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Memorial Final Fernanda

GOSTARIA DE COMPARTILHAR COM VOCES ESSE MEMORIAL. ESCREVE-LO FOI DE GRANDE IMPORTANCIA PARA MIM, ALGO EMOCIONANTE, ESPERO PODER AJUDAR ALGUEM.

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    December 2018
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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ CURSO DE PEDAGOGIA FERNANDA FERNANDES MEMORIAL DESCRITIVO IPIXUNA DO PARÁ JULHO/2009 GLAUCIA ARAUJO CAMPOS MEMORIAL DESCRITIVO Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia, da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) como requisito total da 3ª avaliação da disciplina Atividades Acadêmicas Científicas e Culturais, orientado pela professora Cíntia Cardoso. IPIXUNA DO PARÁ JULHO/2009 GLAUCIA ARAUJO CAMPOS MEMORIAL DESCRITIVO Avaliado por: __________ Professor______________ Nota: _________________ Data__________________ IPIXUNA DO PARÁ JULHO/ 2009 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................................5 MEMORIAL ACADÊMICO DESCRITIVO................................................................6 RELATÓRIO..........................................................................................................10 Projeto Ação....................................................................................................10 FICHAMENTO.......................................................................................................12 Professora sim, tia não............ .......................................................................12 RESUMO...............................................................................................................31 Quem mexeu no meu queijo............................................................................31 RESENHA..............................................................................................................33 5.1 Quem ama educa.............................................................................................33 6. RESENHAS/ FIMES...............................................................................................50 6.1. O Clube do Imperador.....................................................................................50 6.2. A Fuga das Galinhas.......................................................................................52 6.3. Sociedade dos poetas mortos.........................................................................53 7. BIOGRAFIA............................................................................................................55 7.1. Lev Vygostsky.....................................................................................................55 8. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA.................................................................................58 8.1. Necessidades educativas especiais...............................................................58 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................60 ANEXOS.....................................................................................................................61 INTRODUÇÃO Através deste memorial descritivo apresento um relato das Atividades Acadêmicas Que Venho Desenvolvendo durante este primeiro semestre. O primeiro memorial fizemos dentro da sala de aula, não tinha noção da utilidade de falar da minha historia. O memorial vai muito alem, se trata de se ter uma percepção mais qualitativa do significado dessa vida, não só por outros que irão ler, mas, sobretudo pelo próprio autor. Apresento este memorial com a finalidade de ser avaliada e depois de observar os pontos onde posso ter falhado, cresça mais ainda, pois durante a pesquisa deste trabalho posso afirmar que foi uma grande experiência. O trabalho foi desenvolvido através de leituras de livros, vários filmes assistidos e muita pesquisa. A leitura foi a base de todo o trabalho. MEMORIAL ACADÊMICO DESCRITIVO Sou a primeira filha de uma familia de dois irmaos apenas, uma das minhas maiores frustraçoes foi perder os meus pais muito cedo. Nasci no ano de 1975 em pocrane – MG. Com a morte dos meus pais meu irmão e eu fomos morar com meus avós maternos. Com apenas dois anos de idade viemos