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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
EDUCAÇÃO E CORRELATOS
MODELOS ATÔMICOS
RONIE ANDERSON PEREIRA
Ensino de Química
Professor Orientador: Fernanda Fabero Guedes
Canoas, agosto de 2006
INTRODUÇÃO
É de extrema importância para um futuro profissional de química o
conhecimento dos modelos atômicos criados pelo homem no decorrer da
história da química para podermos compreender a evolução desta ciência com
melhor clareza e profundidade, pois para Bosquilha (2003) "toda a história
da química está baseada no átomo".
Não é de hoje que o homem se preocupa com o conceito de átomo,
segundo Sardela (1998) "a idéia de átomo surgiu entre os filósofos gregos
quando eles começaram a discutir a seguinte questão: o que ocorre quando
quebramos uma porção de matéria em pedaços cada vez menores?"
É indiscutível a contribuição que a química trouxe para a humanidade
através do estudo do átomo, novos materiais e medicamentos foram criados, a
qualidade de vidas das pessoas foi melhorada e embora existam muitos
problemas ainda a serem enfrentados vivemos em muito químico.
MODELO ATÔMICO DE DEMÓCRITO
Demócrito (a. C. 460 – 370 a. C.) era natural da cidade portuária de
Abdera, na costa norte do mar Egeu.
Considerado o último grande filósofo da natureza, Demócrito
concordava com seus antecessores num ponto: as transformações que se podiam
observar na natureza não significavam que algo realmente se transformava.
Ele presumiu, então, que "os materiais fossem formados por partículas
minúsculas." (Bosquilha, 2003)
A palavra átomo significa indivisível. Para Demócrito era muito
importante estabelecer que as unidades constituintes de todas as coisas não
podiam ser divididas em unidades ainda menores. Isto porque se os átomos
também fossem passíveis de desintegração e pudessem ser divididos em
unidades ainda menores, a natureza acabaria por se diluir totalmente.
Além disso, as partículas constituintes da natureza tinham que ser
eternas, pois nada pode surgir do nada. Neste ponto, Demócrito concordava
com Parmênides e com os eleatas. Para ele, os átomos eram unidades firmes e
sólidas. Só não podiam ser iguais, pois se todos os átomos fossem iguais
não haveria explicação para o fato de eles se combinarem para formar por
exemplo rochas ou mesmo seres.
Demócrito achava que existia na natureza uma infinidade de átomos
diferentes: alguns arredondados e lisos, outros irregulares e retorcidos. E
precisamente porque suas formas eram tão irregulares é que eles podiam ser
combinados para dar origem a corpos os mais diversos. Independentemente,
porém, do número de átomos e de sua diversidade, todos eles seriam eternos,
imutáveis e indivisíveis.
Se um corpo – por exemplo, de uma árvore ou de um animal – morre e se
decompõe, seus átomos se espalham e podem ser reaproveitados para dar
origem a outros corpos. Pois se é verdade que os átomos se movimentam no
espaço, também é verdade que eles possuem diferentes engates e podem ser
novamente reaproveitados na composição de outras coisas que vemos ao nosso
redor.
É claro que também podemos construir objetos de barro. Mas o barro
nem sempre pode ser reaproveitado, pois se desfaz em partes cada vez
menores, até se reduzir a pó. E estas minúsculas partículas de argila podem
ser reunidas para formar novos objetos.
Hoje em dia podemos dizer que a teoria atômica de Demócrito estava
quase perfeita. De fato, a natureza é composta de diferentes átomos, que se
ligam a outros para depois se separarem novamente. Um átomo de hidrogênio
presente numa molécula de água pode ter pertencido um dia à uma molécula de
metano. Um átomo de carbono que está hoje no músculo de um coração
provavelmente esteve um dia na cauda de um dinossauro.
Demócrito não teve acesso aos aparelhos eletrônicos de nossa época.
