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Metodologia Para Elaboração Do Projeto Do Canteiro De Obras

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METODOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DO CANTEIRO DE OBRAS DE EDIFÍCIOS Emerson de Andrade Marques Ferreira Luiz Sérgio Franco RESUMO O presente trabalho apresenta uma metodologia para elaboração do projeto do canteiro de obras através da integração do projeto do produto e da produção, abrangendo as etapas da definição do programa de necessidades, elaboração do estudo preliminar, desenvolvimento do anteprojeto e elaboração do projeto executivo. São discutidos os conceitos utilizados como referência para o desenvolvimento da metodologia, e os princípios de racionalização construtiva e da nova filosofia de produção de edifícios, incorporados como diretrizes para a elaboração do projeto do canteiro de obras. Conclui-se com uma análise crítica da metodologia, a partir da simulação da sua aplicação a uma das obras estudadas e as contribuições obtidas com a metodologia apresentada. ABSTRACT This paper presents a design methodology for construction site, by the integration of building design and production process design, including the briefing, the preliminary studies, the scheme design, and the definite design. It discuss the main concepts of this methodology, and the directives to develop a construction site design. The application of the design methodology in one site, is simulated, and the results are analyzed, comparing to real site conditions. The conclusion presents a critical analysis of this application. 1 1 INTRODUÇÃO A construção civil tem grande importância na economia do país, representada por sua expressiva participação no Produto Interno Bruto (PIB). Mudanças de cenário, implicaram em redução nesta participação, indicando a necessidade de mudanças no sistema de produção, em particular, do subsetor edificações. O estudo realizado pelo IPT (1988), sobre a construção habitacional, identificando alterações no cenário do setor, apresentou, como resultados, diretrizes para o desenvolvimento tecnológico, sugerindo, relativamente à modernização tecnológica da execução da edificação, os seguintes itens para pesquisa e desenvolvimento: → → → → → → modernização organizacional e gerencial da execução de obras; elaboração do projeto do canteiro de obras; racionalização do transporte, manuseio e armazenamento de materiais; racionalização do uso de equipamentos e ferramentas; melhoria das condições de trabalho; racionalização das técnicas de execução. O setor da construção civil tem sido influenciado pelas modificações ocorridas no cenário atual, inclusive, com a indução através do poder de compra do estado, para que o meio produtivo estabeleça programas setoriais da qualidade, a exemplo do Programa da Qualidade da Construção Habitacional do Estado de São Paulo - QUALIHAB, que tem como objetivos a otimização da qualidade dos materiais, componentes, sistemas construtivos, projetos e obras, além de exigências em relação à segurança e valorização do trabalhador (CDHU, 1996). A implantação da NR18 - Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção (FUNDACENTRO, 1996), tornando obrigatório, para os estabelecimentos com vinte trabalhadores ou mais, a elaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), que exige, entre outros documentos, o arranjo físico inicial do canteiro de obras, vem, juntamente com as exigências do mercado consumidor, incentivar as empresas a repensarem os seus sistemas de produção e, a organização dos seus canteiros de obras. O repensar do sistema de produção das empresas de construção civil, é uma preocupação que diversos pesquisadores têm demonstrado, procurando aproximar a forma de produção da edificação, de um sistema de manufatura com um maior nível de industrialização, existindo trabalhos relacionados à modulação de projetos, materiais e componentes, industrialização, racionalização, gestão da qualidade, e a aplicação de uma nova filosofia de produção, entre outros. Para atender às normas, e a um mercado mais competitivo, exigindo a melhoria da qualidade e da produtividade das construções, torna-se necessário 2 a elaboração do projeto do canteiro de obras, como forma de, atender as exigências legais, e possibilitar a otimização das condições de trabalho e segurança nas obras, contribuindo para o funcionamento mais eficiente do sistema de produção. O trabalho se aplica, principalmente, ao subsetor edificações, particularmente, às obras de construção de edifícios residenciais, de múltiplos pavimentos, localizados em áreas urbanas, utilizando o processo construtivo tradicional, estrutura reticulada em concreto armado, alvenaria de vedação com blocos cerâmicos ou de concreto, e revestimentos cerâmicos e argamassados. 