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Monografia2016

Trabalho apresentado para obtenção de graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Mato Grosso

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0 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA RAMIRO LOBATO DO VALLE CANTEIRO DE OBRAS: PLANEJAMENTO DO SISTEMA PRODUTIVO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Barra do Garças – MT 2016 1 RAMIRO LOBATO DO VALLE CANTEIRO DE OBRAS: PLANEJAMENTO DO SISTEMA PRODUTIVO DA CONSTRUÇÃO CIVIL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado, para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil, à Universidade Federal de Mato Grosso no Campus Universitário do Araguaia, sob orientação da Profª. Ms. Susana Dalila Dolejal Berté Barra do Garças – MT 2016 2 3 - 4 Ofereço essa publicação à minha família, amigos e namorada. Ofereço também à minha orientadora, pelo grande apoio dedicado, e a todos os irmãos que contribuíram de forma direta ou não na confecção deste material. 5 “I read somewhere how important it is in life not necessarily to be strong... but to feel Strong” Alexander Supertramp. 6 RESUMO O setor da construção civil desenvolveu-se, ao longo dos anos, de maneira informal, o que refletiu na desorganização do canteiro de obras, uma vez que a tomada de decisões vinha sendo executada à medida que os problemas iam acontecendo. Entretanto, diversos estudos vêm mostrando que não há mais espaço para esse tipo de conduta, uma vez que é no canteiro que todo o processo produtivo se desenvolve, fazendo com que as empresas busquem cada vez mais desenvolver planejamento prévio de todas as ações. Nesse cenário, este trabalho possui o objetivo de analisar o planejamento do sistema produtivo da construção civil, com foco no projeto do canteiro de obras, a partir de revisão bibliográfica, constatando que tal planejamento é fundamental na busca por aumento da qualidade e produtividade no canteiro, assim como o aumento da segurança e satisfação dos trabalhadores. Palavras- chave: Canteiro de obras, planejamento, qualidade, produtividade. 7 ABSTRACT The construction sector has developed informally, over the years, which reflected in the disorganization of the building site, once the decision-making had been executed as the problems were going happening. However, many studies comes showing there isn’t more space for this such conduct, once it’s in the building site that all productive process it’s developed, making companies to seek increasingly to develop advance planning of all actions. In this scenario, this work has the purpose of review the planning of the production civil engineering system, focusing on the building site’s project, from bibliographic review, concluding that such planning it’s essential for the search of increased quality and productivity at site, as well as increased security and worker satisfaction. Key-words: building site, planning, quality, productivity. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Armazenamento de cimento ................................................................................ 25 Figura 2- Armazenamento de agregados ............................................................................. 26 Figura 3- Armazenamento de blocos e aço ......................................................................... 27 Figura 4- Armazenamento de tubos em PVC ...................................................................... 28 Figura 5- Considerações geométricas quanto ao posicionamento da grua .......................... 34 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1- A B C = Importância decrescente quanto a proximidade. ................................... 18 Tabela 2- Áreas necessárias para estocagem materiais ....................................................... 29 Tabela 3- Indicadores gerais para avaliação da capacidade de um sistema de transportes para a movimentação vertical de materiais.................................................................. 32 10 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 10 2. OBJETIVOS .............................................................................................................. 11 2.1 GERAL .................................................................................................................... 11 2.2 ESPECÍFICOS ........................................................................................................ 11 3. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 11 4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 12 4.1 CONCEITUAÇÃO DA NR-18 ............................................................................... 13 4.2 PCMAT- PROGRAMA DE CONDIÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO.................................................................................................................. 13 4.3 OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO ......................................... 14 4.4 TIPOLOGIA DO TERRENO .................................................................................. 14 4.5 PLANEJAMENTO DO CANTEIRO ...................................................................... 16 4.6 LAYOUT DO CANTEIRO ..................................................................................... 17 4.7 ELEMENTOS DO CANTEIRO DE OBRA ........................................................... 20 4.8 ÁREAS DE VIVÊNCIA E OPERACIONAIS ........................................................ 20 4.8.1 Refeitórios ..................................................................................................... 21 4.8.2 Área de lazer ................................................................................................. 22 4.8.3 Vestiários ....................................................................................................... 22 4.8.4 Instalações sanitárias ................................................................................... 23 4.8.5 Escritório da obra ........................................................................................ 24 4.8.6 Armazenamento ........................................................................................... 24 4.8.7 Central de produção de argamassa e concreto .......................................... 31 4.8.8 Central de carpintaria ................................................................................. 31 4.8.9 Guarita e portaria ........................................................................................ 32 4.9 SISTEMAS DE TRASNPORTE ............................................................................. 32 4.91 Acesso à obra ................................................................................................. 35 4.92 Linhas de fluxo .............................................................................................. 36 5. METODOLOGIA .................................................................................................... 38 6. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................ 39 7. