Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Prevenção Em Queimaduras Em Crianças

Artigo sobre prevenção em queimadura infantis

   EMBED


Share

Transcript

Prevenção em queimaduras: Em séries do ensino fundamental de escolas de Florianópolis – SC AUTORES: Andressa Silva Martins de Oliveira - Acadêmica do 8º período do Curso de Fisioterapia da Universidade do Vale do Itajai – UNIVALI. Jaqueline de Mello - Acadêmica do 8º período do Curso de Fisioterapia da Universidade do Vale do Itajai – UNIVALI. Autor Responsável: Juliano Tibola – CEFID-UDESC: Rua Pascoal Simone, 358. Coqueiros. Florianópolis-SC – CEP 88075-310. Telefone: (48)3321:8610. e- mail: [email protected] Prevenção em queimaduras: em séries do ensino fundamental de escolas de Florianópolis - SC MELLO, J.* OLIVEIRA, A.S.M * TIBOLA, J.** *Acadêmicas do sétimo período do Curso de Fisioterapia da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI. **Professor da disciplina Pratica sob a forma de estagio supervisionado - área Saúde Coletiva do Curso de Fisioterapia da Universidade do vale do Itajaí - UNIVALI Resumo Objetivo: Este trabalho tem como objetivo a conscientização e a divulgação dos cuidados necessários à prevenção de queimaduras em crianças na fase escolar de 1º a 4º série de dois colégios públicos de um bairro de Florianópolis, e demonstrar a ação da fisioterapia na prevenção de queimaduras Métodos: Neste estudo de caso foram mostradas por cinco acadêmicas de fisioterapia e, concomitantemente, explicadas em sala de aula, 28 folhas,utilizando para tal transparências e retroprojetor o que é queimadura, classificação e destacando os diversos tipos de acidentes comuns nessa faixa etária; chamando a atenção para os locais onde comumente acontecem: nas casas e redondezas do público alvo. Imediatamente após a ação educativa, foi entregue um questionário de avaliação de desempenho dos acadêmicos sobre a palestra às professoras. Foi entregue aos alunos um folheto educativo os quais poderiam levar para casa e explicar aos pais e responsáveis. As informações obtidas nos questionários foram avaliadas pelas professoras das turmas e entregues, ao final da palestra, às acadêmicas. Resultados: Todas as turmas avaliadas compreenderam o vocabulário e entenderam o tipo de prevenção e responderam corretamente às perguntas feitas pelas palestrantes sobre queimaduras e prevenção de queimaduras. Conclusões: A ação educativa e preventiva mostrou ter bom potencial informativo e educativo haja vista as respostas corretas a todos os aspectos apresentados, sugerindo sua utilidade no contexto escolar e em outros locais como unidades de atenção primária e secundária à saúde e instituições hospitalares infantis. Palavras – chave: queimaduras, prevenção, fisioterapia. INTRODUÇÃO Entre os acidentes com crianças, um dos mais devastadores é a queimadura que deixa milhares de crianças com seqüelas permanentes, cujo tratamento é, na maioria das vezes, dolorido e demorado. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2005, 373 crianças de até 14 anos morreram e 16.515 foram hospitalizadas vítimas de queimaduras1. Uma tomada sem proteção, o cabo da panela virado para fora do fogão, materiais inflamáveis perto do fogo representam perigo. A maioria dos casos ocorre na cozinha, onde crianças brincam nos horários de preparo dos alimentos.Informação e educação são os elementos-chave para prevenir acidentes envolvendo queimaduras1. A queimadura é a lesão dos tecidos decorrente de um trauma térmico. Pode ser provocada por calor, eletricidade, irradiação, frio, congelamento, substâncias químicas ácidas ou álcalis. É a 2ª causa de mortalidade em crianças abaixo dos 6 anos e, para as que se situam acima dessa idade, a 3ª causa, ficando atrás somente dos acidentes automobilísticos e afogamentos2. Aproximadamente 2.000.000 pessoas são vítimas de queimaduras anualmente nos EUA. Dessas, 100.000 são hospitalizadas, e 7.800 vão a óbito. Dos 100.000 indivíduos hospitalizados, 40% são crianças menores que 15 anos, e 21% requerem tratamento intensivo. A cada ano, 2.500 crianças morrem em conseqüência de danos causados por queimaduras e 10.000 sofrem incapacidade permanente4. No Brasil, os dados estatísticos sobre as lesões por queimaduras são escassos. Estima-se que ocorram em torno de 1.000.000 