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Planejamento

Anotações de Aula Planejamento de Processos de PMR 2220

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Planejamento de Processos Como fabricar ? 1 PP determina como um produto é fabricado PP tem grande influência no custo do produto PP é a ligação entre o projeto e a fabricação Na fase de projeto, o PP determina o método geral de produção que pode influenciar no projeto. Nas fases finais de projeto, o projetista tem que levar em conta a fabricação com o intuito de reduzir custos de fabricação. O PP consiste na determinação de: medidas e tolerâncias para cada etapa de fabricação; seqüência de operações e utilização de máquinas ferramenta; ferramentas de corte, dispositivos de fixação, calibradores e outros acessórios; parâmetros de processo (avanço, vel. Corte, temperaturas,...).  2 O PP pode ser definido pela seqüência de atividades Interpretação do desenho de fabricação (dimensões, tolerâncias, rugosidade, material, quantidade). Seleção de processos e ferramentas candidatos. Determinação das dimensões e tolerâncias de fabricação. Seleção de superfícies de referência e de dispositivos de fixação. Determinação da seqüência de operações (anterioridades, exatidão e restrições tecnológicas). Agrupamento de operações por máquina. Seleção de máquinas (lote). Determinação de parâmetros de processo (garantir tempo e custo). Seleção de métodos e equipamentos de inspeção. Preparação das folhas de processo. 3 Processos de Usinagem A seleção dos processos de usinagem é feita com base na análise da capacidade do processo de executar o formato da peça com a exatidão e acabamento superficial requeridos. • Inicialmente selecionam-se os grupos de processos compatíveis com a forma da superfície a ser usinada (classificada em axissimétrica ou prismática) e com os possíveis features como furos, roscas e cavidades. Tabela 1 – Grupos de processos de acordo com o formato da superfície • Axissimétrico Prismático torneamento retificação brunimento lapidação polimento fresamento retificação brunimento lapidação polimento Features Adicionais furos e roscas furação alargamento mandrilamento fresamento retificação,roscamento 4 • Uma vez selecionado o grupo de processos. A seleção final será feita com base no acabamento superficial e também nas tolerâncias dimensionais e geométricas requeridas. • As capacidades dos processos em termos de rugosidade superficial são apresentadas nas tabelas 2,3 e 4 apresentadas a seguir. Tabela 2 – Capacidade dos Processos Processos: superfícies axissimétricas Torneamento Ra min (m) 0,8 Ra max Máquina (m) 25 Torno Retificação Cilíndrica 0,1 1,6 Retíficadora Brunimento 0,1 0,8 Brunidora Polimento 0,1 0,5 Politriz Lapidação 0,05 0,5 Lapidadora 5 Tabela 3 – Capacidade dos Processos Processos: superfícies prismáticas Fresamento Ra min (m) 0,8 Ra max Máquina (m) 25 Fresadora Retificação 0,1 1,6 Retíficadora Brunimento 0,1 0,8 Brunidora Polimento 0,1 0,5 Politriz Lapidação 0,05 0,5 Lapidadora 6 Tabela 4 – Capacidade dos Processos Processos: furos, roscas Ra min Ra max Máquina (m) (m) Furação 1,6 25 Torno, fresadora, furadeira Alargamento 0,8 6,3 Torno, fresadora, furadeira Mandrilamento 0,8 10 Torno, mandriladora Fresamento cilíndrico tangencial 0,8 15 Fresadora Retificação 0,1 1,6 Retificadora Brochamento 0,8 6,3 Brochadora Fresamento 0,8 25 Fresadora 7 A tolerância dimensional em milímetros que pode ser obtida pelos processos pode ser estimada dividindo-se o valor da rugosidade em mícron por 40. Por exemplo, uma rugosidade Ra de 0,1 m é equivalente a uma tolerância de ±0,0025 mm. • A tolerância geométrica dos processos pode ser estimada com o auxílio da tabela 5. • Tabela 5 – Capacidade de tolerância geométrica dos processos Processo Paralelismo Perpendicularismo Concentricidad