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Processos De Fabricação - Atps

Trabalho sobre descrição de botijão de gás completo

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FACULDADE ANHANGUERA DE TAUBATÉ (UNIDADE II) ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA 7º SEMESTRE Processos de Fabricação I Profº. Valter ATPS "Alex Rodrigues dos Santos "RA: 0991016778 " "Aline Cristina de Souza "RA: 0999003 " "Helber da Costa Duarte "RA: 0901349962 " "José Danilo dos Santos "RA: 1043107628 " "Rian Carlos Amaral "RA: 0901354748 " "Tamires Ribeiro "RA: 0901405144 " "Társis Gomes dos Santos "RA: 0901406408 " Taubaté 2012 Alex Rodrigues dos Santos Aline Cristina de Souza Helber da Costa Duarte José Danilo dos Santos Rian Carlos Amaral Tamires Ribeiro Társis Gomes dos Santos Processos de Fabricação I TAUBATÉ 2012 _________________________________________________________________ RESUMO O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) é um dos gases mais empregados na indústria nacional; é usado desde as cozinhas dos lares brasileiros até os mais variados setores industriais, como metalúrgicas, cerâmicas, vidrarias, etc. É constituído por hidrocarbonetos produzidos durante o processamento do gás natural ou durante o processo de refino do petróleo. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) é o órgão governamental responsável pela legislação e regulamentação das atividades de distribuição e comercialização do GLP no país e o INMETRO está responsável pela fiscalização das condições de fabricação dos recipientes transportáveis. O seguinte trabalho visa mostrar o passo para a fabricação dos recipientes que transportam com foco principal no mais conhecidos gás de cozinha – P13. ABSTRACT The Liquefied Petroleum Gas (LPG) is one of the gases used in the domestic industry is used from the kitchens of Brazilian homes to the most varied industrial sectors such as metals, ceramics, glassware, etc.. It consists of hydrocarbons produced during processing of natural gas or during the process of petroleum refining. The National Petroleum Agency (ANP) is the government body responsible for legislation and regulation of activities of distribution and marketing of LPG in the country and INMETRO is responsible for monitoring the conditions of manufacture of transportable containers. The following paper aims to show the step in the manufacture of containers carrying with main focus on the most popular cooking gas - P13. SUMÁRIO 1. BOTIJÃO DE GÁS....................................................................... .......................5 2. TIPOS DE RECIPIENTES TRANPORTÁVEIS...................................................6 3. PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO E GRAVAÇÃO DAS CHAPAS................7 1. EQUIPAMENTOS......................................................... ...........................7 4. PREPARAÇÃO DAS JUNTAS E LIMPEZA.......................................................9 4.1. EQUIPAMENTOS PARA SOLDAGEM AO ARCO SUBMERSO.........10 4.2. EQUIPAMENTOS PARA SOLDAGEM MIG .......................................11 5. POSIÇÕES E POSICIONADORES PARA SOLDAGEM .................................11 5.1. SOLDAGEM CIRCUNFERENCIAL.......................................................12 6. TRATAMENTO TÉRMICO..................................................................... ...........12 7. ACESSÓRIOS DE SEGURANÇA................................................................... ..13 7.1. ENSAIOS DE ACESSÓRIOS................................................................13 8. TRATAMENTO SUPERFICIAL................................................................. ........15 9. CONCLUSÃO................................................................... .................................16 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................. .17 1. BOTIJÃO DE GÁS (13 KILOS)  Os botijões de gás são fabricados de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Ele é formado por 03 (três) partes: Bojo; Alça ou aro superior; Base ou aro inferior. Possui na parte superior uma válvula automática que é acionada através de um pino, quando se coloca o regulador (registro), dando passagem ao gás. Quando o regulador é retirado, a válvula fecha automaticamente impedindo a passagem do gás. Todo Botijão de 13 kg, possui também pino de segurança, conhecido como plug fusível, é um parafuso colocado na parte superior do botijão ao lado da válvula, este parafuso é perfurado e o furo é cheio por uma liga metálica que se derrete, quando o botijão for submetido a uma temperatura de 75° Celsius.O plug fusível é uma válvula de segurança assim como