Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Plantas Com Atividade No Aparelho Genitourinário

Arquivo de Fitoterapia que descreve quais são as plantas mais usadas nas doenças e sintomas que ocorrem no sistema genitourinário.

   EMBED


Share

Transcript

PLANTAS COM ATIVIDADE NO APARELHO GENITO-URINÁRIO. Abordar as plantas medicinais que atuam sobre o aparelho geniturinário de forma aglutinada foi uma opção motivada pelo fato do leigo confundir sintomas genitais e urinários, porque muitas vezes os dois sistemas são atingidos simultaneamente e porque muitas plantas têm atuação nos dois casos. Exemplificando, dor ao urinar pode ser sintoma de uma infecção do aparelho urinário ou suspeita de doenças sexualmente transmissíveis. Os chás ou outras formas de uso das plantas medicinais poderão ser utilizados como tratamento de escolha ou complementar. O profissional de saúde que conhece a fisiopatologia das doenças em questão e as formas de ação dos princípios ativos das plantas em uso poderá orientar de forma mais adequada o tratamento avaliando, os benefícios e os riscos. Selecionamos as plantas usadas com mais freqüência em nossa região. ABACATEIRO Nome científico: Persea americana Mill Família: Laureceae Nome popular: Abacateiro Constituintes químicos: As folhas são ricas em óleo essencial com diferentes componentes, como estragol, metilchevecol, alfa-pineno, beta-pineno, metil-eugenol, cineol e limoleno. Além disto, tem dopamina, serotonina, flavonóides (quercitina, epicatequina e cianidina). As flores são ricas em flavonóides. As cascas, em taninos. As sementes possuem grande quantidade de ácidos graxos, o mesmo ocorrendo com a polpa. Estudos pré-clínicos comprovaram atividade diurética e hipotensora. Tem forte atividade contra diversos microorganismos infecciosos Indicações/Atividades: Comprovada ação analgésica e diurética. Também utilizado como estomáquico, carminativo, colagogo e colerético. Parte usada: Folha Modo de usar: Infuso a 5% e alcoolatura a 50%. Efeitos adversos e/ou tóxicos: Nas doses recomendadas, não há referência de efeitos adversos/tóxicos de importância, na literatura consultada. Contra-indicações: Grávidas e pacientes que estão usando antidepressivos com inibidores da monoamino-oxidase. AROEIRA DO BREJO Nome científico: Schimnus terebinthifolius Raddi Família: Anacardiaceae Nomes populares: Aroeira, aroeira do brejo, aroeira do Paraná, aroeira pimenteira e aroeira vermelha Constituintes químicos: Na casca desta planta, há a presença de taninos responsável pela sua atividade hemostática, desinfetante e anti-inflamatória desta planta. Outros constituintes químicos são: flavonóides, terebintina, ácido pirogálico, hidrocarbonetos terpênicos e óleos essenciais, com mais de 40 componentes, tais como, canfeno, limoneno, etc. Ensaios com esta planta mostraram atividade contra diversas cepas de staphylococus aureus. Foi também comprovada a ação terapêutica em cervicites e vaginites crônicas utilizando–se tampões intravaginais de gazes impregnados com extrato hidroalcoólico de aroeira mantendo em contato com a cérvix durante 24 horas. Indicações/Atividades: Tem ação adstringente, anti-inflamatória, hemostática, cicatrizante, anti-reumática e anti-séptica. Idêntica ação é encontrada na aroeira do sertão (Myracrodruon urundeuva). Partes usadas: Folhas e entrecasca do caule (principalmente) Modo de usar: Infuso ou decocto a 1%, três vezes ao dia. Tintura ou alcoolatura: 30 gotas, três vezes ao dia. Xarope: uma colher de sopa, três vezes ao dia. Pode ser feito o banho de assento com o decocto da planta, isoladamente ou em associação