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descreve aspectos da manipulação da caatinga

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS U.A CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA DISCIPLINA: SEMINÁRIO I MANIPULAÇÃO DA CAATINGA PARA FINS PASTORIS Michel Lopes Silva Seminário apresentado, em 08/04/2009, no curso de mestrado em zootecnia CECA/UFAL, como parte dos requisitos para complementação de créditos da disciplina seminários I RIO LARGO 2009 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS U.A CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA DISCIPLINA: SEMINÁRIO I MANIPULAÇÃO DA CAATINGA PARA FINS PASTORIS Michel Lopes Silva RIO LARGO – AL - 2009 – SUMÁRIO RESUMO 1. INTRODUÇÃO 1 2. REVISÃO DE LITERATURA 2 2.1. CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO NORDESTE 2 2.2. POTENCIAL FORRAGEIRO DA CAATINGA 3 2.3. PRINCIPAIS ESPÉCIES COM POTENCIAL DE UTILIZAÇÃO NA 5 ALIMENTAÇÃO ANIMAL 2.4. CONTROLE DE ESPÉCIES VEGETAIS LENHOSAS E 7 INVASORAS DA CAATINGA 2.5. MANIPULAÇÃO DA VEGETAÇÃO 8 2.5.1 – NÍVEIS DE MANIPULAÇÃO DA VEGETAÇÃO DA CAATINGA 9 2.5.1.1.CAATINGA DESMATADA 10 2.5.1.2. CAATINGA REBAIXADA 10 2.5.1.3. CAATINGA RALEADA 11 2.5.1.4.CAATINGA ENRIQUECIDA 13 2.5.1.5.CAATINGA REBAIXADA-RALEADA 14 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 16 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17 1. INTRODUÇÃO No Nordeste do Brasil o tipo de vegetação predominante é a caatinga, esta possui uma diversidade de espécies nativas com potencial forrageiro, podendo ser consumidas pelos animais, porém, vem sendo utilizadas de forma empírica pelos criadores, sem o devido conhecimento do seu potencial produtivo, uso irracional do solo e com pouca ou nenhuma preocupação ambiental (SILVA et al.; 2004). A Caatinga apresenta-se como o ecossistema mais representativo da região semi-árida nordestina com sua flora e fauna, segundo Leite et al.; (1998), adaptadas às adversidades climáticas (ventos, altitude, água, temperatura e energia radiante) e edáficas (posição geográfica, topografia, solo) da região. Nesse contexto Rodal e Sampaio (2002), sintetizaram o que poderiam ser consideradas características básicas desse bioma: vegetação que cobre uma área mais ou menos contínua, de clima quente e semi-árido; apresenta plantas com características relacionadas à deficiência hídrica – caducidade, predomínio de herbáceas anuais, suculência, presença de acúleos e espinhos; predomínio de arbustos e árvores de pequeno porte; cobertura descontínua de copas; e flora com espécies endêmicas. Dentro de sua dinâmica, os arbustos e árvores de pequeno porte dominam a paisagem da caatinga em seus mais diferentes sítios ecológicos. Suas características fitossociológicas (densidade, cobertura e freqüência) são determinadas, principalmente, pelas variações locais de topografia, tipo de solo e pluviosidade (ARAÚJO FILHO, 1996). Atualmente acima de 90% dos criadores nordestinos criam bovinos, caprinos e ovinos associados em caatinga nativa. Os índices de produção e produtividade da pastagem e dos animais são muito baixos em virtude do uso aleatório das combinações e do manejo inadequado da pastagem. Para melhoria dos índices de produção é necessário que haja uma manipulação adequada da vegetação tornado-a economicamente viável sob o ponto de vista da exploração pecuária (ARAÚJO FILHO E CRISPIM 2002). Segundo Pimentel, (1996) a caatinga, tem potencial para pelo menos duplicar a produção por área, mas, para isso, é necessário que seja adotado um sistema de manejo da vegetação. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO NORDESTE A região Nordeste ocupa uma área de 1.548.000 km2, sendo que aproximadamente 58% são consideradas Semi-áridas (900.000 km2), e caracterizadas pela heterogeneidade das condições naturais, como o clima, solo, topografia, vegetação e características sócio-econômicas, com a existência de um regime pluviométrico que delimita duas estações bem distintas: uma curta estação chuvosa de 3 a 5 meses, denominada de "inverno" e uma longa estação seca chamada de "verão", que tem duração de 7 a 9 meses. As regiões semi-áridas do mundo apresentam características peculiares que necessitam de estudos que possam viabilizar sua utilização de forma sustentável e que possibilite a fixação do homem no campo. No Brasil essa área ocupa cerca de 11% do território nacional. Essa área e denominado polígono das secas, e esta representada na figura 1. Nordeste  1.548,00km2 Semi-árido  900.000km2 Sertão: - Caatinga - Carrasco - Tabuleiro - Coroa Clima: Quente e semi-árido Temperatura  36 – 22 ºC Precipitação  650 mm/ano Solo: Arenoso sedimentado PVA Bruno Não Cálcico Planassolo Solodico e Litólico (Polígono das secas) Figura 1. Caracterização da região nordeste. SANTANA (1998) Segundo Araújo Filho (1977) a região sertaneja apresenta quatro subdivisões: caatinga, carrasco, tabuleiro e coroa, sendo que a caatinga ocupa 75% do sertão e é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrada em nenhum outro lugar do planeta. Ainda segundo o autor a caatinga possui solos arenosos, sedimentares ou de origem arqueana, pertencendo as seguintes associações: podsólico vermelho-amarelo, Bruno-não-cálcico, planossolos solódicos e litóliticos. O clima predominante da região de ocorrência da Caatinga é classificado como BSW’1, A precipitação média situa-se em torno de 650 mm anuais e a temperatura varia de um máximo de 36,6oC a um mínimo de 22,2ºC (ARAÚJO FILHO, 1990). LIRA et al.; (1990) trabalhando com alimentação de bovinos, com forrageiras e pastagens no Nordeste, dividiu a região quanto à precipitação pluvial, em zona semi-árida e zona úmida ou sub-úmida. A primeira zona, segundo os autores, ocupa uma área de 60 a 65%, enquanto a segunda totaliza 35 a 40% da região Nordeste. 2.2. POTENCIAL FORRAGEIRO DA CAATINGA Segundo Silva e Andrade (2008) o cultivo de forrageiras no Semi-Árido é uma alternativa para viabilizar a pecuária na região, no entanto, deve-se levar em consideração à escolha da área, condições do ambiente, a espécie forrageira, o tipo e natureza da exploração, o preparo da área a ser empregados, a forma de plantio e o manejo a ser utilizado. A área a ser escolhida deve ser a melhor possível, que tenha condições de propiciar a forrageira capacidade de produzir fitomassa em quantidade e com qualidade. A vegetação lenhosa da caatinga constitui a mais importante fonte de forragem para o forrageamento dos rebanhos dos sertões nordestinos, compondo em até 90% a dieta de ruminantes domésticos principalmente na época seca (Peter, 1992), o autor ainda comenta que a manipulação de árvores e arbustos forrageiros é a técnica necessária para melhoria tanto em qualidade como em quantidade da produção de forragem. A produção de fitomassa da folhagem e ramos herbáceos da parte aérea da vegetação da caatinga perfaz cerca de 4,0 toneladas por hectare/ano, porém, com variações significativas em função da estação do ano, do ano, da localização e do tipo de caatinga. Ademais, a composição florística da forragem produzida, mormente pelos componentes herbáceos anuais dominantes varia fortemente em virtude dos fatores acima mencionados (ARAÚJO FILHO E CRISPIM 2002). A contribuição do estrato arbustivo-arbóreo na produção total de fitomassa é bastante significativa, e se situa entre 1.000 a 3.000 kg/ha, dependendo do local e da época do ano (Oliveira, 1996). Por outro lado, a produção de fitomassa do estrato herbáceo varia de ano a ano, em função da intensidade e distribuição das chuvas (Leite et al., 1994), e em função da cobertura das espécies lenhosas, com valores abaixo de 10% nas áreas densamente florestada e acima de 80% nos sítios assavanados, ou tabuleiros sertanejos (Araújo Filho e Carvalho, 1997). De acordo com Leite et al.; (1994) estudos no sudoeste cearense apresentaram uma produção total de forragem de 4,1 t/ha, em um ano normal, e somente 1,5 t/ha em um ano