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Mulher E Atividade Física - Gravidez E Atividade Física

Intuito de expor as principais mudanças durante a gravidez que alteram a forma de prescrição do exercício físico e a principal diferença entre a estrutura masculina e feminina

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Mulher e Atividade Física (Fisiologia Aplicada ao Exercício – 5° prova) (Resumo feito por: Leonardo Matta) Características fisiológicas a serem estudadas: Cardiovasculares, Neurais e Metabólicas. O fator de maior peso na mortalidade em geral é a baixa aptidão física, superando todos os demais principais fatores de risco, inclusive o tabagismo. Cerca de um aumento relativo na mortalidade por acidente vascular encefálico, problemas cardíacos e respiratórios estão associados a falta de atividade física. Na mulher, esta abordagem adquire algumas características próprias que incluem desde as diferenças no perfil hormonal, passando pela incidência de determinadas patologias, até as respostas e adaptações ao exercício. A mulher apresenta de forma diferenciada em relação ao homem, um efeito hipotensivo mais acentuado em relação ao exercício do que o homem. ASPECTOS ESPECIAIS DE DOENÇAS CORONARIANAS NA MULHER A faixa etária para aumento do risco das doenças coronarianas, ocorrem dez anos após em comparação ao homem, isso se explica parcialmente, pelo papel protetor do estrogênio, que se mantém presente até a época da menopausa. As alterações nos níveis plasmáticos de lipoproteínas tem pouca influência na extensão da aterogênese e que os efeitos diretos do estrogênio sobre a parede arterial são mais importante na prevenção de aterosclerose. Efeitos do estrogênio: diminui a penetração na parede arterial do LDL Ação anti-inflamatória em quadros de angioplastia Estimula a produção de óxido nítrico Inibição dos níveis plasmáticos endoteliais ASPECTO DA FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO NA MULHER Existem diferenças entre o sexo quanto à fisiologia do exercício, essas diferenças ocorrem em função do tamanho e da composição corporal. HOMENS: maios quantidade de massa muscular em termos absolutos e relativos MULHERES: maior percentual de gordura corporal (resultando em menor eficiência no processo termorregulatório em situações de calor). Apesar da composição das fibras musculares serem semelhantes em homens e mulheres, o volume de cada fibra, seja tipo 1 ou tipo 2 é maior nos homens, conferindo maior potência e endurance muscular. Logo o homem apresenta maior consumo de oxigênio do que as mulheres, pois o débito cardíaco das mulheres é menor, por causa do menor volume sistólico. Estas características são consequentes de menor massa e volume ventricular nas mulheres, seja do ponto de vista absoluto ou relativo ao peso total. Além disso, a capacidade de transporte de O² é mais reduzida, por conta do nível médio da hemoglobina ser menor nas mulheres, por decorrência da menstruação, reduzindo o desempenho esportivo em 6 a 15% em relação aos homens. Por menor eficiência mecânica, há um maior consumo de O² nas capacidades submáximas, corrida, caminhada, que acarreta em menor reserva metabólica e fadiga mais precoce, por acúmulo de lactato. EXERCÍCIOS, NÍVEIS HORMONAIS E REPERCUSÕES SISTÊMICAS. O exercício físico de maneira correta e com a alimentação e o hábito de vida saudável não influenciam na função hormonal, se constituindo num importante instrumento para ganho de massa óssea, capaz de fazer, a partir da adolescência, a prevenção primária da osteoporose pósmenopáusica. TRÍADE DA MULHER ATLETA Acomete de modo cada vez mais frequentes adolescente e mulheres praticantes de atividade física recreacionais ou não. Geralmente a pressão externa e interna frequente para tentar atingir e manter um peso corporal e um percentual de gordura exageradamente baixo. Como padrões estéticos ou desempenho. SINTOMAS: Distúrbios alimentares, amenorreia e osteoporose. O Alto risco está associado ao nível alto de estresse fisiológico e a luta para manter o percentual de gordura abaixo. Distúrbios alimentares: Restrições de ingesta, anorexia, bulimia e outras. Tais distúrbios podem causar alterações metabólicas importantes principalmente se associado a um treinamento físico inadequado. Amenorreias: Classificada como primária ou secundária, porém ambas estão ligadas a secreção do hormônio gonadotrófico e podem ocorrer juntas. Primeira hipótese, as endorfinas produzidas durante a atividade física e a manutenção de seus níveis aumentados com o treinamento diário, possam inibir a produção do hormônio liberador das gonadotrofinas (GnRH) pelo hipotálamo, e com isso inibir todo o eixo hormonal feminino (Hipotálamo-Hipófise-Ovário-Útero). Segunda hipótese, as endorfinas diminuíram a produção de dopamina no núcleo arqueado hipotalâmico. Sendo a dopamina um fator inibitório da prolactina, esta