Na verdade, sua única ferramenta foi a sua razão. Mas a razão não lhe
deixou escolha. Se aceitamos que nada pode se transformar, que nada surge
do nada e que nada desaparece, então a natureza simplesmente tem de ser
composta por partículas minúsculas, que se combinam e depois se separam.
Demócrito não acreditava numa força ou numa inteligência que pudessem
intervir nos processos naturais. As únicas coisas que existem são os átomos
e o vácuo, dizia ele. E como ele só acreditava no material, nós o chamamos
de materialista.
Por detrás do movimento dos átomos, portanto, não havia determinada
intenção. Mas isto não significa que tudo o que acontece é um acaso, pois
tudo é regido pelas inalteráveis leis da natureza. Demócrito acreditava que
tudo o que acontece tem uma causa natural; uma causa que é inerente à
própria coisa. Para Demócrito, a teoria atômica explicava também nossas
percepções sensoriais. Quando percebemos alguma coisa, isto se deve ao
movimento dos átomos no espaço. Quando vejo a Lua, isto acontece porque os
átomos da Lua tocam os meus olhos.
Mas o que acontece com a consciência? Está aí uma coisa que não pode
ser composta de átomos, quer dizer, de coisas materiais, certo? Errado.
Demócrito acreditava que a alma era composta por alguns átomos
particularmente arredondados e lisos, os átomos da alma. Quando uma pessoa
morre, os átomos de sua alma espalham-se para todas as direções e podem se
agregar a outra alma, no mesmo momento em que esta é formada.
Isto significa que o homem não possui uma alma imortal. E este é um
pensamento compartilhado por muitas pessoas em nossos dias. Como Demócrito,
elas acreditam que a alma está intimamente relacionada ao cérebro e que não
podemos possuir qualquer forma de consciência quando o cérebro deixa de
funcionar e degenera.
Com sua teoria atômica, Demócrito coloca um ponto final, pelo menos
temporariamente, na filosofia natural grega. Ele concorda com Heráclito em
que tudo flui na natureza, pois as formas vão e vêm. Por detrás de tudo o
que flui, porém, há algo de eterno e de imutável, que não flui. A isto ele
dá o nome de átomo.
MODELO ATÔMICO DE JOHN DALTON
Segundo Brady (2003) "O verdadeiro pai da Química Moderna poderia
ser considerado o inglês John Dalton , que propôs sua teoria atômica da
matéria em 1803, que diz:
átomos de elementos diferentes possuem propriedades diferentes entre
si.
átomos de um mesmo elemento possuem propriedades iguais e de peso
invariável.
átomos são partículas reais, indivisíveis e descontínuas formadoras da
matéria.
nas reações químicas, os átomos permanecem inalterados.
na formação dos compostos, os átomos entram em proporções numéricas
fixas 1:1, 1:2, 1:3, 2:3, 2:5 etc.
O peso total de um composto é igual à soma dos pesos dos átomos dos
elementos que o constituem.
Dalton foi o primeiro cientista a desenvolver uma teoria atômica,
segundo " a matéria é composta de partículas indivisíveis chamdas átomos,
todos os átomos de um dado elementos têm as mesmas propriedades, as quais
diferem das propriedades de todos os outros elementos e uma reação
consiste, simplesmente, num rearranjo dos átomos dce um conjunto de
combinações para outro. Entretanto, os átomos individuais permanecem
intactos.
Todo modelo não deve ser somente lógico, mas também consistente com a
experiência. No século XVII, experiências demonstraram que o comportamento
das substâncias era inconsistente com a idéia de matéria contínua e o
modelo de Aristóteles desmoronou.
Em 1810 foi publicada a obra New System of Chemical Philosophy (Novo
sistema de filosofia química), nesse trabalho havia teses que provavam suas
observações, como a lei das pressões parciais, chamada de Lei de Dalton,
entre outras relativas à constituição da matéria.
Existe um número pequeno de elementos químicos diferentes na
natureza;
Reunindo átomos iguais ou diferentes nas variadas proporções, podemos
formar todas as matérias do universo conhecidos.