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 40 11 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 41 12 1. INTRODUÇÃO Consolidado como um dos grandes pilares da economia nacional, o setor da construção civil vem passando por uma série de mudanças no País, uma vez que há um crescente aumento da competitividade no setor e maior exigência dos usuários. Buscar qualidade e produtividade tornou-se fundamental para os empreendimentos terem sucesso no mercado. De acordo com Souza (2000): Dentro desse contexto, o estudo do canteiro de obras torna-se instrumento extremamente importante na busca da tão propalada qualidade e produtividade no processo produtivo, na medida em que é lá que grande parte das ações, visando sua obtenção, acontecem. O canteiro de obras é a área destinada à execução dos serviços e apoio aos trabalhadores da construção civil, sendo que a NR-18 “Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção” de 2015 o define como “área de trabalho fixa e temporária onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra”. A NB-1367 “Áreas de Vivências em Canteiros de Obras” de 1991, acrescenta ainda que os canteiros são compostos por áreas operacionais e áreas de vivência. O planejamento do canteiro busca organizar o processo produtivo, minorando os transportes e as perdas, dando suporte na criação do layout do canteiro, no dimensionamento e disposição das áreas operacionais e de vivência, na definição do sistema de transporte, no armazenamento de materiais e na procura por oferecer maior segurança e satisfação para os trabalhadores. Nesse sentido, o presente trabalho visa elencar os tópicos necessários à implantação do canteiro de obras e mostrar os benefícios do planejamento e da sistematização do processo produtivo. 13 2. OBJETIVOS 2.1 GERAL Estudar o tema de gerenciamento de obra, com foco no planejamento do canteiro de obras e sua relação com a qualidade e produtividade no processo produtivo 2.2 ESPECÍFICOS  Apontar diretrizes a serem seguidas no planejamento do sistema produtivo baseado nas normas disponíveis e em material levantado;  Abordar os aspectos dispostos na NR-18 e NB-1367 necessários para um layout ideal de canteiro de obras. 3. JUSTIFICATIVA A indústria da construção civil representa setor de fundamental importância econômica em grande parte dos países. No Brasil, este setor passa por um período de mudanças positivas que visam melhorar seu desempenho, garantir maior segurança, rapidez, economia e praticidade. Qualidade e produtividade tornaram-se, mais do que nunca, temas obrigatórios a serem discutidos pelas empresas do setor construtivo. A produtividade está intimamente ligada ao poder de utilização dos recursos produtivos disponíveis em uma empresa, tal como espaço físico, ferramentas, mão-de-obra, insumos, transporte, entre outros. Isso faz com que um minucioso planejamento seja fundamental na implantação do canteiro. Um canteiro de obras bem projetado tem impacto significativo sobre os custos e a duração da obra. Neste sentido, Tommelein (1992, apud, SAURIN; FORMOSO, 2006) fala que embora seja reconhecido que o planejamento do canteiro desempenha um papel fundamental na eficiência das operações, cumprimento de prazos, custos e qualidade da construção, os gerentes geralmente aprendem a realizar tal atividade somente através da tentativa e erro, ao longo de muitos anos de trabalho. 14 Nesse cenário, esta pesquisa propõe estudar o sistema produtivo da construção civil, desde a concepção do terreno até a definição dos transportes internos, sempre norteada pelas normas técnicas disponíveis, a fim de que se possa contribuir no auxílio à empresas e gerentes de obras. 4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Este item apresenta de forma objetiva os componentes básicos para a implantação do canteiro de obras, de acordo com os preceitos da NR-18 de 1995 e NB-1367 de 1991. Conforme Sampaio (1998), esta Norma Regulamentadora (NR-18): [...] estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e organização, que objetivam a implantação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Segundo a NR-18 (2015), define-se canteiro de obras como “Área de trabalho fixa e temporária onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra”. Já a NB-1367 (1991): “Áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência”. Para Saurin e Formoso (2006, p.17): O planejamento logístico estabelece as condições de infraestrutura para o desenvolvimento do processo produtivo, estabelecendo, por exemplo, as condições de armazenamento e transporte de cada material, a tipologia das instalações provisórias, o mobiliário dos escritórios ou as instalações de segurança de uma serra circular. De acordo com a definição adotada, considera-se que o planejamento de assuntos de segurança no trabalho não relacionados às proteções físicas, tais como o treinamento da mão-de-obra ou as análises de riscos, não fazem parte da atividade planejamento de canteiro. Tal definição deve-se a complexidade e as particularidades do planejamento da segurança. De acordo com Gehbauer (2002), A escolha dos métodos a serem usados e as decisões tomadas durante o planejamento geral da obra têm relação direta e interagem com o planejamento do canteiro de obras. Este planejamento orienta-se na execução dos trabalhos e no fluxo de materiais, e o seu objetivo principal consiste em minimizar os percursos dos transportes mais volumosos e frequentes dentro do canteiro. 15 4.1 CONCEITUAÇÃO DA NR-18 A norma regulamentadora número 18 (NR-18), tem como título “condições e meio ambiente de trabalho na Indústria da construção civil”. A aprovação desta norma se deu pela Portaria nº 3.214 (Brasil, 1978) e com o passar dos anos sofre constantes atualizações que são executadas através das argumentações no Comitê Permanente Nacional – CPN e nos Comitês Permanentes Regionais – CPR’s, os quais são constituídos por Unidades. No que se refere à NR-18, Gehbauer (2002), diz que As exigências com relação às instalações do canteiro são preponderantemente decorrentes de imposições legais. Por isto, o dimensionamento, tipo e organização dos elementos de um canteiro de obras devem obedecer antes de tudo as determinações da NR-18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Segundo Freitas (2014) os objetivos da NR-18 entram em prática com base no Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT, o qual, devidamente implementado, coopera para a uniformização das instalações de segurança, sendo um admirável ponto inicial para a gestão de segurança e saúde do trabalho da construção. 4.2 PCMAT- PROGRAMA DE CONDIÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO De acordo com a NR-18, o PCMAT é documento fundamental e obrigatório para empreendimentos com vinte ou mais trabalhadores, e é elaborado por profissional legalmente habilitado na área de Segurança do Trabalho. Deve-se incluir a esse documento memoriais sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execução da obra, especificações técnicas das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas, cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT, Layout inicial e atualizado do canteiro de obras, além de programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho como também suas medidas preventivas. 16 4.3 OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO De acordo com Saurin e Formoso (2006, p.18), o processo de planejamento do canteiro busca: A melhor utilização do espaço físico disponível, de forma a possibilitar que homens e máquinas trabalhem com segurança e eficiência, principalmente através da minimização das movimentações de materiais, componentes e mão-de-obra. Os diversos objetivos que um bom planejamento de canteiro precisa atingir estão divididos em dois grupos, conforme Tommelein (1992, apud. SAURIN; FORMOSO, 2006, p.18): (a) objetivos de alto nível: promover operações eficientes e seguras e manter alta a motivação dos empregados. No que diz respeito à motivação dos operários destaca-se a necessidade de fornecer boas condições ambientais de trabalho, tanto em termos de conforto como de segurança do trabalho. Ainda dentre os objetivos de alto nível, pode ser acrescentada à definição de Tommelein (1992) o cuidado com o aspecto visual do canteiro, que inclui a limpeza e impacto positivo perante funcionários e clientes. Não seria exagero afirmar que um cliente, na dúvida entre dois apartamentos (de obras diferentes) que o satisfaçam plenamente, decida comprar aquele do canteiro mais organizado, uma vez que este pode induzir uma maior confiança em relação a qualidade da obra; (b) objetivos de baixo nível: minimizar distâncias de transporte, minimizar tempos de movimentação de pessoal e materiais, minimizar manuseios de materiais e evitar obstruções ao movimento de materiais e equipamentos. 