embora para o pará, a cidade era capitão poço, onde permaneci até o ano de 1994 quando me casei. la iniciei minha vida escolar, o ensino fundamental estudei na escola "padre vitaliano" uma escola publica, porem, naquela epoca era a melhor da cidade, fiquei reprovada na 5ª serie e em seguida por achar que estava atrasada mudei de escola pra fazer o supletivo (4ª etapa), a escola era "Osvaldo Cruz", depois retornei a escola inicial pra fazer o 2º grau naquela epoca o magisterio. Nesse meio tempo quando cursava ainda o primeiro ano me casei aos 19 anos e fui embora de capitão poço, o grande sonho de ter minha casa, sempre pensei que a casa dos meus avos nao era minha casa, isso sempre foi muito forte na minha cabeça, nesse momento achava que tudo de mais importante era meu casamento e abri mao dos meus estudos, pois tinha que cuidar do meu marido (como errei!!!) mas nao posso dizer que nao cresci foram grandes experiencias que me tornaram melhores . fiquei quaze dez anos sem estudar, quando olhava as pessoas estudando muitas vezes chorava, tinha um casamento sofrido e nao tinha condiçoes de estudar, morei algum tempo em castanhal depois em tailandia, mae do rio onde tive minha filha que hoje esta com dez anos e por fim em novo horizonte onde acabei me separando. Vim morar em ipixuna e voltei a estudar na escola "Adelia Carvalho Sodre" onde conclui o 2º grau, nossa dia da minha formatura foi um sonho! Um fato marcante na minha vida. Enquanto estudava em Ipixuna um fato que mudou toda a minha vida foi conhecer meu esposo, meu amor, meu companheiro estamos casados a 9 anos e muito felizes graças a Deus. Terminamos o 2º grau no ano de 2001 e o sonho de continuar estudando era muito grande. Quando conversava com minhas amigas que faziam universidade eu sempre pensava que um dia tambem iria realizar meu sonho. No ano de 2007 fiz o vestibular em paragominas na ULBRA, passei fiquei muito feliz, porem, logo depois a frustração, depois de muitos cauculos chegamos a conclusão que nosso orçamento nao dava para custear as despesas que eram muito altas em virtude da faculdade ser em outra cidade. No inicio do ano de 2008 ao conversar com uma amiga, falavamos da UVA e ela me falou que teria outro vestibular aqui em nossa cidade, então fiquei feliz e falei que agora ia me escrever e faria, pensava nisso dia e noite. Procurei a coordenadora da universidade que me informou que seria no final do ano, aguardei e no momento que abriu as inscriçoes fiz a minha, fiz a prova e aguardei o grande resultado, todos foram aprovados era uma turma de 42 alunos. Com muita alegria e ansiedade aguardava o primeiro dia de aula. Nossa primeira discliplina foi Leitura Escrita e Meios de Comunicação, Deus que nos mandou de presente, nao poderiam ter escolhido professora melhor a querida Cintia cardoso,cada palavra pronunciada por ela era como som aos meus ouvidos, eu poderia ficar ali por dias seguidos que nao sentiria cansaço. Eu tinha muita sede por cada tema estudado. Cresci muito durante a discliplina uma mudança radical no habito de ler, e procurava absorver o maximo de tudo que era estudado. Nos preparavamos para o primeiro seminario, todos nervosos, anciosos. Estudamos muito, e aprendemos todas as normas de apresentação, a minha equipe que começou com cinco pessoas no final ficamos elizangela e eu, tiramos a maior media da turma, ficamos muito felizes. As pessoas na minha casa, minhas amigas começaram a perceber as mudanças que estavam ocorrendo na minha vida, isso é muito bom, colocar de fato em pratica o que estamos aprendendo, é sempre tempo de crescer e a unica forma de crescermos e atraves do conheciemento que é adquirido atraves da leitura. A 3ª disciplina foi sociedade, etica e cidadania com a tambem querida professora marilene Fonseca, tivemos a oportunidade de execultar o primeiro projeto junto a comunidade, foi uma grande experiencia. O projeto açao com o nome exploração sexual nao conscientização sim, realizamos na escola antonio marques e foi marcado por uma grande palestra com a assistente social semirames alves, alem da palestra houve sorteios de brindes, esse acontecimento foi o primeiro da turma enquanto academicos. A 4ª disciplina foi ciencia e tecnologia com a professora Ana Alice, a mesma me oportunizou o aprofundamento da ciencia e tecnologia na