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Phd2218 - Intro...iental - Slides - Aula 4 - O Meio Aqu?tico Ii Rev-2010

Todos os slides (1 a 13) de 2010 da matéria PHD2218 - Introdução à Engenharia Ambiental para Grande Área Civil da Escola Politécnica da USP.

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23/08/2010 Aula 4 – O Meio Aquático II Comportamento de lagos, Abastecimento, Tratamento, conservação e Reúso de água Lagos e Reservatórios  No Brasil é uma questão muito relevante, Por quê?  Questões a serem consideradas: ◦ Ação hidrodinâmica; ◦ Mecanismos de transporte de massa; ◦ Perfil de temperatura  estratificação térmica. Prof. Mierzwa 1 23/08/2010 Perfil de Temperatura de um Lago Estratificado Prof. Mierzwa Conseqüências da Estratificação  Redução da concentração de oxigênio dissolvido com a profundidade;  Processos biológicos são afetados pela variação de temperatura e concentração de oxigênio;  A região do hipolímnio pode tornar-se anaeróbia;  Quando ocorre a homogeneização do lago, pode ocorrer a morte dos organismos aeróbios; Prof. Mierzwa 2 23/08/2010 Eutrofização  A eutrofização  processo associado ao aumento da concentração de nutrientes em corpos d’água; ◦ Aumento da produtividade biológica, com proliferação de algas e outras plantas aquáticas;  Processo natural dentro da sucessão ecológica dos ecossistemas  transformação de lagos em ambientes terrestres;  Passa a ser um problema quando ele é acelerado, principalmente em decorrência das atividades humanas; Prof. Mierzwa Conseqüências da Eutrofização Excesso de Nutrientes Condições Anaeróbias Aumento da biomassa Redução da Aeração Aumento de DBO Morte de Organismos Sensíveis Predomínio de Bactérias Anaeróbias e Facultativas no fundo do lago. Ocorrência de uma estreita camada superficial de algas e macrófitas Prof. Mierzwa 3 23/08/2010 Prof. Mierzwa Medidas de Controle da Eutrofização  Reduzir a carga de nutrientes lançados aos corpos d’água; ◦ Retirada dos nutrientes por processos de tratamento; ◦ Redução do uso de fertilizantes; ◦ Recomposição de matas ciliares ou adoção de sistemas naturais de tratamento (wetlands); ◦ Controle de drenagem urbana e de campos agrícolas; ◦ Remoção da biomassa vegetal dos corpos d’água eutrofizados. Prof. Mierzwa 4 23/08/2010 Abastecimento de Água  Visa garantir requisitos de qualidade exigidos para cada uso;  Por quê é necessário fazer o tratamento da água?  Adoção de um conjunto de medidas que possibilitem disponibilizar a água na quantidade e qualidade exigidas para uso. Prof. Mierzwa Consumo de Água para Algumas Atividades Doméstico Comércio e Indústria Bebida 2,5 L/hab.dia Escritórios 30 a 50 L / pes.dia Preparo de Alimentos 7,5 L/hab.dia Restaurantes 20 a 30 L/refeição Lavagem de utensílios 40 L/hab.dia Hotéis 250 a 500 L/hosp.dia Higiene Pessoal 60 L/hab.dia Hospitais 300 a 600 L/leito.dia Lavagem de Roupas 30 L/hab.dia Laticínios 15 a 20 L/Kg.prod Bacias Sanitárias 40 L/hab.dia Diversos 20 L/hab.dia Fábrica de Papel 400 a 600 L/Kg.papel Lavanderia 30 L/Kg.dia Fonte: Plínio Tomas, Previsão de Consumo de Água. Navegar Editora, 2000. Prof. Mierzwa 5 23/08/2010 Prof. Mierzwa Sistemas de Tratamento O arranjo a ser utilizado irá depender do tipo de manancial selecionado;  Água subterrânea:  – baixa concentração de sólidos em suspensão; – presença de gases (H2S e CO2) e metais dissolvidos (ferro).  Água superficial (rios e lagos) – maior concentração de sólidos em suspensão; – baixa concentração de gases dissolvidos.  