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Monografia - Iluminação Residencial

ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM ILUMINAÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISE DA QUALIDADE E EFICIÊNCIA NO USO DA ENERGIA ELÉTRICA ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM ILUMINAÇÃO MARCUS DE ANICÉSIO SOUZA ORIENTADOR: DR. MÁRIO KIYOSHI KAWAPHARA Cuiabá – MT Março/2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISE DA QUALIDADE E EFICIÊNCIA NO USO DA ENERGIA ELÉTRICA ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM ILUMINAÇÃO MARCUS DE ANICÉSIO SOUZA MONOGRAFIA SUBMETIDA À UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE ESPECIALISTA EM ANÁLISE DA QUALIDADE E EFICIÊNCIA NO USO DA ENERGIA ELÉTRICA. ORIENTADOR: DR. MÁRIO KIYOSHI KAWAPHARA Cuiabá – MT Março/2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISE DA QUALIDADE E EFICIÊNCIA NO USO DA ENERGIA ELÉTRICA CERTIFICAÇÃO DE APROVAÇÃO Título: ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM ILUMINAÇÃO Autor: MARCUS DE ANICÉSIO SOUZA Orientador: DR. MÁRIO KIYOSHI KAWAPHARA Aprovada em 06 de Abril de 2010 _____________________________________________ Coordenador do Curso: Prof. Dr. Roberto Apolônio Comissão Examinadora ____________________________________________ Orientador: Prof. Dr Mário Kiyoshi Kawaphara ____________________________________________ Membro da Banca Examinadora: Prof. Dr. Roberto Apolônio ____________________________________________ Membro da Banca Examinadora: Prof. Dr. José Antônio Lambert DEDICATÓRIA A Deus pela oportunidade de obter conhecimento que vem Dele. Ao meu filho Davi (presente de Deus para minha família) que está a caminho. AGRADECIMENTOS • Agradeço a Deus porque Ele é a razão de todas as coisas existirem e Ele é quem me capacita para realizar qualquer coisa nesse mundo. • Ao professor Dr. Mário Kiyoshi Kawaphara pela orientação, incentivo e apoio não só para mim mas para todos que necessitarem de seus conhecimentos serão atendidos pela grande pessoa que é. • A todos os professores da Universidade Federal de Mato Grosso do curso de Especialização em Análise da Qualidade e Eficiência no Uso da Energia Elétrica, onde transmitiram seus conhecimentos. • A minha esposa Laura Regina, pelo companheirismo e amor doados a mim incondicionalmente. • Aos meus pais Paulo Pereira e Maria Souza pelas orações e sustento durante meus estudos. SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS .................................................................................................. i LISTA DE TABELAS ................................................................................................ ii LISTA DE SÍMBOLOS............................................................................................. iii RESUMO .................................................................................................................... iv ABSTRACT................................................................................................................. v 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 11 1.1. PROBLEMÁTICA.......................................................................................... 11 1.2. JUSTIFICATIVA............................................................................................ 12 1.3. OBJETIVOS.................................................................................................... 15 1.3.1. Objetivo Geral ............................................................................................... 15 1.3.2. Objetivos Específicos .................................................................................... 15 2. ILUMINAÇÃO RESIDENCIAL ................................................................. 17 2.1. ANÁLISE DO USO DA ILUMINAÇÃO NO SETOR RESIDENCIAL BRASILEIRO ................................................................................................. 17 2.2. EXEMPLO DE SOLUÇÕES FORNECIDAS PELOS FABRICANTES ...... 27 2.3. PORQUE SUBSTITUIR LÂMPADAS INCANDESCENTES?.................... 28 2.4. TÉCNICAS PARA EFICIENTIZAÇÃO........................................................ 29 2.4.1. Iluminação Natural ....................................................................................... 31 2.4.2. Controle de Acendimento ............................................................................. 35 2.4.3. Eficiência dos Equipamentos ....................................................................... 38 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 46 4. SUGESTÕES PARA PESQUISA................................................................ 48 4.1. AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL COMO FERRAMENTA PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. .................................................................... 48 4.2. INFLUÊNCIA DA AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL NA ECONOMIA DE ENERGIA ELÉTRICA. ............................................................................... 48 5. REFERÊNCIAS CONSULTADAS ............................................................. 49 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Visão Noturna da Terra .............................................................. 2 Figura 2. Visão Noturna do Brasil.............................................................. 2 Figura 3. Distribuição do consumo final de energia elétrica por setor no Brasil............................................................................................... 3 Figura 4. Estrutura de Consumo de Energia Elétrica por Uso Final no Setor Residencial (%)............................................................................... 3 Figura 5. Consumo Total Energia por setor no Brasil (GWh)....................... 4 Figura 6. Evolução do consumo de Energia final setorial (1970 a 2004)...... 8 Figura 7. Potencial de Economia de Energia Residencial............................... 16 Figura 8. Potencial de Economia X Percentual de Economia (% a.a.).......... 17 Figura 9. Consumo de Energia Elétrica Utilizada para Iluminação no Setor Residencial Brasileiro..................................................................... 17 Figura 10. Participação da Lâmpadas no Setor Residencial Brasileiro.......... 18 Figura 11. Distribuição de Lâmpadas Fluorescentes e Incandescentes por Cômodo do Domicílio.................................................................. 18 Figura 12. Lâmpada LED Modelo Pharox60................................................. 19 Figura 13. Dados Técnicos Lâmpada LED Pharox60.................................... 19 Figura 14. Exemplo de Aplicação da Iluminação Natural Utilizando Dutos de Iluminação............................................................................... 24 Figura 15. Exemplo de Aplicação da Iluminação Natural sem dutos de Iluminação.................................................................................... 24 Figura 16. Exemplo de Atuação de Lente Prismática.................................... 25 Figura 17. Sistema ActiLume Philips............................................................. 28 Figura 18. Sistema DALI ADVANCED Osram............................................ 29 Figura 19. Sistema de Controle de Iluminação Lutron................................... 30 Figura 20. Lâmpadas Incandescentes x Lâmpadas Fluorescentes no Setor Residencial................................................................................... 31 Figura 21. Número de Lâmpadas Incandescentes por Domicílio................... 32 Figura 22. Economia Mensal x Quantidade de Lâmpadas Incandescentes (4 horas uso/dia).......................................................................... 32 Figura 23. Eficiência Luminosa Máxima (lm/W) de Lâmpadas.................... 33 Figura 24. Rendimento ƞ (%) de Lâmpadas................................................... 35 Figura 25. Rendimento (%) X Potência das Lâmpadas (W).......................... 36 Figura 26. Ciclo do Sistema Incandescente.................................................... 36 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Uso da Iluminação no Brasil....................................................... 7 Tabela 2. Energia Final do Balanço Energético Nacional.......................... 9 Tabela 3. Coeficientes de Destinação Energia Final.................................. 12 Tabela 4. Distribuição da Energia Final x 1000tEP................................... 12 Tabela 5. Coeficientes de Eficiência Energética........................................ 13 Tabela 6. Distribuição de Energia Útil....................................................... 13 Tabela 7. Rendimento de lâmpadas............................................................. 14 Tabela 8. Rendimentos de Referência para iluminação.............................. 14 Tabela 9. Potencial de Economia de Energia (tEP).................................... 15 Tabela 10. Dados do Consumo de Energia Elétrica no Brasil em 2009..... 16 Tabela 11. Redução na performance dos materiais em relação a transmissão de luz com o passar do tempo................................. 27 Tabela 12. Eficiência Luminosa (lm/W) X Rendimento (ƞ) de Lâmpadas (Valores máximos)..................................................................... 34 Tabela 13. Economia de Energia Elétrica Mensal com a Substituição da Lâmpada Incandescente pela Fluorescente Compacta............... 37 Tabela 14. Perda máxima para reatores das lâmpadas vapor de sódio........ 