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O Processo De Implantação Do Macs Em Face Das Políticas Públicas De Turismo Locais

O presente trabalho tem como objetivo abordar os aspectos do processo de implantação do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba no atual cenário turístico da cidade, na ótica dos atores envolvidos com este último

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O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS PARA A SUSTENTABILIDADE CAMPUS DE SOROCABA DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA, TURISMO E HUMANIDADES CARLOS HENRIQUE MEIRELLES DE CASTRO RAFAEL PAULINO PIRES ROCHA TEIXEIRA O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS Sorocaba 2011 0 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. O Trabalho O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: (11) 98499-8150 bit.ly/meirelles [email protected] 1 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS PARA A SUSTENTABILIDADE CAMPUS DE SOROCABA DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA, TURISMO E HUMANIDADES CARLOS HENRIQUE MEIRELLES DE CASTRO RAFAEL PAULINO PIRES ROCHA TEIXEIRA O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade da Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba, para obtenção de título de bacharel em Turismo. Orientação: Prof. Dr. Thiago Allis Sorocaba 2011 2 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. FOLHA DE APROVAÇÃO CARLOS HENRIQUE MEIRELLES DE CASTRO RAFAEL PAULINO PIRES ROCHA TEIXEIRA O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro de Ciências e Tecnologias para a Sustentabilidade da Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba, para obtenção do título/grau de bacharel/licenciado em Turismo. Universidade Federal de São Carlos. Sorocaba, 9 de dezembro de 2011. Orientador ______________________________________ Dr. Thiago Allis Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba. Examinadora ______________________________________ Dra. Alissandra Nazareth de Carvalho Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba. Examinador ________________________________________ Dr. Sílvio César Moral Marques Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba. 3 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. RESUMO O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS CASTRO, Carlos Henrique Meirelles; TEIXEIRA, Rafael Paulino Pires Rocha. O processo de implantação do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (MACS) em face das políticas públicas de Turismo locais. 2011. 244 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Bacharelado em Turismo) – Centro de Ciências e Tecnologias para Sustentabilidade, Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, 2011. O presente trabalho tem como objetivo abordar os aspectos do processo de implantação do MACS – Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, no atual cenário turístico da cidade, na ótica dos atores envolvidos com este último. Para o desenvolvimento desta tarefa foi necessário selecionar as entidades integrantes do cenário turístico Sorocabano, bem como entender suas finalidades, articulações e participações neste contexto. Portanto, foram selecionadas três entidades, além do MACS, para a realização desta pesquisa, foram elas: o Conselho Municipal de Turismo, a Secretaria da Cultura e Lazer e o Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau. A pesquisa se deu, basicamente, pela análise de documentos pertencentes às entidades selecionadas e por entrevistas realizadas com representantes de cada uma destas. Finalmente, os resultados colhidos durante a pesquisa demonstraram a necessidade de ações que modifiquem, no cenário turístico de Sorocaba, a articulação institucional, a ampliação de ações no campo do turismo cultural e a representatividade do turismo no poder público sorocabano. Palavras-chave: Turismo Cultural. Políticas Públicas. Articulação Institucional. Museus. 4 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. ABSTRACT This study aims to approach the aspects of the implementation process of the MACS Museum of Contemporary Art in Sorocaba, in today's tourist city, from the perspective of the actors involved. For the development of this task was to select the entities in the tourism scene Sorocaba, as well as understand their purposes, and joint participation in this context. Therefore, we selected three entities, in addition to MACS for this research, they were: the Municipal Tourism Council, the Department of Culture and Leisure and Sorocaba and Region Convention & Visitors Bureau. The research took place primarily through the analysis of documents belonging to the selected entities and interviews with representatives of each of these. Finally, the results collected during the research demonstrated the need for actions that change in the tourism scene of Sorocaba, institutional coordination, the expansion of activities in the field of tourism and cultural tourism representative government in Sorocaba. Keywords: Cultural Tourism. Public Policies. Institutional Coordination. Museums. 5 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. LISTA DE FIGURAS Figura 01. Representantes das entidades escolhidos para entrevistas...........................14 Figura 02. Localização das futuras instalações do MACS.............................................26 Figura 03. Foto da parte interna do prédio que abrigará o MACS................................28 Figura 04. Foto do Chalé Francês, sede provisória do MACS......................................29 Figura 05. Conselhos do MACS na fase de implantação...............................................30 Figura 06. Organograma atual do MACS.......................................................................31 Figura 07. . Figura 08. Organograma da SECULT............................................................................35 Figura 09. Organograma do SRC&VB..........................................................................39 Figura 10. Organograma da SEDE.................................................................................43 Figura 11. Quadro de tópicos para elaboração da análise..............................................45 Figura 12. Quadro comparativo entre CMT e SRC&VB...............................................83 Quadro de programas e eventos da SECULT...............................................36 6 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. LISTA DE ABREVIAÇÕES AECA – Associação de Educação Cultura e Arte A&B – Alimentos e Bebidas CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo CMT – Conselho Municipal de Turismo CNM – Cadastro Nacional de Museus CVB – Convention and Visitor Bureaus DEMU – Departamento de Museus e Centros Culturais FUNDEC – Fundação de Desenvolvimento Cultural de Sorocaba IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil IACVB – International Association of Convention and Visitors Bureaus IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 7 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. LINC – Lei de Incentivo à Cultura MACS – Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba NUPLAN – Núcleo de Planejamento Urbano OMT – Organização Mundial do Turismo OSCIP – Organização da Sociedade Civil de interesse Público PIB – Produto Interno Bruto PODI – Polo de Desenvolvimento e Inovação de Sorocaba PROAC – Programa de Ação Cultural SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados SECULT – Secretaria da Cultura e Lazer SEDE – Secretaria do Desenvolvimento Econômico SPTURIS – São Paulo Turismo SRC&VB – Sorocaba e Região Convention and Visitors Bureau SISEM – Sistema Estadual de Museus UFSCAR – Universidade Federal de São Carlos 8 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” UNISO – Universidade de Sorocaba 9 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 11 2 TURISMO CULTURAL E MUSEUS ............................................................................ 17 3 ANÁLISE DE CONTEXTO ........................................................................................... 24 3.1 Sorocaba como destino turístico ...................................................................................... 24 3.2 Apresentação geral das entidades .................................................................................... 25 3.2.1 MACS........... ................................................................................................................... 25 3.2.2 Secretaria da Cultura e Lazer........................................................................................... 33 3.2.3 SRC&VB - Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau. ..................................... 37 3.2.4 Conselho Municipal de Turismo (CMT) ......................................................................... 41 4 ANÁLISE DE ENTREVISTA ........................................................................................ 45 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS ................................................................. 71 5.1 As visões [concepções] do Turismo no contexto atual em Sorocaba .............................. 71 5.2 Políticas públicas de Turismo e Cultura: análise das intenções, ações atuais e perspectivas .............................................................................................................................. 77 5.3 A articulação institucional para a implantação do MACS ............................................. 86 5.4 MACS e o Turismo em Sorocaba: perspectivas, interesses e possibilidades. ................ 90 6 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 95 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 99 8 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 100 9 APÊNDICES ................................................................................................................. 105 10 ANEXOS ....................................................................................................................... 149 10 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 1 INTRODUÇÃO A atividade turística vem, ao longo dos anos, se tornando uma das principais fontes de renda de diversas cidades e estados. Hoje, existe um maior interesse em investir na atividade e fomentá-la com o objetivo de gerar renda para o município (VELOSO, G., 2010, p.14). Dentre seus segmentos, destaca-se o turismo cultural, privilegiando e contemplando diversos “recursos” (DIAS, 2003, p.59), como cidades históricas, apresentações de artes performáticas, visitas a galerias de artes, museus, entre outros. Sorocaba, conhecida pela sua notável vocação industrial, apresenta-se também, devido sua gama de serviços e sua história, contendo três momentos históricos que contribuíram para o desenvolvimento do estado e país, com um potencial turístico variado. Dentre os serviços oferecidos em Sorocaba, considerados como prováveis motivadores turísticos, estão: os hospitais, os shoppings, os restaurantes, entre outros. Dentre os momentos históricos, potencialmente turísticos, estão: o Bandeirismo, o Tropeirismo e a Expansão Ferroviário. Entretanto não se nota no poder público local, uma variedade de ações que estimulem o uso turístico das ditas potencialidades, nem que fomentem mais as que, aparentemente, já ocorrem na cidade. Um exemplo disto se dá pela inexpressividade turística dos museus municipais, baseada na falta de guias para visitação, horário de funcionamento e no relato de pessoas responsáveis que confirmam o baixo fluxo de visitantes. Ainda, o município não possui uma pasta ou departamento exclusivo para fomentar a atividade turística. Ela é representada pelo CMT – Conselho Municipal de Turismo, onde seus representantes – do poder público e iniciativa privada – atuam com o desenvolvimento de diretrizes e políticas públicas para a atividade. Contudo, apresentando caráter consultivo, o referido Conselho torna-se dependente de outras secretarias e entidades do setor privado para que suas ações planejadas sejam colocadas em prática. Neste contexto, especificamente no que concerne o segmento do turismo cultural e as políticas públicas de turismo em Sorocaba – ou a falta destas -, surge à ideia, por parte da AECA, da criação e implantação de um museu de arte contemporânea, hoje denominado MACS – Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba. O projeto que já caminha por oito anos sem implantação tem dificuldades para arrecadar verbas para restauração de seu prédio, porém já desenvolve atividades externas com a comunidade sorocabana. Embora não 11 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. cite em seu plano museológico, o museu é visto por seus representantes e por membros do CMT como um potencial ponto turístico para a cidade de Sorocaba após sua implantação. Desta forma, notou-se necessidade de um estudo que visasse selecionar as instituições que, na falta de uma secretaria de turismo em Sorocaba, estivessem integradas, de forma geral, com os cenários turísticos e museal na cidade para tentar elaborar um panorama, do ponto de vista turístico, sobre a implantação do MACS no município. Para a elaboração do já referido estudo, foi utilizada a análise de conteúdo, conforme proposto por Bardin (1977), que prevê a coleta de informações, sua organização e tratamento foram conduzidas a partir da análise de conteúdo, que elenca três etapas nesta técnica: pré-análise; exploração do material; tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação (BARDIN, 1977, p.89). Assim sendo, faremos a descrição das atividades realizadas, dentro da proposta de Bardin (1977) e, ao final delas, uma retomada identificando os pontos descritos. Em um primeiro momento, quando soubemos da intenção de implantação de um Museu de Arte Contemporânea em Sorocaba por um grupo de pessoas envolvidas com o meio artístico na cidade, achamos pertinente o desenvolvimento de um trabalho acerca deste potencial novo equipamento turístico e cultural para a cidade. Definido o objeto de estudo, efetuamos o primeiro contato com o MACS, por sua presidente, Sra. Cristina, para conseguirmos as primeiras informações pertinentes à implantação do museu em Sorocaba. Neste contato, nos foi passada a primeira noção do que o museu em questão pretendia se tornar, não só no cenário municipal, mas também nacional. Após a conversa, notando a dimensão de representatividade pretendida pelos organizadores ao MACS, decidimos por desenvolver a pesquisa sobre as pretensões de âmbito turístico do museu, bem como a visão de algumas entidades do setor acerca do futuro equipamento e sua possível interação com o cenário turístico na cidade. Assim sendo, solicitamos à presidente alguns documentos sobre o MACS para que pudéssemos obter uma visão mais crítica acerca do projeto e do estágio em que se encontrava do processo de implantação. Em um segundo momento, vimos à necessidade de definir quais seriam as entidades, ligadas ao turismo em Sorocaba, poderiam emitir pareceres pertinentes à temática da pesquisa. Dessa forma, selecionamos o Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau, por ser uma entidade com função de agregar o trade em prol do desenvolvimento turístico da cidade e sua região, podendo colaborar com o fluxo de visitantes ao MACS; o Conselho 12 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Municipal de Turismo, por ser o único órgão com funções ligadas, formalmente, ao turismo no poder público de Sorocaba; a Secretaria da Cultura e Lazer, por ser instituição responsável pela gestão dos museus municipais; e, por fim, o próprio MACS, por ser o alvo central deste trabalho. A partir deste ponto, iniciamos a busca pelas fontes de pesquisa divididas em dois segmentos: fontes teóricas e fontes da pesquisa de campo. As fontes teóricas utilizadas neste trabalho são obras de diversos autores que dizem respeito aos temas abordados durante a elaboração do trabalho, tais como: políticas públicas (BOBBIO, MATTEUCCI, PASQUINO, 1993; DIAS, 2003), políticas públicas de turismo (BENI, 2001; DIAS, 2003; GOLDNER, RITCHIE e MCINTOSH, 2002; RODRIGUES, 1999), turismo cultural (GASTAL, 1999; HUGHES, 2004; SWARBROOKE E HORNER, 2002) museus (AMARAL, 2003; IBRAM, 2011; SANTOS, 2008; VELOSO, 2003; VERGARA, 2004), entre outros. Numa outra frente de trabalho, a pesquisa de campo compôs-se basicamente de entrevistas com representantes das instituições selecionadas, bem como a consulta à documentação disponível nestas instituições pertinentes aos assuntos tratados no presente trabalho. Vale destacar também o critério para a escolha dos representantes de cada instituição. Privilegiamos os presidentes de cada instituição, por considerarmos que, como presidentes, detêm uma significativa gama de informações sobre sua instituição e o cenário do turismo em Sorocaba. Ademais, na condição de dirigentes, entendemos que o peso de suas opiniões representa a visão oficial mais contundente das entidades. A exceção a essa regra ocorreu na Secretaria da Cultura e Lazer, optamos por entrevistar a responsável pela Divisão do Patrimônio Histórico e Próprios Culturais, da qual faz parte os museus municipais. Abaixo a figura mostra a instituição com seu respectivo representante escolhido pelo pesquisadores para a entrevista: 13 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Figura 01: Representantes das entidades escolhidos para entrevistas. Instituição / Órgão Representante entrevistado Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba – MACS Sra. Cristina Delanhesi Secretaria da Cultura e Lazer de Sorocaba - SECULT Sra. Sônia Nanci Pael Conselho Municipal de Turismo - CMT Sr. Sérgio Aranha Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau – SRC&VB Sr. Eduardo Cardum Ainda sobre as fontes de pesquisas de campo, devemos citar que conseguimos, junto a essas instituições, documentos que nos auxiliaram, principalmente, na caracterização do cenário desta pesquisa, composto por cada uma destas instituições. Os referidos documentos encontram-se em anexo. Com base nesta pesquisa inicial, refinamos e ampliamos o foco das questões para as entrevistas, visando que estas pudessem compor uma fonte de dados suficientes para que pudéssemos, ao final do trabalho, gerar um panorama geral acerca das expectativas para implantação do MACS no cenário turístico sorocabano. Assim sendo, visamos com a elaboração destas questões direcionadas aos entrevistados, gerar informações suficientes para responder a questão principal deste trabalho, “Dentro da perspectiva dos ‘atores envolvidos’, como se dará a implantação do MACS no cenário turístico de Sorocaba e a possível interação com as entidades envolvidas?”. Dessa forma, elaboramos dois tipos de questionários: o geral, com questões que seriam aplicadas a todas as instituições de forma semelhante; e o específico, onde incluiríamos as questões específicas destinadas a explorar as particularidades de cada instituição. As questões gerais, em realidade, foram ao longo das entrevistas semelhantes e não exatamente idênticas pois, como tratávamos do MACS como elemento central da discussão, necessitávamos mudar o alvo do questionamento, por exemplo: quando aplicamos a questão “Qual sua visão sobre o SRC&VB, CMT e Museus Municipais (SECULT)?” à Sra. Cristina, em contrapartida, a mesma questão foi elaborada às demais instituições “Qual sua visão acerca do MACS no que tange sua instalação na cidade e atividade turística?”, de forma 14 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. que os representantes destas instituições não respondessem diretamente sobre elas entre si, apenas sobre o MACS. Após a elaboração dos questionários iniciamos a fase de entrevistas com os representantes das instituições. Com alguma dificuldade, devido à agenda dos selecionados, demoramos cerca de três meses para concluirmos as entrevistas, que foram gravadas com consentimento dos entrevistados. Após todas as entrevistas feitas, iniciamos as transcrições das gravações para que tivéssemos mais facilidade e clareza na captação das informações relevantes ao desenvolvimento do trabalho. Concluídas as transcrições elaboramos sínteses temáticas das entrevistas, com a finalidade de, posteriormente, haver mais facilidade na visualização das informações devido à organização. A partir daí, pudemos desenvolver a última fase deste trabalho, composta por: conjunção das informações temáticas das sínteses e análise do conteúdo gerado, embasada pela proposta de Bardin (1977). Para o caso deste trabalho, estas fases ficaram assim organizadas: Pré-análise - Esta fase corresponde à leitura superficial do material a ser levado a diante para uma futura análise, como a triagem dos documentos fornecidos pelas instituições, bem como à bibliografia de referência. A seleção das entidades e seus representantes também entra nesta fase, pois estes fariam parte das fontes de pesquisa. Devemos incluir aqui a elaboração da questão principal do trabalho que norteou toda pesquisa, bem como a elaboração e seleção das questões gerais, pela “regra da homogeneidade” (BARDIN, 1977, p.89); e específicas, pela “regra da pertinência” (BARDIN, 1977, p.89). Por fim, aparecem ainda nesta fase, as definições sobre a transcrição das entrevistas para uma melhor visualização e a confecção das sínteses das entrevistas e a separação destas por temas. Exploração do material – Esta fase corresponde ao tratamento das categorias, isto é, à qualificação do material colhido. Aqui o houve, de fato, a escolha e estudo da bibliografia utilizada no presente trabalho. Também nesta fase, pudemos qualificar os pontos pertinentes ao trabalho a partir das transcrições. Posteriormente a isso, definimos os pontos temáticos das sínteses e as elaboramos. Finalmente, conjugamos os as sínteses, montando uma tabela com a finalidade de planificar e facilitar a visualização dos núcleos temáticos das sínteses. Análise e interpretação – Esta última fase, diz respeito à análise das respostas planificadas e ao confronto destas, inicialmente, entre si e, finalmente, com o referencial 15 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. teórico. Para esta análise, dividimos, inicialmente, as informações colhidas em alguns tópicos de discussão. Posteriormente, expusemos, em cada tópico, um apanhado geral acerca do assunto referente ao tópico e, após isso, daremos ênfase às divergências de opinião entre a percepção de cada entrevistado na tentativa de compor um cenário turístico sorocabano e a implantação do MACS. 16 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 2 TURISMO CULTURAL E MUSEUS Neste capítulo elaboramos um referencial teórico que possa nos auxiliar a definir os conceitos inerentes ao tema deste trabalho. Pretendemos então, a partir daqui, com base no estudo da bibliografia selecionada, conceituar os principais assuntos aqui discutidos e traçar a relação destes entre si e entre estes e o processo de formação do MACS. Segundo a OMT: O turismo compreende as atividades que realizam as pessoas durante suas viagens e estadas em lugares diferentes ao seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios ou outras (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO, 2001 apud CAPATI, 2009, p.63) Ainda sobre o turismo, Dias (2003, p.16), citando Molina (1997), discorre sobre os benefícios inerentes ao turismo. Dessa forma, pode-se entender que o turismo, dentro da gama de benefícios aqui observada, gera divisas, cria empregos, contribui para o desenvolvimento regional, aproveita recursos renováveis, contribui para o resgate e a conservação de usos e costumes locais, favorece uma rápida distribuição geográfica de renda, tem efeito multiplicador no conjunto da economia, recupera e conserva valores e fatos de caráter histórico, entre outros. Segundo Gastal (1999), o turismo cultural, até pouco tempo, era apenas uma das segmentações pelas quais os acadêmicos procuravam qualificar as diferentes motivações nos deslocamentos. Hoje, este fator ganhou novos espaços em projetos e no marketing turístico. Isso se dá as novas exigências dos consumidores que exigem além da motivação da viagem, o seu “insumo” específico, no caso a Cultura, ao lado dos atrativos naturais e serviços. Ainda referente ao turismo cultural, o meio das artes e entretenimento podem não ser uma atração turística por definição, mas são acessados por pessoas que não estão em suas localidades em razão de outros propósitos. Isso inclui aquelas que estão em férias na praia ou a negócios na cidade. O turista de negócios, por exemplo, após cumprir suas obrigações profissionais na localidade, pode dedicar seu tempo livre a atrativos culturais, 17 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. transformando-se então em um turista cultural (SWARBROOK e HOMMER, 2002, p.215). Ainda sobre o turismo de negócios, os mesmos autores dizem que os turistas pertencentes a este segmento, comparados com os turistas de lazer, costumam: viajar com maior frequência; não costumam escolher a destinação; podem possuir um período bastante curto para o planejamento da viagem; podem ter o costume de não orçar conscientemente a viagem, pois a empresa é quem a custeia e são, de modo geral, consumidores mais experientes e exigentes. Existem muitos termos para descrever o turismo cultural, mas, segundo Hughes: [...] o turismo cultural inclui visitas, na condição de turista, a patrimônios (museus, catedrais e igrejas, castelos e casas históricas), a locais de exposição de artes visuais (galerias de artes) e apreciação de artes performáticas em teatros e salas de concerto. (HUGHES, 2004, p.5) Com isso, podemos classificar os museus como um equipamento complementar para o acontecimento e desenvolvimento do turismo cultural em uma localidade, podendo assim fornecer outra fonte de plateias e de receita para as artes. Portanto, Hughes conclui que: [...] o turismo fornece uma oportunidade importante para organizações culturais e de patrimônio por atrair mais visitantes e aumentar as receitas. Isto, por sua vez, os ajudará a progredir e ter sucesso. (CANADIAN TOURISM COMMISION, 1997 apud HUGHES, 2004. p. 10) Segundo o Ministério do Turismo, o “Turismo Cultural compreende todas as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura” (MARCOS CONCEITUAIS – MINISTÉRIO DO TURISMO, p.12). Sendo assim, dentro do que é considerado “Turismo Cultural”, existem bens, ou recursos, artísticos, históricos, científicos e simbólicos, que podem despertar o interesse à visitação e tornarem-se atrativos turísticos. 18 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. De acordo com Dias (2003, p.59), dentro da diversidade de elementos que compõem os recursos culturais de uma localidade, os museus se enquadram na categoria de “recursos culturais contemporâneos não comerciais”, que representam as manifestações de um país ou região que conservam e fomentam seu patrimônio cultural. Os museus podem ainda apresentarem-se como um motivo de orgulho para os visitantes, bem como um atrativo para as pessoas interessadas em conhecê-los. Amaral (2003) afirma que a vocação do museu, perante a sociedade, é a do diálogo. Isso extrapola a ideia coletiva de que a instituição museológica é um mero espaço estático, destinado à preservação da memória da humanidade. Ainda, discorre sobre a vocação do museu dizendo que este deve assumir sua vocação como instituição de ensino, instituição cultural e atração turística: Como instituição de ensino, formando profissionais e consagrando-se como espaço de reflexão multidisciplinar e produtora de conhecimento; como instituição cultural, motivando e atuando nos mais diversos segmentos da sociedade e da cidade, estabelecendo-se como elo ente as políticas públicas de cultura e a comunidade; como atração turística, angariar visitantes de elevado padrão cultural, estimulados pela possibilidade do intercâmbio cultural, tendo o museu como centro de referência. (AMARAL, 2003, p.13) Para Amaral (2003), o Brasil conta com uma quantidade bastante considerável de museus – um universo de 3025 unidades museológicas mapeadas pelo CNM em todo Brasil (IBRAM, 2011, vol.1, p.47) - pertencentes às mais diversas especializações, entretanto, é notável a falta de frequência de público a eles. Amaral ainda diz que: [...] dentro da perspectiva educativa e libertadora a que se prestam os museus, há um leque interessante de possibilidades de manutenção de fluxo de visitas e da sedimentação do museu como parte integrante dos roteiros culturais de uma cidade. Em primeiro lugar, o museu deve prestar-se a ser um elemento de interlocução com a sociedade que o cerca. A falta de identificação entre os propósitos museológicos e a sociedade é um duro golpe para a sobrevivência dos museus, que perdem sua legitimidade social. (AMARAL, 2003, p.14) O projeto do MACS sugere a criação do primeiro museu de arte contemporânea de Sorocaba, visando atender, além de outras, a demanda de visitantes de cidades da região interessados por exposições e eventos no âmbito da temática proposta. O 19 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. museu, que é privado, vem enfrentando ao longo de seus sete anos de projeto o problema de implantação em Sorocaba, pois, administrado por uma OSCIP e com falta de recursos é obrigado a buscar leis de incentivos fiscais para promover suas atividades e funcionar provisoriamente. Porém, como um museu, ele possui espaço, acesso e fruição pública; na busca de troca de experiências de diferentes grupos sociais. Segundo Veloso (2003), no contexto contemporâneo: [...] o museu deixou de ser apenas um lugar de consagração da cultura, transformando-se num locus de produção de conhecimento, de significados e valores, desempenhando, assim, também o papel de meio de comunicação, por meio do qual múltiplas vozes existentes no tempo e no espaço podem ser ouvidas. (VELOSO, 2003, p. 177) Atualmente, com o crescimento acelerado da economia no país e no interior de São Paulo, a qualidade de vida das grandes cidades também apresentou essa nova qualificação de equipamentos culturais, sendo que são requeridos principalmente centros culturais e museus (VELOSO, 2003, p.178). Na busca de seu reconhecimento e o seu principal papel, o museu deve atingir funções pedagógicas visando a aceitação e formação da comunidade. Para alcançar essa diretriz base da Nova Museologia, Santos (2008) explica que o museu deverá: [...] ter uma capacidade de produção própria, com questionamento crítico e criativo, sem, contudo, deixar de interagir com outras áreas do conhecimento. A pesquisa como princípio científico e educativo é o caminho para que o museu possa contribuir efetivamente para o desenvolvimento sociocultural. (SANTOS, 2008, p.140) Ainda, a interação e comunicação com instituições e sujeitos sociais externos, segundo Santos (2008), incentiva a criação de novos processos na instituição, repensando as ações desenvolvidas entre museu e escola. A idealização de um museu de arte contemporânea foge da lógica de um museu histórico, mais comum no interior de São Paulo. Vergara (2004, P.28) expõem a pergunta de “como apresentar os objetos de seus acervos diante da exposição conceitual das teorias da 20 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. comunicação, cognição, antropologia, geografia da inclusão e democratização?”. Para o autor, o museu de arte contemporânea é idealizado a partir de um paradoxo conceitual crítico de sua identidade e função, que ainda não é resolvido. Esse conceito no qual cada instituição idealiza e cria fornece o diálogo da exposição e suas obras expostas no espaço. Tratando-se de políticas públicas voltadas ao setor cultural, de acordo com Hughes (2004), o governo local tem um papel fundamental no fornecimento de artes e do entretenimento. Sendo assim, pode-se considerar esta afirmação supracitada como um exemplo de política pública, quando esta ocorre efetivamente, pois, segundo Dias (2003), as políticas públicas são as ações executadas, exclusivamente, pelo Estado com o objetivo de satisfazer ao interesse público e necessitam estar direcionadas ao bem comum. Mais especificamente, pode-se entender política pública como: [...] o ordenar ou proibir alguma coisa com efeitos vinculadores para todos os membros de um determinado grupo social, o exercício de um domínio exclusivo sobre um determinado grupo social, o exercício de um domínio exclusivo sobre um determinado território, o legislar através de normas válidas 'erga omnes', o tirar e transferir recursos de um setor da sociedade para outro, etc. (BOBBIO, MATTEUCCI, PASQUINO, 1993 apud DIAS, 2003, p.121). Para Goldner, Ritchie e Mcintosh (2002), citados por Dias (2003), as políticas públicas de turismo definem os termos sobre os quais as operações turísticas devem funcionar; firmam atividades e comportamentos aceitáveis; fornecem a orientação para todos os interessados no turismo em uma localidade; facilitam o consenso em torno de estratégias e objetivos específicos para uma destinação; disponibilizam uma estrutura para discussões públicas e provadas sobre o papel e as contribuições do setor do turismo para a economia e para a sociedade e, finalmente, permite que o turismo estabeleça relações com outros segmentos da economia com mais eficácia. Destacando a importância da política pública de turismo, Beni afirma que: 21 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. [...] é a espinha dorsal do 'formular' (planejamento), do 'pensar' (plano), do 'fazer' (projetos, programas), do 'executar' (preservação, conservação, utilização e ressignificação dos patrimônios natural e cultural e sua sustentabilidade), do 'reprogramar' (estratégia) e do 'fomentar' (investimentos e vendas) o desenvolvimento turístico de um país ou de uma região e seus produtos finais. (BENI, 2001, P.77 apud DIAS, 2003, p.120) Sendo o Estado a única entidade legítima da sociedade estruturada, de acordo com RODRIGUES (1999), este tem no Turismo sua direção e atenção setorial com uma política traçada para atendem aos requisitos de crescimento do setor por meio do planejamento. Ainda, a ação do Estado é exercida em primeiro lugar no meio da política, e posteriormente numa etapa sequencial dos programas previstos neste planejamento. Fazendo uma relação entre o espaço geográfico e o turismo, Cruz (2001) aponta que a maneira como o turismo se apropria de certa parte do espaço geográfico depende da política pública desenvolvida na localidade. Também cita que cabe à política pública da localidade traçar as metas e diretrizes do desenvolvimento socioespacial da atividade turística, tanto no que concerne à esfera pública como no que se relaciona à iniciativa privada. A autora ainda afirma que um fator importante que diferencia o turismo de outras atividades produtivas é que este primeiro consome, elementarmente, o espaço e é devidamente por este processo de consumo que se gestam os territórios turísticos. (CRUZ, 2001, p.09) Complementando a questão do uso do espaço e das políticas públicas voltadas ao turismo, Knafou (1996 apud CRUZ, 2001, p.18), aponta três principais fatores como “fontes de turistificação de lugares e territórios”, sendo elas: o turista, o mercado e os planejadores e promotores territoriais. Quanto à primeira fonte, o turista, encontra-se na obra da autora a afirmação de que “é a presença do turista que define a existência do lugar turístico” (KNAFOU, 1996 apud CRUZ, 2001, p.18). Quanto à definição do mercado como fonte de turistificação de lugares tem-se, na obra da autora a afirmação de que, nesse caso específico, “a origem desses lugares como lugares turísticos estaria na concepção e na colocação de produtos turísticos, e não mais, nas práticas turísticas em si” (KNAFOU 1996:70 apud CRUZ 2001, p.21). Com o foco na terceira categoria, a dos planejadores e promotores territoriais, a autora descreve: 22 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. A terceira fonte de turistificação de espaços e lugares, considerada por Knafou (1996), são os planejadores e promotores territoriais. A intervenção do planejamento territorial na configuração dos lugares turísticos resulta da necessária racionalidade imposta pelo mercado bem como da competitividade espacial entre lugares, característica da atualidade. [...] Essa racionalidade e competitividade, que afetam a organização de todos os setores produtivos, como forma de adequação e sobrevivência a um mercado globalizado, fazem do planejamento territorial uma condição do sucesso de planos e políticas setoriais.” (CRUZ, 2001, p.22) Finalmente, vale ressaltar também, sobre a temática aqui tratada, que atrativos, como o MACS, por exemplo, “são fundamentais, bem como a infraestrutura, mas sem uma organização institucional do setor, o turismo pode vir a se não como uma solução, mas como um problema” (LIMA, 2003 p.9). 23 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 3 3.1 ANÁLISE DE CONTEXTO Sorocaba como destino turístico O município de Sorocaba-SP possui população estimada em 585.381 habitantes (SEADE, 2010), tendo a taxa geométrica de crescimento populacional anual de 1,75%, sendo sede da quarta Região Administrativa do estado de São Paulo em PIB (Produto Interno Bruto), avaliado na ordem de 10,16 bilhões de reais, conferindo ao município a participação em 1,26% do PIB nacional e em 2,6% das exportações dessa unidade federativa (SEADE, 2006). Sorocaba possui um parque industrial bastante diversificado, com empresas nacionais e transnacionais de grande importância para o Estado, fazendo do setor industrial a base de sua economia. Essas atividades econômicas fazem com que o Turismo de Negócios cresça no município, atraindo turistas motivados por fatores comerciais. Apesar de estes turistas trazerem divisas ao município, a atividade turística em Sorocaba ainda não é vista como atividade econômica e social, ficando restrita apenas a esse segmento. Contudo, percebe-se que Sorocaba possui um potencial turístico, principalmente no que tange aos aspectos histórico-culturais, que vai muito além de transações comerciais. Em relação aos monumentos e edifícios históricos, percebe-se na cidade que é crescente, porém tardia a preocupação em revitalizar equipamentos de uso público, como a FUNDEC, o Edifício Scarpa, o Mosteiro de São Bento, o Museu da Estrada de Ferro Sorocabana. Há ainda a intenção, por parte do CMT – como veremos no decorrer do trabalho - de implantação de uma rota turística para passeios de trem, aliando a iniciativa pública com a concessão privada do trecho. Além disso, no que tange aos aspectos naturais, percebe-se uma constante preocupação do município em relação à sua imagem, como sendo uma cidade saudável e educadora, slogan da atual administração, na qual vários espaços públicos como praças e travessias, receberam projetos paisagísticos. Entretanto, alguns parques do município ainda são abandonados pela administração pública, como por exemplo, o Parque Ouro Fino. Quanto à infraestrutura turística, nota-se que o município, apesar de ter investido recentemente em sinalização turística, ainda apresenta déficit no serviço de informações ao visitante, já que não há um centro de informações turísticas na cidade. Além 24 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. disso, os autores desta perceberam que há a necessidade de mais pesquisas com relação à demanda real e potencial e ainda, com relação ao perfil dos turistas que visitam a cidade, pois as mesmas não existem ou não se apresentam de forma consistente. Um exemplo disso é uma pesquisa (ANEXO A), extraoficial, cedida pelo SRC&VB, realizada em 2001, que visava elaborar um panorama do turismo em Sorocaba, abordando o perfil dos turistas, taxa de ocupação dos hotéis, entre outros pontos pertinentes à atividade.1 Estimando que o turista visitante do município, em sua maioria, é o turista de negócios, poder-se-ia aproveitar sua estada e oferecer produtos turísticos que promovessem a sua permanência no local por mais alguns dias. Esse produto turístico contemplaria os atrativos já existentes no município, valorizando assim, os patrimônios histórico-culturais de Sorocaba e sua população, bem como divulgando a cidade como destino turístico cultural. 3.2 Apresentação geral das entidades 3.2.1 MACS Segundo seu projeto de implantação o MACS – Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba tem por princípio a valorização da cultura material, sendo que muitos museus têm caminhado para a valorização do meio virtual. É nesse contexto que o MACS tenta se implantar na cidade de Sorocaba-SP há pelo menos sete anos de projeto. Neste caso especifico o foco do museu não deixará o lado virtual abandonado; complementará por meio de atividades e exposições a cultura material via recursos do meio virtual. 1 Segundo informações do SRC&VB a referida pesquisa foi desenvolvida, voluntariamente, por um aluno do curso de turismo da Universidade de Sorocaba – UNISO durante seu período de estágio na Prefeitura de Sorocaba. Apesar apresentar-se no texto da pesquisa a autoria da pesquisa como elaborada pela Prefeitura, a mesma só pode ser encontrada no SRC&VB, o que demonstra que, de fato, não se trata de uma pesquisa oficial. Vale citar também que a pesquisa foi realizada em 2001, o que a torna, segundo informações do Bureau, desatualizada. Por todos os motivos destacados aqui, a referida pesquisa não foi considerada neste trabalho, que continua afirmando a ausência de pesquisas no âmbito do turismo em Sorocaba. 25 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Figura 02: Localização das futuras instalações do MACS na área central de Sorocaba. Fonte: http://maps.google.com.br/ Segundo a Sra. Cristina em sua entrevista, a ideia de implantar na cidade de Sorocaba um museu de arte contemporânea surgiu por meio da fundação da AECA – Associação de Educação Cultura e Arte em outubro de 2004, contando com o apoio da Prefeitura Municipal de Sorocaba e a adesão de 17 associados, para auxiliar no trabalho de concretização do museu. Com o principal objetivo de criar e administrar o MACS, a AECA, por meio de um termo de cooperação técnica com a prefeitura municipal, firma um acordo em 2005, onde foi decidido junto com o prefeito Sr. Vitor Lippi, que o museu ocuparia os barracões anexos ao prédio da Estação Ferroviária de Sorocaba. Com a cooperação técnica assinada e o abrigo decidido foi elaborado o projeto arquitetônico do MACS, feito pelo museólogo Fábio Magalhães e o arquiteto Pedro Mendes da Rocha. Segundo informações cedidas pela Sra. Cristina em entrevista, o projeto é inovador, respeita a volumetria interna do prédio - que é tombado pelo Conselho Municipal do Patrimônio -, e não o descaracteriza na parte externa. Segundo documentos cedidos pelo MACS, em 2006 a instituição buscou se firmar no cenário museal da região e participa da Semana Nacional de Museus, em parceria 26 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. com a Secretaria de Estado da Cultura e a Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP. Em 2007, a AECA é qualificada como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), o que corresponde a uma entidade de utilidade pública municipal, sem fins lucrativos. Ainda, organiza o “I Leilão Pró Museu”, com objetivo de viabilizar a construção do MACS, contando com obras de artistas nacionais e regionais. Em 2008, cria e ministra na cidade de Sorocaba junto com a professora Maria Inês Pannunzio o “Curso de História da Arte”, com objetivo de captar recursos para a AECA manter suas atividades. Surge também o “Projeto Mosaico Urbano”, que tinha como proposta trabalhar a técnica de mosaico através em bairros de Sorocaba, formando mão de obra e criando interversões urbanas de mosaicos. Também participou da 2ª Primavera dos Museus, evento nacional coordenado pelo Departamento de Museus e Cetros Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DEMU/IPHAN, atual IBRAM). Em 2009, dando continuidade a novos cursos e oficinas, os ciclos de palestras da Semana Nacional de Museus e Primavera dos Museus, ao leilão de obras de arte, promove viagens para as principais instituições museológicas da cidade de São Paulo, com objeto de aproximar a arte contemporânea da população Sorocaba. A verba arrecadada também era revertida para a AECA. Também promove no mesmo ano a exposição do artista plástico Fernando Araújo, com 14 telas do artista, que aconteceu no Espaço São Bento, com o público estimado de 500 pessoas. Durante o ano o museu recebe doação de obras de arte, livros e catálogos de arte. Ainda em 2009, no primeiro semestre, tem início a reforma dos barracões que abrigará o museu, em um espaço de 600m². Esta primeira etapa de reforma previa a inauguração do museu para o primeiro semestre de 2010, fato não ocorrido por conta da falta de verba, segundo o MACS. Nessa reforma a Prefeitura Municipal de Sorocaba refez todo o telhado do 1º pavilhão, com troca de tesouras e substituição de telhas de amianto para as originais tenhas de barro, e a confecção de 500m² de piso cimentado polido. 27 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Figura 03: Foto da parte interna do prédio que abrigará o MACS. Fonte: http://www.cesargiobbi.com/?page=materias&id=1212 Em 2010, dando continuidade as atividades, captação de obras, e com as obras da instalação paralisadas, o MACS desenvolve o seu Projeto Educacional com s coordenadora do educativo, Professora Dra. Janina Sanches. Promove o “I Festival Gastronômico”, onde em maio os maiores restaurantes da cidade doaram parte de seu lucro obtido nesse período para o término das obras do Museu (um dos apoiadores foi o Convention & Visitors Bureau de Sorocaba) e lançou a primeira edição da Revista Científica do MACS. Em junho promove a Semana de Arquitetura e Design com palestras e workshop. O escritório do MACS foi transferido para o Chalé Francês, em parceria com o IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil) e a Prefeitura Municipal de Sorocaba, que cedeu o espaço para administração do instituto. No segundo semestre de 20010, promove duas exposições: a primeira do designer Hugo França e a primeira apresentação das obras captadas durante os primeiros anos. 28 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Figura 04: Foto do Chalé Francês, sede provisória do MACS. Fonte: http://designsorocaba.com.br/blog/?p=295 Hoje, em seu processo de implantação, já é reconhecido como instituição museológica e inscrito no Sistema Brasileiro de Museus do IBRAM. Com a previsão de inauguração para o primeiro semestre de 2012, o atual plano de trabalho é difundir atividades eminentemente culturais e educativas, no qual priorizem a difusão das artes visuais no município de Sorocaba-SP. Em 2011, o MACS tem um projeto aprovado pelo PROAC-ICMS (Programa de Ação Cultural) da Secretaria de Estado da Cultura. O valor do Projeto Percursos Contemporâneos orçado em R$ 335.215,00 já foi captado junto a Sorocaba Refrescos, mas a exposição que tinha data prevista para agosto de 2011 não ocorreu por conta de novo atraso na conclusão das obras do museu, por conta da falta de pagamento da verba pública prometida pela Prefeitura de Sorocaba, cerca de R$1.000.000, segundo o MACS. Ainda, houve outra aprovação de projeto um projeto enviado para a Lei Rouanet, visando a Reforma do prédio da Estação para instalação do MACS. Em parceria com o SISEM (Sistema Estadual de Museus do Estado de São Paulo) teve inicio o Curso de Capacitação Museológica com profissionais da região de Sorocaba, dividido em cinco módulos. Ainda, no mês de julho promoveu nas instalações do Chalé Francês a exposição Blue Conection, com artistas nacionais e internacionais. 29 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Na sua gestão, encontra-se atualmente no cargo de presidente a Sra. Cristina, idealizadora e fundadora da AECA. O curador chefe do projeto museológico é Fabio Magalhães, museólogo que atualmente é membro de algumas instituições e museus no estado de São Paulo. O MACS já possui três conselhos formados e atuantes: Figura 05: Conselhos do MACS na fase de implantação. Conselhos do MACS na fase de implantação Conselhos: Membros: Curador Arquitetura Fotografia Fabio Magalhães Fabio Magalhães Fabio Magalhães Cristina Delanhesi Cristina Delanhesi Cristina Delanhesi Márcio Doctors Lucia Castanho Maria Helena Estrada Eduardo Muylaert Décio Tozzi Tadeu Chiarelli Kátia Canton Rubens Fernandes Pedro Mendes da Rocha Fernando Poles Marco Túlio Proença Fonte: PLANO MUSEOLÓGICO DO MACS (ANEXO – F). Com uma equipe pequena, o MACS vem se articulando ao longo dos anos com empresas da região para captação de verbas para se estruturar. Hoje a equipe é formada pela presidência (Sra. Cristina), que representa o MACS, uma secretária geral, responsável por atividades administrativas internas, e um estagiário, que auxilia nas atividades administrativas. Abaixo o organograma do MACS: 30 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Figura 06: Organograma atual do MACS. O MACS ainda conta com uma equipe de voluntários para manter seu projeto educacional, de comunicação, financeiro, cursos e palestras. Essa equipe é formada por 12 pessoas, entre empresários da cidade, professores e estudantes universitários. Ainda, segundo sua presidente Sra. Cristina, o MACS busca como meta ser uma instituição aberta e acessível a todas as camadas da população, com forte preocupação educativa. Também, segundo seus gestores, terá programas voltados aos estudos e pesquisas por meio de parcerias firmadas com universidades da região. Além disso, será um espaço capaz de gerar reflexão e discussão do contexto apresentado através de suas exposições temporárias e fixas. Os objetivos específicos dos MACS, segundo o seu projeto museológico são: 31 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150.  A Arte contemporânea brasileira. Artes plásticas, Arquitetura, design e fotografia. Na questão na arquitetura, não há museus voltada para essa área no Brasil. Por outro lado o Brasil é destaque mundial em arquitetura, pois existem dois Prêmios Nobel em Arquitetura, Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha, no entanto não temos um espaço para se discutir e refletir a produção arquitetônica brasileira. O MACS deverá criar uma programação continuada de reflexão, discussão e exposição da arquitetura brasileira e mundial.  A exposição fotográfica apresenta-se com vários espaços voltados a sua disseminação no país. O MACS irá abordar a fotografia no conceito de hoje que rompe as fronteira das artes visuais. A fotografia será estudada na relação intrínseca com as artes plásticas, sem nenhuma pretensão de competição com instituições congêneres. A forma será através da busca de artistas que usam a fotografia em suas obras de artes.  A abordagem em design será através do diálogo com a arquitetura, sem deixar também de dialogar com as artes plásticas de forma a contextualizar o design na sua aplicação.  Outro enfoque importante do MACS, para fruição, reflexão e discussão da arte e do seu tempo, o museu também deverá ser um espaço educacional. Então serão dedicados, recursos e esforços na área educativa para a sedimentação de projetos estruturados e que fomentem público e discussões. (PLANO MUSEOLÓGICO DO MACS, ANEXO – F) Seu projeto educacional foi estruturado em outubro de 2010, com a proposta de valorizar a educação na interseção com as diferentes reflexões da arte contemporânea, com as perspectivas possíveis das relações multidisciplinares, transdisciplinares, interdisciplinares. O MACS pretende desenvolver uma organização eficiente de equipes no que se refere ao planejamento educativo das exposições, considerando as motivações institucionais, da curadoria e das propostas educativas. Os objetivos do Projeto Educacional são:  Desenvolver ações educativas valorizando a diversidade de experiências do público no espaço museológico e em contato com as obras de arte.  Treinar, instruir, formar equipes para oferecer a melhor mediação sobre os trabalhos expostos, como produtos culturais.  Estimular a emergência de novos públicos, contribuindo com a educação nas diversas áreas de conhecimento, ciclos escolares e públicos de comunidades convidadas.  Promover eventos com artistas, curadores e estudiosos, encontros, debates, palestras, cursos presenciais e online para o desenvolvimento do pensamento crítico, a reflexão, a consciência da complexidade da percepção estética.  Desenvolver pesquisas científicas, socializar em eventos e publicar resultados nos meios acadêmicos. (PLANO EDUCACIONAL DO MACS, ANEXO – G) Na fase final de reforma, o MACS ocupará o edifício anexo à estação ferroviária da Estrada de Ferro Sorocaba, localizada na área central da cidade. Embora seja alvo de várias críticas, a AECA está aplicando o restauro e refuncionalização do espaço cedido pela Prefeitura Municipal de Sorocaba, com o objetivo de transforma-lo em um espaço 32 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. cultural com equipamentos modernos a fim de atender as exigências museológicas internacionais e, assim, inserir-se no circuito nacional e internacional de exposições. Segundo a entrevistada Sra. Cristina o projeto arquitetônico, que foi elaborado pelo arquiteto Pedro Mendes Rocha, preserva a memória do edifício e respeita sua volumetria, recuperando os aspectos originais do edifício, que é tombado pelo município e encontrava-se abandonado até a firmação do acordo com a AECA em 2009. Após a implantação, o museu contará com salas para administração, recuperação, atendimento ao público, sala de reuniões, biblioteca, reserva técnica, auditório com capacidade de 124 lugares para eventos, seminários e conferências. O projeto prevê a ocupação de aproximadamente 700m² do total de 1.800 m² do prédio (ANEXO - F). Embora ainda não tenha seu espaço definitivo, o MACS já ocupa desde 2010 o “Chalé Francês”, localizado ao lado do prédio em reforma. Com isso já disponibiliza para os munícipes suas atividades e faz todo o seu trabalho administrativo no local. 