Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

No Silêncio Do Teu Quarto

Desabafo de um Pai que encontra o quarto do filho vazio e se questiona sobre o futuro e o presente e a razão da ausência.

   EMBED


Share

Transcript

No silêncio do teu quarto Antonio Fernando Navarro No silêncio do teu quarto vejo o vazio que fica sem você. No silêncio imagino como deves estar te sentindo, remoendo sozinho os problemas. Imagino, não, sofro com o teu sofrimento. No silêncio do teu quarto penso em como és forte. Só um ser muito forte conseguiria passar por tantas batalhas. Batalhas da vida, batalhas da mente, batalhas com a incompreensão humana. No silêncio do teu quarto, e no silêncio que se faz na casa imagino. Imagino como poder ajudar-te, como poder consolar-te. Hoje conversei com meu DEUS. Perguntei a Ele por que? Perguntei a Ele até quando? Perguntei a Ele como. Ainda não obtive as respostas, mas sei que muito depende de ti. Muito depende da tua vontade e da tua força. No silêncio, peço a Ele que seja o teu amparo e a tua fortaleza. Peço que te perdoe, me perdoe, nos perdoe. Peço o perdão da remissão. O perdão do consolo. O perdão do renascimento. És meu FILHO. És o garoto ainda não crescido. És uma fortaleza que ainda não se descobriu. És o amparo de muitos em pior situação do que tí. És o Fábio, não um simples Carioca. Mas, simplesmente, o Fábio. És aquele que quer viver, curtir a vida, curtir... Que DEUS te abençoe, meu FILHO. Tenhas fé, tenhas força, tenhas vontade. Agora, para vencer esta guerra só depende de tí e Dele, que está ao teu lado te ajudando a carregar o teu pesado fardo. Não consideres a guerra injusta. Não entendas que não tens armas. A maior arma que dispões é a arma da vontade. A maior arma que tens ao teu lado é a arma da fé. Não uma simples fé. Mas fé em Deus. Nos momentos difíceis tens a nós. Nos momentos angustiosos tu nos tens. Nos momentos dolorosos, somos um só. Em todos os momentos, somos uma família. Reflexões Noturnas, 02/04/2003