2 PRINCÍPIOS PARA A MODERNIZAÇÃO DO SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL, MÉTODOS, PROCESSOS E SISTEMAS CONSTRUTIVOS, E O PLANEJAMENTO DA PRODUÇÃO DE EDIFÍCIOS. O canteiro de obras, tem como objetivo, propiciar a infra-estrutura necessária para a produção do edifício, com os recursos disponíveis, no momento necessário para sua utilização, podendo ser mais eficiente e eficaz em função do projeto do produto e da produção, e da forma de gerenciamento empresarial e operacional, influindo na produtividade da utilização dos recursos, em função da sua organização e do seu arranjo físico. O projeto do canteiro de obras, deve incorporar, os requisitos de produção, exigidos pelas inovações tecnológicas introduzidas, contribuindo assim, para a melhoria do processo de produção do edifício, através da organização e do adequado posicionamento dos elementos do canteiro, e dos recursos necessários para a produção. Para a definição do projeto de produção, devem ser analisados o processo global e os sub-processos específicos, dentro de uma visão holística do empreendimento, analisando os fluxos e os ciclos de produção, evitando a ocorrência de perdas, identificando as atividades que agregam e as que não agregam valor, em relação aos desejos e expectativas dos clientes internos e externos, atendendo às especificações que traduzem as necessidades dos clientes e incorporando a facilidade de serem executadas. A utilização de ferramentas para a melhoria da qualidade e da produtividade e, a incorporação de inovações tecnológicas ao processo de produção do edifício, são alguns dos princípios para a modernização do setor da construção, que podem ser aplicados ao desenvolvimento do projeto de produção, com vistas à identificação e análise de problemas, à definição das especificações e ao planejamento das diversas etapas, do projeto de produção e do projeto do canteiro de obras. A discussão sobre métodos, processos e sistemas construtivos, juntamente com os princípios de industrialização e racionalização, tem como objetivo apresentar referências e diretrizes para a definição do processo construtivo e para o desenvolvimento do projeto de produção integrado ao projeto do produto. 3 O planejamento da produção de edifícios de acordo com a nova filosofia de produção e com os princípios de racionalização construtiva, é uma estratégia que deve ser devidamente incorporada ao processo de planejamento, com vistas à obtenção de melhores resultados durante a produção, através de uma análise holística do empreendimento, que contribua, para a elaboração de um projeto da produção e do canteiro de obras, evolutivo e integrado ao longo do tempo e entre todos os seus elementos. 3 PROJETO DO CANTEIRO DE OBRAS O canteiro de obras é definido pela NR-18 (FUNDACENTRO, 1996), como: "área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra." A NB-1367 (ABNT, 1991), define canteiro de obras como: "áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência." TOMMELEIN; LEVITT; HAYES-ROTH (1992a), consideram o processo de planejamento do canteiro de obras, como sendo: “identificar os recursos auxiliares necessários para as operações da construção, o tamanho e a forma, e posicioná-los com limites definidos... dependem do projeto, localização, organização e forma de produção...” Bons canteiros devem atender a múltiplos objetivos, classificados em de alto e baixo nível, segundo TOMMELEIN; LEVITT; HAYES-ROTH (1992a): “Alto nível: operações seguras e eficientes; boa moral dos trabalhadores; Baixo nível: minimizar distâncias e tempo para movimentação de pessoal e material; reduzir tempo de movimentação de material; aumentar tempo produtivo; evitar obstrução da movimentação de material e equipamentos.” FRANCO (1992), considera importante que se dedique atenção especial à elaboração do projeto do canteiro, para conseguir atingir os resultados desejados de funcionamento: "para tanto, é essencial que o arranjo do canteiro de obra seja feito através de um projeto cuidadosamente elaborado que contemple a execução do empreendimento como um todo, prevendo as diferentes fases da obra e as necessidades e condicionantes para cada uma delas". 4 A aplicação dos princípios, de racionalização construtiva, ao projeto e à construção do edifício, que incluem construtibilidade e organização entre outros, aliados à utilização das ferramentas da qualidade e ao gerenciamento por processos, seguindo os onze princípios propostos por KOSKELA (1992), relativos à nova filosofia de produção, são alguns dos pré-requisitos para a elaboração do projeto do canteiro. A partir das definições apresentadas pelas normas, e procurando incorporar os princípios mais importantes que devem ser observados no projeto do canteiro de obras, relativos à movimentação de materiais, ao projeto de produção, e às condições de trabalho, é adotada a seguinte definição: "O projeto do canteiro de obras é o serviço integrante do processo de construção, responsável pela definição do tamanho, forma e localização das áreas de trabalho, fixas e temporárias, e das vias de circulação, necessárias ao desenvolvimento das operações de apoio e execução, durante cada fase da obra, de forma integrada e evolutiva, de acordo com o projeto de produção do empreendimento, oferecendo condições de