Água Salobra ou Salina – elevada concentração de sais dissolvidos Prof. Mierzwa 6 23/08/2010 Tratamento Convencional  Envolve a combinação de operações e processos unitários: – Aeração (no caso de água subterrânea) – Coagulação e floculação; – Sedimentação ou decantação; – Filtração; – Desinfecção; – Fluoretação; – Controle de Carbonatos. Prof. Mierzwa Aeração ou Précloração Produtos Químicos Captação de Água Caixa de Areia Areia Tanque de Mistura Rápida Floculador Decantador Filtro de Dupla Camada (Areia e Antracito) Adição de Cloro Lodo Câmara de Desinfeção Ácido Fluor silícico Carbonato de Sódio ou Óxido de Cálcio Reservatório de Água Potável Água para Distribuição Fluoretação e Ajuste de pH Prof. Mierzwa 7 23/08/2010 Estação de Tratamento de Água Alto da Boa Vista Sistema Guarapiranga (SABESP) Prof. Mierzwa Sistema Produtor de Água para a Região Metropolitana de São Paulo Disponibilidade no Manancial (m3/s) Capacidade da Estação (m3/s) Produção Out/02 a Set/03 População (milhões) Cantareira 31,1 33,0 31,7 8,8 Guarapiranga/Billings 14,0 14,0 13,2 3,7 Alto Tietê 9,8 10,0 9,7 2,7 Rio Grande 4,8 4,2 4,7 1,2 Rio Claro 4,0 4,0 3,8 0,9 Alto Cotia 1,2 1,3 1,1 0,4 Baixo Cotia 0,9 1,1 0,9 0,3 Ribeirão da Estiva 0,1 0,1 0,1 0,02 66,1 67,7 65,0 18,0 Sistema Total Prof. Mierzwa 8 23/08/2010 Tratamento Avançado  Referem-se às técnicas de tratamento utilizadas para remoção de contaminantes que não são afetados pelo sistema convencional; – Carvão ativado  remoção de compostos orgânicos, metais e alguns gases; – Separação por membranas  remoção de substâncias que se encontram na forma coloidal ou dissolvidas na água; – Troca iônica  remoção de íons específicos, que se encontram dissolvidos na água. Prof. Mierzwa Capacidade de Separação de Contaminantes do Sistema de Osmose Reversa Prof. Mierzwa 9 23/08/2010 Prof. Mierzwa Tratamento de Esgotos  O termo esgoto é utilizado para designar os despejos resultantes do uso da água; – Esgotos domésticos:  provenientes de residências e edificações públicas e comerciais;  constituído pelas águas de banho, excretas humanos, restos de alimentos, detergentes, etc. – Efluentes Industriais:  esgoto proveniente dos processos industriais; a sua composição depende do tipo de processo desenvolvido. Prof. Mierzwa 10 23/08/2010 Partes Constituintes dos Sistemas de Esgotamento Sanitários  Coletores: – Coletor residencial ou predial – Coletor secundário; – Coletor tronco  Interceptores;  Emissário;  Estações elevatórias;  Estação de tratamento. Prof. Mierzwa Representação do Sistema de Coleta e Transporte de Esgotos Prof. Mierzwa 11 23/08/2010 Só li d os Gro sseiro s Di sp o sição em Aterro Reator Biológico Câmara de Chegada de Esgotos Caixa de Areia Decantador Primário Gradeamento Ar Lodo Retorno de Lodo Areia p ara Di sp o sição em Aterro Efluente Decantado Câmara de Mistura de Lodos Espessador de Lodo Saída de Gás Metano Adição de Cloro Efluente Filtrado Lodo espessado Decantador Secundário Lodo Lodo Câmara de Desinfeção Efluente Tratado (Para o Meio Ambi en te) Filtro Prensa Digestor Anaeróbico L o d o Dig erid o e Desid ratad o (Para Disp o si ção ) Representação do Processo de Tratamento de Esgotos Prof. Mierzwa Vista Aérea da Estação de Tratamento de Esgotos de Barueri Prof. Mierzwa 12 23/08/2010 Sistemas Compactos de Tratamento de Esgotos Prof. Mierzwa Sistema de Tratamento de Esgotos Projeto Tietê Capacidade de Projeto (m3/s) Vazão Atual (m3/s) ABC 3,0 1,3 Barueri 9,5 7,0 Parque Novo Mundo São Miguel 2,5 1,2 1.5 0,5 Suzano 1,5 1,0 18,0 11,0 – 13,0 Sistema Total Fonte: www.sabesp.com.br/o_que_fazemos/coleta_e_tratamento/tratamento_metropolitano.htm