3.2.2 Secretaria da Cultura e Lazer A Secretaria da Cultura e Lazer, instituída estruturalmente no ano de 2005, tem dentre suas atribuições à gestão dos museus e bibliotecas municipais, a elaboração de programas culturais e a organização de eventos. Acerca da questão museal, a instituição aqui apresentada é, como já foi citado, responsável pela gestão do Museu Histórico Sorocabano e do Museu da Estrada de Ferro Sorocabana. Referente à estrutura da já referida secretaria municipal de Sorocaba, de acordo com o artigo 8º da lei nº 7.370 (ANEXO B), de 02 de maio de 2005, a Secretaria da Cultura e Lazer de Sorocaba passou a ser composta por duas áreas, a da Cultura e a do Lazer. Dentro da Área da Cultura configuraram-se duas Divisões, a de Programas e Projetos Culturais, contendo uma Seção de Projetos Culturais; e a Divisão de Patrimônio Histórico e Próprios Culturais, contendo as Seções de Patrimônio Histórico e a de Administração de Próprios Culturais. Por sua vez, a Área do Lazer possui também duas Divisões, a do Lazer, contendo a 33 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Seção de Ações Comunitárias e Lazer; e a Divisão de Eventos. Abaixo segue o trecho da lei supracitada que orienta a estruturação da já referida Secretaria: [...] Art. 11. A Secretaria da Cultura e Lazer terá a seguinte estrutura: I – Área da Cultura; a) 1. Divisão de Programas e projetos Culturais; Seção de projetos Culturais; b) 1. 2. Divisão de Patrimônio Histórico e Próprios Culturais; Seção de Patrimônio Histórico; Seção de Administração de Próprios Culturais; II - Área do Lazer; a) 1. 2. Divisão do Lazer; Seção de Ações Comunitárias e Lazer; Divisão de Eventos; [...] Ainda, ilustrando a supracitada estrutura, pode-se observar, abaixo, o organograma atual da Secretaria da Cultura e Lazer de Sorocaba: 34 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Figura 07: Organograma da SECULT. Fonte: PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA Dentro das atividades pertinentes à presente instituição, destacam-se dois níveis de atividades permanentes, os Programas e os Eventos. O quadro abaixo resume os Programas e eventos realizados pela Secretaria: 35 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Programas Figura 08: Quadro de programas e eventos da SECULT Programa de Patrimônio Histórico, Museus e Bibliotecas: administração e manutenção Programa Mais Cultura: oferta de cursos variados (instrumentos, pintura, etc.) para a população; Programa Vai e Vem: disponibilização de livros nas bibliotecas e em locais públicos, par retirada e devolução sem necessidade de cadastro; Super Férias – Janeiro e Julho; Carnaval – Fevereiro; Virada Cultural – Maio; Eventos Semana do Tropeiro – Maio; Festa Junina – Junho; Festa Beneficente da Colônia Japonesa – Julho; Festival de Música – Julho; Festival de Teatro – Julho; Aniversário da Cidade (Se Liga Sorocaba) – Agosto; Festival Toro Nagashi – Outubro; Semana Brigadeiro Tobias – Outubro; Expo-Literária – Outubro; Cantata de Natal – Dezembro. Além destas atividades realizadas pela Secretaria da Cultura e Lazer, existem outros criados, desenvolvidos e, eventualmente, cancelados de acordo com a necessidade avaliada e apresentam-se em diversas tipologias culturais. Alguns exemplo são: Natal na Praça, Contação de História, Atividoso, entre outros. No que tange a relação entre todas as atribuições da Secretaria da Cultura e Lazer e o Turismo em Sorocaba, cabe aqui ressaltar alguns pontos pertinentes ao 36 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. desenvolvimento deste trabalho.2 Inicialmente, tratando da relação entre os museus municipais e o turismo em Sorocaba, pode-se afirmar, por experiência vivida dentro destas instituições e pela fala dos colaboradores e responsáveis pelos mesmos, que estes equipamentos têm na função de centro de pesquisas sua razão de existir. Dessa forma, pode-se perceber que os Museus Municipais de Sorocaba, apesar de receber, ainda que em baixa frequência, a visitação de pessoas de Sorocaba e outras cidades, não possuem planejamento para recepção de visitantes, guias ou monitores, nem horário de funcionamento que contemple, aos domingos e feriados, por exemplo, a visitação. Outro fator contribuinte para que os museus municipais de Sorocaba sejam considerados, por seus responsáveis e colaboradores, como centros de pesquisa (e não um caráter essencialmente turístico) é a falta de funcionários – capacitados ou não - para as funções pertinentes às operações de cunho turístico dentro das instituições. É válido também citar que, mesmo para as simples atividades de funcionamento dos museus, estas já contam com a escassez de colaboradores que, em muitas vezes, tem que se revezar entre si e os museus para que possa haver o mínimo para o funcionamento destes. É possível então afirmar que a Secretaria da Cultura e Lazer de Sorocaba possui um papel potencial muito importante para a atividade turística e seu fomento. Entretanto, não há, atualmente, nenhuma ação voltada exclusivamente aos turistas, bem como não há também nada que indique a possibilidade de alterações na atuação desta Secretaria para o fomento do turismo em Sorocaba, salvo algumas intenções informais descritas no decorrer do trabalho. 3.2.3 SRC&VB - Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau. A história da origem dos Convention & Visitors Bureaus se dá em Detroit, no final do século XIX, quando Milton Carmichael, um jornalista recém-chegado na cidade, notou a vocação de Detroit para a recepção de um grande fluxo de pessoas motivadas pelas 2 É interessante que deixemos evidente que as constatações a seguir foram feitas por um dos autores desta pesquisa que cumpriu a disciplina de Estágio Obrigatório na instituição aqui tratada. Enquanto esteve lá, conseguiu colher algumas informações por meio do diálogo com os colaboradores da Secretaria e por meio de observações diárias nos museus e eventos em que cumpriu suas horas de estágio. As informações presentes a seguir foram obtidas de maneira informal devido a não existência de pesquisas que possibilitem a análise de, por exemplo, visitação dos museus e origem das pessoas presentes nos eventos realizados por essa entidade do poder público. 37 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. convenções e encontros de negócios que ali aconteciam. Notando isso, Carmichael publicou um texto, em um periódico local, onde tentava transmitir à sociedade e, principalmente, aos empresários a necessidade de ações conjuntas para ampliação das receitas vinculadas ao fluxo de pessoas na cidade. Encontra-se reproduzido abaixo a publicação de Carmichael no periódico de 06 de fevereiro de 1896: [...] Ao longo dos últimos anos Detroit construiu fama de cidade de convenções. Visitantes vêm de milhares de quilômetros de distância para participar de eventos empresariais. Fabricantes de todo o país usam nossa hotelaria para promover reuniões onde discutem os temas de seus interesses, mas tudo isso sem que haja um esforço por parte da comunidade, nem uma ação que vise dar-lhes algum apoio durante sua estadia entre nós! Eles simplesmente vêm para Detroit porque querem ou precisam! Será que Detroit, através de um esforço conjunto, não conseguiria garantir a realização de 200 ou 300 convenções nacionais ao longo do próximo ano? Isso significaria a vinda de milhares e milhares de pessoas de todas as cidades americanas, e elas gastariam milhares de dólares no comércio local, beneficiando a população da cidade. Para isso é preciso que nossos empresários parem de olhar o próprio umbigo e enxerguem as possibilidades abertas por uma ação conjunta de promoção da cidade e não apenas da visão do próprio negócio. (THE DETROIT JOURNAL, 06/02/1896 apud FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CONSVENTION & VISITORS BUREAX - História dos Convention & Visitors Bureau – CVB). Com essa publicação aparentemente inocente, Carmichael conseguiu despertar o interesse dos empresários da cidade, como membros da Câmara do Comércio, Clube dos Ferroviários, hoteleiros, entre outros comerciantes, e fundar o “The Detroit Convention and Businessmen’s League”, que tinha como intenção promover, de forma ordenada e conjunta, um esforço para atrair mais convenções para a cidade. Em 1907 esta entidade passou a adotar o nome de Detroit Convention & Tourist Bureau, que tinha pouco menos de 20 empresas associadas. Em pouco tempo a ideia vingou e outras entidades começaram a surgir em diversas cidades dos Estados Unidos. Em 1915 havia 12 outros convention, cujos representantes se encontraram em Detroit para formar a IACVB – International Associacios os Convention & Visitors Bureaux. No Brasil o pioneiro foi o São Paulo Convention & Visitors Bureau, fundado em 1983, seguido pelo Rio de Janeiro Conventions & Visitours Bureau, em 1984. Posteriormente, Florianópolis, Blumenau, Brasília, Petrópolis, Fortaleza, Joinville e Belo Horizonte criavam também seus CVB’s, mas, em 1997, cento e um anos após a fundação do primeiro convention do mundo e quatorze anos depois da criação do primeiro convention brasileiro, existiam apenas oito CVB’s no Brasil, número ampliado em 2005, quando o país já contava com mais de 60 entidades. Com essa ampliação, Sorocaba também ganhou seu CVB, em vinte e três de outubro de 2003, quando foi fundado o Sorocaba e Região Convention & 38 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Visitors Bureau – SRC&VB, por um grupo de empresários que participavam do Conselho Municipal de Turismo e notou a necessidade em Sorocaba, por já apresentar um determinado porte no ramo hoteleiro, da criação do SRC&VB. (FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CONVENTION & VISITORS BUREAUX – HISTÓRIA DOS CONVENTION &VISITORS BUREAU – CVB) De acordo com o Artigo 1º, do Capítulo I, do estatuto do SRC&VB, a Associação Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau é uma pessoa jurídica de direito privado, organizada por meio de estatuto, sem fins lucrativos, que se rege pelo referido Estatuto e pelas disposições legais aplicáveis, assim como pelo seu regimento interno. Também é citado, no documento de Regimento Interno do SRC&VB, no Artigo 1º, do Capítulo I, a natureza cultural da referida instituição, que também é independente, mantida pela iniciativa privada e visa gerar desenvolvimento social, cultural e econômico para Sorocaba e região. Sobre sua estrutura organizacional, o SRC&VB dispõe de um Presidente, um Vice-Presidente, um Conselho Fiscal composto por três Conselheiros, dois Secretários dois Tesoureiros e um Diretor de Marketing. Para melhor interpretação, segue abaixo o organograma do SRC&VB: Figura 09: Organograma do SRC&VB. Fonte: SRC&VB 39 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Vale destacar que consta no Artigo 2º, do Capítulo I de seu Regimento Interno (ANEXO C), que a missão do SRC&VB é: Promover o desenvolvimento econômico, social e cultural de Sorocaba e região através da captação, geração e incremento de eventos que aumentem o fluxo de visitantes utilizando estratégias planejadas e permanentes de Marketing e Relações Públicas. (SOROCABA E REGIÃO CONVENTION & VISITORS BUREAU, 2006, p.01) Sobre as atividades, destacando apenas aquelas que se relacionam mais estreitamente com a temática do presente trabalho, no Capítulo IV de seu regimento interno consta que: Art. 10º - A Associação poderá: a) Captar, gerar e apoiar eventos nacionais e internacionais, principalmente os de natureza técnica, científica, esportiva e cultural, aumentando o fluxo de visitantes em Sorocaba e região; b) Contribuir para o aprimoramento da infraestrutura e serviços turísticos, trazendo ainda como benefício o desenvolvimento e a difusão cultural, científica, tecnológica e artística do Estado; c) Trabalhar pelo desenvolvimento turístico em geral das cidades de Sorocaba e região; d) Desenvolver o turismo de eventos sejam eles feiras, congressos, convenções ou seminários nacionais e internacionais, tendo como âmbito de atuação principal as cidades de Sorocaba e Região. e) Apoiar a captação de eventos para a cidade de Sorocaba e Região e realizar a promoção dos mesmos, prestando apoio e assessorando associações, sociedades, entidades e empresas. [...] g) Propor iniciativas e acompanhar a sanção de Leis, Decretos, Resoluções, que se destinem a normatizar a atividade turística, voltada à captação e realização de eventos em Sorocaba e Região; h) Firmar convênios, intercâmbios e permutas, com instituições públicas ou privadas visando viabilizar projetos e eventos voltados ao turismo; i) Realizar cursos, debates e pesquisas destinadas ao aperfeiçoamento dos profissionais e entidades que compõem os diversos segmentos em que se desdobra a atividade turística, voltada para o setor de eventos; [...] k) Incentivar as contribuições ao desenvolvimento do turismo em Sorocaba e Região (festas regionais, torneios, rodeios, exposições, etc); l) Promover a integração das atividades econômicas que atuam no mercado de turismo, especialmente em congressos, feiras, viagens de incentivo e eventos em geral; m) Promover a difusão de idéias, dos valores culturais, das tradições e dos hábitos sociais da comunidade regional; [...] q) Apoiar a articulação institucional e empresarial, como: [...] r) Promover o destino Sorocaba e região para eventos e turismo: [...] s) Oferecer assessoria e consultoria a interessados em investir em Sorocaba e região e no mercado de congressos e eventos [...] (SOROCABA E REGIÃO CONVENTION & VISITORS BUREAU, 2006, p.02) 40 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 3.2.4 Conselho Municipal de Turismo (CMT) Temos como a primeira referencia ao Conselho Municipal de Turismo de Sorocaba-SP, a Lei Orgânica do município de Sorocaba-SP, promulgada em 5 de abril de 1990, a qual em seu Artigo nº 184, prevê a criação do Conselho Municipal de Turismo (CMT), além de estabelece suas atribuições e composição determinadas por lei. Segundo o artigo, caberia ao CMT, atividades de elaboração, supervisão e apoio ao roteiro e calendário turísticos do município; apoio aos eventos comemorativos históricos e culturais, e elaboração de circuitos turísticos regionais através de convênios com municípios da região. (JULIANO, 2009, p.84) O Decreto nº 14.534/05, promulgado no governo do prefeito Vitor Lippi, aborda a nomeação de membros do Conselho Municipal de Turismo de Sorocaba-SP. Além do presidente indicado pelo prefeito e do vice-presidente indicado pela Câmara Municipal, o Conselho é composto por vinte e uma entidades representadas, a saber:  a Prefeitura Municipal;  a Associação dos Lojistas do Shopping Esplanada;  o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP);  o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente;  as Agências de Viagem de Turismo;  o Aero Clube de Sorocaba;  o Colégio Politécnico;  a Associação das Agências de Propaganda;  o Sindicato dos Empregados do Comércio de Sorocaba;  o Conselho Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento;  a Associação das Agências de Viagens Independentes do Estado de São Paulo (AVIESP);  a Associação Rural de Sorocaba;  a Universidade de Sorocaba;  a Delegacia Regional de Turismo do Estado de São Paulo;  a Associação dos Profissionais de Propaganda do Sudoeste;  o Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Sorocaba;  os Hotéis;  o Sindicato dos Empregados do Comércio Hoteleiro;  o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (SEBRAE);  o Instituo Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba;  o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC). Neste momento surge um novo rearranjo na estrutura de composição dos membros do Conselho Municipal de Turismo de Sorocaba-SP, que é determinado pela Lei nº 41 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 8.147/07, a qual estabelece a representação no fórum por meio de segmentos de interesse. São estabelecidos nove segmentos de interesse: [...] o segmento turístico dos empregados, cujo limite é de três entidades; o segmento comercial e empresarial organizado, cujo limite é de quatro entidades; o segmento dos Conselhos Municipais de Cultura, Agricultura, Meio Ambiente e Educação, com um representante para cada colegiado; o segmento de prestadores de serviços do setor turístico, cujo limite é de cinco entidades; o segmento do sistema S (SEBRAE, SENAI, SENAC, SESI e SEST/SENAT), com limite de cinco entidades; o segmento educacional, cujo limite é de quatro entidades; representantes convidados do prefeito; dois representantes da Secretaria responsável pela atividade turística; e três representantes do segmento legislativo, sendo um de cada esfera de governo (federal, estadual e municipal). O presidente permanece sendo convidado e indicado pelo chefe do Executivo, sendo o vice-presidente indicado pelos demais membros do colegiado. (JULIANO, 2009, p. 91). Mantém-se o papel da Secretaria de Desenvolvimento Econômico no sentido de fornecer apoio logístico ao Conselho e a participação do secretário dessa pasta nas sessões, sem direito a voto. Nesse estágio, no entanto, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico já tinha sua participação legitimada por lei (Lei nº 6.461/01 – ANEXO D), enquanto entidade representante, fato o qual pode se constituir em um aspecto contraditório do regimento atual. 42 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Figura 10: Organograma da SEDE: Vínculo institucional do Conselho de Turismo de Sorocaba-SP na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Fonte: adaptado de palestra proferida pelo Sr. Carlos Alberto Costa, Diretor do PODI de Sorocaba-SP, em maio de 2009, na UFSCar – campus Sorocaba. Fonte: JULIANO, Tiago. A Evolução do Conselho Municipal de Turismo de Sorocaba-SP: formação da agenda política e articulação social. Sorocaba: UFSCar, 2009. 214 p. Trabalho de Conclusão do Curso de Bacharelado em Turismo. O cenário sugerido pelo Conselho Municipal de Turismo de Sorocaba-SP é de: [...] propor a formação de parcerias com outros municípios visando à elaboração de ações turísticas de interesse regional; recomendar, acompanhar e apoiar os projetos e calendários turísticos do município, incentivando as manifestações comemorativas e históricas; propor diretrizes para políticas públicas de fomento ao turismo; promover a integração de vários segmentos vinculados ao setor; avalizar opinar sobre planos e programas de desenvolvimento das áreas de turismo; promover intercâmbios com outros conselhos do gênero para troca de experiências e encaminhamento de propostas comuns, dentre outras. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA) No primeiro semestre de 2011, a Prefeitura Municipal de Sorocaba deu posse aos novos integrantes do CMT, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico 43 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. (SEDE). Sérgio Benedito Abibe Aranha é o novo presidente do conselho, que ainda conta com a colaboração de 27 conselheiros e suplentes. Em seu mandato, segundo o Sr. Sérgio, os principais projetos em curto prazo que irão demandar o trabalho do CMT será o Trem Turístico (com parceria de 13 cidades da região), o Ônibus do Turista, e a Casa do Turista, que ficará ao lado das instalações do MACS, na Antiga Estação Ferroviária de Sorocaba. 44 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 4 ANÁLISE DE ENTREVISTA Neste capítulo apresentaremos as sínteses das entrevistas realizadas com as pessoas ligadas a cada um dos atores selecionados para esta pesquisa (MACS, SRC&VB, CMT e SECULT). 4.1 Síntese das entrevistas Os temas abordados nas sínteses coincidem com as questões gerais e específicas aplicadas aos entrevistados, criando tópicos norteadores para análise das transcrições e, por fim, obtenção das conclusões dessas respostas. São os seguintes tópicos norteadores: Figura 11: Quadro de tópicos para elaboração da análise. Turismo em Sorocaba/ Potencialidades turísticas/ Trade turístico. Contribuição da instituição para a melhoria da situação museal em Sorocaba. Políticas públicas de turismo em Sorocaba. Contribuição do MACS para o turismo em Sorocaba. Surgimento da instituição e seu papel perante as políticas públicas de turismo em Sorocaba. Política municipal e situação dos Museus Municipais em Sorocaba. Enquadramento da instituição na atividade turística de Sorocaba e contribuição para manutenção desta. Melhorias necessárias para o desenvolvimento turístico de Sorocaba. Visão sobre o MACS, CMT, SRC&VB e Museus Municipais. O turismo dentro do projeto de implantação do MACS. 45 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 4.1.1 Cristina Delanhesi – MACS Sobre o turismo em Sorocaba, a Sra. Cristina diz que o vê dentro do segmento do turismo de negócios com uma grande predominância. Diz também que faltam atrativos, roteiros, circuitos, enfim, opções para os turistas que venham à cidade: [...] Eu acho que o turismo em Sorocaba ainda é o de negócios, é o mais forte, é o que se nota. A cidade ainda é muito fraca de equipamentos e recursos para receber outro tipo de turista. A entrevistada ainda cita, como exemplo desse despreparo da cidade para receber turistas, o horário de funcionamento dos museus municipais, que fecham aos domingos e feriados. Entretanto, a Sra. Cristina relata que já percebe alguma mudança de postura do poder público com relação ao turismo quando se refere à instalação da casa do turista. Ainda no âmbito do turismo, a Sra. Cristina diz que considera possível a criação de um “turismo cultural” em Sorocaba assim que o MACS estiver pronto e puder se conectar com a região e suas potencialidades. É um trabalho a médio prazo, não acho que seja imediato, mas acho que dá pra criar e ainda fazer links com as cidades vizinhas[...]” A Sra. Cristina diz que representando a tipologia do turismo de negócios, já existe o SRC&VB que tem, segundo ela, como foco a atuação perante esse segmento do turismo. Quanto ao trade, a entrevistada cita a rede hoteleira, segundo ela, saturada. Em contraponto, diz, a respeito da rede gastronômica de Sorocaba, que a qualidade e variedade dos restaurantes na cidade têm melhorado muito ultimamente. A gente (Sorocaba) não tem rede hoteleira para receber turista. Acho que os hotéis – o Cardum (Eduardo) vai falar isso pra vocês – os hotéis aqui (Sorocaba) vivem lotados. 46 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Quanto às políticas públicas de turismo em Sorocaba, a Sra. Cristina diz desconhecer a existência destas, mencionando apenas a existência da Casa do Turista, sem, porém, precisar detalhes. A entrevistada diz que, na área da cultura – e de certa forma do turismo – as políticas públicas são muito voltadas aos eventos. Também relata a má administração dos equipamentos culturais municipais, como museus e teatro e relata que a única política pública de que tem conhecimento sobre o funcionamento efetivo é a LINC (Lei de Incentivo à Cultura). Segundo a Sra. Cristina, o projeto do MACS surgiu a dez anos da necessidade vista por um grupo de pessoas, interessadas em arte e cultura, de se criar um espaço para artes visuais em Sorocaba. Então, desta carência da cidade viu-se a possibilidade do surgimento do MACS. Quanto ao papel do MACS perante as políticas públicas de turismo em Sorocaba, a Sra. Cristina diz que vê o MACS como um potencial articulador para que sejam criadas políticas públicas de turismo na cidade, devido a sua intenção de destaque nacional. Na verdade o que nós pensamos é que o museu (MACS) pode ajudar a criar políticas públicas para o turismo [...] Como o museu já nasce com essa vocação de se colocar dentro do cenário nacional de artes plásticas, a gente tem articulado até com instituições internacionais, então acredito que possa ser o primeiro espaço dentro da cidade para se começar a articular políticas públicas porque junto com o museu, você traz um grupo enorme de pessoas pensando arte na cidade. Para a Sra. Cristina, mesmo o MACS ainda não funcionando em sua plenitude (instalado) ele já consegue gerar um turismo de negócios quando traz profissionais para trabalhar em suas exposições e cursos. Hoje, por exemplo, eu estou gerando um turismo de negócios, porque eu trago artistas pra cá, que estão sendo remunerados, inclusive, para trabalhar em uma exposição. Profissionais que são remunerados, então, esse turismo que estamos criando nesse momento é o de negócios, também. Depois de sua instalação, o MACS, segundo a entrevistada, certamente criará um segmento ativo do turismo cultural na cidade, que além do MACS, utilizará outros 47 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. equipamentos, fomentando o a economia de Sorocaba. A Sra. Cristina acredita também que o MACS ajudará a criar uma consciência cultural e turística na cidade, contribuindo para que a população veja a necessidade de cobrar do poder público uma atitude mais ampla no que tange a elaboração de políticas públicas para o turismo. Então acho que a contribuição pode ser grande pra até, a partir do museu, a sociedade cobrar do público políticas voltadas para o turismo. Porque você melhora muito a economia da cidade quando você tem um turismo de qualidade. Sobre o CMT, a Sra. Cristina nega conhecer qualquer trabalho, ação ou função deste. Do CMT nós estamos completamente desarticulados, inclusive nós nunca fomos procurados por algum membro do Conselho para haver algum diálogo sobre o que vai acontecer aqui no Museu. [...] eu acho que talvez falta um pouco de divulgação ou talvez dos membros fazerem interfaces com as instituições locais, que eu acho que seria uma das funções do Conselho. Não sei se é função do Conselho, eu desconheço. Sobre o SRC&VB, a Sra. Cristina diz que são parceiros desde o começo, colaborando com divulgação de cursos e exposições, conseguindo patrocínios com hotéis e restaurantes, entre outras colaborações. A Sra. Cristina também relatou que a própria sede do MACS foi dentro do escritório do SRC&VB, em seu começo e que estes sim são grandes parceiros, pois apoiam a ideia do MACS desde o começo. O MACS só não é associado do SRC&VB por uma questão financeira, segundo a Sra. Cristina: De que maneira eles apoiam? De inúmeras maneiras: o Bureau já conseguiu patrocínio de hotel, alimentação, espaço para reunião de Conselho do Museu (MACS), espaço para palestra de visitantes, curso para, inclusive a própria sede do MACS foi dentro do SRC&VB, quando eles funcionavam na CIESP, tinham uma sala na CIESP e nós dividimos esta sala junto com o SRC&VB. Quanto aos Museus Municipais, a Sra. Cristina considera que falta muito que se fazer para que estes possam ser considerados museus para visitação. Diz ainda que não há nada formalizado para que haja uma articulação entre os museus municipais e o MACS. 48 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. “Talvez falte da nossa parte uma articulação para que aconteça uma ação (conjunta entre o MACS e os Museus Municipais) [...] Acho que é uma questão de alinhar trabalho, mas existe o desejo da nossa parte para que isso aconteça.” A Sra. Cristina também diz que a falta de verba para os museus municipais é inerente à falta de projetos para estes, pois, segundo ela, a verba existe nas esferas municipal, estadual e federal, o que falta é projeto. Por isso os museus continuam inexpressivos. Eu acho que esse ‘chororô’ (sic) que existe em relação a não ter verba (para os Museus Municipais), não ter dinheiro, é uma questão muito diferente, não existe projeto. [...] porque verba existe verba pública, municipal, estadual e federal, pra eu que administro uma instituição privada, consigo verba estadual e federal, por que um museu municipal não vai conseguir? A Sra. Cristina considera que, após a implantação do MACS, a cidade começará a ter uma nova visão para a questão dos museus e, em consequência disto, começará a cobrar do poder público melhorias nos museus municipais. Eu acho que a existência do MACS já contribui, você cria um olhar da sociedade pra questão do museu, que hoje inexiste, porque nossos museus são inexpressivos, esta é uma realidade. Também diz que o MACS poderia colaborar com o knowhow para montar projetos relacionados aos demais museus de Sorocaba. Por fim, a entrevistada relata que faz parte do estatuto do MACS a criação de projetos para os museus municipais e até a possibilidades da criação de uma parceria com o poder público para que o MACS possa também administrar os demais museus. Então, eu acho que essa contribuição a gente pode dar pra cidade, por exemplo, nós temos knowhow de montar projetos, talvez como somos OSCIP, a gente possa ajudar a talvez até a administrar o museu, não sei, dentro do nosso estatuto a gente prevê isso, fazer uma parceria com o poder público e desenvolver projetos para os museus. Nesse momento a gente não tem estrutura para isso ainda, a equipe é muito pequena, mas a partir do momento que a equipe for maior, eu acho que podemos contribuir dessa maneira. 49 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. A Sra. Cristina acha essencial para o MACS, bem como para o trade todo, a cidade ter políticas públicas de turismo. Ela tem a visão de que, com políticas públicas de turismo, os equipamentos, atrativos, hotéis, podem trabalhar com as leis por meio de editais, trazendo fundos, elaborando projetos, enfim, colaborando com a educação do turismo na cidade: [...] a partir do momento que você tem política pública, você pode trabalhar em cima de leis, então se tem uma lei municipal que beneficia o turismo, por exemplo, se a cidade não tem uma política voltada para o turismo, existem editais, por exemplo, vamos falar de verba pra cidade através de política pública, tem editais que são voltados para a cidade que já desenvolvem o turismo, se a gente não tem nenhuma política voltada pra isso, eu não posso entrar em um edital, isto é um exemplo. É considerado pela entrevistada que, existindo políticas públicas no âmbito do turismo, a cidade tem uma maior capacidade de atrair turistas e este aumento dos turistas poderia representar um aumento no número de visitantes potenciais ao MACS. Quando você tem uma política voltada pra turismo, você tem um trabalho na cidade para atrair turista, se eu tenho turista na cidade, com certeza eu vou tentar levar para o meu museu. A Sra. Cristina ainda afirma que o que realmente importa é a receita gerada a partir do aumento do fluxo de turistas na cidade, o que, para ela, é fundamental para instituições que trabalham com cultura e turismo. [...] então quando você fala, por exemplo, de política pública pra turismo, pode ter gente que pense no turista, eu penso no dinheiro que ele pode trazer pra cidade, porque esse dinheiro pode ser revertido em arte e cultura pra cidade, assim como pode ser revertido em melhorias na rede de hotéis, em restaurante, enfim. A entrevistada acredita que o MACS, pelo rigor e qualidade dos profissionais envolvidos e propostas desenvolvidas, conseguirá contribuir, e muito, para o turismo em Sorocaba. 50 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. [...] o MACS nasce com rigor nos profissionais que contrata, no tipo de obra que vai expor, no trabalho que vai ser desenvolvido lá dentro. Todo esse rigor, toda essa qualidade que a gente está imprimindo no projeto, vai contribuir, porque a gente tem a condição de receber o turista exigente pra cidade. Ela sustenta essa informação dizendo que o MACS tornar-se-á um grande atrativo, não só para a região, mas também para grandes centros como São Paulo. “[...] com o trabalho sério você consegue deslocar alguém de São Paulo pra cá”. A Sra. Cristina também cita o projeto de criação de um núcleo de neurociência e arte no MACS, em parceria com um instituto suíço que, com base no seu relato, iniciará um fluxo de intercâmbio na cidade, colaborando com a evolução do turismo na cidade. Então, imagina o intercâmbio, o turismo que a gente traz na área educacional e de arte, com pessoas da França, da Itália, da Suíça, trabalhando aqui em Sorocaba via Museu de Arte Contemporânea. Então, o museu vai contribuir de inúmeras maneiras, a ideia é cumprir esse papel mesmo, na área de turismo. Para a melhoria do cenário turístico de Sorocaba, a Sra. Cristina acredita que, imediatamente, seja necessária a ampliação da rede hoteleira. Disse também que os empresários locais tem se preocupado bastante em diversificar a rede de restaurantes e bares da cidade, porém acredita que pode melhorar em termos de sofisticação. [...] eu falei da rede de restaurantes, mas acho que isso está saindo muito rápido, os empresários estão montando muitos restaurantes, muitos bares na cidade, mas ainda dá para melhorar, dar uma sofisticada. Acredita também que outros serviços de apoio deveriam ser melhor indicados. “Rede de serviços, talvez mais informação e talvez o Bureau seja um articulador disso, por exemplo, quando o turista vem pra Sorocaba, qual o melhor serviço de motorista.” Acredita também que é obrigação da prefeitura a criação de roteiros para o visitante que, quando vem a Sorocaba, não tem opções de passeios que explorem as potencialidades da cidade. A Sra. Cristina diz que, realmente, o turismo não é considerado como deveria no plano de implantação do MACS. Este fato se deve a impossibilidade de tratar de mais este 51 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. assunto com – talvez – um corpo de elaboradores capacitado, porém pequeno. Entretanto, a Sra. Cristina diz que está cuidando do “turismo” quando, por exemplo, traz um grupo de artistas plásticos alemãs para expor suas obras no MACS. [...] nós estamos trazendo da Alemanha esses artistas que vão montar essa exposição e fazer debates aqui. Estou cuidando do turismo quando eu faço isso, estou fazendo esse intercâmbio. Diz ainda que quando estava, junto com a equipe do MACS, elaborando o plano museológico, preferiram enfatizar o plano educacional, implantá-lo em Sorocaba para então, depois de certa experiência, ter a capacidade de atender outras cidades. [...] foi nossa ideia quando criamos o projeto museológico educacional: trabalhar primeiro Sorocaba, fortalecer o museu, [...] ensaiar muito, treinar muito sua equipe, pronto, podemos receber, articular com as cidades vizinhas de Sorocaba e aí articular com o país, é lógico que tudo isso quase acontece ao mesmo tempo [...] Quanto ao estímulo à visitação, a entrevistada acredita que – mesmo sem um plano turístico – possa haver uma articulação do MACS com o resto do trade para estimular a visitação ao museu. Também, quanto ao plano de turismo do museu, a Sra. Cristina acredita que seja extremamente benéfico existir na cidade universidades com cursos de turismo e que a articulação com estas também é válida para que essas instituições possam colaborar com o MACS no que tange os conhecimentos do assunto. Eu imagino que o fato da gente ter uma universidade com o curso de turismo na cidade, também possa trazer profissionais da UFSCar pra trabalhar com a gente no museu, criar projetos específicos pra turismo [...]. Dessa forma, a entrevistada pensa que, por falta de equipe, só após a implantação do MACS seja possível a elaboração de um plano de visitação e de marketing turístico para o museu. 52 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 4.1.2 Sônia – SECULT SECULT - Secretaria Municipal de Cultura de Sorocaba: Representante das políticas públicas ligadas à cultura e o lazer no município de Sorocaba. Possui as divisões de Patrimônio Histórico Cultural e Próprios Culturais, que estão diretamente ligados aos museus municipais. É parceira do MACS desde a sua idealização e contribui com verbas públicas e editais para sua implantação. Embora diga não entender muito acerca do turismo na cidade, acredita que a visão que se tem hoje sobre o turismo em Sorocaba seja muito limitada ao turismo de negócios, quando existem outros segmentos do setor que também se fazem presentes na cidade, como o de compras e, potencialmente, o turismo cultural. Eu não concordo com essa visão, eles acreditam que o único turismo que existe em Sorocaba é o de negócios, que eu não entendo muito bem o que é turismo de negócios, sabe? [...] Porque a gente pensa que vai envereda para o outro lado... Ai, deixa eu ficar quieta (sic). Agora pegando nesse aspecto de empresa, onde as pessoas relacionadas estão aqui de passagem por conta de trabalho, esse é o enfoque que os organismos têm hoje, eu acredito que a cidade é muito mais do que isso. Acredita que existe o turismo cultural quando algum visitante, motivado pelo trabalho ou comércio, vem a Sorocaba e também faz a visitação aos museus ou outros equipamentos culturais. Outra forma de demonstrar o segmento de turismo cultural em Sorocaba se dá, ainda que não se consiga quantificar, com a vinda de um público regional para os eventos em Sorocaba. A Sra. Sônia diz que acredita que alguns eventos acabam promovendo o turismo em Sorocaba, como a Virada Cultural do Interior ou ações em bairros da cidade, que acaba atraindo pessoas da região. [...] estamos fazendo o possível através da nossa Agenda Cultural, não só o que a SECULT oferta, mas o que os outros organismos ligados a SECULT ofertam [...] Quando a gente oferta essa agenda, que nós entregamos e todas as casas noturnas, hotéis, padarias, bar, onde tiver, essas pessoas tem em mãos um instrumento um lugar onde ela possa ir onde tem interesse. 53 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Neste mesmo âmbito, a entrevistada relata que o que falta é a valorização da cidade quanto a essas atividades e uma maior divulgação dos roteiros existentes. Outra atratividade de Sorocaba citada pela Sra. Sônia é a gastronomia, com uma variedade de restaurantes que podem motivar a vinda de pessoas da região. Entretanto, lamenta a falta de estímulo aos restaurantes que contemplem a valorização da gastronomia local, como restaurantes inspirados na cozinha tropeira. Finalmente, também cita as casas noturnas e as opções de lazer como atrativos regionais. Eu acho que Sorocaba tem turismo cultural sim, tudo é uma questão de se valorizar o que já é feito, pois não existe uma divulgação no que já é executado na questão da cultura e do lazer no município, e o turismo gastronômico, pois Sorocaba tem uma grande variedade de restaurantes, [...] e a vida noturna [...] Acha o trade turístico da cidade é muito deficiente, que precisa organizar-se melhor. Em sua opinião é necessário deixar de lado essa ideia de estância turística que alguns têm de Sorocaba, pois o lado comercial, do comércio é muito mais forte. Sorocaba não é uma cidade como as outras que é turística, que tem uma chancela turística, uma estância. Então é necessário ter um olhar diferente, assim: Sorocaba vai ter uma casa do turista. Ai você vai perguntar: pra que turista? Sorocaba é diferente, esse turista é aquele comercial, que vem a negócios ou fazer compras, tem um turismo comercial muito grande, o comércio de Sorocaba é muito forte. Então talvez esteja faltando – e nisso eu posso me incluir como poder público junto com os outros órgãos – é fazer esse levantamento ou esse olhar, enquanto Sorocaba não como estância turística, não que precise dos mesmos modelos de cidades turísticas. Não possui conhecimentos sobre as políticas públicas de turismo em Sorocaba. O motivo dado é que a SECULT não está ligada a Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Não, as políticas de turismo não estão ligadas à SECULT, elas estão ligadas à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e o Conselho de Turismo também está ligado a essa secretaria. A questão dos circuitos históricos, a SECULT realiza isso há muitos anos, independente de ser turista ou não. 54 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. A Sra. Sônia passa um breve resumo sobre a criação da Secretaria de cultura e suas divisões em 2005, a mudança para o Palacete, e a incorporação da divisão de lazer da Secretaria de Esportes. Comenta sobre as divisões, onde todas possuem apenas um funcionário responsável. E também quanto às unidades que a SECULT administra, dizendo que nem todas possuem um administrador responsável. Ainda, cita que a maioria dos próprios culturais que administram são patrimônios culturais da cidade, prédios tombados. Quanto às políticas públicas, reconhece que não existe um diálogo junto a divisão de turismo do município. E diz que a SECULT não pode fazer uma legislação específica para essa área sem auxílio. Critica a estrutura da divisão de turismo e o CMT. A questão é que o turismo não está na cultura [...] ainda existe um problema, é que hoje o pessoal vê Sorocaba como turismo de negócios, mas o de lazer e cultural estão juntos. O pessoal do turismo dentro da prefeitura precisa se estruturar. Essa deficiência acontece porque os funcionários não são de carreiras, ela não tem conseguido fazer o papel delas. Precisa dar continuidade. Expõe que os museus municipais não têm culpa pela falta de turistas na cidade, justificativa comum por parte das de pessoas ligadas ao CMT que, segundo ela não faz nada para mudar essa situação perante o poder público que tanto reclama. Conclui dizendo que isso é uma grande mentira. [...] o que o CMT está fazendo pelo Turismo na cidade, se o Museu está fechado? O que ele foi fazer perante o poder público para que ele esteja aberto? Esse, o Museu de Arte Sacra, [...] Sabe, então não é você abrir uma casa que você está fazendo um treinamento... Isso aí é uma grande mentira! Então eu também questiono esses que questionaram, e esses também deveriam estar brigando para que esses espaços estejam funcionando. Não obteve foco na questão, preferiu comentar sobre duas problemáticas: o fato de pertencer a uma OSCIP e o espaço do qual vai ocupar na antiga estação ferroviária. 55 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Eu acho assim, é válido ter um museu de arte contemporânea? É válido. Pra Sorocaba? Eu não sei, acho que deveria ter uma pesquisa pra ver qual é o público sorocabano, que é um público industrial, ferroviário. Talvez por estar ligada aos museus históricos eu não tenha essa visão tão ampla que eles tenham sobre a contemporaneidade. Abordou questões históricas e sociais contra a implantação na cidade e da necessidade deste equipamento. Na questão histórica social eu acho que ele vai estar inserido dentro de um espaço que já tem uma alma ferroviária, ele esta no núcleo ferroviário da cidade, se não o maior do estado ou no Brasil, onde nasceu a Estrada de Ferro Sorocaba [...] que tem toda uma ligação afetiva com a cidade. Esse prédio, que é um prédio histórico dentro da ferroviária, vai sofrer uma alteração muito grande no seu visual para receber o museu [...] ai é outra coisa, tem uma quebra. Questiona a possibilidade de o MACS buscar novos recursos financeiros para construção de um novo prédio com arquitetura contemporânea, já que o local onde será implantado poderá ser descaracterizado: Na minha concepção poderia construir um prédio novo, porque você constrói um prédio novo com uma arquitetura contemporânea [...] Eu acho que adaptar um prédio antigo para um museu de arte contemporânea a gente tá de novo correndo aquele risco de sempre achar que o museu deve focar em prédio velho - não é assim que o pessoal fala? Ainda, comentou sobre a possibilidade de artistas recusarem o comodato de obras, já que o local não oferece segurança adequada: [...] Qualquer artista contemporâneo hoje não vai enviar uma obra para um espaço que tenha o mínimo de adequação, climatização, segurança, em um espaço que tem um córrego que passa por baixo – que é o nosso Supiriri – que eu não sei como eles vão adequar isso. [...] Conclui a questão respondendo que não está de acordo com a implantação do MACS no prédio histórico da Estação Ferroviária, perguntando de quem será a 56 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. responsabilidade de sua manutenção. “[...] eu não concordo com o espaço que esta sendo destinado para ele, acho que ele poderia receber outra área com prédio mais adequado. E quem é que vai manter isso, o que foi feito até agora foi feito com dinheiro público? [...]” Ainda não existe uma relação estreita com o MACS, pois a principal argumentação utilizada é que ele ainda não foi implantado. “Olha, a gente nunca sentou para conversar sobre esse assunto (colaboração), talvez porque ele ainda não exista, então por enquanto não se tem essa conversa.” O que existe são conversas de alguns problemas que as duas instituições passam por encontrar-se no mesmo espaço na cidade. Também afirma que não existe nenhum conflito. “[...] como eu converso com a Cristina, algumas dificuldades que eles têm nós temos também. Mas algumas facilidades que eles têm nós não temos.” A Sra. Sônia não especifica o MACS, mas comenta que é necessário o CMT adotar novas diretrizes para sua política de fomento, pois ela só é voltada ao turismo de negócios. Se Sorocaba pretende investir na questão do Turismo como a gente tem ouvido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico pelo setor de Turismo da secretaria, eles têm que pensar nisso, na cidade como um todo [...] eu acho que eles precisam mudar a visão do que é turismo, porque Sorocaba tem turismo de lazer e cultural. Ainda, cita que são necessárias parcerias com outras secretarias que possuem uma interface com o Turismo: Secretaria de Cultura e Secretaria de Meio Ambiente. Eles têm que pensar também que eles têm que fazer parcerias com Secretarias de Cultura, de Cidadania, de Meio Ambiente, pra também poder absorver esse público [...] uma ação ou outra a gente faz (SECULT) com a Secretaria de Meio Ambiente, mas por parte do setor do turismo no município está muito precário. A entrevistada também foi questionada sobre sua opinião acerca da atividade turística no MACS e sua contribuição para a cidade de Sorocaba. Em resposta sucinta, não focou esta no objeto da pergunta, e sim preferiu falar sobre os benefícios relacionados ao turismo no qual um espaço cultural pode trazer para a comunidade. “Em qualquer espaço 57 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. cultural ele pode estar sim, desde que ele pense na comunidade como um todo, e não em um segmento específico.” Acredita que o primeiro ponto a ser melhorado é o da hotelaria, já que os hotéis sempre se encontram superlotados quando Sorocaba promove eventos. A gestão gastronômica foi citada novamente, mas fez apelo para que médios e pequenos empreendedores também sejam divulgados pelo trade. Sobre a estrutura cultural e museal de Sorocaba, a Sra. Sônia reconhece a falta de infraestrutura, tanto para o munícipe quanto ao turista. Agora quando entra nessa parte de museus e a parte cultural, eu acho que estamos devendo muito. Devendo para o público daqui e para o público de fora. A gente tem que ter uma estrutura maior, os espaços em ordem, um número de pessoas para receber essas pessoas em ordem [...] O ideal era que tivesse alguém dentro dos espaços [...] hoje a gente não tem essa estrutura, e isso é preocupante. Falou que a SECULT faz tudo o que estiver ao alcance, porém com é um órgão público carece de espaço e pessoal, depende de concursos e não existem cargos específicos para o campo museal nos editais do município. “Qualquer Museu tem problema, tem problema de segurança, com falta de funcionários, de estrutura... Os nossos infelizmente não está fora disso.” Quanto à infraestrutura, comenta várias questões como a perda de espaço, falta de reservas, manutenção precária, falta de verbas para compra de materiais simples para escritório, etc. Os funcionários dos nossos museus por não ter no quadro da prefeitura quadros específicos das áreas de museus, sendo o único que tem é o museólogo e nós não temos museólogo, tivemos um concurso recente, mas não teve gente com formação suficiente para estar assumindo. A Sra. Sônia comenta um diferencial que os museus de Sorocaba apresentam em relação aos da região, que é o foco na pesquisa histórica. Não comenta o que a SECULT vem fazendo ou alguma política pública específica para a área. 58 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Nossos museus trabalham com um diferencial: a pesquisa. É um diferencial dos museus do interior e da maioria dos museus. Porque a maioria tem a parte de exposição e nosso o maior público é o pesquisador. Para mim, como profissional da área, é um diferencial muito positivo. 4.1.3 Sérgio Aranha – CMT CMT - Conselho Municipal de Turismo de Sorocaba: Vinculado a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (a qual ainda não possui um departamento de Turismo), tem como principal demanda o fomento da atividade turística no município de Sorocaba e a articulação entre o setor público-privado. Não possui uma parceria com o MACS, mas é visto como um dos potenciais parceiros para sua implantação. Sérgio Aranha, presidente do Conselho Municipal de Turismo, destaca que, em sua visão, o principal público turístico de Sorocaba é o turista de negócios. Entretanto, relata que o CMT tem elencado o turismo cultural como principal foco das ações e propostas do Conselho. Bom, o principal público, referente a turismo em Sorocaba, é o turismo de negócios. O Conselho, como potencialidade, este Conselho, que está no seu segundo ano de mandato, elegeu como sua prioridade o turismo cultural. Essas propostas vêm de encontro com as possibilidades turísticas para Sorocaba, visto que não há aproveitamento dos potenciais atrativos da cidade. Dentre os possíveis atrativos não explorados, Sérgio cita, entre outros: A Fazenda Ipanema, a Procissão de Aparecidinha, a Capela da Penha, esta última com grande destaque por ser uma obra de Ramos de Azevedo. Sérgio cita ainda que os ciclos históricos de Sorocaba deveriam ser explorados turisticamente de uma forma melhor e também justifica que não há a divulgação da história sorocabana entre seus habitantes, sorocabanos ou não. Também é citada pelo entrevistado a falta de valorização pela cultura nacional e a grande abertura que o povo brasileiro dá à cultura estrangeira, valorizando o Halloween, por exemplo, e deixando de lado o folclore brasileiro. 59 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Então eu vejo que tem que se fazer um trabalho muito grande em relação ao turismo cultural. Mas é o que nós temos. Ninguém vai vir a Sorocaba por causa de nossas belas praias. Nós temos que pegar o turista que está aqui a negócios e fazer ele ficar mais alguns dias conhecendo nossos costumes, nossas tradições, a tradição caipira do estado de São Paulo. Quanto ao trade, Sérgio cita que Sorocaba tem hotéis e restaurantes, mas diz ter ouvido que os primeiros estão saturados e que os segundos têm sido implantados recentemente na cidade. Diz também que a cidade necessita de novos empreendimentos e fala sobre a possibilidade de um centro de convenções particular para cinco mil pessoas. Quanto ao trade turístico, nós temos hotéis, restaurantes, mais recentemente. Pelo o que estou sabendo, a rede hoteleira já está saturada. Nós precisamos de grandes, novos empreendimentos e muitos. Existe a possibilidade de um centro de convenção particular, pra cinco mil pessoas, vai ter dois hotéis – um cinco estrelas ou quatro estrelas, alguma coisa assim. Mas fora isso aí, nós precisamos ainda que a rede hoteleira se amplie mais. Quanto às políticas públicas, o entrevistado diz que dentro da prefeitura não existe nada (órgão, divisão, departamento) que responda pelas questões relativas ao turismo, a não ser o CMT, que planeja, desenvolve propostas mas não há nenhuma instituição para executar o planejamento. “[...] nós temos uma comissão de turismo da prefeitura, mas no quadro, no organograma da prefeitura não existe o Turismo.” Então a comissão vem, se reúne, faz projeto, faz planos, mas não tem sequência, porque não existe o turismo dentro da prefeitura de Sorocaba. Não tem nada, nem uma divisãozinha (sic) [...] Pelo que nós estamos lutando hoje? Pra que volte o Departamento, Divisão – não sei – mas que dentro do organograma da prefeitura tenha, pelo menos, algumas pessoas. Sérgio ainda fala sobre algumas ações que poderiam ser consideradas políticas públicas de Turismo, como a instalação da Casa do Turista, o Trem Turístico, o Ônibus Turístico e a criação de um Setor de Turismo na prefeitura. Dessa forma, o entrevistado vê o CMT ocupando um espaço que deveria ser de uma Secretaria especializada e afirma que o Conselho deveria deixar de ser consultivo para caracterizar-se como deliberativo. “O 60 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. problema deste Conselho ser consultivo é que nós não temos força nenhuma. Tudo o que a gente planeja, estuda, projeta, é consultivo. O ideal é que fosse deliberativo.” Outro ponto sobre a situação atual do Conselho, citado por Sérgio, é a questão de este fazer parte de uma Secretaria “meio”, que planeja, estuda, mas não executa e não uma Secretaria “fim”, que possui atuação executiva. Com isso, Sérgio relata a possibilidade do ‘Turismo’ migrar da Secretaria de Desenvolvimento Econômico para a Secretaria da Cultura e Lazer. Eu creio que em um futuro próximo, o turismo deva ir para a Secretaria da Cultura, que depois será denominada Secretaria da Cultura e Turismo. Lá é uma Secretaria “fim”, esta aqui (SEDE) é “meio”. Então nós estamos planejando, tentando criar essa estrutura interna pra que no futuro o Turismo seja englobado em uma Secretaria. Sobre o histórico do surgimento do CMT, o entrevistado diz desconhecer a história ou o contexto em que se deu o surgimento do Conselho Municipal de Turismo. O Sr. Sérgio diz que o CMT tenta ser um facilitador e incentivador para empresários e para o SRC&VB. “Na verdade nós tentamos ser, para a iniciativa privada, um facilitador [...]”. Cita que também estão abertos para parcerias com Universidades. Diz ainda que estão tentando quantificar financeiramente a representação do turismo para Sorocaba. “Estamos tentando quantificar o que representa o turismo, no aspecto financeiro, para Sorocaba. Nós estamos tentando fazer estas pesquisas junto ao setor de finanças, para agregarmos valor a esse Conselho.” Sérgio relatou que o Conselho conseguiu um valor de R$ 500.000, decorrente do excedente anual da Câmara, aconselhado pelo vereador Pastor Luiz Santos, integrante do Conselho. Esse valor deveria ser gasto com questões que evolvessem o Turismo em Sorocaba (pesquisas, projetos, parcerias, etc.). 