teria seus níveis séricos aumentados, assim seria também capaz de reduzir o (GnRH). A forma de reduzir esses efeitos é redução do programa de treinamento global, correção de hábitos alimentares e na terapia de reposição hormonal. Osteoporose: Se caracteriza por uma redução da densidade óssea, que está associada a uma maior incidência de fraturas, e a consequência são os eventos descritos anteriormente. Os ossos tem sua homeostase alterada, com predomínio da reabsorção de cálcio no constante processo de remodelagem (atividade aumentada dos osteoclastos). CLIMATÉRIO É caracterizado pela diminuição fisiológica da função ovariana. Devido a carência hormonal que pode se estabelecer, ocorrendo modificações nos tecidos-alvos. No perfil lipídico, por exemplo, alterações negativas podem ser provocadas, com aumento nos níveis de colesterol total e triglicerídeos e diminuição da fração de HDL. No entanto, a atividade física tem papel importante e fundamental estabelecido na prevenção de doença coronariana através da elevação da HDL. Vários estudos demonstram que a atividade física exerce efeito positivo na prevenção primária e secundária de diversas doenças, como hipertensão arterial, cardiopatia isquêmica, diabetes e osteoporose, entre outras. O Exercício físico de maneira regular e saudável preserva a massa óssea, tanto por ação direta do impacto sobre o esqueleto, como por ação indireta, pelo aumento da força muscular. Há uma tendência de a massa óssea ser proporcional à força muscular, pois a maior tração induz o aumento da atividade dos osteoblastos aumentando a mineralização do osso. GRAVIDEZ E ATIVIDADE FÍSICA A atividade física na gestação é recomendada na total ausência de qualquer anormalidade, mediante avaliação médica. De fato, um programa moderado de exercício com sustentação do peso corporal ou de atividade recreativa acelera o crescimento fetoplacentário e reduz o risco de pré-eclâmpsia. Um achado positivo indicou que o volume mais alto de exercício por semana reduzia o risco de parto pré-termo. Acelerando o processo de parto da mulher que se exercita. Riscos que podem afetar o crescimento do feto: Fluxo sanguíneo placentário reduzido e concomitante hipóxia fetal. Decorrente do aumento do fluxo sanguíneo acima do normal para a musculatura durante uma atividade física acima da intensidade ideal. Hipertermia Fetal, relacionado ao aumento excessivo da temperatura interna durante o exercício extenuante. Suprimento fetal de glicose reduzido, por decorrência da demanda que a atividade física de alta intensidade na gravidez necessita para mantê-lo. IMPORTANTE: Os recém-nascidos de mães que se exercitavam exibem um perfil neurocomportamental com apenas cinco dias após o parto, mais precocemente que os recém nascidos de congêneres sedentárias. Além da prole dá mãe que se exercitava nascer mais leve e mais magro. Tais achados apontam que o exercício regular contínuo durante toda a gravidez modifica o comportamento neonatal por afetar positivamente o inicio do desenvolvimento neural. GANHOS COM A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA Os objetivos da prática de atividade física em gestantes são a manutenção da aptidão física e da saúde, a diminuição de sintomas gravídicos, o melhor controle ponderal, a diminuição na tensão no parto e uma recuperação no pós-parto imediato rápida. Deve sempre evitar impacto nas articulações e a posição de decúbito dorsal, pois o peso fetal pode atrapalhar o retorno venoso pela compressão da veia cava inferior, evitar estresse térmico, evitar súbitos aumentos de pressão e frequência cardíaca, pois com o aumento da demanda do exercício o tônus do sistema nervoso simpático aumenta, pode desviar o fluxo de sangue fetal. O exercício aeróbico regular durante a gravidez desempenha um papel importante por manter a capacidade funcional e o bem-estar geral. Aperfeiçoa o aumento global do peso durante o último estágio da gravidez e reduz o risco de um parto por cesariana nas mulheres que nunca tiveram filhos. Os exercícios de flexibilidade são particularmente, úteis na gestação para equilibrar a musculatura dorsolombar, abdominal e do assoalho pévico, que estão em geral contraídos pela postura gravídica. Os exercícios respiratórios são úteis para o relaxamento e para o auxílio no trabalho de parto QUANDO INTERROMPER NA GESTAÇÃO A prática de atividade física deve ser interrompida se ocorrer: Sinais de sangramento uterino, placentação baixa, trabalho parto pré-termo, o retardo do crescimento intrauterino, os sinais de insuficiência placentária, a rotura prematura das membranas e a incompetência mocervical. O TREINAMENTO TEM COMO PRINCIPAL OBJETIVO A MANUTENÇÃO DA MASSA MAGRA E ESSE DEVEM SER PRESCRITOS DE FORMA IDEAL, COM TREINAMENTO DE FORÇA E ENDURANCE MUSCULAR, PARA QUE O OBJETIVO SEJA ALCANÇADO. DE MANEIRA QUE RESPEITE A LIMITAÇÃO IMPOSTA POR CADA ORGANISMO.