segurança, saúde e motivação aos trabalhadores e, execução racionalizada dos serviços." Analisando as diversas propostas existentes na literatura pesquisada, relacionadas ao canteiro de obras, pode-se identificar as principais características de cada uma. SANTOS (1995), recomenda para análise do arranjo físico, a utilização de um diagrama de fluxo, ou de um "mapofluxograma", que consiste no desenho das linhas de fluxo sobre a planta da obra, com vistas a identificar as circulações de materiais e pessoas, além da análise baseada em uma série de princípios. HANDA; LANG (1988) apresentam uma relação de elementos considerados necessários ao funcionamento do canteiro, e com base nestes elementos desenvolvem uma lista de verificação, para avaliação dos projetos dos canteiros de obras, contendo pesos para cada item a ser avaliado. SAURIN (1997), apresenta um método para diagnóstico, e diretrizes para planejamento de canteiros de obra de edificações, a partir do diagnóstico e avaliação das alternativas e planejamento do arranjo físico. A NEOLABOR (1996), apresenta um método para a organização do canteiro de obras chamado de "Método de arrumação e limpeza do canteiro - 5L", com as seguintes etapas: liberação de áreas; localização e arrumação; limpeza do canteiro; limpeza pessoal e saúde; e lista de verificação e reconhecimento. TOMMELEIN; LEVITT; HAYES-ROTH (1992b) apresentam um sistema especialista, "SightPlan", para elaboração do arranjo físico do canteiro de obras, baseado na identificação do espaço ocupado pelas instalações permanentes, posicionamento inicial das instalações temporárias, presentes durante toda a obra, e posteriormente as de curta duração, e posicionamento 5 dos elementos maiores antes dos menores. A necessidade de alteração do projeto do canteiro de obras, ao longo da execução da obra, levou ao desenvolvimento de um sistema dinâmico para planejamento do arranjo físico, denominado "MovePlan", em que o espaço é considerado como um dos recursos necessários para a execução das atividades, sendo feita a sua alocação no canteiro de acordo com o cronograma da obra, (ZOUEIN; TOMMELEIN, 1992) e (TOMMELEIN; ZOUEIN, 1993). CHENG; O'CONNOR (1996), apresentam o sistema, "ArcSite", para o desenvolvimento do arranjo físico do canteiro de obras, baseado na utilização de um sistema de informações geográficas (GIS), integrado com um sistema de banco de dados. YEH (1995), apresenta uma metodologia para o arranjo físico do canteiro de obras, baseado na utilização de redes neurais, para a otimização do arranjo de um conjunto de instalações preestabelecidas, em um conjunto de locais prédeterminados no canteiro, satisfazendo um conjunto de requisitos e condicionantes. SOUZA (1993), apresenta diretrizes para o projeto e implantação do canteiro e SOUZA; FRANCO (1997a) apresentam um roteiro para o projeto do canteiro. SOUZA et al (1997), apresentam recomendações gerais quanto à localização e tamanho dos elementos do canteiro de obras, abrangendo: elementos ligados à produção; elementos de apoio à produção; outros elementos do canteiro; sistema de transporte; áreas de vivência; elementos de apoio técnico / administrativo; e elementos de complementação externa à obra. Com relação às áreas de vivência em canteiros de obras, devem ser seguidas as recomendações da NB-1367 - Áreas de vivência em canteiros de obras (ABNT, 1991), e da NR-18 - Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção (FUNDACENTRO, 1996). MUTHER (1978), apresenta uma proposta bastante detalhada para o projeto do arranjo físico, que, apesar de não ser direcionada, especificamente, ao projeto do canteiro de obras, pode ser aplicada ao mesmo, constando das seguintes etapas gerais: localização, arranjo físico geral, arranjo físico detalhado e implantação. MUTHER (1978), considera como bases para o projeto de qualquer instalação a resposta a 5 questões, com informações sobre o produto: ♦ ♦ ♦ ♦ ♦ O que será produzido ? Quanto de cada item será produzido ? Como serão produzidos os itens ? Quais os serviços de apoio à produção que serão necessários ? Quando os itens serão produzidos ? 6 As diversas estratégias existentes para o planejamento do canteiro, se complementam em alguns casos, e se superpõem em outros, não existindo porém, uma integração do projeto do produto e da produção, como base para o desenvolvimento do planejamento do canteiro de obras, que consideramos fundamental para a obtenção de resultados mais eficientes e eficazes. A pesquisa de campo realizada, possibilitou a identificação de diferentes procedimentos, utilizados para o projeto e funcionamento dos canteiros de obras, muitas vezes em completo desacordo com as normas existentes, permitindo verificar que os aspectos relativos ao recebimento, armazenamento e movimentação de materiais, são os que mais problemas acarretam ao funcionamento eficiente dos canteiros. A discussão sobre as propostas existentes, relacionadas ao projeto do canteiro de obras, tem como objetivo o conhecimento de outras experiências e, a identificação dos principais aspectos recomendados por outros pesquisadores, de modo a enriquecer a metodologia apresentada neste trabalho, através da sua incorporação à metodologia, ou pela possibilidade de sua utilização como ferramenta complementar. O conhecimento da realidade existente nos canteiros de obras, desde a elaboração do projeto, até a sua implantação e operação, tem como objetivo a identificação dos procedimentos utilizados e das dificuldades e problemas para a o seu funcionamento, como forma de orientação ao desenvolvimento da metodologia proposta, de modo que possa oferecer condições para a solução dos problemas existentes, através de um projeto adequado do canteiro de obras. 