37 RESUMO SOUZA,M.A.. Estratégias para redução e conservação de energia elétrica em iluminação. Cuiabá – MT, 2010. Monografia de especialização, Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Universidade Federal de Mato Grosso. A iluminação artificial atualmente é responsável por 17% do consumo de energia elétrica no Brasil. Vários estudos desenvolvidos mostram que a iluminação ineficiente é comum no Brasil. Uma combinação de lâmpadas, reatores e refletores eficientes, associados a hábitos saudáveis na sua utilização e a automação de alguns sistemas luminosos, podem ser aplicados para reduzir o consumo de energia elétrica. O potencial de conservação de energia do setor residencial é expressivo. A economia pode chegar a 30% para edificações já existentes, se estas passarem por uma intervenção tipo retrofit (reforma e/ou atualização). Nas novas edificações, ao se utilizar tecnologias energeticamente eficientes desde a concepção inicial do projeto, a economia pode superar 50% do consumo, comparada com uma edificação concebida sem uso dessas tecnologias. A possibilidade de aproveitar este potencial balizou a reavaliação dos principais focos de atuação do PROCEL, o que resultou na criação do subprograma, Procel Edifica, especialmente voltado à Eficiência Energética das Edificações – EEE, aliada ao Conforto Ambiental – CA. Palavras-chave: Iluminação natural, Eficiência energética, Iluminação residencial. ABSTRACT SOUZA, M.A.. Strategies for the reduction and conservation of electrical energy in lighting. Cuiabá - MT, 2010. Monograph, School of Architecture, Engineering and Technology, Federal University of Mato Grosso. Artificial lighting at present is responsible for 17% of the consumption of electrical energy in Brazil and several studies have shown that inefficient lighting is common. A combination of efficient lamps, reactors, and reflectors, associated to healthy habits in their use and the automation of some illumination systems can be applied to reduce the consumption of electrical energy. The potential of conservation of energy in the residential sector is expressive. Economy can reach 30% in already existing buildings if they go through a retrofit intervention (reform and/or updating). In new buildings, by using energetically efficient technologies from the initial concept of the project, the economy can overcome 50% of consumption compared to a building planned without the use of these technologies. The possibility of benefiting by this potential, delimited the re-evaluation of the main focus of action of PROCEL, resulting in the creation of the subprogram Procel Edifica, specifically directed to Energetic Efficiency in Edifications – EEE, allied to Environmental Confort – EC Key words: Natural lighting, energetic efficiency, residential lighting. 1. INTRODUÇÃO 1.1.PROBLEMÁTICA O consumo de energia elétrica no Brasil nas edificações residenciais, comerciais, de serviços e públicas, é bastante significativo. A tendência de crescimento estimada é ainda maior, devido à estabilidade da economia, aliada a uma política de melhor distribuição de renda. Isto permite o acesso da população aos confortos proporcionados pelas novas tecnologias. Soma-se a isto, a elevada taxa de urbanização e a expansão do setor de serviços. Calcula-se que quase 50% da energia elétrica produzida no país sejam consumidas não só na operação e manutenção das edificações, como também nos sistemas artificiais, que proporcionam conforto ambiental para seus usuários, como iluminação, climatização e aquecimento de água [1]. Somado a tendência de aumento do consumo residencial está o fato de que aproximadamente 50% das lâmpadas instaladas no Brasil são incandescentes, ou seja, o perfil da carga utilizada para iluminação no Brasil ainda é bastante ineficiente, com um rendimento que pode chegar à ordem de 2,2%. Para agravar mais ainda o quadro atual, temos que 51% de todas as lâmpadas importadas para o Brasil no ano de 2006 foram do tipo incandescente, que correspondeu a mais de 173 milhões de lâmpadas trazidas para o Brasil nesse período citado, conforme relatório da Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi), divulgado em setembro de 2007. Utilizou-se do exemplo das lâmpadas incandescentes para demonstração que apesar de todos os esforços que estão sendo feitos pelo governo brasileiro no sentido de buscar meios para se melhorar a eficiência no uso da energia elétrica, ainda existe muito trabalho a ser feito pois 51% de toda as lâmpadas importadas pelo Brasil são do tipo incandescentes, neste contexto o assunto da iluminação artificial deve ser estudado, principalmente, porque o setor residencial é o que mais se utiliza desse tipo de lâmpada e que portanto, é o setor que mais sofre com o uso de sistemas de iluminação artificial pouco eficientes. De acordo com o estudo da Abilumi, a média no Brasil é de quatro lâmpadas incandescentes/domicílio, sendo que, a região CentroOeste está um pouco acima da média nacional, com aproximadamente 4,5 lâmpadas incandescentes/domicílio. A Eletrobrás e o Inmetro lançaram, no dia 2 de julho de 2009, a primeira Etiqueta de Eficiência Energética em Edificações para edifícios comerciais, de serviços e públicos. As edificações desses setores são responsáveis por aproximadamente 23% do consumo de energia elétrica no Brasil [2]. Como pode ser observado na Figura 1 e 2, uma visão noturna da Terra e do Brasil, apesar de toda luz produzida artificialmente, estima-se que as incandescentes tem uma participação de apenas 20% em relação ao total mundial de luz produzida por todas as lâmpadas. Figura 1 - Visão Noturna da Terra - Foto de Satélite Figura 2 - Visão Noturna do Brasil – Foto de satélite 1.2. JUSTIFICATIVA A iluminação artificial é responsável por 17% do consumo final de energia elétrica no Brasil, sendo que o setor residencial é responsável por aproximadamente 26% do consumo nacional de energia elétrica, conforme Figura 3, isso representa mais de 100.000GWh/a, conforme Figura 5. Em uma residência 24% do consumo total é destinado à iluminação com um potencial de economia de energia elétrica de quase 50% conforme dados do Ministério de Minas e Energia (MME), 2005,conforme Figura 4. Comercial 16,9% Outros 14,5% Residencial 25,9% Industrial 42,7% Figura 3 - Distribuição do consumo final de energia elétrica por setor no Brasil - Fonte: EPE 2009 Calor de Processo 26% Força Motriz 3% Aquecimento Direto 8% Outros Usos 7% Refrigeração 32% Iluminação 24% Figura 4 -Estrutura de Consumo de Energia Elétrica por Uso Final no Setor Residencial (%) 2005 – Fonte: MME / Balanço de energia útil (BEU) 2005. Comercial 65.567 Industrial 165.632 Outros 56.368 Residencial 100.638 Figura 5 - Consumo Total Energia por setor no Brasil (GWh/a) - Fonte EPE 2009 Obviamente conclui-se que, se o setor residencial é o que mais se utiliza de sistemas de iluminação ineficientes, esse setor é o que tem o maior potencial para se realizar estudos de eficiência energética na área de iluminação com resultados muito promissores. No Brasil, as barreiras que impedem o acesso das pessoas a tecnologia estão caindo cada vez mais, isso traz um resultado enorme para o uso de soluções energeticamente mais eficientes e automatizadas nos processos residenciais. O fato do ser humano estar em um processo constante de adquirir conhecimento e otimizar o seu trabalho, faz com que de alguma forma haja a possibilidade de existir algum tipo (por mais simples que seja) de automação no sistema de iluminação em sua casa, por exemplo, um simples sensor de presença, um controle manual ou automático da quantidade de luz de um determinado ambiente, um sistema de utilização da luz natural, entre outros. Não existem barreiras para o uso de sistemas mais eficientes e sistemas de automação residencial, essa solução pode ser utilizada, e o é, em qualquer local ou em qualquer circunstância. O que torna essa aplicação possível ou não é a viabilidade técnica, econômica ou de segurança de cada processo. Desde a instalação mais simples até a mais moderna, sempre existe algum processo que possa ser melhorado para proporcionar ao usuário um melhor aproveitamento da energia utilizada para iluminação e um conforto ou uma praticidade em suas atividades dentro da sua residência. A Diretoria Colegiada da ANEEL aprovou, no dia 25 de agosto de 2009, as regras para utilização da rede elétrica para transmissão de dados, voz e imagem e acesso à Internet em alta velocidade por meio da tecnologia Power Line Communications (PLC). A Resolução Normativa nº 375/2009 que estabelece as condições de compartilhamento da infra-estrutura das distribuidoras vai permitir significativos avanços ao país, com importante estímulo à inclusão digital, pois 95% da população brasileira têm acesso à eletricidade por meio de 63 concessionárias e 24 cooperativas, que levam energia a 63,9 milhões de unidades consumidoras no País [3]. Segundo o estudo feito pelo professor Moisés Vidal Ribeiro, da Universidade Federal de Juiz de Fora, a tecnologia Power Line Communications (PLC) já permite a automação residencial, a ligação da internet aos serviços de segurança, vídeo conferências e acesso a TV de alta definição [4]. Cerca de 700 lares brasileiros, já tem recursos high-tech, e de acordo com um relatório do ABI Research, até 2011 as vendas superarão 2,8 milhões de sistemas e com a padronização dos sistemas de automação e a introdução do tipo "do-ityourself", com serviços inovadores ligados ao mercado residencial [5]. A ABI Research é uma empresa de informações dedicada somente a novas tendências em conectividade e tecnologia. É nesse contexto de crescimento do consumo de energia elétrica do setor residencial, no entendimento de que atualmente os sistemas de iluminação residenciais ainda são bastante ineficientes energeticamente falando - mas com uma participação bastante considerável no cenário do consumo nacional - e na democratização do acesso das pessoas as tecnologias, é que esse estudo torna-se interessante pelo fato de se ter a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a iluminação residencial olhando do ponto de vista da eficiência energética. 