com outras plantas com ação anti-inflamatória e antimicrobiana, duas ou três vezes ao dia, uma delas, ao deitar-se. Efeitos adversos e/ou tóxicos: A resina produzida por esta planta, em contato com a pele, causa dermatite. A ingestão dos frutos é capaz de provocar intoxicações com vômitos e diarréias. A aroeira do brejo é mais tóxica do que a aroeira do sertão. Contra-indicações: Pacientes sensíveis a esta planta. CAJAZEIRA Nome científico: Spondias mombin jacq. Família: Anacardiaceae. Nomes populares: Cajazeira, cajá. Constituintes químicos: Essa planta contém geraniina e galoilgeranina, taninos elágicos, com forte atividade contra o vírus Coxsakii B e Herpes Simplex I responsáveis pelas aftas bucais (estomatites) e pelo herpes simples, respectivamente. Indicações/Atividades comprovadas por ensaios farmacológicos. Indicações/Atividades: Aftas bucais, herpes labial e genital. Parte usada: Folhas e ramos jovens. Modo de usar: Infuso das folhas e ramos novos a 5%. Tomar uma xícara, três vezes ao dia ou fazer compressas locais, por cinco a dez minutos. Efeitos adversos e/ou tóxicos: Para as doses recomendadas não foram encontradas referências a efeitos adversos/tóxicos, na literatura consultada. Contra-indicações: Grávidas. CAJUEIRO Nome científico: Anacardium occidentale L. Família: Anacardiaceae Nome popular: Cajueiro Constituintes químicos: Constituintes químicos: taninos, fenóis, ácidos fenólicos (anacardol e ácido anacárdico) estão presentes nas cascas do tronco. As folhas são ricas em flavonóides, como quercitina e caempferol. Os frutos são ricos em vitamina C. Taninos, fenóis e ácidos fenólicos têm atividade antimicrobiana de amplo espectro, bem como atividade anti-inflamatória. Esta também se deve aos flavonóides. Daí a sua ampla utilização nos processos infecciosos e inflamatórios do aparelho genitourinário. Indicações/Atividades: Tem ação antibacteriana (bactérias Gram positivas e Gram negativas), antiinflamatória, hipoglicemiante, hemostática. Tem ação comprovada contra Candida albicans. Partes usadas: Entrecasca do caule, folhas, flores e raízes. Modo de usar: Decocto a 2,5%, três vezes ao dia. Tintura a 20%, 30 gotas, três vezes ao dia. Pode ser feito o banho de assento com o decocto, isoladamente ou em associação com outras plantas com ação anti-inflamatória e antimicrobiana, duas ou três vezes ao dia, uma delas, ao deitar-se. Efeitos adversos e/ou tóxicos: O óleo da castanha é irritante, podendo provocar ardor em torno da boca quando se come as castanhas que não estão bem assadas. Na pele, pode provocar irritação e vesículas. Contra-indicações: Não há referência na literatura consultada. CANA DO BREJO Nome científico: Costus sp. Família: Zingiberaceae Nomes populares: Cana do brejo, Cana de macaco, Cana da Índia. Constituintes químicos: Acido oxálico, saponinas, mucilagens, pectinas e taninos. Indicações/Atividades: Tem ação analgésica, antiespasmódica e diurética. Parte usada: Folhas. Modo de usar: Infuso de 5g de folhas frescas para 100 ml de água fervente que é colocada sobre as folhas e tampada para haver a extração dos princípios ativos. Como esta planta tem se mostrado eficaz na expulsão de cálculo renal, por sua ação espasmolítica, recomenda-se seu uso após ultra-sonografia para localização do cálculo a fim de evitar possíveis complicações com o deslocamento do mesmo. Efeitos adversos e/ou tóxicos: Sem referência na literatura consultada Contra-indicações: Sem referência na literatura consultada. CAVALINHA Nome científico: Equisetum arvense. Família: Equisetaceae Nomes populares: Cauda eqüina, cauda de raposa, milho de