4 METODOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DO CANTEIRO DE OBRAS Apresenta-se, neste capítulo, a metodologia desenvolvida para elaboração do projeto do canteiro de obras, baseada no desenvolvimento simultâneo do projeto do produto e da produção. O projeto da produção compreende o projeto dos processos, o projeto do canteiro, a organização do empreendimento, o sistema de informações e o sistema de planejamento e controle (FRANCO, 1992). O projeto do canteiro de obras, como parte do projeto da produção, deve iniciar durante a definição do programa de necessidades (PN) e evoluir paralelamente ao desenvolvimento do projeto do produto, durante as etapas de elaboração do estudo preliminar (EP), anteprojeto (AP) e projeto executivo (PE). A Figura 4.1, apresenta a proposta para o desenvolvimento simultâneo do projeto do produto e da produção, a partir da proposta de MELHADO (1994). 7 Projeto do produto Projeto da produção PN Idealização do produto Planejamento Estratégico da produção EP Concepção inicial e viabilidade Planejamento Tático da produção AP Formalização do produto Planejamento Operacional da produção PE Detalhamento do produto Detalhamento do Planejamento Operacional da produção Figura 4.1 - Proposta para o desenvolvimento do projeto do produto e da produção A Tabela 4.1 apresenta os produtos das várias etapas do projeto, relacionando o projeto do produto, baseado em MELHADO(1994), com o projeto da produção, e o resumo das ações desenvolvidas em cada etapa, enfatizando as ações do projeto da produção relacionadas ao projeto do canteiro. A Figura 4.2 apresenta a seqüência de atividades para elaboração do projeto do canteiro de obras, ao longo do desenvolvimento do projeto do produto. Tabela 4.1 - Produtos das etapas do projeto Etapas Projeto do Produto (Edificação) Projeto da Produção (Canteiro) Idealização do produto Planejamento Estratégico da produção PN Conjunto de parâmetros e exigências a serem Conjunto das metas, requisitos e diretrizes, e condicionantes a serem atendidos atendidas pela edificação. pelo processo de produção. Concepção inicial e viabilidade Planejamento Tático da produção EP Concepção e representação gráfica preliminar, atendendo aos parâmetros e exigências do programa de necessidades Formalização do produto AP Representação preliminar da solução adotada para o Definição do cronograma e dos recursos necessários para produção (materiais e projeto, através de representação gráfica e mão-de-obra). especificações técnicas. Definição das principais fases do canteiro, com base no plano de ataque e no Pré-dimensionamento estrutural. cronograma dos recursos necessários. Concepção dos sistema de instalações prediais. Avaliação das alternativas de transporte para as diversas fases do canteiro. Elaboração do Anteprojeto das fases do canteiro, com a representação preliminar da solução adotada em cada fase. Fornecimento da estimativa das necessidades do canteiro, para os projetos de arquitetura, estruturas, e sistemas prediais. Detalhamento do produto Detalhamento do Planejamento Operacional da produção PE Representação final e completa da edificação e seu Revisão do cronograma e das necessidades de recursos. entorno, através de representação gráfica, Revisão das definições das fases do canteiro, e da avaliação das alternativas de especificações técnicas e memoriais descritivos. transporte. Revisão do anteprojeto das fases do canteiro. Avaliação e síntese das diversas fases em um único projeto evolutivo. Detalhamento dos elementos do canteiro. Execução do projeto do produto Execução do projeto da produção, e revisão quando necessário, em função de alteração na velocidade ou na seqüência executiva da obra. Revisão dos fluxos dos processos e suas interferências, das técnicas utilizadas, da localização dos elementos no canteiro, e dos procedimentos para mobilização e desmobilização de equipamentos. EXE Definição do processo construtivo e do plano de ataque, com base nas metas, requisitos e diretrizes, e condicionantes previamente estabelecidos para a produção. Planejamento Operacional da produção 9 PN EP Metas para produção Definição do processo construtivo R E Q U Plano de ataque I S I T Cronograma e Alocação de recursos O S C O N D I C I E AP Fases do canteiro D I R E T Alternativas de transporte R O N A N T E S I Z E Anteprojeto das fases do canteiro PE S Projeto global do canteiro