Prof. Mierzwa 13 23/08/2010 Condição para 2025  Demanda de água prevista  81,0 m3/s;  Disponibilidade inferida  83,4 m3/s;  Déficit em relação à 2004  17,3 m3/s;  Geração de esgotos (1)  55,1 m3/s;  Capacidade de tratamento (2) 18,0 m3/s;  Índice de tratamento (2)  32,7%;  Principais conseqüências: – Contaminação dos mananciais – Redução da disponibilidade de água na região. (1) – Mantendo-se as perdas em 15%; (2) – Não havendo investimento em coleta e tratamento de esgotos Prof. Mierzwa Racionalização do Uso e Reúso da Água Disponibilidade Hídrica - + Sem Problemas Relacionados ao Uso da Água - Índice de Comprometimento dos Recursos Hídricos População Graves Problemas Relacionados ao Uso da Água (Estresse Ambiental e Geração de Conflitos) + Demanda x Disponibilidade = Conflitos Prof. Mierzwa 14 23/08/2010 Escassez de Água A escassez não é um fenômeno típico de regiões com baixa disponibilidade;  Regiões altamente urbanizadas também enfrentam este problema: – Demanda excessiva de água; – Poluição dos recursos hídricos disponíveis. Prof. Mierzwa Escassez de Água Devido às Condições Climáticas Prof. Mierzwa 15 23/08/2010 Escassez Devido à Demanda Excessiva e Poluição dos Corpos D’água Prof. Mierzwa 63,85 Participação (%) 70 60 42,63 50 40 27,90 30 20,25 14,71 20 7,79 10 4,04 5,58 6,96 6,28 0 r No te t es rd o N e s de Su te S ul n Ce tro O te es Região Disponibilidade Hídrica População Distribuição da população e disponibilidade hídrica por região (2003) Prof. Mierzwa 16 23/08/2010 Estratégias para a Minimização dos Conflitos pelo Uso da Água  Quais os instrumentos de que dispomos? – Uso racional da água; – Reúso.  Como estes instrumentos estão relacionados? – A busca pelo uso racional da água resulta em benefícios que vão desde a produção, até o tratamento dos efluentes; – A prática de Reúso também pode resultar em benefícios, porém pode ser limitada.  Tecnologias para a viabilização destes conceitos já existem. Basta saber utilizá-las. Prof. Mierzwa Racionalização do Uso da Água  Está entre os princípios básicos do desenvolvimento sustentável;  Requer a mudança de hábitos e costumes;  Pode ser aplicada a qualquer atividade humana; Prof. Mierzwa 17 23/08/2010 Reúso de Água “A menos que exista excesso, nenhuma água de boa qualidade deve ser utilizada em aplicações que tolerem água com padrão de qualidade inferior” Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, 1958 Prof. Mierzwa Reúso da Água  Muitas aplicações nas quais a água é utilizada toleram um grau de qualidade inferior ao da água potável; – – – – – –  Lavagem de pisos e ruas; Descarga de sanitários; Irrigação de áreas verdes; Processos industriais diversos; Combate a incêndio; Paisagismo. Para estes casos, o reúso se torna uma opção. Prof. Mierzwa 18 23/08/2010 Esgotos Domésticos Aqüicultura Efluentes Industriais Usos Urbanos Recreação Não Potável Potável Natação Esqui Aquático, Canoagem, etc. Dessendentação de Aninais Agricultura Industrial Processos Recarga de Aqüíferos Usos Diversos Pesca Pomares e Vinhas Forrageiras e fibras Culturas Industriais Culturas Ingeridas Cruas Formas Potenciais para o Reúso de Prof. Água Mierzwa Aplicação da Prática de Reúso  Deve ser devidamente planejado;  A água de reúso deve atender aos requisitos de qualidade exigidos para cada aplicação;  No caso da utilização de esgotos tratados deve-se prever o uso de barreiras para proteção da saúde dos operadores e usuários;  Muitos compostos não são afetados pelos sistemas de tratamento mais comumente utilizados. Prof. Mierzwa 19 23/08/2010 Prof. Mierzwa Redução do Consumo