consciência de que como indivíduo pode
partir do âmbito particular para o coletivo.
4.1 Cidadania: Política do Votar
Geralmente essa palavra cidadania está vinculada na mídia e em
especial, na época da política. Como você analisa o fator desta vinculação
da cidadania em especial a questão do votar?
A relação é a seguinte que com as políticas é muito
simples você dizer: - Ser cidadão, você vai exigir os
direitos né, as pessoas adiam ainda nem todas já tá
mudando muita coisa, mas acha assim, que exigir os seus
direitos e ir lá no político pedir uma cesta básica, pedir
um dinheirim na época da política, mas não é isso é você
saber quem você tá elegendo e exigir depois que ele cumpra
o que prometeu. Aí sim, você tá realmente exercendo a
cidadania, juntamente com a política, um direito político
que você tem. (depoimento nº1).
E um exemplo claro disto foram as eleições tanto a nível nacional,
quanto local no Brasil demonstraram segundo os interesses oculto da elite,
passa uma visão de democracia includente, essa que faz se legitima no
slogan "Seja cidadão: vote, vota Brasil". No entanto, essa óptica se revela
excludente, quando passa o período eleitoral, pois os candidatos eleitos
esquecem dos seus deveres para com a sociedade, porque são representantes
da sociedade e usam de influência para proveito próprio, produzindo uma
sociedade marginalizada, contribuindo para uma teia hierárquica.
Dentro deste contexto, o fator de suma importância é a
conscientização do indivíduo através do ensino de História estigando-o a
uma ação cidadã.
5. A CONTRIBUIÇÃO DO PROFESSOR E O ENSINO DE HISTÓRIA, PODE CONTRIBUIR PARA
A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA EM NOSSA CIDADE, ESTADO E PAÍS?
O professor ancorado nos apostes teóricos metodológicos de
historiografia, funciona como um pilar norteador e como agente construtor
do processo que evidencia a cidadania como ferramenta mestre a nível local,
estadual e nacional, esta que está localizada no âmbito da educação e
alicerçada as políticas educacionais, políticas estas que, às vezes,
deturpam o espírito da lei e às vezes faz-se opressora, saturando a carga
horária do professor aumentando os dias letivos, pregando a qualidade, mas
no entanto, os recursos aplicados na educação são irrisórias para
contribuir com a construção da cidadania porque ele é formador de opinião
com expressa a professora em sua fala:
A junção da qualidade e quantidade, tenho trabalhado muito
a conscientização do aluno em cima da qualidade. Eu sempre
digo pra eles, conseguir um certificado é a coisa mais
fácil quem tem, o difícil é mostrar a qualidade [...] a
questão quando chega ao mercado de trabalho eles vão
exigir a qualidade, como? Através do seu trabalho que você
fez, se você não tiver um bom desempenho você não faz
nada. (depoimento nº1)
Numa visão, temos que mostrar a junção da qualidade e quantidade,
não só na nossa profissão, mas nas nossas ações na sociedade, uma prova
concreta disto é a evidência dada pela professora de História:
Para a escrita, para que haja mudança né, no contexto, na
confecção de livros de História na mudança do livro
didático e é eles que vão estar transformando, é dando uma
mudança, dando uma nova roupagem para a história digamos
assim. É um dos grandes problemas do Brasil é a questão da
falta de leitura, quanto mais nós desenvolvemos ação
voltada a leitura, sendo em sala de aula ou fora da aula
ou na família. Mas ainda o brasileiro vai ser capaz de
tomar suas decisões voltadas pra cidadania, voltada pra
melhoria da sociedade brasileira (depoimento nº2)
Dessa forma, podemos concluir que as transformações que ocorre na
sociedade tem como pilar o ensino de História estruturado na consciência do
indivíduo por parte da educação legitimando assim o conhecimento que faz
você questionar e intervir no seu meio social como diz a outra professora
em sua fala "Hoje em dia não se busca o indivíduo, busca o coletivo" como
atributo de inclusão e cidadania, possibilitando mudanças a nível micro e
macro.