61 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Esse ano, o vereador Pastor Luiz Santos, indicou que 500 mil reais (do excedente da câmara) deveriam ser utilizados em turismo e elencou algumas coisas, por exemplo: um site pro Conselho; uma pesquisa sobre o trade de turismo; [...] nós queremos saber o que (o turismo) representa realmente. [...] E está nesses 500 mil aí. Tem, por exemplo: a reforma lá (da Casa do Turista), nós sugerimos que o mobiliário da futura Casa do Turista saia desses 500 mil; tem, parece, que 75mil para o trem turístico; então foi feito um monte de ideias e com valores que davam 500mil reais. Estamos tentando viabilizar isso durante esse ano (o gasto desse dinheiro) no turismo, mesmo não tendo uma Secretaria de Turismo, Seção ou Divisão. O Sr. Sérgio disse que espera que o MACS seja um “museu vivo” e não um museu morto, como se referiu aos museus municipais de Sorocaba. Fez ainda críticas sobre a situação dos museus municipais, ressaltando a falta de guias para visitação. Sorocaba tem museus mortos. E (falar) isso é botar o dedo na ferida (sic). [...] Não adianta nada aquele Museu Ferroviário, pequeno, mas interessantíssimo, não ter um monitor para acompanhar uma visita. Você vai ao museu do Quinzinho de Barros, que é o Museu Histórico Sorocabano, e não tem monitor. Imagine, nós estamos na contramão dos museus [...] Disse ainda ter grandes expectativas para o MACS no que se refere a sua implantação e enfatizou que não houve ou há qualquer participação do CMT neste processo. Ressaltou a grande capacidade das pessoas envolvidas em sua idealização e implantação, destacando a proposta museológica e o dinamismo destes. Sérgio considerou também que tem a expectativa de que o MACS possa alavancar a cultura sorocabana. Então a minha expectativa em relação ao MACS é muito grande. Primeiro porque as pessoas que estão fazendo são do ramo. O museólogo: é muito interessante a proposta dele. O pessoal que faz parte da diretoria do MACS é um pessoal bem dinâmico, interessadíssimo. Eu creio que o MACS vai alavancar até a cultura de Sorocaba, trazendo cursos – já está né -, palestras e o próprio MACS, que a gente quer ver o acervo. Sérgio disse que a chegada de um “museu vivo” a Sorocaba está dentro da proposta de incentivo ao turismo cultural do Conselho. Também salientou a importância dos museus perante a sociedade e fez novas críticas aos museus municipais. 62 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. [...] nós elegemos nosso turismo como o cultural, está dentro de nossa proposta que chegue um “museu” vivo a Sorocaba, dinâmico. Porque Sorocaba precisa que os seus museus tenham uma sobrevida melhor. [...] Nós precisamos de arte, eu acho que isso (o MACS) vem tapar uma falha, corrigir uma falha, dentro da cultura de Sorocaba. Na opinião do Sr. Sérgio, o MACS será uma grande atração turística em Sorocaba, viabilizando grande fluxo de turistas da região.“[...] nós, hoje, não podemos mais pensar só em Sorocaba, a verdade é essa. Toda ação que Sorocaba faz, ela repercute nessa região. Então, o MACS, na minha opinião, também vai ser um sucesso regional.”. Entretanto, para que isso aconteça, o Sr. Sérgio aponta mudanças necessárias no cenário turístico de Sorocaba. Para o entrevistado, Sorocaba necessita de um aumento da rede hoteleira, aprimoramento de bares restaurantes e hotéis. Como exemplo das ações em prol das melhorias na atividade turística em Sorocaba, o Sr. Sérgio citou o oferecimento de um curso sobre a história de Sorocaba pelo CMT para o Sindicato dos Motoristas de Táxi de Sorocaba. [...] o CMT ofereceu ao Sindicato dos Taxistas e ao Banco do Brasil, que vai financiar este projeto, um curso sobre a história de Sorocaba, para os taxistas, um passeio pelo centro histórico de Sorocaba e uma relação com o histórico dos pontos turístico de Sorocaba, aos motoristas. Nós queremos que eles sejam mais educados, mais conscientes, seja uma espécie de “miniguia turístico” (sic). O entrevistado criticou a situação atual dos museus municipais, relatando que estes, comparados ao Museu da Língua portuguesa “[...] há 100, 150 anos atrás [...]”. Disse achar um verdadeiro crime contra a cultura, o saber e o conhecimento a falta de guias e monitores incentivando e fomentando a experiência da visitação bem como a situação de alguns museus que se encontram atualmente fechados em Sorocaba. Disse ainda que essa situação é consequência da falta de políticas públicas que incentivem ações culturais. Não dá pra fazer cultura sem política pública, vamos dizer bem a verdade. Aí se fala ‘vou pegar uma lei Rouanet’, mas só o projeto da lei custa mais caro do que um investimento em um show, por exemplo. Então, tem que ter apoio público em política pública, pra cultura não tem jeito de fazer isso (ficar sem isso). 63 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. O Sr. Sérgio ainda relatou a intenção de o CMT transferir o Museu da Estrada de Ferro para as oficinas da Estação, onde poderia haver locomotivas para exposição e um espaço maior para o acervo. Desta forma, seria possível a criação de um complexo cultural na localidade, abrangendo o MACS, a Casa do Turista e o Museu da Estrada de Ferro Sorocabana. Por fim, para o Sr. Sérgio o MACS será o exemplo para que os museus municipais criem vida e modifiquem sua situação atual. Novamente teceu elogios sobre a equipe idealizadora do MACS, demonstrando conhecimento da situação do MACS. Disse ainda que com o exemplo positivo do MACS, o CMT teria mais argumentos para propor melhorias nos museus municipais. “Eu espero que o MACS seja um exemplo para que os Museus Municipais criem vida. Eu tenho certeza que o MACS vai ser um museu vivo”. Demonstrou acreditar em uma relação futura entre o CMT e o MACS, pois considera a cultura e o turismo temas muito próximos. Disse ainda que não há nenhuma proposta de parceria entre as partes. “[...] nós estamos todos em rede e não tem como o CMT não estar na mesma sintonia do MACS. Mesmo que não tenha (uma parceria formal), uma coisa ajuda a outra e a coisa vai pra frente.” 4.1.4 Eduardo Cardum – SRC&VB SRC&VB - Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau: Entidade sem fins lucrativos e representante do trade turístico da região de Sorocaba. Não existe uma parceria oficial, embora exista vontade e diálogo de ambas as partes. É um parceiro essencial, pois poderá apresentar e articular o MACS em busca de parcerias com os seus associados. Eduardo Cardum, presidente do SRC&VB de Sorocaba acredita que o turismo de Sorocaba é o de negócios, por conta das empresas que aqui existem, porém, atualmente, ele acredita que outras modalidades turísticas se façam presentes na cidade. Estas modalidades derivam da variedade de serviços oferecidos por Sorocaba em diversos âmbitos, como educação, saúde e comércio. Ele destaca ainda que Sorocaba tem potencial para que a atividade turística cresça significativamente. 64 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Já há alguns anos o principal foco da atividade turística é o turismo de negócios [...] até porque Sorocaba é uma cidade industrial, a gente não tem atrativos naturais, mas [...] eu acredito que nesses últimos anos, Sorocaba, na verdade, virou um centro regional [...] Sorocaba hoje virou um centro de serviços educacionais, médicos e também comércio [...] O principal ponto citado pelo entrevistado é a localização de Sorocaba, próxima a São Paulo e referência para as cidades da região. Disse também que atualmente Sorocaba recebe vários eventos, como casamentos, formaturas, etc., e estes movimentam o trade turístico da cidade. Apesar de não haver nenhuma pesquisa oficial que quantifique e qualifique a atividade turística em Sorocaba, Eduardo, pela sua experiência no ramo hoteleiro e com informações dos hotéis associados ao SRC&VB, a rede hoteleira tem altos níveis de ocupação constante e consegue dimensionar a proporção de 80% de turistas de negócio contra 20% de outras finalidades durante a semana. Já nos finais de semana a proporção fica mais equiparada chegando próximo de 40% de turistas de negócios e 60% de outras finalidades. Quanto ao trade turístico de Sorocaba, o Sr. Eduardo cita que este ainda não está acompanhando a demanda, necessitando de mais hotéis. Cita ainda que o maior problema do trade é a falta de conscientização de que todos os atores envolvidos na questão turística devem se unir em prol do desenvolvimento da atividade turística na cidade. Eduardo diz ainda que o trade é um meio muito individualista e o SRC&VB exerce sua função tentando sanar essa dificuldade. [...] o C&V tenta atuar na cidade, tentando passar essa consciência para o trade, mas é um trabalho difícil. Todo trade turístico não está preparado [...] é um setor de serviço meio individualista [...] No caso do C&V, é uma associação, como o próprio nome diz, ela vive em função dos seus associados, dos interesses dos associados e daí, do interesse em comum de você promover o turismo na cidade. Só que hoje a gente tem um problema, que o trade ainda não entendeu muito bem isso [...]. Sobre as políticas públicas de turismo em Sorocaba, Eduardo disse que o SRC&VB participa das reuniões do CMT e do NUPLAN e que atualmente as questões 65 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. referentes ao turismo têm sido mais abordadas pelo poder público. “Na verdade, com a participação do SRC&VB no Conselho Municipal do Turismo, a gente tem uma cadeira [...]”. Disse também que o grande problema das políticas públicas de turismo é a descontinuidade das ações ao longo do tempo, porém atualmente isso tem melhorado. Finalmente citou algumas ações propostas pelo CMT, como o trem turístico, a casa do turista e o próprio MACS, considerando que isso mostra o turismo em mais evidência em Sorocaba. [...] a atividade turística é importante para a arrecadação do município, então estão sendo tomadas algumas decisões e estão sendo feitas algumas ações, como a Casa do Turista, o próprio MACS, que tem apoio, tem também o Trem Turístico, o pessoal fala no ônibus turístico, casa do turista que já está bem encaminhada. Existem ações, o poder público hoje já consegue visualizar melhor a questão do turismo na cidade, mas ainda tem muita coisa para ser feita. Sobre o surgimento da entidade que preside, o Sr. Eduardo aponta que o SRC&VB surgiu da necessidade de fomento e suporte ao trade de Sorocaba e região, vista por um grupo de pessoas que fazia parte do Conselho Municipal de Turismo durante o governo do ex-prefeito Renato Amary. Quanto às políticas públicas de turismo em Sorocaba, o Sr. Eduardo apenas citou a falta de uma representação “oficial” na cidade, como uma Secretaria, por exemplo. Ele relatou que existe o CMT, que é um centro de discussões sobre turismo, ligado à Secretaria do Desenvolvimento Econômico, onde os integrantes do Conselho participam de reuniões, discutem a situação turística de Sorocaba, cultivam ideias, mas não há como ter certeza de que os planejamentos ali feitos possam ser colocados em prática. Finalmente disse que não há uma ligação formal entre a prefeitura e o SRC&VB, pois a prefeitura poderia ser, mas não é uma associada. Apesar disso ele relata que existe uma boa relação entre as duas instituições. Então com o apoio na época da Secretaria do Desenvolvimento, também com o apoio de todos os membros interessados e em função também da cidade já estar com um determinado porte hoteleiro, um parque hoteleiro, havia já a necessidade de criar um C&V Bureau. Segundo Eduardo, o SRC&VB se enquadra na realidade da atividade turística de Sorocaba no que tange o fomento da atividade. Ele, o SRC&VB, tem a função de 66 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. agregador do trade turístico, visando colocar em evidência aos turistas os equipamentos de apoio associados a ele. Também é função do SRC&VB divulgar a cidade em sua região, atrair eventos e recursos, trabalhando em conjunto com os associados e o poder público. O Bureau é uma associação que foi criada para você fomentar o turismo na cidade e na região. Então o SRC&V Bureau tem que trabalhar em parceria com o poder público, a prefeitura, o estado, e tentar visualizar necessidades. Um dos principais objetivos do Bureau é você conseguir trazer eventos para a cidade. [...] É importante para o Bureau que o poder público trabalhe junto com ele. Hoje, infelizmente, ainda em Sorocaba a prefeitura é parceira, mas não é associada, então o Bureau funciona independentemente da prefeitura. Eduardo também destaca a falta de uma Secretaria exclusiva para o turismo e o fato do CMT ser consultivo como um obstáculo para que existam políticas públicas de turismo mais evidentes. [...] o Conselho, além de ele ser consultivo, como ele mesmo é definido, [...] mas ele não tem receita, não tem orçamento, então ele depende da Secretaria. Então eu não saberia te dizer como, talvez com a criação da Secretaria do Turismo, um apoio ao SRC&VB, um apoio financeiro, você realmente efetivar essa parceria, você apoiar, você gerar recursos para o SRC&VB, você poderia no contexto melhorar toda a situação, você poderia trabalhar mais para o turismo. A respeito do MACS, o Sr. Eduardo diz que acredita que o este servirá como um ponto de interesse para Sorocaba e para a região, dessa forma, podendo atender a atividade turística. Relata também que, em sua visão, turismo e cultura são interligados e tem um enorme potencial benéfico para a cidade. Diz ainda que o que falta em Sorocaba é a expansão desta visão por parte das Secretarias que mantém seus museus fechados nos finais de semana, impossibilitando a atividade turística, por exemplo. Você tem a secretaria da cultura e a secretaria do desenvolvimento econômico, em um determinado momento o turismo era ligado à cultura, então ele foi para o desenvolvimento econômico, então, no meu entendimento, o caminho não está certo, a gente teria que repensar esse caminho, porque as coisas são ligadas, turismo, cultura. 67 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Ainda, sobre a relação entre o cenário turístico, a implantação do MACS e as questões políticas na cidade de Sorocaba, o Sr. Eduardo critica a falta de comunicação entre as os atores envolvidos no cenário turístico e cultural da cidade. [...] o MACS é muito voltado à Secretaria da Cultura, e você não tem muita participação (desta Secretaria no projeto do MACS). A Secretaria da Cultura até tem uma cadeira no Conselho (CMT), mas não tem uma participação ativa. Pelo pouco que participei, eu leio alguma coisa, não tem muita discussão sobre o MACS no Conselho, até onde eu sei. Eduardo diz que não existe uma real parceria entre SRC&VB e o MACS, mas apenas algumas ações indiretas. “Na verdade a gente não chega a ser parceiro, é mais apoio a eventos [...]”. O exemplo citado por Eduardo se refere ao apoio na divulgação, por parte do SRC&VB, a um evento realizado pelo MACS. Eduardo também frisa que o SRC&VB nunca participou de nenhuma reunião do MACS. “[...] o SRC&VB não tem participação direta com a criação do MACS, nunca participamos de nenhuma reunião desde a criação das ideias iniciais.” Eduardo afirma também que a falta de uma Secretaria de Turismo, com orçamento e caráter executivo é um fator negativo para qualquer equipamento ou atrativo turístico, inclusive o MACS. [...] hoje a falta de diretrizes turísticas, está mais ligada, eu acho, a falta de uma Secretaria voltada ao turismo, porque hoje existe a intenção, mas como você não tem uma Secretaria voltada para isso, com orçamento, dotado de verba para investimentos no turismo. Muitas ideias acabam se perdendo, então hoje a falta disso, com certeza, seria um ponto negativo para o MACS. Entretanto ele nota uma evolução nesse ponto, pois acredita que o poder público já vem se conscientizando de que a atividade turística tem grande potencial em Sorocaba e é uma ótima fonte de geração de recursos. o Sr. Eduardo ainda afirma que já existem algumas iniciativas dentro do próprio CMT para a criação de um departamento ou Secretaria de Turismo e que isso tem muito a colaborar com a implantação do MACS, bem como com qualquer outra iniciativa no campo turístico. 68 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Eduardo acredita que não só o MACS, mas qualquer outro equipamento ou atrativo que tenha como objetivo trazer público a ele é benéfico para o turismo na cidade e caminha junto à ideia do SRC&VB. Eu sou da seguinte opinião: qualquer atividade nova que você tenha, no caso, um equipamento novo, um centro de convenções, um museu, uma arena, uma feira, qualquer coisa que você tenha como objetivo trazer gente pra cidade, o próprio equipamento vai fomentar o turismo, então a partir do momento que isso aconteça, está caminhando junto com a ideia do SRC&VB. Então qualquer atividade, qualquer coisa que venha para melhorar, é uma coisa positiva. Para Eduardo, Sorocaba só terá melhorias e uma evolução na atividade turística quando existir uma secretaria voltada ao tema e quando todos, desde a população, o trade e o poder público se conscientizarem da grandeza do potencial turístico de Sorocaba e região e como essa atividade pode ser benéfica economicamente. “Muitas vezes as pessoas não têm noção do quanto o turismo pode gerar de receita para a cidade [...]”. O entrevistado ainda cita que o próprio SRC&VB tem muito que evoluir para que possa contribuir mais com as melhorias no turismo em Sorocaba. Hoje, para melhorar o turismo, você teria que ter pessoas focadas no turismo e você teria que ter uma conscientização maior do trade turístico em geral, passando por hotéis, bares, restaurantes. Falta uma conscientização na cidade e na região do potencial da cidade e da região. O entrevistado diz que assim que o MACS estiver, de fato, instituído, o SRC&VB fará a divulgação do referido atrativo como opção de lazer em Sorocaba, assim como faz com o Zoológico, por exemplo, mesmo sem a prefeitura ser uma associada. O objetivo é fomentar o turismo em geral da cidade, tanto essa questão do “Visitors”, que são pessoas que estão na cidade, então independente da prefeitura repassar alguma verba, alguma coisa, você trabalha em função e para essas pessoas. Então, com o intuito de trabalhar em prol do desenvolvimento turístico da cidade, o SRC&VB apoiará, divulgará e incentivará a visitação ao MACS mesmo que esse 69 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. não venha a se tornar um associado. Eduardo ainda diz que, assim que instituído o MACS, o Bureau trabalhará para que o turismo, de modo geral e não só o de negócios, possa se fazer presente no museu. 70 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS Com base na apresentação sucinta das posições dos entrevistados, que representam entidades-chave para o turismo na cidade, pretendemos conjugar as opiniões dos atores envolvidos a cerca de temas abordados na pesquisa de campo. Com esse confronto de informações, objetivamos analisar como os discursos se assemelham e diferenciam-se entre si de acordo com os temas proposto. Intencionamos buscar, no decorrer dos tópicos a seguir, elaborar soluções para as dificuldades encontradas, de forma que a análise se torne mais crítica e funcional. 5.1 As visões [concepções] do Turismo no contexto atual em Sorocaba Primeiramente, quando se tratava da visão geral do turismo em Sorocaba, sugerimos que os entrevistados expressassem suas opiniões sobre os principais segmentos turísticos presente em Sorocaba, as potencialidades da cidade e, finalmente, a situação atual do trade turístico da cidade. Pudemos avaliar então, que há, quase em totalidade, um consenso sobre o principal segmento de turismo em Sorocaba como sendo o turismo de negócios, apesar dos entrevistados também citarem outros segmentos presentes na cidade como o turismo de saúde, educação, gastronômico, compras, lazer e o turismo cultural. Sobre as potencialidades, alguns temas foram citados, como a falta de aproveitamento turístico da cultura sorocabana, tanto no que tange os museus, quanto às tradições locais. Neste âmbito, falou-se também do fato de Sorocaba ser a principal cidade da região, oferecendo e podendo oferecer mais serviços pras demais cidades adjacentes. Do ponto de vista específico de infraestrutura, foi citada a necessidade de criação de um centro de convenções, considerando a grande quantidade de empresas no município e o fluxo de pessoas que este poderia gerar. Confirmando, portanto, que, apesar de reconhecerem as outras potencialidades de Sorocaba, na média, os entrevistados ainda se concentram na ideia do turismo de negócios e eventos na cidade. Finalmente, tratando-se do trade turístico da cidade, os entrevistados concordaram em totalidade com a insuficiência do setor hoteleiro que, segundo eles, não 71 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. consegue atender toda demanda gerada pelas empresas e eventos na cidade. Sobre os restaurantes, há a concordância de que o setor encontra-se em crescimento e já apresenta boas condições, com algumas ressalvas discutidas no decorrer deste tópico. Tratando aqui do turismo em Sorocaba no que concerne aos segmentos presentes e ao principal público, a Sra. Cristina cita que o principal segmento turístico em Sorocaba é o de negócios e relata a possibilidade de haver o turismo cultural na cidade posteriormente à implantação do MACS. Esta consideração transparece, na opinião da entrevistada, a dependência para a existência de um segmento, no caso o turismo cultural, de um equipamento, o MACS. A entrevistada considera que os museus municipais, que poderiam gerar o turismo cultural na cidade, não estão preparados para receber a visitação devido à falta de guias e ao horário de funcionamento. Podemos também levar em conta a visão da Sra. Cristina não contempla o referido segmento turístico de forma integral, pois relaciona o turismo cultural, exclusivamente, com a visitação a museus, fato que na verdade representa apenas uma parcela deste segmento (DIAS, 2002). Além da visitação a museus, o segmento supracitado, inclui apreciação por artes performáticas, visitas a locais de exposição de artes visuais, a igrejas, entre outras (HUGHES, 2004). Neste ponto, podemos citar como exemplo os eventos realizados pela SECULT que, considerados como atrativos regionais e contendo caráter cultural, mobilizam um fluxo de pessoas das cidades vizinhas gerando o turismo cultural na cidade. Sobre a mesma temática, a entrevistada, a Sra. Sônia prefere não elencar um público específico como sendo o principal segmento do turismo em Sorocaba. Crê que a visão de quem considera o turismo de negócios como o principal ou, ainda, o único segmento em Sorocaba, não contempla outros públicos, em sua maioria das cidades vizinhas, que chegam a Sorocaba pela gama de serviços que esta oferece, tais como: o comércio, com os shoppings; e o lazer, com as opções da vida noturna sorocabana, por exemplo. Esta opinião é compartilhada pelo Sr. Eduardo, entrevistado representante do SRC&VB, que cita também o turismo de saúde e de educação. Quanto ao turismo cultural em Sorocaba, a entrevistada relata que acredita na sua existência por dois meios, principalmente. O primeiro meio atrativo para o segmento do turismo cultural em Sorocaba seria, segundo a entrevistada, os eventos realizados pela SECULT e outras entidades que tem a capacidade de atrair pessoas de outras cidades. Estes eventos culturais apresentam-se em diversas formas, tais como: exposições, 72 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. shows musicais, festas tradicionais, feiras, entre outros. O segundo meio, não obstante do primeiro, está embasado na ‘transformação’ da tipologia do turista. A Sra. Sônia diz que o turismo cultural também acontece nos casos em que os turistas de outras tipologias, principalmente a de negócios, após cumprirem suas obrigações ou nas folgas, fazem a visitação aos museus municipais, a teatros, eventos culturais, entre outros. Assim sendo, consideramos que esta visão da entrevistada pode estar embasada no fato do turista de negócios, após cumprir suas obrigações profissionais na localidade, poder dedicar seu tempo livre a atrativos culturais, transformando-se então em um turista cultural (SWARBROOKE e HORNER, 2002). Vale ressaltar aqui também que, apesar da Sra. Sônia considerar que possui pouca intimidade com o tema “turismo”, demonstrou uma visão bastante ampla da atividade em Sorocaba, desde o conceito geral do tema (OMT, 1994) quando cita, considerando como turistas, visitantes das cidades vizinhas buscando uma gama variada de serviços no referido município, até a “transformação” dos turistas de outros segmentos em consumidores de cultura, surgindo assim o turismo cultural (SWARBROOKE e HORNER, 2002). Ainda sobre o principal público presente em Sorocaba, no que tange o turismo, o Sr. Eduardo, diz acreditar no turismo de negócios, pela grande quantidade de empresas presentes em Sorocaba. Entretanto, salienta a presença de outras modalidades que, assim como diz a Sra. Sônia, se usufruem de serviços oferecidos em Sorocaba, como educação, saúde e comércio. Como outras fontes motivadoras do turismo no município, o Sr. Eduardo destaca também a ocorrência de eventos em Sorocaba, dando ênfase a formaturas, casamentos, entre outros, ao contrário da Sra. Sônia que destacou os eventos culturais. Sobre o segmento de turismo cultural em Sorocaba, o entrevistado não faz nenhuma menção a não ser uma crítica ao horário de funcionamento dos museus municipais e a falta de estrutura para recepção de visitantes que, em sua visão, pelo que pudemos perceber, inibe o desenvolvimento do referido segmento. Sobre este ponto, a ser discutido posteriormente no próximo tópico que aborda as questões referentes às políticas públicas de turismo em Sorocaba, mesmo o entrevistado não fazendo referência direta à responsabilidade do poder público local para com o que tange o modo de funcionamento dos museus, podemos perceber que este é o grande responsável pelo falta de fomento à visitação destes (HUGHES, 2002). Finalmente, o Sr. Sérgio considera o turismo de negócios como o principal segmento presente em Sorocaba e não cita nenhuma outra tipologia a não ser a necessidade de criação do turismo cultural na cidade. Sobre este último, fez questão de relatar as propostas do CMT que, principalmente, giram em torno do fomento cultural na cidade visando a atividade 73 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. turística. Com isso, passou a impressão de que, atualmente, não existe o turismo cultural em Sorocaba e que este depende quase que exclusivamente do início prático das propostas do Conselho e, em certo ponto, da criação do MACS. Disse também que o que Sorocaba pode oferecer aos turistas é a cultura, as tradições e a história, ignorando outros segmentos presentes em Sorocaba, citados por outros entrevistados. Apesar de demonstrar uma visão limitada, comparada com dos outros dois últimos entrevistados supracitados, acerca do turismo vigente em Sorocaba, Sr. Sérgio fez uma interessante observação sobre a necessidade de criação de mecanismos culturais que possam absorver o turista de negócios presente na cidade. A partir disto, podemos aqui vislumbrar a possibilidade de que se projetos propostos pelo CMT, como o Trem Turístico, o Ônibus Turístico ou até um setor no quadro do poder público exclusivo para o turismo, sejam colocados em prática para absorver uma demanda em potencial presente no município, o turismo de negócios, isso seja visto como uma forma de “turistificação” de Sorocaba (KNAFOU, 1996). Quanto à situação atual do trade turístico de Sorocaba, a opinião de todos entrevistados convergiu a um ponto principal tratando-se deste assunto: necessidades de melhorias, principalmente na rede hoteleira e os equipamentos de gastronomia da cidade. De acordo com todos os entrevistados, há a necessidade de ampliação da rede hoteleira sorocabana, que já não acompanha a demanda. Apesar de não terem sido encontradas pesquisas oficiais, para o desenvolvimento do presente trabalho, o SRC&VB informou que a taxa de ocupação média em 2010 e no período de janeiro a julho de 2011 foi de aproximadamente 70%, o que representa um número significativo se comparada com a taxa paulistana do primeiro semestre de 2011 que atingiu 69,3% de ocupação média.3 (fonte: SPTURIS) Quanto à gastronomia em Sorocaba, pode-se perceber certas divergências na opinião dos entrevistados. Para a Sra. Cristina, este setor tem melhorado no últimos tempos, entretanto ainda necessita de mais “sofisticação”. A Sra. Sônia, por sua vez, também observou a melhoria no setor, porém frisou a necessidade de que os estabelecimentos de A&B mais simples também possam ser incluídos no trade e divulgados para que possam acolher as demandas das outras tipologias turísticas presentes na cidade. Acreditamos que a entrevistada expos esta opinião devido ao fato de apenas os grandes estabelecimentos serem divulgados e os menores, muitas vezes por falta de condições financeiras, não conseguirem veicular sua 3 Vale ressaltar que esta pesquisa foi feita de maneira informal, com oito dos principais hotéis de Sorocaba (Cardum, Grand Hotel Royal, Ibis, Inter Plaza, Ipanema, Sorocaba Park, Transamerica e Vila Centralle), o que pode não retratar a realidade da forma mais fiel possível, porém já oferece certa ideia da situação do setor hoteleiro na cidade. 74 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. imagem. Dessa forma, tem-se a divulgação destes estabelecimentos voltados apenas para uma parcela mais elitizada da população e, consequentemente, dos turistas. Pode-se considerar também que se existe um segmento turístico em Sorocaba para o qual é destinada a divulgação destes restaurantes é o turismo de negócios, que possui um perfil mais exigente e menos econômico (SWARBROOKE e HORNER, 2002). Este panorama pode ser prejudicial para turistas de outras tipologias, e até mesmo a de negócios, que não possuam poder econômico para frequentar os referidos estabelecimentos. Dessa forma, a Sra. Sônia reivindica um cenário mais democrático no que tange a divulgação e apoio, no setor gastronômico de Sorocaba. A entrevistada ainda cita a falta de identidade com a cidade no meio gastronômico, pois não tem ciência sobre a existência de estabelecimentos que sirvam pratos da culinária tradicional da região, como a comida tropeira e a culinária caipira em geral, consideradas pela Sra. Sônia como um grande potencial do município. Neste ponto, devemos citar a necessidade de possíveis e pertinentes ações a serem desenvolvidas por parte do SRC&VB e do CMT, que contemplem estes estabelecimentos, estimulando-os a participar mais enfaticamente da estruturação turística, visto que essas ações encontram-se dentro da gama de suas atribuições. Sobre as potencialidades turísticas em Sorocaba, não houve um consenso geral nos apontamentos dos entrevistados. A Sra. Cristina considerou que existe o potencial para o turismo de lazer, mas relata a falta de estrutura que impossibilita esta atividade. Isso vai contra o que já foi citado anteriormente por outro entrevistado, quando o turismo de lazer foi tido como vigente na cidade. O representante do SRC&VB, Sr. Eduardo, fez a colocação de que a localização de Sorocaba, referência para outras cidades da região e a proximidade com São Paulo, representa a realidade de atividades turísticas já desenvolvidas aqui e um potencialidade para que haja o desenvolvimento das mesmas e de outras mais. Por fim, a Sra. Sônia e o Sr. Sérgio citaram potencialidades na área cultural da cidade, sendo que a primeira se referiu, como já citado, à gastronomia e o segundo listou uma série de potenciais atrativos culturais sub-explorados turisticamente. O Sr. Sérgio demonstrou, neste ponto, bastante intimidade com o assunto, o que pode ser considerado presumível visto o cargo que ocupa no Conselho Municipal de Turismo e as propostas que este, segundo o entrevistado, tem elencado como principal foco de discussão da entidade, o turismo cultural. Condensando as visões e opiniões dos entrevistados, com o intuito de elaborar um panorama geral do cenário turístico em Sorocaba, podemos considerar, primeiramente, que algumas tipologias fazem-se presentes no município, tais como: o turismo de negócios, 75 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. pela grande quantidade de empresas em Sorocaba, que atraem um fluxo constante de pessoas a trabalho no município; o turismo cultural, com os eventos (shows, exposições, feiras, etc.) que ocorrem na cidade; o turismo de lazer, com as opções de estabelecimentos que compõem a oferta da vida noturna de Sorocaba; o turismo de saúde, com a presença de hospitais e spas na cidade; o turismo de compras, pela presença de shoppings que atraem pessoas da região pelo comércio. É visto também que o setor hoteleiro da cidade necessita de ampliação, pois sua composição atual não tem acompanhado a demanda atual e causa a preocupação para um futuro próximo, visto o crescimento de Sorocaba nos âmbitos populacional (1,75% ao ano), maior que a média do Estado de São Paulo, 1,09% ao ano (SEADE - 2010), e industrial, com a vinda da Toyota, por exemplo, e outras empresas. O setor gastronômico, na visão dos entrevistados, tem crescido e se diversificado, contando com estabelecimentos que servem bem o segmento de negócios do turismo, contudo nota-se a ausência da gastronomia tradicional da região entre as opções do setor, o que representa um potencial sub-explorado no município. Também é observada a presença de diversos atrativos em potencial, que contemplam a história e cultura de Sorocaba, não explorados turisticamente, entre estes, os museus municipais. Sobre este último aspecto há duas tendências a serem destacadas aqui: a primeira corresponde à implantação do MACS, que pode contribuir para a criação de um turismo cultural em museus ainda, praticamente, inexistente na cidade; em segundo, tem-se as intenções de valorização cultural do CMT para o desenvolvimento do turismo cultural de uma forma mais vasta em Sorocaba. Mais especificamente, sobre a implantação do MACS, podemos observar que existe uma demanda turística com possibilidade de ser explorada visando a visitação ao museu em Sorocaba, visto os segmentos que já se fazem presentes na cidade. Entretanto, assim como ocorre nos museus municipais, há a necessidade de ações, desenvolvidas pelo poder público, pelas entidades envolvidas com o turismo em Sorocaba e pelo próprio MACS, que estimulem o turismo cultural na área museal na cidade. Dessa forma, esta parcela do cenário turístico local pode contribuir para o fluxo de visitantes ao MACS, principalmente, se houver o estimulo à visitação, elencando o referido museu como uma opção para estes públicos. É válido ressaltar que as ações que poderiam ocorrer voltadas aos turistas dos diversos segmentos em Sorocaba, seriam dadas em um primeiro momento com articulação do 76 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. trade, onde, a partir do estabelecimento do diálogo entre as partes envolvidas, poderiam ser desenvolvidas ações para a criação do turismo específico para o MACS. Devemos salientar também que, se pelo prisma do público potencial o fluxo de visitantes do MACS estaria amparado, a situação atual da rede hoteleira da cidade pode ser um fator prejudicial ao museu já que esta se encontra insuficiente, não atendendo à demanda atual e gerando uma perspectiva negativa a demanda complementar gerada pelo MACS. 5.2 Políticas públicas de Turismo e Cultura: análise das intenções, ações atuais e perspectivas Sobre as políticas públicas de turismo em Sorocaba, as visões dos entrevistados, de uma forma geral, puderam nos auxiliar a perceber alguns fatores importantes sobre este ponto, no que tange as ações existentes e o que se pretende fazer acerca do tema. Notamos que a falta de uma Secretaria – ou Divisão, Setor, etc. – de Turismo em Sorocaba é um ponto bastante relevante, na opinião dos entrevistados, para que a atividade turística não seja desenvolvida integralmente, em todos seus segmentos. Decorrente da ausência de um órgão, de relevância, que trate exclusivamente do turismo, algumas ações que seriam necessárias para o desenvolvimento da atividade não são desenvolvidas, como pesquisas que quantifiquem e qualifiquem o turismo em Sorocaba. Outro ponto citado de uma maneira geral é a má administração dos equipamentos culturais da cidade, principalmente os museus municipais, que, se bem administrados, poderiam ser atrativos turísticos. Acredita-se também que o MACS poderá, depois de implantado, incentivar postura nova perante a cultura na população de Sorocaba e isto poderá contribuir para a formação de um órgão responsável pelo turismo no poder público. Cabe citar também, neste âmbito, que de uma maneira geral o CMT é visto como um órgão sem muita representatividade, pois tem caráter consultivo, não garantindo execução de nenhuma ação planejada no mesmo. Finalmente, a falta de articulação institucional, tanto entre o trade, como internamente, entre a Secretaria da Cultura e Lazer, que possui interface com a atividade turística, é um ponto que inviabiliza a evolução da criação de políticas públicas para o turismo na cidade. De certo modo, pudemos perceber que, entre os entrevistados, praticamente não é citado nada do que tem ocorrido referente às políticas 77 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. públicas de turismo em Sorocaba, contudo fala-se muito sobre o que se mostra necessário fazer. Isso pode demonstrar a falta de ações nesta área e, no decorrer deste tópico tentaremos, a partir das visões dos entrevistados, compor este cenário. Sobre as políticas públicas de turismo em Sorocaba, a Sra. Cristina Delanhesi diz desconhecer completamente sua existência. Entretanto, faz referência a área cultural de Sorocaba e, de certa forma sobre o turismo, segundo ela mesma. A entrevistada relata que as políticas públicas de cultura em Sorocaba são muito voltadas aos eventos e critica a inexpressividade dos museus municipais, o que já foi descrito no tópico anterior. Neste ponto, podemos perceber que a consequência desta política voltada aos eventos é a falta de manutenção e atenção aos equipamentos culturais, especialmente os museus. Segundo pudemos notar na entrevista da Sra. Sônia, esta realidade pode ter duas causas mais específicas que são a falta de uma verba específica para os museus e o restrito quadro de funcionários na Secretaria da Cultura e Lazer. Podemos ainda, considerando estas opiniões, sugerir que a visibilidade de constantes eventos é maior e, possivelmente, de maior impacto eleitoral do que a manutenção dos museus e o fomento à criação de uma cultura voltada para essa área, por exemplo. Portanto, podemos perceber que os museus municipais, por falta de ações do poder público, não assumem sua vocação perante a sociedade, que é de diálogo como instituição cultural, de ensino e, principalmente neste caso, como atração turística (AMARAL, 2003). Ainda referente sobre as visões do tema pela Sra. Cristina, esta cita que, em sua visão, as políticas públicas estão muito ligadas à criação de leis que possibilitem o trade arrecadar fundos para servir ao turismo e à cultura da localidade. Tanto demonstra pensar assim que também ressalta que, em Sorocaba, a única política pública cultural que funciona é LINC. Cabe citar aqui que uma das fontes de verba para a criação do MACS, provém da LINC e, talvez por ter tido mais proximidade com esta a entrevistada tenha esta visão. Sobre o MACS, a entrevistada acredita que este possa, depois de implantado, colaborar com a criação de políticas públicas, tanto na área da cultura como na do turismo, para Sorocaba. Ela ressalta que isso se daria com a capacidade do MACS em criar uma nova cultura, relacionada aos museus, na população sorocabana e, a partir disso, esta seria motivada a cobrar do poder público políticas que sanassem as deficiências dos museus municipais, por exemplo. De certa forma podemos notar uma contradição na fala da entrevistada, pois, inicialmente, relata o desconhecimento de políticas públicas de turismo no município, porém, em um segundo momento, relaciona o turismo à cultura e cita a LINC e os eventos realizados em Sorocaba 78 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. que podem ser considerados estando no campo do turismo cultural e representam uma manifestação política do poder público, como visto no tópico anterior. Por fim, a Sra. Cristina ainda cita que deveria haver roteiros, elaborados pelo poder público, que contemplassem às potencialidades histórico-culturais de Sorocaba. Assim como a Sra. Cristina, a Sra. Sônia diz, inicialmente, não possuir conhecimento acerca das políticas públicas de turismo em Sorocaba. Diz ainda, como justificativa, que não possui este conhecimento devido à SECULT não estar vinculada com a SEDE e, por sua vez, ao CMT, não havendo diálogo entre as partes. Neste âmbito, a entrevistada faz uma crítica à situação do turismo no poder público da cidade, dizendo que este necessita de uma melhor estruturação no que tange sua Divisão – tratada aqui como um Setor já existente dentro do poder público, o que de fato não existe. Podemos entender que, pela fala da Sra. Sônia, o melhor “lugar” para o Turismo no poder público de Sorocaba pode não ser a SEDE, visto que nesta Secretaria o turismo pode ser tratado não apenas como negócio, no que se refere à visão da atividade como uma atividade econômica, mas também, e principalmente, com ênfase quase exclusiva ao turismo de negócios. A Sra. Sônia destaca, como no tópico anterior, que o turismo em Sorocaba é uma atividade de múltiplos segmentos e que talvez, na SEDE estas demais vertentes da atividade, como as áreas de cultural e de lazer, não sejam beneficiadas. Isso se torna mais evidente quando a entrevistada cita as críticas que a SECULT recebe do CMT (ou de pessoas ligadas a este), por exemplo, acerca da inexpressividade turística dos museus municipais. A Sra. Sônia rebate dizendo que estas críticas não são nada construtivas, pois nunca vêm acompanhadas de propostas para que haja alguma mudança em relação a este ponto. Tomando isso como verdade, podemos julgar que o CMT não vem cumprindo com suas atribuições descritas no artigo 4º da lei nº 1491, de 24 de abril de 1.968 (ANEXO D), que prevê, de uma maneira genérica, mas compreensível, a participação deste em atividades e ações que possam desenvolver a atratividade de pontos turísticos do município. Isto talvez se deva ao fato da disparidade entra as atribuições do CMT, algumas com caráter executivo, como em “VI - Promover a integração dos vários segmentos do setor turístico vinculados à produção, comercialização, elaboração, construção, sinalização e transporte;”, por exemplo, seu caráter consultivo e seu pertencimento a uma Secretaria “meio”. A entrevistada ainda frisa que a SECULT não poderia desenvolver nenhum tipo de legislação específica de turismo sem o auxílio dos órgãos competentes no poder público. Mesmo assim, podemos elencar aqui duas atividades desenvolvidas pela SECULT 79 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. que podem ser consideradas, no âmbito das políticas públicas, como fomentadoras do turismo: a primeira, já citada, diz respeito aos eventos que a referida Secretaria desenvolve na cidade e, por sua vez, atraem público de cidades adjacentes; a segunda é a agenda cultural que, distribuída em casas noturnas, hotéis e outros locais, tem a possibilidade de chegar às mãos de pessoas que estejam em Sorocaba como visitantes e, por meio desta agenda, podem ficar sabendo dos acontecimentos culturais na cidade. Respondendo pelo CMT, o Sr. Sérgio, discorre sobre a necessidade de criação de um Setor, Divisão ou, até mesmo, uma Secretaria de Turismo na cidade de Sorocaba. Suas justificativas circundam o fato de o Conselho não obter autonomia para desenvolver ações em prol da atividade turística em Sorocaba, visto que este possui caráter consultivo e faz parte de uma Secretaria “meio”. O entrevistado ainda faz um paralelo entre as potencialidades subexploradas de Sorocaba com as propostas do CMT para estas, demonstrando a necessidade de políticas públicas e ações que beneficiem o setor no município. As propostas para o turismo na cidade convergem, segundo o entrevistado, no fomento do turismo cultural, visando a valorização de potenciais atrativos, exploração turística dos ciclos históricos sorocabanos, entre outros, diversificando a aplicação do atual turismo cultural da cidade, voltado aos eventos. Em meio às dificuldades de representatividade perante o poder público de Sorocaba, o CMT aparece ocupando o espaço de uma Secretaria de Turismo, entretanto com uma série de limitações que conduzem o Conselho a ser apenas, como diz o entrevistado, um centro de discussões sobre turismo. Como descreve Juliano (2009, p.103) acerca da realização de projetos prioritários para o desenvolvimento turístico em Sorocaba, pelo CMT em 2008, observava-se sempre a discussão, mas a execução dos referidos projetos encontrava obstáculos, como “a falta de governança e de corpo técnico no quadro da Prefeitura”. Contudo, o Sr. Sérgio cita que apesar do caráter consultivo, o Conselho tem conseguido sugerir algumas ações referentes ao turismo à Prefeitura e obtido algum respaldo para aplicação destas. Um exemplo é a Casa do Turista, que funcionará como um centro de informações turísticas, o que representa uma evolução para atividade em Sorocaba. Cabe ressaltar que a Casa do turista foi tida, por todos entrevistados, como uma ação de política pública desenvolvida pelo CMT. Outro exemplo dado pelo entrevistado é a obtenção de uma verba de quinhentos mil reais, derivada de excedentes anuais da Câmara, que seria destinada a ações turísticas na cidade. Isso demonstra que, mesmo sem “representatividade oficial”, o CMT tem conseguido certa articulação política com poder público, o que pode representar uma mudança de postura deste último para com o turismo na cidade. 80 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Sobre os museus municipais, o Sr. Sérgio não cita nenhum planejamento efetivo do CMT para estes, mas não poupa críticas à inexpressividade destes. Isto se relaciona com a fala da Sra. Sônia, que critica a falta de ações do Conselho para turistificação dos museus de Sorocaba. Ainda, o Sr. Sérgio acredita que a chegada do MACS possa modificar o cenário museal de Sorocaba, colaborando para que este evolua e torne-se de fato um atrativo. Ainda assim, o entrevistado relata que não há envolvimento do CMT no processo de implantação do MACS, mas cita que uma das propostas do Conselho é, realmente, a chegada de um “museu vivo” na cidade e que, a partir desta, o CMT tenha argumentos e certo respaldo para propor melhorias para os museus municipais. A opinião do Sr. Eduardo converge com a do o Sr. Sérgio no sentido da necessidade de criação de um órgão no poder público que represente o turismo. Para o Sr. Eduardo, o maior problema do turismo em Sorocaba é a falta de conscientização do trade de que todos os atores envolvidos na atividade turística devem se unir em prol do desenvolvimento do setor e o maior problema das políticas públicas de turismo é a descontinuidade das ações ao longo do tempo. Podemos avaliar que talvez isso se deva, realmente, à falta de uma Secretaria de Turismo que possa desenvolver políticas públicas visando a maior articulação entre todos os envolvidos no setor turístico da cidade, entre outras atribuições. Neste ponto podemos constatar, pela análise das atribuições das duas instituições, que, assim como o CMT apresenta-se tentando suprir a lacuna que deveria ser preenchida por uma Secretaria, o SRC&VB também trabalha tentando desenvolver ações, como a otimização da articulação do trade, que, talvez, fossem trabalhadas de uma forma mais representativa pela ausente Secretaria de Turismo. Apesar disso, o entrevistado relata que há algum tempo tem ocorrido uma mudança da visão do poder público perante a atividade turística e seu potencial de geração de renda para o município. Acredita então que, em breve e por haver já a intenção dentro do próprio CMT, haja a criação de uma Secretaria de Turismo que possa organizar melhor este setor. Podemos perceber que, frente à ausência de um órgão (Departamento, Secretaria ou Divisão) responsável, exclusivamente, pelo turismo em Sorocaba, não só SRC&VB e o CMT, mas também o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico, turístico e Paisagístico de Sorocaba, representam marcos na governança do turismo na cidade (JULIANO, 2009, p.81). Somando esta divisão – descentralização - na governança do turismo no município, às falhas na 81 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. comunicação entre as entidades4, tem-se, supostamente, a desorganização administrativa do setor. Podemos concluir, a partir da análise das visões dos entrevistados, que as políticas públicas de turismo da cidade existem de forma discreta e indireta. A discrição se deve à falta de representação do setor por meio de um órgão público, uma Secretaria de Turismo, por exemplo. A forma indireta de como se dão as políticas públicas de turismo está relacionada com ações e programas que, propostos por outras secretarias, tem potencial para atrair turistas e, pode-se dizer, mas não quantificar, que de certa forma realmente atraem. Além disso, devemos citar o fato de, ainda que não possamos julgar ser consciente ou não, outras entidades, como o SRC&VB e o CMT, ocuparem o espaço que deveria ser de uma Secretaria específica. Isto pode ser visto nas semelhanças em suas atribuições descritas na legislação referente ao Conselho e no estatuto do Bureau. O quadro (figura 10) abaixo demostra algumas similaridades entre as atribuições do CMT e do SRC&VB no que tange a atividade turística em Sorocaba. Os pontos presentes no quadro foram extraídos do 3º Estatuto Social do SRC&VB (ANEXO E) e da LEI Nº 6461, DE 26 DE SETEMBRO DE 2001, revogada pela LEI Nº 8147 DE 02 DE MAIO DE 2007, que dispõe, entre outras, sobre as atribuições do CMT (ANEXO D). 4 Assunto tratado no próximo tópico – “Articulação Institucional para a Implantação do MACS”. 