Figura 4.2 – Diagrama de blocos com as etapas para elaboração do projeto do canteiro de obras 10 4.1. Programa de necessidades Nesta etapa é desenvolvido o programa de necessidades, para o produto e para a produção, definindo-se, o planejamento estratégico da produção, com a participação do representante do empreendedor, juntamente com o coordenador do projeto e o representante da equipe de projeto para produção. Em relação à definição do planejamento estratégico, deve-se pensar no atendimento a objetivos relacionados a prazos, custos, qualidade e produtividade, podendo-se tomar como referência, as recomendações constantes dos trabalhos: Sistemas da qualidade uso em empresas de construção de edifícios (PICCHI, 1993), Sistema de indicadores de qualidade e produtividade na construção civil (OLIVEIRA; LANTELME; FORMOSO, 1995), Metodologia para o desenvolvimento e implantação de sistemas de gestão da qualidade em empresas construtoras de pequeno e médio porte (SOUZA,1997), entre outros. Devem ser definidas as metas para produção, os requisitos e diretrizes, e os condicionantes da produção do empreendimento. 4.1.1. Metas para produção As metas para produção devem ser definidas, simultaneamente à idealização do produto. Estas metas devem procurar definir o início do processo e parâmetros de custo, preço e produção, contendo indicadores globais e por subsistemas, que poderão servir de orientação para o planejamento da produção, podendo ser consultado, entre outros, ROCHA LIMA Jr (1993). 4.1.2. Requisitos e diretrizes da produção Para a definição dos requisitos e diretrizes da produção devem ser estabelecidas inicialmente, uma estratégia competitiva, e estratégias de produção associadas, de acordo com os objetivos e a cultura da empresa. O projeto da produção deve ser elaborado, de acordo com as estratégias de produção adotadas pela empresa, e em requisitos, definidos simultaneamente ao programa de necessidades do produto, que irão servir de diretrizes para o desenvolvimento de todos os trabalhos. 4.1.3. Condicionantes da produção Durante a definição do programa de necessidades, são identificados os principais condicionantes que irão influenciar na produção da edificação, de modo que o projeto do produto e o projeto da produção, particularmente o projeto do canteiro, sejam permanentemente verificados, durante o seu desenvolvimento, em relação ao atendimento dos condicionantes existentes. 11 4.2. Estudo preliminar Nesta etapa é realizado o estudo preliminar, para o produto e para a produção, com o desenvolvimento do planejamento tático da produção, devendo participar o representante do empreendedor, o coordenador do projeto, e os representantes das equipes de projeto para produção, de projeto de arquitetura, de projeto de estruturas, e de projeto de sistemas prediais. Devem ser definidos, o processo construtivo e o plano de ataque, com base nas metas, requisitos e diretrizes, e condicionantes da produção, simultaneamente à concepção inicial do produto e análise de viabilidade do empreendimento. 4.2.1. Definição do processo construtivo A presente etapa consiste na definição do processo construtivo a ser adotado, com os métodos, as técnicas e os materiais que serão utilizadas. A definição do processo construtivo deve ser feita com base nas metas, nos requisitos e diretrizes, e nos condicionantes da produção, simultaneamente ao estudo preliminar do produto. A definição do processo construtivo depende das características do projeto do edifício, do tempo para execução, das tecnologias existentes, do conhecimento das mesmas, e do balanço entre os recursos necessários e disponíveis (financeiros, materiais, mão-de-obra, equipamentos e espaço), entre outros fatores. 4.2.2. Plano de ataque O plano de ataque consiste na estratégia de execução da obra, com a definição das etapas iniciais e da seqüência construtiva da obra. O plano de ataque depende das características do projeto do edifício, do prazo para execução, das tecnologias disponíveis e do conhecimento das mesmas, do balanço entre os recursos necessários e disponíveis (financeiros, materiais, mão-de-obra, equipamentos e espaço), das características do terreno (acessos e topografia), e das condições climáticas, entre outros. O plano de ataque deve ser estabelecido através da identificação das vantagens e desvantagens de cada alternativa em relação ao atendimento às metas, requisitos e diretrizes, condicionantes e ao processo construtivo definido para o empreendimento, devendo-se analisar, entre outros, os fatores prazo, custos, acesso e movimentação de pessoal e materiais, espaço necessário para produção, liberação de frentes de serviço, restrições construtivas e interferências entre os serviços. 