1.3. OBJETIVOS 1.3.1. Objetivo Geral Este trabalho tem por objetivo geral o estudo de sistemas de iluminação residencial com o foco em eficiência no uso da energia elétrica destinada a suprir os diversos tipos de cargas utilizadas para se iluminar ambientes residenciais. 1.3.2. Objetivos Específicos Para se alcançar o principal objetivo de estudar as técnicas e materiais/equipamentos que possam nos proporcionar usos mais eficientes dos sistemas de iluminação residenciais, teve-se que realizar um levantamento bibliográfico e consultas sobre o assunto, buscou-se através de alguns fabricantes, algumas soluções existentes atualmente no mercado para esse tipo de assunto e estudou-se o que está sendo feito no país pelas áreas específicas do governo analisando seus relatórios: a) Demonstrar algumas soluções existentes para obtenção de sistemas de iluminação mais eficientes. É baseado no contexto de acessibilidade às informações e principalmente acesso a tecnologia existente que esse estudo vem para demonstrar que é possível através de práticas simples, adotar soluções que além da atender as necessidades das pessoas possam proporcionar a utilização racional de energia elétrica e o uso de sistemas e/ou equipamentos mais eficientes para a sistemas de iluminação; b) Demonstrar o Potencial de Economia de um sistema de iluminação. Esse potencial pode ser alcançado caso sejam trabalhados alguns pontos em uma residência, com o objetivo de além de proporcionar aos usuários conforto e praticidade, um melhor aproveitamento das fontes energéticas, reduzindo desperdícios e gastos desnecessários, utilizando-se de algumas soluções da automação residencial como uma ferramenta para uma eficiência energética; c) Apresentar alguns dados estatísticos do consumo de energia elétrica em sistemas de iluminação no setor residencial brasileiro. 2. ILUMINAÇÃO RESIDENCIAL 2.1. ANÁLISE DO USO DA ILUMINAÇÃO NO SETOR RESIDENCIAL BRASILEIRO Conforme apresentado na Tabela 1 e na Figura 4, estima-se que a iluminação responda por quase 25% do consumo de eletricidade no setor residencial, o que correspondeu a cerca de 25.000 GWh no ano de 2009. Expresso de outro modo, o consumo médio de um domicílio com iluminação situa-se próximo a 160 kWh/domicílio/ano. Tabela 2 - Uso da Iluminação no Brasil Energia Total (GWh/a) Setores Coeficiente . de Destinação Distrib. da Coefic. Energia de Final Energia Coefic. de Eficiência de Referência Distrib. de Energia Útil (GWh/a) Potencial de Economia de Energia (GWh/a) (GWh/a) Elétrica Setor Energético 12.818,0 0,068 871,6 0,245 0,290 213,5 135,3 Setor Residencial Setor Comercial 78.577,0 50.082,0 0,240 0,418 18.858,5 20.949,8 0,090 0,240 0,172 0,280 1.697,3 5.028,0 8.990,7 2.992,8 Setor Público 30.092,0 0,497 14.961,7 0,250 0,300 3.740,4 2.493,6 Setor Agropecuário 14.895,0 0,037 551,1 0,090 0,172 49,6 262,7 Setor Transportes 1.039,0 0,000 0,0 - - 0,0 0,0 Setor Industrial 172.061, 0,021 3.594,4 0,243 0,286 873,6 540,6 359.564, 0,166 59.787,1 0,194 0,261 11.602,4 15.415,7 Total Fonte: MME (2005) Dentre outros, existem três aspectos que se bem trabalhados podem garantir uma maior eficiência energética em iluminação em edificações residenciais, os três aspectos são: 1) Iluminação natural: O Brasil possui uma das abóbadas celestes mais claras do mundo, com baixa nebulosidade em muitos pontos de seu território. Aproveitar bem a iluminação natural é um princípio que deve nortear cada processo de eficientização de iluminação. 2) Controle do acendimento: Na grande maioria das instalações elétricas residenciais, o comando das lâmpadas é feito pelo interruptor – é comum, assim, haver um pequeno ponto de uso estar interligado com uma imensa área ou uma imensa área iluminada sem a presença de nenhum usuário . Hoje existem vários dispositivos – sensores de presença, timers, dimers, etc. – que podem promover um uso racional da iluminação artificial nos diversos tipos de ambientes. 3) Uso de lâmpadas, reatores e luminárias eficientes: este é o processo mais conhecido e empregado na eficientização, que consiste na troca por equipamentos (retrofit) que proporcionarão o mesmo ou maior índice luminotécnico, com menor gasto de energia elétrica [6]. O consumo de energia elétrica no setor residencial vem aumentado a cada década, conforme Figura 6 - apesar de que no ano de 2009, o Brasil teve uma redução de 1,1% no consumo de energia elétrica em relação a 2008 - diante desse aumento da carga, medidas precisam ser tomadas para obtenção de um melhor aproveitamento da energia elétrica dentro de uma residência. Na Figura 6 demonstra-se a evolução do consumo de energia final desde 1970 até 2004 nos três maiores setores de consumo do País (industrial, residencial e comercial). 180 Residencial 160 140 Comercial GWh/a 120 100 Outros 80 60 Industrial 40 20 0 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2001 (Racion.) 2005 2008 2009 Anos Figura 6 - Evolução do consumo de Energia final setorial (1970 a 2009) – Fonte: EPE Com base em estimativas sobre o rendimento médio dos equipamentos atualmente existentes nos domicílios, a participação de cada uso no consumo residencial de eletricidade e em um limite superior para a eficiência (coeficientes de referência), o Balanço de Energia Útil (BEU) estabeleceu os potenciais de economia para cada uso final no ano de 2005. O primeiro passo para a estimativa do potencial de economia para o uso final iluminação foi o levantamento dos dados da distribuição da energia final por setor de atividade, neste caso, o setor residencial. Os dados foram levantados no Balanço de Energia Útil (BEU) 2005 e estão descritos na Tabela 2. A Energia Final é composta pela soma de duas parcelas: a Energia Útil e a Energia Perdida. Esta, por sua vez é composta pela soma do Potencial de Economia de Energia (que é estimado pelo Modelo de Avaliação do Potencial de Economia de Energia - MAPEE) com a Energia não Recuperável (apurada por diferença) [7]. Tabela 3 - Energia Final do Balanço Energético Nacional (1000 tEP) CONTA PETRÓLEO GÁS NATURAL CARVÃO VAPOR CARVÃO METALÚRGICO URÂNIO U3O8 ENERGIA HIDRÁULICA LENHA PROD. DA CANA OUTRAS FONTES PRIM. ENERGIA PRIMÁRIA TOTAL ÓLEO DIESEL ÓLEO COMBUST GASOLINA GLP NAFTA QUERO-SENE GÁS DE CIDADE E COQUERIA COQUE DE CARVÃO MINERAL URÂNIO CONTIDO NO UO2 ELETRICIDADE CARVÃO VEGETAL ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO E HIDRAT. OUTRAS SECUNDÁRIAS DE PETRÓLEO PROD. NÃO ENERG. DE PETRÓLEO ALCA – TRÃO ENERGIA SECUNDÁRIA TOTAL RESIDENCIAL 181,28 8.073,64 8.254,92 5.828,33 13,15 6.757,62 503,23 13.102,34 Fonte: BEU 2005 O próximo passo é encontrar os Coeficientes de Destinação, que é um coeficiente que estipula a parcela destinada para cada tipo de uso final de energia elétrica no Brasil. Para chegar aos resultados finais dos Coeficientes de Destinação foi desenvolvida uma metodologia. Na primeira edição do BEU, realizada em 1984, o elemento básico para a determinação dos Coeficientes de Destinação foi a Pesquisa Sobre Combustíveis que, no período de 1966 a 1984, era realizada pelo Conselho Nacional do Petróleo (CNP). Essa pesquisa se baseava em declarações dos grandes consumidores de energia e abrangia todas as formas de Energia Final disponíveis. As declarações eram baseadas em um formulário muito completo e bem estruturado e, como o CNP exercia o controle sobre a concessão de quotas de fornecimento de derivados de petróleo, as empresas tinham o máximo interesse em responder esse questionário da melhor forma possível. O principal foco dessa pesquisa era o setor industrial, mas os grandes consumidores dos setores energético, comercial, agropecuário e público, embora não muito numerosos, eram também representados. Naturalmente, essa pesquisa precisava ser complementada por outros estudos enfocando os setores residencial, comercial e de serviços. Naquela época, diversas concessionárias de energia elétrica dispunham de importantes estudos sobre esse tema e, assim, conseguiu-se compor um acervo de informações bastante confiável sobre os Coeficientes de Destinação. Em 1994, quando foi realizada a segunda edição do Balanço de Energia Útil (BEU), a pesquisa sobre combustíveis já tinha sido descontinuada. Para reavaliar os Coeficientes de Destinação recorreu-se aos resultados de um trabalho realizado pela (Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia) FDTE durante os anos de 89, 90 e 91. Tratava-se do programa de Diagnósticos Energéticos, patrocinado pelo PROCEL, que no Estado de São Paulo foi conduzido pela CESP, CPFL e Eletropaulo. Ao longo desse período, foram analisados os consumos energéticos de cerca de 1.200 empresas de médio e pequeno porte dos setores públicos, comercial e industrial, localizadas nas áreas de concessão dessas empresas. O roteiro elaborado para a realização do diagnóstico energético permite uma boa caracterização do consumidor, dos energéticos utilizados