82 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Figura 12: Quadro comparativo entre CMT e SRC&VB. Conselho Municipal de Turismo Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau c) Trabalhar pelo desenvolvimento turístico em geral das cidades de Sorocaba e região; I - Propor e estabelecer parcerias com outros Municípios, visando a elaboração de ações de políticas turísticas de interesse regional; g) Propor iniciativas e acompanhar a sanção de Leis, Decretos, Resoluções, que se destinem a normatizar a atividade turística, voltada à captação e realização de eventos em Sorocaba e Região; h) Firmar convênios, intercâmbios e permutas, com instituições públicas ou privadas visando viabilizar projetos e eventos voltados ao turismo; II - Recomendar, acompanhar e apoiar os projetos e eventos do calendário turístico do Município e da região, bem como incentivar as manifestações comemorativas e de eventos referentes à história, ao folclore, à tradição, à indústria, ao comércio e à agricultura; a) Captar, gerar e apoiar eventos nacionais e internacionais, principalmente os de natureza técnica, científica, esportiva e cultural, aumentando o fluxo de visitantes em Sorocaba e região; e) Apoiar a captação de eventos para a cidade de Sorocaba e Região e realizar a promoção dos mesmos, prestando apoio e assessorando associações, sociedades, entidades e empresas. m) Promover a difusão de idéias, dos valores culturais, das tradições e dos hábitos sociais da comunidade regional; III - Elaborar propostas de desenvolvimento turístico do Município em parcerias com a região; IV - Propor ações de desenvolvimento e aprimoramento à atividade turística; VI - Promover a integração dos vários segmentos do setor turístico vinculados à produção, comercialização, elaboração, construção, sinalização e transporte; j) Desenvolver na população de Sorocaba e região uma cultura de melhor atendimento aos visitantes de lazer e negócios; k) Incentivar as contribuições ao desenvolvimento do turismo em Sorocaba e Região (festas regionais, torneios, rodeios, exposições, etc); l) Promover a integração das atividades econômicas que atuam no mercado de turismo, especialmente em congressos, feiras, viagens de incentivo e eventos em geral; Ainda, a falta de relatos, nas entrevistas realizadas, sobre politicas públicas exclusivas para o turismo, existentes na cidade, revelam a ausência de políticas neste sentido e, também, nos remete a confirmar a notoriedade da ausência de uma Secretaria voltada para o setor do turismo na cidade. Podemos vislumbrar, considerando a gama de segmentos turísticos presentes na cidade, como visto no tópico anterior, que o turismo, de um modo geral, é muito mal aproveitado economicamente em Sorocaba. Mesmo não havendo pesquisas que quantifiquem e confirmem a suposição supracitada, havemos de reiterar que, de acordo com Goldner, Ritchie e Mcintosh (2002), as políticas públicas voltadas para o turismo podem 83 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. otimizar a arrecadação de recursos por meio de estratégias desenvolvidas para tal e a ausência destas, como ocorre em Sorocaba, culmina em um desenvolvimento retardado e não abrangente do setor. Este fato também é notado por Juliano (2009, p. 104), que relata que a falta de informações e dados turísticos é entendida pela “inexistência de um órgão na escala municipal, público ou privado, com essa finalidade”, de tratar exclusivamente da questão turística. Este autor também relata que a existência de algumas Instituições de Ensino da cidade, assim como algumas informações obtidas pelo SRC&VB, supre em parte esta demanda. É possível notar também, nas visões dos entrevistados acerca da inexpressividade dos museus municipais no que tange o turismo, que estes necessitam de políticas públicas que visem a atratividade à visitação. Tendo que estes se diferenciam dos demais museus do interior paulista pela ênfase à pesquisa, como relata a Sra. Sônia, percebemos que esta não deixa de ser uma vertente de ação planejada pela Secretaria da Cultura e Lazer. Com efeito, Amaral (2003) sugere que os museus devem assumir as vocações de instituição de ensino, instituição cultural e atração turística, o que ocorre parcialmente nos museus municipais. Atualmente, estes apresentam pequena representatividade enquanto equipamentos turísticos, visto a ausência de elementos que contribuam para tal, como guias, horários de funcionamento mais abrangentes, programas de incentivo à visitação, etc. Com isso, podemos supor que a presença de uma Secretaria voltada ao turismo poderia desenvolver políticas públicas em parceria com outras Secretarias, no caso a de Cultura e Lazer, para fomentar o turismo na cidade por meio de equipamentos ou programas já existentes que façam a interface com o turismo, como os museus. Como um exemplo de ação, podemos supor a possibilidade de uma Secretaria de Turismo reivindicar a contratação de turismólogos, mediante a concurso, para trabalhar exclusivamente com o planejamento turístico dos museus municipais. Apesar disso, devemos considerar que a Secretaria da Cultura e Lazer, gestora dos museus municipais, é dotada de meios para que essa contratação exemplificada ocorra, contudo não o faz. Assim sendo, supomos que um órgão específico de turismo no poder público trataria esse exemplo de situação sem se acomodar com a ideia de que os museus municipais já cumprem seu papel social estipulado como, prioritariamente, centros de pesquisa. Segundo Beni (2001), as políticas públicas de turismo, estas são responsáveis pelos planejamentos, planos, projetos, estratégias, execução e fomento do turismo. No caso de Sorocaba, o CMT que desenvolve o planejamento de e projetos turísticos – segundo o Sr. 84 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Sérgio -, mas possui a dificuldade de desenvolver parcerias, bem como o fomento da atividade e, principalmente, a execução dos projetos. Este é outro ponto que evidencia a importância de haver um órgão mais representativo no poder público, além do CMT, que trate das questões referentes ao turismo, pois é visto que o referido Conselho encontra grande dificuldade, enquanto instituição, em tratar da atividade turística. Mais uma consequência da falta de uma Secretaria de Turismo em Sorocaba, pode ser notada na fala dos entrevistados sobre os segmentos turísticos presentes em na cidade. Notando que não houve um consenso e ainda, considerando que alguns dos entrevistados não demonstram conhecimento de todas vertentes de turismo na cidade, podemos relacionar esse fato com a ausência de políticas públicas que evidenciem o turismo, de uma maneira geral, em Sorocaba. Consideramos então, que a falta de consenso nas falas dos entrevistados um é reflexo da ausência de ações para de identificar e tornar evidentes o turismo na cidade. Consideramos que em uma localidade onde o poder público não trata o turismo como assunto de relevância, como, aparentemente, é visto em Sorocaba, qualquer equipamento, por mais bem estruturado que seja, encontrará mais dificuldades para se instalar e absorver uma demanda de turistas do que em uma localidade onde haja o respaldo do poder público por meio de políticas benéficas ao turismo. Apesar disso, vemos como possível a instalação do MACS e a criação, por meio deste, de uma demanda segmentada no turismo cultural. Este fato pode ser explicado por analogia ao mercado, pois de acordo com Knafou (1996), se caracterizaria pela turistificação do território pelo mercado, onde o MACS seria o produto a criar uma demanda de consumo por ele mesmo, podendo expandir o consumo cultural a outros equipamentos, como os museus municipais. Colocamos ainda, finalmente, que, apesar das considerações acima citadas, não havendo dentro do projeto de implantação do MACS nenhum indicativo que, diretamente, contemple o turismo, consideramos a dificuldade ainda maior apara que sua implantação, mesmo que ocorra, possa, neste cenário, modificar o turismo em Sorocaba. 85 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 5.3 A articulação institucional para a implantação do MACS Neste tópico focaremos nas visões acerca da articulação institucional entre todos os atores entrevistados: MACS, SECULT, SRC&VB e CMT. Estão relacionadas a este tópico questões nas entrevistas que abordam a visão e relação de cada instituição sobre o MACS e sua participação no processo de implantação ou possível parceria em curto prazo. Perguntamos como podem auxiliar para uma articulação que contribua com a implantação do MACS em Sorocaba, de como buscar essas parcerias, se elas já existem ou se existe tal pretensão. Além disso, perguntamos ao MACS se este também busca articulação ou parcerias com os demais entrevistados, já que também é de interesse deste ser reconhecido pelos órgãos representantes de cultura e turismo, concretizando assim sua implantação. Pudemos avaliar que existe uma concordância entre todos os atores: São a favor de uma maior articulação entre eles, mas criticam uns aos outros sem convergirem para pontos comuns. Em alguns casos existem articulação ou parcerias entre os atores entrevistados, porém não existe a continuidade nessas políticas. Questionada sobre a busca de parcerias e articulação desde 2005 com a AECA, a Sra. Cristina comenta que o SRC&VB é um parceiro do MACS, mesmo não sendo um associado – por conta de questão financeira -, onde conseguiram patrocínios para eventos, desconto em hotéis e restaurantes, espaço para reuniões, etc. Ela ainda relata que o MACS já dividiu instalações junto com o SRC&VB na sede da CIESP em Sorocaba, e que desde daquela época eles apoiam a ideia do MACS. Ainda, questionada quanto ao papel do MACS perante as políticas públicas de turismo em Sorocaba, a entrevistada afirma que vê o MACS com um grande potencial de articulador para que sejam criadas políticas públicas de turismo na cidade, devido à meta do museu se transformar em uma referencial na região. Para essa questão, cita a importância de se criar parcerias com o trade e universidades, havendo colaboração em diversas áreas de conhecimento e estimulo a visitação do MACS. Quanto à busca de parcerias com os museus municipais, a Sra. Cristina cita que não existe nada formalizado no momento em que caracterize uma articulação para o fomento da atividade museal em Sorocaba. Diz que poderia colaborar com o knowhow para gerenciar projetos relacionados aos museus públicos. Mesmo citando em um ponto da entrevista que essa é umas das diretrizes do MACS por conta da qualificação da sua equipe, ela reconhece que não buscou ainda um diálogo que concretize tal articulação de instituições e que, talvez, 86 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. possa gerenciar projetos dentro dos museus municipais. É possível verificar neste conteúdo que existe o conhecimento da importância e benefícios que a articulação pode gerar entre instituições, porém é perceptível que em alguns pontos o MACS não firma o que está em suas diretrizes e também não toma iniciativa para alcançá-las. Vale ressaltar que a “parceria” que a Sra. Cristina cita junto com o SRC&VB, não é reconhecida pelo Sr. Eduardo, o qual se opõe a questão dizendo que só existiram ações indiretas. Se o MACS pretende ser uma referência na região, ou até nacionalmente – como citado em outro ponto da entrevista -, terá que contornar essas problemáticas de comunicação entre instituições de forma sustentável e transparente com os atores que pretende se envolver em Sorocaba. A Sra. Sônia considera que a falta de articulação entre o MACS e os museus municipais é o fato de ele ainda não estar implantado em Sorocaba, por ainda ser um projeto. Ela cita que existem conversas entre as duas instituições e que essas se baseiam nos problemas estruturais que enfrentam, já que são vizinhos e estão no mesmo terreno. Porém faz uma crítica a SECULT, pois segundo ela o MACS possui mais benefícios – como verba pública direcionada a inicia privada – do que os museus municipais. Ainda, confirma que não existe nenhum conflito entre as instituições. Reconhece que não existe um diálogo com o CMT, pois como ela é representante de duas divisões da SECULT e ainda participa do Conselho de Patrimônio Histórico Cultural, fica inviável sua participação no Conselho por conta de tempo. Diz que a SECULT não tem preparo para criar uma ação específica para a área de turismo, e acredita que um diálogo maior pode ser criado com a inauguração da Casa do Turista – também vizinho ao MACS e a SECULT -, embora não seja favorável a instalação do centro de informação na Antiga Estação Ferroviária. Também deixa claro, que a SECULT e o CMT tem que buscar não só a parceria com o MACS e o SRC&VB, mas com outras Secretarias que trabalhem com ações voltadas ao turismo, como a Secretaria de Meio Ambiente. A partir dessas declarações, é possível depurar que não existe diálogo dos envolvidos entre os Conselhos municipais, ações em parcerias com outras Secretarias, além da articulação com a iniciativa privada no que tange o turismo e a cultura em Sorocaba. A declaração da Sra. Sônia quanto ao interesse em participar de um Conselho, porém não ter tempo em sua agenda, expõe que o acúmulo de cargos na pasta de Cultura e Lazer é uma realidade, o que possivelmente possa comprometer a 87 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. articulação institucional e a falta de ações para uma política pública de continuidade na cidade. O Sr. Sérgio diz o verdadeiro papel do CMT é ser um facilitador para a iniciativa privada. Isso possivelmente ocorre pelo motivo do CMT estar ligado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, onde esta possui a visão do turismo de negócios em Sorocaba. Quanto ao MACS, não existe nenhum parceria no momento, o Sr. Sérgio diz que é possível uma relação futura com o museu por considerar a interface turismo e cultura, porém admite que até o momento não procurou ou foi procurado pelo MACS. Ainda, diz que o CMT está aberto a qualquer instituição ligada atividade do turismo, e na busca parcerias com universidades. Sobre esses pontos, o entrevistado demonstrou-se aberto a parcerias, porém também existem falhas na comunicação dessa busca. Possivelmente, o poder público de Sorocaba “esquece” que também deve ter iniciativa para articulações, seja na esfera pública ou privada. A comunicação entre Secretarias demonstra-se novamente ineficiente, causando descontentamento ou cobrança entre servidores públicos. Questionado sobre a existência de articulação do trade turístico da cidade, o Sr. Eduardo expõem que falta conscientização por parte dos envolvidos (empresários, empreendedores, produtores, políticos, etc.) na questão de parcerias para fomentar a atividade turística, no qual SRC&VB exerce sua função para sanar essa dificuldade. Ao MACS, o Sr. Eduardo diz que ainda não existe uma real parceria, e que o que aconteceu anteriormente foram somente algumas ações indiretas de apoio em eventos do MACS. Ainda, relata que vai apoiar o MACS mesmo não sendo um associado, pois reconhece a importância turística do futuro museu. Ele critica a prefeitura dizendo que ela poderia ser um associado - pois tem verba para isso -, mas nem por isso o SRC&VB deixa de divulgar seus atrativos, como exemplo o Zoológico Quinzinho de Barros. Apesar disso, reconhece que o cenário do poder público no fomento ao turismo vem mudando, o Sr. Eduardo destacou o empenho tomado nos últimos anos em relação à atividade no município e cita o CMT como papel fundamental mas não suficiente, já que não existe uma secretaria específica para esse fim. Diante dos fatos apresentados por o Sr. Eduardo, percebemos novamente que o envolvimento entre os atores não corresponde o seu objetivo. O Sr. Eduardo, que não reconhece uma parceria com o MACS – antes citado pela Sra. Cristina como concreta -, salienta a importância deste e visa buscar uma parceria futura. Ao poder público, é enfático com uma crítica de seu papel, porém 88 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. reconhece o trabalho que o CMT vem desenvolvendo na cidade, sabendo que ainda não é o ideal. Elaborando um panorama geral com as opiniões e visões dos entrevistados sobre a questão de articulação e parcerias entre os atores envolvidos, podemos considerar primeiramente o discurso defensivo e passivo que todos os entrevistados utilizaram: preferiram expor que não existe tal articulação por fatores e motivos externos (falta de tempo, desconhecimento de ações do poder público, a atividade estar ligada a outra secretaria municipal, ou já ter uma parceria com uma secretaria) ao invés de reconhecer falhas de comunicação dentro da instituição ou órgão que está representando. Ainda, que cada órgão ou instituição tem o dever, seja em suas diretrizes ou legislação, de buscar articulação e parcerias para o fomento de suas atividades. Isso fica claro na entrevista com os representantes da SECULT do CMT, onde expõem essas falhas e falta de comunicação, sendo que poderiam representar e desenvolvem seus trabalhos conjuntamente no que tange o turismo e cultura no município. Isto aparece mais a claramente quando a Sra. Sônia relata a incapacidade da SECULT em desenvolver programas exclusivos ao turismo, ou até legislar acerca do turismo. Quanto à questão de falta de tempo na administração pública, é possível verificar – até por conta de declaração na entrevista da Sra. Sônia5 -, que a falta de pessoal na SECULT gera o acúmulo de cargos, não possibilitando a participação de servidores públicos em cadeiras de conselhos em que tem direito, como exemplo o CMT. Além, poderá gerar uma falha administrativa na criação e continuidade de uma política pública cultural para Sorocaba, indo de encontro com a questão museal e o MACS, caso este continue a depender de verba da LINC em médio prazo. Sobre as declarações do MACS e do SRC&VB quanto a parcerias, fica exposta uma fragilidade no discurso da Sra. Cristina, no qual – segundo a entrevista com o Sr. Eduardo -, só foram ações indiretas no passado, não tendo nenhuma relação com a atual gestão do SRC&VB. Podemos verificar de acordo com o discurso dos dois entrevistados a falta da comunicação institucional entre os envolvidos, sendo que existe o reconhecimento do trabalho e intenção de parceria dos dois lados. Particularmente, tratando do processo de implantação do MACS em Sorocaba, podemos claramente observar que a questão da comunicação é essencial para seu fomento e concretização, embora não seja a solução. Ao que parece, o MACS deve expandir suas articulações não só com representantes do setor cultural na cidade, mas principalmente com 5 Destacamos que a declaração da Sra.. Sônia pode ser constatada durante o período de estágio na SECULT de um dos autores do presente trabalho. 89 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. os representantes do turismo (CMT e SRC&VB). Embora não caracterizado em seu plano museológico, a atividade e o planejamento turístico são essenciais para alcançar o reconhecimento institucional que o MACS almeja. Sendo o CTM e o SRC&VB receptivos a ideia, o fomento e a divulgação do MACS, podemos considerar que a instituição deve buscar o contato, se inserir e se articular com os referidos órgãos para o desenvolvimento de diretrizes e apresentação do trade de Sorocaba, assim se firmando institucionalmente com o apoio do poder público e com o auxílio do trade na busca de parcerias e financiamento. 5.4 MACS e o Turismo em Sorocaba: perspectivas, interesses e possibilidades. O último tópico da análise será fundamentado nas respostas obtidas pelos entrevistados quanto à interface do turismo no MACS dentro do seu processo de implantação. Ainda, vamos buscar se estas respostas estão de acordo com o plano museológico e plano educacional do MACS; sendo que focaremos nos interesses, possibilidade e perspectivas, segundo os entrevistados. Consideramos também as conclusões preliminares dos tópicos anteriores, envolvendo a questão do trade turístico de Sorocaba, as políticas públicas de Turismo, e a articulação institucional dos envolvidos. Foram observadas no primeiro tópico as concepções do Turismo no contexto atual em Sorocaba, embora não quantificada, existe uma demanda turística na cidade que, especificamente, pode ser considerada apta usufruir dos potenciais atrativos culturais. Foram citados os visitantes da região e o turismo de negócios, porém as políticas públicas atuais são insuficientes para fomentar o turismo cultural e dar o apoio devido ao campo estudado. Existe a possibilidade de o MACS contribuir com o cenário local junto com o fluxo desse público, porém é necessária articulação com o trade turístico. Também expusemos a fragilidade das políticas públicas de Turismo e Cultura no município de Sorocaba, onde a representatividade do Turismo na pasta de Desenvolvimento Econômico é reconhecida pelos atores envolvidos, porém insuficiente para fomentar o turismo cultural e os equipamentos culturais enquanto poder público. Apesar da localidade atualmente não tratar o turismo como uma atividade de grande relevância econômica, observamos a possibilidade da instalação do MACS e a criação de uma nova 90 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. demanda segmentada para o turismo cultural, mesmo sem a referida instituição descrever em seus objetivos serviços relacionados especificamente à atividade turística dentro do MACS. Ainda, a dependência do MACS por verbas públicas para sustentar-se durante a fase de implantação é outro ponto importante. A articulação institucional para a implantação do MACS também apresentou problemas de comunicação entre os atores envolvidos. Sendo todos a favor da implantação do MACS, também buscam a parceria com este. Porém, ao que foi analisado, nenhum dos envolvidos e o próprio MACS avançam na direção desta articulação. Especificamente sobre a implantação do MACS, vemos a comunicação como uma das principais dificuldades e falhas de sua gestão. Embora não seja caracterizado em seu plano museológico, o turismo é visto como uma grande oportunidade para o museu, já que pode buscar parcerias com o trade e a iniciativa privada em Sorocaba, dependendo cada vez menos de recursos municipais e editais públicos. Apresentadas as principais análises dos tópicos anteriores, podemos criar, a partir destes, uma interface entre o Turismo Cultural em Sorocaba e os objetivos do MACS, com o apoio do seu plano museológico (ANEXO F) e educacional (ANEXO G). Os dois documentos cedidos pela administração da AECA, demonstram que as propostas vislumbram o MACS como instituição museológica e a aplicabilidade de seus objetivos na comunidade externa. Em seu projeto museológico, elaborado pelo curador Fábio Magalhães, o MACS possui como objetivo principal “preservar, expor, dimensionar e gerar conhecimento através da arte contemporânea universal”. Além disso, cita que para sustentar suas atividades com a comunidade externa, será de extrema importância um espaço educacional, o qual será coordenado pelo projeto educacional. Quanto aos objetivos do projeto educacional, elaborado pela educadora Janina Sanchez, além de desenvolver ações educativas e estimular o público, um dos seus objetivos específicos é de desenvolver pesquisas científicas acadêmicas. Estes apontamentos convergem com Veloso (2003) e Amaral (2003), que citam, respectivamente, os museus modernos como locais de produção de conhecimento, não possuindo mais, apenas, a função de local para consagração e como espaços de reflexão multidisciplinar, produzindo conhecimentos. Visto que Sorocaba tem potencial para a ampliação do turismo de negócios e recebe visitantes da região atraídos pelos eventos e sua gastronomia, esse público possui potencialidade de desenvolver na localidade o turismo cultural, pois Sorocaba oferece 91 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. equipamentos para tal atividade, mas não consegue estabelecer políticas públicas voltadas ao segmento citado, expondo uma desorganização. Tratando-se da interface do turismo no MACS, nos objetivos de seu plano museológico são citados dois pontos: a ação de expor obras de artes por meio de exposições, que podem atrair visitantes para o museu e uma programação diferenciada e contínua para reflexão e discussão. No seu plano educacional também são citados outros dois pontos: o estímulo de novos público por meio de seu projeto e a questão de fomentar encontros e palestras com artistas. Embora em nenhum momento seja destacada a atividade turística, esses pontos, que visam atrair pessoas e estimular a arte através dessas visitas, são compatíveis com o atual fluxo de visitantes e turistas no município, sendo que umas das principais reclamações destes, segundo os atores envolvidos, é a falta de atividades culturais nas horas vagas, principalmente nos dias comerciais (de segunda-feira a sexta-feira). Como já citado, o pouco empenho dedicado à atividade turística pelo poder público como fomentador da oferta cultural da cidade é característica. Existem intenções e projetos, como constatamos junto ao CMT, por exemplo, entretanto a ausência de uma pasta específica para a atividade compromete sua continuidade política e social. Também é observado que a principal fonte de verba do MACS é captação de recursos por meio de editais públicos e verba do município, como a LINC, que é administrada pela SECULT. Além do patrocínio privado, a verba e estrutura pública são utilizadas para manter as atuais atividades e projetos do MACS e sua possível implantação em Sorocaba. Essa dependência, que é apoiada pelo município, não é vista como positiva por todos os entrevistados. Caso da Sra. Sônia (representante da própria SECULT) ao explicar que a verba poderia estar sendo direcionada aos museus municipais. Ao MACS, em seu plano museológico, é citada a realização de exposições, porém, não especifica se utilizará recursos próprios ou de terceiros. Quanto ao seu plano educacional, é citado o atendimento de escolas e público em geral através de visita monitoradas em exposições. Com essas informações, é possível visualizar um “desvio” no projeto de implantação do MACS, já que este busca ser um museu privado e atualmente tem como principal parceiro para captação de verbas o poder público. Criticado por utilizar recursos públicos, o projeto tem que buscar parcerias sólidas com o setor privado, sendo um desses o trade turístico do município, que já demonstrou interesse pelo projeto. Assim, possivelmente conseguirá por meio de parcerias e arrecadação de verbas a realização de exposições, 92 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. direcionamento de turistas e atendimento ao público, mais especificamente estudantes da rede municipal de ensino e comunidade. A falta de articulação entre os atores envolvidos ficou exposta durante a realização das entrevistas e posteriormente à análise de conteúdo. Todos os atores possuem interesse em realizar parcerias, porém não é dito qual o tipo de parceria e quando isso possa acontecer. Ao que parece preferem que o possível parceiro tome uma primeira atitude, em vez de se expor externamente. Em seu plano museológico, no que tange a realização de exposições, não é citado nenhuma parceria com o poder público ou iniciativa privada. Ao plano educacional existem objetivos que visam parcerias com escolas municipais, universidades da região, e a formação e capacitação de equipes para o atendimento ao público. Com isso, podemos especular que sem parcerias do setor privado, o MACS continuará dependente da verba pública e de editais. Essa possível dependência, que atualmente é visível, pode atrasar ainda mais sua concretização e instalação na cidade. Internamente, o MACS tem que eliminar a falha de comunicação externa existente para assim buscar suas futuras parcerias com o trade turístico, escolas do município e universidades. Voltando a pergunta principal que norteia nossa pesquisa em relação à interface do turismo e as atividades do MACS, perguntamos: “Dentro da perspectiva dos ‘atores envolvidos’, como se dará a implantação do MACS no cenário turístico de Sorocaba e a possível interação com as entidades envolvidas?”. Observamos que os atores envolvidos são a favor da implantação do MACS em Sorocaba, porém cada um tem o seu interesse e opinião voltada a sua instituição e formação. De forma geral, o MACS é visto como um projeto positivo e esperado pelos envolvidos, seja por conta da captação de turistas, fomento cultural da cidade e benefícios econômicos. A implantação é possível, porém o MACS não pode depender somente de seus objetivos e planos traçados em seus projetos. Quanto à interação com as entidades envolvidas, segundo nossa análise e visão, é necessária a revisão de seus procedimentos quanto à comunicação externa da instituição, focando na parceria com o setor privado e articulação com o trade. A dependência de poucos parceiros pode demonstrar fragilidade no projeto, ou até mais atrasos por conta de captação de recursos. Ainda, a AECA pode sofrer mais críticas negativas sobre sua administração, uso de verbas públicas e atrasos do projeto. 93 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Como perspectiva, podemos indicar ao poder público a atenção pela atividade turística de Sorocaba. Todos os atores envolvidos destacaram que a falta de uma pasta especifica dificulta o trabalho e desejo de todos que trabalham no setor em Sorocaba. O turismo cultural se mostra potencialmente aplicável em uma cidade que já reconheceu e trabalha com base do turismo de negócios, e este público, de um modo geral, dispõe de períodos ociosos que poderiam ser destinados ao turismo cultural (SWARBROOKE e HORNER, 2002). Enquanto estado, o poder público tem o dever ser o principal articulador em um projeto que visa o desenvolvimento intelectual e cultural dos munícipes (HUGHES, 2004). A criação de políticas públicas e sua continuidade beneficiam não só o trade existente, mas também os possíveis novos atores como o MACS, que não visam formalmente a atividade turística, neste momento, dentro de seu projeto talvez por ausência destas políticas. 94 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 6 CONCLUSÕES Primeiramente, cabe reiterar o intuito deste trabalho, que trata de estabelecer um panorama do cenário turístico de Sorocaba e a implantação do MACS, com atenção à visão das entidades relacionadas ao turismo na cidade (CMT, SECULT e SRC&VB), além do próprio MACS. Nesta condição, avaliamos diversos pontos acerca do turismo em Sorocaba, tais como: condições do trade, segmentos turísticos presentes, políticas públicas de turismo, definição e atribuições das entidades envolvidas selecionadas articulação entre estas. Concluímos então, a partir das opiniões dos representantes das entidades selecionadas entrevistados e dos documentos analisados que o turismo em Sorocaba é formado pelos segmentos de lazer, gastronômico, cultural, de saúde, de compras e, principalmente o de negócios, por conta da vocação industrial da cidade de Sorocaba. Ainda sobre o cenário turístico local, pudemos concluir que existe a insuficiência hoteleira perante a demanda. Notamos também, pelas considerações dos entrevistados, que suas respectivas instituições encontram-se desarticuladas umas das outras e que a falta de comunicação entre estas também se faz presente e afeta a realização de atividades conjuntas, onde as entidades poderiam ter suas potencialidades exploradas em prol do turismo na cidade. Finalmente, concluímos que grande parte desta desorganização institucional do cenário turístico de Sorocaba se dá pela ausência de uma Secretaria de Turismo na cidade e, consequentemente, pela falta de políticas públicas referentes ao assunto. Essa conclusão se baseia na representatividade que uma Secretaria específica teria, com atuações mais estruturantes do que as do CMT e do SRC&VB, pela possibilidade executar ações, conseguindo nortear o trade em prol do desenvolvimento do turismo na cidade. Assim sendo, pudemos perceber que o cenário turístico de Sorocaba apresentase deficiente no que tange a ação do poder público, pois grande parte dos segmentos turísticos presentes na cidade não são consequência de políticas públicas que os estimulem. O turismo de negócios se dá pelas empresas; o de saúde, pelos hospitais e spas; o turismo de compras, pelos shoppings e o gastronômico, pela presenta dos restaurantes. Ainda, podemos supor que os turistas destes segmentos originam-se das cidades adjacentes, menores que Sorocaba e pertencentes à sua região administrativa. Isto é levado em conta por supormos que, se houvesse nestas cidades a mesma gama de serviços de Sorocaba, o fluxo de turistas não seria perceptível ao ponto de considerarmo-los mesmo sem pesquisas no âmbito do turismo na 95 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. cidade (pesquisas que qualifiquem e quantifiquem o que o turismo representa, economicamente, para Sorocaba, bem como pesquisas que tracem o perfil dos turistas na cidade). Necessitamos também ressaltar que a única participação efetiva do poder público, que obtivemos conhecimento nesta pesquisa, no cenário turístico de Sorocaba se dá na realização e divulgação dos eventos culturais que aqui ocorrem. Devemos ainda citar que esta participação se dá de forma indireta, pois, sendo estes eventos realizados e divulgados, em sua maioria, pela SECULT, não há indícios que estes contemplem, deliberada e objetivamente, o turismo. Ainda assim, faltam dados para assegurar todas as colocações supracitadas, pois não existem pesquisas oficiais que atestem, qualifiquem e quantifiquem as informações concernentes ao turismo. Sobre a inserção do MACS neste cenário, pudemos considerar alguns pontos pertinentes ao presente e vislumbrar possibilidades futuras, considerando o cenário atual. Primeiramente, levando em conta o plano museológico e a fala da Sra. Cristina, que consideram como objetivo a inserção do MACS no circuito nacional e internacional de museus, supomos que isto poderia mobilizar um grande fluxo de visitantes a Sorocaba, o que é visto como incompatível com a situação hoteleira atual, por exemplo. A gastronomia apresenta outro ponto a ser considerado, pois apesar do crescimento e diversificação, com capacidade real e potencial para atender esta nova demanda, mas não contempla a identidade cultural da cidade, o que poderia ser um atrativo a mais aos visitantes. Contudo, retendo-nos no campo da realidade explorada, sem suposições sobre uma demanda a ser criada pelo museu, devemos atentar para a ausência do planejamento turístico no projeto no MACS. Cremos que, antes de intencionar a criação de uma demanda específica, nos âmbitos nacional e internacional, como consta no documento de apresentação do MACS e enfatizado pela presidente da AECA, os idealizadores museu deveriam vislumbrar a possibilidade de explorar os segmentos turísticos que já se fazem presentes em Sorocaba e região, principalmente o turismo de negócios. Contudo, para que isto ocorra, seriam necessárias ações conjuntas com outras instituições e com o poder público – que ainda não se encontra devidamente representado no âmbito do turismo. Consideramos também que, conforme os pontos citados acima, o reconhecimento nacional e internacional de uma instituição museológica que preza pela valorização do acervo material – em contraponto à tendência de virtualização – implica em 96 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. visitação e, nesta última, o turismo desempenha grande papel. Não obstante, a vaga intenção de exploração dos segmentos turísticos presentes em Sorocaba, citada pela Sra. Cristina e ausente documentação do MACS, se dá justamente pela ausência do turismo no projeto de implantação do MACS. Esta ausência é considerada, neste trabalho, como um ponto negativo para uma instituição com ambições tão grandiosas. Vemos como possibilidade de sanar tal problemática a parceria com o SRC&VB, representante regional do trade turístico, podendo não só auxiliar essas demandas, como também possibilitar o MACS a tal inserção nacional e internacional com o fruto do trabalho e divulgação em conjunto. Em suma, significa conferir um caráter comercial ao museu, sem que isso signifique deturpar objetivos educativos e práticas museológicas. Sobre a articulação entre as instituições e a implantação do MACS, concluímos que estas deveriam estreitar a comunicação entre si para, além de se auxiliarem e caminharem em direção dos próprios desenvolvimentos e melhorias, para desenvolvimento da atividade turística na cidade. Notamos que, se houvesse um estreitamento na relação entre as instituições e o MACS, poderiam ser desenvolvidas ações conjuntas que possibilitariam a maior visibilidade do museu na cidade, o que já contribuiria para que os segmentos turísticos presentes pudessem ter o MACS como uma opção para o turismo. Ainda, considerando a falta de um plano turístico dentro do MACS e a causa desta realidade se dever a falta de profissionais de turismo, ou que entendam a atividade turística, dentro da equipe idealizadora do museu, a articulação entre as instituições relacionadas no presente trabalho poderia resultar em ações para compor seu plano turístico. Constatamos que a futura implantação do MACS, na ótica do turismo, é vista com bons olhos pelas entidades selecionadas neste trabalho. Entretanto, para enfatizar e confirmar a falta de comunicação entre estas, nenhum dos entrevistados demonstrou conhecimento sobre um plano turístico dentro do projeto do MACS- no caso, a ausência dele. Assim sendo, na opinião dos atores envolvidos com o cenário turístico de Sorocaba, o MACS, quando implantado, será benéfico ao turismo em Sorocaba. Ele poderá alavancar o desenvolvimento dos demais museus presentes no município, bem como criar um segmento turístico específico à questão museal e, em consequência deste novo “movimento”, o desenvolvimento do turismo na cidade. Contudo, para que possamos considerar a implantação do MACS realmente benéfica, ou até como um elemento diferencial e agregador ao turismo em Sorocaba, concluímos que algumas mudanças devam ocorrer, basicamente, em 97 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. três níveis dentro do cenário turístico vigente: inclusão do turismo no projeto de implantação do MACS; melhoria na comunicação entre as instituições envolvidas com o turismo na cidade; e no poder público, com a estruturação de um órgão realmente representativo, como uma Secretaria. No que concerne à comunicação, consideramos que são necessárias melhorias que possam estabelecer a real articulação dos atores envolvidos a fim de que o auxílio mútuo entre estes possa trazer o desenvolvimento turístico para o município. Acerca do poder público, consideramos imprescindíveis avanços que centralizem as questões referentes ao turismo, em uma Secretaria específica, e que se desenvolvam políticas públicas favoráveis ao desenvolvimento do setor. No que tange a proposta de implantação do MACS e seus projetos, notamos necessárias reformulações no plano museológico do MACS, visando a inclusão do turismo neste, para que o museu possa se desenvolver, além de instituição museológica, artística e educacional, como equipamento turístico. Por fim, consideramos que a situação do cenário turístico atual de Sorocaba, não se mostra prejudicial apenas para a implantação do MACS enquanto equipamento turístico, mas também para qualquer outra equipamento do setor a ser instalado no município. 98 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Consideramos, ao término do presente trabalho, que este pôde satisfazer sua proposta, visto que trouxemos várias reflexos, embasadas na extensa coleta de dados (entrevistas, principalmente), sobre o processo de implantação do MACS. Ademais, para dar suporte à proposta de trabalho, foi traçado um panorama geral cenário turístico de Sorocaba. Ambas as tarefas foram cumpridas em função das visões dos representantes das entidadeschave selecionadas. Apesar disto, devemos considerar que a dificuldade de coleta de dados estatísticos sobre o turismo no município representou uma dificuldade no que tange a elaboração de um panorama turístico preciso, que extrapolasse as impressões dos representantes das entidades – que, sem serem informações desqualificadas, não são suficientes para uma caracterização do turismo sorocabano (principalmente no que se refere a dados relativos à demanda). Contudo, a dificuldade na obtenção de informações também foi considerada como parte integrante do cenário, demonstrando um aspecto negativo e necessário da gestão turística na cidade. Consideramos também, o presente trabalho possibilita a elaboração de uma série de pesquisas subsequentes, nos âmbitos da i) gestão turística e das políticas públicas de turismo, abordando as reais intenções e perspectivas para a criação de um órgão (Secretaria, Direção ou Departamento) de turismo no poder público Sorocabano, bem como sua importância para o desenvolvimento da atividade; ii) no que concerne à gestão de equipamentos culturais, que levem em conta, pragmaticamente, a relevância de estratégias e planos que contemplem o turismo; iii) do próprio MACS, depois de implantado, com a possibilidade de elaboração de uma reflexão sobre o cenário futuro e as perspectivas atuais sobre sua implantação; entre outros temas aos quais esta pesquisa possa servir de sustentáculo. 99 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 8 REFERÊNCIAS AMARAL, E. L. G.. Reflexões sobre o papel educativo dos museus. Revista Humanidades, v. 18, p. 9-16, 2003. ARAÚJO, C. M. Ética e qualidade no turismo do Brasil. São Paulo: Atlas, 2003. BARDIM, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70, 1977. BARRETO, M. Turismo e legado cultural: as possibilidades do planejamento. 6 ed. Campinas,SP: Papirus, 2006. BARROS, J. M. Diversidade cultural: da proteção à promoção. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. BENI, M. C. Política e planejamento de turismo no Brasil. São Paulo: Aleph, 2006. BRASIL. Ministério do Turismo. Secretaria Nacional de Políticas de Turismo. Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico. Coordenação Geral de Segmentação. Marcos Conceituais. Disponível em < http://www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_p ublicacoes/Marcos_Conceituais.pdf> Brasília, 56 p. CAPATI, N. S. 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Trabalho de Conclusão do Curso de Bacharelado em Turismo. 104 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. APÊNDICES Apêndice - A: Transcrições das entrevistas Entrevista: Cristina Delanhesi, Presidente do MACS. Local e data: MACS, 20/04/2011, às 10h. Duração da entrevista: 34min e 47sec. No projeto museológico é citada a questão do Museu Vivo, o museu mudar de mês a mês (exposições, palestras, cursos, etc.). Como este projeto será envolvido na cidade (a divulgação e a questão do Museu Vivo)? O conceito de Museu Vivo é um desafio para nós do MACS, pois é difícil mudar a visão do museu na cabeça das pessoas. Os museus não devem ser apenas um espaço de reserva técnica para obras ou objetos, dependendo de sua tipologia. Dessa forma, nosso desafio pe colocar na cabeça das pessoas que o museu pode ser um grande espaço de convivência, onde o visitante não vai apenas para ver o acervo, mas sim assistir um filme, uma palestra, participar de um workshop, fazer um curso, ouvir música, encontrar com os amigos. Assim encaramos o espaço museográfico como um espaço vivo, em mutação constante, onde eu posso ter uma exposição grande, com dois meses de duração, mas também tenho uma parede onde as exposições mudam semanalmente ou diariamente. Assim, nosso visitante sempre encontrará uma novidade. No esboço do plano museológico podem ser encontradas citações do museólogo sobre a colocação de uma obra diferente por semana. Seria uma obra importante de um determinado artista, com a descrição dela, o contexto dela na carreira do artista, o momento histórico em que ele fez a obra. O Museu vivo então, torna-se um espaço educador bastante dinâmico. Imaginamos divulgar o MACS por meio de um plano de marketing. Nós (da equipe do MACS) contrataremos, já pro segundo semestre, uma empresa 105 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. (Brant Associados) especializada em marketing cultural que nos auxiliarão. Além disso, também trabalharemos com nossa empresa de publicidade aqui de Sorocaba, que é a Núcleo Tcm. Essa empresa vem acompanhando o processo de formação do museu mesmo porque um dos sócios da agência é sócio-fundador do MACS. Então, a ideia é divulgar o museu não só em Sorocaba, mas na região inteira. A divulgação será feita de diversas maneiras, mas o plano específico (de marketing) nós não fechamos ainda, pois o museu terá sua inauguração em agosto do próximo ano e as estratégias de divulgação serão feitas no começo de 2012. Contudo, temos a intenção de trabalhar com todas as mídias (jornal, televisão, revistas, internet) e algo que acredito que dará muito certo que é o trabalho de jovens artistas que desenvolverão (virais na internet) ações mesmo antes do museu existir. Existe um grupo de artistas, com quem estamos negociando para o segundo semestre, que pretende fazer o que eles chamam de “acontecimento” dentro do museu. Este pe um grupo de aproximadamente 15 artistas que terão como foco de suas ações chamar o público para começar a frequentar o espaço e despertar o sentimento de pertencimento. Achamos que o público deve se sentir dono do museu. No plano museológico também e citada a proposta de visitação fora do espaço do museu com a observação de esculturas, prédios, edifícios, monumentos e esculturas pela cidade. Como será desenvolvida esta proposta? Isso é um item do plano museológico que será transportado para o plano educacional. A ideia é instalar diversas obras de arte em espaços públicos e criar um circuito de visitação pela cidade aproveitando seus equipamentos já existentes, como as praças, que foram recentemente reformadas. Outro equipamento que pretendemos utilizar é a ciclovia, pois imaginamos desenvolver o percurso de bicicleta a pé ou de carro, enfim. A ideia então é criar grupos e fazer esses percursos em dia pré-determinados, como, por exemplo, todo domingo de manhã um grupo sairia aqui do museu, visitando as esculturas e aproveitando a oportunidade para observar prédios históricos, aprendendo um pouco sobre a arquitetura da cidade, pois a ideia do projeto educacional é pensar na cidade como um todo. Não pensamos que o museu acontece apenas em seu espaço físico, ele pode acontecer em qualquer espaço da cidade. 106 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Sobre o Convention & Visitors Bureau. Você havia dito em outro momento que o Bureau sempre, desde o inicio, tem sido parceiro do projeto do MACS. Gostaríamos de saber como começou essa parceria, como ela se encontra hoje e se existem planos para trabalharem em conjunto para desenvolver a atividade turística no MACS. Com o C&V Bureau ainda não existe um projeto definido. Essa parceria se desenvolveu simplesmente na divulgação dos eventos que realizamos. Então, todo evento (cursos, palestras, visitas monitoradas a museus em São Paulo e até em eventos de captação de recursos) eles se encarregam de fazer toda a divulgação. Por enquanto a parceria ter sido feita dessa maneira. Mas a ideia é intensificá-la. O museu ainda inclusive ainda não é um associado do C&V Bureau por uma questão financeira. (é exatamente... é) Mas a ideia é se associar ao C&V e estar presente de uma maneira mais agressiva, digamos assim, né. Participar mais das ações deles. E além do Bureau, por exemplo, vocês tem contato com o restante do trade turístico da cidade, por exemplo hotéis, restaurantes algum tipo de parceria já? Já. Inúmeras parcerias. Os hotéis da cidade nos patrocinam com frequência, (é) cedendo apartamentos (assim) pra palestrantes, artistas quando nós recebemos os recebemos na cidade. Quando não é possível o patrocínio, a gente sempre consegue diárias a preço de custo, porque eles consideram que é importante (é) o desenvolvimento do museu até pra (pra) um turismo, que não o de negócios, na cidade. Os restaurantes são mega-parceiros, com frequência patrocinam jantares (é) a questão institucional do museu as vezes envolve muito evento, né. Vocês tem que receber um grupo de fora, recebe artistas, recebe curador e você precisa recepcionar essas pessoas. Então nós levamos para restaurantes da cidade. Normalmente eles tem patrocinado. O ano passado, inclusive, nós fizemos um festival gastronômico (depois eu posso te passar essa informação de maneira mais correta, quantos restaurantes participaram) mas durante uma semana (é) eles cederam parte do lucro deles pra nossa instituição. Foi no mês de maio, inclusive, do ano passado. Mais restaurantes assim, como Vila Florinda, o 107 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Alemão, (é) vários restaurantes da cidade, o expresso sorocabano... Foi uma iniciativa bastante interessante e (...) pra nós foi uma prova concreta de que as pessoas acreditam que o museu vai movimentar economicamente a cidade. Porque se você tem uma visitação de QUALQUER número de pessoas das cidades vizinhas, ou de São Paulo ou outro estado, você vai ter público diferente no seu restaurante, no seu hotel... E com esse grupo de (de) empresários da cidade o nosso contato tem sido bem (bem) afinado. No caso do MACS, ele pretende ou já existe uma parceria entre os museus existentes na cidade. Por exemplo, os museus municipais, que no caso é o ferroviário, o histórico e o de arte sacra (que ainda não está funcionando). Existe alguma parceria para contribuir nesse planejamento de visitação, por exemplo, não só de visitação, mas também de exposição? Não existe uma parceria. Por os museus que já existe na cidade eles não tem um plano (éé) pra atendimento ao publico contínuo. Eles fazem ações pontuais, né. O que eu tenho notado é isso. Ações pontuais que dizem mais a respeito, por exemplo o Museu Histórico Sorocabano tem alguns eventos de chorinho, de música na parte de fora do museu, mas não especificamente para a visitação ao acervo, ação educacional e de recepção. Provavelmente essa proposta vai surgir, daqui a pouco, do MACS para eles e não deles para o MACS... porque esses outros museus, eles não tem profissionais específicos trabalhando nesses departamentos e nós já vamos inaugurar com essa preocupação: um museólogo responsável, a educadora responsável, grupo de monitoria treinado, empresa de marketing cultural envolvida. Também não temos esse projeto pronto, mas a ideia, com certeza é que o MACS vai fazer alguma proposta. Porque a gente pode criar um circuito, na cidade, de visitação de museus, né. Essa é uma proposta interessante, porque principalmente quando você traz pessoas de outras cidades, né, a pessoa não visita um único espaço, ela vai em vários...e até pra população porque eu acho que hoje (é) Sorocaba tem uma visitação muito pequena nos museus. Fique até alarmada quando descobri que, nosso vizinho, o museu da estrada de ferro, recebe em torno de 100 pessoas por mês. Por mês? Por mês! Porque não tem uma.. (é/ã) tem que ter um projeto educacional, né? Brasileiro ele tem pouca.. (é) aumentou muito a 108 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. frequência. Até eu (é) uma vez me passaram um dado, mas eu não achei que isso seria uma coisa muito interessante pro trabalho de vocês (TCC), que existe hoje no brasil tanta visitação nos museus (talvez até vocês possam pesquisar e seja mais felizes que eu) quanto nos estádios de futebol. Eu acho que participei dessa publicação, dessa pesquisa. Foi ano passado na Pinacoteca que apresentaram. Eu gostaria muito de ter isso em mãos. Eu não tenho o material em mãos, por que a pessoa não me passou por e-mail. Eu escutei por que a gente vai muito em seminário, muito encontro e aí ficou isso e eu não... Então é uma coisa muito interessante. Então é uma questão de você dar essa opção pras pessoas e você vai ter público, né. Mas tem que ter um projeto educacional envolvido porque a pessoa ela não pode ...(é)...(ela)... ela tem que se sentir inserida dentro desse contexto do museu. Porque vocês viram esse grupo que chegou aqui a gora pouco, né.( um grupo de alunos da UNISO que foram até o museu). Tem uma estranheza quando tem o primeiro contato com obra de arte, por você não ter acesso nenhum. Depois as pessoas se acostumam, pedem para tirar foto... Mas causa uma estranheza, um pouco de desconforto, é um “eu não sei me comportar nesse ambiente”, né. Então a obrigação é da instituição em criar um ambiente favorável para que as pessoas possam fruir mesmo, né. O MACS está participando de algum conselho municipal, seja de cultura ou ligado ao turismo? Existe essa participação? Não. Nós fomos convidados no ano passado, retrasado, para indicar e nós indicamos três nomes pro Conselho Municipal de Cultura. Aí eles entraram em contato conosco e disseram que meu nome tinha sido escolhido e esse Conselho nunca foi empossado. Inclusive hoje é até uma provocação vocês entrarem em contato com a Secretaria Municipal de Cultura, porque o Conselho municipal de Cultura não funciona. Qual é a visão do MACS perante a política municipal cultural e também dos museus da cidade. Qual seria essa visão (risos) que vocês tem (risos ao fundo)? 109 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Eu acho que Sorocaba está avançando nessa questão, mas ainda carece de política publica voltada pra cultura. Eu acho que aqui (em Sorocaba) nós temos uma política de eventos. Eu não vejo nenhum projeto a médio ou longo prazo voltado pra cultura. A única política pública (é) que já está concretizada na cidade é a Lei de Incentivo à Cultura,a LINC, que é uma coisa que realmente existe. Por exemplo: nós temos equipamentos muito mal administrados, como o próprio teatro municipal, que a programação é medíocre, você ve o teatro fechado ou com apresentações que não são profissionais. É um equipamento caro que deveria ser voltado estritamente para apresentações profissionais e agentes não tem nenhuma diretoria que cuide desse museu, desse teatro, como existe em todos os teatros municipais. Diretoria artística e de produção... Exatamente! Porque para você enriquecer, você precisa ter alguém administrando essa pauta desse teatro. Então eu acho que nós somos muito pobres, assim, nesta questão. Eu sempre falo: quando você compara a fulgência econômica da cidade de Sorocaba – é uma cidade que tem um dos maiores parques industriais do país, senão o maior, né. Duas mil indústrias, eu acho que é muita coisa – um PIB como o nosso, a Cultura ainda é uma coisa menor. Eu acho que esse último governo, do Lippi que é uma pessoa muito sensível, ele tem um olhar, ele colaborou com muita coisa, mas tem muita coisa para ser feita ainda. Eu acho que precisava de um governo com uma visão, um olhar agudo pra essa área e trabalhar de uma maneira bem agressiva pra você mudar rapidamente. Porque a gente vê ainda um certo paternalismo com algumas questões. É um tratamento de “ah, sempre se fez, vai continuar fazendo assim.” e acultura não avança dessa maneira, né. Você fica patinando (é) em coisas que não estão modificando a vida de ninguém. Essa é a verdade. EU acho que a cultura, embora não deveria ser, é um assunto meio espinhoso. Quando você mexe, você mexe com vaidades, você mexe com orgulho de alguns pequenos grupos da cidade que acaba atrapalhando um conjunto maior que é toda essa cidade. Então, eu acho que é isso. E quanto à política estadual e nacional da cultura e museus? Eu acho que a nacional está melhorando muito. Eu acho que o IBRAM tem feito um trabalho fenomenal, tem dado visibilidade para os museus, tem fornecido apoio técnico, sim. Eu acho as verbas para os museus melhoraram muito nos últimos anos. A estadual também. Em especial com esse novo secretário, Andrea Matarazzo, ele também tem um olhar para os museus. (É) Só o fato de o secretario de estado movimentar parte do acervo da pinacoteca 110 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. para uma cidade do interior, já prova, né, expande os museus de arte, que é o que nós estamos trabalhando, né. Eu sei que existem inúmeros museus com inúmeras dificuldades. Até esse curso ( Curso de Capacitação em Museus) que nós fazemos aqui com SISEM, em Sorocaba, tem mostrado isso. Mas aí falta também um pouco de inciativa dos dirigentes dos museus em profissionalizar a área. Porque, como eu falei na primeira conversa com vocês, quando nós começamos o projeto do MACS, nós começamos já de maneira profissional, criando um Plano Museológico, contratando profissionais capacitados, nunca faltou apoio do SISEM pra nossa instituição. Então eu acho que tem que ter o caminho inverso. As pessoas estão muito acostumadas a vir com paternalismo, né, o “chororô”, né, reclamar fazer “porque eu não posso”. E se você parte de maneira contrária, “olha, eu vou fazer o melhor e aí pedir um apoio” as coisas funcionam. Eu acho que tem melhorado muito, no geral melhorou muito. Outro ponto que eu iria entrar é nessa questão da política que o Matarazzo tem desenvolvido no interior de São Paulo, descentralizando equipamentos culturais da Capital para o Interior. Como o MACS se vê nessa situação, como museu de arte contemporânea no interior de São Paulo? Se o MACS se vê beneficiado por essa política e o que é pretendido com isso? Nós estamos desenvolvendo um trabalho junto com a Secretaria do Estado, nós já temos uma parceria com eles, né, nesse desenvolvimento de cursos, enfim. E agora, aproveitando esse olhar do secretário de descentralizar, que é um dos focos do nosso projeto (vocês devem ter visto, né?), descentralizar a cultura. Criar equipamento adequado, equipamento, como eu falo, digno (e tem gente que fica brava comigo, mas não há dignidade nessa área de artes visuais no interior). Criar esse equipamento para você poder, não é competir, mas trabalhar no mesmo nível de qualidade desse mesmo tipo de instituição de São Paulo ou Rio de Janeiro. Eu como dirigente me vejo em uma situação privilegiada pra reivindicar do estado um apoio. Um apoio, que eu digo, não só técnico, mas financeiro. Por que o que nós estamos fazendo pela cidade, é adiantar um processo que, dentro do Estado, demoraria muito tempo. Quando o secretario resolve, por exemplo, que numa cidade do interior vai ter um equipamento voltado para as artes visuais, só pra esse projeto sair do papel, ele precisa de uns 2, 3 anos, porque é 111 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. tudo muito burocrático. E nós estamos acelerando esse processo, a gente está levando uma proposta pro Estado de algo que já está sendo concretizado Já captou recursos, já tem projeto museológico, museográfico, arquitetônico, já tem equipe trabalhando. Então eu acho que a possibilidade de conseguirmos um aporte financeiro do Estado, hoje, é muito boa. Nós temos, inclusive, reunião marcada com o secretário para o dia dois de maio. Depois de lá nós poderemos ter algumas informações bacanas pra vocês. E além do apoio do Estado, do dinheiro público, existem parceiros aqui na cidade (empresas, empresários, pessoas que patrocinam a cultura)? O apoio é excelente! Nós temos o apoio de inúmeras indústrias, empresas e de empresários da cidade, não só das multinacionais que estão aqui. Na verdade, dentro da nossa estratégia de captação de recursos, quando nós não estávamos trabalhando com leis de incentivo, nós optamos por fazer captação junto aos empresários da cidade com empresas de médio porte. (Achamos) que não tínhamos ainda incentivo e achamos que para entrar nas multinacionais seria mais interessante ir com projetos de valores mais altos, projetos mais audaciosos e já incentivados. E o apoio foi incrível, né. Já dei o exemplo aí dos restaurantes, dos hotéis. Vocês devem ter visto aqui no nosso acervo que boa parte dele foi doado por empresas locais como Premodisa, o McDonald's, a Alberflex, que é uma grande patrocinadora. O mobiliário que está sendo usado aqui na casa foi doado pela Alberflex. Então os empresários tem... eles participam... nós fazemos vários eventos que a gente não divulga na imprensa de... para captar recursos para o dia a dia da instituição, que como eu falei, é o maior desafio nosso. Eu consegui, por exemplo, trezentos mil para uma exposição, mas não tenho vinte e cinco mil para gastar no dia a dia da instituição. Então domingo, por exemplo, nós fizemos um almoço para captar recursos. Aí a gente cobra um valor bem alto por pessoa que é pra arrecadar fundos para a instituição. E os empresários vão todos nesses almoços, é uma coisa bem bacana. E nós temos a oportunidade de falar do projeto, do andamento do projeto, em que ponto está então é um momento de lazer, mas eu sempre aproveito para falar do projeto, como é que está sendo feito. 