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Microbiologia Do Leite

descrição da microbiologia do leite

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MICROBILOGIA DO LEITE O leite é considerado um alimento de excepcional valor nutritivo para o homem, devido aos seus componentes: proteína, hidratos de carbono, graxos, sais minerais, vitaminas e água. Também é um excelente meio de cultivo para muitas bactérias. O leite ao ser extraído da vaca, já contém microrganismos, mas pode além disso contaminar-se posteriormente durante as operações que se seguem até o consumo. A significação dos microrganismo que se encontra no leite pode ser resumida nos seguintes itens. 1 - Os dados sobre os microrganismos contidos no leite, permitem avaliar a qualidade e condições de obtenção do mesmo. 2 - Se permite a multiplicação das bactérias contidas no leite, há transformação química como o desdobramento das graxas, proteínas e hidratos de carbono que torna o leite impróprio para o consumo. 3 - O leite pode contaminar-se acidentalmente com microrganismos patogênicos, para o que devem ser tomadas medidas convenientes que reduzam ao mínimo esta eventualidade e destruam estes agentes patogênicos. 4 - Certos microrganismos provocam no leite transformações físico-químicas proveitosas que se utilizam na elaboração de produtos lácteos, coalhadas, yogurt, manteiga, queijos, etc. Características Térmicas As bactérias que comumente invadem o leite podem ser classificadas quanto a resistência ao calor. Assim podemos agrupá-las em quatro tipos seguintes: psicrófilas, mesófilas, termófilas e termo-resistentes. Certas bactérias psicrófilas desenvolvem a temperatura logo acima do ponto de congelação e algumas termófilas crescem acima de 65ºC. desta maneira a temperatura de tratamento do leite condiciona as espécies que desenvolvem nele. O leite pasteurizado, conservado em refrigerador, pode preservar-se durante uma semana ou pouco mais, mas experimenta alterações, produzindo sabor e cheiro estranho e demonstram acumulação de produtos catabólicos de bactérias psicrófilas. As termófilas apresentam o mesmo problema no outro extremo da escala termométrica. Na pasteurização do leite, este é exposto a uma temperatura de 62,8ºC durante 30 minutos; mas Bacillus stearothermiphilus cresce a 65ºC. neste caso o processo de pasteurização atua como método de incubação de microrganismos termófilos. O crescimento e metabolismo deste desenvolvem com grande intensidade e quando os tanques de pasteurização funcionam várias horas sem submetê-los a um tratamento eficaz para destruir os microrganismos é possível que a população de termófilas aumente até o ponto de coagular o leite durante o processo de pasteurização. Na indústria láctea considera como bactérias termo-resistentes aquelas que sobrevivem à pasteurização em número suficiente, mas não crescem à temperatura em que se realiza este processo. Estes microrganismos trazem dificuldades, pois, não morrendo pelo processo de pasteurização contamina os utensílios e caso não haja uma limpeza eficiente destes vasilhames, o leite que passar por eles novamente contamina-se intensamente. as bactérias termo-resistentes não pertencem a determinada espécies ou gênero, mas a diferentes espécies de diferentes gêneros. Tipos patogênico - No leite é encontrado tanto microrganismos patogênico como não patogênico. Por intermédio do leite são disseminados muitos patógenos. Este agente patogênico pode proceder da vaca ou do homem e disseminar a ambos. São possíveis as seguintes formas de contágio: Agente patogênico da vaca infetada, leite, homem ou vaca. Ex. tuberculose, bricelose, mastite. Agente patogênico do homem (doente ou portador), leite, homem. Ex. febre tifóide, difteria, disenteria, escarlatina. E também possível a infecção da vaca pelo homem como é o caso da mastite causada por Staphilococcus aureus. ORIGEM DA CONTAMINAÇÃO DO LEITE O leite ao ser extraído do animal sadio já contém alguns microrganismos que penetram através do ubero ou dos orifícios das tetas e saem misturados com o leite na ordenha. Seu número varia de um a milhares por mililitro, sendo diferente de uma vaca para outra, entre quantos do úbere de