e dos usos finais desses energéticos por tipo de equipamento: caldeiras, fornos, aquecedores de água e de fluido térmico, secadores e outros. Para analisar a destinação da energia final tanto em setores em que predominam os grandes consumidores, como no setor residencial e comercial, recorreu-se a outras fontes de informação. Desta forma, conseguiu-se manter e até aprimorar confiabilidade da metodologia para a determinação dos Coeficientes de Destinação. Para a realização da versão 2005 do BEU, houve a necessidade de se adaptar à disponibilidade de informações sobre os usos da energia final. Relacionados a seguir estão, inicialmente, os projetos e estudos, em que a Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE) teve participação e que resultaram em informações de interesse para a determinação dos Coeficientes de Destinação [7]: • Em 2001 / 2002, o projeto Uso Racional da Energia Elétrica em Pequenas e Médias Empresas do Estado de São Paulo, realizado pelo Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE/USP) com o patrocínio do SEBRAE/SP. Esse projeto resultou na elaboração de guias para o uso racional de energia elétrica na indústria de panificação, calçados, vestuário e de plásticos e nos segmentos de supermercados e bares, restaurantes e similares. A metodologia adotada envolvia a medição do consumo de energia da empresa e de seus principais equipamentos. Embora o foco principal fosse o consumo de energia elétrica, os outros insumos usados foram considerados com um grau de profundidade adequado. • Em 2003 a FDTE participou do Programa SEBRAE de Eficiência Energética, também com o apoio do SEBRAE/SP. Uma das atividades desse projeto envolvia a realização de cerca de 30.000 diagnósticos energéticos em micro e pequenas empresas. O objetivo do diagnóstico era de mapear o consumo de energia, identificar os principais equipamentos consumidores (usos finais) e, a partir daí avaliar possíveis medidas de racionalização. Como a grande maioria dessas empresas visitadas pertencia aos setores de comércio e serviços esse levantamento contribuiu muito para a determinação dos Coeficientes de Destinação nesses setores. • Dentro do escopo do estudo visando a atualização do BEU realizou-se, com o apoio da Coordenação de Informações Energéticas da Secretaria de Planejamento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), uma pesquisa entre as empresas declarantes do Balanço Energético Nacional (BEN) com o objetivo específico de determinar os Coeficientes de Destinação. Essa pesquisa produziu resultados muito bons nos setores de Cimento, Ferro Gusa e Aço, Ferro Ligas, Química, Açúcar e Álcool e Papel e Celulose. Para a complementação das informações, recorreu-se a uma pesquisa na Internet que resultou na identificação de bibliografia pertinente e de sites com um conteúdo de informação de interesse [7]. Por fim, chegou-se aos Coeficientes de Destinação de Energia Final separados por cada setor de consumo, no nosso caso, iluminação residencial, os dados foram compilados na Tabela 3. Tabela 4 - Coeficientes de Destinação Energia Final – Setor Residencial ELETRICIDADE Força Eletromotriz Calor de Processo Aquecimento Direto Refrigeração Iluminação Eletroquímica Outras Total Fonte: BEU 2005 0,03 0,26 0,08 0,32 0,24 0,00 0,07 1,00 Uma vez encontrados os Coeficientes destinados a iluminação, multiplicou-se os mesmos pelos respectivos consumos de energia final do balanço energético resultando em uma Tabela de consumo de energia final por uso final, na Tabela 4 são apontados os totais por uso final e por forma de energia. Tabela 5 - Distribuição da Energia Final x 1000tEP – Setor Residencial Forma de Energia Força Eletromotriz Calor de Processo Aquecimento Direto Refrigeração Iluminação Eletroquímica Outras Total 202,7 1.757,0 540,6 2.162,4 1.621,8 0,0 473,0 6.757,6 Fonte: BEU 2005 Agora, encontrado o valor de energia final destinada à iluminação no Brasil, multiplicou-se esse valor pelo Coeficiente de Eficiência Energética adotado pela Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), apresentado na Tabela 5. O resultado desta operação fornece a Distribuição da Energia Útil, ou seja, a energia efetivamente utilizada em cada uso final menos as perdas. Esta pode ser estimada por meio da multiplicação da energia consumida no uso final pelo rendimento da conversão, conforme Tabela 6, [7]. Tabela 6 - Coeficientes de Eficiência Energética – Setor Residencial Forma de Energia Força Eletromotriz Calor de Processo Aquecimento Direto Refrigeração Iluminação Eletroquímica Outras 0,75 1,00 0,70 0,60 0,09 1,00 Fonte: BEU 2005 Tabela 7 - Distribuição de Energia Útil – Setor Residencial FORMA DE ENERGIA Força Eletromotriz 152,05 Calor de Processo 1756,98 Aquecimento Direto 378,43 Refrigeração 1297,46 Iluminação Eletroquímica Outras 145,96 473,03 4.203,92 2.553,71 Total 1000 teP Fonte: BEU 2005 Finalmente, pode-se calcular o Potencial de Economia de Energia no sistema de iluminação. O Potencial de Economia de Energia ( Pee ) é então, a diferença entre a Energia Final ( E f ) e a Energia Final teórica ( E ft ) que será consumida se o equipamento apresentar um Rendimento de Referência ( Rr ). Esses Rendimentos de Referência representam o estado da arte da conversão de energia para cada processo estudado. Temos então: Pee = E f − E ft 1− R   Pee = E f ×   Rr  A determinação dos Rendimentos Energéticos de Referência foi feita com base nos levantamentos dos rendimentos das lâmpadas, que normalmente são expressos em lm/W. A correspondência entre eles está apresentada na Tabela 7. Foram adotados como Rendimentos de Referência os valores mais altos das respectivas faixas. Foi estimada, para cada setor, uma mescla entre os diferentes tipos de lâmpadas mais usadas nesses setores [7]. Tabela 8 - Rendimento de lâmpadas Eficiência Luminosa (lm/W) Rendimento Energético (%) 10 a 15 4,0 45 a 72; média: 56 13,8 a 22,0 ; média 17,2 Fluorescente Tubular 75 a 100 21,0 a 28,8 Mista 20 a 35 6,2 a 9,2 Vapor de Mercúrio 45 a 55 10,8 a 13,90 Vapor de Mercúrio Alta Pressão 74 a 86 19,7 a 23,4 Vapor de Sódio 80 a 140 37,0 Tipos de Lâmpada Incandescente Fluorescentes Compactas Fonte: Processamento Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE) Tabela 9 - Rendimentos de Referência para iluminação – Setor Residencial FORMA DE ENERGIA Força Eletromotriz 0,83 Calor de Processo 1,00 Aquecimento Direto 0,80 Refrigeração 0,70 Iluminação 0,172 Eletroquímica Outras 1,00 Fonte: BEU 2005 Na Tabela 9 foi calculado o valor do Potencial de Economia de Energia para o sistema de iluminação. Tabela 10 - Potencial de economia de Energia (tEP) - Setor Residencial FORMA DE ENERGIA Força Eletromotriz 19,54 Calor de Processo Aquecimento Direto 67,58 Refrigeração 308,92 Iluminação 773,2 Eletroquimica Outras 1.169,23 Total Fonte: BEU 2005 A iluminação é o uso que apresenta o maior potencial de economia, aproximadamente 48%, conforme Figura 7. De fato, a maior parte das lâmpadas presentes nos domicílios é do tipo incandescente, aproximadamente 50%, conforme Figura 10, que apresenta uma eficiência luminosa muito baixa. Em contrapartida, o Balanço de Energia Útil (BEU) não considera nenhuma economia possível para o aquecimento de água. Embora os chuveiros elétricos sejam muito eficientes na conversão de energia elétrica em térmica, apresentam elevado de consumo e contribuem significativamente para a demanda máxima do Sistema Interligado Nacional (SIN). Nesse sentido, mais do que considerar somente a eficiência do equipamento, é preciso levar em consideração o impacto do seu uso para o SIN. Baseado no potencial de economia de energia elétrica de 47,7% para os sistemas de iluminação residencial pode-se resumir as informações e calcular qual é o impacto (se for alcançado esse potencial) no consumo de energia elétrica total do Brasil, conforme está apresentado na Tabela 10 e será discutido a seguir. 50% 45% 40% 35% % 30% 25% 47,7% 20% 15% 10% 5% 9,6% 12,5% 14,3% Aquecimento Direto Refrigeração 17,3% 0% Força Motriz Calor de Processo Iluminação Outras Total Tipo de Uso da Energia Elétrica Figura 7 - Potencial de Economia de Energia Residencial – O Balanço de Energia Útil (BEU) classifica como Força Motriz a energia consumida em motores estacionários, Calor de Processo a energia usada em aquecedores de água ou fluídos térmicos, Aquecimento Direto a energia usada em fornos e microondas, Refrigeração a energia consumida em geladeiras, freezers e aparelhos de ar condicionado, Iluminação a energia usada em iluminação de interiores e externa e Outras a energia usada em computadores, telecomunicações e equipamentos eletrônicos de controle – Fonte: BEU 2005, EPE, 2006, MME, 2005 Tabela 11 - Dados do Consumo de Energia Elétrica no Brasil em 2009 Descrição Valor Unidade Potencial de Economia de Energia Elétrica 47,7 % Consumo de Energia Elétrica Total 388,2 TWh Coeficiente de Destinação p/ Iluminação 24 % Consumo Médio Mensal por Residência 152,4 KWh Consumo Médio Mensal com Iluminação 36,6 KWh/Residência Economia Energia Elétrica 17,4 KWh/Mês/Residência Unidades Consumidoras 55.964 Milhões Economia Energia Elétrica 11,7 TWh/ano Perc. Economia de Energia Elétrica Total 3,0 % a.a. Fonte: EPE Com esse potencial de economia, criou-se um gráfico variando os valores para verificar quais são os percentuais de economia obtidos ao ano, conforme Figura 8. Percentual de Economia (% a.a.) 