112 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Sobre o público-alvo. O Plano Museológico deixa bem claro que serão estudantes, da região e da própria cidade, e a população local. Existe algum plano para captar os turistas (de negócios e saúde) em seu tempo livre na cidade, além do público-alvo citado no PM? O turismo de negócios a gente já tem, né. Por exemplo, vou dar um exemplo: aqui a casa as vezes nós recebemos a visita de executivos que estão hospedados no hotel aqui (ao lado) e saem de manhã, antes de ir trabalhar, e querem conhecer, sabe, ver o que está acontecendo. Nós temos essa expectativa, sim (de trabalhar com esse público). O que nós não imaginamos como o turista, quem, que vem para esse museu. Artistas, interessados no projeto, do país todo, nós já recebemos aqui na casa, no chalé, mesmo antes do museu inaugurar. Por exemplo, em julho nós vamos ter uma exposição aqui, a Blue Conection. Nós estamos trazendo quatro artistas alemães, e já é a primeira exposição internacional do museu, e quatro artistas brasileiros. Desses artistas brasileiros, dois são de São Paulo, um do Rio de Janeiro e um do Ceará. É o Gil Vicente, acho até que já comentei, não comentei? E os alemães. (É) então nós temos todo interesse (é), nós não temos esse levantamento ainda, né, como vocês... essa questão mais técnica, mas(é) pressentimos que a gente precisa trabalhar isso porque quando esse turista vem pra cá, ele obviamente não vai fazer uma visitação no museu e vai embora correndo, né. Principalmente se ele vier de outro estado - de criar na cidade um circuito que seja (é) interessante, né, pra que a pessoa possa vir até aqui não só... embora isso seja possível, pegue Inhotim provando isso, né. Está mudando uma cidade inteira, até o conceito da cidade mudando em função da instituição. É lógico que lá é uma instituição que já começa com um investimento que nós estamos muito longe de alcançar, mas (é) eu acho que um projeto de qualidade, um projeto bem estruturado como o do MACS com certeza atrai o turismo. Com certeza atrai... Mas eu fugi da sua pergunta. Você perguntou se a gente tinha um plano... Se existe um planejamento focado no aproveitamento desse turista que já faz parte do cenário turístico de Sorocaba. Isso, de uma certa maneira, nós já estamos fazendo. Por exemplo (é), essa extensão Blue Conection, que vai ter aqui em Sorocaba. Como é uma exposição internacional, nós estamos captando recursos com as multinacionais e dentro dessa programação da exposição a gente está oferecendo visita monitorada para funcionário e para visitantes ou parceiros da empresa que vai patrocinar. Então nisso você já pega varias 113 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. pessoas que não são da cidade e começam a criar um olhar e a gente acredita no boca-a-boca, né, a pessoas sai da aqui e “olha, tem um movimento interessante em Sorocaba e coisa e tal...”. Então a ideia é aproveitar dessa maneira, do contato que a gente faz com o patrocinador em especial, que trabalha com esse turismo de negócios, né. Trabalhar com a rede hoteleira da cidade, sempre oferecer dentro dos hotéis a nossa programação – hoje ela é muito pequena pra gente fazer isso, né, e o horário de funcionamento aqui também é bastante limitado, de segunda à sexta, das nove às cinco. Mas com o museu funcionando, inclusive nos finais de semana, vai ser possível oferecer nos restaurantes, nos hotéis, essa programação nossa para que as pessoas fiquem sabendo e venham. Tem muita gente de negócios que vem muitas vezes no domingo, porque tem um trabalho na segunda de manhã e dorme domingo em Sorocaba. Essa pessoa reclama muito de não ter o que fazer na cidade e ficam completamente perdidos. Tem um que veio aqui inclusive e reclamou que, tomou um café da manhã, no domingo, ele chegou de manha, tomou o café da manha, fez o check-in e veio aqui no museu e estava fechado. Então o que que você faz, né? Hoje a gente ainda tem eventos nas praças, música na praça, alguma coisa assim. Tem o zoológico, que é o espaço, acho que, de maior visitação nos finais de semana na cidade, né. E acho que o museu lá, o histórico, tem mais visitação até em função disso, se fosse isolado talvez não tivesse tanta visitação, mas (é), acaba as pessoas, as pessoas acabam fazendo seus programa um na casa dos outros, em chácaras, né. Não tem grandes centros de convivência na cidade para atrair esse público. Por falar em grandes centros de convivências, é um ponto que vocês dizem no Plano Museológico, tentar transformar Sorocaba em um grande centro de lazer e cultura. Qual você acha que é o papel do MACS nesse contexto, vocês vão buscar parcerias publico-privadas, é só vocês nessa luta, buscar parceria com prefeitura e empresas ou outros equipamentos? A ideia é trabalhar diretamente com o poder público e com empresas... com o poder público nós já e as empresas nós trabalhamos, né, pois tudo o que já foi realizado foi um termo de parceria. O fato da gente ocupar um espaço que é público ou uma instituição privada é uma amostra contundente da parceria, o fato das empresas já estarem patrocinando. Em agosto por exemplo, nós vamos estar fazendo nossa primeira grande exposição, e a ideia é fazer no prédio do museu, na parte que já está reformada e... e a primeira exposição desse 114 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. valor em Sorocaba, num investimento de R$ 340,000 em uma única exposição, uma exposição de 30 dias. Isso é mais uma prova de que tem empresários que acreditam no projeto do museu, já estamos fazendo esse tipo de parceria, ela já existe. Voltando ao tema Turismo, segundo o plano museológico, Sorocaba pode absorver público de São Paulo e seu entorno dado a estrutura existente de atendimento em contante crescimento. Você acha essa estrutura o suficiente? A gente considera restaurante e hotel. Não achamos, eu acho que a cidade falta duas situações: uma rede hoteleira mais acessível e uma mais luxuosa pra você atender. Pois ai existe o preconceito inverso, tem o preconceito do rico frequentar espaço público, tem notado isso? É, visitar o espaço cultural, que é uma coisa destinada a classe menos favorecida, o que não é verdade, pois se o espaço é democrático você atende todo mundo. E a questão do restaurante, vai melhorar muito, tem melhorado muito, a gente tem visto. Eu acho que um espaço como o MACS onde você traz pessoas exigentes, como quem se desloca de São Paulo até Sorocaba para ver uma exposição é quem tem uma qualidade de vida, nível de exigência e um senso critico muito apurado. Esse tipo de pessoa melhora muito o serviço na cidade, seja o serviço de táxi, o cara do restaurante, o cara do restaurante, o serviço do hotel, por exemplo, falta muito. Esse grupo que a gente esta recebendo na semana que vem reclamou que os hotéis em Sorocaba são muito caros. Quer dizer, é um grupo que vem a trabalho e eles queriam alguma coisa tipo, hotel formule e sei lá o que, por que ele não veio aqui pra passeio, ele veio aqui com um objetivo específico e tem que fazer o menor investimento possível nisso. E nós (Sorocaba) não temos, né. E um fato também que a gente nota, que durante a semana - já aconteceu isso inúmeras vezes- de nós precisarmos de hotel pra receber pessoas e não tem vaga em nenhum hotel da cidade durante a semana, é um negócio impressionante, as vezes nem no final de semana. (É) Meu marido precisou de uma executiva trabalhando três meses no hospital dele e ela ia ficar hospedada aqui e a gente teve dificuldade em achar um hotel que ficasse com um único quarto, porque já tinham quartos reservados para outras temporadas, então três meses seguidos no mesmo quarto é praticamente impossível em Sorocaba. É uma coisa incrível, né. 115 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Entrevista: Cristina: Delanhesi, Presidente do MACS Local e data: MACS, 24/05/2011, às 10h. Duração da entrevista: 27min e 31sec Qual sua opinião sobre a atividade turística em Sorocaba tratando dos seguintes aspectos: - Principal público é o Turista de Negócios? Qual mais? - Quais as potencialidades para outras tipologias turísticas na cidade? - O Trade turístico é bem organizado? - O que pode melhorar? Eu acho que o turismo em Sorocaba ainda é o de negócios, é o mais forte, é o que se note. A cidade ainda é muito fraca de equipamentos e recursos para receber outro tipo de turista. Não vejo grandes atrativos, não é uma cidade com uma beleza natural, algum lugar que atraia o turista por si. Acho que existe um potencial, sim, para receber um turista que venha a passeio pra cidade, pro lazer, mas eu acho que a gente precisa criar equipamentos e estruturas físicas na cidade para receber. Parece que tem um início disso, pois a prefeitura está montando a Casa do Turista, aqui na estação , mas eu acho que falta mais ainda. Falta ter um circuito, montar um roteiro com atrativos, falta ter um horário mais extenso dos equipamentos que já existem, por exemplo os museus aqui, que as vezes fecham em feriados, domingo. É necessário que tenham (os museus municipais) um horário mais maleável para receber turistas e criar um circuito. Acho que a Casa do Turista vai ser importante porque o turista as vezes chega, se ele chega, e ele não tem ideia de onde ele pode fazer uma refeição, um restaurante, fazer compras, enfim. Eu acho que precisa se cirar um roteiro e discutir, porque acho que a cidade ainda não está pronta para isso. 116 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Quanto às possibilidades para outras tipologias: você acha então que pode ser criado um turismo cultural em Sorocaba? Eu acho que pode. É um trabalho a médio prazo, não acho que seja imediato, mas acho que dá pra criar e ainda fazer links com as cidades vizinhas, por exemplo: imaginando que nós já tenhamos o MACS inaugurado em Sorocaba, fazer um link com a Fazenda Ipanema, que é um marco histórico no país, dessa maneira poderia ficar interessante; fazer um link com Itu, que é muito próxima, pra quem vem de outras cidade a proximidade pode colaborar, que é uma cidade histórica e a gente oferecendo outros atrativos. Mas acho que é uma coisa para médio prazo, não vejo rapidamente como fazer isso, porque nós não estamos nem articulados para isso. Talvez o pessoal do C&V Bureau confirme o que eu estou dizendo. Eles vão falar muito do Turismo de negócios, porque o foco do C&V é isso, criar um circuito de seminários, congressos, coisas que gerem negócios pra cidade. Você tem conhecimento da atual situação das ações de políticas públicas para o turismo da cidade de Sorocaba? - As políticas públicas em turismo são adequadas para a realidade da cidade? - Isso pode melhorar? Como? Qual sua opinião? Não tenho conhecimento de políticas públicas voltadas para o turismo, não. Eu conheço agora este trabalho que está sendo feito, da Casa do Turista. Nada além disso. Se existe, eu desconheço. Uma curiosidade minha: existe alguma política pública voltada para o turismo em Sorocaba? Existe alguma coisa, está começando a caminhar. Temos o CMT, porém, como é um órgão consultivo, ele dá as diretrizes mas não consegue executar. Falta uma 117 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Secretaria para articular as diretrizes com o poder central. Ela está vinculada à SEDE, e existem outras prioridades fora o turismo. É por isso mesmo que eu acho que eles param nesses entraves. A gente (Sorocaba) não tem rede hoteleira para receber turista. Acho que os hotéis – o Cardum (Eduardo) vai falar isso pra vocês – os hotéis aqui (Sorocaba) vivem lotados. A gente precisa, as vezes, para receber alguém, reservar com muita antecedência. Meu marido, recentemente, precisou de uma executiva pra ficar 90 dias em Sorocaba, precisou ficar trocando de hotel. É uma demanda absurda, mas é tudo (turismo de ) negócios. Queria até conhecer essas ideias (do cmt). Mas então é proposta de Conselho e não política pública. Sim, propostas do Conselho. É o que vimos chegar mais perto de políticas públicas para o turismo. O Conselho acaba estudando as questões do turismo na cidade, mas na hora de fazer, não há quem execute. É, se não virar lei não acontece nada. Fica só no desejo. Quem sabe os alunos da UFSCAR possam criar algo. Tem que brigar lá com os vereadores para criarem leis. Como, quando e por que surgiu sua instituição? Bom, surgiu da visão e do desejo de um grupo de pessoas da cidade que considerava necessário trabalhar nessa área pela carência e pela falta de equipamento cultural nessa área na cidade. Eu encabecei este projeto desde o começo, pois já trabalhava nessa área com artes plásticas, já organizava exposição, vendas de obras-de-arte e tinha já um relacionamento com o meio. Mas é uma conversa de quase 20 anos com os artistas e produtores locais, sobre a necessidade de se criar um espaço – no princípio nem comentávamos sobre um museu, parecia uma coisa muito distante. Já se falava, se discutia com vários grupos, como Pedro Lopes, José Castanho e alguns outros artistas da cidade, do teatro, da necessidade de haver um espaço voltado prioritariamente para as artes visuais em Sorocaba. E agora, há, 118 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. aproximadamente, 10 anos, eu achei que era um bom momento para encabeçar um projetp, iniciei e acabei encontrando “ecos” na sociedade (empresários, educadores e várias pessoas que pensavam a mesma coisa) então, foi dessa maneira que surgiu o Museu (a ideia), nesse momento. Como sua instituição vê e qual é o papel/responsabilidade dela perante as políticas públicas locais para o turismo? No caso, como poderia contribuir e o que já vem sendo feito em relação a isso? Na verdade o que nós pensamos é que o museu pode ajudar a criar políticas públicas para o turismo, que até agora, eu já falei, desconheço qualquer política público voltada ao turismo. Como o museu já nasce com essa vocação de se colocar dentro do cenário nacional de artes plásticas, a gente tem articulado até com instituições internacionais, então acredito que possa ser o primeiro espaço dentro da cidade para se começar a articular políticas públicas porque junto com o museu, você traz um grupo enorme de pessoas pensando arte na cidade. Como eu te falei, hoje, só hoje, aqui em Sorocaba eu estou trazendo um curador importante no cenário nacional, 2 artistas plásticos que tem visibilidade internacional e mais um arquiteto que é especializado em museografia. São assuntos que a cidade até então desconhecia, ou simplesmente não se tratava. Então eu acho que o museu pode colaborar muito com a qualidade e o rigor dos trabalhos que vamos imprimir lá dentro. Como sua instituição se enquadra na atual realidade da atividade turística de Sorocaba e qual a contribuição desta para a manutenção da atividade? Então, eu acho que a contribuição é enorme, como estava te falando. Hoje, por exemplo, eu estou gerando um turismo de negócios, porque eu trago artistas pra cá, que estão sendo remunerados, inclusive, para trabalhar em uma exposição. Profissionais que são remunerados, então, esse turismo que estamos criando nesse momento é o de negócios, também. Mas, a partir do momento da inauguração do MACS, a gente vai trazer pessoas de outras cidades até, eventualmente, de outros estados, para visitar o trabalho que será desenvolvido lá dentro. Então acho que a contribuição pode ser grande pra até, a partir do museu, a sociedade cobrar 119 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. do público políticas voltadas para o turismo. Porque você melhora muito a economia da cidade quando você tem um turismo de qualidade. Você imagina que com o museu funcionando em sua plenitude, a quantidade de pessoas que você pode trazer pra cidade. Que não é o turista que vai fazer vandalismo na cidade, é um turista que está voltado para a cultural,para arte, para o conhecimento, ele com certeza também traz contribuições. Vai fazer suas refeições na cidade, ficar hospedado, enfim, usar motorista da cidade. Eu acho que é uma contribuição enorme. Qual é a sua visão das instituições: o Bureau, CMT e os museus municipais – O CMT, você me desculpa, mas não sei o que é – Conselho Municipal de Turismo – Ah, o CMT... Pensei que era... O Sergio Aranha é do CMT, está bem – Como você vê estas instituições no que tange a contribuição deles (se contribuem ou já contribuíram) para o turismo na cidade e para a implantação do MACS? Do CMT nós estamos completamente desarticulados, inclusive nós nunca fomos procurados por algum membro do Conselho para haver algum diálogo sobre o que vai acontecer aqui no Museu. Com o C&V Bureau é diferente, eles já são parceiros e desde o início apoiam a implantação do museu. De que maneira eles apoiam? De inúmeras maneiras: o Bureau já conseguiu patrocínio de hotel, alimentação, espaço para reunião de Conselho do Museu (MACS), espaço para palestra de visitantes, curso para, inclusivea própria sede do MACS foi dentro do C&V Bureau, quando eles funcionavam na CIESP, tinham uma sala na CIESP e nós dividimos esta sala junto com o C&V Bureau. Então o apoio do C&V, para nós, é enorme, porque eles tem essa visão de negócios e acreditam que cultura de qualidade, arte de qualidade, gera bons negócios na cidade. Então eles tem nos apoiado desde começo. Aí as outras instituições que você falou: do CMT estou totalmente desarticulada eu acho que... Eu desconheço o trabalhos deles... eu acho que talvez falta um pouco de divulgação ou talvez dos membros fazerem interfaces com as instituições locais, que eu acho que seria uma das funções do Conselho. Não sei se é função do Conselho, eu desconheço. 120 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Os Museus Municipais. É, nós temos contato aqui com o pessoal do Museu da Estrada de Ferro, que está aqui do nosso lado, com a equipe da prefeitura. Ainda não conseguimos montar uma agenda, acho que seria interessante isso. Articular, por exemplo, quando tem uma... vou dar um exemplo: agora no começo de junho a gente tem uma mediação cultural com as obras do nosso acervo. Vão ser 4 dias de trabalho, 2 dias atendendo rede pública e dois dias atendendo a comunidade, famílias, com visitas monitoradas, oficinas, enfim. Talvez falte da nossa parte uma articulação para que aconteça uma ação, no mesmo dia, no museu aqui em frente e esse público tenha mais de uma coisa para fazer: venha aqui, depois vá passear no outro museu. Acho que é uma questão de alinhar trabalho, mas existe o desejo da nossa parte para que isso aconteça. A partir do momento em que o MACS estiver implantado, que nós vemos por estamos analisando toda esta situação museal de Sorocaba e das instituições que compõem este cenário. A gente percebe que o MACS tem uma facilidade maior (até por ter um grande projeto, uma grande equipe) para conseguir apoio financeiro e apoio pessoal para que o projeto se encaminhe e dê certo. E a gente vê em contraponto o lado dos Museus Municipais, que tem todo esse processo burocrático (para conseguir verba), problemas políticos internos, que acabam desfavorecendo a ter uma destinação de verba completa e os museus acabam ficando um tanto “esquecidos”, museus mortos. Como o MACS pode contribuir com essa situação museal em Sorocaba? E o MACS tem, em sua origem, a intenção de contribuir com todo o cenário de Museus em Sorocaba? Eu acho que a existência do MACS já contribui, você cria um olhar da sociedade pra questão do museu, que hoje inexiste, porque nossos museus são inexpressivos, esta é uma realidade. Eu acho que esse chororô que existe em relação a não ter verba, não ter dinheiro, é uma questão muito diferente, não existe projeto. O MACS não tem facilidade nenhuma, mas a gente trabalha dia e noite e temos projetos. Eu acho que falta isso aqui, porque verba existe verba pública, municipal, estadual e federal, pra eu que administro uma instituição privada, consigo verba estadual e federal, por que um museu municipal não vai conseguir? Então tem talvez esteja faltando equipes dentro da cidade para montar bons projetos, porque existem 121 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. verbas dentro do IBRAM, que é o instituto brasileiro de museus, dentro do ministério da cultura, que são específicos, editais específicos para museus públicos. Então talvez esteja faltando montar projetos e executar esses projetos, eu acho que essa é a questão. Talvez, com a implantação do MACS, eu vejo que todo mundo que nos procura agora já fala “Ah, projeto do Proac, projeto de lei Rouanet, entraram em algum edital?” e é uma coisa que não se fala também com relação ao museu na cidade. É uma coisa nova aqui na cidade, mas que já existe há bastante tempo. Então, eu acho que essa contribuição a gente pode dar pra cidade, por exemplo, nós temos Know How de montar projetos, talvez como somos OSCIP, a gente possa ajudar a talvez até a administrar o museu, não sei, dentro do nosso estatuto a gente prevê isso, fazer uma parceria com o poder público e desenvolver projetos para os museus. Nesse momento a gente não tem estrutura para isso ainda, a equipe é muito pequena, mas a partir do momento que a equipe for maior, eu acho que podemos contribuir dessa maneira. E de ter o olhar mesmo, porque quando a sociedade já cria o olhar para isso, ela cobra do poder público. Acho que até já comentamos aqui a respeito de praças e jardins na cidade, ninguém ligava quando se começou a fazer investimento nessa área, tinha gente que até reclamava na cidade: “ai que absurdo, isso é tão elitista, gastar em flor” e agora a gente vê no jornal, na coluna do leitor, o pessoal reclamando: “a minha praça está feia, eu preciso de florzinha na minha praça”, então se cria outros hábitos na cidade. Como as políticas públicas de turismo podem contribuir para o sucesso do MACS? Bom, tem que contribuir muito para o sucesso do MACS, porque a partir do momento que você tem política pública, você pode trabalhar em cima de leis, então se tem uma lei municipal que beneficia o turismo, por exemplo, se a cidade não tem uma política voltada para o turismo, existem editais, por exemplo, vamos falar de verba pra cidade através de política pública, tem editais que são voltados para a cidade que já desenvolvem o turismo, se a gente não tem nenhuma política voltada pra isso, eu não posso entrar em um edital, isto é um exemplo. Quando você tem uma política voltada pra turismo, você tem um trabalho na cidade para atrair turista, se eu tenho turista na cidade, com certeza eu vou tentar levar para o meu museu. Pode contribuir de inúmeras maneiras, eu acho vital se Sorocaba tem alguma intenção de receber turista, além daquele de negócio, criar política pública para isso. Eu sempre falo às vezes do econômico e do financeiro, outro dia teve um estudante que falou assim pra mim: 122 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. “mas a senhora administra uma instituição sem fins lucrativos”, sim, mas que não vive sem dinheiro. A gente fica aqui o dia inteiro penando, essa, aliás, é minha principal função aqui dentro, criando situações para trazer dinheiro para a instituição, porque não dá pra administrar se não tiver, então quando você fala, por exemplo, de política pública pra turismo, pode ter gente que pense no turista, eu penso no dinheiro que ele pode trazer pra cidade, porque esse dinheiro pode reverter em arte e cultura pra cidade, assim como pode reverter em melhoria na rede de hotéis, em restaurante, enfim. Então é vital, não há como trabalhar com cultura sem isso. O MACS pode contribuir no desenvolvimento turístico de Sorocaba? Como? Da maneira como eu já falei anteriormente, o MACS nasce com rigor nos profissionais que contrata, no tipo de obra que vai expor, no trabalho que vai ser desenvolvido lá dentro. Todo esse rigor, toda essa qualidade que a gente está imprimindo no projeto, vai contribuir, porque a gente tem a condição de receber o turista exigente pra cidade. Você não consegue tirar de São Paulo uma pessoa para ver uma exposiçãozinha qualquer no interior do estado, se ela não tiver o mínimo de relevância, mas com o trabalho sério você consegue deslocar alguém de São Paulo pra cá. Então eu acho que o MACS pode contribuir de inúmeras maneiras, por exemplo, nesse momento nós estamos criando um núcleo de pesquisa em neurociência e arte aqui em Sorocaba, é um grupo de pesquisa que nós estamos conseguindo patrocínio da Fapesp para implantar, ainda é uma coisa que não dá para noticiar em jornal porque não tem o contrato fechado, mas está em bom andamento. O instituto ZUMBI (?) na suíça que trabalha com neurociência e arte vai estar articulado com o MACS e o LABARTHE (?) da faculdade de educação da Usp também. Então, imagina o intercâmbio, o turismo que a gente traz na área educacional e de arte, com pessoas da França, da Itália, da Suíça, trabalhando aqui em Sorocaba via Museu de Arte Contemporânea. Então, o museu vai contribuir de inúmeras maneiras, a idéia é cumprir esse papel mesmo, na área de turismo. E sobre o turismo de Sorocaba, quais são as melhorias que poderiam ocorrer e em quais âmbitos para que essa atividade se desenvolvesse? Assim imediatamente, rede hoteleira, eu acho que está desenvolvendo muito rápido, eu falei da rede de restaurantes, mas acho que isso está saindo muito rápido, os empresários estão 123 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. ai montando muitos restaurantes, muitos bares na cidade, mas ainda dá para melhorar, dar uma sofisticada nisso. Rede de serviços, talvez mais informação e talvez o Bureau seja um articulador disso, por exemplo, quando o turista vem pra Sorocaba, qual o melhor serviço de motorista e criar um roteiro, acho que aí é parte do poder público, criar um roteiro de lazer na cidade, o turista vem pra cá e faz o que? Aonde eu levo um turista? Se eu estiver recebendo alguém no final de semana, eu, por exemplo, quando recebo alguém de fora que vai passar o final de semana, sei lá, ficar dois ou três dias aqui na cidade, a fazenda Ipanema é um roteiro obrigatório. Porque eu quero levar a pessoa pra um lugar que seja marcante, que ela não esqueça, que ela pense na cidade e aquilo seja uma referência. Eu acho que lá é um lugar, embora você chega lá e você não tem atendimento para o turista, não tem uma lanchonete, não tem uma lojinha, então todas essas estruturas é que acho que dá para fortalecer e trabalhar o turismo na cidade, do contrário, é a história da carochinha, não vai acontecer nada. Como a gente vê o plano museológico, fala muito sobre educação, o museu é um centro de educação, quase informal pela questão de fugir dos parâmetros da educação de escola e tudo mais. Como está, a questão da educação a gente sabe que está muito bem estabelecida e muito bem conceituada dentro do projeto. A gente vê que dentro do projeto museológico não se fala tanto em turismo. Como está o turismo dentro do projeto do MACS? É, na verdade, no primeiro momento nós não focamos essa área mesmo, você está certo. Até por uma questão de, não digo capacidade, mas impossibilidade no momento de implantação de cuidar dessa parte também. De maneira indireta, não está escrito no projeto, a gente articula isso como eu falei, com profissionais, então quando eu trago um profissional do Rio de Janeiro para trabalhar aqui, por exemplo, agora em julho nós teremos uma exposição com três artistas alemães e quatro brasileiros, nós estamos trazendo da Alemanha esses artistas que vão montar essa exposição e fazer debates aqui. Estou cuidando do turismo quando eu faço isso, estou fazendo esse intercâmbio. Então não está escrito no projeto porque nós imaginamos que a partir do momento, porque qual foi nossa idéia quando criamos o projeto museológico educacional: trabalhar primeiro Sorocaba, fortalecer o museu, como eu falei pra você, é como quando você abre um restaurante, você tem que ensaiar muito, treinar muito sua equipe, pronto, podemos receber, articular com as cidades vizinhas de Sorocaba e aí articular com o país, é lógico que tudo isso quase acontece ao mesmo tempo, porque como 124 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. eu falei, quando estou trazendo, por exemplo, tem artistas do Ceará expondo agora, o Gil Vicente vai expor aqui em julho, agora essa exposição grande que faremos em agosto com artistas de várias partes do país. Quando eu articulo de uma certa maneira, já estou trabalhando, mas a idéia é quando o museu inaugurar e começar a convidar, digamos assim, as pessoas pra virem para Sorocaba e visitar o museu. A idéia é lógico que até lá nós acreditamos que o museu também já tenha uma equipe maior, porque quando eu chamo visitando para o museu, eu também tenho que estar articulado com os hotéis da cidade, como Inhotim faz, quando você entra no site do Inhotim, você já deve ter visto, não sei se você já foi até lá, eles já indicam hotéis, eles já indicam o melhor trajeto, se você ligar lá e pedir uma companhia de ônibus ou de táxi, ou de motorista particular, ou de aluguel de carro eles vão te indicar, então nós vamos ter que fazer isso aqui também. Agora, você precisa de um tempo, Inhotim existe desde 2000. Eles inauguraram, mas não se escuta falar nos últimos quatro anos, eles tiveram todo um tempo de se estruturar, também com todo aquele dinheiro que eles tem, mas mesmo assim, eles tiveram um tempo para se estruturar pra depois receber. Eu imagino que o fato da gente ter uma universidade com o curso de turismo na cidade, também possa trazer profissionais da Ufscar pra trabalhar com a gente no museu, criar projetos específicos pra turismo e a Know How tem que ser de um profissional específico dessa área, vocês quem vão me dizer, depois de formados. Então, na verdade, um plano turístico, um plano de marketing turístico, ele está previsto informalmente, mas só a partir do momento que o MACS estiver implantado e aí vocês vão começar a pensar no outro lado? É. É pela falta de equipe, como eu falei, a maioria dos nossos funcionários são todos terceirizados, dentro aqui a gente não tem quase profissional. E qualquer linha de trabalho que vocês comecem, vocês sabem, vocês estão fechando um tcc aqui, você começa a abrir a quantidade de pessoas que você tem contato, visitar, conversar, fazer reunião, então seria um projeto específico para o museu, talvez articulado com o ministério do turismo, com uma secretaria estadual, entrar em editais, tudo isso que a gente já faz na área de arte, fazer especificamente para o turismo, mas não está descartado não, ele só não foi colocado no papel ainda. 125 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Entrevista: Sérgio Aranha, Presidente do CMT Local e Data: SEDE, 23/05/2011, às 09hr Duração: 35min. e 32sec. Qual sua opinião sobre a atividade turística em Sorocaba tratando dos seguintes aspectos: - Principal público é o Turista de Negócios? Qual mais? - Quais as potencialidades para outras tipologias turísticas na cidade? - O Trade turístico é bem organizado? - O que pode melhorar? Bom, o principal público, referente a turismo em Sorocaba, é o turismo de negócios. O Conselho, como potencialidade, este Conselho, que está no seu segundo ano de mandato, elegeu como sua prioridade o turismo cultural. Então, acho que a grande potencialidade de Sorocaba é o turismo cultural. E dentro desse turismo cultural nós (CMT) elencamos várias questões que poderiam ser desenvolvidas. Em primeiro lugar, nós temos, o que eu não poderia deixar de falar, é a Fazenda Ipanema. Eu acho que aquilo ( Fazenda Ipanema) seria para nós (Sorocabanos) o que as pirâmides são para o Egito, só que totalmente mal explorado. Todo seu potencial está lá intacto. Não tem uso público. E o interessante é que o público se apropria da cultura, dos bens culturais. Esse é o sonho, é o nosso sonho. E Sorocaba tem uma história maravilhosa e importante perante o Brasil. Eu não sou sorocabano, vim pra cá há muito tempo e me apaixonei pela história de Sorocaba. Dentro dessa história nós temos aspectos interessantes, nós podemos potencializar, por exemplo, o turismo religioso. Nós tempos uma procissão que tem mais de cem anos – de Aparecidinha – que também não é explorada. Nós temos a Capela da Penha, que é (na) divisa com Votorantim, que é uma tradição acho que de mais de 30 ou 40 anos, que também não é explorada. Nós temos uma capela no bairro do 126 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Inhaiba, a única obra de Ramos de Azevedo, o engenheiro-arquiteto – na época não tinha arquitetura – que fez o Teatro Municipal, o Mercadão de São Paulo e está localizada (a capela) em uma fazenda que pertenceu a ele. Por isso a capela está lá, ele quem construiu a capela. Nós temos outras obras do Ramos de Azevedo na cidade de Votorantim, obras industriais. Porque o homem era um gênio, ele “atacava” de todos os lados. Nós temos o primeiro “ciclo” sorocabano, que são os bandeirantes. Sorocaba foi o maior fornecedor de bandeirantes na história do Brasil. Muitas vezes este ciclo é até esquecido na nossa história e se fala mais do tropeirismo – que também é super importante -, mas os dos estão no mesmo nível de importância. O que o tropeiro representou, o “bandeirantismo” fez (pausa) a mesma, da origem sorocabana, alargando as fronteiras do Brasil. Temos o tropeirismo, também muito mal explorado. Estamos vivendo agora, a semana – o mês – do tropeiro, vai sair agora lá uns cavalos de Itapeva, vem pra Sorocaba. Mas a gente que a cidade vibre com essas coisas. Ninguém ama o que não conhece. Eu calculo, tenho algumas teorias pra isso: que 50% dos habitantes de Sorocaba são nascidos aqui – de 50% a 60%. Temos então 40% que escolheram Sorocaba para viver, pra estudar, pra trabalhar ou pra trazer sua família, e esse pessoal, se não estiver na faixa etária de escola, não vai conhecer, jamais, a história de Sorocaba. Então, voltando a sua pergunta, eu acho que a nossa potencialidade – tem a Revolução Liberal, comandada pelo Brigadeiro Tobias, que foi presidente da província de São Paulo. Sorocaba nunca teve, na história recente, um Secretário de Estado. Secretário de turismo, esporte – qualquer porcaria (risos), tem Secretaria importante, mas nem essas porcarias aí (risos) – mas de Estado, nunca tivemos. Pra você ver como o Brigadeiro Tobias foi grandioso, foi presidente da província de São Paulo. Também essa memória do Brigadeiro é muito mal conservada – vamos assim dizer- e propagada. Então eu vejo que tem que se fazer um trabalho muito grande em relação ao turismo cultural. Mas é o que nós temos. Ninguém vai vir a Sorocaba por causa de nossas belas praias. Nós temos que pegar o turista que está aqui a negócios e e fazer ele ficar mais alguns dias conhecendo nossos costumes, nossas tradições, a tradição caipira do estado de São Paulo. O paulista tem um grande problema, que é o de adotar outras culturas e relegar sua cultural a um segundo plano. Veja o “maldito” Helloween aí. Imagina a criançada batendo de porta em porta “Doce ou ‘não sei o que’”, o que que é isso, “pô”?! Nós somos do Saci e da sua turma. Mas não conseguimos... Conseguimos aprovar o Dia do Saci, mas o prefeito não homologou. A bancada evangélica disse que o Saci é o demônio – é o fim do mundo... Então, nós paulistas invejamos imensamente os gaúchos. Onde tem um gaúcho, tem um CTG (Centro de Tradições Gaúchas). Aqui (em Sorocaba) eles são muito ativos e nós paulistas vivemos sem lembrar o passado e nossas tradições, e copiando 127 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. “coisas” dos outros. É uma característica, infelizmente, nossa. Mas creio que o potencial nosso é, realmente, o turismo de negócios. Quanto ao trade turístico, nós temos hotéis, restaurantes, mais recentemente. Pelo o que estou sabendo, a rede hoteleira já está saturada. Nós precisamos de grandes, novos empreendimentos e muitos. Existe a possibilidade de um centro de convenção particular, pra cinco mil pessoas, vai ter dois hotéis – um cinco estrelas ou 4 estrelas, alguma coisa assim. Mas fora isso aí, nós precisamos ainda que a rede hoteleira se amplie mais. Você tem conhecimento da atual situação das ações de políticas públicas para o turismo da cidade de Sorocaba? - As políticas públicas em turismo são adequadas para a realidade da cidade? - Isso pode melhorar? Como? Qual sua opinião? Nós vivemos uma dualidade – até éum termo de um amigo meu, o famoso Edson Nunes – nós temos uma comissão de turismo da prefeitura, mas no quadro, no organograma da prefeitura não existe o Turismo. Nós não temos “um gato pra pegar pelo pé”, um funcionário pra pra você dar uma “ordinha” “Olha, faça isso, fala aquilo”. Então a comissão vem, se reúne, faz projeto, faz planos, mas não tem sequência, porque não existe o turismo dentro da prefeitura de Sorocaba. Não tem nada, nem uma divisãozinha, ninguém, zero, zero zero, uma das poucas cidades, zero. Oque nós estamos lutando hoje? Pra que volte o Departamento, Divisão – não sei – mas que dentro do organograma da prefeitura tenha, pelo menos, algumas pessoas. Nós estamos fazendo a Casa do Turista, lá em frente ao MACS (Chalé, onde provisoriamente funciona o MACS). Ali nós vamos ter que ter um funcionário de turismo, mas nós não temos como contratar esse funcionário, como concursar, porque não existe (um órgão sólido de turismo vinculado à prefeitura em Sorocaba). Então é desta dualidade que eu falo. Nós temos um Conselho (CMT) maravilhoso, cheio de cabeças pensantes, mas não temos ninguém para executar nossos projetos, nossos planos. 128 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Certo. Mas dentro desses planos existe algo que possa ser visto como uma política pública? Nós temos algumas prioridades que o prefeito nos deu respaldo. Primeiro a Casa do Turista, que está saindo. Segundo é o trem turístico, que está em organização o consórcio. Terceiro é um ônibus de turismo, que nós estamos nos organizando para fazer isso. Essas são as nossas prioridades. E ao mesmo estamos fazendo gestões à prefeitura para se criar uma seção de turismo. Essas são nossas quatro prioridades. Uma interna, em âmbito municipal e as outras (pausa)... Bom, praticamente todas dependem da prefeitura, mas estão saindo. O Conselho Municipal de Turismo tem caráter consultivo, não é. Porém, pelo o que o senhor me diz, o CMT acaba suprindo a falta de uma Secretaria de Turismo por suas atuações. É isso? Exatamente! O problema deste Conselho ser consultivo é que nós não temos força nenhuma. Tudo o que a gente planeja, estuda, projeta é consultivo. O ideal é que fosse deliberativo. Tanto que que creio, que a dificuldade – o CMT nem tanto, acredito que outros Conselhos tem mais dificuldade de achar membros do Conselho, porque a gente percebe que – com exceção do da Saúde, por força do Governo Federal, ele é deliberativo. Acho que o político tem medo de entregar um poder desse pra sociedade civil. Não se se isso enfraqueceria algum vereador, eu não sei. Mas eles não tem coragem de deixar os Conselhos deliberativos. Como/Quando/Por que surgiu sua instituição? Essa parte histórica do CMT, eu não sou a pessoa ideal para falar sobre isso. É interessante, vou até tentar saber por que surgiu o CMT se nós não temos nada de turismo dentro da prefeitura. Hoje nós temos também o C&V Bureau, que participa do nosso Conselho. Então eu creio que seja um dos conselhos mais ativos que a prefeitura tem. Pena que a gente não tenha 129 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. uma sequência de trabalhos. Mas acho que dentro daquelas prioridades que eu falei, nós estamos conseguindo realizar, mesmo sem nenhum apoio logístico grande aqui na prefeitura. Essa Secretaria que nos está abrigando (Secretaria do Desenvolvimento Econômico) – ainda tem esse problema para piorar um pouco a coisa – a SEDE é uma Secretaria “meio”, ela não pe uma Secretaria “fim”. Ela só planeja, não faz, não executa. Eu creio que em um futuro próximo, o turismo deva ir para a Secretaria da Cultura, que depois será denominada Secretaria da Cultura e Turismo. Lá é uma Secretaria “fim”, essa aqui é “meio”. Então nós estamos planejando, tentando criar essa estrutura interna pra que no futuro o Turismo seja englobado em uma Secretaria “fim”. Como sua instituição vê e qual a seu papel/responsabilidade perante as políticas públicas locais para o turismo? Na verdade nós tentamos ser, para a iniciativa privada, um facilitador - para os empresários, para o C&V Bureau – e também incentivador. Com as universidades também, nós estamos fazendo parcerias. Agora em novembro teremos o Dia da Gastronomia, já estamos começando a fazer projetos com a UNISO, neste caso, que trouxe esta ideia para nós, transformamos este dia, que agora é, oficialmente, o Dia da Gastronomia. Então, tentamos ser um parceiro, um facilitador. Estamos tentando quantificar o que representa o turismo, no aspecto financeiro, para Sorocaba. Nós estamos tentando fazer estas pesquisas junto ao setor de finanças, para agregarmos valor a esse Conselho. Eu não sei se a Mônica (funcionária da SEDE) já mostrou pra você, você poderia até pedir uma cópia pra ela de uma apresentação que nós fizemos para o prefeito, falando do turismo em Sorocaba. Quantificando essa questão, seria mais fácil até para negocia a criação de um órgão público (uma Secretaria) de turismo, não? Claro! E também, aconteceu uma coisa diferente: como todo Conselho tem um vereador, este ano nós tivemos a sorte de ter um vereador muito atuante, o Pastor Luiz Santos. 130 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Todo ano a Câmara devolve uma verba que sobra no caixa da Câmara, que vai da prefeitura, sobra e devolve. Esse ano, o Pastor Luiz Santos, conseguiu pôr que 500 mil reais (do excedente da câmara) deveriam ser utilizados em turismo e elencou algumas coisas, por exemplo: um site pro Conselho; uma pesquisa sobre o trade de turismo; (pausa para apresentação; entrou na sala o Secretário da SEDE) (voltando) Devolveram lá três milhões e pouco e 500 mil estariam, assim, aconselhados (para o turismo). A câmara não pode obrigar a prefeitura a gastar do jeito que ela quer. Por lei, ela (câmara) é proibida de gerar gastos pra prefeitura. Assim, tipo, a lei faz um (...), não pode. E nós fizemos essa apresentação que eu pedi pra Mônica te enviar, pra justificar ao prefeito que existe turismo em Sorocaba. Então tem muitos dados lá, interessantes, que vocês vão aproveitar bastante. Então tem aquilo lá: o site, a pesquisa do trade do turismo – nós queremos saber o que (o turismo) representa realmente. Já tem alguma empresa fazendo esta pesquisa? Poderiam consultar a PRAXIS Jr., da UFSCar. Você não acredita! Nós abrimos uma licitação pra fazer a pesquisa, apareceu uma empresa e não pode ter licitação com uma empresa. Foi fechada (a licitação) e nós perdemos a verba que tinha. Isso, há uma no e meio. Quanto a Empresa Jr., podemos fazer parceria, claro! Fazemos um convênio, pagamos os estagiários... E está nesses 500mil aí. Tem, por exemplo: a reforma lá (da Casa do Turista), nós sugerimos que o mobiliário da futura Casa do Turista saia desses 500 mil; tem, parece, que 75mil para o trem turístico; então foi feito um monte de ideias e com valores que davam 500mil reais. Estamos tentando viabilizar isso durante esse ano (o gasto desse dinheiro) no turismo, mesmo não tendo uma Secretaria de Turismo, Seção ou Divisão. Como sua instituição se enquadra na atual realidade da atividade turística de Sorocaba e qual a contribuição desta para a manutenção da atividade? Eu considero o CMT o grande fórum de discussão das questões turísticas. Pelos seus representantes, pelo elevado nível dos representantes que fazem parte do Conselho, eu creio que nós sejamos o fórum de discussão dos problemas, de projetos novos, outros tipos de atuações. Eu considero o CMT uma ferramenta muito importante para o turismo de Sorocaba 131 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. O que você sabe sobre o MACS? - Qual a sua opinião sobre a implantação do MACS? - Você acredita que a atividade turística pode ser inserida no MACS? Como? Claro. O que eu desejo ao MACS é que ele seja um museu vivo. Sorocaba tem museus mortos – você trabalhou na SECULT e você sabe melhor do que eu disso. E isso é botar o dedo na ferida. Não adianta nada aquele Museu Ferroviário, interessantíssimo, pequenininho mas interessantíssimo, não ter um monitor para acompanhar uma visita. Você vai no museu do Quinzinho de Barros, que é o Museu Histórico Sorocabano, não tem monitor. Imagine, nós estamos na contramão dos museus, mas isso é uma outra pergunta, fica pra depois. Então a minha expectativa em relação ao MACS é muito grande. Primeiro porque as pessoas que estão fazendo (envolvidas) são do ramo. O museólogo, é muito interessante a proposta dele. O pessoal que faz parte da diretoria do MACS é um pessoal bem dinâmico, interessadíssimo. Eu creio que o MACS vai alavancar até a cultura de Sorocaba, trazendo cursos – já está, né -, palestras e o próprio MACS, que a gente quer ver o acervo. A grande questão é essa. Sua instituição participa ou participou, de alguma forma, do processo de implantação do MACS? Como? Não, o CMT não. A prefeitura, sim, em suas diversas áreas, está envolvida. Mas o CMT, não. Nem tem nenhum integrante do CMT que esteja envolvido nesse processo de implantação do MACS? Não. Não tem, não. 132 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Como as políticas públicas de turismo podem contribuir para o sucesso do MACS? Então, como nós elegemos nosso turismo como o cultural, está dentro de nossa proposta que chegue um “museu” vivo a Sorocaba, dinâmico. Porque Sorocaba precisa que os seus museus tenham uma sobrevida melhor. Na minha opinião estão muito mal tratados. Além de museus fechados, como o dos Tropeiros, o de Arte Sacra. Então nós precisamos de museus. O povo é cultura, é a memória. Mesmo sendo “arte contemporânea” (o MACS) nós precisamos. Não tem aquela música lá do Titãs “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte”. Nós precisamos de arte, eu acho que isso vem tapar uma falha, corrigir uma falha, dentro da cultura de Sorocaba. O MACS pode contribuir com o desenvolvimento do turismo em Sorocaba? Claro, vai ser uma grande atração em nível municipal, regional. Eu acho que toda a região vai participar do MACS, mandando púbico ao MACS, com certeza isso. Sorocaba hoje é um polo regional e nós, hoje, não podemos mais pensar só em Sorocaba, a verdade é essa. Toda ação que Sorocaba faz, ela repercute nessa região, então o MACS, na minha opinião, também vai ser um sucesso regional. Sobre o turismo em Sorocaba: quais são as melhorias que poderiam ocorrer (e em que âmbito) para o desenvolvimento da atividade turística em Sorocaba? Primeiro o aumento da rede hoteleira, um aprimoramento dos bares, hotéis, restaurantes. Nós estamos participando de uma coisa interessantes, que é uma reciclagem dos motoristas de táxi de Sorocaba. Isso é patrocinado pelo Banco do Brasil. Nós participamos da última reunião – isso foge um pouquinho, mas está dentro do contexto – o CMT ofereceu ao Sindicato dos Taxistas e ao BB, que vai financiar este projeto, um curso sobra a história de Sorocaba, para os taxistas, um passeio pelo centro histórico de Sorocaba e uma relação com o histórico dos pontos turístico de Sorocaba, aos motoristas. Nós queremos que eles sejam mais educados, mais conscientes, sejam uma espécie de “mini guia turístico”. Não é pegou o cara e este pergunta “onde posso ir” e aí leva ele pro Quinzinho de Barros, que é interessantíssimo, mas não é a única atração de Sorocaba. 133 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Em um prognóstico, como se daria a relação entre o CMT e o MACS depois de ele implantado e o que o CMT poderia colaborar com sua implantação? Então, eu creio que vai correr meio no paralelo, mas como as paralelas se encontram no infinito – que é um teorema aí – vai acontecer. Uma coisa depende da outra. A Cultura (e o Turismo) são coisas totalmente interligadas. Como o Maturama (Humberto, propositor do pensamento sistêmico) toda a rede do conhecimento é a rede do saber, é a rede da curiosidade, nós estamos todos em rede e não tem como o CMT não estar na mesma sintonia do MACS. Mesmo que não tenha (uma parceria formal), uma coisa ajuda a outra e a coisa vai pra frente. Mas há alguma proposta (do CMT para o MACS)? Não tem. Não existe, não. Ainda não, também o MACS ainda não está instalado. Sobre as metas da valorização do turismo Cultural, estabelecidas pelo CMT, visando dar amplitude aos equipamentos de potencial turístico, incluindo entre estes os museus. Então, qual a sua opinião sobre a situação dos Museus Municipais, hoje? Eu já falei pra você, a minha opinião é meio contundente. Os museus hoje e nada é a mesma coisa, praticamente. Não existe museu vivo atualmente em Sorocaba, é esse meu sentimento, particular, não estou falando agora em nome do Conselho, estou falando como cidadão. É uma tristeza você entrar em um museu em Sorocaba. Hoje nós temos aspectos, dezenas de aspectos para você fazer uma visita agradável a um museu. Veja o Museu da Língua Portuguesa, onde você tem todos seus sentidos explorados dentro do museu. E nós estamos há 100, 150 anos atrás com os museus de Sorocaba. Só de olhar e tentar adivinhar o que é aquilo (acervo) porque não tem nenhum monitor pra te contar uma história, não se conta nada. Cada peça, por exemplo, do Museu Ferroviário tem uma história atrás dela, uma história maravilhosa. O maior embaixador de Sorocaba foi o trem, a Sorocabana. O Brasil todo conhece a Sorocabana. E o segundo (maior embaixador) foi o São Bento, o Esporte Clube São Bento. Você chega em qualquer cidade do Brasil “eu sou de Sorocaba” e alguém pergunta “e o São Bento?”, imediatamente vem a pergunta. E está aí a memória histórica da ferrovia de Sorocaba totalmente abandonada O pessoal desmontando esses trens, essas máquinas maravilhosas sendo vendidas como sucatas. Nós estamos tentando que a prefeitura consiga 134 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. alguns modelos desses trens pra ampliar o Museu da Ferrovia. Nós queremos um Museu da Ferrovia com locomotivas, carros de passageiros. Espaço do outro lado (da avenida A.Vergueiro) que é da antiga Sorocabana, as oficinnas, tem de sobra (para a ampliação). Então que se tranfira aquele museuzinho pra lá e se faça um grande museu (da Ferrovia). Sorocaba tem no sangue a ferrovia. São milhares de famílias que cultivam essa cultura e está tudo abandonado. O museu do tropeiro lá em brigadeiro Tobias está fechado. O Museu de arte Sacra está fechado a visitação pública. Isso é um crime contra a cultura, contra o saber, contra o conhecimento. Essa situação se deve a que, na sua opinião? A falta de política pública. Não dá pra fazer cultura sem política pública, vamos dizer bem a verdade. Aí se fala “vou pegar uma lei Rouanet”, mas só o projeto da lei custa mais caro do que um investimento em um show, por exemplo. Então, tem que ter apoio público em política pública, pra cultura não tem jeito de fazer isso (ficar sem isso). Esobre o projeto de expansão do Museu Ferroviário (que estava nas propostas do Conselho)? Então, nós (CMT) queremos expandir, mas não basta só querermos, não é? Mandamos carta lá pra Brasília, o Fernando, funcionário daqui (Secretaria de Desenvolvimento Econômico) foi lá, pediu algumas peças, trens, locomotivas ou vagões mas para, as coisas param. A Expansão iria pra onde? A ideia nossa era jogar ele (o museu) dentro da oficina. E então inutilizar a casa dos engenheiros (local atual do Museu da Estrada de Ferro Sorocabana)? Pode fazer algum outro uso, né. Mas é muito pequeno para um museu aquilo. 