4.4 TIPOLOGIA DO TERRENO O setor da engenharia possui uma variedade imensa de atividades construtivas, por isso, o canteiro de obras normalmente apresenta características distintas uns dos outros conforme o tipo da obra que esteja sendo executada. Illingworth (1993, apud SAURIN; FORMOSO, 2006) indica que os canteiros são divididos em restritos, amplos e longos e estreitos e caracterizados conforme mostrado abaixo:  Restritos: a área construída ocupa o terreno quase que por completo. Esses são os canteiros mais comuns em áreas centrais das cidades, possuindo difícil acesso; 17  Amplos: a área construída ocupa apenas uma pequena parte do terreno disponível. Neste caso, há tanto uma maior disponibilidade de acesso para veículos como maiores espaços para armazenamento de material e áreas de vivência. Este tipo de canteiro é base geralmente para obras de médio e grande porte, em áreas mais afastadas da zona urbana, como, por exemplo, usinas, indústrias, barragens, etc.;  Longos e Estreitos: possui apenas uma das dimensões sendo restritas, possuindo possíveis acessos em poucos pontos do canteiro. São exemplos deste tipo de canteiro as obras de ferrovias e rodovias, obras de saneamento, etc. Illingworth (1993, apud SAURIN; FORMOSO, 2006) declara que os canteiros do tipo restrito são os que demandam mais cuidados no ato do planejamento, devendo-se, para tanto, seguir uma abordagem aprofundada. Com isso, salienta duas regras fundamentais que sempre devem ser seguidas no caso de planejamento de canteiros restritos: procurar atacar a princípio a fronteira mais difícil e buscar a criação de espaços utilizáveis no nível do térreo tão cedo quanto possível. Saurin e Formoso (2006) sugerem que a obra tenha início a partir da divisa mais problemática do canteiro, assim como que se aplique a segunda regra à obras nas quais o subsolo ocupe o terreno quase que em sua totalidade: O principal objetivo com isso é esquivar-se de fazer serviços em tal divisa quando, nas diversas fases posteriores da execução, a construção de outras frentes da edificação torna difícil o acesso a este local. Os motivos que podem determinar qual divisa é mais problemática são vários, tais como a existência de um muro de arrimo, vegetação de grande porte ou um desnível acentuado. A segunda regra aplica-se especialmente a obras nas quais o subsolo ocupa quase a totalidade do terreno, dificultando, na fase inicial da construção, a existência de um layout permanente. Exige-se, assim, a conclusão, tão cedo quanto possível, de espaços utilizáveis ao nível do térreo, os quais possam ser aproveitados para locação de instalações provisórias e de armazenamento, com a finalidade de facilitar os acessos de veículos e pessoas, além de propiciar um caráter de longo prazo de existência para as referidas instalações. 18 4.5 PLANEJAMENTO DO CANTEIRO Para Valadares (2004): É necessário salientar a importância da definição detalhada do sistema de produção objetivando o planejamento, como ferramenta fundamental na orientação para o desenvolvimento da execução das operações de produção, pois será ele, o ponto de equilíbrio e união da equipe no desempenho de suas tarefas, bem como no fiel cumprimento do ‘Projeto Específico de Implantação do Canteiro. Deve ser acrescentado ao escopo do planejamento do canteiro, o estudo do arranjo físico, o qual busca definir a melhor forma de posicionar suas locações e instalações temporárias, afim de que essa definição apoie as atividades produtivas da construção (VALADARES, 2004). De acordo com Neto (2014): O planejamento ineficaz do projeto de canteiro de obras ou layout, irá continuamente afetar a produtividade da obra, resultando no maior custo da produção, encarecendo o produto. Portanto, o canteiro de obras é uma estrutura dinâmica, mutável com o desenvolver da obra. Enquanto a obra vai sendo executada, o mesmo assume características e formas especiais em função da diversidade dos serviços, materiais e equipamentos presentes, caracterizando diferentes fases de configuração do canteiro. Segundo Saurin e Formoso (2006), o planejamento do canteiro compreende cinco etapas básicas: (a) Análise preliminar: etapa responsável pela coleta e análise de dados, sendo elemento norteador para a execução qualificada das demais etapas. A negligência nesta análise pode acarretar paralisações e atrasos nas etapas subsequentes. As empresas que padronizam as instalações do canteiro realizarão essa etapa com mais rapidez e facilidade, visto que muitas informações necessárias já se encontram viabilizadas. (b) Arranjo físico geral: a definição do arranjo físico geral abrange a definição a locação de cada uma das instalações no canteiro, sendo, desta forma, responsável pela distribuição, por exemplo, das áreas de vivência, áreas operacionais e de apoio à produção. (c) Arranjo físico detalhado: diz respeito à definição da posição de cada equipamento dentro do arranjo físico geral. Define, por exemplo, a disposição física de cada instalação dentro das áreas de vivência. 19 (d) Detalhamento das instalações: a partir da definição do arranjo, planeja-se a infraestrutura necessária para o funcionamento das instalações. Desta maneira, com base nos padrões da empresa, devem ser definidos, por exemplo, o tipo de mesas e cadeiras que serão usados no refeitório, tipos de armários nos vestiários, métodos de armazenamento de cada tipo de material, etc. (e) Cronograma de implantação: apresenta a sequência de fases de implantação do layout e as fases de execução da obra que exigem uma maior flexibilidade deste layout. O principal objetivo da consideração do layout, nesta etapa, conforme Saurin e Formoso (2006), é: [...] permitir que, na medida do possível, o projeto arquitetônico e os projetos complementares possam considerar as necessidades do projeto do canteiro de obras. Tal prática tende a evitar que o projeto do canteiro seja, como ocorre muitas vezes, uma mera consequência das restrições impostas pelos projetos executivos. Por fim, Valadares (2004) enfatiza que é inteligente buscar sugestões e opiniões dos profissionais envolvidos no dia a dia da obra, aqueles que lidam diretamente com o processo de execução, pois estes tendem a agregar valores pela vivência e conhecimento prático. Quando o planejamento é elaborado apenas por pessoal do escritório, que estão afastados dos problemas recorrentes da obra, certamente terá imperfeições, além de que pode ser recebido com ressalva por aqueles que não puderam participar. 