uma mesma vaca, mas sempre mais elevado no princípio da ordenha. Desde o momento em que o leite sai do úbere até ser engarrafado, tudo que se põe em contato contribui com novos microrganismos. Se descuidarmos das práticas sanitárias, o leite se contamina intensamente e se deteriora com rapidez: mas quando a ordenha é feita em condições de higiene dentro das normas sanitárias, a população bacteriana é baixa e a conservação é excelente. Como fonte de contaminação do leite temos: a vaca, cujo estado sanitário é de primordial importância, isto pelo fato de algumas doenças do gado, tais como, tuberculose, rickettioses e infecções de estafilococus e de estreptococos terem seus agente patogênicos transmitidos ao homem através do leite. Os agente etiológicos de muitas destas doenças somente encontra-se no leite de animais infectados ou chegam até ele pela urina e dejeções dos mesmos. Por isso deve haver uma inspeção periódica dos animais leiteiros, por veterinários. Contaminação pelo Ar:- Devido ao acumulo de estercos, aumenta a população microbiana no ar e contribui para a contaminação do leite. Utensílios e Acessórios para Ordenha:- Estes constituem no foco mais importante da contaminação do leite, desde a máquina de ordenha até o vasilhames utilizados após a pasteurização. Se todos os instrumentos e acessórios não estão perfeitamente limpos e não tenha sido tratado com agentes bactericidas eficaz, os resíduos do leite que ficam aderente do uso anterior, constitui um meio favorável para a proliferação dos microrganismos. Muitas vezes a contagem de microrganismos do leite denunciam a utilização de utensílios e acessórios deficientemente limpos. Após a lavagem com água fria e detergente, submeter os vasilhames a tratamentos térmicos (vapor, ar quente) ou agentes químicos apropriados (composto de cloro e derivados de amônia). Cuidados dos Ordenhadores:- O pessoal designado para a ordenha e manipulação do leite pode se tornarem um grande responsáveis pela contaminação do leite se não forem informados dos cuidados necessários no momento da ordenha e com isso, contaminar o leite com vários agentes patogênicos. FERMEMTAÇÃO Transformações química do leite e seus agentes: I- Produção de ácidos - Estreptococo. O Streptococcus lactis, é encontrado nos utensílios de leite, no feno ensilado e em algumas plantas. Fermenta a lactose do leite dando como principal produto final o ácido lático. Streptococcus cremoris é semelhante ao S. lactis em seus caracteres. Leuconostoc citrovorum tem como produtos finais, ácidos lácticos, acético, álcool etílico e CO2. Devido a isto, este é chamado de heterofermentativo e aqueles homofermentativos. Lactobacilos. Fermentam a lactose produzindo os homofermentativos, como principal produto final o ácido lático. São encontrados bem difundidos na natureza, em estercos, silos, leite e produtos do leite. Microbactérias. Fermentam a lactose produzindo ácidos, principalmente ácido lático. A quantidade de ácido produzida às vezes é suficiente para coagular o leite e ás vezes não. As microbactérias são encontradas nos estercos de vaca, nos produtos lácteos e nos utensílios utilizados para leite. Neste grupo há algumas bactérias que sobrevivem as temperaturas de 80ºC e 85ºC por 10 minutos; são as bactérias não esporuladas que mais resiste ao calor. Microcos . fermentam a lactose, acidificando o leite. Algumas espécies são tidas como termo-resistentes porque a 63ºC durante 30 minutos. São encontrados nos condutos lactíferos das glândulas mamarias da vaca ou de utensílios usados para o leite. Bactérias coliformes. Fermentam a lactose produzindo ácido láctico, acético e outros em pequenas quantidades. Contaminam o leite e são encontrados nos estercos, solos, águas poluídas e plantas. Um leite de boa qualidade sanitária, quando se dá condições para o desenvolvimento microbiano apresenta um delicado gosto ácido, azedo. Isto é devido ao ácido láctico produzido principalmente por S. lactis e certos lactobacilos, sendo que não se nota nenhum sinal de proteolis ou de lipólis. Este tipo de fermentação é chamada de fermentação normal do leite. Há, porém, outros organismos que não só produzem ácido láctico, como também provocam