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Operação De Testemunhagem De Poços

testemunhagem de poços de petróleo

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Universidade Federal Rural do Semi Árido Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas Engenharia de Petróleo Danilo Vieira Cruz Operação de Testemunhagem de poços MOSSORÓ-RN 2013 Durante a perfuração dos poços, vários dados são coletados para aumentar o conhecimento do subsolo. Amostras das rochas cortadas, chamada amostra de calha, e amostras de rocha tal como estão no subsolo. Estas amostras são chamadas de testemunhos. A testemunhagem é uma operação especial feita no poço durante a perfuração, e consiste na obtenção do testemunho, que por sua vez, é uma amostra real da formação com alterações mínimas nas suas propriedades naturais. O testemunho é levado a laboratórios e testes são efetuados para obterem informações à respeito da litologia, textura, porosidade, permeabilidade, saturação de óleo e água etc. A testemunhagem é importante porque ela comprova a litoface identificada pela perfilagem. Os dados da perfilagem unidos com os dados da testemunhagem formam exemplos a serem aprendidos pela Rede Neural Artificial ( RNA ). Com isso, a RNA, depois da aprendizagem, poderá nosresponder que litoface está associada, à determinada profundidade, a uma t-upla de perfis apresentados. Por causa do custo operacional e temporal relativamente alto, a testemunhagem só é realizada em alguns poços estratégicos. Os testemunhos são amostras preservadas, portanto bastante representativos da formação. Consiste basicamente de um equipamento próprio de testemunhagem, denominado barrilete testemunhador composto de uma broca especial, chamada coroa de testemunhagem, que corta um pedaço de rocha em forma cilíndrica, que é retirado por um apanhador, equipamento destinado a reter o testemunho cortado dentro de um tubo interno fino, chamado de barrilete interno, que por sua vez vai dentro de outro tubo, este grosso e robusto, chamado barrilete externo. Este equipamento é descido até o fundo do poço, com o auxílio da coluna de perfuração. Figura 1. Coroa de testemunhagem e barrilete interno Atualmente, em perfuração de poços de petróleo, apenas se testemunha um poço de uma única maneira, pelo método rotativo, no qual a broca de testemunhagem e o barrilete são conectados à coluna de perfuração e baixados sobre a formação a ser testemunhada, que vai sendo cortada pelo movimento rotativo da coluna. Figura 2.Amostra da formação Eles são retirados a profundidades pré-determinadas, gerando informações pontuais do poço. São conhecidos três tipos: • Testemunhagem com barrilete convencional: consiste na descida de uma broca vazada, e dois barriletes, um externo, que gira com a coluna, e outro interno, onde o testemunho se aloja. No final de cada corte é necessário que a coluna venha à superfície através de uma manobra, o que aumenta o tempo e o custo de operação; • Testemunhagem a cabo: o barrilete interno pode ser levantado até a superfície sem a necessidade de se retirar toda a coluna; • Testemunhagem lateral: é utilizado para se testemunhar alguma formação já perfurada. Consiste em cilindros ocos, presos por cabos de aço e a um canhão e são arremessados contra a parede da formação para retirar amostras da rocha. Ao se retirar o canhão até a superfície, são arrastados os cilindros contendo as amostras retiradas da formação. A obtenção de um testemunho e um processo dispendioso e demorado, pois implica em recolher a coluna com a broca de perfuração para troca-la por uma ferramenta de amostragem e, apos recolher o testemunho, fazer a troca inversa. Num poço terrestre de 1400 m de profundidade, este processo de testemunhagem leva dias ou semanas, a depender dos tipos de formações rochosas existentes, a um custo de cerca de 100 mil dólares por dia de operação da perfuradora. Por este motivo, as empresas tem restringido as testemunhagens aos trechos de rochas reservatórios, o que e insuficiente para alguns estudos, entre eles o da determinação do fluxo térmico, que exige o conhecimento da condutividade térmica de todas as rochas de um perfil da área. Por outro lado, todo poço de prospecção de hidrocarboneto construído e perfilado e, na maioria das vezes, os perfis geofísicos obtidos são os únicos registros petrofisicos desses poços, principalmente quando eles não são testemunhados. Geralmente, a descida de uma ferramenta transporta vários equipamentos e realiza vários tipos de perfilagem. Com a facilidade de arquivamento permanente, esses perfis funcionam como registros eficientes e duradouros de um poço, podendo ser reinterpretados a luz de novos conhecimentos geofísicos e geológicos, inexistentes na época de sua realização, fazendo parte de extensos bancos de dados de grande importância. Diversas propriedades físicas são medidas durante a perfilagem de poços, algumas delas intimamente correlacionadas com a condutividade térmica. Dentre essas propriedades, estão a resistividade elétrica, a velocidade compressional e a densidade, o que torna possível derivar empiricamente a condutividade térmica da correlação com estas e outras propriedades físicas. A diferença entre a testemunhagem e a perfilagem é que na testemunhagem as informações não são obtidas em tempo real,as rochas são analisadas em laboratório e os dados são pontuais, porem muitas informações importantes somente podem ser obtidas tendo-se como base os dados fornecidos por ambas as técnicas ( testemunhagem e perfilagem ), como por exemplo a identificação precisa da composição litoquimica das formações em função da profundidade.