MODELO ATÔMICO DE THOMSON
Segundo Beltran (1990) " a descoberta do elétron foi realizada em
1897 pelo físico J. J. Thomson, graças a sua imaginação e a sua lógica,
conseguiu moldar os experimentos e ma descoberta resultante.
No modelo atômico de Thomson, proposto em 1904, o átomo era
considerado como um tipo de fluido com uma distribuição esférica contínua
de carga positiva onde se incrustavam um certo número de elétrons, com
carga negativa, o suficiente para neutralizar a carga positiva. O modelo
tinha como hipótese a existência de configurações estáveis para os elétrons
ao redor das quais estes oscilariam. Contudo, segundo a teoria
eletromagnética clássica, não pode existir qualquer configuração estável
num sistema de partículas carregadas se a única interação entre elas é de
caráter eletromagnético. Além disso, como qualquer partícula com carga
elétrica em movimento acelerado emite radiação eletromagnética, o modelo
tinha como outra hipótese que os modos normais das oscilações dos elétrons
deveriam ter as mesmas freqüências que aquelas que se observavam associadas
às raias dos espectros atômicos.
"... esse modelo é um progresso em relação ao de
Dalton, pois é capaz de justificar as propriedades
elétricas da matéria." (Beltran, 1990, p. 100)
Para Thomson (Beltran, 1990), o átomo era como um bolo de matéria
positivamente carregada com elétron negativamente carregado encravados,
como passas em um bolo.
"... o modelo de Thomson era apenas um esboço da
imagem do átomo." (Beltran, 1990, p. 105)
Mas não foi encontrada qualquer configuração para os elétrons de
qualquer átomo cujos modos normais tivessem qualquer uma das freqüências
esperadas. De qualquer modo, o modelo de Thomson foi abandonado
principalmente devido aos resultados do experimento de Rutherford.
MODELO DE RUTHERFORD
Em 1911, o cientista neozelandês Ernest Rutherford, utilizando os
fenômenos radiativos no estudo da estrutura atômica, descobriu que o átomo
não seria uma esfera maciça, mas sim formada por uma região central,
chamada núcleo atômico, e uma região externa ao núcleo, chamada
eletrosfera. No núcleo atômico estariam as partículas positivas, os
prótons, e na eletrosfera as partículas negativas, os elétrons.
Para chegar a essas conclusões Rutherford e seus colaboradores
bombardearam lâminas de ouro com partículas a (2 prótons e 2 nêutrons)
utilizando a aparelhagem esquematizada acima.
"... é conveniente descrever a experiência de
Rutherford e discutir as diferenças entre os resultados
esperados e os realmente obtidos" (Beltran, 1990, p.
101)
Rutherford observou que a grande maioria das partículas atravessava
normalmente a lâmina de ouro que apresentava aproximadamente 10-5 cm de
espessura. Outras partículas sofriam pequenos desvios e outras, em número
muito pequeno, batiam na lâmina e voltavam. O caminho seguido pelas
partículas a podia ser detectado devido ?s cintilações que elas provocavam
no anteparo de sulfeto de zinco.
Comparando o número de partículas a lançadas com o número de
partículas a que sofriam desvios, Rutherford calculou que o raio do átomo
deveria ser 10.000 a 100.000 vezes maior do que o raio do núcleo, ou seja,
o átomo seria formado por espaços vazios. Por esses espaços vazios a grande
maioria das partículas a atravessava a lâmina de ouro.
Os desvios sofridos pelas partículas a eram devidos às repulsões
elétricas entre o núcleo (positivo) e as partículas a, também positivas,
que a ele se dirigiam. O modelo de Rutherford (figura ao lado) ficou
conhecido como "modelo planetário".
A experiência de Rutherford mostrou que no núcleo atômico além do
próton deveria existir uma outra partícula. Esta foi descoberta em 1932
pelo cientista inglês James Chadwick e recebeu o nome de nêutron.