vida das pessoas, lembro que no primeiro dia de aula, me perguntei porque estavamos estudando tal disciplina, ao decorrer das aulas me certifiquei da importancia de entender um pouco o mundo da ciencia e tecnologia. O final da disciplina foi marcada com um seminario, o tema da nossa equipe foi problemas ambientais em Ipixuna do Para, nossa como foi gostoso trabalhar esse tema, trabalhamos no campo com entrevistas, fotos. A 5ª disciplina foi Professor, criança, desenvolvimento e aprendizagem. A professora era a Rosangela Farias, não diferente dos outros professores o que me encantou em todos os professores que passaram por nós, foi a dedicação, a preocupação se estamos aprendendo de fato, preocupação essa que a nossa instituição tem com seus acadêmicos. Aprendemos sobre alguns teóricos que contribuem até nos nossos dias com a educação de forma geral, como Vygotsky e Piaget, interacionistas a teoria nos mostra a ação do mediador na vida do docente. Fiquei encantada principalmente com a teoria de Vygotsky, valoriza o mediador, que interage com a criança e um aprende com o outro. Estou me aprofundando mais sobre cada umas dessas teorias, alias quero enfatizar a grande mudança nesse sentido na minha vida, buscar conhecimento, sempre que sento a frente do computador quero saber mais, quando um determinado professor fala do assunto chego em casa e mesmo cansada vou pesquisar, isso é gratificante pois não é nada forçado, nasceu dentro de mim, me sinto feliz em conhecer. Encerramos o primeiro período, uma vitoria alcançada, a nossa Turma hoje apenas com 17 alunos, corria o risco de acabar, mais uma vez quero dizer da alegria de fazer parte dessa família chamada UVA, se for analisar com uma turma tão pequena a instituição não tem lucro, pois paga professores, estadia, coordenador Etc.. E mesmo assim esta nos dando a chance de continuar estudando. Agora aguardamos com ansiedade e muita alegria o 2º período, tenho certeza que vou crescer muito mais, cada nova disciplina com seus novos conteúdos contribui para o nosso desenvolvimento, quero aproveitar o Maximo porque entendo que depende de mim principalmente, costumo falar que aproveito cada suspiro dos professores, sinto que já perdi muito tempo, o meu grande sonho não é apenas receber meu diploma, mas quero ser uma educadora que faça a diferença quero contribuir na formação verdadeiros cidadãos. PROJETO AÇÃO – TEMA : "EXPLORAÇÃO SEXUAL NÃO, CONSCIENTIZAÇÃO SIM" DEFENDA ESSA IDEIA! O projeto ação foi desenvolvido objetivando alcançar a comunidade dos bairros vila nova e João Paulo II, onde segundo informações existe um alto índice de exploração sexual. Toda a elaboração do projeto foi voltado para a conscientização, em função de sabermos que na maioria das vezes os casos de abuso acontece dentro da própria família e não são denunciados. A elaboração do projeto do projeto iniciou dia 28 de março sob a orientação da professora Marilene Fonseca, nesse primeiro momento dentro da sala de aula fica decidido o tema do projeto a ser trabalhado e equipes são formadas. Domingo dia 29 de março de 2009, pela manhã, reunimos novamente com todos os acadêmicos para socializar as ideias que cada um tinha sobre o tema; definir o local, publico alvo, palestrantes,folders,camisas,cartazes, enfim tudo que fosse necessário. Dia 31 de março foram fixados os cartazes para a divulgação do projeto. Dia 02 de abril de 2009, às 19h00min, tivemos uma reunião na casa da Fernanda,onde tratamos dos detalhes finais do projeto e quais as providencias finais a serem tomadas (relação dos presentes em anexo) decidimos quais as providencias a tomar a partir dali, o grande dia se aproximava. O próximo encontro fica marcado para o dia do projeto as 13h00min h na casa da Glaucia(relação dos presentes em anexo), naquele momento todos ficaram nervosos em função da principal palestrante Drª Alta não comparecer, sendo motivo de desânimo e até vontade de desistir de alguns, porém, permanecemos firmes vencendo os obstáculos Dia 03 de abril de 2009, dia da implementação do projeto, ao chegar à escola as 16h00min por um momento pensamos que o projeto não aconteceria, pois não havia publico, a secretária da escola havia esquecido de avisar aos alunos, esse foi mais um desafio, alguns acadêmicos foram para rua convidar e ainda estava chovendo