a válvula de uma panela de pressão. O gás dentro de Botijão, com o aumento da temperatura se expande e é liberado pelo plug fusível. Este gás em contato com qualquer chama poderá fazer do botijão um verdadeiro lança chamas. Conclusão: O botijão de gás com este dispositivo nunca explode. Todo botijão de gás possui uma marca em relevo da companhia que o comercializa. Assim como na alça superior deve constar sua tara (peso do botijão vazio). Para verificar o peso o consumidor poderá conferir somando a tara mais 13kg e o resultado será o peso do botijão cheio. O botijão de gás é trocado a cada compra, o consumidor entrega o botijão vazio por um cheio, lacrado. Deverá conferir se este não possui ferrugem ou qualquer outro dano,quando não concordar com o estado do botijão, deverá exigir do entregador um botijão em boas condições. Os botijões vazios são recolhidos pelas distribuidoras, que deverão fazer uma inspeção nos mesmos. Os botijões que não forem aprovados após a inspeção serão requalificados ou descartados como sucata. A requalificação é feita retirando a válvula, estes são lavados internamente para retirada de todos os resíduos, graxa, eliminando as partes enferrujadas ou amassadas e depois são novamente pesados para ser colocado a nova tara. Finalmente, é feito um teste de estanqueidade para verificar vazamentos, se houver. 2. TIPOS DE RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS São compostos de um corpo, calota superior, calota inferior, alça e base, flange, válvula de consumo e válvula de segurança. Dependendo da forma de conformação do recipiente, a calota superior e a inferior podem juntas formar o corpo do recipiente. Tipos de recipientes - dados técnicos Os recipientes são fabricados em chapas finas de aço carbono nos seguintes graus: GL- 01, GL-02, GL 03, GL 04. A abaixo mostra os requisitos quanto a composição química e a seguinte indica os requisitos quanto as propriedades mecânicas. As chapas são fabricadas atendendo às normas brasileiras NBR 7460 e NBR 8460. Requisitos de composição química (em %) Requisitos de Propriedades Mecânicas 3. PROCESSO DE CONFORMAÇÃO E GRAVAÇÃO DAS CHAPAS Para a fabricação de recipientes transportáveis de GLP, a matéria- prima básica é a chapa de aço. O aço é geralmente adquirido em bobinas laminadas; estas bobinas são cortadas em discos que são utilizados para gravação do nome do cliente e em seguida repuxados para a confecção das calotas. 1. EQUIPAMENTOS Para o desbobinamento do aço é utilizado um grande posicionador onde, por meio de uma ponte rolante ou guindaste a bobina é colocada em uma mesa. Em seguida esta mesa posiciona a bobina de modo a encaixá-la no eixo onde castanhas se abrem e prendem-na onde agora se inicia o processo de giro para desenrolamento. A chapa laminada passa por um conjunto de roletes para desempeno antes de chegar às prensas de corte e gravação. Desbobinador contínuo Para as operações de gravação e corte são utilizadas prensas excêntricas e para a operação de repuxo, prensas hidráulicas. Prensas excêntricas: são geralmente empregadas em quase todas as operações de corte e algumas operações combinadas de corte e embutimento realizadas com um só estampo, como no caso de recipientes de GLP. Existem vários tipos de prensas excêntricas. Normalmente se fabricam prensas que vão de 10 a 160 t de pressão. Prensa excêntrica Prensas hidráulicas: são utilizadas para o repuxo dos discos, para a formação de calotas. Nestes equipamentos os movimentos são obtidos por acionamento de um conjunto hidráulico, mais propriamente oleodinâmico ou também hidropneumático. É fundamental no manuseio com equipamentos desse tipo ter cuidado e atenção e se evitar o risco de acidentes. Observar sempre as normas de segurança do operador, tais como: sensores, comandos com deslizamento duplo, grades de proteção, etc. Conjunto de prensas hidráulicas 4. PREPARAÇÃO DAS JUNTAS E LIMPEZA As calotas após serem repuxadas passam por um processo de lavagem para eliminação de resíduos de óleo e graxa das prensas de repuxo. A preparação das juntas consiste em cortar as bordas das calotas superiores, a fim de que haja uniformidade de tamanho entre elas; no caso das calotas inferiores, estas passam por um processo de refilamento perfazendo um dobramento padronizado. Em seguida é feito o encaixe entre as calotas, finalizando a junta. No caso dos recipientes com um corpo cilíndrico, tanto a calota inferior quanto a superior passam por um processo de refilamento das bordas de modo a promover o perfeito encaixe no corpo cilíndrico.Os processos de soldagem comuns na fabricação de recipientes de GLP são o Arco Submerso (soldagem circunferêncial e