de acidentes por ano, sendo que 100.000 pacientes procurarão atendimento hospitalar, e destes, cerca de 2.500 pacientes irão falecer direta ou indiretamente de suas lesões5. As queimaduras constituem, nas diferentes idades, uma importante causa de morte por trauma, tanto em países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento. Sua importância tem aumentado nas últimas décadas, paralelamente ao controle de doenças infecciosas e o avanço científico- tecnológico no diagnóstico de outras doenças. Por ser um acidente de grande complexidade, potencialmente previsível e evitável dentro da população pediátrica em particular, a abordagem clínico-epidemiológica das queimaduras é elemento básico e ponto de partida para o desenvolvimento de planos de prevenção2. Os acidentes na infância são um dos maiores problemas de Saúde Pública, pois acometem pessoas em todo o mundo e causam perda de anos de vida produtiva. Os acidentes geram enorme gastos financeiros e são responsáveis por seqüelas psicológicas e sociais ao acidentado e a sua família. A maioria deles ocorre em casa e são atribuídos a lapsos de atenção, aos perigos domésticos e à mobilidade característica do desenvolvimento infantil. As queimaduras estão entre os principais tipos de acidentes infantis, sendo a quarta causa de morte, depois do trânsito, afogamento e quedas, e a sétima em admissão hospitalar. Dados do National Burn Repository revelam que entre 1995 e 2005 ocorreram mais de 6.000 queimaduras em crianças menores de dois anos, 2.987 nas de dois a quatro anos e mais de 3.000 naquelas acima de cinco anos. Além de graves seqüelas, tais acidentes exigem vários dias de internação e acompanhamento terapêutico após a alta hospitalar. As crianças menores de três anos são mais suscetíveis às queimaduras térmicas e às escaldaduras, devido à curiosidade natural, à impulsividade e à falta de experiência para avaliar os perigos. Na maioria das vezes, se queimam na cozinha, por contato direto com fontes de calor e líquidos superaquecidos. Estudos mostram que os meninos são os mais acometidos, por adquirirem liberdade mais precocemente do que as meninas e serem menos vigiados pelos adultos1. Os aspectos epidemiológicos das queimaduras variam de uma comunidade para a outra, no entanto, os efeitos que alguns tipos de queimaduras produzem sobre a taxa de morbidade e mortalidade sobre circunstâncias similares são universais. Este tipo de lesão provoca, além do risco de morte, importantes repercussões metabólicas, seqüelas físicas e psicológicas. No Brasil, as queimaduras são um problema de saúde significativo. Sabe-se que cerca de 100.000 pacientes procurarão atendimento hospitalar e 2.500 irão falecer, direta ou indiretamente de suas lesões. Destes acidentes com queimaduras, dois terços ocorrem em crianças e adolescentes. A etiologia das queimaduras inclui as de origem térmica (queimaduras causadas por agentes inflamáveis, líquidos quentes, metais quentes, brasas e chama direta); agentes químicos (queimaduras causadas por álcali ou ácidos), e agente elétrico (queimaduras causadas por corrente elétrica) 2. Na população pediátrica, as lesões térmicas, especialmente escaldamento, são a forma mais comum de lesão predominantemente em menores de cinco anos. As queimaduras por escaldamento costumam ocorrer na cozinha, quando do preparo e consumo dos alimentos. Relacionam-se com a tendência das crianças em pegar recipientes com líquidos aquecidos de lugares como fogões e mesas e derramar sobre si. Há ainda os acidentes podem ocorrer quando lactentes e crianças pequenas são colocadas sem supervisão em banheiras com água excessivamente quente. Nas crianças em idade pré-escolar (2 a 7 anos), os acidentes por líquidos aquecidos se reduzem, aumentando os produzidos por substâncias inflamáveis. Os acidentes por chama se explicam pelo fato da diversificação do ambiente explorado, aliado ao fácil acesso a fósforos, isqueiros e materiais inflamáveis, principalmente álcool. Além disso, a fascinação pela luminosidade das brincadeiras com fogo aumenta a freqüência deste tipo de queimadura nesse grupo. Em adolescentes e pré- adolescentes é comum ocorrerem queimaduras ao realizarem experimentos com combustão de álcool, gasolina, óleo diesel e outros derivados de petróleo. A maior utilização de um