135 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Então a ideia seria a criação de um complexo, onde estariam o MACS, o Museu da Estrada de Ferro e a Casa do Turista? Isso! E a ideia ainda é fechar aquela ruazinha entre a SECULT e a casa dos engenheiros, transformar em um calçadão e, se possível, até a estação Paula Souza. Porque nós temos um projeto, dentro do (projeto) Trem Turístico fazer Sorocaba-Votorantim. Por que SorocabaVotorantim? Porque são seis ou sete quilômetros, a ferrovia tem dono – e as outras não tem dono, é rede ferroviária cedida pra ou, pra outro e aqui tem – que é apropria Votorantim. Isso aí, antigamente, (era utilizada por) os nossos antepassados iam trabalhar em Votorantim e quem era de Votorantim vinha trabalhar em Sorocaba. Esse trem era um sucesso de público e a gente quer reviver isso aí. O que o senhor pensa dessa relação entre o MACS e os Museus Municipais? Então, com o MACS surgindo, como um pode colaborar com o outro? Eu espero que o MACS seja um exemplo para que os Museus Municipais criem vida. Eu tenho certeza que o MACS vai ser um Museu Vivo. O jeito como ele está sendo estruturado, o pensamento, a diretoria, do museólogo e tal, eu creio que ele (MACS) vá “puxar” todos os Museus Municipais. Sorocaba, a cultura, o saber, tudo isso tem a ganhar (com o MACS pronto) Então, com o MACS “puxando” (os outros museus) o Conselho até teria mais base para propor melhorias nos Museus Municipais? Exato! Supondo que não haja uma boa relação entre o MACS e os Museus Municipais (tanto no âmbito institucional como no pessoal), como o CMT poderia intervir para o estreitamento das relações entre as partes em prol de benefícios para a cultura em Sorocaba? Existe alguma forma de intervenção? 136 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Olha, eu acho que a convivência do MACS com os outros museus pode existir ou não, mas ele vai ser a locomotiva, vamos assim dizer, cultural na área de museus. Se for boa ou ruim (a relação) não tem tanto problema, o problema é que ele vai abalar as estruturas dos museus mortos de Sorocaba. Entrevista: Eduardo Cardum, Presidente do SRC&VB Local e Data: SRSRC&VBB, 25/05/2011, às 11hr. Duração da Entrevista: 39min e 52 sec. Qual é a sua opinião sobre a atividade turística em Sorocaba tratando dos seguintes aspectos: - o principal público alvo é o turista de negócios? Qual mais seria? - Quais as potencialidades para as outras tipologias turísticas na cidade? - O trade de turístico, ele é bem organizado? E o que pode melhorar nesse conjunto? Tá, vamos lá, por partes então, né. Vamos começar pelo trade, pela atividade turística em geral em Sorocaba. Já há alguns anos o principal foco da atividade turística é o turismo de negócios, que sempre sustentou, né, até porque Sorocaba é uma cidade industrial, a gente não tem atrativos naturais, mas assim, com o passar do tempo, eu acredito que nesses últimos anos, Sorocaba, na verdade, virou um centro regional. E ela tem, além do turismo de negócio, das empresas que já estão instaladas, Sorocaba hoje virou um centro de serviços educacionais, médicos e também comércio, Sorocaba hoje, na região, ela virou também, com os shoppings que abriram e com os novos que virão, novos empreendimentos comerciais, então acho que isso aí tira um pouco desse foco de ser só turismo de negócios. Acho que a gente tem o potencial, Sorocaba tem o potencial, principalmente por causa da localização, por causa da estrutura da cidade. Agora, a gente também tem, até pela proximidade de algumas cidades, Sorocaba hoje, vamos pensar assim: durante a semana a gente, é..., a estrutura hoteleira, por 137 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. exemplo, sempre foi sustentada por turismo de negócios, mas você tem também outros: o turismo educacional, o turismo de saúde, que também fazem parte hoje. E também você tem, como Sorocaba virou uma cidade que tem muita gente de São Paulo, muita gente de outros estados que vem morar pra cá, você tem também muitos eventos sociais: casamento, formatura, já dá pra gente considerar que já tem um potencial bom também nessa área. E melhorar, na verdade assim, o SRC&VB surgiu dentro das reuniões do CMT, com o grupo de pessoas que fundaram o SRC&VB há 7 anos já, eu inclusive sou um dos fundadores, mas assim, o SRC&VB tenta atuar na cidade, tentando passar essa consciência para o trade, mas é um trabalho difícil. Todo trade turístico não está preparado, porque estamos tendo hoje para toda a demanda e para a demanda futura, porque é um setor de serviço meio individualista, então as pessoas chegam até a rejeitar. No caso do SRC&VB, é uma associação, como o próprio nome diz, ela vive em função dos seus associados, dos interesses dos associados e daí, do interesse em comum de você promover o turismo na cidade. Só que hoje a gente tem um problema, que o trade ainda não entendeu muito bem isso, é um trabalho contínuo, é um trabalho árduo e também tem a questão da relação com a própria prefeitura, que também ainda, por você não ter uma secretaria do turismo na cidade, um departamento de turismo, o turismo hoje é ligado à própria secretaria de desenvolvimento econômico, então as pessoas entendem já o papel do SRC&VB, mas também ainda não entendem a questão da parceria, então realmente ainda falta uma conscientização e uma organização do trade em geral. Quando você fala sobre as outras tipologias do turismo que hoje estão em Sorocaba e até mesmo sobre turismo de negócios, existem dados estatísticos aqui no Bureau ou em alguma outra fonte que demonstre quantitativamente qual é o percentual de turista de negócios que ocupam rede hoteleira ou que vem pra Sorocaba, existe alguma pesquisa assim? Especificamente, acho que a gente não consegue dimensionar. Primeiro porque até para o próprio hotel às vezes é difícil, você não tem também informação de todos os hotéis, tem hotéis que não são associados e não passam informação. Hoje a gente trabalha com a ocupação média e a diária média, são os índices que a gente tem, mas a gente não consegue atingir. Essa é uma opinião minha, durante a semana você tem uma relação de 80 para 20%, 80% turismo de negócios, 20% outros, e final de semana dá para considerar 40% negócios e 60% outros. Negócios são as pessoas que ainda ficam na cidade de finais de semana, pessoas 138 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. que vem fazer trabalhos mensais. Mas o número exato você não teria como dimensionar. Talvez até uma pesquisa de uma universidade, né, um trabalho. Você tem conhecimento da atual situação das ações de políticas públicas para o turismo em Sorocaba? E dentro disso, as políticas públicas em turismo são adequadas para a realidade de Sorocaba? E como isso poderia melhorar? Na verdade, com a participação do SRC&VB no conselho municipal do turismo, a gente tem uma cadeira, tem diretores que são indicados, participam. Às vezes também nós somos convocados para algumas reuniões, tem as reuniões do NUPLAN (?), que já é uma coisa mais regional/estadual, então a prefeitura tem melhorado, tem até que voltado a atenção à secretaria de desenvolvimento econômico, melhorou. Porque isso varia muito de secretário para secretário, dependendo de prefeito, então está voltando a atenção, até porque a atividade turística é importante para a arrecadação do município, então estão sendo tomadas algumas decisões e estão sendo feitas algumas ações, como a casa do turista, o próprio MACS(?), que tem apoio, tem também o trem turístico, o pessoal fala no ônibus turístico, casa do turista que já está bem encaminhada. Existem ações, o poder público hoje já consegue visualizar melhor a questão do turismo na cidade, mas ainda tem muita coisa para ser feita. Você já até falou, mas eu pediria de novo, sobre como, quando e por qual motivo surgiu o Bureau. O Bureau surgiu no governo Renato Amary, a secretaria de desevolvimento econômico, na gestão do secretário Luiz Leite, que apoiou e incentivou que os membros do conselho dividissem em grupos para focar em alguma coisa, trabalhar em cima disso e uma das propostas que surgiram na época, uma foi a criação do Sorocaba Convention & Visitors Bureau, daquele grupo formado por 8 pessoas, a gente com várias reuniões extraordinárias, que o conselho municipal de turismo se reúne uma vez por mês, sendo que dezembro e janeiro não tem reunião, então são 10 no ano. Então com o apoio na época da secretaria do desenvolvimento, também com o apoio de todos os membros interessados e em função também da cidade já estar com um determinado porte hoteleiro, um parque hoteleiro, havia já a necessidade de criar um SRC&VB, então basicamente o surgimento foi através disso aí. 139 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Como o Bureau vê e qual o papel ou responsabilidade dele perante às políticas públicas locais para o turismo ? O Bureau é uma associação que foi criada para você fomentar o turismo na cidade e na região, então o SRC&VB Bureau tem que trabalhar em parceria com o poder público, a prefeitura, o estado e tentar visualizar necessidades, um dos principais objetivos do Bureau é você conseguir trazer eventos para a cidade. Então além de você tentar organizar e unir o trade, você tem que focar também nisso, na participação de feiras, você vai divulgar a cidade para fora. É importante para o Bureau que o poder público trabalhe junto com ele. Hoje, infelizmente, ainda em Sorocaba a prefeitura é parceira, mas não é associada, então o Bureau funciona independentemente da prefeitura. Mas é uma parceira no sentido de não haver uma representação formal, mas haver essa parceria de ter um contato estreito, junto com o CMT? Isso. A gente tem um bom contato com a CMT, com a própria secretaria, quando a gente tem alguns produtos, que nem o Mapa, que são parceiros, o Show Case, que é um outro produto que o SRC&VB tem, então eles são parceiros. E o que poderia mudar nesse cenário para melhorar? A gente sabe que o conselho tem um caráter consultivo e não existe uma secretaria que represente a questão do turismo. Não tem uma secretaria do turismo, ela é voltada à secretaria do desenvolvimento. E o que poderia melhorar? Talvez o conselho passar a ser deliberativo nessas questões, porque ele acaba fazendo as vezes de uma secretaria que não existe, né? É complicado, porque na verdade o conselho, além dele ser consultivo, como ele mesmo é definido, eu inclusive já fui presidente do conselho, mas você não tem como atuar, porque você se reúne, tem idéias, encaminha ao prefeito, encaminha ao secretário, então há um pólo ali que você trabalha, os membros que são de diversos setores da sociedade, eles trabalham em prol da cidade, mas ele não tem receita, não tem orçamento, então ele depende da 140 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. secretaria. Então eu não saberia te dizer como, talvez com a criação da secretaria do turismo, um apoio ao SRC&VB, um apoio financeiro, você realmente efetivar essa parceria, você apoiar, você gerar recursos para o SRC&VB, você poderia no contexto melhorar toda a situação, você poderia trabalhar mais para o turismo. Como o Bureau se enquadra na atual realidade da atividade turística de Sorocaba e qual a contribuição do Bureau para a manutenção dessa atividade em Sorocaba? Voltando, o Bureau é uma associação voltada para o fomento do turismo, então nós temos alguns focos, algumas metas: você conscientizar o trade, você trazer o trade para se tornar associado, porque daí consequentemente você consegue uma receita maior, você tem o trabalho de divulgação da cidade em feiras, em reuniões também, promovidas pelo poder público, poder municipal, poder estadual, também participação na federação, querendo ou não você tem uma representatividade. Hoje o SRC&VB de Sorocaba está estabelecido, se você tem uma reunião da federação dos SRC&VBS, ele já faz parte. Isso muitas vezes as pessoas não entendem ainda, mas o SRC&VB hoje é visto pela federação, numa ação estadual, até numa ação federal, o SRC&VB tem a possibilidade de trazer verba para a cidade, ele é um instrumento para você conseguir melhorar o desenvolvimento do turismo, então você também tem essa possibilidade. E até na questão estadual, a secretaria estadual do turismo hoje ela valoriza muito as cidades que tem SRC&VB, então ela pode se tornar uma via até para gerar recursos, trazer recursos que muitas vezes tem recursos estaduais ou federais que são destinados ao turismo e muitas vezes, como em vários setores da cidade, eles ficam lá e se você não vai buscar, passa o ano e ele fica lá. Então tem também isso, que seria uma forma, mas aí você precisa estar melhor estruturado, você tem que ter uma assessoria melhor, esse trabalho depende um pouco da estrutura do SRC&VB, da parceria com o município. O que você sabe sobre o MACS, nos seguintes pontos: qual é sua opinião sobre a implantação do MACS? Você acredita que a atividade turística pode ser inserida no MACS, sendo que no plano museológico deles, eles não citam o turismo como um plano de ação, eles colocam muito mais a parte da questão educacional do museu? Na verdade a gente não chega a ser parceiro, é mais apoio à eventos, então eu acho que essa questão que você falou, que não estar na questão turística, eu acho que passa um pouco 141 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. pela estrutura do turismo em Sorocaba. Você tem a secretaria da cultura e a secretaria do desenvolvimento econômico, em um determinado momento o turismo era ligado à cultura, então ele foi para o desenvolvimento econômico, então, no meu entendimento, o caminho não está certo, a gente teria que repensar esse caminho, porque as coisas são ligadas, turismo, cultura. Vou dar um exemplo: você tem o Museu do Louvre, então aonde você vai em Paris? Você vai no Museu do Louvre, então não tem como você falar que a cultura e o turismo não se fundem. No fundo, eles fazem parte, no meu entendimento, de uma mesma coisa. O MACS no caso, o que ele vai ser? Vai ser um ponto de interesse da cidade, vai ser um local que vai atender, vamos pensar assim, a parte educacional da cidade. Mas é só pra cidade? Acredito que não, a idéia é para a região, só que...a gente tem né...por exemplo, se você quiser ir em algum museu em Sorocaba no final de semana é fechado. Então falta um pouco as secretarias entenderem o quanto a atividade turística pode ser beneficiária, tanto no lado do lazer como do lado do turismo de negócio. E no meu entendimento, um museu é um turismo de lazer, então deveriam trabalhar também nisso, acho que a idéia é trazer também gente de fora e para você também freqüentar. Você disse que não são parceiros, mas que colaboraram com alguns eventos. Então como que o Bureau participa ou participou do processo de implantação do MACS? Na verdade, no apoio à eventos. A gente não tem participação direta, mas, por exemplo: teve o evento “Roteiro Gastronômico”, eles procuraram o Bureau porque tínhamos contatos com alguns restaurantes, então eles fizeram a semana gastronômica e apoiamos na divulgação, assim, o SRC&VB não tem participação direta com a criação do MACS, nunca participamos de nenhuma reunião desde a criação das idéias iniciais. Você disse que o Bureau tenta trazer eventos para Sorocaba e a gente percebe uma carência muita grande de um local, um centro de convenções, tem projetado já, mas não existe hoje. E tem essa possibilidade no projeto do MACS, que é um centro para conseguir abrigar alguns eventos, não muito grandes, mas alguns eventos. Como o Bureau poderia entrar nessa questão e fomentar o turismo ali dentro? Uma das funções do Bureau, desde que ele existiu, você também detecta algumas necessidades e isso a gente sabe que em Sorocaba falta um centro de eventos para a cidade e 142 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. região. Porém, ao mesmo tempo que falta, também não é uma coisa tão simples, um centro de eventos precisa de investimento alto e no caso, é a visão da prefeitura que esse investimento tem que ser de iniciativa privada, não de iniciativa pública, então hoje a gente já sabe que tem um projeto em andamento para construção de um centro de eventos, mas que também ainda está no papel, porque é aquilo, exige um grande investimento, então a pessoa tem que querer construir e depois até gerir, porque é um negócio, né. Então como o poder público não enxerga que é obrigação dele, ele não tem essa visão. Então no caso do MACS, se ele tiver um espaço para eventos, seria ótimo, mas tem que ver qual é a intenção, qual é o tamanho disso, como seria o espaço destinado a isso, porque pequenos espaços a gente já tem, atendemos até mil pessoas, no máximo. Se for pra fazer um espaço pra atender 300, 400 pessoas, logicamente, vai ser mais um espaço disponível na cidade, mas não vai mudar o panorama geral. Como as políticas públicas de turismo, ou a falta delas, podem contribuir positivamente ou negativamente para o sucesso do MACS, enquanto um equipamento turístico? É aquilo que eu falei para você, acho que está tendo uma evolução no pensamento do poder público em relação ao turismo, tanto que existem até dentro do conselho já sugestões e diretoria de turismo, secretaria de turismo, então realmente, hoje a falta de diretrizes turísticas, está mais ligado, eu acho, a falta de uma secretaria voltada ao turismo, porque hoje existe a intenção, mas como você não tem uma secretaria voltada para isso, com orçamento, dotado de verba para investimento no turismo, muitas idéias acabam se perdendo, então hoje a falta disso, com certeza, seria um ponto negativo para o MACS, mas eu acho que não é esse o pensamento hoje, acho que estamos em um momento de transição, realmente, falta essa diretriz, mas acho que estamos caminhando para o outro lado, a idéia é existir uma evolução, até porque a cidade evolui economicamente e até porque as cidades quando crescem, e a cidade hoje está crescendo muito, então você tem que criar alternativas para geração de receita. E o turismo hoje, querendo ou não, o setor de serviços hoje tem uma grande importância na cidade. Acho que a tendência é a gente realmente ter uma diretoria de turismo dentro da prefeitura e futuramente uma secretaria para podermos explorar esse potencial que temos. 143 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Como o Bureau enxerga que o MACS pode contribuir para o desenvolvimento do turismo em Sorocaba? Eu sou da seguinte opinião: qualquer atividade nova que você tenha, no caso, um equipamento novo, um centro de convenções, um museu, uma arena, uma feira, qualquer coisa que você tenha como objetivo trazer gente pra cidade, o próprio equipamento vai fomentar o turismo, então a partir do momento que isso aconteça, está caminhando junto com a idéia do SRC&VB. Então qualquer atividade, qualquer coisa que venha para melhorar, é uma coisa positiva. Você enxerga e tem essa opinião de que a falta de um poder público centralizado, uma secretaria, uma diretoria de turismo, acaba fazendo falta para que haja essa inovação no cenário turístico sorocabano, um novo museu, um novo centro de convenções? Eu acho que uma secretaria voltada para o turismo ou até uma parceria, apesar que a gente entende que o SRC&VB por ser uma associação, existem algumas limitações, mas você tendo um setor lá dentro que seja focado no turismo, com certeza você teria benefícios, porque hoje você tem a secretaria de desenvolvimento econômico, ela trabalha em prol do turismo, mas também trabalha em prol de novos empresas, novas industrias, novos negócios, então você não está voltado diretamente, é difícil, você não tem orçamento destinado exclusivamente para isso. Se alguns anos atrás tivesse uma secretaria de turismo com uma verba e ela achasse que seria fundamental ter um grande centro de eventos, provavelmente você já teria. Então eu acho que faz falta, você atrasa o desenvolvimento, não que você vai deixar de chegar, mas você poderia chegar mais rápido nos seus objetivos. Sobre o turismo em Sorocaba, quais são as melhorias que poderiam ocorrer e em quais âmbitos, para o desenvolvimento, para uma evolução dessa atividade na cidade? A resposta dessa pergunta, na verdade, é a conseqüência de tudo o que eu falei. Hoje, para melhorar o turismo, você teria que ter pessoas focadas no turismo e você teria que ter uma conscientização maior do trade turístico em geral, passando por hotéis, bares, restaurantes. Falta uma conscientização na cidade e na região do potencial da cidade e da 144 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. região. Muitas vezes as pessoas não tem noção do quanto o turismo pode gerar de receita para a cidade, então as pessoas da cidade às vezes não tem noção, a palavra certa é essa, não sabem quantas pessoas visitam Sorocaba, então acho que para o turismo ter uma melhoria, você tem que ter uma secretaria, uma diretoria, alguma coisa focada nisso. O próprio SRC&VB, a gente tem muito que trabalhar, muito que melhorar, se estruturar, para que você tenha uma conscientização da população mesmo, de todos os setores, da importância para ele poder melhorar. No começo da entrevista você disse que participava também do conselho, né. Você acha que existe o apoio do conselho para o MACS? Como se daria esse Eu sou suplente do conselho, então eu não tenho participado das reuniões, então eu não saberia, às vezes até a Camila passa, o Moacir que frequenta as reuniões. Ultimamente está sendo focada na questão da própria casa do turista que está sendo feita, reformada, então se entrou muito nisso e se entrou nos novos projetos que poderiam ser feitos com o apoio da prefeitura. Só que assim, esses projetos meio que já foram barrados alguns, então foi Alencado tudo o que deveria ser feito, questão de projeto de viabilidade, toda essa questão. E também para o CMT ser mais ativo, ser mais representativo, para as pessoas conhecerem melhor o trabalho, começou a pensar mais na parte de participação junto com a cultura, eventos por exemplo, já está um pouco atrasado, mas eles pensaram em fazer alguma coisa relativa à semana do tropeiro, que acabou não vingando. Mas aí, provavelmente em novembro, o CMT estará participando da semana de hotelaria, que é feita pela Uniso. Então assim, foi meio que direcionado para outros projetos. E tem também o seguinte: o MACS é muito voltado à secretaria da cultura, e você não tem muita participação. A secretaria da cultura até tem uma cadeira no conselho, mas não tem uma participação ativa. Pelo pouco que participei, eu leio alguma coisa, não tem muita discussão sobre o MACS no conselho, até onde eu sei. Como o Bureau poderia estimular o turismo dentro do MACS e como poderia estimular esse turista de negócios a participar do turismo cultural? 145 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. É uma relação de parceria, a partir do momento que o MACS seja instituído, ele pode vir a ser um associado do SRC&VB, aí você vai ser parceiro, você terá atividades em conjunto, vai fazer parte do nosso site, você vai ajudar a divulgar em ações do MACS ou do SRC&VB, você pode ser parceiro e consequentemente, um vai ajudar o outro, pelo menos é a visão que eu tenho hoje. E também não só para o turista de negócios, mas incentivar os outros segmentos de turismo. Às vezes até quando a pessoa vem com família ou alguma coisa assim. É, consequentemente você vai ser a ponte. No SRC&VB, você tem hotéis associados, então vamos divulgar o MACS nos hotéis, você vai lá e divulga, no site também. É o que a gente fala, separa o SRC&VB como sendo mais a parte de negócios e o Visitors, onde o MACS se enquadraria, seria essa parte de Visitors, o suporte ao turista ou então vai vir um grupo de pessoas e aí o que tem para fazer? A gente indica o quinzinho, o zoológico, só. Porque não tem opção, então seria uma alternativa também para lazer. Nesse caso, a parceria seria da prefeitura e a prefeitura não é parceira para você indicar, por exemplo, o zoológico. O MACS, mesmo se não for instituído uma parceria... Não, não, independente da pessoa ser parceira, no caso da prefeitura, ela não é um associado, parceiro, mas a gente vai indicar. Porque assim, o SRC&VB trabalha para a cidade, não para a prefeitura, então ele vai indicar o zoológico e o que tiver na cidade. O objetivo é fomentar o turismo em geral da cidade, tanto essa questão do visitors, que são pessoas que estão na cidade, então independente da prefeitura repassar alguma verba, alguma coisa, você trabalha em função e para essas pessoas. Elas ligam aqui e vão ter informações, ela vai no hotel, tem o mapa turístico, ela entra no site, tem informação turística, o nosso site qualquer pessoa pode entrar e cadastrar os eventos que estão tendo. Você tem um grande portal que tem todas as informações necessárias da cidade e da região, então a idéia é o turismo em geral, independente da pessoa, por exemplo, o zoológico, você vai indicar o zoológico, ele faz parte da cidade. E mesmo tendo diversas tipologias do turismo na cidade, a gente pode afirmar que a principal que o Bureau trabalha é o de negócios mesmo? 146 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Não, não é que é Bureau trabalha pra isso, você não trabalha para o turismo de negócios, você trabalha para o turismo em geral, o que acontece é que, por exemplo, no caso dos turistas de negócios, eles são maioria, então você acaba dando informações pra ele. E tem a questão de você trazer eventos para a cidade, você participar de feiras, por exemplo, você tem um congresso odontológico em São Paulo, não São Paulo não, vamos pegar uma que acontece em cidades do interior, então uma das funções do SRC&VB é trazer, porque você traz um congresso, agora não dá para você trazer um museu para cá. A idéia é fomentar o turismo e apoiar os turistas. O Bureau atua também, além dessa questão dos eventos, no desenvolvimento do turismo cultural em Sorocaba, como que acontece isso? É aquilo que eu falei para você, a gente trabalha com o turismo em geral, se você tiver alguma coisa que estiver relacionada ao turismo cultural, o SRC&VB vai apoiar. Você precisa ter opções. É, na verdade acho que é esse o ponto, hoje em dia Sorocaba não tem muitas opções que dêem um leque maior para outros campos. É, você quer, vamos pensar assim, um museu da cidade. Nós vamos apoiar, mas você só pode indicar o museu se ele estiver aberto, se ele oferecer alguma coisa, tem que ter um atrativo. Logicamente, o SRC&VB não existe só para apoiar o turista de negócios, ou trazer negócios, existe para isso, mas também existe para todas as outras situações, inclusive para o MACS. 147 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Apêndice – B: Áudio das entrevistas com a Sra. Sônia 148 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. ANEXOS ANEXO – A: Pesquisa de Demanda Turística de Sorocaba (2001) A Prefeitura Municipal de Sorocaba, em parceria com dez hotéis e três instituições de ensino da cidade, realizou novamente a Pesquisa de Demanda Turística de Sorocaba, visando compreender melhor o turista, além de atualizar os dados da pesquisa realizada em 2001. A pesquisa realizada neste ano trouxe algumas novidades, entre elas: Foram utilizados quatro instrumentos de pesquisas 1) Formulário de Pesquisa de Demanda Turística – Dias de Semana 2) Formulário de Pesquisa de Demanda Turística – Final de Semana 3) Formulário de Pesquisa de Qualidade de Serviços em Relação à Integração com Funcionários dos Hotéis * 4) Formulário de Pesquisa de Satisfação no Trabalho dos Funcionários de Contato * * Pesquisas elaboradas e coordenadas pela Profa. Claudia Cristina Moreira de Souza (UniSantana). Houve um aumento significativo no número da amostra de hóspedes pesquisados, passando de 180 (2001) para 450 (2002), representando uma ampliação de 150%. METODOLOGIA Com o objetivo de melhor identificar o perfil dos turistas hospedados em Sorocaba e compreender seus hábitos e suas necessidades, foi adotada a seguinte metodologia de trabalho: 149 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Mercado: Sorocaba Universo: 10 hotéis · 1.225 leitos · 50% do total de leitos disponíveis em Sorocaba Critério de definição dos hotéis Os hotéis parceiros da pesquisa de 2001 foram consultados para verificar se haveria interesse em participarem novamente. Além destes estabelecimentos, foram convidados outros com o objetivo de tornar a amostra mais ampla e significativa. Amostra: Foram abordados 450 turistas hospedados em Sorocaba no período de 22/07 a 22/09 de 2002. Foram aplicadas 239 pesquisas utilizando o Formulário de Pesquisa de Demanda Turística – Dias de Semana nas 2.as feiras, 3.as feiras, 4.as feiras e 5.as feiras. Este instrumento foi direcionado ao “turista de negócios”, por isso a aplicação da pesquisa neste período da semana. Nas 6.as feiras, sábados e domingos foram aplicados 211 Formulário de Pesquisa de Demanda Turística – Final de Semana, um instrumento diferenciado para compreender o “turista de lazer”. Levando-se em consideração que Sorocaba possui aproximadamente 2.500 leitos disponíveis, a amostra pesquisada representa 18% do total de leitos. A amostra (450 pesquisados) representa 36% do total de leitos dos hotéis pesquisados (1.255 leitos). 150 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. [...] Resumo dos Resultados Perfil e hábitos - 84% são homens; - 87% vêm a negócios; - 71% vêm sozinhos; - 76% são do Estado de São Paulo; - Apenas 31% procuram informações ao chegar à cidade. Destes, 34% solicitam informações em postos de gasolina e 17% nos próprios hotéis; - 35% permanecem na cidade pelo período de 3 a 5 dias; - 25% dos turistas estavam visitando a cidade pela primeira vez; - Aproximadamente 60% gastam mais de R$ 200,00 durante sua estada; - 78% dos turistas preferem fazer as refeições em restaurantes, bares e lanchonetes; - 73% consideram o preço de alimentação adequado; - Aproximadamente 30% dos turistas ficam no próprio hotel durante seu tempo livre; - 77% desconhecem a existência de um mapa turístico da cidade; - Daqueles que conhecem o mapa (23%), 9% o consideram ótimo e 64% bom; - 79% dos hóspedes consideram o preço de hospedagem adequado; - 45% têm entre 36 e 50 anos; - 67% têm curso superior completo; - Ocupação profissional: 25% são profissionais liberais, 17% são técnicos e 6% diretores ou proprietários do negócio; - 78% têm renda superior a R$ 1.000,00, e 23% acima de R$ 4.000,00. Qualificação dos serviços - 60% dos turistas aprovam os serviços de receptivo oferecidos e 35% desconhecem este tipo de serviço; 151 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. - 83% consideram o povo sorocabano receptivo e/ou hospitaleiro; - Daqueles que solicitaram informações turísticas, 10% consideram ótimo o serviço e 21% consideram bom. Apesar disso, 38% desconhecem este tipo de serviço; - 44% consideraram a sinalização boa; - 63% dos turistas consideram bons os meios de hospedagem e 26% os consideram ótimos; - 52% consideram os bares e restaurantes bons; - 46% consideram que Sorocaba tem um bom centro de compras e 35% desconhecem ou não utilizaram este serviço; - 22% consideram boas as opções de diversões noturnas e 56% não utilizaram este serviço; - Apenas 25% utilizaram o serviço de táxi, e destes 17% o consideram bom e 4% ótimo; - 36% dos entrevistados deram sugestões para tornar a cidade mais atraente. Vide “Sugestões dos turistas”. - 90% pretendem indicar Sorocaba para amigos e parentes. Análise dos Resultados Os dados coletados nesta pesquisa comprovam as informações levantadas na pesquisa realizada no ano 2001. O perfil do turista que se hospeda durante os dias de semana é praticamente o mesmo identificado na pesquisa anterior: é homem, vem sozinho, a negócios, do Estado de São Paulo, tem renda mensal individual acima de R$ 1.000,00, tem curso superior completo e gasta aproximadamente R$ 200,00 durante sua estada na cidade. Apesar de ser um tipo de turista mais exigente, o resultado da pesquisa demonstra que ele está satisfeito com a infra-estrutura e os serviços oferecidos na cidade. Ainda há um número considerável de turistas que desconhecem ou não utilizam alguns serviços como: diversões noturnas, táxi, comércio/compras e serviços de receptivo. Esses turistas demonstraram estar satisfeitos durante sua estada no município. Destes, 152 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 90% pretendem indicar Sorocaba a amigos e parentes como opção de passeio ou visita. Taxa de ocupação A taxa de ocupação média de 46% (agosto / 2002) representa uma diminuição de aproximadamente 20% na taxa de ocupação registrada no ano passado. Isto pode provavelmente ser um reflexo da retração econômica (“Efeito 11 de setembro”) e também do grande aumento da oferta de leitos disponíveis da cidade, com o aumento de mais 385 unidades no período de 2001 a 2002. Pesquisa finais de semana [...] Resumo dos Resultados Perfil e hábitos - 73% são homens; - 40% vêm a negócios, 21% vêm para visitar parentes/amigos e 14% vêm a passeio/lazer; - 22% vêm acompanhados de 3 ou mais pessoas; - 69% são do Estado de São Paulo; - Apenas 34% procuram informações ao chegar a cidade. Destes, 27% solicitam informações em postos de gasolina e 19% nos próprios hotéis; - 52% permanecem na cidade pelo período de 2 dias; - 29% dos turistas estavam visitando a cidade pela primeira vez; - 34% gastam entre R$ 201,00 e R$ 500,00 durante sua estada; - 74% dos turistas preferem fazer as refeições em restaurantes, bares e lanchonetes; - 86% consideram o preço de alimentação adequado; - 21% dos turistas permanecem nos hotéis, durante seu tempo livre; - 79% desconhecem a existência de um mapa turístico da cidade; - Daqueles que conhecem (21%), 9% o consideram ótimo e 68% bom; - 79% dos hóspedes consideram o preço de hospedagem adequado; - Os shoppings são o principal atrativo visitados pelos turistas (40%). O zôo foi 153 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. visitado por 16% dos entrevistados; - 41% têm entre 36 e 50 anos; - 68% têm curso superior completo; - Ocupação profissional: 28% são profissionais liberais, 15% são técnicos e 8% diretores ou proprietários do negócio; - 70% têm renda superior a R$ 1.000,00, e 20% acima de R$ 4.000,00; Qualificação dos serviços - 47% desconhecem as opções de lazer oferecidas na cidade; - 62% dos turistas aprovam os serviços de receptivo oferecidos e 32% desconhecem este tipo de serviço; - 88% consideram o povo sorocabano receptivo e/ou hospitaleiro; - Daqueles que solicitaram informações turísticas, 12% consideram ótimo o serviço e 30% consideram bom. Dos entrevistados, 33% desconhecem este tipo de serviço; - 45% consideraram a sinalização boa e 12% ótima; 154 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. ANEXO – B: Legislação - SECULT LEI Nº 7370, DE 02 DE MAIO DE 2005. REORGANIZA A ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SOROCABA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Projeto de Lei nº 33/2005 - autoria do EXECUTIVO. A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu promulgo a seguinte Lei: CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS [...] Art. 11 - A Secretaria da Cultura terá a seguinte estrutura: I- Área da Cultura a) Divisão de Projetos Culturais 1) Seção de Fomento Cultural 2) Seção de Patrimônio Histórico 3) Seção de Administração de Próprios Culturais Art. 11. A Secretaria da Cultura e Lazer terá a seguinte estrutura: I - Área da Cultura a) Divisão de Programas e Projetos Culturais 1. Seção de Projetos Culturais 155 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. b) Divisão de Patrimônio Histórico e Próprios Culturais 1. Seção de Patrimônio Histórico 2. Seção de Administração de Próprios Culturais II - Área de Lazer a) Divisão do Lazer 1. Seção de Ações Comunitárias e Lazer b) Divisão de Eventos (Redação dada pela Lei nº 9134/2010) 156 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. ANEXO – C: Regimento interno do SRC&VB Aos trinta e um (31) dias do mês de outubro do ano de dois mil e seis do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo às 14 horas (14h00) reunidos no recinto do auditório do CIESP à Avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, 3260, Alto da Boa Vista, CEP: 18013-280, Sorocaba-SP, foi aberta a sessão da Associação Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau sob a presidência do Sr. Marcelo Rogério Martins Pereira – Diretor Presidente da Associação, sendo efetuada a 1º chamada que eu, Lilian Fernandes Assaf Sanches, secretariando a presente sessão efetuei, estando presente os seguintes associados e diretores: Marcelo Rogério Martins Pereira - Diretor Presidente, Manuel Mota da Silva - 1º Diretor Secretário, Eduardo Silva Costa - 1º Diretor Tesoureiro, Ricardo Toral Leite - Conselheiro Fiscal, Luis Renato Oliveira Bramante – Gerente Executivo, Lilian Fernandes Assaf Sanches – Gerente Administrativa, Andreza Acquaviva Carrano – Estagiária, Kaname Nagahara - Kaname Nagahara & Cia Ltda, Odair Daroque - Associação dos Lojistas do Esplanada Shopping, Regiane Salomão e Maria Luiza de O. Rennó Hotelaria Accor Brasil S/A, Ricardo Miguel - LM1 Publicidade S/S Ltda, Weverson Correa MC Serviços de Encomendas Ltda, Ingrid M. G. Dante e Nicoli Dias - Terra Rasgada Eventos Turísticos ME, em seguida aguardou-se até às 14h30, quando fomos autorizados a realizar a segunda chamada, em conformidade com o edital, na qual restou presentes os mesmos sócios e pessoas que se encontravam na primeira chamada com o acréscimo do Sr. Eduardo Cardum – Diretor Vice-Presidente e Emília Lanças – Tam e ficou assim composta: Marcelo Rogério Martins Pereira - Diretor Presidente, Manuel Mota da Silva - 1º Diretor Secretário, Eduardo Silva Costa - 1º Diretor Tesoureiro, Ricardo Toral Leite - Conselheiro Fiscal, Luis Renato Oliveira Bramante – Gerente Executivo, Lilian Fernandes Assaf Sanches – Gerente Administrativa, Andreza Acquaviva Carrano – Estagiária, Kaname Nagahara Kaname Nagahara & Cia Ltda, Odair Daroque - Associação dos Lojistas do Esplanada Shopping, Regiane Salomão e Maria Luiza de O. Rennó – Hotelaria Accor Brasil S/A, Ricardo Miguel - LM1 Publicidade S/S Ltda, Weverson Correa - MC Serviços de Encomendas Ltda, Ingrid M. G. Dante e Nicoli Dias - Terra Rasgada Eventos Turísticos ME, Diretor Vice-Presidente – Eduardo Cardum e Emília Lanças - El Express Service Ltda Me. O Diretor Presidente do Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau, Marcelo Rogério Martins Pereira, abriu a Assembléia comunicando aos presentes que o evento, ainda conforme edital, tinha por finalidade a votação do Regimento Interno Associação Sorocaba 157 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. e Região Convention & Visitors Bureau que já havia sido enviado por e-mail aos associados e diretoria semanas antes da Assembléia para apreciação, contudo o Sr. Ricardo Miguel – LM1 Publicidade S/S Ltda, insistiu para que se fizesse a leitura do mesmo para a aprovação de todos os presentes. Lido pelo Presidente da Assembléia foi então colocado em votação o Regimento Interno abaixo reproduzido com todos os seus artigos, parágrafos, incisos e letras: REGIMENTO INTERNO DA ASSOCIAÇÃO SOROCABA E REGIÃO CONVENTION & VISITORS BUREAU CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO Art. 1º - O Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau – SRC&VB – é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos e de natureza cultural, independente, mantida pela iniciativa privada, que visa gerar o desenvolvimento social, cultural e econômico de Sorocaba e região. CAPÍTULO II DA MISSÃO Art. 2º - Promover o desenvolvimento econômico, social e cultural de Sorocaba e região através da captação, geração e incremento de eventos que aumentem o fluxo de visitantes utilizando estratégias planejadas e permanentes de Marketing e Relações Públicas. 158 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. CAPÍTULO III DOS VALORES Art. 3º - Interesses e objetivos da Associação não podem colidir com os objetivos da comunidade. Não podem sobrepor os interesses da cidade, região, estado ou país. Art. 4º - A Associação não desenvolverá, estimulará, aprovará ou participará de ações que sejam consideradas predatórias ao meio ambiente. Art. 5º - Desenvolverá ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida no território sob sua jurisdição ou fora dele. Art. 6º - Nenhuma ação favorecerá qualquer associado em prejuízo de outro associado, independentemente de seu porte empresarial, localização, categoria como associado ou qualquer circunstância diferenciada. Art. 7º - Procurar desenvolver ações visando, sempre, maior integração dos associados e contato permanente com os mesmos para orientar nossas ações. Art. 8º - Estabelecer uma comunicação ágil, clara e objetiva com os associados e sociedade em geral a fim de obter credibilidade e confiança nas suas ações. Art. 9º - Procurar sempre preservar e fortalecer a imagem da associação na sociedade bem como seu patrimônio buscando reconhecimento e celebração. CAPÍTULO IV DAS 159 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. ATIVIDADES Art. 10º - A Associação poderá: a) Captar, gerar e apoiar eventos nacionais e internacionais, principalmente os de natureza técnica, científica, esportiva e cultural, aumentando o fluxo de visitantes em Sorocaba e região; b) Contribuir para o aprimoramento da infra-estrutura e serviços turísticos, trazendo ainda como benefício o desenvolvimento e a difusão cultural, científica, tecnológica e artística do Estado; c) Trabalhar pelo desenvolvimento turístico em geral das cidades de Sorocaba e região; d) Desenvolver o turismo de eventos sejam eles feiras, congressos, convenções ou seminários nacionais e internacionais, tendo como âmbito de atuação principal as cidades de Sorocaba e Região. e) Apoiar a captação de eventos para a cidade de Sorocaba e Região e realizar a promoção dos mesmos, prestando apoio e assessorando associações, sociedades, entidades e empresas. f) Elaborar e apresentar candidaturas para entidades interessadas em candidatar-se como sede de eventos internacionais e nacionais organizando todos os contatos necessários a fim de viabilizar o evento. g) Propor iniciativas e acompanhar a sanção de Leis, Decretos, Resoluções, que se destinem a normatizar a atividade turística, voltada à captação e realização de eventos em Sorocaba e Região; h) Firmar convênios, intercâmbios e permutas, com instituições públicas ou privadas visando viabilizar projetos e eventos voltados ao turismo; i) Realizar cursos, debates e pesquisas destinadas ao aperfeiçoamento dos profissionais e entidades que compõem os diversos segmentos em que se desdobra a atividade turística, voltada para o setorde eventos; j) Desenvolver na população de Sorocaba e região uma cultura de melhor atendimento aos visitantes de lazer e negócios; k) Incentivar as contribuições ao desenvolvimento do turismo em Sorocaba e 160 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Região (festas regionais, torneios, rodeios, exposições, etc); l) Promover a integração das atividades econômicas que atuam no mercado de turismo, especialmente em congressos, feiras, viagens de incentivo e eventos em geral; m) Promover a difusão de idéias, dos valores culturais, das tradições e dos hábitos sociais da comunidade regional; n) Fornecer publicações e material gráfico para os associados e visitantes: • Sorocaba e Região Show Case: publicação dos serviços das empresas associadas, apresentando Sorocaba e região como destino de lazer, negócios e eventos; • Mapas turísticos: mapas em perspectivas da cidade de Sorocaba, incluindo as principais atrações, serviços e informações sobre a cidade; • Calendário de Eventos: Publicação relacionando os congressos, feiras e eventos agendados para Sorocaba, listando tanto os serviços e produtos já contratados como os que estão em aberto; • Banco de Imagens: arquivo de imagens, fotos e vídeos para promoção da cidade de Sorocaba e região; • Pesquisas de Mercado: dados e fatos a respeito da indústria de turismo, destacadamente quanto ao segmento negócios e eventos em Sorocaba e região; o) Fornecer informações e orientações para seleção de produtos e serviços para congressos e eventos: • Meios de Hospedagem; • Centro de Eventos; • Restaurantes e Buffets; • Centro de compras; • Organizadores Profissionais de Eventos; • Promotores de Feiras; • Serviços auxiliares (Montagem, sonorização, serviços gráficos, etc.); • Agências de Viagens; • Serviços de Transporte Aéreo e Terrestre; • Profissionais Especializados (Guias, tradutores, intérpretes, fotógrafos, etc.); 161 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. • Outros serviços relacionados. p) Oferecer suporte logístico para: • Viagens de familiarização para operadoras, imprensa e visitas técnicas de inspeção; • Elaboração e apresentação de candidaturas a eventos e congressos que tenham como sede Sorocaba e Região. q) Apoiar a articulação institucional e empresarial, como: • Contatos e obtenção de apoio institucional e de autoridades para realização de eventos em Sorocaba e Região; • Contato e articulação de parcerias privadas para a realização de eventos em Sorocaba e Região. r) Promover o destino Sorocaba e região para eventos e turismo: • Desenvolver campanhas de marketing; • Participar de feiras, seminários e workshops no Brasil e no exterior, promovendo as empresas associadas; • Promover produtos e serviços das empresas associadas, bem como, de Sorocaba e região, junto à mídia. s) Oferecer assessoria e consultoria a interessados em investir em Sorocaba e região e no mercado de congressos e eventos: • Por meio de sua equipe executiva e/ou empresas associadas, o SRC&VB poderá assessorar e apoiar empresas e organizações interessadas em ingressar e/ou ampliar sua participação em nossa área de atuação; • Gerar e manter intercâmbio técnico e cultural com entidades congêneres, públicas e privadas nas esferas regional, nacional e internacional. CAPÍTULO V DAS INSTALAÇÕES Art. 11º - Conforme Estatuto Social desta Associação o SRC&VB terá sua sede na Av. 162 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, nº 3260 – sala 01, Alto da Boa Vista – CEP: 18013280, município de Sorocaba, e foro jurídico na Comarca de Sorocaba, Estado de São Paulo. Art. 12º - A Associação poderá ser transferida de sede conforme eventuais necessidades e sob aprovação da Diretoria Executiva CAPÍTULO VI DA JURISDIÇÃO Art. 13º - Nenhuma outra instituição semelhante pode ser criada na região com o mesmo nome, pois se trata de uso indevido do nome, já com os devidos registros públicos, que pertence exclusivamente a esta Associação. CAPÍTULO VII DA DIRETORIA EXECUTIVA Art. 14º - As reuniões da Diretoria poderão ser realizadas mensalmente na sede da Associação em datas acordadas com os membros da Diretoria. Art. 15º - Os membros da Diretoria Executiva da Associação, não poderão receber remuneração pelos serviços prestados no exercício de seus cargos, vedando-lhes, ainda, qualquer participação nos lucros ou resultados econômicos e financeiros da Associação; Parágrafo Único: Os membros da Diretoria Executiva, citados neste artigo, poderão receber quantias a título de vales ou adiantamento para despesas pessoais ou verba de representação, devendo o reembolso das despesas feitas a serviço da Associação, inclusive com viagens, ser baseado em comprovação hábil de sua efetivação, em prazo não superior a 15 (quinze) dias da data de realização. CAPÍTULO VIII 163 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. DA EQUIPE EXECUTIVA Art. 16º - A Equipe Executiva poderá ser constituída das seguintes funções: a) Gerente Executivo b) Gerente de Captação/ Eventos c) Gerente de Mantenedores d) Gerente de Projetos e Visitors e) GerenteAdministrativo/Financeiro f) Assessor de Comunicação g) Assistente Administrativo h) Secretária/ Recepcionista Art. 17º - Das funções da equipe: a) Gerente Executivo: 1. Gerenciar as atividades gerais da associação; 2. Delegar tarefas, fiscalizar e gerenciar as atividades da Equipe Executiva; 3. Assinar contratos e convênios, previamente autorizados pela Diretoria Executiva; 4. Desenvolver, orientar e avaliar os projetos específicos a cada gerência; 5. Tomar decisões junto a Equipe Executiva; 6. Prestar conta das atividades da Associação para a Diretoria Executiva e apresentar 164 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. relatórios das atividades administrativas e financeiras trimestralmente; 7. Comunicar a Diretoria Executiva de todos os projetos em desenvolvimento na Associação; 8. Solicitar autorização e aprovação de projetos à Diretoria Executiva quando necessário; 9. Representar a Associação em eventos nacionais e internacionais; 10. Apresentar candidaturas a entidades quando houver interesse na captação de um evento e dar suporte e apoio aos representantes das entidades que tiverem interesse na captação de um evento com sede em Sorocaba e região; 11. Realizar e comandar reuniões periódicas com a Equipe Executiva para avaliar a evolução de projetos, discutir eventuais problemas, avaliar normas, procedimentos e a qualidade do trabalho. 12. Participar de reuniões para troca de informações e discussão de problemas internos, tomada de decisões, planejamento de novas estratégias e produtos, análise do quadro econômico nacional e internacional, das tendências do mercado e das ações de outros Conventions & Visitors Bureaux; b) Gerente de Captação e Eventos 1. Desenvolver projetos de candidaturas para captação de eventos de entidades quando houver interesse da Associação; 2. Fazer o levantamento e cadastro de todos os eventos potenciais que o SRC&VB possa captar de acordo com a infra-estrutura de Sorocaba e da região; 3. Fazer o levantamento e cadastro das entidades promotoras e organizadoras de eventos; 4. Manter contato com as principais entidades do setor de eventos no Brasil e no mundo, bem como possuir um cadastro dessas entidades; 5. Intermediar contato entre Prefeituras e entidades promotoras dos eventos que ocorrerem em Sorocaba e região; 6. Relacionar junto com a entidade os serviços em aberto para a organização do evento que deverão ser apresentados aos Associados pela gerência de mantenedores; 165 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 7. Cadastrar e organizar todos os eventos que o SRC&VB apoio, captou e participou – planilha eventos SRC&VB; 8. Organização e participação em eventos do trade; 9. Organização dos eventos internos promovidos pelo SRC&VB em conjunto com a Assessoria de Comunicação – encontros, reuniões, coquetéis, etc. 10. Elaborar em conjunto com a entidade promotora e Assessoria de Comunicação portfólios do evento para apresentar a potenciais patrocinadores locais; 11. Elaborar relatórios semestrais para a diretoria indicando: a) Número de entidades contadas; b) Número de eventos apoiados e captados; c) Dos eventos contatados quantos foram captados; d) Número de participantes por evento; e) Rentabilidade para a cidade - custo do evento/retorno – de cada evento realizado. c) Gerente de Mantenedores 1. Fortalecer relacionamento entre a Associação e os associados; 2. Divulgar as ações e os eventos os quais o SRC&VB estiver envolvido; 3. Organizar Encontros Festivos periódicos para apresentação dos projetos desenvolvidos e em andamento, eventos do SRC&VB, palestras, shows artísticos, possibilitando o networking entre os associados; 4. Realizar visitas aos mantenedores a fim de verificar satisfação, sugestões, apresentar projetos, apresentar promoções etc; 5. Desenvolver promoções em conjunto com os associados para divulgação dos mesmos a fim de também oferecer benefícios aos turistas que vêm para Sorocaba e região; 6. Manter um banco de dados completo e atualizado de todos os Associados; 7. Divulgar os associados às entidades promotoras de eventos; 8. Enviar aos associados relação dos eventos prospectados para a cidade com o contato do promotor e/ou realizador, sendo que as informações deverão ser renovadas 166 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. mensalmente e somente os associados terão acesso. 