de baixas precipitações, o que demonstra variações significativas em função da estação do ano, a ano, da localização e do tipo de caatinga. Moreira et al.; (2006) relataram disponibilidade de fitomassa no componente arbóreo de 178 kg/ha de MS e no herbáceo de 1.369 kg/ha de MS no mês de março e de 452,1 kg/ha de MS em junho. Nesse sentido com vistas ao incremento da produção do estrato herbáceo a manipulação da vegetação lenhosa, depende notadamente do grau de ocupação da área por árvores e arbustos, do estádio sucessional, das condições de chuva e da localização topográfica do sítio ecológico (Cornelius & Braham, 1951; Heady, 1994). Um dos aspectos mais importantes do manejo da vegetação lenhosa é o percentual ótimo de cobertura lenhosa que deve ser mantido. Gathérum (1960) observou que o aumento da cobertura de árvores resultou no decréscimo da produção de fitomassa do estrato herbáceo, sendo que a maior redução se verificou a partir de 50% de cobertura. Deccaret & Blidenstein (1968) não encontraram variações significativas na produção de matéria seca do estrato herbáceo, quando testaram percentuais de sombreamento de árvores de até 55,6%. Uma redução da ordem de 55-68% da cobertura de arbustos resultou em um aumento de 1600% na produção do estrato herbáceo (BOVEY et al., 1972). O aumento da disponibilidade de forragem na caatinga tem sido obtido através de modificações na estrutura e na arquitetura da vegetação (Araújo Filho, 1992). No primeiro caso, as práticas envolvem o controle das espécies ditas indesejáveis, seguindo-se, muitas vezes, do enriquecimento com forrageiras adaptadas. As alterações na arquitetura da vegetação lenhosa são obtidas pelo manejo das copas, seja pelo rebaixamento ou pelo desgalhamento. Atualmente, cinco modelos de manipulação da vegetação lenhosa da caatinga são conhecidos e praticados, ou seja, desmatamento, raleamento, rebaixamento, raleamentorebaixamento e enriquecimento (Araújo Filho et al., 1982; Araújo Filho et al.; 1995; Araújo Filho & Carvalho, 1998) os quais serão abordados mais à frente. 2.3. PRINCIPAIS ESPÉCIES COM POTENCIAL DE UTILIZAÇÃO NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL A vegetação da Caatinga é constituída de espécies vegetais, na sua maioria, xerófitas. O estudo das forrageiras xerófilas se reveste de crucial importância, quando se considera que estas formam um grande grupo de espécies, com plantas de interesse ecológico e econômico. No Brasil, as xerófitas correspondem a 74,3% da área do Nordeste e 13,5% da superfície total do País. O grupo é composto de inúmeras famílias botânicas de ervas, arbustos, árvores e cipós com diversas caracterizações, todas com um aspecto de alta relevância que é o de persistir nas condições áridas do nordeste, fornecendo biomassa, como fonte de energia, alimentando a fauna silvestre e os animais domésticos do SemiÁrido (SILVA E ANDRADE, 2008) A maior parte da área utilizada para produção animal no semi-árido, se dá a partir da utilização do estrato herbáceo e arbóreo-arbustivo constituído por diversas espécies, destacando-se o mororó (Bauhinia cheilantha, (Bong) Stend), o juazeiro (Zyziphus juazeiro, Mart), o sabiá (Mimosa caesalpinifolia, Benth), a faveira (Parkia platicephala, Benth), a carqueja (Calliandra depauperata, Benth), a maniçoba (Manihot psedoglasiovii, Pax e Hoff), a orelha de onça (Macroptilium martii, Benth), Jureminha (Desmanthus virgatus) Jurema preta (Mimosa tenuiflora Benth); Algodão de seda (Calotropis procera); Erva de ovelha (Stylosanthes humilis); Jitirana lisa (Ipomea glabra Choisy); Jitirana peluda (Jacquemontia asarifolia L. B. Smith); Algarobeira (Prosopis juliflora); Catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tul.); Camaratuba (Cratylia mollis); Umbuzeiro (Spondias tuberosa), Mamãozinho de veado (Jacaratia corumbensis), Cactáceas (palma forrageira, mandacaru,facheiro), xiquexique, (palmatória), Leucena (Leucaena leucocephala), Gliricidia (Gliricidia