tipo particular desses agentes varia conforme a cultura da sociedade estudada. Em ambos os grupos há possibilidade da criança ser atingida por atividades de adultos, com líquidos inflamáveis, ou serem vítimas de maus tratos. O agente e o tempo de exposição ao agente térmico determinam a profundidade da lesão2. Determinar o grau da queimadura significa determinar a profundidade do trauma térmico na pele. A correta determinação do grau de queimaduras não é tão simples assim como parece, e mesmo médicos experientes podem cometer erros na classificação6. O grau de profundidade da queimadura depende do agente casual, do tempo de exposição e das condições prévias do paciente. Na criança esta determinação será ainda mais difícil, pois sua pele é bem mais fina do que a de um adulto, tornando-a muito mais susceptível a lesões profundas. As queimaduras estão divididas em três graus: a) Queimadura de Primeiro Grau: a lesão atinge apenas a camada mais superficial da pele (a epiderme), apresentando vermelhidão local, ardência, inchaço e calor local. A dor é importante. Pode ocorrer em pessoas que se expõem ao sol por tempo prolongado e sem proteção. Quando atinge grande parte do corpo, é considerada grave; b) Queimadura de Segundo Grau: a lesão atinge as camadas mais profundas da pele (a chamada derme). A característica desse tipo de queimadura é a presença de bolhas. O inchaço é importante, e a dor é bastante intensa. Como ocorre perda da camada superficial da pele, que protege contra a perda excessiva de água, nesse tipo de queimadura pode ocorrer perda intensa de água e sais minerais, levando a um quadro de desidratação grave. Esse tipo de queimadura pode ser causado pela exposição a vapores, líquidos e sólidos escaldantes; c) Queimaduras de Terceiro Grau: nesse tipo de queimadura, ocorre lesão de toda a pele, atingindo os tecidos mais profundos, como os músculos. Curiosamente, esse tipo pode não ser doloroso, já que as terminações nervosas que geram a dor são destruídas junto com a pele. A cicatrização geralmente é desorganizada, gerando cicatrizes. Comumente, requer a realização de cirurgias, com enxerto de pele retirado de outras regiões do corpo7. Outra classificação em relação à profundidade da queimadura considera as lesões em parciais ou totais, de acordo com o acometimento das camadas da pele atingidas18. Espessura Parcial Superficial: Conhecidas também como epidérmicas. Neste caso, é afetada a epiderme, possivelmente uma porção da derme. A pele ferida pode ser dolorosa, que suaviza com o resfriamento, pode ocorrer formigamento e hiperestesia. A aparência da ferida é avermelhada com edema mínimo ou ausente. Esse tipo de €queimadura cura num prazo de uma semana, ao regenerar-se ocorre descamação da pele, aparecendo outra de pigmentação mais rósea. É a típica queimadura provocada pela exposição ao sol. Espessura Parcial Profunda: Há destruição da epiderme e das camadas mais profundas da derme. A ferida é dolorosa, sensível ao frio, mostra-se avermelhada e exsuda líquidos. A ferida tem base avermelhada mosqueada, bolhosa, epiderme rompida, superfície transudativa e edema. A recuperação ocorre em 2 a 4 semanas. A causa da queimadura é por escaldaduras e chama instantânea. Espessura Plena: Envolve a destruição total da epiderme e derme e, em alguns casos, também do tecido subjacente. A área queimada é indolor porque as fibras nervosas são destruídas, choque, hematúria, possivelmente hemólise e possíveis lesões de entrada e saída (queimadura elétrica). A cor da ferida varia muito, desde o branco ao vermelho, marrom ou preto, escara devido à desidratação tecidual, perda da elasticidade, vesículas, perda da sensação de dor e da diferenciação de temperatura. A queimadura de terceiro grau pode resultar da exposição prolongada a líquidos quentes, corrente elétricas, chama e química. Os seguintes fatores são considerados na determinação da profundidade da queimadura: como ocorreu a lesão, o agente etiológico, como chama ou liquido escaldante, temperatura do agente causador da queimadura, duração do contato com o agente, espessura da pele10. Quanto à extensão, é avaliada pela área da superfície corporal queimada (SCQ) em relação à superfície corporal total, considerando-se apenas as lesões de 2º e 3º graus, por meio de gráficos. O mais