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Potencial de Economia (%) Figura 8 - Potencial de economia (%) X percentual de economia (% a.a.) Percebe-se que o percentual de economia máximo obtido é de 6,4%, baseado nos dados do potencial de economia de energia para o uso em iluminação no Brasil. Extrapolando esse potencial de economia para 100%, tem-se o valor médio do consumo de energia elétrica utilizada pelo setor residencial brasileiro para o uso de Economia Energia Elétrica (TWh/ano) iluminação artificial, aproximadamente 25TWh/ano, conforme Figura 9. 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Potencial de Economia (%) Figura 9 – Consumo de energia elétrica utilizado para iluminação no setor residencial brasileiro (TWh/ano) Na Figura 10 observa-se que 49,5% das lâmpadas instaladas no setor residencial brasileiro são do tipo incandescente, e, 48,3% são do tipo fluorescente. 100W Incandescente 6% 150W Incandescente 0% 20W Fluorescente 40W Fluorescente Tubular 6% Tubular 9% Fluorescente Compacta 15% 60W Incandescente 37% Fluorescente Circular 17% 40W Incandescente 5% 25W Incandescente 1% Dicróica 2% PL 1% Outros 1% Figura 10 - Participação das Lâmpadas no Setor Residencial Brasileiro - Fonte: Abilumi Na Figura 11 temos a distribuição nos cômodos dos dois tipos mais usados de lâmpadas dentro de uma residência. 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% C op a /C oz in ha G ar ag Sa em C la or Es re do ta r/ re Ja s nt ar /T Á V re a Se rv iç o Q ua rt o 2 B an he iro 2 Q ua rt o 3 Q ua rt o 1 B an he iro Á re 1 a Ex te rn a B an he iro 3 Q ua rt o 4 0,0% Fluorescente Incandescente Figura 11 - Distribuição de Lâmpadas Fluorescentes e Incandescentes por Cômodo do Domicílio - Fonte: Abilumi 2.2. EXEMPLO DE SOLUÇÕES FORNECIDAS PELOS FABRICANTES A Lemnis Lighting lançou formalmente o que chama de “a primeira verdadeira substituição para as lâmpadas incandescentes”. O produto se chama Pharox60, conforme Figura 12. É um LED equivalente à lâmpada de 60 Watts e, como a companhia diz, “é até 90% mais eficiente energeticamente que uma incandescente, e dura até 25 vezes mais, com uma vida útil estimada em 25 anos (baseado em um uso de 4 horas/dia) [16]. Seis vezes mais em relação a uma fluorescente compacta” com uma eficiência luminosa de 60 lm/W, conforme Figura 13. Essa lâmpada LED custa 49,95 dólares na compra pelo site da empresa. Segundo a Lemnis, a Pharox economizará 280 dólares durante sua vida útil na compra de eletricidade a 15 cents de dólar por kWh durante 35 mil horas de operação [8]. Figura 12 - Lâmpada LED modelo Pharox60 - Fonte Lemnis Lighting Figura 13 - Dados Técnicos lâmpada LED Pharox60 – Fonte: Lemnis Lighting 2.3. PORQUE SUBSTITUIR LÂMPADAS INCANDESCENTES? Combate ao aquecimento global – Utilizando menos energia elétrica há a diminuição de gás do efeito estufa que causa o aquecimento global. Como as lâmpadas fluorescentes utilizam bem menos energia para produzir a mesma quantidade de luz, muito menos poluição é emitida. Poupa dinheiro do consumidor – Como as lâmpadas fluorescentes utilizam menos energia para a iluminação, menor será a conta de energia elétrica. Maior duração – As lâmpadas fluorescentes duram muito mais quando comparadas com as incandescentes. Mais emprego – Libera energia do consumo doméstico para a produção industrial, gerando empregos. Racionaliza o investimento em hidrelétricas – Reduz o impacto na geração de energia reduzindo a necessidade de investimentos em novas hidrelétricas e gerando menor impacto no meio ambiente. Quando se fala em substituir a lâmpada incandescente, a substituta mais usada e a fluorescente compacta (LFC) mas, uma desvantagem da lâmpada fluorescente é que ela contém uma pequena quantidade de mercúrio, por isso, a reciclagem deve ser feita de forma correta. Mas de acordo com a U.S. Environmental Protection Agency, “a produção e venda de lâmpadas fluorescentes que duram seis vezes mais que uma lâmpada incandescente ainda apresentaria menos mercúrio do que as radiações emitidas pelas usinas nucleares para gerar a energia necessária para produzir uma única lâmpada incandescente”. Uma simples ação de substituir uma lâmpada incandescente de 60W por uma fluorescente compacta de 15W - segundo relatório da Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (Abilumi) feito em 2007 - geraria uma economia mensal em energia elétrica de R$ 2,16/lâmpada substituída, considerando quatro horas diárias de uso. O Período das 19 às 23 horas é o de maior consumo de energia decorrente do uso doméstico de lâmpadas, média de aproximadamente 0,12KWh/h/residência. 2.4. TÉCNICAS PARA EFICIENTIZAÇÃO Ao estudar as possibilidades de se obter uma eficiência energética de um sistema de iluminação residencial, pode-se observar que as maiores oportunidades para a redução do consumo de eletricidade nos domicílios estão, mais do que na mudança de hábito, na substituição dos materiais por equipamentos mais eficientes (principalmente lâmpadas) e na adoção de sistemas para otimizar o uso da iluminação, avaliar melhor o rendimento e a eficiência dos sistemas de iluminação utilizados em residências. De uma forma geral, pode-se observar no Brasil alguns problemas frequentes nas edificações, o sistema de iluminação geralmente encontra-se fora dos padrões técnicos adequados. Os tipos mais comuns dessas ocorrências são: 1) Iluminação em excesso; 2) Falta de aproveitamento da iluminação natural; 3) Uso de equipamentos com baixa eficiência luminosa; 4) Falta de comandos para as luminárias; 5) Ausência de manutenção, depreciando o sistema; 6) Hábitos de uso inadequados. Essas ocorrências podem ser observadas na maioria das edificações atuais e só podem ser resolvidas quando no projeto é dado o valor necessário para o assunto iluminação. Ao projetar o sistema de iluminação de uma residência, o projetista deverá levar em consideração pelo menos os pontos abaixo. a) Cálculo luminotécnico do ambiente. Não basta apenas dimensionar a quantidade de luz necessária ao ambiente, é preciso “personalizar” o projeto, ou seja, identificar as necessidades do(s) usuário(s) do sistema, conhecer as características reais do ambiente por completo. b) Buscar equipamentos que atendam as reais necessidades do ambiente a ser iluminado. Não existe equipamento padrão, ou seja, nenhuma luminária ou lâmpada pode ser utilizada em todos os ambientes com o mesmo resultado, os fabricantes procuram construir equipamentos que atendam a determinadas situações, prova disso são os diversos modelos de lâmpadas e/ou luminárias de um mesmo fabricante, cada qual para uma situação particular. c) Ambientes mais “inteligentes”. Buscar sempre alguma funcionalidade para a iluminação dos ambientes, é claro, dentro das possibilidades e viabilidades das construções. Um simples sensor de presença pode proporcionar uma economia significativa no consumo de energia mensal de uma residência. Um sistema mais sofisticado pode evitar desperdícios que normalmente o ser humano não consegue, pois, esse sistema nunca se cansa, não tem preguiça, não se esquece da tarefa mas está a todo momento analisando (através de dispositivos específicos) as variáveis que podem fazê-lo tomar a decisão de, por exemplo, apagar uma lâmpada em um ambiente onde não há presença de pessoas ou fornecer apenas a quantidade de luz artificial necessária para aquele momento. d) Utilizar ao máximo o potencial de iluminação natural do local. Isso não é uma tarefa das mais fáceis porque para se obter um melhor aproveitamento da luz natural é necessário uma complementariedade entre os projetos arquitetônico, civil e o próprio projeto elétrico. 2.4.1. Iluminação Natural A utilização da iluminação natural é, sob todos os aspectos, o ponto de partida para se obter um sistema de iluminação energeticamente eficiente. Esta é a tendência mundial cada vez mais adotada nos modernos sistemas de iluminação, que encontra no Brasil razões ainda mais fortes para ser amplamente utilizada em função de nossas características climáticas bastante favoráveis. Os problemas mais comuns para o correto aproveitamento da luz natural são: a) Em uma edificação residencial é necessário considerar tanto a iluminação natural quanto a artificial. A correta integração entre os dois sistemas pode solucionar o problema da variação da intensidade da luz e contribuir para a redução no consumo de energia. Em muitos casos observa-se que a contribuição da luz natural torna-se exagerada, ocasionando o aumento da carga térmica do ambiente, fato que permite o desligamento da luz natural, mas aumenta a participação do sistema de climatização artificial. b) A iluminação das edificações residenciais modernas visa atender pessoas realizando várias atividades com exigências diferentes quanto ao nível de iluminância. Para melhor utilizar a luz natural, a localização das tarefas com maiores exigências visuais deve ser sempre próxima as janelas, fato que nem sempre é observado na concepção do projeto. c) Da radiação proveniente do sol, aproximadamente 50% da energia recebida na Terra é composta pelo espectro visível (luz), e uma parcela de aproximadamente 45% é composta por radiações infravermelhas. Um sistema de iluminação natural eficiente deve possuir uma proteção adequada contra a incidência da radiação solar direta no interior da edificação. Nestas condições, o uso da luz natural, pode permitir uma redução de até 50% no consumo de energia elétrica com iluminação, com efeitos positivos no sistema de ar condicionado devido a diminuição da carga térmica no interior da edificação. Estudos recentes vêm relacionando as condições de trabalho dos ocupantes das edificações ao meio ambiente interno. Novas