4.6 LAYOUT DO CANTEIRO Segundo Souza (2000), esta é a etapa do planejamento do canteiro em que se torna fundamental a experiência e a criatividade dos planejadores, pois é nela que os seus responsáveis irão fazer proposições para o arranjo do canteiro em cada uma de suas fases, buscando, da melhor maneira possível, ajustar as necessidades com a disponibilidade de áreas. Além deste, vários outros aspectos deverão ser levados em conta, como a questão da segurança, custos, etc., sempre entendendo que não há solução única, e sim, um universo de opções que podem se encaixar de forma favorável ou não, dependendo do contexto que estão inseridas. Para Franco (1992, aput NETO, 2014): O projeto do canteiro é um dos principais instrumentos para o planejamento e organização da logística de canteiro. Ele afeta o tempo de deslocamento dos 20 trabalhadores e o custo de movimentação dos materiais e interfere, portanto, na execução das atividades e também na produtividade global da obra e dos serviços. Apesar disto, existe pouca preocupação por parte das empresas com a elaboração de tal projeto. Neste mesmo sentido, Frankenfeld (1990): O planejamento de um canteiro de obras pode ser definido como o planejamento do layout e da logística das suas instalações provisórias, instalações de segurança e sistema de movimentação e armazenamento de materiais. O planejamento do Layout envolve a definição do arranjo físico de trabalhadores, materiais, equipamentos, áreas de trabalho e de estocagem. Para Nóbrega (2000, apud VALADARES, 2004) o objetivo do dimensionamento do canteiro é “eliminar os pontos críticos de produção, diminuir tempos gastos em deslocamentos e transportes, maximizando a quantidade de mão de obra, equipamentos, materiais e insumos a serem utilizados por unidade de espaço”. De acordo com Moreira (1996), todo o planejamento de arranjo físico sempre deve dar prioridade à facilitação e suavização do movimento do trabalho, seja para o fluxo de pessoas ou materiais. Para tanto, acredita que existem pelo menos três motivos para mostrar o quão são importantes as decisões tomadas sobre o arranjo físico no layout, a saber: mostra que estas afetam a capacidade da instalação e da produtividade das operações, implicam em gasto demasiado de dinheiro quando há alguma mudança em determinada área, além de que algumas mudanças podem interromper de forma indesejável a continuidade da obra. Neste mesmo raciocínio, Valadares (2004): Na escolha pelo arranjo físico deve ser considerada a sua flexibilidade, para que permita eventuais expansões, possibilitando o aumento da produção, ou troca de processos, proveniente da fase em que se encontra o empreendimento ou de modificações de produtos ou procedimentos de mercado, o que acontece sempre cada vez mais rápido. De fato, projetos de canteiro, quando bons, geram melhorias consideráveis no processo de produção. Segundo esse raciocínio: Eles visam, principalmente, promover a realização de operações seguras e manter a boa moral dos trabalhadores, além de minimizar distâncias e tempo para movimentação de pessoal e material, reduzir tempo de movimentação de 21 material, aumentar o tempo produtivo e evitar obstrução da movimentação de material e equipamentos. (FORMOSO et al, 2000 apud NETO, 2014). De acordo com Borba (1998, apud NETO, 2014) os princípios que norteiam a elaboração do layout de um canteiro de obras devem ser os mesmos do layout industrial, que estão dispostos abaixo:  Integração de todos os elementos e fatores: almoxarifados, entradas e saídas para operários distintos, para os clientes, disposição dos equipamentos etc.;  Mínima distância: o transporte nada produz, portanto deve ser minimizado e se possível eliminado;  Obediência do fluxo de operações: evitar cruzamentos, retornos, interferências e congestionamentos;  Racionalização do espaço: aproveitar as quatro dimensões (geométrica e temporal) – subsolo, espaços superiores para transportar, canalizações, depósitos pouco usados;  Satisfação e segurança do empregado: um melhor aspecto das áreas de trabalho promove tanto a elevação da moral do trabalhador quanto a redução de riscos de acidentes;  Flexibilidade: possibilidade de mudança dos equipamentos, quando evoluir ou modificar a linha de produtos – condições atuais e futuras. Em relação à proximidade desejável entre os elementos do canteiro, Souza (2000) diz que se deve listar, conforme a Tabela 1 mostrada abaixo, todos os elementos necessários ao canteiro de obras e o relacionamento entre cada um deles, referente à importância ou não de estarem próximos um do outro. Proximidades relativas desejáveis entre os itens do canteiro Tabela 1- A B C = Importância decrescente quanto a proximidade. Fonte: Souza (2000) 22 4.7 ELEMENTOS DO CANTEIRO DE OBRA Segundo Lins, (2012) “cada parte que compõe um canteiro é denominada ‘elemento’ do canteiro. Alguns podem não ser obrigatórios, dependendo do tipo de obra, outros podem ser acrescentados em situações particulares”. Lins (2012) classifica os elementos da seguinte forma:  Áreas de apoio operacionais, ligados diretamente com a produção do produto final, como é o caso do pátio de armação, a central de formas ou local de produção de massa;  Áreas de apoio à produção, que são os ambientes destinados à armazenagem de materias, como o almoxarifado, por exemplo;  Sistemas de Transportes, que será a definição de como se dará a locomoção de materiais e mão de obra pelo canteiro, incluindo transporte vertical, horizontal e sem decomposição de movimento.  Área de apoio técnico/administrativo, que é aquela destinada ao escritório do engenheiro ou técnico;  Área de vivência, destinada às atividades de alimentação, higiene, descanso, lazer, etc. 4.8 ÁREAS DE VIVÊNCIA E OPERACIONAIS Baseado na definição da NR-18 (2015) as áreas de vivência são destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de higiene, descanso, alimentação, lazer e convivência, devendo ficar em áreas distintas das áreas laborais. Com relação as áreas operacionais, Saurin e Formoso (2006) falam que elas correspondem àquelas que cumprem função de apoio à produção, acomodando os operários durante a maior parte do tempo da jornada de trabalho, diferente das áreas de vivência, que recebem os operários apenas em horários específicos. 23 4.8.1 Refeitórios Em relação aos refeitórios, Saurin e Formoso (2006) sugerem: Considerando a inexistência de norma que estabeleça um critério para dimensionamento de refeitório, sugere-se o uso do parâmetro 0,8 m2 /pessoa. Este valor tem por base a experiência de diferentes empresas, considerando que os refeitórios dimensionados através dele demonstraram possuir área suficiente para abrigar todos os funcionários previstos, não se detectando reclamações. Segundo a NR-18 (2015) a implantação do refeitório exige dois parâmetros básicos. O primeiro, é a proibição de sua locação no subsolo ou porão. O segundo parâmetro é a inexistência de ligação direta entre suas instalações e as instalações sanitárias, ou seja, não possuir abertura direta com essas instalações. O segundo parâmetro, entretanto, não implica necessariamente em afastar o refeitório dos banheiros, pelo contrário, visto que sua proximidade facilita o uso dos lavatórios das instalações sanitárias pelos operários que irão usar o refeitório. Saurin e Formoso (2006) alertam para a necessidade de boa ventilação em um refeitório, visto que recebe muitos operários simultaneamente e conta com aquecedores de alimentos em seu interior. Uns dos métodos de ventilação natural mais usados é a execução de apenas meiaaltura de uma das paredes ou o fechamento lateral por meio de telas de arame ou náilon, o que se torna um problema em regiões de clima muito frio. Entretanto, independente de qual método de fechamento for utilizado, é importante que a instalação permaneça isolada das áreas de produção e circulação. Estão listados abaixo algumas das exigências para a instalação de refeitórios, de acordo com o que estabelece a NR-18: (a) possuir piso de concreto, cimento ou de qualquer outro material lavável; (b) possuir paredes que permitam o isolamento durante as refeições; (c) ter capacidade que garanta o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições; (d) possuir lavatório instalado na sua proximidade ou no seu interior para higiene das mãos por parte dos funcionários; (e) não ter comunicação direta com as instalações sanitárias; (f) ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitando-se o que determina o Código de Obra do Município da obra. 24 É importante lembrar que esta norma regulamentar também dispõe que, independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de cozinha, em todo canteiro de obra deve haver local exclusivo para o aquecimento de refeições, dotado de equipamento adequado e seguro para o aquecimento. É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, para os trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo equivalente, sendo recomendado que não seja usado copos de forma coletivos. 