cobra, rabo de cavalo. Constituintes químicos: Sais minerais (12-25%). Ácidos caféico, clorogênico e tartárico. Flavonóides (apigenina, quercitina e caempferol), sais de potássio, saponinas e alcalóides. Indicações/Atividades: Diurético, anti-hipertensivo, anti-inflamatório. Usado no tratamento de úlceras varicosas. Parte usada: Folhas Modo de usar: Infuso a 5% e Alcoolatura a 50%. Efeitos adversos e/ou tóxicos: Em altas doses pode provocar falta de coordenação motora, cefaléias, anorexia, etc. Contra-indicações: Grávidas e lactantes. COLÔNIA Nome científico: Alpinia speciosa Família: Zingiberaceae. Nome popular: Colônia Constituintes químicos: Seus constituintes químicos principais são óleos essenciais (ação antihipertensiva e sedativa), alcalóides (ação diurética), taninos e flavonóides. O efeito hipotensor foi comprovado em estudos pré-clíncos. O óleo essencial possui propriedades antibacteriana sobre P. aeruginosa Neisseria gonohrae, S. aureus. S. pnenomiae e S. pyogenes. Ação hipotensora devido aos óleos essenciais que têm ação direta sobre os músculos lisos. O terpinol bloqueia o influxo de íons cálcio nos canais. A catequina e a epicatequina têm ação direta na musculatura lisa vascular. Indicações/Atividades: Atividade diurética, sedativa, anti-hipertensiva e anti-séptica. Partes usadas: Folhas e flores Modo de usar: Infuso a 5%. Tomar uma xícara, 3 vezes ao dia. Efeitos adversos e/ou tóxicos: A planta é de baixa toxicidade, quando usada nas doses recomendadas. As pessoas que usam esta planta para o tratamento de hipertensão arterial devem sempre verificá-la. Também foram observados casos de dermatite após o contato com esta planta. Contra-indicações: Não usar o chá em gestantes nem em pessoas que sofrem de pressão baixa. QUEBRA-PEDRA Nome científico: Phyllanthus niruri. Família: Euphorbiaceae Nomes populares: Quebra-pedra, arrebenta-pedra, erva pombinha. Constituintes químicos: Essa planta contém alcalóides (filocristina), flavonóides (astagolina, quercitina e rutina), lignanas, ácido ricinoléico e tripterpenóides. Indicações/Atividades: Tem atividades antiespasmódica, relaxante muscular, inibidora da formação de cálculos renais. Aumenta a filtração glomerular e a excreção de ácido úrico. Ajuda na digestão e estimula o apetite. Atua na hepatite tipo B. Parte usada: Toda a planta. Modo de usar: A planta inteira na foram de infuso a 5%. Alcoolatura a 50%. Obs.: Suspender por duas semanas, após 10 dias de tratamento. Efeitos adversos e/ou tóxicos: Para as doses recomendadas, não foram encontrados efeitos tóxicos. Em dose elevada é tóxica em função dos alcalóides que possui. Contra-indicações: Grávidas, devido a sua atividade abortiva. URTIGA BRANCA Nome científico: Urtica urens L. Família: Urticaceae Nomes populares: Cansação, urtiga branca. Constituintes químicos: Possui urensina, substância com propriedades antibióticas. Outros componentes químicos: ácido fórmico, gálico e tânico. Contem ácido fórmico, responsável pela liberação de histamina. A atividade anti-inflamatória foi confirmada em ensaios pré-clínicos. Estudos em humanos comprovaram o aumento da diurese (14%). Indicações/Atividades: Anti-inflamatório (infecções urinárias e dores reumáticas), hemostático, antimicrobiano, diurético. Parte usada: Raiz Modo de usar: Principalmente sob a forma de chá por decocção, ou através de banhos de assento. Efeitos adversos e/ou tóxicos: Evitar contato com a folha, pois provoca urticária. Contra-indicações: Desaconselhado o uso em epilépticos, por precaução, pois os extratos provocam convulsões em animais de laboratório. Evitar o uso em asmáticos.