alterações do leite que são fermentações anormais que veremos em seguida. II- Produção de gás - Muitos microrganismos fermentam os hidratos de carbono produzindo gases além de ácidos. As bactérias coliformes, por exemplo, produzem quantidades apreciáveis de CO2 e hidrogênio na fermentação da lactose. A bactéria do gênero Clostridium produzem grande quantidade de CO2 e de hidrogênio, na fermentação deste açúcar. O mesmo acontece com determinadas leveduras. Esta alteração gasosa não só afeta o leite como também a nata, queijo e outros produtos lácteos. III- Leite viscoso ou fibroso - Certos microrganismos ao desenvolver no leite dão uma consistência viscosa, daí o nome fermentação ''viscosa''. Este aumento de viscosidade se deve á abundante acumulação de substâncias cápsulas gomosas sintetizadas por estes organismos. Esta alteração é provocada freqüentemente pelo bacilo Alcaligenes, viscolactis, podendo também ser devido a outros microrganismos entre eles Aerobacter aerogenes. IV- Proteóleses e coalhada doce - Além da formação de coalhada através da produção de ácidos, há outro tipo de coagulação da caseína sem formação de ácidos ou em pequena quantidade. A este processo, chama-se coalhada doce, que é coagulação da caseína pela atuação das enzimas renina produzida por certas bactérias. A coalhada doce em geral é acompanhada por certo grau de digestão protéica ou proteolis, a qual segundo os microrganismos que intervêm, dá lugar á acumulação de quantidades variáveis de produtos nitrogenados solúveis que comunicam ao leite reação alcalina e sabor amargo. Entre estes microrganismos temos alguns bacilos, aeróbicos esporulados (Bacillus subtilis, B. cereus var. mycoides) etc. V- Lipolises - Os microrganismos que elaboram enzimas que desdobram as graxas (Lipases) hidrolizam a manteiga do leite em glicerina e ácidos graxos. Alguns deste ácidos graxos de cadeias curtas e voláteis tem cheiro picante e sabor desagradável e comunicam ao leite gosto de ranço. A ação enzimática pode continuar e desdobrar glicerina e ácidos graxos a produtos mais simples. Entre os lipolíticos temos alguns representantes de: bactérias, fungos e leveduras. VI- Sabores e colorações anormais - Os produtos finais do metabolismo que se acumulam em conseqüência do desenvolvimento de certos microrganismos de leites podem comunicar-lhe sabor e cheiro estranho. Já referimos ao gosto amargo, ao gosto ácido ou azedo e ao ranço. Há também produção de cheiro e açúcar queimado, de peixe, gosto e cheiro característicos das leveduras, etc. além disso há certas bactérias que produzem pigmentos dando ao leite coloração (azul, roxa, etc.) Tipos de Microrganismos do Leite Tipos bioquímicos:- O leite como foi dito anteriormente possui hidratos de carbono, proteínas e graxas, compostos que são passíveis de transformação por algumas espécies de microrganismos. O quadro abaixo mostra as transformações a que estão sujeitos os substratos. "SUBSTRATO "TIPOS DE ORGANISMOS "PRODUTOS REPRESENTATIVOS " "Proteínas "Proteolíticos "Peptídios, aminoácidos, amina e " " " "amônia " "Hidratos de carbono"Sacarolítico "Ácidos, gases, álcoois, e outros " " " "produtos neutros " "Graxas "Lipolítico "Ácidos, Graxos, Glicerina " ANALISE E PASTEURIZAÇÃO A análise micribiológica do leite proporciona dados muito úteis que refletem as condições em que se tem obtido e conservado. A obtenção de um grande número de colônias bacterianas não significam necessariamente que o leite contenha patógenos mas sim que houve uma intensa contaminação ou temperatura de refrigeração e tratamentos defeituosos. O método de contagem em placa é feito desta maneira: 1. Diluição da amostra. 2. Adição de um volume determinado da amostra diluída em placa de petri. 3. Adicionar meio de agar fundido (43 a 45ºC). 4. Misturar meio e amostra. 