sepium), Erva-Sal (Atriplex nummularia), Gramineas como capim buffel (Cenchrusciliaris L.) O capim-gramão (Cynodon dactylon (L.) Pers.), entre outras. Considerando que o extrativismo não é a melhor forma de utilização dos recursos naturais, propõe-se o cultivo orientado, de forma isolada ou em consórcios, das espécies que apresentam potencial forrageiro. Neste sentido, fazse necessário à implementação de projetos voltados para a investigação desses potenciais, bem como para o manejo e a conservação dos recursos naturais do meio em questão Mendes (1997). Para Alencar (1996), as informações fenológicas das espécies são valiosas do ponto de vista botânico e ecológico, sendo necessárias para subsidiar outros estudos, como os de fisiologia de sementes e até os de revisão taxonômica. Além disso, essas informações proporcionam melhor aproveitamento das plantas, seja para exploração florestal ou alimento forrageiro, possibilitando melhor compreensão sobre a biologia das espécies, e o aproveitamento das mesmas, como fonte de alimento para os animais. Independente da cultura, para um melhor desempenho dos cultivos, em termos de produtividade, necessita-se conhecer as disponibilidades e necessidades térmicas e hídricas em cada fase fenológica ou estádio de desenvolvimento (Azevedo et al.; 1993). Déficits hídricos foram conhecidos como um dos maiores fatores de redução das produções agrícolas em áreas propensas à seca no mundo inteiro, pois influenciam o desenvolvimento do dossel, taxas de assimilação e a distribuição de assimilados nas plantas Begg e Turner (1976). Por outro, lado Turner (1988) afirma que os déficits hídricos nem sempre são prejudiciais à produção. 2.4. CONTROLE DE ESPÉCIES VEGETAIS LENHOSAS E INVASORAS DA CAATINGA O controle de espécies vegetais lenhosas e de plantas invasoras indesejáveis à pastagem tem sido motivo de preocupação por parte de agricultores, extensionistas e de pesquisadores. Araújo Filho et al.; (1990) classifica os métodos de controle de espécies lenhosas da caatinga em: Métodos físicos, químicos e biológicos. Segundo os autores, os métodos físicos são: broca manual, destocamento manual, destocamento mecânico que tem que ser feito com bastante cuidado, pois maquinário pesado pode destruir a fina camada orgânica superficial e Controle pelo fogo que é um dos mais utilizados, apesar de haver uma série de controvérsias sobre a viabilidade de seu uso. Segundo o autor, o fogo constitui um dos fatores ambientais dos ecossistemas de pastagens nativas, florestas e savanas e é considerado um agente dominante da predominância e sobrevivência das pastagens de gramíneas. O método químico, por sua vez, consiste na aplicação de arbusticidas nas folhas, caule ou no solo é o método mais eficiente apesar dos riscos de contaminação ou poluição ambiental. O método biológico comenta o autor, se caracteriza pelos animais, principalmente pelos insetos, mas que para o controle da vegetação da caatinga, o uso de caprinos em pastoreio combinado com bovino ou ovino pode oferecer boas possibilidades de estabilização das comunidades vegetais. 2.5. MANIPULAÇÃO DA VEGETAÇÃO Entende-se por manipulação da vegetação toda e qualquer modificação induzida pelo homem na composição florística de uma área, visando adequada exploração dos recursos ambientais, seja ela agrícola ou pastoril (Araújo Filho 1990). O autor ainda comenta que a ação do homem, sobre os ecossistemas do semi-árido nordestino, se verifica na exploração de três atividades: agricultura, pecuária e produção de madeira, e que a agricultura praticada é do tipo de subsistência. Em se tratando de pecuária o pasto nativo constitui a principal fonte de alimentação animal do semi-árido nordestino, principalmente para a exploração de caprinos e ovinos extensivamente. Os animais apresentam baixos índices produtivos e reprodutivos em função do regime alimentar a que vem sendo submetidos. Além disso, ma maior parte do ano, a forragem disponível não atende