dificultando mais aquele momento de tensão e emoção. As 17h00 inicia-se a palestra, o público compareceu, atendeu nosso chamado. A diretora da escola, professora Zilda do Carmo, iniciou falando das suas importantes experiências, em seguida coordenadora do CRAS Tatiana santos deu sua contribuição, a assistente social Semírames oliveira que não parecia dominar muito o tema deu um verdadeiro show, falou sobre o tema em uma linguagem acessível, interagiu com o público, em seguida o conselho tutelar também participou a Benedita da paz falou da função do conselho. Entre um palestrante e outro houve sorteios de chocolates e uma cesta básica, cada sorteio nos emocionava de poder contemplar o rostinho feliz de cada sorteado. O encerramento da implementação do projeto aconteceu às 18 horas, em seguida os acadêmicos limparam a escola e organizaram as cadeiras deixando o local nas devidas condições de receber os alunos que já chegavam para a aula. Sem duvida, o objetivo da turma e da orientadora Marilene Fonseca foi alcançado, todas as falhas servirão para nos orientar, para que no próximo projeto seja melhor. É muito emocionante ver pessoas unidas com o mesmo objetivo, cada um, mesmo com suas limitações tentando dar o melhor de si, isso nos faz crescer não apenas como acadêmicos, mas como cidadãos. FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não, cartas a quem ouso ensinar. 22 ed. São Paulo: edições Loyola. "Não sei se quem leia este livro perceberá facilmente o prazer com que o escrevi (...). Escrevi-o tocado por um forte sentido de compromisso ético-politico e com decidida preocupação em torno da comunicação que busco estabelecer a todo instante com seus prováveis leitores e leitoras." (p.6) "(...) não abandonar a leitura de nenhum texto por não conhecer a significação técnica desta palavra. (p.6)" "(...) é sempre bom ler textos que defendem posições políticas diretamente opostas as nossas. (...)". (p.6) ... "(...) ensinar e aprender gira também em torno da produção daquela compreensão, tão social quanto à produção da linguagem, que é também conhecimento." (p.6). ... "Esta é uma das violências que o analfabetismo realiza – a de castrar o corpo consciente e falante de mulheres e de homens, proibindo-os de ler e de escrever, (...) o analfabetismo as mutila e se constitui num obstáculo á assunção plena da cidadania. (...)" (p.8) "No fundo, estudar, na sua significação, mais profunda, envolve todas estas operações solidarias entre elas. (...)" (p.8) ... "(...) o ato de escrever é mais complexo e mais demandante do que o de pensar sem escrever. (...)" (p.9) ... "(...) minha intenção texto é mostrar que a tarefa do ensinante, que é também aprendiz, sendo prazerosa é igualmente exigente. (...) È impossível ensinar sem essa coragem de quere bem, sem a valentia dos que insistem mil vezes antes de uma desistência. (...) È preciso ousar para ficar ou permanecer ensinado por longo tempo nas condições que conhecemos mal pagos, desrespeitados e resistindo ao risco de cair vencidos pelo cinismo. (...)" (p. 9-10) "(...) A tarefa de ensinar é uma tarefa profissional que, no entanto, exige amorosidade, criatividade, competência cientifica, mas recusa a estreiteza cientificista, que exige a capacidade de brigar pela liberdade sem a qual a própria tarefa fenece." (p.10) "(...) tarefa de ensinar transforme a professora em tia de seus alunos da mesma forma como uma tia qualquer não se converta em professora de seus sobrinhos só por ser tia deles. (...) Ser professora implica assumir uma profissão enquanto não se é tia por profissão. (...)" (p. 10) ... "(...) De um lado, evitar uma compreensão distorcida da tarefa profissional da professora, de outro, desocultar a sombra ideológica repousando manhosamente na intimidade da falsa identificação. (...)" (p.10) ... "(...) A ideologia do poder não apenas opaciza a realidade, mas também nos torna míopes, para não ver claramente a realidade. (...)" (p. 11) ... "creio que um dos caminhos táticos para professores copetentes, politicamente claras, critica que, recusando serem tias se afirmam profissionalmente como professoras, é desmistificar o autoritarismo dos pacotes e das administrações pacoteiras, na intimidade de seu mundo, que é também o de seus alunos. Na sala de aula, fechada a porta, dificilmente seu