5. Incubar a 32 ou 35ºC. 6. Contar as colônias depois de 48 horas de incubação. Pasteurização do Leite - A indústria leiteira se utiliza de dois métodos da pasteurização. No primeiro submete-se o leite temperatura de 62,8ºC durante 30 minutos, mediante dispositivos de aquecimento apropriados. No segundo utiliza-se de temperatura mais alta71,7ºC durante 15 segundos. Qualquer que seja o método é necessário que se utilize de sistema que realmente proporcione temperatura necessária a todas as partículas de leite e mantenha o tempo preciso. Depois de realizado o processo é necessário tomar precauções necessárias para evitar contaminações e conservas. O leite a baixa temperatura para retardar o desenvolvimento dos microrganismos que resistem à pasteurização. Para verificar se a pasteurização foi bem feita, há a prova da fosfatose que se encontra no leite cru e é destruída no processo. Portanto provando a ausência da fosfatase no leite pasteurizado é garantia de uma pasteurização bem feita. DERIVADOS LÁCTEOS E A MICROBIOLOGIA Os microrganismos não causam somente prejuízos, pois possuem atividades que oferecem utilidades para indústria leiteira. Os leites fermentados (coagulados), a manteiga e os queijos são elaborados mediante a atividade microbiana. Na preparação do queijo há duas fases (coalhada e cura) que são utilizados microrganismos. Na primeira utilizam-se bactérias lácticas e na Segunda, a cura, utiliza-se bactérias e fungos conforme o tipo de queijo. Transformação microbiológicas durante a cura - Seria sumamente difícil diferenciar todos os processos bioquímicos que têm lugar e relacionar cada um com o organismos responsável. Os principais componentes que são submetidos à cura são lactose, proteína e graxa. A maior parte da lactose se desdobra nos primeiros dias a ácido láctico e pequenas quantidades de ácidos voláteis, álcoois e produtos neutros. A parte protéica (caseína coagulada, insolúvel) experimenta vários gradientes de hidrólis. Nos queijos frescos há uma ação proteolítica profunda, dando formação a compostos hidrossolúveis. Nos queijos duros, curados, as proteínas não experimentam transformações tão profundas. Como exemplo temos o queijo suíço em que apenas 25 a 30% da caseína se encontra solubilizada. A cura dos queijos se deve principalmente às bactérias lácticas. Quando as condições da cura não são favoráveis para o desenvolvimento dos tipos especiais de microrganismos utilizados na produção dos vários tipos de queijo então irá refletir nas qualidades dos mesmos. Todos os produtos lácteos podem deteriorar-se (aparecimento de sabor e cheiro desagradável) por muitos tipos de microrganismos prejudiciais. Preservação dos Alimentos A preservação dos alimentos tem por fundamentos os seguintes princípios: 1. Prevenção ou eliminação da contaminação. 2. Inibição do crescimento e metabolismo bacteriano (ação bacteriostática). 3. Destruição dos microrganismos (ação microbicida) As práticas utilizadas na preservação são em resumo as seguintes: manipulação asséptica, calor, temperatura baixas, desidratação, pressão osmótica, produtos químicos, radiações. Preservação pelo Calor - A temperatura elevada é um dos métodos mais seguros e de confiança na preservação dos alimentos. O calor destrói os organismos dos alimentos que são colocados em vasilhames onde não haja entrada de microrganismos após seu tratamento e fechamentos. Este método requer conhecimento da resistência ao calor dos microrganismos especialmente os esporos de resistência. O organismo mais importantes nesta classe de conservas é o Clostridium botulinum, anaeróbico, e produz uma toxina muita ativa muitas vezes de ação mortal. Também são usados pasteurização e ebulição. Um dos problemas do tratamento por temperaturas elevadas é que nem todos os produtos alimentícios podem preservar-se por esse meio sem prejudicar seu sabor ou valor nutritivo. Preservação - Baixa Temperatura - As temperaturas próximas a 0ºC e inferiores retardam o crescimento e as atividades metabólicas dos microrganismos. A refrigeração e congelação tem tornado possível transportar e armazenar por longo tempo produtos sujeitos a alterações. Notar que o produto congelado não destrói todos os microrganismos e o número deles presente no alimento reflete a higiene e o cuidado na manipulação do mesmo. O armazenamento a 10ºC proporciona uma conservação segura durante poucos dias o alimento não está intensamente contaminado. Preservação por Desidratação - A eliminação da água pode ser pelo sol, ar ou calor, artificial. O efeito preservador da desidratação é principalmente à bacteriostasis; não