doenças têm surgido nestes tempos modernos, relacionando este ambiente saturado a sintomas até então desconhecidos. Estas novas doenças que começam a fazer parte do nosso dia a dia prejudicam a produtividade e bem estar dos ocupantes. A mais importante destas novas doenças é a chamada “Sealed Building Syndrome”, ou Sindrome dos Prédios Selados. A Sindrome dos Prédios Selados vem sendo estudada a mais de 15 anos nos EUA, e os resultados das pesquisas são impressionantes. Bem, antes de mais nada, é bom dizer que se entende por “prédio selado” aqueles que, por projeto, não interagem de forma alguma com o meio ambiente externo. Os estudos comprovam que o ser humano e seu relógio biológico reagem favoravelmente aos estímulos naturais que recebem, proporcionando uma sensação de bem estar. Comprovou-se também que o estímulo que mais atua no relógio biológico humano e suas reações é a luz do dia. A luz do dia regula o apetite e o sono, entre outras funções básicas. O uso de iluminação natural, em qualquer edificação, melhora em até 40% a performance e o bem estar de seus ocupantes. Mas a utilização da iluminação natural, em um país como o Brasil, que tem um alto índice de iluminação solar durante o ano, infelizmente não é bem explorada. Talvez por falta de maiores informações, talvez por falta de materiais eficientes, o uso da iluminação natural nas empresas de arquitetura e engenharia é encarado como um problema diretamente ligado à transmissão de calor ao interior do prédio, e por conseqüência, ao desconforto térmico. Este desconforto é gerado pela ineficiência (ou inexistência) do sistema de ar condicionado ou de ventilação, não dimensionado para a carga térmica transmitida ao interior das instalações. Felizmente, o desconforto gerado pela incidência solar na iluminação natural está praticamente resolvido. Novos materiais fazem com que as alternativas existentes comecem a perder espaço. Dentre estes novos materiais, se destacam as lentes prismáticas com dutos, conforme Figura 14, e sem dutos, conforme Figura 15. As lentes prismáticas e suas utilizações conseguem, de uma maneira impressionante, distribuir a iluminação natural de uma forma mais eficiente do que os materiais até então disponíveis como vidro, policarbonato ou fibra de vidro. Figura 14 – Exemplo de aplicação da iluminação natural utilizando dutos de iluminação Fonte: Comfort Lux Figura 15 – Exemplo de aplicação da iluminação Natural sem dutos de iluminação Fonte: Comfort Lux Ao receber os raios solares, um painel prismático consegue fragmentá-los em “micro raios” distribuindo a luz em todas as direções e enviando de volta para a atmosfera em torno de 75% do calor transmitido pelos raios infravermelhos, os grandes vilões transmissores de calor, conforme Figura 16. A nova tendência na iluminação de grandes áreas são os domus prismáticos. Os domus usam as mais antigas e confiáveis fontes de luminosidade - o sol - para trazer luz ao interior dos prédios. Dependendo do projeto, os domus prismáticos podem iluminar prédios de qualquer dimensão e finalidade, seja, residencial, comercial ou industrial. Figura 16 - Exemplo de Atuação de Lente Prismática - Fonte: Comfort Lux O que faz o Domus Prismático melhor do que as luzes convencionais ou a própria luz do sol são os milhares de micro-prismas - mais de 8.000 unidades por pé quadrado. Os prismas refratam a luz do Sol em micro raios de luz, direcionando-os para todo ambiente interno. O resultado é um leve brilho natural de luz, sem riscos à saúde, iluminando grandes áreas sem consumo de energia elétrica. Os produtos em policarbonato deixam entrar bastante luz, porém também deixam entrar o calor do Sol, oferecendo uma iluminação pontual, que muda de lugar com o passar do dia, o que pode ocasionar danos nos móveis, carpetes, equipamentos. Já os produtos em acrílico comum e fibra de vidro difundem pouco a luz do Sol e seu efeito em dias nublados fica muito comprometido. Segundo o fabricante BellevueSkylights o seu produto Domus Prismático, proporciona 43% a mais de luz do que qualquer Domus nestes dias. Dentre os benefícios da iluminação natural eficiente, podemos mencionar: 1) Conforto visual por transmitir ao ambiente 100% do coeficiente de cor. 2) Conforto térmico, pela eliminação da pontualidade solar. 3) Integração com o sistema elétrico, proporcionando uma economia substancial no gasto de energia, que está diretamente ligado ao custo fixo do prédio. 4) Melhor performance do sistema de ar condicionado, proporcionando também uma maior economia energética. 5) Possibilidade de desligamento da iluminação elétrica por até 12 horas durante o horário de verão. Os custos iniciais de instalação dos equipamentos podem ser recuperados em até 12 meses após a instalação, deixando o usuário menos dependente das distribuidoras de energia e de suas alterações de custos, principalmente nos horários de pico de demanda. Cabe aos arquitetos e engenheiros estar cientes de que a iluminação natural é extremamente viável, se for parte de um projeto desde sua concepção, e que os benefícios aos seus clientes, os proprietários dos prédios, são enormes, não somente em nível de diminuição de custos, mas principalmente em nível de melhoria do ambiente de trabalho, performance, e produtividade de seus colaboradores. Existe atualmente um conjunto de quatro normas brasileiras referentes à iluminação natural, a saber: 1) Parte 1 - (Projeto 02:135.02-001) – Conceitos básicos e definições; 2) Parte 2 - (Projeto 02:135.02-002) - Procedimentos de cálculo para a estimativa da disponibilidade de luz natural; 3) Parte 3 - (Projeto 02:135.02-003) - Procedimento de cálculo para a determinação da luz natural em ambientes internos; 4) Parte 4 - (Projeto 02:135.02-004) - Verificação experimental das condições de iluminação interna de edificações. Tabela 12 - Redução na performance dos materiais em relação a transmissão de luz com o passar do tempo – Fonte: Comfort Lux 2.4.2. Controle de Acendimento Hoje, pensar em controle de iluminação é uma obrigação em qualquer projeto luminotécnico, seja ele comercial, industrial ou residencial, que é o nosso caso. Dentro de uma residência, existem diversas aplicações possíveis para o controle da iluminação. O mais comum é o uso de cenas de iluminação, ou seja, o usuário liga alguns circuitos de iluminação, dimeriza outros até se formar um cenário desejado. Daí basta programar um botão ou dar um comando que sempre acionará aquele cenário (também chamado de cena de iluminação). Várias cenas podem ser programadas para cada evento da casa, por exemplo, as cenas festa, jantar, leitura, jardim, férias, econômica, etc. O sistema de controle de iluminação integrado a automação residencial pode trazer entre outras coisas, economia, conforto e eficiência no uso da energia elétrica. A utilização de iluminação natural também é otimizada com a automação. Com sensores de luminosidade aplicados pela casa, eles buscam o melhor nível de luminosidade com o menor consumo de energia. Ou seja, se o dia está claro lá fora, a casa abre a cortina automaticamente e diminui a iluminação artificial; ao cair da noite a iluminação artificial vai aumentando, deixando sempre o melhor conforto visual. Quando integrado, o ar condicionado também pode ir ajustando a temperatura ideal ao longo do dia conforme a necessidade do usuário. Sensores, dimers e temporizadores ligados na automação da iluminação também ajudam a reduzir o consumo de energia elétrica. Alguns exemplos: se não há ninguém num determinado ambiente, a luz se apaga automaticamente (não apenas com um sensor de presença, mas sim pelo tempo sem movimento ou controles no local); se um morador acorda de madrugada para ir ao banheiro, a iluminação acende de forma suave, até 30% de sua intensidade, e desliga sozinha após algum tempo ou por comando da pessoa. O controle de iluminação oferece uma maneira prática e confortável de lidar com a iluminação, torna as residências mais eficientes e confortáveis, além de valorizar o imóvel. Alguns fabricantes já têm disponíveis no mercado soluções para o controle da iluminação residencial integrados em um só equipamento, por exemplo, a Philips, conforme Figura 17, tem o ActiLume que consiste em um sensor e uma unidade de controle, instalados na luminária, sendo que o sensor combina três funções (sensor de luz, sensor de movimento e sensor infravermelho para uso opcional com controle remoto). A iluminação pode também ser controlada manualmente, tanto por um interruptor pulsador (tipo campainha) quanto por um controle remoto. Este novo sistema opera com reatores eletrônicos para lâmpadas fluorescentes HF-R Touch&Dim DALI. Além disso, o sensor ActiLume está pré-programado para manter um fluxo luminoso 30% maior nas luminárias mais afastadas da janela, mantendo assim uma iluminação mais uniforme no ambiente. Proporciona uma economia de até 75% na conta de energia elétrica, que representa em torno de 50 a 80% do custo total da instalação. Isso é possível graças à combinação do sensor + controlador combinado com a nova geração de reatores HF-Regulator DALI (Digital Addressable Lighting Interface) com tecnologia EII [14]. Figura 17 - Sistema ActiLume Philips A Osram possui o sistema OSRAM DALI® ADVANCED, conforme Figura 18, é um sistema para gerenciamento de iluminação, que utiliza tecnologia digital e sem fio. Este sistema permite o total controle da iluminação de um ou vários ambientes. Pelo fato de os pontos de controle se comunicar por radiofreqüência (sem fio), a sua instalação (principalmente