mundo é desvendado." (p. 13) ... "uma das manhas de certos autoritários cujo discurso bem que podia defender que professora é tia e, quanto mais bem comportada melhor, melhor para a formação de seus sobrinhos, é a que fala claramente de que a escola é um espaço exclusivo do puro ensinar e do puro aprender. De um ensinar e de um aprender tão tecnicamente tratados, tão bem cuidados e seriamente defendidos da natureza política do ensinar e do aprender que torna a escola os sonhos de quem pretende a preservação do status. " (p. 14) ... "É incrível que continuemos a votar no executivo em um candidato progressista, mas, para o legislativo, num reacionário simplesmente porque nos ajudou um dia usando seu poder." (p. 17) ... "o que tenho pretendido deixar claro, como tese que defendo é que os partidos progressistas ou de esquerda, pois que a direita continua a existir, não podem cair nesse conto, o de que as ideologias se acabaram e, a partir daí, passar a entender a luta política como uma disputa sem cor e sem cheiro. Disputa em que só valem a competência técnica e a competência para melhor comunicar os objetivos e as metas de governo." (p. 17) ... "E por que me permita esse aparente desvio do item básico professora sim; tia, não? Exatamente porque o desvio é puramente fictício." (p. 19) "A tentativa de reduzir a professora á condição de tia é uma "inocente" armadilha ideológica em que, tentando adocicar a vida da professora o que se tenta e amaciar a sua capacidade de luta ou entretê-la no exercício de tarefas fundamentais. Entre elas, por exemplo, a de desafiar seus alunos, desde a mais tensa e adequada idade, através de jogos, de estórias, de leituras para compreender a necessidade da coerência entre discurso e pratica; um discurso sobre a defesa dos fracos, dos pobres, dos descamisados e a pratica em favor dos cambados e contra os descamisados, um discurso que nega a existência das classes sócias, seus conflitos, e a pratica política em favor exatamente dos poderosos." (p.19) ... "Finalmente a tese de professora, sim; tia, não, é que, enquanto tios e/ou tias e/ou professores, todos nós temos o direito ou o dever de lutar pelo direito de sermos nós mesmos, de optar, de decidir, de desocultar verdades." (p.19) "professora, porem, é professora. Tia é tia. É possível ser tia sem amar os sobrinhos, sem gostar sequer de ser tia, mas não é possível ser professora sem amar os alunos – mesmo que amar, só, não baste – e sem gostar do que faz. (...)" (p.19) "(...) Mas, você que esta me lendo agora, tem todo o direito de, sendo ou pretendendo ser professora, querer ser chamada de tia ou continuar a ser." (p. 19) "Não pode, porem é desconhecer as implicações escondidas na manha ideológica que envolve a redução da condição de professora á de tia." (p.19) "(...) não existe ensinar sem aprender e com isto eu quero dizer mais do que diria se dissesse que o ato de ensinar exige a existência de quem ensina e de quem aprende. (...)" (p.20) ... "(...) Obviamente, minha intenção não é escrever prescrições que devem ser rigorosamente seguidas, (...) o que me interessa aqui, de acordo com o espírito mesmo deste livro, é desafiar seus leitores e leitoras em torno de certos pontos ou aspectos, insistindo em que há sempre algo diferente a fazer na nossa cotidianidade educativa, querem dela participemos como aprendizes, e, portanto ensinantes, ou como ensinantes e, por isso, aprendizes também." (p.20) ... "(...) como necessidade da própria reflexão, me conduz á leitura de textos que minha curiosidade e minha experiência intelectual me sugerem ou que me são sugeridos por outros." (p.21) "(...) o ato de estudar implica sempre o de ler mesmo que neste não se esgote. De ler o mundo, de ler a palavra e assim ler a leitura do mundo anteriormente feita. (...)" (p.21) "ler é uma operação inteligente, difícil, exigente, mas gratificante. (...) Ler é procurar ou buscar criar a compreensão do lido; (...) ensinar a ler é engajar-se numa experiência criativa em torno da compreensão. Da compreensão e da comunicação. (...)" (p. 21) ... "Estudar é desolcutar, é ganhar a compreensão mais exata do objeto, é perceber suas relações com outros objetos. Implica que o estudioso, sujeito do estudo, se arrisque, se aventure, sem o que não cria nem recria." (p. 24) ... "(...) Seu