qualitativamente nem quantitativamente às demandas nutricionais do rebanho; por outro lado, a suplementação protéica e energética só é praticada, em pequena escala, para animais fracos e caprinos leiteiros PIMENTEL (1996). Com relação à quantidade e qualidade de forragem produzida na caatinga Oliveira (1994), afirma que caem drasticamente com o avanço da estação seca. O teor de proteínas cai de 16,8 % no período chuvoso para 10,3 % durante o período seco; o mesmo acontece com digestibilidade que cai de 55% para 33%. Segundo Mesquita et al.; (1988), a modificação da estrutura da vegetação lenhosa é a maneira mais simples e imediata de se incrementar a produção de forragem na caatinga, quer pelo aumento da disponibilidade de folhas de árvores e arbustos, quer por uma maior produção de fitomassa do estrato herbáceo. A manipulação da pastagem nativa deverá orientar-se para o manejo, ecologicamente sustentável da vegetação nativa, buscando alternativas de rearranjo tanto na estrutura quanto na arquitetura, tendentes a favorecer o aumento da produção de forragem sem prejuízo para a manutenção da biodiversidade Araújo Filho et al.; (1995). Sobre os animais, os autores comentam que o uso do pastoril da caatinga deve ser feito de tal maneira a aperfeiçoar a pressão de pastejo em seus três estratos: arbóreo, arbustivo e herbáceo, e que as diferenças na composição botânica das dietas, bem como os hábitos alimentares dos herbívoros, permitam promover pastoreio solteiro, combinado ou até alternado, em que se mudam as espécies de animais ao longo do período, permitindo a estabilização da composição florística da vegetação do semi-árido. 2.5.1 – NÍVEIS DE MANIPULAÇÃO DA VEGETAÇÃO DA CAATINGA A vegetação da caatinga apresente um adequado potencial de produção de fitomassa na maioria dos seus sítios ecológicos. Essa produção, segundo Mesquita et al.; (1988), varia acentuadamente de ano a ano e estacionalmente; todavia, a produção de forragem e muito baixa quer seja devido à menor apetibilidade da maioria dos componentes florísticos ou devida à dificuldade de acesso à forragem na maior parte do ano. Segundo Araújo Filho (1990) a manipulação da vegetação lenhosa da caatinga através controle seletivo de árvores e arbustos visa o aumento da disponibilidade e melhoria da qualidade da forragem. Mesquita et al.; (1988) afirmam que a manipulação da vegetação lenhosa resulta quase sempre no aumento da disponibilidade de forragem, mas convém ter sempre em mente que há uma resposta diferenciada nos diferentes sítios ecológicos da caatinga. O arcabouço técnico-científico do manejo de pastagens nativas está sedimentado na exploração racional para fins pastoris de áreas ecologicamente marginais, onde a exploração agrícola intensiva é, na maioria das vezes, inviável. Mesquita et al (1988) cita que estudos da caatinga, em que as técnicas de manejo devem levar em consideração a conservação, manutenção e melhoria continuada dos recursos naturais renováveis, principalmente de ecossistemas frágeis, caracterizados pela ocorrência de alguns fatores ecológicos limitantes. Segundo Araújo Filho (1990) a escolha do tipo de manipulação depende principalmente do potencial da área, em termos de resposta técnica e econômica e do tipo de animal que se deseja criar. De acordo com o autor a fazenda tradicional do criatório nordestino explora, geralmente, mais de uma espécie animal em pastoreio combinado. Portanto, é fundamental que exista um conhecimento prévio, a partir de dados de pesquisas, histórico da área ou observações locais que permitam selecionar o método de manejo adequado. 