Prótons, elétrons e nêutrons são as principais partículas presentes
num átomo. Elas são chamadas partículas elementares ou subatômicas e suas
principais características são:
"Partícula "Massa "Massa "Carga elétrica "Carga "
" "(grama) "relativa "(Coulomb) "relativa "
"Próton (p+) "1,7.10-24 "1 "+1,6.10-19 "+1 "
"Nêutron (n0) "1,7.10-24 "1 "0 "0 "
"Elétron (e-) "9,1.10-28 "1/1840 "-1,6.10-19 "-1 "
Observe que as partículas presentes no núcleo atômico apresentam a
mesma massa e que essa é praticamente 2.000 vezes maior do que a massa do
elétron. A massa de um átomo está praticamente concentrada numa região
extremamente pequena do átomo: o núcleo atômico.
A quantidade atômica de prótons e elétrons presentes num átomo é a
mesma, o que faz com que ele seja eletricamente neutro.
Em 1911, Rutherford e colaboradores (Geiger e Marsden) bombardearam
uma lâmina metálica delgada com um feixe de partículas alfa atravessava a
lâmina metálica sem sofrer desvio na sua trajetória (para cada 10.000
partículas alfa que atravessam sem desviar, uma era desviada). Para
explicar a experiência, Rutherford concluiu que o átomo não era uma bolinha
maciça.
Admitiu uma parte central positiva muito pequena mas de grande massa
("o núcleo") e uma parte envolvente negativa e relativamente enorme ("a
eletrosfera ou coroa").
Se o átomo tivesse o tamanho do Estádio do Morumbi, o núcleo seria o
tamanho de uma azeitona. Surgiu assim o modelo nuclear do átomo.
O modelo de Rutherford é o modelo planetário do átomo, no qual os
elétrons descrevem um movimento circular ao redor do núcleo, assim como os
planetas se movem ao redor do sol.
MODELO ATÔMICO DE BOHR
Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr, ao estudar espectros de
emissão de certas substâncias, modificou o modelo de Rutherford. No inicio
do século XX era fato conhecido que a luz branca (luz solar, por exemplo)
podia ser decomposta em diversas cores. Isso é conseguido fazendo com que a
luz passe por um prisma. No caso da decomposição da luz solar obtém-se um
espectro chamado espectro continuo. Este é formado por ondas
eletromagnéticas visíveis e invisíveis (radiação ultravioleta e
infravermelho). Na parte visível desse espectro não ocorre distinção entre
as diferentes cores, mas uma gradual passagem de uma para outra.
O arco-íris é um exemplo de espectro contínuo onde a luz solar é
decomposta pelas gotas de água presentes na atmosfera. Como a cada onda
eletromagnética está associada certa quantidade de energia, a decomposição
da luz branca produz ondas eletromagnéticas com toda e qualquer quantidade
de energia.
No entanto, se a luz que atravessar o prisma for de uma substância
como hidrogênio, sódio, neônio etc. será obtido um espectro descontínuo.
Este é caracterizado por apresentar linhas coloridas separadas. Em outras
palavras, somente alguns tipos de radiações luminosas são emitidas, isto é,
somente radiações com valores determinados de energia são emitidas.
Baseado nessas observações experimentais, Bohr elaborou um novo
modelo atômico cujos postulados são:
na eletrosfera os elétrons não se encontram em qualquer posição.