6. VOCÊ SE SENTE CIDADÃO? POR QUE?
Ao passo que questionamos os professores a respeito desse fator,
suas respostas de imediato foram positivas, no entanto, deixa-se perceber
em suas respostas os embates e as contradições que estão presente no campo
da cidadania, como afirma a professora:
"...Mas em determinados locais até nessa questão a
perseguição existe, muito pouco, mas existe.
Politicamente, estão, você exerce a função de cidadão, mas
ainda tem momentos que você pensa antes de você falar, pra
você, onde você estar falando (depoimento nº1)
Ainda há dentro da sociedade uma hierarquia, uma manutenção do
poder muito grande, por isso que o conhecimento e a educação foi e é muito
importante para a interação e a inclusão possibilitem mudanças. Ser cidadão
é isso, é lutar e vencer e perder algumas lutas, essa é a dialética da vida
e consequentemente da história.
CONCLUSÃO
Levando em consideração as informações expressas no texto deste
trabalho de pesquisa é possível observar que a construção da cidadania
dentro do âmbito escolar, ainda está engalinhando, pois ela não possui uma
base estrutural, essas políticas educacionais não dá uma base forte na
íntegra. Mas, através da reformulação curricular e historiográfica e a
nível da nova LDB, busca ampliar esse conceito de cidadania, através das
orientações do professor, este que se vale da questão das habilidades de
leitura, de escrita da pesquisa para compreensão do aluno.
Neste sentido, oportuniza um ambiente que leva o aluno a aprender e
a se auto-conhecer para depois exercer sua cidadania num processo de auto-
reconstrução, ou seja, dando a idéia de sujeito ativo gerenciador de idéias
e contribuindo para valorização do sujeito como ser coletivo no sentido de
melhorar o âmbito social ao seu redor, tanto a nível local, estadual e
nacional. Desta forma, cabe salientar o que diz Carninez, citado por Silvio
Gallo " vivemos hoje em tempos heróicos, lutamos titanicamente para a
construção de uma sociedade civil, pela abertura de espaços para uma ação
política efetiva dessa sociedade civil, na qual deixamos de ser simples
indivíduos para nos tornarmos cidadãos". (p.137).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FONSECA, Silva Guimarães. Ensino de História e a Construção da Cidadania.
P.89-98. In: Didática e Prática de Ensino de História. Campinas, SP:
Papirus, 2003.
GALLO, Silvio. Filosofia, Educação e Cidadania. P. 131-154. In: Filosofia,
Educação e Cidadania. PEIXOTO, Adão José (org). 2º ed. Campinas,SP: Editora
Alínea, 2004.
THOMPSON, Paul. A Entrevista p.254-278. A voz do panado – História Oral.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
ENTREVISTA (ENTREVISTADA A)
1) Entrevistada A fale sobre sua atuação como professora de
História:
- Eu como professora de história procuro levar os meus alunos a
refletirem os conteúdos que eles estudam, principalmente para
tirar aquela visão de que a história é matéria decorativa, pois
antes tinha noção de que era decorar, decorar, hoje não. Ai eu
levo eles a que? Analisar o fato ocorrido com a atualidade,
fazendo com que tenha sentido o estudo de História para eles.
A senhora sente que da forma que é trabalhado o ensino de história
fica melhor para interação do aluno nesse processo?
- Creio que sim, até mesmo porque eles dizem, que a visão hoje
como eles estudam história hoje, se sentem melhor, eles entendem
para que serve estudar história, que antes não, ele achava "pra
que estudar história coisa que já aconteceu?". Antes não. Eu
levo assim eu acho que eles gostam mais porque se situam né, se
entende o que aconteceu antes, qual o reflexo que se tem hoje,
passa a gostar mais até entender o por quê estudar história.
Passa a ser integrante da história.
2) Na sua opinião, qual o papel do ensino de história?