2.5.1.1.CAATINGA DESMATADA O desmatamento, segundo Araújo Filho, (1990), é uma prática que tem sido adotada por criadores em muitas áreas do sertão e consiste na remoção completa dos estratos arbóreos e arbustivos da caatinga através de implementos agrícolas pesados. Sousa, (1998) comentando sobre os fatores que contribuem para o processo de desertificação da Região Nordeste, cita o desmatamento indiscriminado como indutor de desertificação, pois, junto com essa prática vem às queimadas e a exposição do solo ao processo de erosão. Sustentabilidade tem sido, há muito tempo, a condição essencial ao manejo de pastagens nativas em regiões semi-áridas, isto porque, as limitações dos fatores ambientais acarretam a fragilidade dos ecossistemas o que os torna facilmente degradáveis e de difícil recuperação (Araújo Filho et al.; 1995). Segundo os autores, o desmatamento da caatinga constitui-se num método de manipulação prejudicial, destrutivo, irracional e sem vantagem econômica alguma. 2.5.1.2. CAATINGA REBAIXADA O rebaixamento da caatinga consiste no corte da parte aérea de arbustos e árvores a 30-40 cm do solo, para espécies forrageiras, provocando assim uma diminuição da altura da copa e facilitando o acesso dos animais principalmente pequenos ruminantes, a fitomassa produzida (MESQUITA et al .; 1988) Araújo Filho (1990) afirma que o rebaixamento consta da broca (corte ou poda) manual de espécies lenhosas com o objetivo de aumentar a disponibilidade da forragem de árvores e arbustos, melhorar sua qualidade bromatológica e estender a produção verde por mais tempo na estação seca. Com a redução do sombreamento pelas copas de árvores e arbustos resultante do rebaixamento, comenta o autor, observa-se um significativo aumento da produção de fitomassa pelo estrato herbáceo, que chega a compor 40% da fitomassa do sistema, com o estrato arbustivo arbóreo fornecendo 60%. Mesquita et al (1988) comenta que a criação de caprinos constitui a melhor opção para a exploração da caatinga rebaixada, apresentando uma capacidade suporte de 0,5 cabeça/ha e uma produção animal de 40 kg de peso vivo/ha/ano. Todavia, afirma o autor que a baixa pressão de pastejo dos caprinos sobre estrato herbáceo da caatinga rebaixada resulta em uma produção adequada de forragem que poderá ser mais bem aproveitada por bovinos. Araújo filho (1990) cita que uma proporção de combinação de bovinos e caprinos de 1:6 ou 1:8, com pelo menos dois bovinos por piquete. Em termos de capacidade suporte, na caatinga rebaixada são necessários 3,5 ou 4,5 ha para manter um bovino adulto durante um ano e 0,5 a 0,7 ha para manter um caprino e 1 a 1,5 ha por ovino. Para a combinação caprino x bovino, devem ser utilizados, aproximadamente, 4,0 ha para manter um bovino e seis caprinos. Araújo Filho et al.; (2002) comparando quatro tratamentos médias de fitomassa total em (desmatamento,raleamento, raleamento-rebaixamento, rebaixamento e testemunha) indicou que o rebaixamento, superou (P<0,05) os demais tratamentos, enquanto o desmatamento e o testemunha não diferiram entre si (P>0,05) e foram inferiores (P<0,05) aos demais, com exceção do raleamento. O valor médio da fitomassa total, 4233,7 kg/ha/ano, foi semelhante ao indicado por Araújo Filho (1987), que aponta a média de 4000 kg/ha para a produção anual de fitomassa para a parte aérea da caatinga, incluindo estrato herbáceo, folhas e ramos herbáceos das espécies lenhosas e restolho. 2.5.1.3. CAATINGA RALEADA O Raleamento da vegetação da caatinga é uma das técnicas de manipulação da vegetação e tem como objetivos diminuir a densidade de árvores e arbustos, não forrageiros ou indesejáveis da comunidade vegetal, diminuir o sombreamento da área para no mínimo 30%, permitindo assim, a penetração da luz e como conseqüência observa-se um aumento expressivo na produção de fitomassa por parte do estrato herbáceo (ARAÚJO FILHO 1990). Araújo Filho & Carvalho (1998) destacam o raleamento da caatinga como uma das tecnologias usadas para incrementar a produção e melhorar a qualidade da forragem. O raleamento, segundo os autores, aumenta a disponibilidade de energia luminosa ao nível do estrato herbáceo, aumentando assim sua participação na produção de fitomassa do sistema de 7%, nas condições de caatinga nativa, para 80%, na raleada. Mesquita et al;. (1988) comentam que o objetivo