4.8.2 Área de lazer A NB- 1367 de 1992 dispõe que: Nas áreas de vivência devem ser previstos locais de uso exclusivo para recreação, equipados para jogos de salão (dominó, dama, bilhar, pinguepongue, etc.), sala de leitura e, quando houver disponibilidade, quadras esportivas, campo de bocha, malha, etc. Para Saurin e Formoso (2006) existem várias formas de implementação da área de lazer e recomendam: [...] uma consulta prévia aos trabalhadores acerca de suas preferências. Contudo, as características do canteiro podem restringir ou ampliar a gama de opções. Em caso de um canteiro amplo, por exemplo, é possível ter-se um campo de futebol ou mesmo uma situação pouco comum, tal como um espaço para cultivo de uma horta. Para os casos de canteiros restritos, Saurin e Formoso (2006) mostram que uma boa opção é instalar o refeitório como área de lazer, que poderia ser assim caracterizado pela instalação de uma televisão ou de jogos de tabuleiro, por exemplo. Embora a NR-18 (2003) só exija áreas de lazer em casos de canteiros com trabalhadores alojados, a existência dessas áreas pode alcançar resultados satisfatórios, visto que os trabalhadores ficariam mais motivados. 4.8.3 Vestiários Conforme a NR-18, o vestiário deve se localizar na proximidade do alojamento e/ou/ entrada da obra, pois ali será o local onde o trabalhador, ao entrar na obra, pegará os seus equipamentos de proteção individual e partirão para a obra. 25 A NB-1367/1991 “áreas de vivências em canteiros de obras “fala que todo canteiro deve dispor, aos trabalhadores não alojados, instalações de vestiário para troca de roupas e guarda de pertences pessoais. A seguir a norma lista alguns requisitos que devem ser norteadores do planejamento de vestiários:  ser localizado tão próximo quanto possível da entrada da obra e das instalações sanitárias, com seu acesso protegido das intempéries;  não dispor de ligação direta com o refeitório;  serem separados os vestiários dos homens e das mulheres, com identificação nas portas;  ter pé-direito com no mínimo 2,50m;  possuir pisos impermeável e lavável, com caimentos para os ralos;  possuir divisórias internas, revestida de material liso, lavável e impermeável com altura mínima de 1,80m; 4.8.4 Instalações sanitárias A NB-1367/1991 define as instalações sanitárias como sendo “locais destinados ao asseio corporal e/ou atendimento das necessidades fisiológicas de excreções, sendo proibida sua utilização para outros fins”. “Em obras com grande desenvolvimento horizontal podem ser colocados banheiros volantes em locais próximos aos postos de trabalho, com o objetivo de diminuir deslocamentos improdutivos durante o horário de trabalho” (Saurin e Formoso, 2006). A NB-1367/1991 sugere que os banheiros devem ser postos em locais de fácil e seguro acesso, não admitindo que ultrapasse os 150m a distância que separe estas instalações dos postos de trabalho. Além disso, a norma define mais alguns critérios relacionados ao planejamento das instalações sanitárias, tais como: (a) possuir disposição final das águas servidas ligadas a rede de esgoto; (b) deve existir recipiente com tampa para depósito de papéis usados junto ao lavatório e junto ao vaso sanitário; (c) a área individual para utilização do chuveiro deve possuir dimensões mínimas de 1,10m x 0,90m; (d) recomenda que para cada local individual dos chuveiros deve existir um suporte para sabonete e um cabide de madeira para toalha; 26 (e) os lavatórios devem ser equipados com toalhas descartáveis para a secagem das mãos e sabonetes líquidos em dispenser, de forma a guardar a individualidade. 4.8.5 Escritório da obra Para Saurin e Formoso, (2006) O escritório tem a função de proporcionar um espaço de trabalho isolado para que o mestre-de-obras e o engenheiro (somando-se a técnicos e estagiários, eventualmente) desempenhem parte de suas atividades. Além disso, uma função complementar é servir como local de arquivo da documentação técnica da obra que deve estar disponível no canteiro, incluindo projetos, cronograma, licenças da prefeitura, etc. Em relação à localização dessa instalação, Saurin e Formoso (2006) explica que é indicado que fique próxima ao almoxarifado, além de que seja posicionada nas imediações do portão de acesso de pessoas, tornando assim o escritório ponto de passagem obrigatório para as pessoas que entram na obra. Os autores ainda ressaltam a importância do posicionamento dessas instalações de uma maneira que possa proporcionar, ao engenheiro e/ou mestre, uma visão ampla da obra. 4.8.6 Armazenamento Sendo o almoxarifado a principal instalação de vivência, xxxxxx (200xx) explica que: O almoxarifado serve para guardar ferramentas e equipamentos, bem como armazenar materiais que serão usados durante a construção. Como alguns materiais são sensíveis ao tempo, deve-se garantir a estanqueidade do local de armazenagem. Ele deve possuir, também, uma boa iluminação e ter um dimensionamento proporcional ao volume da obra. Saurin e Formoso (2006) explicam que o almoxarifado deve ser posicionado, no canteiro de obras, próximo as seguintes instalações: ponto de descarga de caminhões, elevador de carga e escritório da obra. A proximidade ao local de descarga baseia-se no fato de que o local de armazenagem da maioria dos materiais descarregados é no próprio almoxarifado. Já em relação ao elevador de carga, a proximidade é importante pois é através dele que se dará o transporte 27 vertical, no caso de obras prediais, da maioria dos materiais do almoxarifado. Por último a importância da proximidade com o escritório da obra, para garantir ao almoxarifado uma maior supervisão por parte da equipe técnica e mestre de obras. Szajubok et al (2006) fala que: Um ponto importante a ser considerado em relação ao planejamento na construção civil é a estocagem. Nesse sentido, uma boa gestão de estoques garantirá uma série de benefícios, tais como, diminuição da hora improdutiva, redução dos desperdícios, produção constante e consequentemente, aumento do lucro. “O conceito de armazenagem define-se basicamente no acúmulo de produtos ou insumos para sua utilidade em uma necessidade futura. Um estoque bem dimensionado e gerido contribui em muito para a otimização dos serviços e operações da obra”. (COELHO, 2015). Szajubok et al (2006) explica que: A proteção contra incertezas refere-se à defesa que o gestor deve ter em seu planejamento de estocagem: uma sobra para garantir a continuidade da produção no período entre fornecimento e demanda. Na construção os insumos para execução dos serviços chegam de acordo com a necessidade. No intuito de se contrapor ao fato de limitação de volume por veículo transportador e preços flutuantes, quantidades maiores do que as necessárias no momento são requisitadas. “Deve-se observar que o volume estocado é variável ao longo da execução da obra, de modo que, em relação à fase inicial da obra, pode haver necessidade de ampliar a área disponível nas fases seguintes em duas ou mais vezes”. (SAURIN E FORMOSO, 2006) Bonin et al. (1993 apud SAURIN E FORMOSO, 2006) apresentam