é necessário que morram os microrganismos. O crescimento de todos os microrganismos é inibido pela redução da umidade do meio a um nível abaixo do crítico. Este nível crítico está condicionado aos caracteres particulares dos microrganismos e à capacidade do alimento de reter umidade. Preservação por Pressão Osmótica Os microrganismos perdem água, quando estão em meio de alta concentração. As células se plasmolizam, o metabolismo estaciona, e por fim morrem. Assim o aumento da pressão osmótica pode ser considerado como um príncipe de inibição por desidratação. Embora as leveduras e fungos sejam relativamente resistentes este procedimento tem sido útil. Assim as compostas de frutas raramente se alteram por causa da concentração de açúcar inibindo a ação bacteriana. A pressão osmótica elevada pode inibir o crescimento microbiano, mas não pode ser considerada microbicida. Preservação por Produtos Químicos - A adição de produtos químicos aos alimentos para evitar sua ao alteração está submetida a ''lei de alimentos e Medicamentos e Cosméticos''. Segundo esta lei, considera-se alternado todo alimento ao qual tenha acrescentado alguma substância tóxica ou prejudicial a saúde temos ácidos orgânicos: benzoico, acético, sórbico, láctico e propiônico. Os ácidos sórbicos e propiônicos são usados para evitar o amarelecimento o pão. Nitratos e nitritos são utilizados nas carnes secas, são inibidores de algumas bactérias anaeróbicas. Também são utilizados antibióticos que se conservam as qualidades das carnes , pescado e aves. Preservação por Radiação - A radiação ultravioleta se aplica para reduzir a contaminação superficial de certos alimentos. Certas câmaras frigoríficas possuem ultravioleta que mantém a câmara ascética e permite armazenamento mais prolongado sem alteração. Também estuda-se a possibilidade de radiação gama na proteção dos alimentos. Pode-se esterilizar enlatados com doses apropriadas. É o que chamam de ''esterilização fria''. Dá-se o nome de pasteurização por radiação para descrever a morte de 98% dos microrganismos por doses de radiação. A resistência dos microrganismos não corresponde a sua resistência térmica. Clostridium botulinum parece ser tecnologia dos alimentos. Todavia há de resolver muitas questões antes de generalizar o uso de radiações. Precisa determinar seu efeito sobre o sabor, cor, e qualidades nutritivas do alimento. É necessário compreender e avaliar transformações químicas que provoca nos alimentos. Alterações Microbianas dos Alimentos Se considerar a variedade de substância que se empregam como alimento e a manipulação no processo de preparação de cada uma delas, é de se supor que todas as classes de microrganismos são possíveis contaminantes. O tipo e o método de preparação e de preservação favorece em cada caso a contaminação por determinado grupo de microrganismos. Os principais alimentos são excelentes meios de cultivo para diferentes organismos e quando as condições são favoráveis para seu crescimento então produzem alterações no sabor, cheiro, e outras qualidades. Os processos de decomposição, podem ser resumidos assim: Alimentos protéicos microrganismos proteolíticos, aminoácidos, aminas, amoníaco, H2S. Al. Hidrocarbono microrg. Carbohidrolítico, ácidos, álcoois e gases. Al. Graxos microrg. Lipolíticos, ácidos graxos e glicerinas. As alterações microbianas nos alimentos não se limitam aos resultados da decomposição, podem ser também devido à síntese microbiana. Devido a sua resistência térmica, as bactérias dos gêneros Clostridium e Bacillus constituem o grupo de organismos mais importantes para a indústria de conservas. Os três tipos de alterações de produtos comerciais são : 1. azedamento rápido. 2. Alteração por termófilos anaeróbicos. 3. Putrefação. Análise microbiológica dos Alimentos O exame microbiológico dos alimentos proporcionam dados quanto à qualidade do produto bruto, condições sanitárias em que foi preparado e a eficácia do meio de preservação. Nos casos de alimentos deteriorado é possível identificar o agente causal e posteriormente tomar as medidas de controle. Em geral, as técnicas consistem no exame direto com microscópio que leva a observação direta do cultivo.