utilizado atualmente é o Gráfico de Lund e Browder, que correlaciona a idade do paciente com a área queimada (porcentagens relativas). Outro método usado, porém menos preciso, é a Regra dos Nove, idealizada por Polaski e Tennison, que divide a área da superfície do corpo em segmentos que equivalem a 9% do total18. A atuação do fisioterapeuta tem enorme contribuição para a reabilitação, à prevenção e aceleramento do tempo de recuperação do paciente queimado e seu tempo de internação 7. A fisioterapia, além de ser uma terapia de reabilitação, também assume o papel de recuperar e prevenir doenças. O trabalho de conscientização é fundamental, tornando-se assim possível que seja adotado procedimentos adequados em certas situações8. A vítima de queimadura e a fisioterapia tem uma intensa e estreita relação resultando na conquista de uma qualidade de vida digna. Traçamos então nossos principais objetivos, quais sejam: foram traçados objetivos de reduzir o risco de complicações cardiovasculares, reduzir edema, preservar o funcionamento do aparelho respiratório, prevenir macerações das lesões, diminuir contraturas e rigidez muscular, manter o paciente ativo transformando-o no principal agente do seu processo de cura e reabilitação11. A reabilitação do paciente queimado começa no momento em que este chega ao hospital. Este é um processo sempre mutável, que é modificado diariamente. Com um trabalho duro e dedicação ao programa, o paciente queimado pode, certamente, retornar a uma vida produtiva. Para a maioria dos pacientes, a fase mais difícil de reabilitação ocorre após o processo de cicatrização das feridas9. Nunca aplique nenhum produto caseiro como: sal, açúcar, pó de café, pasta da dente, pomadas, ovo, manteiga, óleo de cozinha ou qualquer outro ingrediente, pois eles podem complicar a queimadura e dificultar um diagnóstico mais preciso; não aplique gelo diretamente sobre o local pois isso pode piorar a queimadura; evite também pomadas ou remédios naturais, assim como qualquer medicação que não for prescrita por médicos; em caso de ingestão de produtos caústicos ou queimaduras em boca e olhos, lavar o local com bastante água corrente e procurar o pronto-socorro; não toque a área afetada; não tente retirar pedaços de roupa grudados na pele; se necessário, recorte em volta da roupa que está aderida a pele queimada e não cubra a queimadura com algodão8. Estima-se que no Brasil ocorram em torno de 1.000.000 de acidentes com queimaduras por ano. Destes, 100.000 pacientes procuram atendimento hospitalar e cerca de 2.500 vem a falecer de maneira direta ou indiretamente devido as suas lesões 10. As lesões por queimadura constituem importante causa acidental de morbi-mortalidade em todo o mundo, com grande freqüência entre as crianças, sendo as escaldaduras (produzidas por substâncias quentes ou fontes de calor) as mais comuns, além das queimaduras químicas, elétricas e radioativas11. Estudos epidemiológicos comprovam que crianças que começam a andar formam um grande grupo de risco e, de acordo com o French National Health Statistics e Research Institute, a morte de vítimas de queimaduras é alta e vem crescendo principalmente em pacientes com idades menos avançadas. A maioria dos acidentes por queimaduras poderia ser prevenida. No Brasil, programas de prevenção para este tipo de acidente estão cada vez mais escassos12 . Prevenção das queimaduras em crianças: Evitar que as crianças corram ou brinquem na cozinha perto das fontes de calor; Na cozinha colocar as pegas voltadas para dentro do fogão; Não colocar tachos/panelas quentes no chão; Não deixar produtos tóxicos ao alcance das crianças13. Este estudo tem por objetivo conscientizar as crianças quanto a prevenção de lesões ocorridas através de queimaduras para que haja uma melhora no que diz respeito às ocorrências entre a faixa etária estudada. MÉTODOS Este estudo foi realizado em duas escolas públicas da região do continente de Florianópolis – SC. As palestras ocorreram no período de 17 de março a sete de abril de dois mil e nove, onde foi abordado o tema prevenção de queimaduras. O público alvo foram crianças do primeiro ao quarto período do ensino fundamental de escolas públicas, onde esse público é o mais afetado, devido a baixa informação sobre o tema. As palestras foram adaptadas