12 4.3. Anteprojeto Nesta etapa é desenvolvido o anteprojeto, para o produto e para a produção, com o desenvolvimento do planejamento operacional da produção, devendo participar o representante do empreendedor, o coordenador do projeto, e os representantes das equipes de projeto para produção, de projeto de arquitetura, de projeto de estruturas, e de projeto de sistemas prediais. Devem ser definidos o cronograma e a alocação dos recursos, as fases do canteiro, a alternativa de transporte, e o anteprojeto das fases do canteiro, com a representação da solução preliminar adotada, que atenda ao planejamento elaborado. São desenvolvidos, simultaneamente, o anteprojeto do produto e da produção, devendo ser seguidos os princípios de coordenação de projetos, procurando realizar a compatibilização entre os anteprojetos de arquitetura, estruturas, e sistemas prediais, e a integração com o projeto de produção. Podem ser fornecidas novas especificações, ou serem modificadas algumas das especificações existentes, durante a elaboração do projeto do produto, devido à identificação de necessidades da produção, que impliquem em alterações no projeto arquitetônico, estrutural ou de sistemas prediais, com vistas à otimização dos processos de produção. 4.3.1. Cronograma e alocação de recursos Com base no plano de ataque, definido durante o estudo preliminar da produção, e de acordo com as metas, requisitos e diretrizes, condicionantes da produção, processo construtivo, e o anteprojeto do produto, é definida a programação de execução da obra, e elaborado o cronograma físico e a alocação dos recursos necessários para a produção. 4.3.2. Fases do canteiro A definição das fases deverá ser feita de acordo com o anteprojeto arquitetônico, as metas, os requisitos e diretrizes, os condicionantes da produção, o processo construtivo, o plano de ataque, os cronogramas de materiais e mão-de-obra, e em função dos principais marcos existentes, que impliquem em alterações substantivas na alocação de espaço no canteiro, devido ao início de novos serviços, alteração nos processos de produção, chegada ou utilização de novos materiais e equipamentos, implantação de novas instalações, ou à necessidade de liberação de espaços para novas frentes de serviço, entre outros. Para cada fase da obra, devem ser definidos os meses críticos, com base na maior dificuldade de movimentação dos materiais, e em função dos quantitativos de mão-de-obra. 13 4.3.3. Alternativas de transporte A avaliação e seleção das alternativas de transporte no canteiro de obras, deverá ser realizada, com base na definição das fases do canteiro, e no cronograma de materiais, de acordo com os requisitos e diretrizes, e com os condicionantes da produção, devendo ser analisadas as alternativas para os meses críticos de cada fase. A avaliação das alternativas deve ser feita com base em dois critérios, o primeiro em função da avaliação da capacidade do sistema atender à produção, e o segundo em função do custo das alternativas, podendo ser utilizado como referência a metodologia proposta por LICHTENSTEIN (1987), e os trabalhos desenvolvidos por SOUZA; FRANCO (1997a; 1997b). 4.3.4. Anteprojeto das fases do canteiro O anteprojeto das fases do canteiro, deve ser desenvolvido a partir do anteprojeto arquitetônico, dos requisitos e diretrizes, dos condicionantes da produção, dos cronogramas de materiais e mão-de-obra, das fases do canteiro e da alternativa de transporte selecionada. O anteprojeto das fases do canteiro, consiste, basicamente, da definição dos elementos que devem estar presentes no canteiro e suas características, da análise das inter-relações dos elementos, do estudo dos fluxos dos processos, da priorização dos elementos, da análise da alocação dos elementos no canteiro, da elaboração do arranjo físico, e da avaliação do arranjo físico, para cada uma das fases definidas. Após a avaliação do arranjo físico do canteiro, caso o mesmo não seja considerado satisfatório, deve-se retornar à etapa de alocação dos elementos no canteiro, rever a análise realizada, e então desenvolver uma nova proposta de arranjo físico dos elementos no canteiro, refazendo o ciclo até a obtenção de uma solução satisfatória, utilizando o arranjo físico de cada fase como referência para o desenvolvimento do arranjo físico da fase posterior. O fluxograma com as etapas para elaboração do anteprojeto das fases do canteiro é apresentado na Figura 4.2 a seguir: 14 Elementos do canteiro Inter-relações dos elementos do canteiro Fluxos dos processos Priorização dos elementos do canteiro Alocação dos elementos no canteiro Arranjo físico do canteiro Avaliação ok ? N S Nova fase ? S N Anteprojeto das fases do canteiro Figura 4.2 - Fluxograma para elaboração do anteprojeto das fases do canteiro 15 4.3.4.1. Elementos do canteiro A partir do anteprojeto arquitetônico, e dos requisitos e diretrizes, condicionantes da produção, cronogramas de materiais e mão-de-obra, das fases do canteiro, e da alternativa de transporte selecionada, devem ser identificados os elementos do canteiro e suas características, para a fase em estudo, com base nos dados do mês crítico. 