- Eu creio que é fazer com que os alunos reflitam o que ocorreu no
passado pra saber a conseqüência que tem hoje e o eles podem
fazer pra melhorar o amanhã, qual a participação, como eles
podem atuar na sociedade para que o amanhã seja melhor do que
foi no passado.
3) O que você entende por cidadania?
- Bom, pra mim cidadania primeiro é, você saber quais são os seus
direitos na sociedade. A partir daí você vai buscar saber como
exigir os seu direitos e também os seus deveres na sociedade.
4) Para você o que significa ser cidadão?
- Bom, ser cidadão é justamente isso, é você ter consciência de
qual é o seu dever e o seu direito, pra você fazer valer os seus
direitos na sociedade. Não é, mas dizer assim, eu sou um e não
muita gente, eu não consigo mudar a sociedade nesse momento, mas
você às vezes leva a pessoa a pensar no que está fazendo e
exigir realmente seus direitos.
OBS: Geralmente essa palavra cidadania está vinculada na nossa
mídia, principalmente na época da política. Como a senhora analisa este
fator da veiculação da cidadania, mais a questão da política e do votar?
- A relação é a seguinte, com os políticos é muito simples você
dizer ser cidadão você vai exigir os seus direitos né, e às
vezes as pessoas acham, nem todas, já tá mudando muita coisa,
mas acha assim que exigir os seus direitos é ir lá no político
pedir uma cesta básica, pedir um dinheirim na época da política,
mas não é isso é você saber quem estar elegendo e exigir os seus
direitos né, e às vezes as pessoas acham assim que exigir os
seus direitos é ir lá no político pedir uma cesta básica, pedir
um dinheirim na época da política, mas não é isso. É você saber
quem você estar elegendo e exigir que ele cumpra o que prometeu.
Aí sim, você está realmente exercendo a cidadania juntamente com
a política um direito político que você tem.
5) De que modo o professor e o ensino de história pode contribuir
para a construção da cidadania em nossa cidade, estado e país?
- Bom seria mais ou menos assim, até em relação a política né, a
questão de luta de poder para estar no poder, então a veiculação
seria que o aluno ele já tendo a base para fazer comparação do
que ocorreu, do que a sociedade contribui para determinado fato,
ele saberá a participação que ele pode ter hoje na sociedade né,
ele pode mudar, exigir os seus direitos, ele pode até mesmo ser
um novo político com uma visão, acredito os nossos alunos hoje,
amanhã ou depois podem ser um político, exercer a função de um
político, né. Então, ele já tendo a consciência dos seus
direitos, por que o papel que ele deve exercer na sociedade ele
vai mudar o futuro. Por que hoje nós já vimos que na política
mesmo já mudou. As pessoas não querem mais políticos que ficam
falando do outro. Eles querem o quê? Pessoas que mostram
propostas e que trabalhem realmente para a sociedade. Então ele
tendo essa consciência a nível de escola, ele parti para exigir
de município, a nível de estado e de país.
Então os jovens hoje estão exigindo coisas melhores, eles
querem está estudando, eles querem ter direito a faculdade,
eles querem ter direito a um bom emprego, que antigamente, por
exemplo, a faculdade era a nível só de gente rica, classe alta,
hoje, por exemplo, vê o que, que o mais humilde querendo,
estudando pode ter faculdade, ele consegue ter, fazer uma boa
faculdade.
OBS: Isso é verdade, o processo tem mudado bastante e a história
juntamente com o professor de história tem contribuído bastante, porque vem
ampliar essa consciência e esta participação, porque até então o indivíduo
(sujeito) era visto como ser passivo e que agora começa a se encaixar e a
interagir como ser participante e atuante, essa questão é mais que
relevante.
- É assim, a questão que eles passam a valorizar o estudo de
história né, ver qual a importância que tem o estudo de história
e saber as transformações como o ensino de história eles ver o
que as pessoas fizeram e o que deu de errado e o que deu de
certo.
Como a sociedade mudou muito, como você vai atuar hoje, e que
transformações você pode buscar a nível coletivo hoje em dia não
se busca mais o individual, busca mais o coletivo.