do tratado de Queimaduras e o folder também foi adaptado da Prefeitura do Município do Rio de Janeiro - RJ. Foram mostradas e, concomitantemente, explicadas em sala de aula, em 28 folhas através de lâminas de transparências e retroprojetor o que é queimadura, classificação, destacando-se os diversos tipos de acidentes comuns nessa faixa etária; chamando a atenção para os locais onde comumente acontecem: nas casas e redondezas do público. Imediatamente após a ação educativa, foi entregue um questionário de avaliação de desempenho dos acadêmicos sobre a palestra às professoras. Foi entregue aos alunos um folheto educativo para que as crianças pudessem explicar o conteúdo aos pais e responsáveis. As informações obtidas foram avaliadas pelas professoras da turma e entregues ao final da palestra às acadêmicas. RESULTADOS Todas as turmas avaliadas compreenderam o vocabulário e entenderam o tipo de prevenção, responderam corretamente as perguntas feitas pelas palestrantes e professoras sobre queimaduras e prevenção de queimaduras. Todas as avaliações de desempenho tiveram respostas positivas para o entendimento e expectativa dos alunos e todas as professoras questionadas acham necessária a realização de um programa de prevenção a queimaduras. Durante a conversa, as crianças relatavam acontecimentos ocorridos com amigos e familiares que sofreram algum tipo de queimadura, inclusive sobre os "errôneos procedimentos" que estas pessoas faziam para cuidar dos ferimentos. Dentre os relatos expostos, um exemplo foi o uso da casca da banana no local queimado. O tema despertou muita curiosidade por parte das crianças em grande parte da palestra, resultando numa grande quantidade de perguntas a respeito do tema. O tema despertou uma grande preocupação às acadêmicas sobre os relatos feitos não somente pelas crianças, mas pelos próprios professores, sobre a falta de informação dos corretos cuidados com este tratamento. Esta preocupação é válida, pois na palestra realizada o índice de conhecimento sobre o tratamento correto de queimaduras era praticamente nulo. As palestras foram realizadas para um público de aproximadamente 150 pessoas, visando uma população de 271.281 pessoas (mais ou menos a população do município de Florianópolis) e chegando em um índice de 0,5%, talvez 1%, poderíamos continuar com a pesquisa já que o índice é tão baixo. Por isso a preocupação para com este tema, e a relevância na saúde coletiva. Como pontos negativos da palestra podem ser apontados as dificuldades das instalações. O ambiente físico das salas de aula não era apropriado para a realização de tal evento, uma vez que não haviam desde tomadas no local adequado para ligar o retro-projetor, boa iluminação para projeção e apresentar assim o material didático. Foi improvisado um local para colocar o aparelho, tendo assim que redirecionar as crianças para outros locais da sala. Com isso, além de levar algum tempo para mudar as posições dos sujeitos e objetos, era difícil controlar o barulho causado pelas crianças, dificultando assim o inicio das atividades. Por ser tratar de um público infantil, tornava-se difícil controlar a indisciplina em determinados momentos. Os salas de aula eram bastante quentes, devido a falta de equipamentos de ar condicionado ou ventiladores, tornando a palestra um tanto desconfortável e cansativa. Podia-se observar certo desinteresse por parte de algumas crianças em alguns momentos da apresentação. Procurava-se então fazer perguntas para estes desinteressados na tentativa focar suas atenções à palestra palestra. Ação essa que funcionou em determinados momentos. O tempo também foi um fator negativo da palestra. Infelizmente o tempo disponível para palestra era bastante curto em relação ao material exposto, principalmente por ser um público infantil, ao qual exige certo tempo para conseguir mantê-los focados, além da elementar dificuldade que as crianças têm de assimilar alguns assuntos mais complexos em volta do tema. CONCLUSÕES A ação educativa e preventiva mostrou bom potencial informativo pelas respostas corretas em todos os aspectos apresentados, sugerindo sua utilidade no contexto escolar e em outros locais, como unidades de atenção primária e secundária à saúde e instituições hospitalares infantis. Se faz necessário que outros programas