longitudinal) e o processo MIG/MAG (confecção e colocação de alças e bases), demandando aproximadamente 96% de metal depositado neste tipo de área produtiva; os outros 4% são divididos entre o processo TIG (retrabalho na solda circunferêncial e longitudinal) e Eletrodo Revestido (retrabalho nas alças e bases). As chapas utilizadas na soldagem variam de 2,00mm a 4,90 mm de espessura. Por se tratar de chapas de aço carbono,estes processos garantem uma boa produtividade sem muitas exigências quanto à soldabilidade. Parâmetros de Soldagem Comuns na Soldagem Circunferencial 1. EQUIPAMENTOS PARA SOLDAGEM AO ARCO SUBMERSO Fonte de soldagem - O equipamento comumente utilizado é uma fonte de corrente contínua com capacidade de 600A para soldagem de chapas até 3,00 mm e 1000A para soldagem de chapas mais espessas. Possuem curva característica de tensão constante, pois corrigem automaticamente as variações dos parâmetros elétricos. A tensão e o comprimento do arco são controlados pela fonte de energia. O ajuste da intensidade de corrente é feito de maneira indireta através do ajuste da velocidade de alimentação do arame. Alimentador de arame - Composto de um motor de corrente contínua onde é possível controlar a velocidade, um jogo duplo de roletes que fazem o tracionamento para alimentação do arame-eletrodo e suporte da bobina de arame. Tocha de soldagem - Composta de um bico de contato deslizante de cobre e de um sistema para fixação do cabo de saída da fonte. Na tocha de soldagem é acoplado o guia mecânico. Guia mecânico - Sistema de rótula em forma de um braço, com uma roda, utilizado para guiar o alinhamento lateral da solda ao longo da junta. Alimentador de fluxo - Conjunto de reservatório e mangueiras condutoras que alimentam o fluxo de forma concêntrica a tocha ou à sua frente. O fluxo é escoado para a zona de soldagem pela ação da gravidade. Painel de comando - permite o ajuste dos parâmetros elétricos e operacionais da soldagem como: intensidade de corrente, tensão do arco e velocidade de soldagem. É instalado em lugar de fácil acesso para o operador a fim de possibilitar ajustes rápidos. 2. EQUIPAMENTOS PARA SOLDAGEM MIG/MAG Fonte de Soldagem – O equipamento utilizado possui praticamente as mesmas características da fonte utilizada para a soldagem ao arco submerso, fonte de corrente contínua com capacidade de até 400A independente da espessura das chapas, curva característica de tensão constante; o ajuste de corrente é feito também de maneira indireta através do ajuste da velocidade de alimentação do arame. Alimentador de arame - Segue as mesmas características do alimentador utilizado para soldagem ao arco submerso. Tocha de soldagem - A tocha de soldagem é acoplada ao alimentador de arame onde são acoplados os acessórios elétricos responsáveis pela liberação do gás e acionamento do arame. Alimentador de gás - O gás de proteção chega por meio de uma pequena mangueira que se encontra no interior da tocha e é liberado no momento da soldagem. Painel de comando - Na soldagem automática os comandos que deveriam estar no cabeçote alimentador são adaptados em um painel separado, colocado em local de fácil acesso para o operador, para serem feitos os ajustes necessários. 5. POSIÇÕES E POSICIONADORES PARA SOLDAGEM Primeiro solda-se o flange e a alça na calota superior, simultaneamente solda-se a base na calota inferior, em seguida junta-se as peças para seguirem para a soldagem circunferencial (solda de fechamento). 1. SOLDAGEM CIRCUNFERENCIAL Os recipientes são soldados circunferencialmente pelo processo Arco Submerso, na posição plana sendo que a preparação das juntas é fundamental para o bom desempenho do processo. O sistema posicionador é composto de um berço pneumático, uma ferramenta de encaixe, um pistão de encaixe com uma ferramenta de fixação, com furos para saída dos gases. A peça é colocada no berço pneumático, sendo então acionado o mecanismo: o berço eleva a peça, sendo esta então presa na ferramenta de encaixe, dando início ao movimento de giro. Na figura abaixo temos um exemplo de posicionador para soldagem circunferencial. O equipamento de soldagem é colocado sobre uma estrutura metálica para sustentar todo o conjunto posicionador, de modo a facilitar ajustes no cabeçote de soldagem e a adaptação de recuperadores de fluxo. Posição para soldagem do bojo 6. TRATAMENTO TÉRMICO Tratamento térmico é um conjunto de operações de trabalho que envolve aquecimento e resfriamento do metal em estado sólido durante um tempo prédeterminado. A finalidade desse processo é variar de maneira controlada as propriedades mecânicas e físicas de um metal deixando-o com as características desejadas. Na