OBS: A questão de estar buscando mais o coletivo de que a história
é responsável por essas mudanças, como a senhora analisa a questão das
horas, da importância da história, por que sabemos que as horas no ensino
de história só vem reduzindo em relação as demais disciplinas?
- É verdade. Assim é negativo a redução das horas, porque o
conteúdo de história é muito amplo. Pra você se aprofundar
realmente com os alunos é necessário que desse a mesma carga
horária de um disciplina de Português, por exemplo, porque daria
tempo pra você ir passo a passo buscar outras fontes de
informações para o aluno ter esse nível mais amplo de
informações, como a hora é muito reduzida você se limita a
resumir ao máximo que você pode, para que o aluno possa ter o
mínimo necessário de cada conteúdo.
Então quer dizer fica muito restrito o conhecimento, a não ser
que o aluno se interesse a buscar informações extras, pra ele
ir adquirindo informações. Mas em relação a carga horária o
professor de história tem que selecionar quais são as
prioridades dos conteúdos a estudar e resumir o máximo que
puder para que o aluno tenha conhecimento mesmo que seja
abstrato, que ele tenha noção do que é cada conteúdo. Por que
senão, não dá. Chega o final do ano, não deu nem a metade do
conteúdo, por causa da carga horária que só são duas aulas por
semana, o ensino de história é grande demais e muito amplo, se
fosse realmente fazer assim, eu vou me aprofundar, eu vou
saber, teria que ser a mesma carga horária do ensino de
Português.
OBS: Onde podemos estar detectando esses problemas, parte das
nossas políticas educacionais, pelo fato da história propiciar uma maior
consciência, que isto não cabe está veiculando?
- As duas coisas, porque eu te digo assim no passado a história
era feita para criar ídolos, para exaltar ídolos e isso foi
mudando, tendo liberdade de expressão, os professores de
história vem a história crítica, que antes não tinha, era só a
história informativa, só informativa, informar a questão de
ídolos, idolatria, ai depois veio a liberdade de ver a história
crítica, de ver realmente como a história aconteceu. Ai acho que
junto os dois, ai já vinha a questão da ditadura que era bem
restrita, e que você ia falar da questão de história e mais a
questão de priorizar as outras disciplinas, como Português,
Matemática (...) que achava que o aluno só aprendia Português e
Matemática e não ver a História, o aluno também parende e
produz, não só o Português que o aluno pode produzir bem,
história, geografia pode produzir textos. Eu acho que é as duas
coisas, desde a ditadura que limitou o que seria ministrado na
aula de História com a mentalidade que o aluno aprende com
prioridade Português e Matemática, ai deixou em segundo plano as
outras disciplinas da área de Humanas.
OBS: Você acha proveitosa a questão que se debate muito da
Interdisciplinalidade, como a senhora vê isso?
- Não tem como fugir da interdisciplinalidade, por exemplo, a
história e a geografia estão muito ligadas, não tem como eu dá
uma aula só de história sem falar em geografia que é o espaço
tanto humano como questão geográfica, não tem como fugir da
interdisciplinalidade, é indispensável, ai você se aprofunda
mais no que realmente você quer alcançar mais não tem como
fugir.
6) Você se sente cidadão? Por que?
- Sim. Porque eu busco os meus direitos, eu falo, por exemplo,
quando eu falo, eu falo o que penso, desde que eu não magoe o
próximo. Mas o que eu vejo que eu tenho razão que estou
pensando, eu falo tá, eu exijo os meus direitos, eu sei, eu me
sinto um pouco cidadã, não totalmente porque a gente fala assim:
"ah, você hoje pode falar o que quer", entre aspas né, que a
gente fala isso, você pode falar na escola, mas com os meus
alunos eu falo o que quero, o que penso, mas em determinados
locais até nessa questão de perseguição ainda existe, muito
pouco, mas ainda existe politicamente, então você exerce a
função de cidadão, mas você ainda tem momentos que pensa o que
vai falar, você pensa antes, de você pra você ver onde tá
falando. E pra ser cidadão e exercer sua cidadania tem que
respeitar os outros, porque o meu direito termina quando começa
o seu.