de prevenção possam ser realizados com o objetivo de levar a população de uma maneira geral as formas corretas de tratamento destas lesões, assim como a prevenção das mesmas. Com isso se tornaria possível evitar problemas com queimaduras. É necessário que seja comentado mais sobre o tema para a criança estar preparada e saber como agir para evitar queimaduras. Podemos afirmar a importância da fisioterapia atuando na prevenção de queimaduras, pois está em contato direto com crianças com este tipo de lesão, sendo que elas possuem os maiores índices de queimadura no Brasil, comparado com os índices de outros países. Sendo assim, o fisioterapeuta tem que estar sempre atualizado com os atuais avanços na intervenção em seu atendimento diário, para que possa usar métodos de tratamento adequados para cada tipo de queimadura que possa surgir. Lembrando sempre e respeitando a importância do enfoque da fisioterapia num programa de prevenção de queimaduras, pois as crianças não orientadas de hoje, podem ser as crianças ou adultos a serem tratados amanhã. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 GIMENIZ-PASCHOAL, Sandra Regina; NASCIMENTO, Edinalva Neves; PEREIRA, Débora Morais and CARVALHO, Fausto Flor. Ação educativa sobre queimaduras infantis para familiares de crianças hospitalizadas. Rev. paul. pediatr. [online]. 2007, vol.25, n.4, pp. 331-336. ISSN 0103-0582 2 PÍCOLO, Sabrina Andrade. QUEIMADURAS POR ÁLCOOL EM CRIANÇAS: Análise de 215 casos no Hospital Infantil Joana de Gusmão. 2003. 55 f. Monografia 3 A Pele. Dermatologia.Net. 1996. Disponível em: http://www.dermatologia.net. Acesso em: 08 abr. 2009. 4 MARTINS, Christine Baccarat de Godoy and ANDRADE, Selma Maffei de. Queimaduras em crianças e adolescentes: análise da morbidade hospitalar e mortalidade. Acta paul. enferm. [online]. 2007, v. 20, n. 4, pp. 464-469. ISSN 0103-2100. 5 ROSA JUNIOR, Jair Maciel. ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE CRIANÇAS. 2003. 54 f. Monografia (3º) - Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2004. Disponível em: . Acesso em: 01 abr. 2009. 6 GOMES, D. R.; SERRA, M. C.; PELLON, M. A. Queimaduras. Rio de Janeiro: Revinter, 1995. 7 COELHO, M.; MOURA, F.; KARILMA, J. Atuação fisioterapêutica na reabilitação de paciente queimado: estudo de caso. FisioWeb. 2008. Disponível em: http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/variedades/qu eimado_bianca/queimado_bianca.htm. Acesso em: 08 abr. 2009. 8 LEMOS, J. B. Definições sobre queimaduras. FisioWorks. 2002. Disponível em: http://www.fisiointerativa.hpg.ig.com.br/geral/fisioworks.html. Acesso em: 24 abr. 2009. 9 Lesões por queimaduras. Grupo Marimar. 1999. Disponível em: http://www.marimar.com.br/boletins/lesoes_por_queimaduras.htm. Acesso em: 08 abr. 2009. 10 SINJA, J. V.; SILVA, V. B.; HOFFMANN, A. L. Perfil de Pacientes Queimados Atendidos na Emergência de um Hospital de Curitiba. UNIANDRADE. Disponível em: http://www.uniandrade.edu.br/links/menu3/publicacoes/revista_enfermagem/oi tavo_b_noite/artigo17.pdf. Acesso em: 23 mai. 2009. 11 LIMA JÚNIOR, EDMAR MACIEL et al. Tratado de queimaduras. 1ª edição São Paulo, Sp: Atheneu, 2006. 12 ROSSI, L. A. et al. Prevenção de queimaduras: percepção de pacientes e de seus familiares. Scielo. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v11n1/16557.pdf. Acesso em: 08 abr. 2009. 13 Acidentes na Criança e no Jovem. Serviço de Pediatria. Disponível em: http://www.hevora.min-saude.pt/docs/pediatria/introducao_acidentes.pdf. Acesso em: 23 mai. 2009. 14 HESS, C. T. Tratamento de Feridas e Ulceras. 4. ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 2002. 15 PALERMO, E. Queimaduras – orientações e cuidados. SBCD. 2004. Disponível em: http://www.sbcd.org.br/pagina.php?id=75. Acesso em: 24 abr. 2009. 16 (3º) - Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina, 2003. Disponível em: . Acesso em: 01 abr. 2009. 17 SIMON, L.; DOSSA, J. Reabilitação no tratamento das queimaduras. Rio de Janeiro: Livraria Roca LTDA, 1986. 18 TIBOLA, J. et al. Atuação Fisioterapêutica na Unidade de Queimados do Hospital Infantil Joana de Gusmão. In: V Congresso de Cirurgia Pediátrica dos Países do Conesul da América (CIPESUR), 2003, Florianópolis. V Congresso de Cirurgia Pediátrica dos Países do Conesul da América (CIPESUR), 2003.