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Panela De Dren - Terraceamento - Relat?rio1

Panelas que drenam água em acumulo

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOS DE AGRICULTURA LUIS DE QUEIRÓS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA RURAL DISCIPLINA DE MANEJO DA ÁGUA NA AGRICULTURA PROJETO TERRACEAMENTO Alunos: MARCELO PESKE HARTWIG DALVA PAULUS GABRIEL GRECO GUIMARÃES CARDOSO ADALBERTO LUIZ DE PAULA Abril de 06 INDICE 1 – INTRODUÇÃO 3 2 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA 3 3 – ESCOAMENTO SUPERFICIAL 4 3.1 – Vazão máxima de cada parcela 4 3.2 – Dimensionamento dos terraços 5 3.3 – Dimensionamento dos coletores 6 3.4 – Estruturas hidráulicas instaladas 7 4. – CONCLUSÕES 8 1 – INTRODUÇÃO A erosão hídrica é uma das principais formas de ocorrência do processo erosivo no solo, sendo provocada, principalmente, devido ao impacto direto da água das chuvas ou da irrigação sobre a superfície do solo, resultando em um excessivo escoamento superficial. A declividade do terreno é a principal causa da formação desse escoamento superficial, ou seja, quanto maior a declividade, maior será o escoamento superficial, com isso, mais energia a água terá para carrear as partículas de solo, das regiões mais altas para as mais baixas. Além da erosão, o escoamento superficial com alta energia pode provocar o assoreamento das partes mais baixas e também dos corpos d'água. Várias são as práticas utilizadas para controlar a erosão hídrica em solos agrícolas, sendo normalmente divididas em práticas edáficas, vegetativas e mecânicas. As práticas mecânicas são aquelas nas quais são utilizadas estruturas artificiais para a redução da energia do escoamento da água, sendo o terraceamento de terras agrícolas a prática mecânica mais difundida e utilizada. A erosão causa também problemas na qualidade e disponibilidade de água, decorrentes da poluição e do assoreamento dos cursos d'água, favorecendo a ocorrência de enchentes no período chuvoso e escassez de água no período de estiagem. O presente trabalho tem por objetivo dimensionar um sistema de terraceamento em uma área agrícola, com a finalidade de conter o escoamento superficial em excesso e conseqüentemente evitar a erosão hídrica provocada por este escoamento. 2 – CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA A área agrícola em estudo localiza-se próximo a cidade de Piracicaba – SP, com uma área útil de 80 hectares. Neste mesmo local ainda existem áreas de preservação que não devem ser alteradas, nas quais uma é constituída por Reserva de Mata com uma área de 20,15 hectares e uma faixa de Mata Ciliar com uma área de 4, 05 hectares. A área útil, ou seja, a área destinada ao cultivo esta dividida em três parcelas A, B e C, destinada a culturas anuais, pastagem e cultivo mínimo, respectivamente. Estas áreas são divididas por estradas de acesso ao seu interior, nas quais não permitem a passagem de água de uma parcela para a outra. A locação de todas estas informações está presentes no mapa de levantamento topográfico realizado na área, mostrando a posição de cada uma das áreas citadas acima, a posição das estradas, assim como as curvas de nível do terreno e os terraços já dimensionados. 3 – ESCOAMENTO SUPERFICIAL A determinação do escoamento superficial, ou seja, a vazão máxima de projeto, em cada uma das parcelas foi realizado utilizando-se o Método Racional: Onde: C – coeficiente de escoamento superficial; I – intensidade de chuva (mm/h); A – área de escoamento (hectare). O critério para a determinação da intensidade de precipitação utilizado foi baseado na velocidade de escoamento, tempo de concentração e tempo de percurso. Os dados de precipitações (mm) esperadas para a cidade de Piracicaba, bem como seu tempo de duração e período de retorno foram extraídas das tabelas de Chuvas Intensas no Brasil do DNOS (1957). 3.1 – Vazão máxima de cada parcela A determinação deste escoamento foi realizado devido a necessidade de ser saber a quantidade máxima de água que cada parcela poderá fornecer em um evento extremo. Com esta determinação faz-se a verificação se existe a necessidade de instalação de terraços na área estudada. Os critérios adotados para a determinação da necessidade de terraços foi o cálculo da vazão (Q) e da velocidade de escoamento superficial (V). A velocidade de escoamento superficial foi o principal indicador desta necessidade, devido a esta ser o principal causador do carreamento de sedimento, caso este escoamento superficial excedesse os limites, então neste local será necessário a implantação de terraços. Os limites de velocidades adotados são aqueles estabelecidos por Manyng. As vazões máximas de cada parcela estão disposta na tabela 1. Tabela 1 – Vazões máximas de cada parcela. 3.2 – Dimensionamento dos terraços Optou-se por dimensionar os terraços para as três parcelas estudasdas. As características de cada parcela, bem como a vazão máxima de cada terraço e seu dimensionamento estão presentes na tabela 2. Tabela 2 – Características de cada parcela e dimensionamento dos terraços. 3.3 – Dimensionamento dos coletores Tabela 3 – Dados de dimensionamento dos coletores de água provenientes dos terraços. Tabela 4 – Dimensões dos coletores instalados. 3.4 – Estruturas hidráulicas instaladas Neste trabalho, foram necessárias estruturas hidráulicas nos canais coletores para a dissipação da energia da água, no escoamento devido a declividade do terreno ser acentuado e a velocidade de escoamento ser excessiva para canais de terra. As estruturas instaladas foram em forma de degraus para a diminuição da velocidade de escoamento, atribuindo-se uma declividade do fundo do canal que possibilitasse o escoamento da água sem causar problemas de erosão e que não fosse tão baixa a fim de proporcionar assoreamento destes canais, acompanhados de caixas de dissipação instaladas no pé de cada degrau, conforme anexo B. O canal coletor A à esquerda da Planta topográfica (anexo A) tem uma declividade de 1,0%, com um espaçamento entre degraus de 10, 5m. Cada degrau possui uma altura de 0,50m, as caixas de dissipação foram feitas através de estruturas de contenção de água na extremidade de cada vão com uma altura de 0,10m, possibilitando a formação de uma lâmina de água que conteria a energia de velocidade do escoamento da água, por sua vez o carreamento de material do canal, o que poderia provocar erosão. O canal coletor B não necessitou de instalação de degraus para dissipação da energia, devido a este possuir uma declividade bastante baixa. Este canal requer somente a implantação de cobertura vegetal, como gramíneas, para prevenir qualquer transporte de material deste canal e conter a velocidade de escoamento. O Canal coletor C do lado direito da planta (anexo A) foram implantadas as mesmas estruturas do canal coletor A esquerdo, todas as observações são válidas para o canal coletor A direito, somente o vão entre cada degrau variou, passando estes a intervalos de 45m. No anexo C estão os cortes transversais de cada canal coletor assim como suas dimensões. 4. – CONCLUSÕES Em função dos dados calculados e expostos nas tabelas 1 e 2 conclui- se que: a) as velocidades de escoamento superficial encontradas são baixas para o carreamento de material com as precipitações máximas ocorridas; b) a cobertura vegetal associada a declividade do terreno minimizam a velocidade de escoamento superficial; c) os terraços dimensionados tem condições de suportar a precipitação máxima com um tempo de retorno de 10 anos; d) o dimensionamento dos terraços foi realizado como critério de segurança, sendo que as características do solo, da cobertura vegetal e declividade, não indicam a necessidade de terraceamento da área. e) os canais coletores instalados necessitam de estruturas de dissipação de energia para evitar o aumento da velocidade de escoamento da água e conseqüentemente causar erosão.