ENTREVISTA (ENTREVISTADA B)
1- Entrevistada B, fale sobre sua atuação como professora de
História:
Eu me lembro do dia que nós fizemos o nosso juramento, eu me lembro
desse dia, porque quando nós fizemos nosso juramento: - juramos que iríamos
ser né, de acordo com os preceitos de historiador, tenta trabalhar em sala
de aula. Então nunca fugimos do preceito de historiador, sempre assim,
desenvolvendo e a pessoa como historiador, apesar de professor é totalmente
diferente de historiador. Pra mim pelo menos é diferente, professor é uma
coisa, historiador é outra e nessa função de professor que toma muito o meu
tempo, eu tento desenvolver né, as regras do historiador, pelo menos o
interesse da pesquisa para estar repassando para o aluno, o interesse por
pesquisa, por gostar de ler, né, para que assim possa estar trazendo pra
eles, fazendo com que tenham vontade realmente do conhecimento. Que possam
sempre permanecer né, com interesse no conhecimento, de buscar o
conhecimento que é o alvo do historiador. A prática da pesquisa, hoje em
dia, você tem tantos professores, quantas salas feitas aqui no Tocantins de
professores de História e os projetos a nível de Brasil são mínimos, os
escritores do Tocantins são mínimos, ainda passam uma outra questão, eu me
preocupo em fazer um questionamento sobre os professores de história da
UFT. Porque os projetos que deveriam estar trabalhando pesquisa e extensão
na comunidade ficam a quem e pior as produções literárias feitas pelos
professores de História da UFT praticamente em Araguaína fica a quem em
relação aos outros municípios do Tocantins? Falo isso porque tive contato
com outros professores de História de Porto Nacional, o tempo que eu fiquei
lá do início do ano até outubro, eu comprei cinco livros de Produção de uma
Temática, dentro da Temática fica a história da África, a temática da
cultura africana que nem tanto aqui nos temas quanto professores desde
quando existe a UFT. A UFT eu falo assim desde o campos da Unitins que
poderia ter várias produções literárias a nível de História do Tocantins, a
nível de Brasil, a nível de economia, da cultura, que eu acho que fica a
desejar.
2- Na sua opinião, qual o papel do ensino de História?
Desenvolver o questionamento, de fazer sensibilizar o aluno que é
importante a história para sua vida e fazer com que ele desenvolva o senso
crítico diante de tudo o que acontece ao seu redor. Hoje em dia não, quem é
que se nós pudéssemos seriam os ídolos? Os aluno. Aqueles que se tornassem
grande o suficiente e que pudessem ter uma ação melhor no seu cotidiano de
vida, porque quando estamos em sala de aula, nos deparamos com vários
aspectos da vida de um aluno e aí esses aspectos da vida deles, da
realidade são várias barreiras para que eles possam chegar a um curso
superior até a ter o seu próprio aprendizado em sala de aula, então se nós
conseguirmos fazer com que de início pelo menos, desenvolva o senso crítico
de tudo que aconteça em seu redor e possa, se der, se achar capaz de fazer
acontecer e fazer mudança no Brasil, esse é sim um objetivo bem importante
na função do historiador.
3- O que você entende por cidadania na vida de professor?