as seguintes recomendações para o armazenamento de cimento nos canteiros de obra: (a) deve ser colocado um estrado sob o estoque para evitar a ascensão de umidade do piso; (b) o estrado deve estar localizado em área com piso ou contrapiso nivelado, podendo este ser constituído por uma chapa de compensado com 20 mm de espessura apoiada sobre pontaletes de madeira à 30 cm do solo; (c) as pilhas devem estar a uma distância mínima de 0,30 m das paredes e 0,50 m do teto do depósito para evitar o contato com a umidade e permitir a circulação do ar; (d) no caso de absoluta impossibilidade de dispor-se de locais abrigados, manter os sacos cobertos com lona impermeável e sobre estrado de madeira; 28 (e) evitar o uso de lona plástica de cor preta em regiões ou estações de clima quente; (f) as pilhas devem ter no máximo 10 sacos, seguindo indicação da NBR ISO 11228-3 Ergonomia – Movimentação Manual de 2014. Uma boa prática é pintar nas paredes do depósito ou em paredes / pilares adjacentes uma faixa na altura correspondente a 10 sacos empilhados. No caso de armazenagem inferior a 15 dias, a NBR 12655 (ABNT, 1992) permite pilhas de até 15 sacos; (g) o armazenamento de todo material, principalmente o cimento, deve ser do tipo PEPS (primeiro que entra é o primeiro que sai). Abaixo é mostrado a Figura 1, que trata do armazenamento de cimento na obra: Figura 1- Armazenamento de cimento. Fonte: Medeiros (2011) Em relação à estocagem de agregados miúdos e graúdos, Bonin et al. (1993 apud SAURIN E FORMOSO, 2006) observa os seguintes critérios listados abaixo: (a) devem ser construídas baias com contenções no mínimo em 3 lados, com cerca de 1,20 m de altura; (b) as pilhas de agregados devem ter altura até 1,5 m, a fim de reduzir o gradiente de umidade das mesmas; 29 (c) caso as baias se localizem em local descoberto, sujeito a chuva e / ou queda de materiais, deve ser colocado um telheiro de zinco ou uma lona plástica sobre as mesmas (Figura 2); (d) a largura das baias deve ser no mínimo de 3 m (igual a largura da caçamba do caminhão); (e) caso as baias não se localizem sobre uma laje, deve ser construído um fundo cimentado para evitar a contaminação do estoque pelo solo; (f) deve ser providenciada uma drenagem das baias para minimizar o problema de variação de umidade do agregado. Esta drenagem pode ser feita inclinando-se o fundo cimentado da baia em sentido contrário ao da retirada do material; (g) uma outra opção, caso não se deseje fazer o fundo cimentado, pode ser desprezar os últimos 15 cm das pilhas, sendo estes depositados em solo previamente inclinado. Abaixo a Figura 2 exemplifica como armazenar agregados na obra: Figura 2 - Armazenamento de agregados. Fonte: Medeiros (2011) Saurin e Formoso (2006) definem algumas recomendações a serem seguidas para o caso de armazenamento de blocos e tijolos:  as pilhas devem permanecer estáveis, pra isso o local do estoque deve estar limpo e nivelado;  deve haver uma organização de modo que os blocos e tijolos sejam separados por tipos; 30  é recomendado que esses materiais sejam armazenados o mais próximo possível do local de uso, ou próximo do equipamento de transporte vertical;  é recomendado que o local de armazenagem seja coberto. Quando não, o material deve ser coberto com uma lona, a fim de reduzir as variações dimensionais dos mesmos;  as pilhas devem possuir altura máxima de 1,40 m, considerando as condições de ergonomia NBR ISO 11228-3. Abaixo a Figura 3 mostra a forma de armazenamento de blocos e aço na obra: Figura 3 - Armazenamento de blocos e aço. Fonte: Medeiros (2011) Em relação ao armazenamento de aço, Medeiros (2011) sugere que o local de armazenagem esteja livre de umidade e protegido contra intempéries. O aço pode ser disposto em prateleiras, assim como em cavaletes ou empilhados no piso e organizados de acordo com 31 sua bitola. Isso facilita sua identificação, pois os aços não possuem o diâmetro nominal gravado. É recomendado que o aço não fiquei exposto a céu aberto por um período maior que três meses e que seja disponibilizado um espaço que possua comprimento mínimo de 12 metros. Além do exposto acima, Saurin e Formoso (2006) nos presenteiam com mais dicas de armazenamento:  é recomendado que as barras sejam separadas e estocadas com base no seu diâmetro, com as respectivas identificações do diâmetro;  o aço já dobrado e/ou cortado exige maior atenção quanto a medida de proteção, isso por que eles possuem a película protetora já rompida, que é formada pela reação de oxidação com o ar ambiente, quando o aço sai do trem de laminação que serve de proteção relativa das armaduras contra a corrosão.  nos canteiros com pouco espaço, recomenda-se armazenar o aço em ganchos presos na parede. Os tudo de PVC, de acordo com Medeiros (2011), devem ser estocados em locais fechados, como almoxarifados, que disponibilize uma área de pelo menos 2x6m, organizados baseado nas bitolas, e cobertos, livres da ação do sol conforme mostrado na Figura 4: Figura 4 - Armazenamento de tubos em PVC. Fonte: Medeiros (2011) “Para cada uma das fases do canteiro deve-se observar o cronograma de materiais/componentes e de pessoal, detectando-se o pico de demanda dentro da fase”. (SOUZA, 2000) 32 Em relação ao dimensionamento das áreas destinadas a armazenamento de determinados materiais, a Tabela 2 mostra algumas relações referentes ao material, a quantidade, o modelo de estocagem e a área destinada: Tabela 2 - Áreas necessárias para estocagem materiais. Fonte: Souza (2000) Valadares (2004) explica que melhorias são alcançadas quando há o estudo prévio das instalações destinadas ao estoque, e este deve ser apresentado da seguinte forma:  Os estoques devem ser dispostos de tal forma que tenha uma maior organização quanto a identificação, quantificação e retirada de materiais;  É recomendado que o local de armazenamento seja amplo, capaz de abrigar todo o estoque em um só local, evitando os espaços vazios entre pilhas;  A organização da estocagem deve ser do tipo PEPS (primeiro que entra é o primeiro que sai), conforme mostrado no item de armazenamento de cimento. 33 4.8.7 Central de produção de argamassa e concreto Em relação às centrais de produção de concreto e argamassa, Saurin e Formoso (2006) explicam que: O layout desta área geralmente envolve a definição do local da betoneira e dos estoques de areia, cimento, brita, cal, e argamassa ensacada ou pré-misturada. A principal exigência é que o posto se situe nas proximidades do elevador de carga, tomando-se o cuidado de minimizar os cruzamentos de fluxo. Com o objetivo de racionalizar o sistema tradicional de produção de argamassa/concreto no canteiro, Saurin e Formoso (2006) recomenda as seguintes otimizações:  definição de um sistema dosador de água, como uma descarga atrelada a betoneira, com a finalidade de diminuir o esforço da mão de obra, diminuir o tempo de serviço e garantir uma homogeneidade do traço, evitando que o pedreiro tenha que corrigir o traço no seu posto de trabalho;  utilizar quadros definidores de traços para cada serviço, de acordo com projeto, fixado em local visível no porto de produção;  a definição dos traços deve ser feita baseada no saco de cimento completo, uma vez que minora a perda desse material e aumenta a precisão da dosagem. A dosagem feita desde modo, contudo, exige que a betoneira tenha capacidade mínima de 500 litros. 