fabricação de recipientes para GLP é empregado o tratamento térmico de alívio de tensões. Este tratamento envolve aquecimento abaixo da temperatura crítica de transformação, a permanência do material nesse nível por um período de tempo, geralmente proporcional à espessura do material, e resfriamento lento posterior; permite reduzir a um limite mínimo aceitável as tensões prejudiciais provocadas pela operação de soldagem, ou mesmo pela conformação das calotas. São utilizados fornos fechados, elétricos ou a combustão. É fundamental que os equipamentos de medição das temperaturas estejam calibrados, em perfeitas condições de uso, uma vez que há muito rigor nas normas com relação à confiabilidade do tratamento térmico. São Utilizados fornos fechados, elétricos ou à combustão. É fundamental que os equipamentos de medição das temperaturas estejam calibrados, em perfeitas condições de uso, uma vez que há muito rigor nas normas com relação à confiabilidade do tratamento térmico. Forno de tratamento térmico 7. ACESSÓRIOS DE SEGURANÇA São os acessórios destinados a aliviar a pressão no interior dos recipientes. Como acessórios de segurança, temos: Válvula de Segurança – válvula que possui uma via de escape provida de obturador sob ação de uma mola devidamente calibrada, sendo caracterizada por uma abertura rápida da via de escape, quando a pressão interior do recipiente atinge um valor limite especificado (válvula de segurança tipo mola). Bujão Flexível – dispositivo que possui uma via de escape, obturada por uma liga fusível (material bismuto) com temperatura de amolecimento entre 70º C e 77º C. É destinado a aliviar a pressão no interior do recipiente, por liberação parcial ou total do produto nele contido para a atmosfera(mais conhecido como plug). Utilizado no P-05 e P-13. 1. ENSAIOS DE ACESSÓRIOS 1º - Bujão fusível – são colocadas em um recipiente com água e aquecidos até a temperatura entre 70 e 77º C verificando-se se a liga desprende-se do corpo do bujão(ensaio por amostragem). 2º - Válvulas de segurança – são acopladas a um recipiente e testados hidrostaticamente verificando-se no manômetro calibrado quando atinge a pressão de 250 psi, quando a válvula se abre. 8. TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE O início do tratamento de superfície começa com o jateamento de granalha de aço (após o tratamento térmico), onde logo em seguida é realizada a pintura com primer eletrostático ou líquido de acordo com o processo de cada fabricante ou conforme especificação do cliente. Cabine de jateamento de granalha de aço Existem na verdade divergências entre os fabricantes para se saber qual a melhor pintura. Quem utiliza a pintura liquida tem como ponto de vista ser mais fácil dar reparo na pintura líquida, quando comparada com a pintura eletrostática em virtude da forma de manuseio dos recipientes sendo que os mesmos são propriedade das companhias distribuidoras de GLP. Para o caso da pintura eletrostática, que tem um custo maior, a grande vantagem é a durabilidade, que é bem superior em relação à pintura líquida sendo que seu nível de proteção à corrosão é maior e o seu acabamento é bem mais uniforme dando um aspecto ao cliente final de maior segurança. O fundamental é que a camada de primer junto com a camada de pintura devem ter no mínimo 30 µm. A necessidade do tratamento de superfície está diretamente ligada à proteção do recipiente contra a corrosão externa, sendo que internamente praticamente inexiste em função do GLP não conter elementos que propaguem corrosão. 9. CONCLUSÃO O processo de fabricação para Recipientes Transportáveis de GLP é basicamente normalizado, sendo que o procedimento deve obedecer aos padrões descritos nas normas para que os órgãos certificadores (INMETRO e DNV) avaliem e credenciem o mesmo, fazendo com que todo o recipiente tenha a marca de conformidade, garantindo que os Recipientes Transportáveis estejam conforme os padrões vigentes. Todas as medidas são tomadas atentando a segurança de seus usuários, principalmente estando em um lar onde os riscos são freqüentes. 10. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Vídeo da empresa Copagaz (Processo de Fabricação); Artigo sobre recipientes transportáveis; PU 13 – anéis usados em recipientes P-13; Manual L 350 – Queimadores Industriais; Aula sobre Estampagem; Documento de normalização NBR 8614; Imagens retiradas de pesquisas no Google. ----------------------- Trabalho sobre Construção de Botijão comercial P -13 – Processos de Fabricação I do Curso de Engenharia de Produção Mecânica – 7º Semestre da Faculdade Anhanguera Educacional – Un. II, como Atividade Prática Supervisionada. Professor Valter