do raleamento é o aumento da produção do estrato herbáceo e consiste na redução do número de plantas arbóreas e arbustivas, de preferência não forrageiras, na área da caatinga. Mesquita et al.; (1988), comentam que alguns parâmetros importantes devem ser considerados ao optar por ralear uma vegetação nativa: áreas com topografia acidentada e com declividade superior a 25%, o raleamento não deve ser executado, como também não se deve reduzir o sombreamento a níveis inferiores a 30%; as margens dos rios, segundo os autores, devem ser preservadas com faixas de no mínimo 3,0 m. 35 a 40% de cobertura lenhosa são ideais no raleamento, relatam ARAÚJO FILHO & SILVA (1996). Mesquita et al.; (1988) e Araújo filho (1990) citam três tipos de raleamento: em savanas, em bosques e em faixas. Segundo os autores o tipo savana preserva árvores esparsas enquanto que o tipo bosquete preserva áreas densas ou grupamento de árvores. O tipo raleamento em faixas é executado em áreas topograficamente acidentadas com declives entre 10 e 25%, sendo feito as faixas, a serem preservadas, perpendiculares ao declive do terreno seguindo as curvas de nível. Oliveira (1988) comenta que o raleamento ordenado da caatinga parece aumentar o teor de proteína bruta, o consumo e digestibilidade da matéria orgânica das dietas de caprinos e ovinos e que na época seca o raleamento, isoladamente, não é suficiente para fornecer os requerimentos energéticos e protéicos dessas mesmas espécies de ruminantes. Araújo filho (1990), relata que em áreas de caatinga raleada a capacidade de suporte anual para bovinos situa-se em torno de 2,5 a 3,0 ha por cabeça e 0,5 ha por cabeça para ovinos e caprinos, com a produção de peso vivo animal por hectare, em base anual, situando-se em torno de 60 kg para bovinos, 50 kg para ovinos e 37 kg para caprinos. Mesquita et al.; (1988) citam produções de 60 a 70 kg de peso vivo/ha/ano para bovinos e capacidade de suporte da caatinga raleada de 2,0 a 4,0 ha/cabeça/ano de bovinos, sendo essa espécie de ruminantes o tipo de animal mais adequado á exploração da caatinga raleada. 2.5.1.4.CAATINGA ENRIQUECIDA O enriquecimento da vegetação da caatinga é feito através da introdução de espécies vegetais nativas e/ou exóticas adaptadas as condições dos sítios ecológicos de caatingas raleadas MESQUITA et al.; (1988). O uso indiscriminado de áreas do sertão nordestino quer pelas práticas de agricultura itinerante, quer pelo superpastoreio tem deixado a vegetação muito simplificada, tendo perdido a diversificação florística que lhe é peculiar (Araújo Filho, 1990). Segundo o autor, nestas condições, a produção de forragem só poderá ser incrementada pela introdução de forrageiras nativas e/ou exóticas adaptadas ás condições da caatinga. Araújo Filho (1995) comenta que a filosofia de introdução de forrageiras no Semi-Árido deve ser a de enriquecimento e não a da substituição puras e simples, reduzindo uma comunidade rica e complexa de uma pastagem nativa a uma monocultura da espécie introduzida. Segundo o autor, a ressemeadura, de preferência, deve ser feita pela prática do cultivo mínimo, não só em função da pouca profundidade do solo, declividade e pedregosidade, mas também tendo em vista a preservação do extrato herbáceo nativo. De acordo com Araújo Filho & Carvalho (1998) o enriquecimento da caatinga pode ser no nível de estrato herbáceo e arbóreo-arbustivo. Segundo os autores, essa prática duplica a produção de forragem com relação ao raleamento. Albuquerque (1977) recomenda o semeio de gramíneas como prática a ser adotada para a recuperação da pastagem superpastejadas. Segundo o autor, o semeio de gramíneas nativas da caatinga como o capim panasco (Aristida setifolia), capim-de-raiz (Chloris orthonothon, Doell), capim seda (Rhynchelytrum repens), capim mentrasto (Setoria globulífera) e algumas braquiárias anuais, não parece oferecerem possibilidade de recuperação e recomenda o enriquecimento da vegetação com a introdução