e Angularidade Torneamento 0,01-0,02 0,02 0,01 Fresamento 0,01-0,02 0,02 Furação 0,2 0,1 0,1 0,1 Mandrilamento 0,005 0,01 0,01 0,01 Retificação 0,001 0,001 0,002 0,002 Brunimento 0,0005 0,001 0,002 0,002 0,005-0,01 0,01 8 • Seleção da seqüência de processos – Selecione os processos básicos usando as tabelas de capacidade de processo, o último processo deve atender a rugosidade especificada e a rugosidade equivalente a tolerância especificada. Deve-se ainda, verificar se o último processo atende a tolerância geométrica. Se não atender um processo adicional deverá ser selecionado. Em algumas situações ao invés de adicionar pode-se substituir, quando os campos de rugosidade máxima e mínima do processo em questão e o anterior forem compatíveis . 9 Exemplo: Um diâmetro externo deve ser produzido com: Diâmetro= 60 0,15 mm ; Ra=0,5 m. • Consultamos a tab 2, o 1o processo é torneamento ele não atende a rugosidade 0,5, um processo adicional deve ser selecionado. • Seleciona-se o processo de retificação, a rugosidade min é 0,1 e a máxima 1,6. • A rugosidade para o torneamento será de 1,6 (max da retificação) • Com isso pode-se especificar que a operação de torneamento deverá ser executada com uma tolerância de 1,6/40 ,ou seja, 0,04 mm .Como esta tolerância é menor que a final a operação pode ser executada com uma tolerância de 0,15 mm. • Alguns autores recomendam um sobremetal de dez vezes a tolerância da operação que sendo executada, neste caso o sobremetal deixado na operação de torneamento será de 0,4 mm, o diâmetro será usinado até o diâmetro de 60,4 mm. 10 Agora podemos encaminhar a solução do problema inicialmente proposto, o primeiro passo é selecionar a seqüência de processos para cada uma das superfícies a serem usinadas. Super Especificações fície Desbaste 1  70+0,4;Ra 12,5 29 0,3 2 13 0,8;Ra 1,6; planicidade 0,2 12-0,50;Ra 12,5; 4 mini Fresamento  200+0,02;Ra 1,6; concentricidade 2; perpendicularismo 0,02 Chanfro 1 x 1 0+1 Furação 3 4 5 Semiacabamento Acabamento Furação Fresamento Rebaixamento Mandrilamento Alargamento Chanframento 11 Após a seleção dos processos para executar cada uma das superfícies, é preparada a tabela de anterioridades, nesta matriz são apresentadas para cada uma das operações as operações antecedentes, ou seja, que devem ser executadas antes da operação analisada. 12 O sequenciamento de todas as operações é obtido com a matriz de anterioridades, nesta matriz são escolhidas em cada etapa as operações que não dependem de nenhuma outra. Em caso de empate as operações são agrupadas considerando a fixação da peça e máquina utilizada. 13 Exercícios 3) Utilizando as tabelas de capacidades de processos elabore o plano básico de processo especificando a seqüência de processos para o exemplo apresentado. 4) Com a metodologia apresentada determine o plano básico de processo para a peça da figura 2, considere a peça em bruto fundida. 14 Solução do exercício 2 Seleção dos Processos Superfície Requisitos Processos Desbaste 1.furo 20 20-0/+0,02,Ra=1,6,Raeq=0,8; r1a)paralelismo 0.05 ref 2; furação 1/2Acab Acabamento mandrilamento simetria 1 ref A; r1b)25 +0/+0,1 ref 2. 2. Sup plana 18+0/+0,5 ref B; Ra=3,2; Raeq=20; perpendicularismo 0,5 ref D fresamento 3. Furo10 10+0,2/+0,5; Raeq=12; r3a)50-0,1/+0,1 ref 1; furação r3b)perpendicularismo 0,5 ref 2 (foi criado,não está no desenho) 4. Rebaixo 16 r4a)15 ref 2 rebaixamento Tabela de Anterioridades Processo Dimensional Geométrica 1d 2d (r1b) Tecnológica 2d (r1a) 1a 1d 2d 3d 1a (r3a) 4d 2d (r4a) 2d(r3b) 3d 15 Matriz de Anterioridades 1d 1a 2d 3d 4d 1d 1 0 1a X 1 1 0 2d 0 2 1 1 0 2 1 1 1 3d 4d X X X X X 0 2d 1d 1a 3d 4d A sequência de fabricação é fresamento da base 2, furação 1, mandrilamento 1, furação 3, rebaixamento 4. 16 3) Determinar a sequência de fabricação para a peça da figura. 17