Eles giram ao redor do núcleo em órbitas fixas e com energia
definida. As órbitas são chamadas camadas eletrônicas, representadas pelas
letras K, L, M, N, O, P e Q a partir do núcleo, ou níveis de energia
representados pelos números 1, 2, 3, 4...;
os elétrons ao se movimentarem numa camada eletrônica não absorvem nem
emitem energia;
os elétrons de um átomo tendem a ocupar as camadas eletrônicas mais
próximas do núcleo, isto é, as que apresentam menor quantidade de
energia;
um átomo está no estado fundamental quando seus elétrons ocupam as
camadas menos energéticas;
quando um átomo recebe energia (térmica ou elétrica), o elétron pode
saltar para uma camada mais externa (mais energética). Nessas
condições o átomo se torna instável. Dizemos que o átomo se encontra
num estado excitado;
os elétrons de um átomo excitado tendem a voltar para as camadas de
origem. Quando isso ocorre, ele devolve, sob a forma de onda
eletromagnética, a energia que foi recebida na forma de calor ou
eletricidade.
Esses postulados permitem explicar a existência dos espectros de
emissão descontínuos: como o elétron só pode ocupar determinadas órbitas,
as transições eletrônicas (ida e volta do elétron) ocorrem em número
restrito, o que produz somente alguns tipos de radiação eletromagnética e
não todas como no espectro contínuo.
Modelo atômico de Bohr foi elaborado para o átomo de hidrogênio, mas
aplica-se com boa aproximação a todos os outros átomos.
TEORIA QUÂNTICA
De acordo com Max Planck (1900), quando uma partícula passa de uma
situação de maior para outra de menor energia ou vice-versa, a energia é
perdida ou recebida em "pacotes" que recebe o nome de quanta (quantum é o
singular de quanta).
O quantum é o pacote fundamental de energia e é indivisível. Cada
tipo de energia tem o seu quantum.
A Teoria Quântica permitiu a identificação dos elétrons de um
determinado átomo, surgindo assim os "números quânticos".
MODELO ATÔMICO DE SOMMERFELD
A energia que o elétron desprendia em forma de luz, era devido ao
fato de que as camadas eletrônicas possuiam algumas subdivisões, que ele
chamou de subníveis de energia, aos quais estavam associados várias órbitas
diferentes, sendo uma dessas órbitas circular e as demais elípticas.
CONTRIBUIÇÃO DE BROGLIE
Em 1923, Louis Broglie mostrou, através de uma equação matemática,
que "qualquer corpo em movimento estaria associado a um fenômeno
ondulatório. Se você imaginar uma bola de futebol ou mesmo um grão de
poeira associado a uma onda, poderá achar tudo confuso, mas o fato é que no
mundo atômico as partículas possuem um comportamento duplo de partícula e
onda. Assim o elétron, por exemplo, apresenta a natureza de uma partícula-
onda, ou seja, comporta-se ao mesmo tempo como uma partícula e como uma
onda " (Sardella, 1998).
TEORIA DA MECÂNICA ONDULATÓRIA
Em 1926, Erwin Shröringer formulou uma teoria chamada de "Teoria da
Mecânica Ondulatória" que determinou o conceito de "orbital" .
Orbital é a região do espaço ao redor do núcleo onde existe a máxima
probalidade de se encontrar o elétron.
"De acordo com ma mecânica ondulatória, os vários
níveis de energia do átomo são compostos de um ou mais
orbitais; nos átomos que contém mais de um elétron, a
distribuição destes em torno do núcleo é determinada pelo
número e pela espécie de níveis de energia que são
ocupados. Portanto, a fim de investigar a maneira pela
qual os elétrons estão arrumados no espaço, devemos,
primeiro, examinar os níveis de energia no átomo. Isso se
faz através de uma discussão dos números quânticos"
(Brady, 2003 p. 91)
O ATUAL MODELO ATÔMICO
Se sabe que os elétrons possuem carga negativa, massa muito pequena e
que se movem em órbitas ao redor do núcleo atômico.
O núcleo atômico é situado no centro do átomo e constituído por
prótons que são partículas de carga positiva, cuja massa é aproximadamente
1.837 vezes superior a massa do elétron, e por nêutrons, partículas sem
carga e com massa ligeiramente superior à dos prótons.
O átomo é eletricamente neutro, por possuir números iguais de
elétrons e prótons. O número de prótons no átomo se chama número atômico,
este valor é utilizado para estabelecer o lugar de um determinado elemento
na tabela periódica.