4.3.4.2. Inter-relações dos elementos do canteiro A partir dos requisitos e diretrizes, dos condicionantes da produção, e dos elementos do canteiro para a fase em estudo, devem ser verificadas as interrelações entre os elementos, com o objetivo de identificar as necessidades de proximidade entre eles. 4.3.4.3. Fluxos dos processos A partir dos requisitos e diretrizes, dos condicionantes da produção, e dos elementos do canteiro para a fase em estudo, relacionados à movimentação de materiais, devem ser elaborados os fluxos para os principais processos, identificando as etapas, e as intensidades do fluxo em cada etapa. Os processos devem ser estudados de acordo com as estratégias de produção estabelecidas, seguindo os princípios da racionalização construtiva (FRANCO, 1992), e da nova filosofia de produção (KOSKELA, 1992), tendo como objetivo a simplificação, e a redução ou eliminação de perdas e interferências. 4.3.4.4. Priorização dos elementos do canteiro A partir dos requisitos e diretrizes, dos condicionantes da produção, das características dos elementos do canteiro, das suas inter-relações, e dos fluxos dos processos, para a fase em estudo, e de acordo com critérios gerais preestabelecidos, devem ser definidas as prioridades para alocação dos elementos no canteiro, e, avaliados os espaços necessários e disponíveis, e as restrições à sua utilização. A priorização dos elementos do canteiro de obras deve ser feita com o objetivo de garantir que os elementos mais importantes para o processo de produção da edificação tenham condições de ser alocados em melhores condições, e os outros elementos ajustados às condições disponíveis, inclusive alteração das especificações de espaço, ou alocados em área fora do canteiro, se for o caso. 4.3.4.5. Alocação dos elementos no canteiro A alocação dos elementos no canteiro de obras, deve ser feita com base no anteprojeto arquitetônico, nos requisitos e diretrizes, nos condicionantes da produção, nas características dos elementos do canteiro, nas suas interrelações, nos fluxos dos processos e na priorização para a fase em estudo. 16 4.3.4.6. Arranjo físico do canteiro O arranjo físico do canteiro, deve ser elaborado, a partir do anteprojeto arquitetônico, dos requisitos e diretrizes, dos condicionantes da produção, das características dos elementos do canteiro, das suas inter-relações, dos fluxos dos processos, da priorização, e do estudo da alocação dos elementos, tendo como objetivo atender às necessidades da fase atual, utilizando porém, o arranjo físico da fase anterior como referência, para possibilitar o mínimo de alterações entre as fases. O estudo do arranjo físico do canteiro tem como objetivo otimizar o seu funcionamento global, em relação à capacidade e segurança das instalações e à produtividade das operações, através principalmente, da minimização do custo da movimentação dos materiais e da otimização das relações de proximidade, sendo procurado a melhor solução global para cada fase, ou pelo menos alternativas que atendam às condições estabelecidas, mesmo que individualmente a localização de algum elemento não seja tão boa quanto no momento em que foi estudada individualmente. 4.3.4.7. Avaliação A partir do arranjo físico do canteiro para a fase em estudo, deve-se avaliar a solução obtida, com base na análise dos fatores para terrenos restritos e, através do cálculo do centro de gravidade quando o projeto for desenvolvido para grandes áreas livres. Para complementação da avaliação dos arranjos físicos, devem ser analisados os fluxos, através da sua representação em planta, com o objetivo de visualização de interferências entre os fluxos dos diferentes processos, e utilizadas listas de verificação para a avaliação do atendimento às outras exigências do canteiro, relativas à segurança do trabalho, higiene, limpeza, arrumação, e organização, entre outras, de acordo com as recomendações estabelecidas para o desenvolvimento do projeto. 4.3.4.8. Anteprojeto das fases do canteiro Após a elaboração e avaliação dos arranjos físicos de todas as fases do canteiro, será apresentado o anteprojeto das fases do canteiro, com o conjunto de arranjos desenvolvidos. O anteprojeto deve conter desenhos, especificações para os elementos do canteiro, recomendações para a movimentação de materiais, e a definição dos equipamentos de transporte, alem dos fluxogramas dos processos para cada uma das fases do canteiro, fornecendo especificações para o anteprojeto arquitetônico, estrutural e de sistemas prediais, de forma a atender as necessidades de operação do canteiro. 