4.8.8 Central de carpintaria No seu livro, Gehbauer (2002), afirma que: A fabricação ou pré-montagem de fôrmas no canteiro de obras requer a instalação de uma central de carpintaria cuja localização deve ser escolhida de modo a facilitar o fluxo do material. A pilha de tábuas e vigotes, por exemplo, deve estar localizada junto ao acesso da obra, e as serras, assim como a mesa de trabalho, posicionadas de modo que as peças de madeira possam ser retiradas da pilha longitudinalmente e posicionadas para o corte sem mudar de direção. A pré-montagem das fôrmas reduz o tempo necessário para a montagem no local de concretagem; no entanto, deve ser considerada nestes casos, a necessidade de um equipamento adequado para o transporte desses elementos, como por exemplo, a grua. Independentemente da fabricação, ou não, das fôrmas no próprio canteiro, a instalação de uma serra circular é indispensável. 34 4.8.9 Guarita e portaria A existência de uma portaria formal, com um funcionário trabalhando exclusivamente como porteiro, só é justificável em obras de grande porte nas quais há um grande fluxo diário de pessoas e veículos. Nestas obras a portaria geralmente é aproveitada para abrigar o vigia, visto que este trabalhará somente no turno da noite (SAURIN E FORMOSO, 2006). Assim sendo, Saurin e Formoso (2006) falam que existem dois critérios, difíceis de serem cumpridos com simultaneidade, a serem levados em consideração em relação a localização dessa guarita-portaria. O primeiro requisito está relacionado com a função que a portaria tem de controlar a entrada e saída de pessoas e caminhões, exigindo que esta instalação fique próxima do portão de acesso de pessoas e veículos. O segundo requisito está relacionado com a função de vigia, o que exige que a instalação tenha uma visão ampla e global do canteiro de obras, principalmente do almoxarifado e das divisas. 4.9 SISTEMAS DE TRASNPORTE “Quanto ao sistema de transporte da obra, muitas vezes são diversas as opções possíveis para a sua composição, mas deve ser observado, no entanto, que nem todas as soluções encontradas são atraentes em termos de custo benefício proporcionado” (FORTUNATO, 2003). Para Gehbauer (2002): Os transportes verticais e horizontais podem ser considerados como pontos chaves em qualquer canteiro de obras, pois chegam a representar até 80% das atividades de uma construção. Este fato evidencia a necessidade de uma maior racionalização desta atividade, e o planejamento prévio da obra é de fundamental importância para isso. De forma a simplificar o caminho para a definição de um sistema de transportes, Souza (2000) sugere que as possíveis opções encontradas sejam passadas pela análise das seguintes etapas:  No que se refere a tecnologia construtiva adotada, descartar as opções inviáveis;  No que se refere a demanda da obra, verificar sistemas capazes de supri-la. 35 Ainda conforme Souza (2000), no que se refere à segunda etapa, a demanda da obra deve ser analisada no momento de pico de utilização do sistema e compara-la com a capacidade deste. A seguir, a Tabela 3, na qual é utilizada para verificação da capacidade de sistemas: Tabela 3 - Indicadores gerais para avaliação da capacidade de um sistema de transportes para a movimentação vertical de materiais. Fonte: Souza (2000) Para Fortunato (2003), é importante que o responsável pela elaboração possua, com bastante precisão, as datas de locação, o período de utilização e a data de devolução dos equipamentos a serem locados. Deve-se, portanto, baseado em um bem elaborado cronograma físico, utilizar cada equipamento durante a fase da obra que ele é realmente produtivo. Segundo Coelho (2006), o transporte horizontal é aquele realizado por equipamentos que atuam ao longo de um mesmo plano enquanto que o transporte vertical é aquele desenvolvido para transportar os materiais e insumos ao longo dos diversos pavimentos do empreendimento. Na construção, os principais meios de transporte horizontal utilizados são:  Girica: carrinho de mão aperfeiçoado com capacidade para suportar grandes cargas, com o eixo centralizado, minorando o efeito da carga para o trabalhador;  Carrinho hidráulico ou Transpalete: para transporte de cargas paletizadas, tendo em seus garfos a funcionalidade de encaixe nos paletes para transporte dos mesmos; 36  Empilhadeira: maquinário com função de transportar carga e descarga de paletes. Mais utilizados em galpões onde os materiais são armazenados em cima de paletes. No que se refere ao posicionamento do elevador de carga, Souza (2000) cita alguns parâmetros que devem ser levantados em análise:  Distância em relação ao recebimento;  Localização em relação ao estoque;  Locação em relação aos processos intermediários;  Distância em relação aos pontos de entrega;  Segurança quanto a queda de materiais;  Proximidade com a casa de máquinas;  Localizar o segundo elevador próximo ou distante?  Analisar, com o decorrer da obra as mudanças no canteiro e dos materiais a serem transportados. Em relação ao posicionamento da grua, Souza (2000) diz que é preciso fazer algumas considerações geométricas a fim de que se possa verificar possíveis regiões para o posicionamento do equipamento. A região possível, destacada na Figura 5, é determinada a partir da intersecção das áreas que cumprem os requisitos abaixo:  Possuir distância suficiente das edificações vizinhas, a fim de que se evite a aproximação da lança da grua com tais edificações;  Estar localizada o mais próximo possível do local de recebimento dos materiais a serem transportados;  Localizar-se o mais próximo possível do local mais distante do carregamento da grua a ser servido. A Figura 1 mostra algumas considerações geométricas referentes ao posicionamento da grua. 37 Figura 5 - Considerações geométricas quanto ao posicionamento da grua. Fonte: Souza (2000) 4.91 Acesso à obra De acordo com Saurin e Formoso (2006), o portão de acesso de pessoas deve ser exclusivo, ficando separado do acesso de veículos e é recomento seguir os seguintes requisitos para definir a sua localização:  Possua identificação explícita mostrando que ali é o acesso de pessoas;  Possua inscrição com o número do terreno;  Seja munido de dispositivo de tranca para manter o portão permanentemente fechado e possua puxador para facilitar sua abertura;  É recomendado também a colocação de uma caixa de correios acoplada ao portão ou na sua proximidade;  Construção de acesso coberto para entrada de pessoal, servindo como passagem obrigatória para a entrada e saída de pessoas na obra. Em relação ao acesso coberto, Saurin e Formoso (2006) explica que ele deve se estender do portão de acesso até uma área coberta, de tal forma que o trajeto evite o passei pelas áreas de produção e armazenamento, devendo-se privilegiar a passagem pelas áreas de vivências e escritório da obra. Neste trajeto pode ser fixado cartazes com informações do 38 empreendimento e setas indicando os locais da obra e seus devidos equipamentos de segurança. Se tratando do portão de acesso de veículos, Saurin e Formoso (2006) falam que sua localização deve ser estudada em paralelo com a definição do arranjo das instalações destinadas ao armazenamento de materiais, devendo-se propor quantos portões sejam necessários para garantir que seja evitado ao máximo o transporte dos materiais descarregados, devendo-se atentar às condições de restrição da escolha do local do portão, como por exemplo a existência de uma árvore. Em relação a construção do portão de acesso de veículos, Saurin e Formoso (2006) recomendam as seguintes medidadas:  A fim de se facilitar a abertura e o fechamento, além de se ocupar menos espaço, o portão deve ser de correr;  É indicado que o trilho de corrimento do portão seja posicionado na parte superior, uma vez que trilhos inferior não se adaptam a terrenos inclinados;  Para permitir o acesso de qualquer tipo de caminhão, o portão deve ter altura livre de pelo menos 4,50m;  É importante a identificação do portão de veículos, de forma similar ao portão de acesso de pessoas. 