dever, como escritores, é escrever simples, escrever leve, é facilitar e não dificultar a compreensão do leitor, mas não dar a eles as coisas feitas e prontas." (p. 25) "(...) ler, estudar é trabalho paciente, desafinar, persistente. Não é tarefa para gente demasiado apressada ou pouco humilde que, em lugar de assumir suas deficiências, as transfere para o autor ou autora do livro, considerado como impossível de ser estudado." (p.25) "(...) estudar é uma preparação para conhecer, é um exercício paciente e impaciente de quem, não pretendendo tudo de uma vez, luta para fazer a vez do conhecer." (p.25) ... "(...) ler e escrever, entendidos como processos que não podem separar-se. (...)" (p.25) "(...) a oralidade precede a grafia, (...)" (p.26) "(...) Ao aprender a ler nos preparamos para imediatamente escrever a fala que socialmente construímos." (p. 26) "(...) essa dicotomia entre ler e escrever nos acompanha sempre, como estudantes e professores. 'tenho dificuldade enorme de fazer minha dissertação. Não sei escrever', é a afirmação comum que se ouve nos cursos de pós- graduação de que tenho participado. No fundo, isso lamentavelmente revela o quanto nos achamos longe de uma compreensão critica do que é estudar e do que é ensinar." (p.26) "se estudar para nós não fosse quase sempre um fardo, se ler não fosse uma obrigação amarga a cumprir, se, pelo contrario, estudar e ler fossem fontes de alegria e de prazer, de que resulta também no indispensável conhecimento com o que nos movemos melhor no mundo, teríamos índices melhor reveladores da qualidade de nossa educação." (p. 26-27) ... "Ninguém escreve se não escrever, assim como ninguém nada se não nadar." (p.27) ... "Não deixe que o medo do difícil paralise você." (p.28) "(...) é difícil quando enfrentá-la ou lidar com ela se faz algo penoso, quer dizer, quando apresenta obstáculo de algum nível. ' medo', define o dicionário Aurélio, é um ' sentimento de inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário'. Medo de enfrentar a tempestade. Medo da solidão. Medo de não poder contornar as dificuldade para, finalmente, entender um texto." (p. 28) ... "nesta relação entre o sujeito que teme a situação ou o objeto do medo há ainda outro elemento componente que é o sentimento de insegurança do sujeito temeroso. (...) Falta de força física, falta de equilíbrio emocional, falta de competência cientifica, real ou imaginaria, do sujeito." (p.28) ... "(...) o medo paralisante que nos vence antes mesmo de tentar, mais energicamente, a compreensão do texto." (p.28) ... "(...) Às vezes a leitura de um texto exige alguma convivência anterior com outro que nos prepara para um passo mais acima." (p. 29) "um dos erros mais funestos que podemos cometer, enquanto estudamos como alunos ou professores é recuar em face do primeiro obstáculo com que nos defrontamos. (...)" (p.29) "(...) ou aderimos ao estudo como deleite, ou assumimos como necessidade e prazer ou o estudo e puro fardo e, como tal, o abandonamos na primeira esquina." (p. 29) ... "outra ameaça ao estudo serio, que é uma das formas mais negativas de fugir á superação das dificuldades que temos e não o texto em si próprio é proclamar a ilusão de que estamos entendendo, sem, contudo, por á prova nossa afirmação." (p.29) "Não tenho porque me envergonhar pelo fato de não estar entendendo algo que estou lendo. (...)" (p.30) ... "(...) tentação que nos persegue de, durante a leitura, largarmos a pagina impressa e voarmos com a imaginação para bem longe. De repente, estamos fisicamente com o livro em frente a nós e o lemos maquinalmente apenas.(...)" (p.30) "(...) O medo, por exemplo, de nossos sentimentos, de nossas emoções, de nossos desejos, o medo de que ponham a perder nossa cientificidade. (...)" (p. 30) ... "(...) Não é possível ler sem escrever e escrever sem ler." (p.30) ... "infelizmente, de modo geral, o que se vem fazendo nas escolas é levar alunos a apassivar-se ao texto. (...) A criança cedo percebe que sua imaginação não joga: é quase algo proibido, uma espécie de pecado, por outro lado, sua capacidade cognitiva é desafiada de maneira destorcida. (...)" (p. 31) ... "insisto na indiscutível importância da educadora no aprendizado da leitura indicotomizável da escrita a que os educandos devem entregar-se. (...)" (p. 32) ... "È