Cidadania é (...) pra mim é que todas as classes, todas as etnias
ou raças tenham e sejam valorizadas, porque a história do Brasil teve
contribuições de vários povos, de várias culturas. De várias etnias ou de
várias raças, então é a partir do momento que a sociedade valorizar o que
esses povos fizeram, vamos sim a partir da escola valorizar e trabalhar com
os alunos. Aí os alunos terão auto-estima, se acharão valorizados, a partir
daí estará acontecendo a cidadania. Porque eu acho que a cidadania nós
trabalhamos muito a questão pro aluno tornar-se cidadão, mas a nossa
atitude em sala de aula, eu me pergunto e pergunto em relação aos
professores: será que estamos contribuindo para que o aluno seja cidadão, a
partir do momento que o aluno não pode estar questionando determinadas
ações do professor? No momento que a gente fala "cala a boca" então nós não
estamos deixando ele desenvolver, então nós não estamos dando oportunidade
pra ele se tornar cidadão. Por que assim como nós dizemos não, e ele baixar
a cabeça, ele vai baixar a cabeça porque em todo momento da vida dele, ele
não terá ação de cidadão. E nem vai se sentir cidadão, porque o nosso corpo
sente e é que acontece os fatos históricos e ele não está inserido e, no
entanto, nós sabemos que não, ele é cidadão e ele está inserido, qualquer
atitude, um governador que ele elege e é uma emenda que feita pelos
deputados que eles não valorizam a nossa vontade, porque assim acontece,
então nós não reivindicamos, nós não falamos, nós não podemos nós não
fizemos. O povo não tem coragem de falar o que sente, tanto faz como tanto
fez. Então eu acho que até então a cidadania é e começa a partir da ação do
professor em sala de aula.
Para que a gente possa tá deixando o aluno seja cidadão e fazendo
com que ele lá na frente nas suas oportunidades, no senso político, nas
suas ações políticas ele possa ter reação de cidadão e não reação coagida
pela fome, pela pobreza, por medo de perder o emprego, a questão da
hierarquia eu achei interessante uma coisa que acontece aqui no colégio,
teve um evento no dia da consciência negra e eu vi essa questão da
hierarquia da própria igreja católica, que hoje em dia a igreja pode até se
colocar no Tocantins, mas não mais na frente, eles deverão ser assim, como
fonte não como bandeira de continuidade, para que desenvolva a leitura
(...) para a escrita, pra que haja mudança né, no contexto da confecção de
livros de história na mudança dos livros didáticos que é nós e eles que vão
estar transformando e dando uma nova roupagem para a história, digamos
assim. E um dos grandes problemas do Brasil é a questão da falta de
leitura, quanto mais nós desenvolvemos ação voltada pra leitura, sendo em
sala de aula ou fora da sala de aula ou na família, mais ainda o brasileiro
vai ser uma pessoa capaz de tomar decisões voltada para a cidadania,
voltada para a melhoria da sociedade brasileira, enquanto for daquela
forma, o povo não tiver acesso a leitura, não tiver acesso ao conhecimento,
mais difícil vai ser, as pessoas tende a se tornar mais fáceis pra os
politiqueiros, são as pessoas que são menos esclarecidas é que a gente tem
que mudar, tem que estar dando entrave na história. Apesar de que os alunos
a maioria das vezes, assim a história é o seguinte, a disciplina de
história tende assim, o aluno dentro da sala de aula dois ou três no do
ensino oficial, tradicional, como era repassada a história, a história era
repassada de uma forma positivista, como uma forma através de
questionários, ainda ouve falar muito né. Então a partir do momento que nós
passamos a estar trabalhando a estar executando, a fazer nossos alunos a
está produzindo e dentro dessa produção está incluindo ele e ações, pra