A tabela periódica é uma ordenação sistemática dos elementos químicos
conhecidos.
Cada elemento se caracteriza por possuir um número de elétrons que se
distribuem nos diferentes níveis de energia do átomo correspondente.
Os níveis energéticos ou camadas, são denominados pelos símbolos K,
L, M, N, O, P e Q (Sardella, 1998 p. 89).
Cada camada possui uma quantidade fixa de elétrons. A camada mais
próxima do núcleo K, comporta somente dois elétrons; a camada L,
imediatamente posterior, oito, e assim sucessivamente.
Os elétrons da última camada (mais afastados do núcleo) são
responsáveis pelo comportamento químico do elemento, por isso são
denominados elétrons de valência (Sardella, 1998, p.154).
O número de massa é equivalente à soma do número de prótons e
nêutrons presentes no núcleo (Bosquilha, 2003, p. 33)
O átomo pode perder elétrons, carregando-se positivamente, é chamado
de íon positivo (cátion). Ao receber elétrons, o átomo se torna negativo,
sendo chamado íon negativo (ânion).
O deslocamento dos elétrons provoca uma corrente elétrica, que dá
origem a todos os fenômenos relacionados à eletricidade e ao magnetismo.
No núcleo do átomo existem duas forças de interação a chamada
interação nuclear forte, responsável pela coesão do núcleo, e a interação
nuclear fraca, ou força forte e força fraca respectivamente.
As forças de interação nuclear são responsáveis pelo comportamento do
átomo quase em sua totalidade.
As propriedades físico-químicas de um determinado elemento são
predominantemente dadas pela sua configuração eletrônica, principalmente
pela estrutura da última camada, ou camada de valência.
As propriedades que são atribuídas aos elementos na tabela, se
repetem ciclicamente, por isso se denominou como tabela periódica dos
elementos.
Segundo Bosquilha (2003) os isótopos são átomos de um mesmo elemento
com mesmo número de prótons, mas quantidade diferente de nêutrons.
Os isótonos são átomos que possuem o mesmo número de nêutrons e os
isóbaros são átomos que possuem o mesmo número de massa (Bosquilha, 2003)
Através da radioatividade alguns átomos atuam como emissores de
radiação nuclear, esta constitui a base do uso da energia atômica
(Sardella, 1998, p. 82).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A TEORIA atomística.
http://allchemy.iq.usp.br/metabolizando/beta/01/atomista.htm
BELTRAN, Nelson Orlando, CISCATO, Carlos Alberto Mattoso. Química.
São Paulo: Cortez, 1990- (Coleção magistério 2º grau. Série formação
geral)
BOSQUILHA, Gláucia. Minimanual compacto de química: teoria e prática. 2º
Ed
BRADY, James E., HUMISTON, Gerard E. Química geral. vol 1, 2º ed.
Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 2003.
ESTRUTURA atômica.
http://members.tripod.com/~netopedia/quimic/estrut_atomo.htm (2006)
MODELO atômico de Dalton.
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/novo/quimica/0021.php (2006)
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http://www.crazymania.com.br/biblioteca/?cat=quimica&page2=modelos_atomicos
(2006)
MODELOS atômicos. http://dicasdequimica.vilabol.uol.com.br/modelos.html
(2006)
MODELO atômico.http://pt.wikipedia.org/wiki/Modelo_at%C3%B4mico
(2006)
SARDELLA, Antônio. Curso de Química – Química Geral. São Paulo: Ática,
1998, vol 1. 23 ed.
SOUZA, Carlos Alberto de. e SILVA, Ivan Gonçalves da. Modelos Atômicos.
http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2001/modeloatomico/modelos_atomicos.htm
l (2006). Curso de Licenciatura em Ciências Exatas - USP - São Carlos
-
SP Professor Orientador: SCHIEL, Dietrich (2006)