no que se refere ao cabeamento/fiação) é relativamente simples, podendo ser adaptado facilmente às instalações elétricas já existentes ou novas sem necessidade de quebrar paredes para a passagem dos dutos para a fiação. O sistema permite controlar (ligar, desligar, “dimerizar”, etc.) praticamente todos os tipos de lâmpadas, com exceção das lâmpadas de descarga de alta pressão, que podem também ser conectadas ao sistema via módulo conversor DALI®/1-10VDC apenas com a função liga/desliga [13]. O acendimento automático utilizando sensores é uma das soluções clássicas para economia de energia. Numa instalação onde ainda estão associados sensores de luz que se adaptam à iluminação do ambiente, mesclando a luz natural e a artificial, a economia de energia pode chegar até 60%. Associados ainda a sensores de presença e timers, a economia pode chegar a 70%. Figura 18 - Sistema DALI ADVANCED Osram A Lutron possui o LCP128, conforme Figura 19, que é um sistema de controle de iluminação que incorpora o controle de todos os circuitos de iluminação – para ligar/desligar e dimerizar, interior e exterior – em um único sistema simples para projetos com até quatro conexões simultâneas de 128 zonas de iluminação. A operação desses circuitos pode ser feita automaticamente com base em programações diárias, e/ou manualmente com controles de parede intuitivos. Com a tecnologia exclusiva patenteada da Lutron de RTISSTM (“Real-Time Illumination Stability System”), os níveis de iluminação permanecem constantes mesmo quando há mudanças nas condições da rede elétrica comum. O relé patenteado SoftswitchTM da Lutron tem capacidade para durar no mínimo um milhão de ciclos, para oferecer durabilidade e qualidade de ponta, reduzindo significativamente os gastos com manutenção e serviço [15]. Figura 19 - Sistema de controle de iluminação Lutron Bem, existem vários sistemas diferentes de fabricantes diversos mas, no geral a intenção é sempre procurar se otimizar o uso da iluminação artificial tanto no seu controle do acendimento quanto na intensidade da luz necessária no ambiente. Segundo a Associação Brasileira de Automação Residencial (AURESIDE), através da redução da intensidade da iluminação, em lugares e momentos onde não se necessita muita luz a economia pode ser de 20% se for reduzido em 25% a intensidade da luz, dimerizando pela metade, a redução pode chegar a 40% no consumo de energia elétrica daquela fonte luminosa. Dimerizar não apenas reduz o consumo de energia, mas aumenta significativamente a vida útil das lâmpadas. Reduzindo a intensidade da luz em 50% economiza-se tanto energia quanto as lâmpadas têm menos desgaste, aumentado a sua vida útil em 20 vezes! Com uma conveniência adicional, isto diminui a número de trocas de lâmpadas além de produzir um ambiente mais aconchegante e valorizado em termos decorativo [12]. 2.4.3. Eficiência dos Equipamentos A maior vantagem dos modelos mais eficientes de lâmpadas está no fato de apresentarem o mesmo fluxo luminoso com potências menores, o que resulta em uma economia de energia de até 80% (PROCEL/EFEI, 2001). Além disso, possuem uma boa definição de cores e uma vida útil maior. Os modelos incandescentes apresentam uma vida útil média de 1.000 horas, enquanto que as fluorescentes compactas duram, em média, 10.000 horas e os Leds que podem chegar a 50.000 horas de vida útil. Mas como avaliou-se anteriormente, ainda há um bom caminho a ser percorrido, pois conforme mostra a Figura 20, praticamente a metade das lâmpadas instaladas dentro das residências brasileiras ainda são do tipo incandescentes. 70,0% Lâmpadas por domicílio (%) 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Sude ste Ce ntro Oe s te Sul Norde s te Norte M é dia Bras il Incandescente Fluorescente Outras Figura 20 - Lâmpadas Incandescentes x Lâmpadas Fluorescentes no setor Residencial Fonte: Abilumi Na Figura 21 está apresentada a média de lâmpadas incandescentes instaladas por domicílio, pode-se observar que a média brasileira é aproximadamente quatro lâmpadas incandescentes por domicílio, diante disso, pode-se concluir que a economia média por residência será de R$ 7,85/mês, podendo chegar a quase R$ 20,00/mês se em uma residência existirem 10 lâmpadas incandescentes instaladas, considerando um uso diário de quatro horas. Se for considerado um uso diário de seis horas, por exemplo, essa economia pode chegar a quase R$ 30,00/mês para 10 lâmpadas instaladas. De outra forma pode-se apresentar essa economia em função da quantidade de lâmpadas incandescentes substituídas por fluorescentes compactas em uma residência, considerando 4 horas de uso por dia, conforme está apresentado na Figura 22. 6 5 Quantidade 4 3 2 1 0 Sudeste Centro Oeste Sul Nordeste Norte Média Brasil Figura 21 - Número de lâmpadas incandescentes por domicílio – Fonte: Abilumi Economia Obtida (R$/mês) 35,00 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Quantidade de Lâmpadas 100W 75W 60W Figura 22 - Economia Mensal x Quantidade de Lâmpadas Incandescentes (4 horas de uso/dia) É uma fato real que as perdas de energia devidas a iluminação ineficiente, são gigantescas. Hoje, as lâmpadas incandescentes de baixa eficiência, são responsáveis por boa parte do consumo mundial de eletricidade em iluminação , principalmente no setor residencial. Dentros das lâmpadas comercialmente disponíveis no mercado nacional, pode-se classificá-las de acordo com a sua eficiência luminosa. Na Figura 23 estão apresentados os resultados da eficiência luminosa para nove tipos de lâmpadas, considerando sempre seus valores máximos que variam de acordo com os dados a seguir:  Incandescente – 10 a 15 lm/W  Halógena – 15 a 25 lm/W  Mista – 20 a 35 lm/W  Vapor de Mercúrio – 45 a 55 lm/W  LED – 8 a 60 lm/W  Fluorescente Tubular – 55 a 75 lm/W  Fluorescente Compacta – 50 a 80 lm/W  Vapor Metálico – 65 a 90 lm/W  Vapor de Sódio – 80 a 140 lm/W 160 140 120 Lm/W 100 80 60 40 20 Fl uo re LE sc D en Fl te uo Tu re bu sc la en r te C om pa ct a V ap or M et ál ic o V ap or Só di o M er cú ri o M is ta V ap or H al óg en a In ca nd es ce nt e 0 Figura 23 - Eficiência Luminosa máxima (lm/W) de Lâmpadas Fonte: Procel, [18] As lâmpadas são avaliadas na maioria das vezes, através da sua eficiência luminosa em lumens por watts (lm/W). No entanto, este índice não é adequado para averiguar o seu real rendimento como fonte de luz. Dependendo da fonte luminosa, estes números são relativamente elevados, não permitindo traçar nenhum paralelismo quanto ao seu comportamento, no sentido de buscar um máximo aproveitamento de energia [9]. Neste, sentido, buscou-se avaliar as principais fontes de luz em função do seu rendimento médio, tomando-se como referência uma fonte de luz de eficácia ideal, onde 1 watt é aproximadamente 668 lumens, [10]. Na Tabela 12 apresentou-se a comparação entre os rendimentos (ƞ) de vários tipos de lâmpadas fornecidas pelos fabricantes e as respectivas eficiências luminosas (lm/W) calculadas. Tabela 13 - Eficiência Luminosa (lm/W) X Rendimento (ƞ) de Lâmpadas (Valores máximos) Tipos de Lâmpadas Incandescente Halógena Mista Vapor Mercúrio LED Fluorescente Tubular Fluorescente Compacta Vapor Metálico Vapor Sódio Eficiência Luminosa (lm/W)* 15,0 25,0 35,0 55,0 60,0 75,0 80,0 90,0 140,0 Rendimento ƞ (%) 2,2% 3,7% 5,2% 8,2% 9,0% 11,2% 12,0% 13,5% 21,0% A lâmpada vapor de sódio alta pressão foi a que apresentou o rendimento mais elevado, de 21,0%, enquanto que a incandescente indicou ter o pior rendimento, com apenas 2,2%, conforme Figura 24. O rendimento das lâmpadas vapores de sódio da alta pressão é 75% maior que os das fluorescentes compactas e quase 10 vezes maior que o rendimento máximo das lâmpadas incandescentes. São números bastante significativos quando avaliados entre si, no entanto, todas as fontes de luz apresentam eficiências extremamente baixas, quando avaliadas no sentido de se buscar o máximo aproveitamento da energia elétrica para fins de iluminação. Quanto às lâmpadas fluorescentes compactas (LFC) ressalta-se que, apesar de ser mais eficiente que as incandescentes, não observou-se nenhuma melhora no rendimento dessas lâmpadas de 7, 9 e 13W, quando comparadas com as convencionais de 20 e 40W. O que foi conseguido há anos, foi um desenvolvimento tecnológico de miniaturização da lâmpada e do reator, para uma perfeita adptação aos bocais das incandescentes. Como avaliação, verifica-se que, este não ajustou-se a nenhum equação de regressão do rendimento em função da potência, apresentando uma eficiência média de 10,23%, para todas as faixas de potência entre 7 e 115W. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% es Fl ce uo LE nt re e D sc Tu en bu te la Co r m pa V ap ct or a M et ál V ic ap o or Só di o M is ta M er cú rio Fl uo r V ap or In ca nd es ce nt e H al óg en a 0% Figura 24 - Rendimento ƞ (%) de Lâmpadas Uma vez estudados os rendimentos de cada tipo de lâmpada, observa-se que as lâmpadas vapor de sódio apresentam os melhores rendimentos (21%) em relação aos demais tipos de lâmpadas. Mas as lâmpadas vapor de sódio não são comumente utilizadas no setor residencial, devido, entre outros motivos, a sua elevada potência e sua cor monocromática. Sabe-se que as lâmpadas incandescentes e fluorescentes são as mais utilizadas no setor residencial, sobressaindo-se a lâmpada incandescente com quase 50% de participação na quantidade de lâmpadas instaladas em uma residência. Na Figura 25, tem-se o resumo do rendimento em função da potência das classes de lâmpadas mais utilizadas, através dessa figura pode-se observar a tendência do rendimento e da potência de cada tipo de lâmpada a medida que sua varia a potência, observa-se também que nenhuma classe de lâmpada abrange toda a gama de potência, ficando a critério de cada projetista a especificação correta de acordo com a necessidade. Figura 25 - Rendimento (%) X Potência das Lâmpadas (W) Por exemplo, uma lâmpada incandescente com um rendimento da ordem de 10% (até inferior, como 2,2%, dependendo da potência da lâmpada), se observarmos todo o ciclo para chegar a energia até a lâmpada obtém-se um rendimento final de 1,7%, conforme Figura 26, é um percentual preocupante. Para chegar a esse valor usou-se a seguinte metodologia: da matéria-prima que é insumo da usina termelétrica (carvão, por exemplo) até a produção de luz por uma lâmpada incandescente há um rendimento do sistema de 3%, pois, uma central termelétrica moderna apresenta um rendimento da ordem de 30%. Veja agora a situação desta lâmpada incandescente instalada num lustre apresentando um rendimento máximo de 80% (neste caso, uma condição excelente) e inserido em um ambiente que apresentará uma refletância média de 70%. Calculando-se, todo o ciclo para chegar a energia até a lâmpada obtém-se um rendimento final de 1,7% [11]. Figura 26 - Ciclo do sistema incandescente - Fonte: COSTA, G.J.C. da Uma das soluções para a obtenção de uma eficiência nos sistemas de iluminação residencial é a substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas (LFC), por isso, foi realizado uma análise para se verificar a viabilidade dessa substituição, conforme Tabela 13. Considerando um preço médio de R$ 10,00 para cada lâmpada fluorescente compacta, para um uso de quatro horas diárias, o retorno da aquisição da lâmpada se dará em 5 meses, isso, sem considerar os impostos que serão acrescentados no valor da fatura de energia elétrica. Tabela 14 -Economia de energia elétrica mensal com substituição da lâmpada incandescente pela fluorescente compacta Horas diárias de uso Dias de uso por mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 30 Economia (KWh/mês) 60W 1,35 2,7 4,05 5,4 6,75 8,1 9,45 10,8 12,15 13,5 75W 1,65 3,3 4,95 6,6 8,25 9,9 11,55 13,2 14,85 16,5 Economia (R$/mês)* 100W 2,31 4,62 6,93 9,24 11,55 13,86 16,17 18,48 20,79 23,1 60W 0,49 0,98 1,47 1,96 2,45 2,94 3,43 3,92 4,41 4,90 75W 0,60 1,20 1,80 2,40 3,00 3,60 4,20 4,80 5,40 5,99 100W 0,84 1,68 2,52 3,36 4,20 5,04 5,87 6,71 7,55 8,39 * tarifa Cemat praticada março/2010: 0,36332 R$/KWh (sem impostos) Além de lâmpadas mais eficientes, pode-se também buscar a eficientização de um sistema de iluminação através dos reatores das lâmpadas. Atualmente, os únicos reatores que possuem o selo Procel de eficiência energética, são os reatores para lâmpadas vapor de sódio de alta pressão e os valores de perda desses reatores eletromagnéticos deverão estar de acordo com especificado na Tabela 14. Tabela 15 - Perda máxima para reatores das lâmpadas vapor de sódio Potência Nominal da Lâmpada (W) 70 100 150 250 400 Fonte: PROCEL Perda Máxima (W) 12 14 18 24 32 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Uma boa iluminação continua a ser umas das necessidades importantes do homem. Sabe-se que essa necessidade pode ser satisfeita, mesmo quando a conscientização sobre o custo da energia é uma exigência. Para se atingir simultaneamente esses objetivos, é necessária experiência profissional e saber executar projetos de iluminação com orientação energética, isto é, ter conhecimento dos equipamentos utilizados, dos ambientes iluminados e dos usuários que utilizarão o ambiente. Segundo e Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no ano de 2009, o Brasil registrou um consumo médio de 152,4 KWh/ mês/residência, com um total de 55.964 milhões de unidades consumidoras [17]. Considerando os potenciais de economia estimados pelos fabricantes de equipamentos e materiais elétricos usados nos sistemas de iluminação e principalmente pelos estudos do Governo Brasileiro, conforme Tabela 12 e Figura 7, e considerando-se também que 24% do consumo médio mensal de uma residência no Brasil é destinado a iluminação, pode-se alcançar uma redução mensal média no Brasil no consumo de energia elétrica em iluminação da ordem de 12% do total de energia elétrica consumida em uma residência, o que representa 17,4KWh/mês/unidade consumidora. Considerando que no Brasil até dezembro de 2009 existiam quase 56 milhões de unidades consumidoras, tem-se uma economia média de 11,7TWh/mês apenas no consumo de equipamentos e materiais de iluminação residencial. Essa economia mensal representa uma redução de 3,0% ao ano no consumo total de energia elétrica no Brasil. O Potencial que em 2005 era de 8.9TWh/mês aumentou para 11,7TWh/mês em 2009, um acréscimo de 2,7TWh/mês em economia com sistema de iluminação residencial, isso se deve também ao fato de que em 2009 houve um aumento no consumo de energia no setor residencial brasileiro em relação a 2005. Pode-se concluir então que existem muitos pontos que se trabalhados podem garantir uma economia no uso da energia elétrica residencial. Neste estudo foram abordados alguns desses pontos e espera-se que através desse trabalho tenha acrescentado muito com o tema de eficiência energética para uso em sistemas de iluminação residencial. Não existe nenhuma fórmula exata, mas o que se apresenta é que um grupo de fatores se trabalhados pode-se tornar um sistema de iluminação mais eficiente, por mais simples que esse sistema possa parecer. Se cada pessoa fizer seu papel esse potencial de economia pode ser alcançado. Dentre os pontos que podem ser trabalhados para aumentar a eficiência energética e a qualidade dos ambientes em uma edificação residencial, deve-se pensar na complementaridade entre a luz natural e artificial. O projetista precisa considerar a integração entre os dois tipos de fonte de luz e, para isso, é fundamental o conhecimento básico tanto da luz natural quanto dos tipos de equipamentos de iluminação a serem utilizados na arquitetura. Cada componente desse sistema (lâmpadas, luminárias, reatores, sistemas de controle, janela...) tem desempenho e qualidade diferentes, que depende do tipo de tecnologia empregada em sua fabricação. A eficiência do sistema de iluminação artificial adotado no projeto depende do desempenho particular de todos os elementos envolvidos como da integração feita como sistema de iluminação natural. Existem várias soluções para se obter um sistema de iluminação eficiente no setor residencial. Fica a critério de cada projetista identificar e/ou implantar o(s) método(s) mais adequado(s) a cada tipo de edificação residencial. Foi estudado aqui algumas dessas possibilidades que podem ser utilizadas, não é intenção desse estudo esgotar o assunto mas contribuir para que o aperfeiçoamento do conhecimento existente sobre o assunto de eficiência energética em sistemas de iluminação residencial. 4. SUGESTÕES PARA PESQUISA 4.1. AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL COMO FERRAMENTA PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. 4.2. INFLUÊNCIA DA AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL NA ECONOMIA DE ENERGIA ELÉTRICA. 5. [1] REFERÊNCIAS CONSULTADAS PROCEL. Edificações/Apresentação. Março/2010. Disponível em . Acesso em: 19 mar. 2010. [2] ELETROBRAS. Informativo Eletrobrás do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. Ano XX - Número 82 – Agosto/2009.Disponível em . Último acesso em: 19 mar. 2010. [3] ANEEL. PLC – Internet pela Rede Elétrica. Março/2010. Disponível em . Último acesso em: 19 mar. 2010. [4] AURESIDE. Notícias Recentes. Março/2010. Disponível em . Último acesso em: 19 mar. 2010. [5] JORGE PAULINO. A casa do futuro. Julho/2009. Disponível em . Acesso em: 01 jan. 2010. [6] RODRIGUES, P. Manual de iluminação eficiente. Procel, 1 ed. Julho/2002. Definições Básicas, p. 6. [7] MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Balanço de energia útil. Disponível em 2005. . Último acesso em: 19 mar. 2010. [8] E.IELÉTRICA.INFO. Iluminação Led: um investimento para economizar energia.Disponível em . Último acesso em: 19 mar. 2010. [9] KAWAPHARA, M. K. Utilização racional da energia elétrica. Julho/2008. 259f. Universidade Federal de Mato Grosso. Apostila do curso de especialização em análise da qualidade e eficiência no uso da energia elétrica. [10] BOSSI & SESTO (1978). Instalações Elétricas. São Paulo: HERMUS. 1071 p. [11] COSTA, G. J. C. da Iluminação Econômica. 4. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006. p.244-252. [12] AURESIDE. Controle de Iluminação Oferece Soluções para Economia de Energia. Press Release. São Paulo, jul/2007. Disponível em . Acesso em: 30 mar. 2010. [13] OSRAM. Sistema Osram Dali Advanced para controle de ambiente. Disponível em < http://www.osram.com.br / osram_br / Ferramentas_%26_ Catlogos /_pdf /Arquivos/Iluminao_Geral/Catalogo_Geral_2009-2010/ OSRAM_catalogo09_ 10_dali.pdf > Acesso em: 03 mar. 2009. [14] PHILIPS. Um controle simples de iluminação. Setembro/2008. Disponível em . Acesso em: 20 out. 2009. [15] LUTRON. Controle de iluminação centralizado. Julho/2005. Disponível em . Acesso em: 14 out. 2009. [16] LEMNIS LIGHTING. Pharox60. Disponível em . Acesso em: 20 out. 2009. [17] EPE. Consumo nacional de energia elétrica cresce 8,4% em dezembro. Resenha Mensal do mercado de energia elétrica. Brasília, ano III, n° 28, jan/2010. Disponível em . Acesso em: 26 mar. 2010. [18] PROCEL. Guia técnico Procel – Gestão Energética. Rio de Janeiro: Eletrobrás,2005. 188 p. ilust.