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O Construtivismo E A Educação Ambiental

MEIO AMBIENTE

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    December 2018
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O CONSTRUTIVISMO E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL " " Tenho visitado algumas escolas que vêm desenvolvendo diversos projetos de educação ambiental e percebo que o tema, além de envolver crianças, professores, diretores, funcionários e pais, trás uma perspectiva de maior participação da sociedade em problemas comuns que enfrentamos no nosso cotidiano. Mas, também observo que falar sobre as questões ambientais implica no conhecimento de uma série de conceitos, que por vezes são um tanto complexos. Então, como construir este conhecimento coletivamente? Acredito que o mais importante conceito ambiental é o ciclo dos elementos e seres vivos, que deve ser evidenciado a todo momento, com o objetivo de questionar o ciclo de produção das atuais gerações, que muitas vezes não seguem o preceito básico de convivência em harmonia com o meio ambiente. Pensar, planejar e construir um futuro melhor para as futuras gerações, desperta o espírito coletivo de responsabilidade para consigo e com o outro. Ao invés de sempre responder questões, o professor necessita de muitas, muitas perguntas, para que junto aos alunos cheguem as respostas. É isso aí !!! Realmente é necessário pensar, pesquisar, perguntar e planejar permanentemente, pois esta é a grande tarefa dos educadores preocupados em introduzir um processo educacional mais participativo e mobilizador. Portanto, desenvolver um bom trabalho de educação ambiental, tem como premissa básica o conceito do consenso e do coletivo. Tarefa esta bastante difícil ao meu ver, pois muitas vezes falta tempo para planejar. Então insira o ato de planejar nas aulas e atividades com os alunos para que eles também adquiram esta habilidade. Mesmo assim, acredito que planejando e construindo participativamente, todo este esforço se revele com muita força, criando uma nova visão da interdependência sobre a cidadania e o meio ambiente. Mônica Pilz Borba Pedagoga e Diretora do 5 Elementos Instituto de Educação e Pesquisa Ambiental Pela Democratização da Informação Ambiental Os países membros da ONU aprovaram durante a ECO 92 a Agenda 21, como um roteiro a ser seguido em direção ao desenvolvimento sustentável. Em seu capítulo 40, sobre Informação Para a Tomada de Decisões, os signatários recomendam que "sempre que existam impedimentos econômicos ou de outro tipo que dificultem a oferta de informação e o acesso a ela, particularmente nos países em desenvolvimento, deve-se considerar a criação de esquemas inovadores para subsidiar o acesso a essa informação ou para eliminar os impedimentos não econômicos." Os representantes dos países signatários justificam essa medida ao reconhecer que "em muitos países, a informação não é gerenciada adequadamente devido à falta de recursos financeiros e pessoal treinado, desconhecimento de seu valor e de sua disponibilidade e a outros problemas imediatos ou prementes, especialmente nos países em desenvolvimento. Mesmo em lugares em que a informação está disponível, ela pode não ser de fácil acesso devido à falta de tecnologia para um acesso eficaz ou aos custos associados, sobretudo no caso da informação que se encontra fora do país e que está disponível comercialmente." O que os países da ONU, inclusive o Brasil, perceberam claramente é que sem democratização da informação ambiental dificilmente haverá pleno desenvolvimento da cidadania ambiental, prejudicando o diálogo e o estabelecimento de parcerias entre os diferentes setores da sociedade brasileira envolvidos com a questão ambiental. Contraditoriamente a essa necessidade de mais informação ambiental, após a ECO 92 este espaço restringiu-se na chamada grande mídia limitando-se hoje a ocorrências ocasionais, diante de acidentes ambientais e um ou outro tema que interesse ao público mais geral. Como resposta a este quadro, surgiram veículos alternativos de informação ambiental, basicamente divididos em institucionais e comerciais. Os veículos institucionais são editados por diversas entidades como estratégia para manter seus filiados e público-alvo informados das atividades e posições políticas da instituição. Mas têm tiragem restrita e não chegam a atingir a comunidade ambiental. Desenvolveu-se, então, um segmento de mídias ambientais, de caráter não- institucional, que recentemente se reuniram na EcoMídias - Associação Brasileira das Mìdias Ambientais, cujas tiragens somadas atingem cerca de 1,5 milhões de exemplares mensais, e que incluem jornais como o Jornal do Meio Ambiente, Folha do Meio Ambiente, Estado Ecológico de Minas, Terramérica, AgirAzul, revistas como Eco.21, Ecologia & Desenvolvimento, Meio Ambiente Industrial, Saneamento Ambiental, Gerenciamento Ambiental, além dos veículos digitais, como o site da COM-MAM. O principal propósito da EcoMídias é ser um instrumento a favor da democratização da informação ambiental no Brasil. E, nesse sentido, a primeira grande barreira a ser vencida é o verdadeiro bloqueio econômico de agências de publicidade, Secretarias de comunicação de governos e departamento de comunicação de grandes empresas, que simplesmente fingem desconhecer este segmento, apesar de sua importância como agentes de disseminação de informação ambiental. Apesar do reconhecimento público da importância das mídias ambientais, não é só a ampliação da tiragem, do número de páginas e da periodicidade que está ameaçada, mas a própria continuidade dos atuais veículos. Os recursos para publicidade, quando existem, são desviados primeiro para a mídia de massa das capitais, depois para as mídias de massa do interior e só por último e eventualmente, para as mídias especializadas, como a do segmento ambiental. O que parece uma simples questão econômica, na verdade tem sido uma forma de impedir o crescimento e até a manutenção de veículos de meio ambiente, que são estratégicos para a democratização da informação ambiental no Brasil. Vilmar Berna Editor do Jornal do Meio Ambiente e fundador da EcoMídias. Foi o único brasileiro a receber em 1999 o Prêmio Global 500 da ONU Para o Meio Ambiente. Tel/fax: (021) 610-2272 E-mail: [email protected] http://www.neoambiental.com.br/html/opiniao/html/texto_opiniao0011.htm Mensagens enviadas até o dia: 09.01.2001 Projeto Apoema - Educação Ambiental www.apoema.com.br