9. Enviar informações dos eventos apoiados, relação de serviços e produtos que serão necessários; 10. Fazer a promoção dos associados em todos os eventos os quais o SRC&VB participar; 11. Divulgar os associados em publicações as quais o SRC&VB venha a participar; 12. Realizar a captação de novos associados para a Associação; 13. Preparar Plano de Captação e Visita, indicando lista de empresas que serão contatadas durante o ano; 14. Definir estratégia de abordagem para associação de meios de hospedagem – arrecadação da taxa de turismo; 15. Desenvolver material institucional e para captação de novos associados; 16. Fazer promoções para a Associação de novas empresas; 17. Definir em conjunto com a Diretoria e Gerência Executiva as possíveis negociações referentes a pagamento de mensalidade e jóia. d) Gerente de Projetos e Visitors 1. Propor, definir e criar projetos internos e externos junto à Equipe Executiva; 2. Gerenciar todos os projetos da Associação; 3. Criar e gerenciar os Planos de Trabalho; 4. Desenvolver pesquisas; 5. Redigir a documentação dos projetos e convênios da Associação; 6. Manter um Bando de Dados com informações e orientações para seleção de produtos e serviços para eventos; 7. Inventariar a infra-estrutura turística de Sorocaba e região para eventos, negócios e lazer; 8. Gerenciar o Banco de Dados de toda a infra-estrutura receptiva de Sorocaba e região; 9. Organizar visitas técnicas de inspeção; 167 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 10. Organizar e manter um Banco de Imagens de Sorocaba e região; 11. Desenvolver projetos de convênios com poder público, entidades e setor privado para captação de verba para os eventos em processo de captação ou captados. e) Gerente Administrativo/ Financeiro 1. Executar e coordenar todas as atividades operacionais, administrativas e financeiras da Associação; 2. Planejar e distribuir as tarefas da Equipe Executiva; 3. Supervisionar e avaliar o desempenho e a qualidade dos serviços prestados pela Associação; 4. Solicitar à Diretoria Executiva contratação, promoção, transferência ou demissão de funcionários; 5. Estabelecer e manter atualizados os registros contábeis e financeiros da Associação; 6. Preparar documentações administrativas e financeiras para posteriores auditorias; 7. Assegurar que as atividades administrativas e financeiras da Associação sejam realizadas de acordo com as regras estabelecidas no Estatuto e neste Regimento Interno; 8. Gerir contratos com consultores, técnicos, empresas associadas e outros profissionais ligados à Associação; 9. Gerir relacionamento com empresas que prestam serviços (informática, internet, gráfica etc.) à Associação; 10. Adquirir bens e serviços necessários à atuação da Associação; 11. Orientar novos funcionários para o desempenho de suas funções; 12. Desenvolver e apresentar relatórios administrativos e financeiros mensais à Diretoria Executiva. f) Assessor de Comunicação 1. Prestar assessoramento em assuntos relacionados à imprensa e demais órgãos de comunicação; 2. Cuidar da imagem e da promoção da Associação frente aos diversos segmentos da sociedade; 168 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 3. Divulgar os trabalhos que se realizam no âmbito da Associação, por meio de diversos instrumentos de comunicação social, promovendo o conhecimento e o reconhecimento do SRC&VB, interna e externamente; 4. Fornecer apoio logístico a eventos promovidos pela Associação ou em que ela participe; 5. Elaborar releases e sugerir pautas para publicações na mídia; 6. Elaborar newsletter quinzenal e enviar aos associados; 7. Fazer Clipping da Associação (arquivo de notícias); 8. Acompanhar em entrevistas que participe algum membro do SRC&VB; 9. Elaborar o boletim mensal Em Destaque (material de divulgação dos associados). g) Assistente Administrativo 1. Auxiliar todas as gerências em suas tarefas; 2. Coordenar a compra de materiais; 3. Controlar o fluxo de informações e papéis; 4. Secretariar as reuniões; 5. Organizar sistemas de dados e informações de arquivos em papel e eletrônicos. h) Secretária/Recepcionista 1. Atender visitantes e/ou pessoas ao telefone; 2. Elaborar e digitar cartas e comunicados; 3. Enviar e receber a correspondência, por correio, fax ou Internet; 4. Agendar reuniões; 5. Dar informações aos visitantes; 6. Organizar e manter arquivos; 7. Providenciar o que for necessário para viagens, evento etc, dos membros da Diretoria e Equipe Executiva do SRC&VB; 8. Organizar a sede da associação; 9. Elaborar atas de reuniões; 10. Realizar pequenas tarefas como pagamento de contas e controle da agenda dos diretores e gerentes. 169 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Parágrafo Único: Uma gerência poderá acumular mais de uma função, contudo o acúmulo de funções não será onerado no salário do funcionário. CAPÍTULO IX DOS ASSOCIADOS Art. 18º - Conforme Estatuto Social desta Associação, poderão se associar pessoas físicas e jurídicas, composto das seguintes categorias: a) Sócios Fundadores: as pessoas que, além de participarem da criação e efetivação desta Associação em Sorocaba e região, assinaram a ata de fundação do SRC&VB. b) Sócios Honorários: são as pessoas que por relevantes serviços prestados ao SRC&VB e ou à comunidade, forem indicadas pela Diretoria Executiva ou pelo Conselho de Fundadores em Assembléia Geral para receber essa honraria. Para se tornar um sócio honorário o SRC&VB enviará a pessoa indicada um comunicado assinado pelo Diretor-Presidente informando sobre a homenagem e solicitando aceitação de tal honraria. Caso a pessoa aceite se tornar um sócio honorário o SRC&VB produzirá uma placa em homenagem que poderá ser entregue em cerimônia a ser realizada em data acordada pela Diretoria Executiva. c) Sócios Beneméritos: são as pessoas que, pela benemerência praticada em favor do SRC&VB, tiverem sua indicação pela Diretoria ou pelo Conselho de Fundadores, para receberem esse título. O procedimento para se tornar um sócio benemérito será o mesmo utilizado para se tornar um sócio honorário. d) Sócios Contribuintes: são aqueles que contribuem mensal ou anualmente, em importância definida em Assembléia Geral. Para se tornar um Sócio Contribuinte a pessoa física ou jurídica deverá assinar um 170 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Termo de Adesão definido pelo SRC&VB e pagar uma jóia e uma mensalidade referente a sua categoria especificada nos moldes deste Regimento Interno. e) Sócios Colaboradores: são aqueles que, mesmo não pertencendo ao quadro associativo do SRC&VB, colaboram com a entidade prestando serviços. Para se tornam um sócio colaborador deverá ser assinado entre as partes um Termo de Contribuição, no qual será especificado que o sócio não cobrará a Associação pelos serviços prestados. CAPÍTULO X DOS VALORES DA JÓIA E MENSALIDADE Art. 19º - Associação de Pessoa Física: a) O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 1000,00 (Hum mil reais). b) O valor da mensalidade será R$ 50,00 (cinqüenta reais). Art. 20º - Associação de Pessoa Jurídica: a) A Associação possuirá 13 (treze) categorias de Associados Pessoas Jurídicas, quais sejam: Meios de Hospedagem; Alimentos e Bebidas; Entretenimento; Serviços Turísticos; Serviços Diversos; Instituições Financeiras; Transportes; Comércios em geral; Shopping Centers, Galerias e Hipermercados; Instituições de Ensino; Indústrias; Spas; Órgãos Públicos. b) Caso necessário, poderão ser acrescidas novas categorias, sempre com a aprovação da Diretoria Ex 171 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. ecutiva. I. Categoria Hospedagem 1. Fazem parte desta categoria os Hotéis, Flats, Pousadas e Similares de pequeno, médio e grande porte. 2. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 2000,00 (dois mil reais). 3. Para estabelecimentos que possuam acima de 30 UHs (Unidades Habitacionais) a contribuição será no valor de R$ 1,00/dia/UH (Um real e dez centavos por dia/UH), multiplicado pelo número de diárias pagas pelos hóspedes, dos quais foram arrecadados os valores brutos de R$ 1,20/dia/UH (um real e vinte centavos por dia/UH), importância que será repassada diretamente ao SRC&VB, até o dia 15 de cada mês, quando deverão ser totalizados os valores recebidos no mês imediatamente anterior. Sendo certo que, em havendo recusa do hóspede quanto ao pagamento da mesma, o hotel não poderá ser responsabilizado. 4. Para estabelecimentos que possuam até 30 UHs (Unidades Habitacionais) a contribuição será no valor de R$ 0,70/dia/UH (setenta centavos por dia/UH), multiplicado pelo número de diárias pagas pelos hóspedes, dos quais foram arrecadados os valores brutos de R$ 0,90/dia/UH (noventa centavos por dia/UH), importância que será repassada diretamente ao SRC&VB, até o dia 15 de cada mês, quando deverão ser totalizados os valores recebidos no mês imediatamente anterior. Sendo certo que, em havendo recusa do hóspede quanto ao pagamento da mesma, o hotel não poderá ser responsabilizado. 5. A contribuição de que trata o Termo de Adesão deverá figurar destacadamente na fatura apresentada aos hóspedes, sob a denominação “TAXA DE TURISMO”. 6. O valor mínimo de arrecadação da Taxa de Turismo a ser repassada mensalmente ao SRC&VB está fixado em R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) mais as taxas bancárias inclusas no valor do boleto bancário para estabelecimentos que possuam acima de 30UHS (Unidades Habitacionais). 7. O valor mínimo de arrecadação da Taxa de Turismo a ser repassada mensalmente ao 172 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. SRC&VB está fixado em R$ 90,00 (noventa reais) mais as taxas bancárias inclusas no valor do boleto bancário para estabelecimentos que possuam até 30 UHS classificados como hotéis de pequeno porte, pousadas, pensões e similares. 8. Os hotéis filiados que aceitaram pagar a contribuição conforme estabelecida no Termo de Adesão, que a cobram, sem repassá-la ao SRC&VB, podem ter seus dirigentes enquadrados na figura, da apropriação indébita, cujo artigo 168 assim redigido está: “Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção. Pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. §1º A pena é aumentada de 1 terço, quando o agente recebeu a coisa: I. em depósito necessário; II. Na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depósito judicial; III. Em razão de ofício, emprego ou profissão “ II.Categoria Alimentos e Bebidas 1. Fazem parte desta categoria os restaurantes, bares, buffets, rotisseries e similares de pequeno, médio e grande porte. 2. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 1500,00 (Hum mil e quinhentos reais). 3. O valor da mensalidade estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 150,00 (Cento e cinquenta reais). III. Categoria Entretenimento 1. Fazem parte desta categoria os cinemas, casas noturnas, parques, teatros, quadras esportivas, pesqueiros e similares de pequeno, médio e grande porte. 2. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 1500,00 (Hum mil e quinhentos reais 173 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 3. O valor da mensalidade estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 150,00 ( Cento e cinquenta reais). IV. Categoria Serviços Turísticos 1. Fazem parte desta categoria as agências de viagens, organizadores de eventos, espaço para eventos, equipamentos para eventos e similares de pequeno, médio e grande porte. 2. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 1500,00 (Hum mil e quinhentos reais). 3. O valor da mensalidade estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 150,00 ( Cento e cinquenta reais). V. Categoria Serviços Diversos 1. Fazem parte desta categoria agência de publicidade, escritórios virtuais, cabeleireiros, lavanderias, profissionais liberais (mediante comprovação), haras, centros hípicos e similares de pequeno, médio e grande porte. 2. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 1000,00 (Hum mil reais). 3. O valor da mensalidade estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 150,00 (Cento e cinquenta reais). VI. Categoria Instituições Financeiras 1. Fazem parte desta categoria as administradoras de cartões de crédito, bancos e similares de pequeno, médio e grande porte. 2. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 2000,00 (Dois mil reais). 3. O valor da mensalidade estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 250,00 (Duzentos e cinquenta reais). VII. Categoria Transportes 1. Fazem parte desta categoria as companhias aéreas, táxis, transportes municipal e intermunicipal, locadoras de veículos, administradoras de rodovias e similares de pequeno, 174 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. médio e grande porte. 2. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 2000,00 (Dois mil reais). 3. O valor da mensalidade estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 150,00 (Cento e cinquenta reais). VIII. Categoria Comércio em geral 1. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 1000,00 (Hum mil reais). 2. O valor da mensalidade estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 150,00 (Cento e cinquenta reais). IX. Categoria Shoppings Centers, Galerias e Hipermercados 1. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 2500,00 (Dois mil e quinhentos reais). 2. O valor da mensalidade estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 500,00 (Quinhentos reais). X. Categoria Meios de Comunicação 1. Fazem parte desta categoria rádios, TVs, Jornais, Companhias Telefônicas,Editoras e Similares de pequeno, médio e grande porte. 2. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 1500,00 (Hum mil e quinhentos reais). 3. O valor da mensalidade estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 150,00 (Cento e cinquenta reais). XI. Categoria Instituições de Ensino 1. Fazem parte desta categoria Educação Nível Fundamental, Cursos Livres, Educação Nível Superior e Técnica de pequeno, médio e grande porte. 2. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 1500,00 (Hum mil e quinhentos reais). 3. O valor da mensalidade estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 150,00 175 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. (Cento e cinquenta reais). XII. Categoria Indústrias 1. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 2000,00 (Dois mil reais). 2. O valor da mensalidade estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 450,00 (Quatrocentos e cinquenta reais). XIII. Categoria Spas 3. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 1500,00 (Hum mil e quinhentos reais). 4. O valor da mensalidade estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 150,00 (Cento e cinquenta reais). XIV. Categoria Órgãos Públicos 1. O valor da jóia estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 2500,00 (Dois mil e quinhentos reais). 2. O valor da mensalidade estabelecido para esta categoria será no valor de R$ 150,00 (Cento e cinquenta reais). 3. Será determinado procedimento específico para a associação de Órgãos Públicos, considerando os processos burocráticos cabíveis do mesmo. Após a execução de tais procedimentos burocráticos, deverá ser assinado o Termo de Adesão utilizado para todas as categorias de associado. Parágrafo Único – Se houver casos em que a empresa não se adeqüe a nenhuma das categorias estabelecidas anteriormente, caberá a Diretoria Executiva decidir sobre o tipo de 176 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. contrato de adesão e valores de jóia e mensalidade. CAPÍTULO XI DO PAGAMENTO DA JÓIA E MENSALIDADE Art. 21º - O valor da jóia de todas as categorias descritas anteriormente poderá ser parcelado e estará aberto a negociações para descontos e permutas conforme interesse de ambas as partes e sob aprovação da Diretoria Executiva; Art. 22º - As empresas que possuírem até 03 (três) funcionários (mediante comprovação) em qualquer categoria poderão ter desconto de 30% (trinta por cento) na mensalidade. Art. 23º – Nos casos de estabelecimentos que tiverem o mesmo proprietário poderão ser concedidos descontos na jóia ao segundo estabelecimento e, assim, sucessivamente. CAPÍTULO XII DA COBRANÇA Art. 24º - A cobrança do associado dar-se-á através de boleto bancário sendo este acrescido de taxas bancárias que deverão ser pagas pelo associado na data de vencimento, registrada no Termo de Adesão, somado ao valor da mensalidade de sua categoria. Art. 25º - Após 05 dias de vencimento o SRC&VB poderá enviar Carta de Cobrança ao associado por correio e com Aviso de Recebimento. Ainda não ocorrendo o pagamento a Associação a empresa poderá perder todos os seus direitos após 30 dias do vencimento da mensalidade. Parágrafo Único: Se necessário, a Associação poderá realizar outro método para envio de cobrança da mensalidade e jóia. CAPÍTULO XIII 177 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. DAS PARCERIAS, CONVÊNIOS E PROTOCOLOS DE INTENÇÕES COM ÓRGÃOS PÚBLICOS E ENTIDADES Art. 26º O SRC&VB poderá estabelecer parcerias e convênios com órgãos públicos, entidades e empresas privadas desde que esteja de acordo com os objetivos e valores da Associação, podendo estas parcerias e convênios ser permanentes ou temporários, desde que traga benefícios a ambas as partes e sob a aprovação da Diretoria Executiva. Art. 27º - O Convênio ou Parceria deverá ser oficializado através de documento específico da Associação ou da empresa/órgão parceiro efetivando a ação. CAPÍTULO XIV DO DESLIGAMENTO Art. 28º - O compromisso firmado no Termo de Adesão somente poderá ser interrompido mediante comunicação, por escrito, do ADERENTE, feito com antecedência mínima de 60 dias (sessenta) dias, garantido, neste período, o seu integral cumprimento. Art. 29º - Na hipótese de cancelamento do Termo de Adesão, o associado deverá se comprometer com o pagamento das mensalidades até o cumprimento dos 12 meses de contrato. CAPÍTULO XV DA REFORMA DO REGIMENTO INTERNO 178 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Art. 30º - O Regimento Interno da Associação somente poderá ser alterado, reformado ou substituído através de Resolução. Art. 31º - O Projeto de Resolução que vise alterar, reformar ou substituir o Regimento Interno somente poderá ser admitido quando proposto: I – por um terço, no mínimo, dos Associados; II – pela Diretoria Executiva; III – pelo Conselho de Fundadores. Parágrafo Único – O Projeto de Resolução a que se refere o presente artigo será discutido e votado em Assembléia Geral, e só será dado por aprovado se contar com o voto mínimo e favorável da maioria presente. CAPÍTULO XVI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 32º – O presente Regimento Interno entra em vigor na data de sua aprovação na Assembléia Geral Ordinária, obrigando todos os que participam e usufruem a Associação Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau ou venham dela participar ou usufruir. Art. 33º - Os casos omissos no presente Regimento Interno serão resolvidos pelo Conselho de Fun dadores. FIM DO REGIMENTO INTERNO 179 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. ANEXO –D: Legislação do CMT LEI Nº 1491, de 24 de abril de 1.968. DISPÕE SÔBRE A CRIAÇÃO DO "CONSELHO MUNICIPAL DE TURISMO", E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu promulgo a seguinte lei: Artigo 1º - Fica criado o Conselho Municipal de Turismo regido pelas disposições contidas na presente lei. Artigo 2º - O Conselho Municipal de turismo será integrado por nove membros, a saber: 1- Três elementos indicados pelo Prefeito Municipal. 2- Um representante de cada uma das seguintes entidades, por elas indicado em lista trílice à escôlha do Prefeito Municipal: a- Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Sorocaba; b- Associação Sorocabana de Imprensa; c- Associação dos Viajantes e Representantes Comerciais; d- Associação Agro-Pecuária Sorocabana (FAPIS); e- Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba; f- Câmara Municipal de Vereadores. 180 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Parágrafo único - Os elementos indicados pelo Prefeito serão escolhidos, preferencialmente, dentre pessoas ligadas à indústria, ou seja, hoteleiros, transportadores, publicistas, agentes de viagens, proprietários de restaurantes, ou diretores de clubes. Artigo 2º - O Concelho Municipal de Turismo será integrado por cinco (5) membros, todos indicados pelo Prefeito Municipal, de preferência dentre pessoas ligadas à indústria turística, aos meios artísticos, aos clubes de serviço, à imprensa, ao rádio ou outra entidade que possa contribuir para os propósitos da presente lei. § 1º - O Conselho terá um presidente executivo indicado pelo Prefeito Municipal, cujo mandato será de dois (2) anos, admitida a recondução. § 2º - Os membros do Conselho, que poderão ser demitidos "ad-nutum", terão mandato de até quatro (4) anos, coincidindo com o mesmo período de governo do Prefeito Municipal. § 3º - Nenhum cargo do Conselho será remunerado, porém os serviços prestados serão considerados relevantes. (Redação dada pela Lei nº 1726/1973) Artigo 3º - O mandato de cada membro do Conselho Municipal de Turismo será de dois anos. § 1º - No caso de afastamento de qualquer de seus membros, o preenchimento de vaga registrada será procedido na forma do Artigo anterior, competindo ao membro substituto completar o período indicado por seu antecessor. § 2º Na primeira reunião do ano o Conselho escolherá dentre seus membros dois elementos para servirem, respectivamente, como Presidente e Secretário. § 3º - Nenhum cargo do Conselho Municipal de Turismo será remunerado, sendo, todavia, os seus serviços considerados relevantes. (Revogado pela Lei nº 1726/1973) Artigo 4º - Ao Conselho Municipal de Turismo, além de outras atribuições previstas em sua regulamentação, compete: 181 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 1º - o planejamento e incentivo de tôdas as medidas e providências que resultem no desenvolvimento do turismo municipal: 2º o estabelecimento e divulgação de roteiros e circuitos turísticos do Município; 3º - a elaboração de um calendário turístico da cidade; 4º - o incentivo à visitação dos postos turísticos do Município; 5º - o apôio e incentivo aos congressos, simpósios, seminários, debates e conferências que se realizarem, desde que tais movimentos resultem em promoção turística para a cidade; 6º - o prestígio e apôio a todas as festas, feiras, salões, mostras e exposições que se efetivarem na cidade; 7º - a comemoração de tôdas as datas cívicas e de tradição folclórica que registrem os anais do Município; 8º - a realização de concursos e certames que visem a promoção turística da cidade; 9º - a preservação de marcos e monumentos históricos da cidade; 10º - a edição e divulgação de boletins e públicações de interêsse turístico para o Município; 11º - o planejamento e incentivo de pontos e locais para as chamadas "fugas de fim de semana" para a população, em todos os seus níveis sociais; 12º - o incentivo a melhoria constante de hotéis e restaurantes do Município, se possível, instituindo prêmios pelo aprimoramento de seus serviços; 13º - o incremento aos clubes e às competições esportivas que possam resultar em promoção turística para a cidade; 14º - o incremento ao reflorestamento de árvores ornamentais em tôdas as vias que assim o 182 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. permitam, particularmente junto às escolas e repartições públicas; 15º - o incentivo aos proprietários de terrenos em áreas urbanas, para que procedam ao fechamento dos mesmos com cêrca viva ou cêrcas de madeira bem aparelhados ou com alvenaria; 16º - a promoção da sinalização na cidade dos pontos de atrações turísticas e das entradas e saídas do Município; 17º - a manutenção de um serviço permanente de assistência ao turista; 18º - o incentivo e a promoção de festas folclóricas, religiosas, agrícolas, históricas e culturais da cidade; 19º - o incentivo ao investimento em empreendimentos de interêsse turístico, com vistas a obtenção de favores fiscais; 20º - o estabelecimento de permanente contato com os organismos estaduais e federais ligados ao turismo, bem como, com outros Municípios, objetivando um intercâmbio e uma perfeita integração turística; 21º - o assessoramento ao Prefeito em todos os assuntos que digam respeito ao turismo no Município; 22º - a emissão de pareceres em tôdas as matérias, ligadas ao turismo, que lhe foram encaminhadas pelo Prefeito. Artigo 5º - Dentro de trinta dias após a promulgação da presente lei, o Prefeito Municipal baixará Decreto regulamentando a forma de funcionamento do Conselho Municipal de Turismo, definindo as atribuições de seus diretores, bem como a forma de afastamento dos membros faltosos. Artigo 6º - Caberá ao Conselho, em reunião especialmente convocada para tal, dispor sôbre as suas normas financeiras, pleiteando do Prefeito as medidas legais para sua efetivação. 183 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Artigo 7º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua públicação, revogadas as disposições em contrário.- Prefeito Municipal, em 24 de abril de 1.968, 313º da Fundação de Sorocaba.- ARMANDO PANNUNZIO (Prefeito Municipal) 184 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. LEI Nº 6461, DE 26 DE SETEMBRO DE 2 001. (Revogada pela Lei nº 8147/2007) DISPÕE SOBRE A COMPOSIÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO MUNICIPAL DE TURISMO CRIADO PELO ARTIGO 184 DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Projeto de Lei nº 52/2001 - autoria do EXECUTIVO. A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu promulgo a seguinte Lei: Art. 1º - O Conselho Municipal de Turismo terá caráter consultivo e permanente, com a finalidade de, em conjunto com a sociedade, propor e acompanhar a implementação e execução da política turística no Município. Art. 2º - O Conselho Municipal de Turismo será constituído pelas seguintes entidades, sendo uma titular e outra suplente: 1 - 01 representante do Sindicato dos Empregados do Comércio Hoteleiro e ou do Sindicato dos Empregados do Comércio de Sorocaba; 2 - 01 representante da Associação dos Lojistas do Shopping Sorocaba e ou da Associação dos Lojistas do Shopping Esplanada e ou do Sindicato do Comércio Varejista de Sorocaba; 3 - 01 representante do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP); 4 - 01 representante dos Hotéis e ou Restaurantes, Bares e similares de Sorocaba; 5 - 01 representante do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA) e ou do Conselho Municipal de Agricultura Pecuária (COMAPA); 6 - 01 representante do Sindicato das Empresas de Fretamento e ou do Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários de Sorocaba; 7 - 01 representante das Agências de Viagem de Turismo de Sorocaba e ou da Associação das 185 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Agências de Viagem Independentes do Interior do Estado de São Paulo (AVIESP); 8 - 01 representante da Associação Rural de Sorocaba (FAPIS) e ou do Aero Clube; 9 - 01 representante do Serviço de Apoio a Micro e Pequena Empresa do Estado de São Paulo (SEBRAE) e ou do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC); 10- 01 representante da Universidade de Sorocaba e ou do Colégio Politécnico de Sorocaba; 11 - 01 representante da Delegacia Regional de Turismo do Estado de São Paulo e ou do Conselho Estadual de Turismo; 12 - 01 representante do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba e ou da Associação dos Tropeiros de Sorocaba; 13 - 01 representante da Associação das Agências de Propaganda de Sorocaba e Região e ou da Associação dos Profissionais de Propaganda Sudoeste; 14 - 02 cidadãos nomeados pela Prefeitura Municipal de Sorocaba; 15 - 01 representante da Câmara Municipal de Sorocaba; 16 - 01 representante da Secretaria do Desenvolvimento Econômico. § 1º - O Presidente do Conselho será indicado pelo Prefeito Municipal e o Vice-Presidente será indicado pelo Presidente da Câmara Municipal. § 2º - Cada titular do Conselho terá um suplente, oriundo da mesma categoria representativa. § 3º - Na primeira reunião os Conselheiros elegerão as entidades titulares e entidades suplentes. Art. 3º - Compete ao Conselho Municipal de Turismo: 186 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. I - Propor e estabelecer parcerias com outros Municípios visando a elaboração de ações turísticas de interesse regional; II - Recomendar, acompanhar e apoiar os projetos e calendário turístico do Município, bem como incentivar as manifestações comemorativas e de eventos referentes à história, ao folclore, à tradição, à indústria, ao comércio e à agricultura; III - Elaborar propostas de desenvolvimento turístico do Município; IV - Propor ações de desenvolvimento e aprimoramento à atividade turística; V - Propor diretrizes para a política turística municipal; VI - Promover a integração dos vários segmentos do setor turístico vinculados à produção, comercialização, elaboração, construção, sinalização e transporte; VII - Avalizar e opinar sobre os planos e programas de desenvolvimento das áreas de turismo que vierem a ser propostos no Município, bem como acompanhar sua execução após a devida aprovação para o Município; VIII - Manter intercâmbio com os Conselhos similares, visando ao encaminhamento de reivindicações de interesse comum; IX - Assessorar o Poder Executivo Municipal em matérias relacionadas ao segmento turístico; X - Elaborar o seu regimento interno e realizar os seus trabalhos, observando os seguintes princípios: a-) realização das reuniões conforme Regimento Interno; b-) deliberação por maioria absoluta; c-) registro em ata e arquivos adequados de todas as deliberações e pareceres, votos e demais trabalhos do Conselho; 187 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. d-) publicidade de suas reuniões e seus trabalhos. Art. 4º - Os casos omissos na presente Lei serão resolvidos pelo Conselho Municipal de Turismo, em decisão aprovada por maioria absoluta de seus membros. Art. 5º - O Conselho deverá instalar-se e iniciar seus trabalhos dentro de trinta dias contados da nomeação de seus membros, que terão mandato de dois anos, permitida a recondução por igual período. Art. 6º - Todas as sessões do Conselho serão públicas e precedidas de divulgação junto à Imprensa Oficial do Município. Art. 7º - As despesas decorrentes da execução da presente Lei correrão por conta de dotação orçamentária própria, suplementada se necessário. Art. 8º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ficando expressamente revogada a Lei nº 5.152, de 26 de junho de 1996. Palácio dos Tropeiros, em 26 de setembro de 2 001, 347º da Fundação de Sorocaba. RENATO FAUVEL AMARY Prefeito Municipal 188 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. DECRETO Nº 18.283, DE 28 DE ABRIL DE 2010. DISPÕE SOBRE A NOMEAÇÃO DE MEMBROS DO CONSELHO MUNICIPAL DE TURISMO, GESTÃO 2010/2011, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. VITOR LIPPI Prefeito do Município de Sorocaba, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica do Município, em especial pela Lei nº 8.147, de 2 de maio de 2007. DECRETA: Art. 1º Ficam nomeados, para o biênio de 2010/2012, como Presidente e Vice Presidente do Conselho que trata este Decreto, respectivamente, o Sr. Sérgio Benedito Abibe Aranha e o Sr. Antonio Francisco Gonçalves. Art. 2º Ficam nomeados, para biênio de 2010/2012, os seguintes membros para a composição do Conselho Municipal de Turismo - CMT.; I - Representantes do segmento Turístico dos Empregados: Pedro Luis Monteiro (Titular); Luis Fernando Pássaro (Suplente); Representantes do Sindicato dos Empregados no Comércio de Sorocaba. Cícero Lourenço Pereira (Titular); Elias dos Santos (Suplente); Representantes do Sindicato dos Trabalhadores dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Assemelhados de Sorocaba e Região. II - Representantes do segmento Comercial e Empresarial Organizado: Marco Antonio Franco (Titular); Jaime Sardinha (Suplente); Representantes do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - CIESP. 189 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Braz Cassiolato (Titular); Rafael Rodrigo Nochelli (Suplente); Representantes da Associação Comercial de Sorocaba. Marcelo Martins (Titular); Odair Daroque (Suplente); Representantes da Associação dos Lojistas do Esplanada Shopping Center. III - Representantes dos Conselhos Municipais da Cultura, da Agricultura e da Educação: Ana Maria Almeida de Paula Rocha (Titular); Representante da Secretaria de Cultura; José Francisco Viana (Titular); Mário Nakano (Suplente); Representantes do Conselho Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento COMAPA. José Bernardo da Silva (Titular); Cláudio Cutre Robles (Suplente); Representantes do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMDEMA. Luiz Fábio Santos (Titular); Denise Lemos Gomes (Suplente); Representantes do Conselho Municipal de Educação. IV - Representantes do segmento de Prestadores de Serviço do Setor Turístico: Antonio Francisco Gonçalves (Titular); Renato Virgílio Rocha Filho (Suplente); Representantes do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Sorocaba. Moacyr Correa Junior (Titular); Eduardo Cardum (Suplente); 190 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Representantes do Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau. Silvio Benedito de Sousa (Titular); César da Silva Leal (Suplente); Representantes da Associação dos Taxistas de Sorocaba. William Pires Correia (Titular); Renato Castro Menoni (Suplente); Representantes da Escola de Aviação - Aeroclub de Sorocaba. V - Representantes do Sistema "S": Carlos Guerino Zocca (Titular); José Roberto Fernandez (Suplente); Representantes do SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Daniela Tomaz (Titular); João Henrique de Freitas Alves (Suplente); Representantes do SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial. Júlio César de Souza Martins (Titular); Sérgio Antunes de Oliveira (Suplente); Representantes do SESI - Serviço Social da Indústria . Carlos Alberto de Freitas (Titular); Paulo Alves Moraes Neto (Suplente); Representantes do SEBRAE - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo. Eleusa Garcia Pagotto Fioravanti (Titular); Marina Carnicelli de Campos (Suplente); Representantes do SEST/SENAT - Serviço Social do Transporte. VI - Representantes do segmento Educacional: 191 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Pedro Zille Dutra (Titular); Flávio de Souza Mascarenhas (Suplente); Representantes da Universidade de Sorocaba - UNISO. Cintia Rejane Möller de Araujo (Titular); Telma Darn (Suplente); Representantes da Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR. Admilson Irio Ribeiro (Titular); Roberto Wagner Lourenço (Suplente); Representantes da Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho". Ivani Vecina Abib (Titular); Sonia Martinez de Oliveira (Suplente); Representantes da Universidade Paulista - UNIP. VII - Representantes convidados pelo Prefeito: Antonio Carlos da Silva (Titular); Sandro Vidotto (Suplente); Representantes da Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação - ESAMC. Jarbas Favoreto; Representante da AMITUR - Associação dos Municípios de Interesse Turístico do Estado de São Paulo. Ten. Cel. Engº. José Carlos Carneiro (Titular); Aparício Tarcitani (Suplente); Representantes do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba - IHGGS. VIII - Representantes da Secretaria responsável pelo segmento do Turismo: Mario Kajuhico Tanigawa (Titular); José Fernando Alonso (Suplente); 192 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Representantes da Secretaria do Desenvolvimento Econômico. IX - Representantes do segmento Legislativo: Luis Santos Pereira (Titular); Francisco Moko Yabiku (Suplente); Representantes da Câmara Municipal de Sorocaba. Art. 3º Os serviços executados pelos membros do citado conselho serão considerados de relevante interesse público. Art. 4º As despesas com a execução do presente Decreto ocorrerão por conta da dotação orçamentária própria. Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Palácio dos Tropeiros, em 28 de Abril de 2010, 355º da Fundação de Sorocaba. VITOR LIPPI Prefeito Municipal LUIZ ANGELO VERRONE QUILICI Secretário de Negócios Jurídicos RODRIGO MORENO Secretário da Administração, do Governo e Planejamento MARIO KAJUHICO TANIKAWA Secretário do Desenvolvimento Econômico Publicado na Divisão de Controle de Documentos e Atos Oficiais, na data supra. SOLANGE APARECIDA GEREVINI LLAMAS Chefe da Divisão de Controle de Documentos e Atos Oficiais 193 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. LEI Nº 8147, DE 02 DE MAIO DE 2007. DISPÕE SOBRE A COMPOSIÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO MUNICIPAL DE TURISMO CRIADO PELO ARTIGO 184, DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Projeto de Lei nº 23/2007 - autoria do EXECUTIVO. A Câmara Municipal de Sorocaba decreta e eu promulgo a seguinte Lei: Art. 1º - O Conselho Municipal de Turismo terá caráter consultivo e permanente, com a finalidade de, em conjunto com a sociedade, propor e acompanhar a implementação e execução da política pública do turismo no Município e na região. Art. 2º - O Conselho Municipal de Turismo será constituído pelos seguintes segmentos, limitada a quantidade de entidades de acordo com o segmento, sendo que cada segmento terá um membro representante e um suplente: I - Três (03) Representantes do Segmento Turístico dos Empregados, sendo um representante para cada entidade, no limite máximo de três(03) entidades; II - Quatro (04) Representantes do segmento Comercial e Empresarial Organizado, sendo um representante para cada entidade, no limite máximo de quatro(04) entidades; III - Quatro (04) Representantes dos Conselhos Municipais da Cultura, da Agricultura, do Meio Ambiente e da Educação e afins, sendo um representante de cada Conselho; IV - Cinco (05) Representantes do segmento de Prestadores de Serviço do Setor Turístico, sendo um representante para cada entidade, no limite máximo de 05(cinco) entidades; V - Cinco (05) Representantes do Sistema "S", cabendo uma vaga para cada entidade, no limite máximo de 05(cinco) entidades; 194 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. VI - Quatro (04) Representantes do Segmento Educacional; VII - Representantes convidados do Sr.Prefeito; VIII - Dois (02) Representantes da Secretaria responsável pelo Segmento do Turismo; IX - Três (03) Representantes do Segmento Legislativo, sendo um do Legislativo Municipal, um do Legislativo Estadual e um do Legislativo Federal: § 1º - O Presidente do Conselho será um membro convidado e indicado pelo Prefeito Municipal e o Vice-Presidente será indicado pelos membros representantes entre seus pares. § 2º - Cada entidade do Conselho terá um suplente, oriundo da mesma categoria representativa. Art. 3º - Compete ao Conselho Municipal de Turismo: I - Propor e estabelecer parcerias com outros Municípios, visando a elaboração de ações de políticas turísticas de interesse regional ; II - Recomendar, acompanhar e apoiar os projetos e eventos do calendário turístico do Município e da região, bem como incentivar as manifestações comemorativas e de eventos referentes à história, ao folclore, à tradição, à indústria, ao comércio e à agricultura; III - Elaborar propostas de desenvolvimento turístico do Município em parcerias com a região; IV - Propor ações de desenvolvimento e aprimoramento à atividade turística; V - Propor diretrizes para a política turística Municipal,com ações regionais; VI - Promover a integração dos vários segmentos do setor turístico vinculados à produção, comercialização, elaboração, construção, sinalização e transporte; 195 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. VII - Avalizar e opinar sobre os planos e programas de desenvolvimento das áreas de turismo que vierem a ser propostas no Município, bem como acompanhar sua execução após a devida aprovação para o Município; VIII - Manter intercâmbio com os Conselhos similares, visando ao encaminhamento de reivindicações de interesse comum; IX - Assessorar o Poder Executivo Municipal em matérias relacionadas ao segmento turístico; X - Propor ações e parcerias regionais junto ao legislativo estadual e federal; XI - Elaborar o seu regimento interno e realizar os seus trabalhos, observando os seguintes princípios: a) realização das reuniões conforme Regimento Interno; b) deliberação por maioria absoluta; c) registro em ata e arquivos adequados de todas as deliberações e pareceres, votos e demais trabalhos do Conselho; d) publicidade de suas reuniões e seus trabalhos. Art. 4º - Os casos omissos na presente Lei serão resolvidos pelo Conselho Municipal de Turismo, em decisão aprovada por maioria absoluta de seus membros. Art. 5º - O Conselho deverá instalar-se e iniciar seus trabalhos dentro de trinta dias contados da nomeação de seus membros, que terão mandato de 02(dois) anos, permitida a recondução por igual período. Art. 6º - Todas as sessões do Conselho serão públicas e precedidas de divulgação junto à Imprensa Oficial do Município. Art. 7º - As despesas com a execução da presente Lei, correrão por conta de dotações orçamentárias próprias. 196 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Art. 8º - Fica expressamente revogada a Lei nº 6.461, de 26 de setembro de 2001. Art. 9º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio dos Tropeiros, em 02 de maio de 2007, 352º da Fundação de Sorocaba. VITOR LIPPI Prefeito Municipal MARCELO TADEU ATHAYDE Secretário de Negócios Jurídicos DANIEL DE JESUS LEITE Secretário do Desenvolvimento Econômico MARIA APARECIDA RODRIGUES Chefe da Divisão de Controle de Documentos e Atos Oficiais 197 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. ANEXO – E: Estatuto do SRC&VB ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO SOROCABA e REGIÃO. CONVENTION & VISITORS BUREAU CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, SEDE, DURAÇÃO E OBJETIVOS. Artigo 1 A ASSOCIAÇÃO SOROCABA e REGIÃO CONVENTION & VISITORS BUREAU, doravante denominada simplesmente “SRC&VB” é uma pessoa jurídica de direito privado, organizada por meio de estatuto, sem fins lucrativos, que se regerá por este Estatuto e pelas disposições legais aplicáveis, assim como pelo seu regimento interno, que será votado na primeira reunião pelos sócios fundadores. Artigo 2 A Associação terá sua sede na Rua Dr. Aníbal da Costa Dias, Quadra 1 – Lote 4 –2º andar – Sala 1 - Jardim Costa Dias – CEP: 18040-042, Município de Sorocaba, e foro jurídico na Comarca de Sorocaba, Estado de São Paulo. Artigo 3 O prazo de duração da Associação é por tempo indeterminado e o exercício social coincidirá com o do ano civil. 198 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Artigo 4 Constituem objetivos da SRC&VB, além da defesa de seus associados, os seguintes: I o fomento turístico, em qualquer modalidade da cidade de Sorocaba e Região; II captar e gerar congressos, convenções, exposições, feiras, bem como outros eventos culturais, esportivos, tecnológicos e congêneres, de âmbito local, regional, nacional e internacional, visando o desenvolvimento do turismo nas cidades de Sorocaba e Região; III conceder apoio, incentivo e incrementos à promoção e realização de eventos, em geral, já existentes ou que venham a ser gerados ou implantados em Sorocaba e Região; IV difundir as idéias, dos elementos culturais, das tradições e dos hábitos sociais de comunidades de Sorocaba e Região; V colaborar com as instituições públicas e autoridades governamentais, no que for possível, nas áreas de educação, cultura, esportes, lazer e bem estar social; VI gerar e manter intercâmbio técnico, científico e cultural com entidades congêneres, públicas e privadas, nas esferas regional, nacional e internacional; VII promover atividades educacionais, cursos, treinamento e aperfeiçoamento de recursos humanos visando a qualificação para o setor de turismo e eventos, além de desenvolver, na população de Sorocaba e Região, cultura voltada para o melhor atendimento possível a turistas, bem como de incentivar contribuições, de diferentes maneiras e formas, ao desenvolvimento do turismo das cidades que compõem a referida reunião; VIII firmar convênios, intercâmbios e permutas, com instituições públicas e/ou privadas, visando à viabilização de projetos e eventos sócio-culturais, voltados ao turismo; IX promover, apoiar, incentivar e/ou patrocinar exposições, feiras, mostras, bem como eventos culturais, esportivos, recreativos, tecnológicos e outros, já existentes ou que venham a ser gerados e implantados em Sorocaba e Região; X incentivar e patrocinar pesquisas nos campos da arte, esportes, cultura e lazer, visando o incremento do turismo e de eventos em Sorocaba e Região; 199 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. XI promover e divulgar, o mais intensamente possível, os produtos turísticos de Sorocaba e Região, em níveis regional, nacional e internacional. Artigo 5 Para a consecução de seus objetivos, a Associação poderá: a) adquirir, construir ou alugar imóveis, móveis, utensílios, máquinas e equipamentos necessários às suas instalações administrativas, tecnológicas, de armazenagens e outras; b) manter serviços próprios de forma a poder atingir os objetivos descritos no artigo 4º deste estatuto. c) para a realização de seus objetivos a Associação poderá filiar-se a outras entidades congêneres sem perder sua individualidade e poder de decisão. CAPÍTULO II SEÇÃO I CATEGORIA DE SÓCIOS, DA ADMISSÃO, DEMISSÃO, EXCLUSÃO E ELIMINAÇÃO. Artigo 6 O quadro de sócios do SCR&VB será composto das seguintes categorias, pessoas físicas ou jurídicas: I – Sócios Fundadores II – Sócios Honorários III – Sócio Beneméritos 200 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. III – Sócios Contribuintes IV – Sócios Colaboradores Parágrafo Único – O sócio pessoa jurídica será representado por uma pessoa física designada na forma da constituição da representada, em carta formalmente dirigida à Diretoria Executiva. Artigo 7 São Sócios Fundadores, as pessoas que, além de participarem da sua criação e efetivação em Sorocaba e Região, assinaram a ata de fundação do SRC&VB. Artigo 8 São Sócios Honorários as pessoas que por relevantes serviços prestados ao SRC&VB e ou à comunidade, forem indicadas pela Diretoria Executiva ou pelo Conselho de Fundadores para receber essa honraria. Parágrafo Único – A qualificação de Sócio Honorário é conferida pelo Conselho de Fundadores, por indicação da Diretoria Executiva, ou do próprio Conselho de Fundadores, por votação de 2/3 de seus membros presentes à reunião deste. Artigo 9 São Sócios Beneméritos as pessoas que, pela benemerência praticada em favor do SRC&VB, tiverem sua indicação pela Diretoria Executiva ou pelo Conselho de Fundadores, para receberem esse título. Parágrafo Único – O título somente será conferido após aprovação em Assembléia. 201 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Artigo 10 São sócios contribuintes aqueles que contribuírem mensal ou anualmente, em importâncias definida em Assembléia Geral. Artigo 11 São Sócios Colaboradores os que, mesmo não pertencendo ao quadro associativo do SRC&VB, colaboram com a entidade prestando serviços. Parágrafo Único – Os Sócios Colaboradores serão indicados pela Diretoria Executiva e aprovados pelo Conselho de Fundadores. Artigo 12 Podem ingressar na Associação qualquer pessoa física ou jurídica, que tenha seu nome aprovado em primeiro escrutínio pelo Conselho de Fundadores e em segundo, por aprovação em Assembléia Geral Extraordinária, devidamente convocada para essa finalidade, e desde que os indicados manifestem sua concordância por escrito com as disposições deste Estatuto e que, pela ajuda mútua, se disponibilizem em contribuir para a consecução dos objetivos da Associação. Parágrafo Único – Após as aprovações previstas no caput deste artigo, a admissão, ainda será condicionada à demonstração de capacidade técnica do indicado. Artigo 13 À demissão dar-se-á a pedido do associado, mediante carta dirigida ao Diretor Presidente da Diretoria Executiva, não podendo ser negada, permanecendo, o associado, responsável por obrigações financeiras assumidas até a data da demissão. 202 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Artigo 14 A exclusão será aplicada pela Diretoria Executiva, por justa causa, ao associado que infringir qualquer disposição legal ou estatutária, ou ainda por disposição do Conselho de Fundadores depois do infrator ter sido notificado por escrito. Parágrafo 1º - O atingido poderá recorrer para a Assembléia Geral dentro do prazo de trinta (30) dias, contados da data do recebimento da notificação, desde que a sua exclusão não tenha sido emanada do Conselho de Fundadores; Parágrafo 2º - O recurso terá efeito suspensivo até a realização da primeira Assembléia Geral que deliberará sobre o assunto. Parágrafo 3º - A exclusão considerar-se-á definitiva se o associado não tiver recorrido da penalidade, no prazo previsto no § 1º deste artigo. Artigo 15 A eliminação do associado ocorrerá, também, por morte física, por incapacidade civil não suprida, ou ainda por deixar de atender aos requisitos exigidos para a sua admissão ou permanência na associação. DOS DIREITOS, DEVERES E RESPONSABILIDADES DO ASSOCIADO. Artigo 16 São direitos do associado: a) gozar de todas as vantagens e benefícios que a Associação venha conceder; 203 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. b) votar e ser votado para membro da Diretoria Executiva ou do Conselho Fiscal a partir do momento que completar 01 (hum) ano como associado; c) participar das reuniões da Assembléia Geral, discutindo e votando os assuntos que nelas se tratarem; d) consultar todos os livros e documentos da associação, em épocas próprias; e) solicitar, a qualquer tempo, sob compromisso de sigilo, esclarecimento e informações sobre as atividades da associação e propor medidas que julgue de seu interesse para o seu aperfeiçoamento e desenvolvimento; f) convocar a Assembléia Geral Extraordinária e nela fazer-se representar, nos termos e condições previstas no Regimento Interno da SRC&VB; g) demitir-se da Associação. Parágrafo Único – O associado que aceitar estabelecer relação empregatícia com a Associação, perde o direito de votar e ser votado, até que sejam aprovadas as contas do exercício em que deixar o emprego, independente da condição de sócio. Artigo 17 São deveres do associado: a) observar as disposições legais e estatutárias, bem como as deliberações regularmente tomadas pela Diretoria e pela Assembléia Geral; b) respeitar os compromissos assumidos para com a Associação; c) manter em dia suas contribuições; d) contribuir, com todos os meios ao seu alcance, para o bom nome e o progresso da associação. 204 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Artigo 18 Os associados não responderão, ainda que subsidiariamente, pelas obrigações assumidas pela Associação, salvo aquelas deliberadas em Assembléia Geral e na forma para qual forem. CAPÍTULO III DO PATRIMÔNIO E DA RECEITA Artigo 19 O patrimônio do SRC&VB será constituído: a) pelos seus bens móveis e imóveis, instalações, equipamentos, materiais e valores que lhe forem doados por pessoas e/ou entidades; b) pelos bens adquiridos pelo próprio SRC&VB, a qualquer título. Artigo 20 Da receita farão parte as rendas provenientes dos resultados de suas atividades, dos usufrutos que eventualmente lhe forem constituídos, das rendas provenientes dos títulos, ações ou ativos financeiros de sua propriedade ou operações de crédito, ou as auferidas de seus bens patrimoniais, bem como as receitas de qualquer natureza, inclusive as provenientes de vendas de publicações e produtos, a remuneração de trabalhos técnicos, a participação em empresas e em empreendimentos, o resultado das atividades de outros serviços que prestar, as doações e quaisquer outras formas e benefícios que lhe forem destinados, além de subvenções, dotações, contribuições e outros auxílios estipulados em favor do SRC&VB pela União, pelos Estados ou pelos Municípios, bem como por pessoas físicas, jurídicas, instituições públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras. 205 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Parágrafo Único – Os recursos do SRC&VB serão destinados, exclusivamente na manutenção e desenvolvimento de atividades que lhes são próprias e, quando possível, no acréscimo de seu patrimônio, devendo obedecer ao REGIMENTO INTERNO. CAPÍTULO IV DOS ÓRGÃOS SOCIAIS SEÇÃO I DO CONSELHO DE FUNDADORES e DA ASSEMBLÉIA GERAL Artigo 21 Fica desde já criado o Conselho de Fundadores que terá a responsabilidade de administrar e fiscalizar a consecução dos objetivos da Associação, zelar pelo seu patrimônio histórico e cultural, bem como pela manutenção de seus objetivos, sendo soberano em seus atos relacionados a esses temas. Artigo 22 O Conselho de Fundadores será composto por seis (06) membros escolhidos dentre os oito (08) sócios fundadores que serão eleitos por voto direto para os seguintes cargos: Presidente Vice - Presidente Secretário Segundo Secretário Diretor de Patrimônio 206 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Diretor Cultural Parágrafo Único – As decisões do Conselho de Fundadores serão aprovadas pela maioria simples de votos dos presentes às reuniões Parágrafo 2º - O Presidente será eleito para um mandato por dois (2) anos, podendo ser reeleito uma única vez. Parágrafo 3º - O Presidente somente terá direito a voto nas reuniões do Conselho de Fundadores, quando houver necessidade de desempate. Parágrafo 4 Fica extinto o Conselho de Fundadores e criado o Conselho Honorário que passa a ser composto pelos seguintes membros: Presidente: Marcelo Rogério Martins Pereira Vice-Presidente: Eduardo Cardum 1º Secretário: Eduardo Silva Costa 2º Secretário: Manuel Mota da Silva Diretor de Patrimônio: Marco Túlio Batista de Proença 2º Diretor de Patrimônio: Ricardo Toral Leite Diretor Cultural: Marcelo Briese 2º Diretor Cultural: Durval Caramante 207 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Parágrafo 5º O Conselho Honorário substituirá as decisões e responsabilidades anteriormente cabíveis ao Conselho de Fundadores. Artigo 23 São encargos do Presidente do Conselho de Fundadores: a) Convocar reuniões do Conselho anualmente, se necessário, presidindo essas reuniões. b) Convocar reuniões do Conselho anualmente, se necessário, presidindo essas reuniões. c) Indicar em lista tríplice os nomes de associados para assumirem o cargo de Presidente da Diretoria Executiva; Artigo 24 São encargos do Vice-Presidente do Conselho de Fundadores: a) Substituir o Presidente em sua ausência; b) Indicar em lista tríplice os nomes de associados para assumirem o cargo de Presidente do Conselho Fiscal; c) O Vice-Presidente, quando em substituição ao Presidente, poderá exercer seu direito de voto, exclusivamente para desempate de decisão. Artigo 25 A Assembléia Geral dos associados é órgão supremo e dentro dos limites legais, e deste Estatuto, poderá tomar toda e qualquer decisão de interesse para a sociedade e suas deliberações obrigam a todos ainda que ausentes e discordantes. Artigo 26 208 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. A Assembléia reunir-se-á ordinariamente, duas vezes por ano, sendo a primeira no decorrer do último trimestre do ano e, a Segunda no decorrer do primeiro trimestre do ano seguinte, e extraordinariamente, sempre que for julgado conveniente. Parágrafo Primeiro – A reunião ordinária da Assembléia geral que será realizada no quarto trimestre de cada ano, terá como objetivos eleger e empossar a Diretoria Executiva e/ou o Conselho Fiscal para o ano seguinte, votar o planejamento do SRC&VB para o ano seguinte, analisar sugestões de concessões de títulos honoríficos e estabelecer valores para as contribuições anuais dos sócios. Parágrafo Segundo – A reunião da Assembléia ordinária que será realizada no primeiro trimestre de cada ano, servirá para análise da gestão do SRC&VB do ano anterior e, desde que obedecido os procedimentos descritos no Regimento Interno para esse fim, demitir coletivamente a Diretoria Executiva, o Conselho Fiscal, ou isoladamente, qualquer de seus membros, bem como promover a responsabilidade, ressalvado o direito de defesa dos interessados. Parágrafo Terceiro – Ocorrendo destituição, que possa comprometer a regularidade da administração ou fiscalização da SRC&VB, a Assembléia designará de imediato, um membro do Conselho de Fundadores para assumir interinamente o cargo de Presidente da Diretoria Executiva, conferindo-lhe poderes para, nomear o restante da diretoria executiva, convocando eleições gerais para serem realizadas no prazo improrrogável de sessenta (60) dias, contados da data de realização da Assembléia. Artigo 27 A Assembléia Geral Ordinária será instalada, em primeira convocação com a presença mínima de cinqüenta e um (51%) por cento do quadro de associados, trinta minutos após a primeira, em segunda convocação, com qualquer número de sócios presentes. 