4.4. Projeto executivo Nesta etapa, simultaneamente ao detalhamento do produto, deve ser realizado o detalhamento do planejamento operacional da produção, com a elaboração do 17 projeto global do canteiro, devendo participar o representante do empreendedor, o coordenador do projeto, os representantes das equipes de projeto para produção, de projeto de arquitetura, de projeto de estruturas, e de projeto de sistemas prediais, além da participação do engenheiro de produção, se o mesmo já estiver definido para a obra. 4.4.1 Projeto global do canteiro O detalhamento do planejamento operacional da produção, deve ser realizado através do projeto global do canteiro, abrangendo a revisão do cronograma, das fases do canteiro, das alternativas de transporte, e do anteprojeto das fases do canteiro, buscando, através de uma síntese, compatibilizar o que foi otimizado no desenvolvimento das fases, e realizar o detalhamento dos elementos do canteiro. A compatibilização entre as fases do canteiro pode ser feita com a realização de ajustes de posicionamento dos elementos, ou alterações dos cronogramas, conforme ZOUEIN; TOMMELEIN (1994), com vistas a redução das alterações no arranjo físico. Após a definição do arranjo físico das diversas fases do canteiro, deve-se realizar o detalhamento dos elementos, com a divisão funcional dos ambientes e a localização de móveis, máquinas e equipamentos, seguindo os mesmos princípios do arranjo físico do canteiro. O projeto global do canteiro deve incluir o projeto evolutivo das fases do canteiro, os fluxos dos processos, especificações para recebimento, movimentação e armazenamento de materiais, recomendações para mobilização, desmobilização, operação e manutenção dos equipamentos, especificações dos diversos elementos do canteiro, e recomendações para comunicação, iluminação, sinalização e limpeza. O projeto global do canteiro, pode ser desenvolvido juntamente com o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), de forma a integrarem um conjunto de documentos, contendo, além dos documentos já especificados, os projetos de execução das proteções coletivas de todas as fases do canteiro, o estudo dos riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas medidas preventivas, a especificação técnica das proteções coletivas e individuais, e um programa de treinamento sobre os processos de produção e a segurança no trabalho, criando assim as condições para a execução das obras, com eficiência, qualidade, produtividade e segurança. 5 SIMULAÇÃO DA APLICAÇÃO DA METODOLOGIA PROPOSTA A avaliação da aplicação da metodologia, consiste na comparação das características do projeto, desenvolvido com a metodologia proposta, em relação à realidade observada durante a pesquisa de campo, sendo avaliados qualitativamente em relação aos fatores: produção, fluxos, higiene e segurança, 18 supervisão e controle, e ao relacionamento com os clientes, a comunidade e o meio ambiente, procurando identificar dificuldades para movimentação de materiais, liberação de frentes de serviço, interferências na execução dos serviços, tempo de utilização dos equipamentos, entre outros aspectos. A necessidade de se pensar a obra a cada momento, e criar soluções para os problemas após os mesmos aparecerem, implicando em soluções menos eficientes do que as soluções previstas, confirmam a necessidade da utilização de uma metodologia adequada para o desenvolvimento do projeto do canteiro. 6 CONCLUSÕES As principais contribuições deste trabalho se referem ao desenvolvimento de uma metodologia para elaboração do projeto do canteiro de obras, com base na integração do projeto do produto e da produção, à proposição de ferramentas para avaliação do projeto do canteiro, e à incorporação dos princípios de racionalização construtiva e da nova filosofia da produção de edifícios, ao projeto do canteiro de obras. A metodologia desenvolvida além dos princípios já citados, procura atender a dois outros princípios estabelecidos para o seu desenvolvimento: ser uma metodologia "aberta" e de simples aplicação, de forma a possibilitar a sua utilização por qualquer empresa, não necessitando um especialista para sua aplicação, podendo ser utilizada por qualquer profissional de engenharia civil ou arquitetura, que esteja envolvido com o projeto de produção do empreendimento. Consideramos a aplicação desta metodologia, de fundamental importância para a elaboração do Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT), de forma a não se desenvolver apenas, o arranjo físico inicial do canteiro de obras, mas sim, um projeto integrado para todas as fases da obra. A importância deste trabalho, do ponto de vista tecnológico, está relacionada ao preenchimento de uma lacuna na organização da produção no canteiro de obras. A metodologia possibilita a incorporação de princípios, que, poderão aumentar a eficiência dos canteiros de obras, aumentar os níveis de qualidade e produtividade, contribuir para a melhoria do resultado final do empreendimento e aumentar a competitividade das empresas, tornando-as mais capazes, para a participação em um mercado cada vez mais competitivo. Acreditamos que este trabalho se reveste também, de uma importância no setor social, ao tempo em que contribui para a redução de custos, que poderão ser repassados ao consumidor, possibilitando um maior acesso à casa própria, reduzindo o desperdício de materiais, contribuindo para a economia das empresas e, para a economia da nação e do meio ambiente, através da menor utilização dos recursos naturais, em função do menor desperdício e, contribuindo também, com melhores condições de trabalho para a mão-de-obra da construção civil. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. 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