4.92 Linhas de fluxo De acordo com Saurin e Formoso (2006): As vias de circulação de pessoas e equipamentos no canteiro devem ser explicitadas no planejamento de layout através de linhas de fluxo. Na obra, devem ser pavimentadas e delimitadas, de preferência por meio de cones, corrimãos metálicos ou corrimãos de madeira. As fitas de segurança não são tão eficientes devido à sua pouca resistência ao vento e à esforços. Antes da locação de qualquer instalação de armazenamento, Saurin e Formoso (2006) indica que deve ser executado um nivelamento ou até mesmo o contrapiso da referida área de forma a facilitar a circulação dos equipamentos de transportes. Em relação a 39 circulação de caminhões, é importante que o solo seja estável, com devida drenagem e tratado com uma camada de brita, caso necessário. 40 5. METODOLOGIA Este capítulo propõe descrever os procedimentos metodológicos que embasam esta pesquisa, que, com base nos objetivos, se caracteriza como exploratória, e baseada nos procedimentos técnicos utilizados, levantamento bibliográfico. Para Cervo et al. (2007), a pesquisa exploratória dispensa a formulação de uma hipótese, restringindo-se em definir os objetivos e buscar informações sobre o assunto de estudo, sendo recomendada quando se tem pouco conhecimento acerca da problemática estudada, enquanto que para Gil (2002) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida baseada em material já elaborado, tendo nos livros e artigos científicos as suas principais fontes. O trabalho constituiu-se em duas etapas, sendo que a primeira foi responsável pelo levantamento bibliográfico referente ao assunto, procurando obter a maior quantidade e qualidade de informações possíveis, para a partir daí organizá-las em tópicos a serem apresentados em seções. A segunda etapa da pesquisa conta com um layout de canteiro de obras (Anexo), em um terreno hipotético de 800,00 m² com área construída de 282,60m. Em relação a construção, será adotado o concreto como método construtivo da estrutura. As paredes serão de alvenaria, as telhas cerâmica e a estrutura do telhado em madeira. Estima-se que o pico máximo de trabalhadores no canteiro é 18 pessoas. O layout foi desenvolvido utilizando o software de desenho AutoCad (Autodesk) e sempre norteado pelos princípios expostos na pesquisa. 41 6. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS No estudo ligado ao sistema produtivo da construção civil, é perceptível que quando busca-se por excelência da qualidade e produtividade, a discussão a respeito do planejamento dos canteiros de obra deve ser feita de forma contínua e intensa, tendo em vista que é ali que o empreendimento ganha vida. O projeto do canteiro visa oferecer melhor condição de trabalho a todas as pessoas envolvidas no processo, de forma a organizar o ambiente de trabalho, proporcionando maior segurança e satisfação aos trabalhadores. O principal desafio na implantação dos canteiros é fazer com que este seja flexível e atenda a obra em suas diversas etapas, sempre satisfazendo as necessidades dos trabalhadores, procurando com que eles foquem todo seu potencial nos serviços diários. Em relação às perdas de materiais, o planejamento visa controlá-las, definindo qual sistema de transporte é apropriado para a obra e dando parâmetros para o dimensionamento e modelo de armazenamento, uma vez que estes são os principais responsáveis pelas perdas nas obras. A forma como se dá o armazenamento na obra, assim como a definição dos espaços necessários, são norteados pelas normas técnicas NR-18 e NB-1367. Nota-se que não existe um projeto de canteiro modelo para todas as obras. Em cada caso deve ser verificado quais as necessidades da obra e feito uma análise criteriosa do projeto de locação da edificação e do cronograma físico detalhado, que serão determinantes para a definição da disposição e dimensionamento de cada uma das instalações do canteiro, procurando sempre diminuir as distâncias. Definida a disposição das diversas instalações, baseado pela premissa de diminuir distâncias, assim como o sistema de transporte, o responsável pelo projeto deve organizar tudo em um layout detalhado do canteiro, mostrando nele a disposição de cada instalação. 42 7. CONCLUSÃO Mediante o exposto, nota-se que as empresas que buscam aumento da qualidade e produtividade e uma maior segurança dos seus trabalhadores precisam entrar em discussão quanto ao estudo e planejamento dos seus canteiros de obras. Não há mais espaço para as tomadas de decisões à medida que os problemas vão acontecendo. Percebemos, entretanto, que as empresas, em especial as de pequeno e médio porte, criam uma certa restrição quanto ao planejamento e execução do canteiro de obras, quase sempre optando pelo “tocador de obra” em detrimento ao “gerente de obra”. Este trabalho, por meio de sua pesquisa bibliográfica, verifica diretrizes a serem seguidas no planejamento do projeto do canteiro, mostrando como se organiza da melhor maneira possível o layout do canteiro, sempre na premissa de atingir o máximo de qualidade, produtividade e segurança para os trabalhadores. Vale destacar que o sucesso de qualquer ideia ou modelo de planejamento só será alcançado com dedicação total do material humano envolvido, procurando sempre satisfazer aos anseios mais amplos da empresa e suprir as necessidades dos trabalhadores envolvidos. Desta maneira, concluímos que as empresas que investem no planejamento do sistema produtivo da construção estão dando um enorme passo na busca contínua por excelência na qualidade e produtividade dos seus empreendimentos. 43 8. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NB 1367: Áreas de vivência em canteiros de obras. Rio de Janeiro, 1991. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. (2014). NBR ISO 11228-3 Ergonomia – Movimentação Manual – Parte 3: Movimentação e cargas leves e alta frequência de repetição. Brasil BONIN, L.C., et al. Manual de referência técnica para estruturas de concreto armado convencionais. Sinduscon/RS: Programa de qualidade e produtividade na construção civil/RS,1993. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 18 – Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção. Redação dada pela Portaria n° 4, 4 de julho de 1995. Manuais de Legislação – Segurança e Medicina do Trabalho, Ed. Atlas, São Paulo, 61ª Ed., v.2. p. 246307, 2007. COELHO, Guilherme Pereira. Estudo de logística aplicada a canteiro de obras. 2015. 89 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015. FORTUNATO, José Américo. Estudo comparativo entre um canteiro de obras horizontal e outro vertical, focando a organização em função do espaço físico disponível. 2003. 80p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, 2003. FRANKENFELD, N. Produtividade. Rio de Janeiro: CNI, 1990. FREITAS, J. P. O. Gerenciamento de obra: implantação do programa de condições e meio ambiente de trabalho. 2014. 41p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação)- UFMT, Barra do Garças, 2014. GEHBAUER, Fritz, et al. Planejamento e gestão de obras: um resultado prático da cooperação técnica Brasil-Alemanha. Curitiba: CEFET-PR, 2002. LINS, Luis André. 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Monografia (Graduação) - UniFOA, Volta Redonda, 2013. SOUZA, U.E.L. Projeto e implantação do canteiro. 1. ed. São Paulo: Tula Melo, 2000. Coleção primeiros passos da qualidade no canteiro de obras. VALADARES, Claudio Francisco C. Metodologia para processos de implantação de canteiros de obra em edifícios residenciais: um estudo de caso na cidade de Campos dos Goytacazes. 2004. 207 p. Dissertação (Pós-Graduação/Mestrado) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2004.