209 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Artigo 28 Compete a Assembléia Geral Extraordinária, em especial: a) deliberar sobre a dissolução voluntária da Associação e, neste caso, nomear os liquidantes e votar as respectivas contas; b) decidir sobre a mudança de objetivo e sobre a reforma do Estatuto Social; c) outros assuntos de interesse da sociedade, para a qual seja convocada. Artigo 29 É da competência exclusiva da Assembléia Geral, Ordinária e/ou Extraordinária, a destituição da Diretoria e do Conselho Fiscal. Artigo 30 A Assembléia Geral Extraordinária será instalada, em primeira convocação com a presença mínima de cinqüenta e um (51%) por cento do quadro de associados, trinta minutos após a primeira, em segunda convocação, com qualquer número de sócios presentes. Parágrafo único - Cada associado terá direito a um só voto, vedada à representação, sendo que a votação será pelo voto secreto, salvo deliberação contrária pela Assembléia, por maioria simples, antes do início da votação. Artigo 31 A Assembléia será normalmente convocada pelo Diretor-Presidente, mas, se ocorrem motivos graves ou urgentes, poderá ser também convocada por qualquer outro membro da Diretoria, pelo Conselho Fiscal, ou ainda por 1/5 (um quinto) dos associados em pleno gozo dos direitos sociais, nos termos do Regimento Interno. 210 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Artigo 32 A Assembléia Geral será convocada com antecedência mínima de 07 (sete) dias, mediante aviso enviado aos associados e fixado nos lugares públicos mais freqüentados. Artigo 33 A Mesa da Assembléia será constituída pelos membros da Diretoria ou, em suas faltas ou impedimentos, pelos membros do Conselho Fiscal. Parágrafo Único – Quando a Assembléia não tiver sido convocada pelo DiretorPresidente, a mesa será constituída pelos membros da Diretoria ou, em suas faltas ou impedimentos, pelos membros do Conselho Fiscal. Artigo 34 O que ocorrer nas reuniões da Assembléia deverá constar de Ata, aprovada e assinada pelos membros da Diretoria, e do Conselho Fiscal presente, por uma comissão de 5 (cinco) associados designados pela Assembléia e, ainda, por quantos o queiram fazer. SEÇÃO II DA ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO Artigo 35 A administração e fiscalização serão exercidas, respectivamente, por uma Diretoria Executiva e por um Conselho Fiscal e pelo Conselho de Fundadores. 211 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Artigo 36 A Diretoria será constituída por 06 (seis) elementos efetivos, com as designações de Diretor-Presidente, Diretor-Vice-Presidente, 1º e 2º Diretores-Secretários e 1º e 2º DiretoresTesoureiros, para um mandato de dois (02) anos, entre associados em pleno gozo de seus direitos sociais, respeitado o contido no parágrafo abaixo, sendo permitida apenas uma reeleição. Parágrafo 1º - Nas duas primeiras eleições somente poderão fazer parte da Diretoria Executiva os membros do Conselho de Fundadores. Parágrafo 2º – Nos impedimentos superiores a 90 (noventa) dias, ou vagando, a qualquer tempo, algum cargo da Diretoria, os membros restantes deverão convocar a Assembléia Geral para o devido preenchimento. Parágrafo 3º - Fica criado o cargo de Diretor de Marketing que terá a função de coordenar as ações de marketing da Associação e cujo membro representante será votado junto com as eleições da Diretoria Executiva conforme as cláusulas deste Estatuto. Artigo 37 Compete à Diretoria, em especial: a) estabelecer normas, orientar e controlar todas as atividades e serviços da Associação; b) analisar e aprovar os planos de atividades e respectivos orçamentos, bem como quaisquer programas próprios de investimentos; c) propor à Assembléia Geral o valor da contribuição anual dos associados e fixar as taxas destinadas a cobrir as despesas operacionais e outras; d) contrair obrigações, transigir, adquirir, alienar ou onerar bens móveis, ceder direitos e constituir mandatários; 212 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. e) adquirir, alienar ou onerar bens imóveis, com expressa autorização da Assembléia Geral; f) deliberar sobre a admissão, demissão, eliminação ou exclusão de associados; g) indicar o banco ou os bancos nos quais deverão ser feitos os depósitos do numerário disponível e fixar o limite máximo que poderá ser mantido em caixa; h) zelar pelo cumprimento das disposições legais e estatutárias e pelas deliberações tomadas pela Assembléia Geral; i) deliberar sobre a convocação da Assembléia Geral; j) apresentar à Assembléia Geral Ordinária o relatório e as contas de sua gestão, bem como o parecer do Conselho Fiscal; k) nomear, dentre os associados, responsáveis pelos departamentos, que forem criados; l) a Diretoria Executiva poderá nomear uma Equipe Executiva para desenvolver as atividades do SRC&VB, desde que a mesma seja constituída de pessoas aptas para ocupar as funções estabelecidas no Regimento Interno. Artigo 38 A Diretoria considerar-se-á reunida com a participação de no mínimo quatro (4) de seus membros titulares, sendo as decisões tomadas pela maioria simples de votos; Parágrafo Único – Será lavrada Ata de cada reunião, em livro próprio, no qual serão indicados os nomes dos que estiverem presentes nas resoluções tomadas. A Ata será assinada por todos os presentes. Artigo 39 Compete ao Diretor-Presidente: 213 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. a) supervisionar as atividades da Associação, através de contatos assíduos com os restantes membros da Diretoria e com o Gerente; b) autorizar os pagamentos e verificar freqüentemente o saldo de “caixa”; c) convocar e presidir as reuniões da Diretoria e Assembléia Geral; d) apresentar á Assembléia Geral, os relatórios e os balanços anuais, como o parecer do Conselho Fiscal; e) representar a Associação em juízo e fora dele. f) comunicação por ata ou por escrito da sua ausência. Artigo 40 Compete ao Diretor-Vice-Presidente assumir e exercer as funções de Diretor-Presidente, no caso de ausência ou vacância. Artigo 41 Compete ao Diretor-Secretário: a) lavrar ou mandar lavrar as Atas das reuniões da Diretoria e da Assembléia Geral, tendo sob sua responsabilidade os respectivos livros; b) elaborar ou mandar elaborar a correspondência, relatório e outros documentos análogos; c) zelar para que a contabilidade de Associação seja mantida em ordem e em dia; d) verificar e visar os documentos de receita e despesa; e) substituir o Diretor-Vice-Presidente no caso de ausência ou vacância. Artigo 42 214 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Compete ao 2º Diretor-Secretário substituir e exercer as funções de 1º DiretorSecretário no caso de ausência ou vacância. Artigo 43 Compete ao Diretor-Tesoureiro: a) arrecadar as receitas e depositar o numerário disponível, no banco ou em bancos designados pela Diretoria; b) proceder exclusivamente através de documentos bancários aos pagamentos autorizados pelo Diretor-Presidente assinados em conjunto com ele; c) proceder ou mandar proceder à escrituração do livro auxiliar de caixa, visando-o e mantendo-o sob sua responsabilidade; d) zelar pelo recolhimento das obrigações fiscais, tributárias, previdenciárias e outras, devidas ou da responsabilidade da Associação. Artigo 44 Compete ao 2º Diretor-Tesoureiro substituir e exercer as funções de 1º DiretorTesoureiro no caso de ausência ou vacância. Artigo 45 O Regimento Interno será constituído com base neste Estatuto por normas estabelecidas pelos associados e aprovadas em Assembléia Geral Extraordinária. Artigo 46 Para movimentação bancária, celebração de contratos de qualquer natureza, cedência de direitos e constituição de mandatários, será sempre necessária a assinatura de dois Diretores, dentre eles o Presidente, e/ou do Vice-Presidente, Diretor-Secretário e Diretor-Tesoureiro. 215 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Artigo 47 O Conselho Fiscal da Associação será constituído por três membros efetivos, eleitos por voto direto escolhido dentre uma lista tríplice, com as indicações emanadas pelo Conselho de Fundadores, uma escolhida para um mandato de dois (02) anos, sendo também permitida apenas uma reeleição. Parágrafo 1º - A primeira eleição do Conselho Fiscal valerá para um período de três (03) anos. Parágrafo 2º - O Conselho considerar-se-á reunido com a participação mínima de três (03) membros, sendo as decisões tomadas por maioria simples de votos. Parágrafo 3º - Para a reunião do Conselho Fiscal, serão sempre convocados os três membros titulares e os três membros suplentes. A ausência de até um membro do Conselho poderá ser suprimida por um dos suplentes que comparecer à reunião. Parágrafo 4º - Será lavrada a Ata de cada reunião, em livro próprio, no qual serão indicados os nomes dos que comparecerem e as resoluções tomadas. A Ata será assinada por todos os presentes. CAPÍTULO V DA CONTABILIDADE Artigo 48 216 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. A contabilidade da SRC&VB obedecerá as disposições legais ou normativas vigentes e tanto ela como os demais registros obrigatórios deverão ser mantidos em perfeita ordem e em dia. Parágrafo Único – As contas, sempre que possível, serão apuradas segundo a natureza das operações e serviços e o balanço geral será levantado a 31 (trinta e um) de dezembro de cada ano. CAPÍTLO VI DOS LIVROS Artigo 49 A Associação deverá possuir obrigatoriamente: a) livro de matrícula de associados; b) livro de atas de reunião da Diretoria; c) livro de atas de reunião do Conselho Fiscal; d) livro de atas da Assembléia Geral; e) livro de presença dos associados em Assembléia; f) outros livros, fiscais, contábeis, etc., exigidos pela lei e/ou Regimento Interno. CAPÍTULO VII DA DISSOLUÇÃO Artigo 50 217 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. A SRC&VB somente será dissolvida, por vontade manifestada em Assembléia Geral Extraordinária, expressamente convocada para essa finalidade, observando o disposto da letra “a” do artigo 28. Artigo 51 Em caso de dissolução e liquidados os compromissos assumidos, a parte do patrimônio líquido composta pela contribuição dos associados, poderá ser restituída aos mesmos na proporção individual de suas contribuições. O remanescente será doado a instituição congênere, sediada na região por decisão da Assembléia Geral Extraordinária, legalmente constituída para essa finalidade, e em atividade para ser aplicada nas mesmas finalidades da Associação dissolvida. Parágrafo Único – Não havendo sociedade qualificada nos termos deste artigo, o remanescente será destinado ao Fundo Social e de Solidariedade em partes iguais a cada cidade em que a Associação atuar. CAPÍTULO VIII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 52 É vedada a remuneração dos cargos de Diretoria e do Conselho Fiscal, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma de pretexto. Artigo 53 A SRC&VB não distribuirá dividendos de espécie alguma, nem qualquer parcela de seu patrimônio, ou de suas rendas a título de lucro ou participação no seu resultado, aplicando 218 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. integralmente o “superávit” eventualmente verificado em seus exercícios financeiros, no sustento de suas obras e atividades e no desenvolvimento de suas atividades sociais. Artigo 54 O presente Estatuto foi aprovado em Assembléia Geral da constituição realizada nesta data, na qual foram também eleitos os primeiros membros da Diretoria, provisório ou não, cujo mandato terminará em 31 (trinta e um) de dezembro de 2005 e do Conselho Fiscal, cujo mandato será extinto em 2004. Artigo 55 Os mandatos da Diretoria e do Conselho Fiscal perdurarão até a realização da Assembléia Geral Ordinária, correspondente ao seu término. Artigo 56 Este Estatuto poderá ser reformado, no todo ou em parte, mediante deliberação tomada em Assembléia Geral Extraordinária, observando o disposto na letra “b” do artigo 28. Artigo 57 Os casos omissos serão resolvidos pela Assembléia Geral, ouvidas as entidades ou órgãos competentes, ou de acordo com a lei, quando a capacidade de seus órgãos sociais for insuficiente para tanto. Sorocaba, 12 de novembro de 2007. 219 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. ANEXO – F: Plano Museológico do MACS 9 Apresentação do Curador Curadoria do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba Um novo museu só se manterá novo se for dinâmico. E para ser contemporâneo deve estar atento às mudanças culturais que estão em processo na sociedade, deve abrigar as novas formas de comunicação e manter as portas abertas ao espírito de inovação e de transgressão. Um museu de arte contemporânea estará sempre preocupado no plano cultural com as questões éticas e estéticas, deverá promover atividades de inclusão social e repelir qualquer ação discriminatória. O MACS deverá promover atividade educativa e abrir espaço para práticas criativas. Queremos priorizar a população jovem de Sorocaba, principalmente os alunos da rede pública e os estudantes universitários. O MACS é um museu que se abre no centro de Sorocaba, mas estará impregnado de energia criativa para inserir-se, também, como protagonista na cena artística de nosso país. As atividades se voltarão, num primeiro momento (fase da construção de seu espaço museológico), a exposições temporárias, palestras, seminários, congressos, cursos teóricos e práticos e encontro com artistas. As exposições temporárias estarão voltadas para as artes plásticas, fotografia, arquitetura e urbanismo e design. Uma vez implantado em sua totalidade o projeto concebido pelo arquiteto Pedro Mendes da Rocha, desenvolveremos outras atividades e poderemos então estabelecer a prática museológica conhecida como “Museu Vivo”, com diversas atividades simultâneas (exposições, palestras, cinema, teatro, etc.) com novas exposições a cada semana ou a cada 15 dias, de modo que o freqüentador do MACS encontrará sempre um atrativo a cada nova visita. Aos poucos o MACS formará seu acervo artístico que será patrimônio e orgulho de Sorocaba. 10 Introdução O princípio do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba é a valorização da cultura material. Nos últimos anos, muitos museus têm caminhado para a valorização do meio virtual 220 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. e se focado nesse contexto. No caso do MACS, não será deixado de lado o lado virtual, mas será empregado o foco principal na cultura material complementada pelos recursos do meio virtual. Além disso, o MACS deverá ser um ambiente capaz de gerar reflexão e discussão a respeito do contexto apresentado. Disponibilizando através de suas exposições temporárias e fixas esses meios para instigar o público a possuir uma visão crítica e de aprimoramento. 1 Conceito Fundamental 1.1 Missão do MACS Tornar acessível os projetos artísticos de contemporaneidade de maneira que seu publico possa usufruir , refletir e pesquisar arte no sentido mais amplo do entendimento. 1.2 Localização e Espaço Físico O MACS não se limita ao seu espaço físico construído (em torno de 2.100 m²). O museu devera estar presente no dia-a-dia do seu público, podendo ser articulado através de atividades em espaços públicos ou a visitação de uma arquitetura contemporânea na cidade. 1.3 Conceito O MACS deve trabalhar, marcando um período inicial do passado. Isto é a partir dos anos 70 (setenta), pois é quando inicia-se o movimento pós-moderno, apresentando a questão da arte conceitual, novas tecnologias, e a chegada da informática. E é neste contexto, que ocorre a individualização através da chegada da Internet, iniciando um processo de contato deste individuo com o mundo. A contemporaneidade do MACS começa nos anos 70, (no século passado), contando 40 anos de história que demonstram a evolução do movimento contemporâneo através de sua gênese nesse período. Além desse conceito apresentado, o museu será maior que o seu espaço. Ele ultrapassa seus limites, ou seja, ele consiste da sua ação, sua programação e as pessoas que o compõe. Uma forma de exemplificar isso é o projeto do Circuito de Esculturas, que em breve será desenvolvido pelo MACS que, consiste em expor para o público em ambientes abertos uma 221 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. série de obras que farão parte de um circuito estruturado de visitações monitoradas. Isso amplia o território do museu e vale ressaltar que cada peça colocada no espaço público pertence ao MACS e estará sob sua responsabilidade a preservação. Adicional a isso, o museu ultrapassa o contexto material e vai até as publicações, que trazem informações paralelas do que está além das paredes do MACS e demonstram o contexto que o mesmo se insere. 2 Objetivos Como objetivo principal o MACS deverá preservar, expor, disseminar e gerar conhecimento através da arte contemporânea universal. Para que essa ação seja possível o MACS possui objetivos específicos que sedimentam o seu objetivo principal.  A Arte contemporânea brasileira. Artes plásticas, Arquitetura, design e fotografia. Na questão na arquitetura, não há museus voltada para essa área no Brasil. Por outro lado o Brasil é destaque mundial em arquitetura, pois existem dois Prêmios Nobel em Arquitetura, Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha, no entanto não temos um espaço para se discutir e refletir a produção arquitetônica brasileira. O MACS deverá criar uma programação continuada de reflexão, discussão e exposição da arquitetura brasileira e mundial.  A exposição fotográfica apresenta-se com vários espaços voltados a sua disseminação no país. O MACS irá abordar a fotografia no conceito de hoje que rompe as fronteira das artes visuais. A fotografia será estudada na relação intrínseca com as artes plásticas, sem nenhuma pretensão de competição com instituições congêneres. A forma será através da busca de artistas que usam a fotografia em suas obras de artes.  A abordagem em design será através do diálogo com a arquitetura, sem deixar também de dialogar com as artes plásticas de forma a contextualizar o design na sua aplicação.  Outro enfoque importante do MACS, para fruição, reflexão e discussão da arte e do seu tempo, o museu também deverá ser um espaço educacional. Então serão dedicados, recursos e esforços na área educativa para a sedimentação de projetos estruturados e que fomentem público e discussões. 222 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Para isso o Museu terá um departamento voltado para as atividades educacionais e para o contato com as instituições de ensino, produzindo material didático, que pode ultrapassar o seu limite, seguindo e sedimentando a ideia do museu além de suas paredes. Tais ações serão sedimentadas através de palestras, seminários, atividades programadas pelo departamento de arte educação, como encenação, jogos, com crianças produzindo, roupas, maquiagem e outras atividades lúdicas e práticas educativas. 3 Publico Alvo O Museu espera atingir a um publico em sua visitação em torno de 200 (duzentas) mil pessoas ao ano. Para atingir sua proposta o museu irá trabalhar com a arte educação, através de convênios com as Secretarias de Educação e Cultura da cidade e região e junto às universidades locais. O publico alvo principal está formado de jovens estudantes e moradores da cidade de Sorocaba e região. Como o museu está voltado para pesquisa vai criar acesso maior ao público estudioso dos sistemas contemporâneos. Desenvolver atividades variadas, como exposições, festivais de performances, vídeos e cinema é a maneira que o museu pretende criar o hábito da visitação ao seu espaço físico e também em suas outras frentes de atuação. 4 Justificativa Sorocaba recebe o MACS, com o conceito de descentralização. Os exemplos são muitos que seguem essa mesma estrutura como: Inhotim, que também não fica em Belo Horizonte. Essa é uma tendência. A Pinacoteca está em processo de deslocamento para Botucatu. Tal fato ocorre após o enriquecimento dos patrimônios culturais que se deram em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, mais tarde seguindo para outras capitais como Recife, Salvador, Curitiba, Porto Alegre e que, neste momento, vem se descentralizando, se tornando cada vez mais aplicadas no interior.  O que justifica esse esforço é a oportunidade dada a dimensão da cidade de Sorocaba, que é uma referencia regional, para 22 (vinte e duas) cidades concentrando um população com 223 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. pouco mais de 2 (dois) milhões de habitantes. Por ser esse polo regional, a cidade é utilizada como centro acadêmico universitário, para tratamento de saúde (hospital regional, Banco de Olhos de Sorocaba e clínicas especializadas), polo industrial e de emprego (contendo atualmente mais de duas mil indústrias) e a proposta agora é que seja um centro de lazer e de cultural.  Sorocaba pode absorver publico da cidade de São Paulo e seu entorno dado a estrutura existente de atendimento em constante crescimento. Outro fator está relacionado a área industrial, uma atividade da mais alta contemporaneidade, quer seja eletrônica ou mecânica, quer ser seja de área de tecnologia.  Outro aspecto do MACS é não se tratar de uma iniciativa regionalista. O contexto do museu está ligado diretamente a preocupações internacionais, ou seja, não tratar apenas de arte brasileira, o MACS deverá tratar da arte no seu tempo. 4.1 Sustentabilidade Seguir as normas da sustentabilidade no sentido de desenvolver equipamentos e trabalhar com conscientização na economia de energia e água e dos próprios recursos internos da unidade. Outra frente de atuação está relacionado a todos dejetos e lixos produzidos nos espaços da MACS que receberão sistemas de reciclagem com coleta seletiva junto a cooperativas de catadores locais que encontram-se devidamente organizadas. 5 Caracterização As ações museológicas são compostas de várias frentes, que caracterizam a estrutura do MACS.  O espaço é permanente, o acervo não. A coleção do MACS devera ser dinâmica. As obras deverão mudar periodicamente a partir do processo de curadoria de cada uma das exposições. Ao menos uma vez por semana, deverá ser exposta uma nova obra. Esse é um princípio do Museu Vivo. Portanto é possível manter um publico assíduo ao museu e também estimular a vinda de novos, criando uma dinâmica onde será possível tratar de questões da ordem do dia nacional ou internacional e fomentar a discussão; 224 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150.  Acervo: deve ter um tratamento dinâmico. Explorar as diversas possibilidades de leitura e significado dessas obras, contextualizando-as a situações problemáticas que elas podem responder. O acervo também poderá advir de empréstimos e comodatos de obras de outros museus, desde que, sejam obedecidas todas as normas de segurança para tanto;a atividade de guarda e preservação do acervo e todas as obras que estarão dispostas em uma série de exposições temporárias/itinerantes;  Criaremos o centro de documentação no qual o pesquisador poderá encontrar todo o tipo de informação sobre as obras existentes nesse acervo. Estarão disponíveis documentos, cartas, depoimentos, anteprojetos, estudos, analogias, críticas de arte, entre outros. Esse centro será independente, mas articulara diretamente com o acervo. Terá um procedimento clássico da museologia de classificação, guarda, restauro e preservação, seguindo as normas museológicas, mas vai trabalhar dinamicamente, conteúdos e aspecto cultural que o envolve;  Essa série de informações deve ser digitalizada, incluindo as obras que terão referencias as mesmas. Haverá então um projeto específico para o processo de digitalização e virtualização de todo esse conteúdo. Portanto, com todas essas ações o MACS poderá ser acessado de qualquer lugar a qualquer tempo. A partir dessa ação que caracteriza a forma que o museu irá tratar e facilitar o trabalho dos estudiosos e pesquisadores ao seu acervo (considerado um acervo vivo a partir do momento que será dinâmico). O MACS irá trabalhar questões da conjuntura mundial. Hoje é a sustentabilidade, a violência, a mulher, através de mostras ou eventos teóricos. E num determinado momento poderá e serão abordados novos assuntos que sempre sigam a proposta do Museu Vivo e da sua contemporaneidade. 5.1 Abrangência Serão quatro, os principais elementos de atuação do MACS que irá abranger artes plásticas, fotografia, arquitetura e design. Tais áreas de aplicação serão complementadas por ações educacionais, teatrais e de cinema. Sendo artes plásticas o foco principal e prioritário das suas ações envolvendo a fotografia, design e a arquitetura. Todas as ações do museu, em suas exposições estarão sempre pautadas sobre um roteiro estruturado, inclusive na sua área permanente como o jardim de esculturas que irá apresentar 225 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. o primeiro contato do visitante a unidade do MACS. Adicional a isso, é possível utilizar e trazer para esse acervo o próprio patrimônio arquitetônico da cidade de Sorocaba, dentro da contemporaneidade proposta e do museu sendo feito isso através de folhetos e ações educativas para que seja possível incorporar o patrimônio da cidade interligado ao museu. 5.2 Biblioteca A Biblioteca que já possui pouco mais de mil volumes e está fechada nas quatro principais áreas que abrangem o museu, ampliando também a área de Design, na questão do design de interior. Ela será formada de livros, na questão material; arquivos com documentação de artistas que comporão o acervo e as atividades do museu. E também estará relacionada às documentações digitais do acervo, respeitando as regras de catalogação e de exposição dos mesmos. A prioridade de utilização da biblioteca será voltada ao publico em geral e aos pesquisadores. 6 Acervo 6.1 Programa de Preservação Na meta de médio e longo prazo do MACS (depois de mais de um ano de sua inauguração) é que o mesmo possa possuir um atelier de restauro e preservação. O MACS irá contar com todas as condições museológicas ideais, como o controle temperatura,umidade, luz e segurança para a preservação e conversação das obras. 6.2 Programa de Ação Cultural e Educativa Na área educacional serão trabalhadas atividades permanentes com grupos e espaço da arte. Assim será possível que os envolvidos tenham condições de interagir e incentivar um olhar de conjunto de acervo, adequando-se ao espaço arquitetônico. 226 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. A cada obra contemporânea, articula-se uma nova ideia. Implanta-se um processo de aprendizado podendo atuar com oficinas e mesas de discussões. Um exemplo será uma parede onde serão expostas gravuras, fotografia, criando uma relação mais intimista com o corpo a corpo da obra de arte. A cada intervalo de 4 semanas será inaugurada uma exposição, podendo ser do próprio acervo ou de acervos em comodato. Além disso, será possível desenvolver atividades no auditório, criando o hábito no publico para assistir a sessões com dois ou três vídeos, contando com a presença de um artista para um debate logo depois, mantendo sempre a relação crítica de observação e interação com a arte. Como se pretende gravar essas atividades, será possível alimentar um acervo, com obras de um novo conceito e com a interatividade do próprio público. 6.3 Estrutura do Acervo Para o acervo do MACS, deve-se reforçar a ligação com os pontos aqui apresentados que demonstram a área de atuação do museu, dessa forma, o acervo será desenvolvido prioritariamente com obras de artistas produzidas na década de 70, no século passado até hoje e assim continuar, para manter os traços contemporâneos através do tempo e da existência do próprio MACS. O museu pode e poderá fazer exposições fora desse período histórico. Pois, existem exposições que transcendem o seu período, como o caso (exemplificado) da exposição de Marcel Duchamp. Respaldando-se essa decisão dada a origem, a reflexão para a arte contemporânea que as obras desse artista trazem em seu contexto, embora este seja do começo do século XX. Portanto, a década de 70 é o limite que irá compreender o foco de ação do Museu. Mesmo ao trazer artistas de outras epocas a justificativa para tanto é buscar a explicação da arte contemporânea hoje e ao mesmo tempo, explicar ele mesmo. O principio primordial para qualquer aquisição para o acervo, sempre será feito através do conselho responsável específico. Estes conselhos terão critérios de acervo e deverão criar prioridades. O conselho delibera a respeito de uma determina obra ou doação e então a partir desse aval se dará a aquisição da obra, sem burocratização. Para tanto, o apoio coletivo será primordial para esse objetivo e velocidade nos processos de aquisição. 227 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. Como a iniciativa do MACS e a própria estrutura do acervo já vem sendo concretizada, vale então ressaltar que todos os artistas que já doaram obras e participaram dos leilões executados pela entidade responsável pelo museu, com certeza, terão prioridade na aquisição de obras de suas autorias no acervo. A atenção especial que vem sendo dada para essa fase inicial do acervo, é que o mesmo não seja construído sem uma estrutura clara, evitando peças sem ligação ou mesmo fora do contexto. Portanto, para que isso seja possível, várias obras (em todas as áreas de abrangência) serão concedidas através de comodato. Tal processo será possível através de colecionadores que irão emprestar obras por períodos determinados, e com isso, poderá criar diversas tendências, através de obras cedidas por estes, até o que, com o passar do tempo, o museu irá adquirir e formar o acervo que possa demonstrar ao publico um acervo que possua conteúdo de época, período, tendência, etc. Na área de arquitetura e design o MACS irá trabalhar principalmente com referências. Dando preferência a materiais originais de desenhos, estudos gráficos e plantas. Como meta de estruturação no médio e longo prazo é que todo o mobiliário do MACS tenha qualidade de design dentro da contemporaneidade proposta nesse Projeto Museológico. Assim, com o passar do tempo, apoiado pelos projetos complementares de perpetuidade do mesmo, o museu formará todos os elementos que deverão ser adequados a contemporaneidade ao qual se propõe, desde a maçaneta, porta, lixeira, móveis e todos os utensílios. 6.4 Museu e sua coleção material e imaterial  A coleção deverá apresentar, prioritariamente, um conjunto abrangente da arte contemporânea brasileira. Também, deverá abrir espaço para a arte contemporânea internacional;  Haverá núcleos de estudo e pesquisa em fotografia, design e arquitetura que serão orientados por Conselhos específicos;  Deverá fugir do conceito de “obras primas” e dos ditames do mercado de arte;  A coleção não deve orientar-se apenas pelas categorias (desenho, pintura, escultura, instalação, vídeo, etc.) e deve incluir, também, outros aspectos do processo criativo como, por exemplo, estabelecer contextos de criação (afinidades, paralelismos, contrapontos, etc.), entre outros aspectos; 228 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150.  O Conselho Curador será responsável pela Política de Aquisições do MACS. Toda aquisição ou doação deverá ser analisada e aprovada pelo Conselho antes de ingressar no acervo do MACS. Haverá também obra em comodato, sempre com a prévia aprovação do Comitê;  Todas as obras do acervo serão estudadas e amplamente documentadas e deverão obedecer as normas museológicas de manuseio, de guarda e de exibição, aprovadas pelo Conselho Curador;  Haverá um Departamento de Conservação e Restauro, que será supervisionado pelo Diretor Artístico e seguirá normas aprovadas pelo Conselho Curador;  O MACS deverá estabelecer convênios e parcerias com universidades e com outras instituições culturais com o objetivo de desenvolver pesquisa sobre o seu acervo e ampliar suas atividades, bem como, para as atividades de arte educação. Esses convênios seriam aprovados pelo Conselho Curador. 7 Vinculação e Organização Técnica e Administrativa A estrutura administrativa do MACS está diretamente relacionado a AECA que é a OSCIP responsável pelo desenvolvimento do projeto de criação e manutenção do MACS. Observando isso, a forma de vinculação será transitória, havendo um prazo determinado (que será estipulado pelos conselhos e pela diretoria da AECA).  Diretoria administrativa: Transitória – sua diretoria – com certa longevidade;  Diretoria artística: Transitória – sua diretoria – sendo mais dinâmica do que a anterior, para que se mantenha uma estrutura constantemente atual;  A AECA é permanente em todos os conselhos que existem, dependendo unicamente do seu estatuto interno. 7.1 Conselho Curador  Fabio Magalhães  Cristina Delanhesi  Kátia Canton  Marcio Doctors 229 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150.  Tadeu Chiarelli Atribuições do Conselho Curador do MACS O Conselho Curador será composto por cinco membros sendo membros natos o Presidente da AECA e o Diretor Artístico do MACS os demais serão eleitos para um mandato de três anos, podendo ser reconduzidos por mais três anos. O Conselho se reunirá na sede do Museu a cada três meses em reuniões ordinárias; e em reuniões extraordinárias, quantas vezes julgar necessário. A atividade de conselheiro não será remunerada. São atribuições dos conselheiros:  Propor e aprovar o calendário de exposições de artes plásticas e as atividades culturais do MACS (Obs.: haverá núcleos de atividades nas áreas de Fotografia, de Arquitetura e de Design, orientados por Conselhos Específicos);  Aprovar as doações e os comodatos;  Definir a política de aquisições para o acervo permanente do museu;  Aprovar os empréstimos de obras do acervo do MACS;  Definir políticas museológicas e museógrafas;  Representar o MACS. O Conselho discutirá e aprovará seu regimento, que depois deverá ser referendado pela AECA, mantenedora do MACS. 7.2 Conselho Fotografia  Fabio Magalhães  Cristina Delanhesi  Lucia Castanho  Eduardo Muylaert  Rubens Fernandes Atribuições do Conselho de Fotografia 230 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. O Conselho de Fotografia será composto por cinco conselheiros, sendo conselheiros natos o Presidente da AECA e o Diretor Artístico do MACS. Os demais serão eleitos para um mandato de três anos, podendo ser reconduzidos por mais três anos. O Conselho de Fotografia se reunirá na sede do MACS duas vezes ao ano em reuniões ordinárias e em reunião extraordinária, quantas vezes julgar necessário. A atividade de Conselheiro não será remunerada. A atividade de conselheiro não será remunerada. São atribuições dos conselheiros:  Propor e aprovar o calendário de exposições fotografias e demais atividades relacionadas à fotografia;  Aprovar as doações e as aquisições de fotografias; definir a política de aquisições para o acervo fotográfico;  Aprovar os empréstimos de acervo de fotografias do MACS; definir normas museológicas e museográficas para o acervo de fotografias;  Representar o MACS. O Conselho discutirá e aprovará seu regimento, que depois deverá ser referendado pela AECA, mantenedora do MACS 7.3 Conselho de Arquitetura e Design  Fabio Magalhães  Cristina Delanhesi  Maria Helena Estrada  Fernando Poles  Pedro Mendes da Rocha  Marco Túlio Proenca  Decio Tozzi Atribuições do Conselho de Arquitetura e Design O Conselho de Arquitetura e Design será composto por sete conselheiros. São conselheiros natos o Presidente da AECA e o Diretor Artístico do MACS, os demais 231 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. conselheiros terão mandato de três anos renováveis por mais três anos. São eles: dois conselheiros representando o design e três conselheiros representando a arquitetura e o urbanismo. O Conselho de Arquitetura e Design se reunirá na sede do MACS duas vezes ao ano em reuniões ordinárias, e em reunião extraordinária, quantas vezes julgar necessário. A atividade do conselheiro não será remunerada. São atribuições dos conselheiros:  Propor e aprovar o calendário de exposições e definir a política de aquisições de acervo;  Aprovar as doações. 7.4 Recursos Humanos, Definição dos Espaços e Equipamentos O corpo administrativo do MACS será composto de funcionários em uma estrutura enxuta. Atualmente a forma de composição dessa estrutura está em estudo. O que já encontra-se estruturado é a forma organizacional que é composta da seguinte forma:  Gestão Administrativa  Diretoria Executiva  Diretoria de projetos  Diretoria administrativa  Assistente da Diretoria  Estagiário o Departamento de Projetos o Departamento Educacional  Gestão Artística  Departamento educacional o Departamento de Acervo e pesquisa o Departamento de Exposição e atividades O processo de contratação será feito por intermédio de terceirizações com empresas especializadas para as áreas de manutenção das instalações do MACS, como o caso de limpeza, segurança e monitoramento, entre outras que são essenciais para atender as necessidades do museu. 232 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 8 Potencialidades e Retorno Através do trabalho criativo com temas atuais refletindo a contemporaneidade do conceito e da missão do MACS é possível desenvolver atividades (exposições, oficinas, workshops, etc.) instigando a busca da discussão e reflexão, explorando o conceito de museu vivo, por meio de ações constantes que seguem o dinamismo desses temas. Conforme foi abordado na apresentação deste projeto, a coleção permanente será dinâmica (com alterações semanais pontuais e mensais completas) e áreas de exposições e atividades rotativas com ações diferenciadas, criando uma situação no museu de constante novidade e diferenciação. Através dessas ações e desse conceito o MACS estimulará um público contínuo, que o visitará para vivenciar a sua diversidade e principalmente levantar discussões atuais que façam com o que o visitante participe de um processo contínuo de construção de conhecimento através da cultura. Para tanto, o MACS não terá limitações de qualquer tipo ou espécie, pois todo o acesso será disponibilizado e viabilizado ao público em geral, sem nenhuma espécie de segregação, ou discriminação. O MACS nasce dentro do contexto de acessibilidade e respeito as diversas formas de manifestação cultural. Dessa forma não serão cobrados ingressos. Entretanto, poderá haver em trabalhos conjuntos do museu com a sociedade através de instituições, no qual o MACS poderá ceder o seu espaço para ações sociais e de geração de receita para instituições de apoio. Salvo essa condição o MACS não deverá cobrar nenhum tipo de acesso do público à sua estrutura. Consequentemente perante a todas essas ações o retorno direto gerado, além de ser o espaço para instigar e viabilizar as discussões do contexto atual que existe na sociedade global. O MACS torna-se um ponto de encontro cultural e social, através da sua estrutura ampla além do seu espaço físico, levando a população em geral o contato e a vivência com a arte, através de entendimento e visão crítica. Além disso o museu terá o contato direto com instituições de ensino e pesquisa, que visam incorporar conhecimento ao seu acervo, criando com isso uma estrutura contínua e perpétua de interação entre o pesquisador e as obras, sejam elas de arte, design ou arquitetura. Para então haver a sustentabilidade desse museu (estrutura e ações), contaremos invariavelmente com a presença do meio privado e também do poder público local, estadual e 233 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. federal, articulado através de projetos relevantes que demonstram a importância do MACS, para a sua região e sua relevância no cenário que se enquadra, ultrapassando os limites de exposições visitadas e indo para a vivência do conhecimento aplicado ao momento presente, ou seja, sendo de fato contemporâneo. 234 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. ANEXO – G: Projeto Educacional do MACS PROJETO EDUCACIONAL MACS-MUSEU DE ARTE CONTEMPORANEA DE SOROCABA Presidente do Museu: Cristina Delanhesi Coordenadora do Projeto: Janina M. Sanchez Apoio ao Projeto Presidente: Cristina Delanhesi Diretor Artístico/Museólogo: Prof. Dr. Fábio Magalhães Diretora Executiva: Silvia Helena Stecca Coelho Documento preparado por: Responsável pelo Projeto Educacional - Janina M. Sanchez Data: 2011 235 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 1. HISTÓRICO E PROPOSTA DO PROJETO EDUCACIONAL NO MACS: O Projeto Educacional do MACS foi estruturado em outubro de 2010, com a proposta de valorizar a educação na interseção com as diferentes reflexões da arte contemporânea, assim como a diversidade de perspectivas possíveis na maneira de conhecer a arte, a complexidade das relações multidisciplinares, transdisciplinares, interdisciplinares. O MACS pretende desenvolver organização eficiente de equipes no que se refere ao planejamento educativo das exposições, considerando as motivações institucionais, da curadoria e das propostas educativas levando ao visitante conhecimento, história e cultura. 2. OBJETIVOS DO PROJETO EDUCACIONAL: Desenvolver ações educativas valorizando a diversidade de experiências do público no espaço museológico e em contato com as obras de arte. Treinar, instruir, formar equipes para oferecer a melhor mediação sobre os trabalhos expostos, como produtos culturais. Estimular a emergência de novos públicos, contribuindo com a educação nas diversas áreas de conhecimento, ciclos escolares e públicos de comunidades convidadas. Promover eventos com artistas, curadores e estudiosos, encontros, debates, palestras, cursos presenciais e online para o desenvolvimento do pensamento crítico, a reflexão, a consciência da complexidade da percepção estética. Desenvolver pesquisas científicas, socializar em eventos e publicar resultados nos meios acadêmicos. 3. SOBRE OS FUNDAMENTOS TEÓRICOS: 236 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. É de Gaston Bachelard (2006:160) a pergunta inspiradora para a educação no Museu, pois queria saber o poeta: Mas o nosso coisário está realmente cheio? Não estará antes atravancado de objetos que não testemunham a nossa intimidade? Nossas vitrinas de bibelôs não são realmente “coisários” (...). Um curioso visita o salão e nós lhe exibimos nossos bibelôs. Os bibelôs! Objetos que não dizem imediatamente o seu nome. Queremo-los raros. São amostras. Não é preciso muito para se estabelecer uma relação de convivência com os objetos. E prossegue ele sustentando a importância da poética do devaneio: Não se sonha bem, em devaneios benfazejos, diante de objetos dispersos. O devaneio de objetos é uma fidelidade ao objeto familiar. A fidelidade do sonhador ao seu objeto é a condição do devaneio íntimo. O devaneio alimenta a familiaridade. Assim como na mediação da educação no espaço museológico é na importância da descoberta da própria subjetividade que Bachelard se detém dizendo que: Não estamos disponíveis para sonhar o que quer que seja. Nossos devaneios de objetos, se profundos, fazem-se na concordância entre os nossos órgãos oníricos e o nosso coisário. Assim, nosso coisário nos é precioso, oniricamente precioso, pois nos oferece os benefícios dos devaneios ligados. Em tais devaneios, o sujeito se reconhece como sujeito que sonha. Sabemos que valorizamos uma “comunidade do destino”, como define Morin (2002: 237 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. 73), que tem caráter cultural pelos valores, costumes, ritos, normas, crenças comuns e histórico. Pelas experiências vividas ao longo dos tempos. Trata-se de um destino complexo, memorizado, comemorado, que ao mesmo tempo transmite o passado de geração a geração, vive perspectivas de novos futuros traçados pelos escolhas individuais e coletivas, impregnadas nos trabalhos de arte, que propiciam mudanças. No espaço museológico não é apenas nas imagens visuais que vemos refletida a nossa maneira de conhecer mas nas tecnologias que tem se desenvolvido naquilo que não se vê, não se ouve, não se distingue nas suas cores, mas pode-se tocar, sentir pelas energias de todas as células do corpo interpretando complexidade. Compreendemos o mundo na sua como Benjamin (2010:450), que entre as moradas de sonho do coletivo, destacam-se os museus contribuindo com sua dialógica para a pesquisa científica e para a vida interior do ser humano. O educador do museu é cada vez mais um intelectual cuja filosofia transcende narrativas de vidas. Muitas vezes ele se cala para fazer compreender, outras ele fala para comunicar o incomunicável que atinge o inconsciente coletivo, pois a educação em museu é uma educação da sensibilidade (SANCHES, 2010), pois “Num certo sentido, tudo é percepção, posto que não há uma só de nossas idéias ou reflexões que não traga sua marca, da qual a realidade objetiva esgota a realidade formal e que se torna fora do tempo” (MERLEAU-PONTY, 1971). 4. SOBRE A QUALIDADE DOS SERVIÇOS OFERECIDOS a. PLANEJAMENTO: O planejamento de educação no MACS considera o projeto de curadoria, as características da exposição, do contexto, dos espaços destinados à ação educativa, características dos recursos disponíveis para as atividades a realizar, percursos, obras, objetos, design. 238 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. b. CONTEÚDOS: Os conteúdos são tratados a partir de uma visão clara do projeto, do contexto, fundamentos teóricos para a ação, as condições econômicas, sociais, políticas, culturais e educacionais da comunidade com a qual se trabalha, o entorno e o contexto global. c. O PÚBLICO ALVO: Para o melhor atendimento, as equipes de educação no Museu são profissionais que recebem instruções, treinamentos cursos de capacitação, atualização e continuidade da formação. O noções de profissional psicologia do recebe desenvolvimento, sobre o que o ser humano é capaz de fazer em cada fase de desenvolvimento físico e mental; noções de psicologia social, sobre os comportamentos dos indivíduos em grupo, na vida escolar; sobre conteúdos curriculares da série e ciclo com a qual se trabalha, como esses conteúdos se relacionam e podem ser abordados pela ação educativa, noções de mito-hermenêutica, sobre a interpretação e os mitos. 5. A METODOLOGIA DOS TRABALHOS/ PROCEDIMENTOS: a. Treinamento/instruções para equipes de temporarios e voluntarios. b. Projeto dos percursos possíveis para cada tipo de grupo. c. Estudo e projeto dos roteiros de atividades a ser aplicado para cada tipo de grupo e esquemas dos temas adequados à exploração de cada grupo. d. Esquemas dos Conteúdos a serem trabalhados pelas equipes: investigação individual e coletiva dos temas tratados na exposição. e. Estudo coletivo dos potenciais de atração das obras/objetos f. Estudos dos pontos para parada de apreciação, mediação, troca de experiências. g. Estudo da capacidade de uso de cada espaço em relação às características de cada grupo. h. Trabalho multidisciplinar é desenvolvido juntamente 239 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. com o museólogo, designers, arquitetos, equipe de montagem, artistas, a fim de encontrar a melhor estratégia para o atendimento do público. i. Equipe-base: a fim de que os objetivos acima sejam possíveis, o MACS conta com uma equipe permanente de três educadores e um coordenador que planeja e executa ações educativas, realizando também novos j. educadores, Avaliação em todos monitores, os a formação de guias estágios. momentos do processo, visando o aperfeiçoamento continuo, críticas, critérios e padrões de qualidade. 6. RELAÇÃO DE SERVIÇOS/ PESSOAL DA EQUIPE-BASE. a) Atendimento ao público-alvo estudantes escolares e universitários: exposições e atividades. b) Atendimento ao público do Programa Multisensorialidade e do Programa Arte Incluída. c) Atendimento ao público online: cursos e palestras. d) Revista OnLine E-MACS de Arte e Cultura. e) Treinamento, capacitação continuada, formação. f) Atividades em empresas g) Organização, publicação de livros. 7. CONTEXTO Localização no Museu: sala para a equipe do educacional e definição de espaços para atividades. Projeto Educativo: ênfase na diversidade de maneiras de conhecer e vivenciar a obra de arte. 8. BIBLIOGRAFIA PARA ESTE TEXTO: BACHELARD, G. A poética do devaneio. São Paulo: M. Fontes, 2006. BENJAMIN, W. Passagens. São Paulo: Imprensa Oficial, 2007. 240 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. S.P.: F.Bastos, 2001. MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. P. A.: Sulina, 2007. SANCHES, J. Mitohermenêutica do feminino. FE-USP: Pós-doutorado, 2010 241 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. ANEXO – H: Reportagem Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul, Caderno A, p.9. Redator: Giuliano Bonamim Publicação: 17/11/2011 Faltam leitos para hóspedes na rede hoteleira de Sorocaba 8.1.1.1.1 Há 2 mil apartamentos à disposição do visitante, mas número é insuficiente A falta de vaga para hospedar o turista a passeio ou a trabalho é uma realidade em Sorocaba. A cidade possui 41 hotéis, pousadas e pensões, mas apenas 19 ostentam a classificação superior feita pela Empresa Brasileira de Turismo (Embratur). Nenhum tem o padrão cinco estrelas. Existem 2 mil apartamentos à disposição do visitante nesses empreendimentos mais elitizados, mas a quantidade não tem dado conta da demanda. A taxa média semanal de ocupação é de 70%, mas chega a quase 100% de segunda e sexta-feira e diminui entre sábado e domingo. A prova da ausência de opções é o interesse para a construção e a ampliação de hotéis no município. O Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau confirma um novo empreendimento no bairro Alto da Boa Vista, previsto para ser entregue no fim de 2012. O prédio pertence a um empresário da cidade e terá 150 apartamentos. Segundo a assessora executiva do Sorocaba e Região Convention & Visitors Bureau, Camila Ashikawa, a entidade recebeu neste ano o contato de cinco consultorias contratadas por redes hoteleiras interessadas em instalar um empreendimento na cidade. "Isso comprova que existe a demanda e há o interesse de empresários do setor no município", diz. O Nacional Inn planeja inaugurar mais 40 quartos em abril de 2012. O local, situado à margem da rodovia Senador José Ermírio de Moraes (SP-75), já possui 96 vagas e a ampliação objetiva atender o público atual e do futuro complexo industrial da Toyota. A 242 O Trabalho “O PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SOROCABA (MACS) EM FACE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE TURISMO LOCAIS” de Carlos Henrique Meirelles de Castro e Rafael Paulino Pires Rocha Teixeira foi disponibilizado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - NãoComercial - SemDerivados 3.0 Não Adaptada. Contato: bit.ly/meirelles e (11) 98499-8150. representante do departamento comercial do Nacional Inn, Elisa Cobo, 28 anos, confirma a procura por vagas ser maior do que a demanda. "Os nossos funcionários recebem uma média de 30 pedidos de hospedagem por dia, todas negadas por falta de quarto disponível", diz. Já o empresário Guilherme Grams Júnior, 61, vai aumentar em 600% a quantidade de quartos no Pirâmide Hotel. A hospedaria, de classe econômica, está localizada na rua Brigadeiro Tobias, Centro, e possui atualmente oito dormitórios. Em março de 2012, mais 40 ficarão prontos para atender o público. Grams já estuda ampliar os seus negócios. Segundo ele, há a possibilidade de um novo hotel ser construído na avenida Ipanema, região norte de Sorocaba. "Mas ainda é um projeto", diz. O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Sorocaba, Antônio Francisco Gonçalves, confirma a falta de vagas. Segundo ele, a entidade não tem o número exato de leitos disponíveis na cidade e a quantidade necessária para atender a demanda. Esses dados também não foram informados pela Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo. Gonçalves afirma que Sorocaba está carente de hotéis. "Principalmente de estabelecimentos com classificação referente ao padrão cinco estrelas", diz. Na região, a qualidade luxo de hospedagem é encontrada apenas em São Roque e em Itu. "Os empresários que visitam a cidade querem esse conforto, mas não encontram opções", completa.6 6 Esta reportagem foi encontrada após o término da pesquisa, porém mostrou-se pertinente ao trabalho, pois confirma a posição dos entrevistados referente à questão hoteleira em Sorocaba. 243