estar elevando sua auto-estima na escrita, então isso é primordial, porque
a nossa dificuldade e dos nossos alunos eu vejo e é a falta de interesse
pela leitura. Isso é o primeiro passo para que eles possam estar
desenvolvendo a nossa ação de professor. Então, se a gente conseguir fazer
com que eles passam a ter o costume de estar lendo, lendo de forma de
valorizar a leitura, ai por diante, além de estar lendo vão estar
produzindo que é essa produção que nós devemos estar valorizando, hoje em
dia, eu, me chama a atenção a questão da tecnologia, não da tecnologia não
, das grandes descobertas que os nossos cientistas fizeram anteriormente,
que os nossos escritores fizeram antes da gente, hoje nós temos grande
escritores (...) então, o que acontece, eu vejo essa juventude que está no
máximo, gosta da disciplina de história, as outras alunas vão gostar de
matemática, de português porque além de ter mais aulas, o professor vai
aplicar mais tempo, também tem isso, ainda tem aquela questão que a
disciplina melhor e mais importante é a matemática e português pra está
conduzindo pra uma melhoria do conhecimento do aluno. E, no entanto, eu
vejo isso, no meu ver que está errado, se o aluno sabe da importância de
sua cidadania e se ele é capaz de construir uma filosofia de leitura de
vida, ele sim vai ter condições de se tornar cidadão para poder conseguir o
que quer, ai ele pode está escolhendo a disciplina que gostar, mas eu acho
que filosofia e história juntas desenvolvem o ser humano né, esse ser
humano pode chegar aonde ele quiser. A questão da carga horária eu vejo o
seguinte, como uma desvalorização e nós tivemos um ganho no ensino
fundamental creio que nós teremos um ganho também no ensino médio, mas essa
questão da gente ter mais de quinhentas alunas, sessentas alunas e alunos
dentro da sala de aula em uma escola pública. Como eles querem dentro das
práticas pedagógicas eles querem dentro das práticas pedagógicas, eles
querem que a gente conheça a realidade do aluno, que a gente saiba as
dificuldades, que a gente possa saber quando o aluno tá mal, porque ele não
veio, por causa daquilo. E essa situação de ter uma carga horária de
quarenta horas, pra gente ter acesso a vida do aluno, conhecendo o nosso
aluno digamos pra gente tá avaliando dentro de uma sala de aula 30 a 35 é
difícil e isso dificulta bastante a nossa relação professor e aluno e falta
muito e fica só a questão do conteúdo, tem que dar conteúdo né, porque tem
a programação, tem o currículo pra ser alcançado e essa questão da gente tá
conhecendo o aluno e saber que no fundo da dificuldade do aluno, nos
entraves da vida que ele sai de casa se tiver tido uma discussão com o pai,
a mãe e os irmãos quando ele chegar lá não adianta que nele não entra nada,
ele não participa de nada, que a situação de casa pra escola se nós
tivéssemos uma menos carga horária e tivesse como a gente ter acesso a eles
seria melhor. Olha, aqui na escola nós não trabalhamos com feira de
ciências, nós trabalhamos com semana cultural, então estou dizendo assim,
termina um projeto eu já estou preocupada com outro projeto da semana
cultural (...). então, são mais ou menos umas oito salas (...) então, quer
dizer, é sufocant, é complicado, mas a gente tem que dá conta, e tem que tá
desenvolvendo porque essas situações apesar de ter professores colegas que
não gosta, mas eu acho importante trabalhar a cultura. O que eu acho é que
são muitas funções ao mesmo tempo. A questão da nossa nacionalidade só tem
um momento especial em que o povo brasileiro se sente brasileiro na época
da copa né, então é errado, quando acontece uma questão política cada um
vai pro seu canto, puxa o seu saco nessa questão a falta de nacionalidade.