do capim-búffel (Cenchrus ciliares). Araújo Filho (1990) recomenda o uso de gramíneas como o capim búffel, capim gunia e gramão áridus e leguminosas como a cunhã, canavalia e erva-deovelha, para o enriquecimento do estrato herbáceo; tratando-se de estrato lenhoso, o autor recomenda a sabiá, mororó, quebra-faca, leucena, algaroba e o carquejo. Quanto à capacidade de suporte e produção animal Mesquita et al. (1988) citam valores de 1,0 a 1,5 ha/bovino e 120 Kg de PV/ha/ano, respectivamente, observando que a produção animal chega a duplicar em relação à caatinga raleada. Araújo filho (1990) relata valores de 1,0 a 1,5 ha por bovino adulto/ano e produção de 130 kg/ha/ano de peso vivo. Araújo Filho & Silva (1996) observaram desempenho animal significante, tendo sido obtidos valores acima de 130 kg/PV/ha/ano contra 4,5kg/PV/ha/ano em caatinga nativa. Os mesmos autores comentam que o enriquecimento da vegetação da caatinga, com espécies forrageiras exóticas é, provavelmente, a opção que acarreta maior incremento à produção de forragem da caatinga e ao desempenho animal. 2.5.1.5.CAATINGA REBAIXADA-RALEADA Segundo Mesquita et al.; (1988) a combinação do raleamento com rebaixamento, possivelmente, constitui o melhor método de manipulação da vegetação lenhosa da caatinga. Observações semelhantes foram feitas por Araújo filho (1990) e Araújo Filho & Silva (1996), que descrevem a técnica como um conjunto de ações que consistem no controle sistemático de arbustos indesejáveis, no rebaixamento das espécies lenhosas de valor forrageiro e consumido, quando verdes e na preservação das árvores sem valor forrageiro ou cujas folhas só são consumidas, quando secas. Mesquita et al.; (1988) e Araújo Filho (1990) lembram que as mesmas práticas de manejo de cortes utilizados tanto no rebaixamento quanto no raleamento, devem ser realizadas a fim de minimizar o impacto ecológico sobre o ecossistema, em termos de alteração da cobertura florística e exposição do solo à erosão. Araújo Filho & Silva (1996) relatam que o rearranjo da composição florística da caatinga, pela manipulação da vegetação lenhosa, resulta no aumento da participação de plantas herbáceas na composição da fitomassa produzida, alcançando em torno de 40% nas áreas rebaixadas e de até 80% nas áreas raleadas. Segundo Mesquita et al.; (1988) e Araújo filho (1990), a caatinga rebaixadaraleada se presta ao pastoreio por ovinos, caprinos e bovinos, quer com a combinação das três espécies, quer com a de caprinos com ovinos ou bovinos. Araújo filho (1990) cita capacidade de suporte em torno de 3 a 5 ha por bovino, 0,5 a 1,0 ha por ovino ou caprino, em base anual. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS A manipulação da vegetação da caatinga tem por objetivo aumentar a produção e disponibilidade de forragem, tanto do estrato arbustivo-arbóreo, como do herbáceo, para favorecer a melhoria da qualidade da alimentação animal e incrementar a produção animal facilitando o manejo do rebanho. Nesse sentido a escolha do tipo ou nível de manipulação da vegetação da caatinga depende principalmente do potencial da área, pois, os sítios ecológicos respondem diferentemente a determinado tipo de manejo, e do tipo do animal ou combinação de animais que vão utilizar a pastagem, lembrando sempre que toda e qualquer intervenção na vegetação da caatinga deve levar em consideração as limitações do meio ambiente, sob pena de degradação e desertificação das áreas manipuladas. O controle da vegetação no sítio ecológico deve ser criterioso, visando a sustentabilidade do ecossistema. A atividade pastoril na caatinga é plenamente viável, desde que se aporte um acervo de tecnologias fundamentadas em sustentabilidade ecológica, tendentes a recuperação da vegetação nativa degradada, se incremente a sua diversidade botânica e resgate o seu potencial forrageiro. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ALENCAR, J. da C. 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