de Água em Edificação Caso - SETIN Prof. Mierzwa 20 23/08/2010 Uso de Novas Tecnologias nos Empreendimentos SETIN – Mundo Apto Perspectiva do consumo de água sem a utilização de dispositivos economizadores Atividade Consumo (L/dia) Consumo Específico (L/d.usuário) Lavatórios 10.999,80 18,9 Chuveiros 93.120,00* 160,6 38.325,00 66,1 9.036,00 15,5 15.148,00 26,1 166.628,8 286,3 Torneiras de cozinha Vasos sanitários Outros usos Total Prof. Mierzwa Perspectiva do consumo de água com a utilização de dispositivos economizadores Atividade Consumo (L/dia) Consumo Específico (L/d.usuário) Lavatórios 7.333,8 12,6 Chuveiros 34.920,00* 60,2 22.013,00 37,95 Vasos sanitários 9.036,00 15,5 Outros usos (potáveis) 3.776,00 6,5 11.328,00 19,5 88.406,80 151,9 Torneiras de cozinha Outros usos (não potáveis) Total Uma avaliação mais detalhada resultou no potencial de redução de 20.022 L/dia, uma vez que já se previa a utilização de chuveiros no condomínio; Considerando-se o tarifa da companhia de abastecimento, isto resulta em uma economia de Prof. Mierzwa aproximadamente R$ 6.842,82/mês 21 23/08/2010 Programa de reúso de água nos empreendimentos SETIN  Segregação das linhas de esgoto sanitários: – Bacias sanitárias, cozinha e lavanderia:  Conduzido à rede pública de esgotamento sanitário; – Chuveiros e lavatórios:  Conduzido para um sistema de tratamento e polimento.  Tratamento do efluente dos chuveiros e lavatórios por sistema biológico e físico-químico. Prof. Mierzwa Volumes envolvidos na prática de reúso  Volume de efluentes dos chuveiros e lavatórios: – 29.368 L/dia  Demanda de água para descarga em sanitários: – 17.460 L/dia  Demanda para outros usos não potáveis: – 11.328 L/dia  A demanda para usos não potáveis é praticamente equivalente à geração de efluentes nos chuveiros e lavatórios;  Com a implantação da prática de reúso a redução de custo será de, aproximadamente, R$ 12.955,00. Prof. Mierzwa 22 23/08/2010 Prof. Mierzwa KODAK Brasileira  Estudo para otimização do uso da água e reúso;  Avaliação das atividades desenvolvidas;  Identificação dos pontos de maior consumo;  Identificação e avaliação de opções;  Propostas de melhorias. Prof. Mierzwa 23 23/08/2010 Vazão de Lavagem (Qe) Spray Ball Condutividade (Ce) Água de Lavagem Acúmulo (V) Vazão de Drenagem (Qs) Condutividade (C(t)) Drenagem Estação de Tratamento de Efluentes Representação do processo de lavagem de reatores e tanquesProf. Mierzwa Reator ou Tanque de Preparo M Spray Ball AE T S VA CR - Condutivímetro. - Temporizador. - Válvula Solenóide. - Volume de Acúmulo no Reator. - Concentração do Contaminante no Reator (Início da lavagem). V2 - Volume Acumulado no Tanque de Reúso. CF - Concentração do Contami nante na Água para Reúso. QLAV; C LAV Água de Lavagem Legenda: Para a Estação de Tratamento de Efluentes VA; CR S AE QEFL; CEFL T AE Tanque de Água para Reúso HS V2; CF Processo de Lavagem Modificado Prof. Mierzwa 24 23/08/2010 Resultados Obtidos com o Controle Automático da Operação de Lavagem na KODAK Eficiência de Redução (%) Mês Reator 40 Tanque 41 Tanque 42 Água Tempo Água Tempo Água Tempo Janeiro 74,1 86,2 83,9 89,4 81,6 88,1 Fevereiro 62,6 81,6 74,7 83,4 69,0 79,1 Março 61,9 77,7 70,1 79,2 66,3 76,0 Abril 69,4 84,9 75,0 83,1 89,4 93,4 Maio 66,0 84,4 76,9 84,0 71,3 79,5 Média 66,8 83,0 76,1 83,8 75,5 83,2 Prof. Mierzwa Ganhos com a Redução do Consumo de Água pela Otimização do Uso e Reúso  Produtividade  76 horas/mês  Redução do Consumo na Área  34,2 %  Redução na Captação de Água  9,3 %  Redução no consumo de energia  não computado. Prof. Mierzwa 25