E essa questão eu creio que foi o momento que hoje vamos dizer assim, mas
como herança do momento histórico da ditadura milita, eu acredito nisso que
foi tanto pressão que mesmo por exemplo, foi na época que eu nasci, eu como
professora vejo a reação que é exatamente a reação estaguinária da
juventude em relação ao sendo político que se torna simplesmente e é livre
e desimpedido sem nenhuma preocupação com as mudanças que estão acontecendo
no ser social, se tornam alheias por que eles acham que sua importância não
vai influenciar em nada, mas hoje o seguinte acho que estamos mudando, eu
acredito nisso, porque que eu nisso, no Tocantins, nós mudamos um pouquinho
da mentalidade quando é nós maioria apesar de alguns não aceitarem houve
uma mudança na escolha do governador né, a população não digo manipulada,
mas foi consciente, foi consciente do que nós queríamos que era não
colocar uma pessoa que lá na frente já teve uma história, já teve uma
história que todo mundo achava que faria isso, faria aquilo, queria estar
retornando, então se o povo teve esse pensamento na mentalidade, significa
que teve uma mudança na mentalidade, porque antes lá naquela época que eu
volto pro cabresto, teria acontecido da forma qual ele queria. É
interessante também a questão do presidente que foi escolhido mesmo com as
dificuldades das ações políticas como aconteceu com o partido do presidente
escolhido, mesmo que os compositores jogaram contra o presidente, mas a
população fez a sua escolha, não foi manipulado não, porque foi jogado na
mídia bastante, foi a escolha da população, querendo ou não, mas foi. Pode
até pessoas dizerem que foi uma certa manipulação, por causa das ações
voltadas para a classe pobre, mas independentemente disso foi o Brasil e eu
acho que tem uma mudança significa que eu achei (...) entendi que foi uma
mudança porque a população escolheu e teve (...) Nós estamos avançando e a
minha preocupação maior é a questão da juventude que aqui no Tocantins a
questão religiosa é muito forte na juventude se coloca além das questões
políticas e sociais. Mas eu acho que é um pouquinho que é um lenço que é
jogado na frente da juventude e a juventude acha que sua função é só
questão religiosa; é tão forte que a nossa paróquia geral, ela faz o seu
crédito de poder da instituição religiosa. A cultura sem dúvida é o que faz
o desenvolvimento intelectual da sociedade.
6- Você se sente cidadão? Por que?
Me sinto porque eu faço, participo daquilo que acredito né, e
quando é me vem em pensamento de falar daquilo que acredito que eu quero
falar, eu falo então, me sinto cidadão, porque sou parte mesmo não
querendo, é que eu tenho uma ação de cidadã, mas assim eu me permito porque
eu sou eu e eu não deixo ninguém me tirar aquilo que eu quero ser o que eu
penso, não deixo ninguém, eu falo aquilo que eu penso tando certo ou
errado, mas tenho que falar. A forma de pensamento que você acha então, pra
mim é uma ação, às vezes uma difícil ação, mas você fala o seu pensamento.
Ai você sente um cidadão eficiente, com uma alto-estima elevada aí você é
uma ação concreta. Eu me sinto porque assim faço não sei o porquê pra falar
a verdade, quando eu falei ser cidadão é acreditar que de encontro com o
que você acredita é exatamente fazer com que o que eu acredito se torne
ação e acreditando naquilo, fazendo aquilo que eu acredito eu vou me tornar
uma pessoa íntegra capaz de fazer aquilo tudo que eu acredito, por exemplo,
a minha metodologia em sala de aula, o meu relacionamento com os meus
colegas, a comunidade, a minha visão de valorizar as pessoas, a minha
filosofia de vida né em relação as pessoas, pra mim é exatamente importante
pra ser aquilo que eu acredito ser correto pra estar desenvolvendo o meu
objetivo que é repassar aquilo que eu acredito.
Não sou do Tocantins, sou Piauiense, há 12 anos moro aqui, e uma
vez na faculdade eu falei pro professor Geraldo, eu estava muito nervosa
apresentando seminário, então eu falei uma coisa pra ele assim: quem é de
fora só se torna Tocantinense de coração quando está misturado, trabalhando
na sociedade, tendo sua função de trabalho, passando por dificuldades e
vendo enquanto você chega num estado que você só visita, só fica
visualizando, fica a quem do que acontece, então você não está sendo um
cidadão, está sendo um turista. Então eu falei pro pofessor: "professor,
agora estou me sentindo realmente uma cidadã tocantinense" e ai ele achou:
"realmente Telma, é preciso você vivenciar a rotina de um estado ou país
para se tornar uma cidadã, aliás um cidadão no caso regional ou municipal.
Mas então, para mim, eu só comecei a me sentir realmente tocantinense a
partir do momento que eu comecei a trabalhar, comecei a pegar ônibus,
fazendo amizades independente do serviço que meu marido trabalhava. Porque
assim fui fazendo as minhas misturas de relacionamentos. A nova juventude
tem que ter essa vontade de estar criando, recriando, reiventando porque só
fica naquela há o nosso grande (...) não e é nas turmas que estar recriando
e fazendo.