preciso, finalmente, que os educandos, experimentando-se cada vez mais criticamente na tarefa de ler e escrever perceba as tramas sociais em que se constitui e se reconstitui a linguagem, a comunicação e a produção do conhecimento." (p. 32) ... "A pratica educativa, pelo contrario, é algo muito serio. Lida-mos com gente, com crianças, adolescentes ou adultos. Participamos de sua formação. Ajudamo-los ou os prejudicamos nesta busca. (...) podemos concorrer com nossa incompetência, má preparação, irresponsabilidade, para seu fracasso. Mas podemos também, com nossa responsabilidade, preparo cientifica e gosto do ensino, com nossa seriedade e testemunho de luta contra as injustiças, contribuir para que os educandos vão se tornando presenças marcantes no mundo." (p. 33) ... "(...) Eu não posso, porem, formar-me para a docência apenas porque não houve outra chance para mim, menos ainda, somente porque, enquanto me 'preparo', espero um casamento. (...) fico nela como quem passa uma chuva. (...)" (p. 33) "Daí que não me sinta mal com o esvaziamento de minha profissionalidade e aceite ser avô, como muitas companheiras e companheiros aceitem serem tias e tios." (p. 34) "(...) O que quero saber primeiro é se as professoras são importantes ou não são. Se seus salários são ou não são insuficientes. Se sua tarefa é ou não é indispensável. E é em torno disso que deve insistir esta luta difícil e prolongada, e que implica a impaciente paciência dos educadores e a sabedoria política de suas lideranças." (...) (p.34) "quanto mais aceitamos ser tias e tios, tanto mais a sociedade estranha que façamos greve e exige que sejamos bem comportados." (p. 34) "È urgente que engrossemos as fileiras da luta pela escola publica neste país. Escola publica e popular, eficaz, democrática e alegre com suas professoras e professores bem pagos, bem formados e permanentemente formando-se." (...) (p. 34) ... "Gente heróica, dadivosa, amorosa, inteligente, mas desprezada pelas oligarquias nacionais." (p.34) ... "Este passado colonial, presente no arbítrio dos poderosos, na 'empáfia de administradores arrogantes é uma das explicações para o sentimento de impotência, para o fatalismo com que reagimos muitos de nós. É possível que tudo isso amoleça o animo de muita professora que, assim, ' aceita' ser tia em lugar de assumir-se profissionalmente. Pode ser isso também que, em parte explique a posição de professores que fazem o curso de preparação para o magistério enquanto ' esperam o casamento'". (p. 35) ... "È óbvio que problemas ligados a educação, não são apenas pedagógicos. São problemas políticos e éticos tanto quanto os problemas financeiros." (p. 35) ... "È urgente que o magistério brasileiro seja tratado com dignidade para que possa a sociedade esperar dele que atue com eficácia e exigir tal atuação" (p. 36) ... "Nenhuma sociedade se afirma sem o aprimoramento de sua cultura, da ciência, da pesquisa, da tecnologia, do ensino. E tudo isso começa com a pré – escola." (P. 37) ... "humildade exige coragem, confiança em nós mesmos, respeito a nos mesmos e aos outros." (p.38) "A humildade nos ajuda a reconhecer esta coisa obvia: ninguém sabe tudo; ninguém ignora tudo. Todos sabemos algo; todos ignoramos algo". (...) (p. 38) "De fato, não vejo como conciliar a adesão ao sonho democrático, a superação dos preconceitos, como postura inulmilde, arrogante, na qual nos sentimos cheios de nos mesmos. (...) Se, humilde, não me minimizo nem aceito humilhação, por outro lado estou sempre aberto a aprender e a ensinar. (...)" (p. 38) "(...) È que a humildade não floresce na insegurança das pessoas, mas na segurança insegura dos cautos (...)" (p. 38) ... "Mas é preciso juntar a humildade com que a professora atua e se relaciona com seus alunos, uma outra qualidade, a amorosidade, sem a qual seu trabalho perde o significado. E amorosidade não apenas aos alunos, mas ao próprio processo de ensinar.(...)" (p. 39) ... "È preciso, contudo que esse amor seja, na verdade, um amor armado, um amor brigão de quem se afirma no direito ou no dever de ter o direito de lutar, de denunciar, de anunciar. (...)" (p. 39) "(...) outra qualidade: a coragem de lutar ao lado da coragem de amar." (p. 39) "A coragem, como virtude, não é algo que se ache fora de mim. Enquanto superação do meu medo ela o implica." (P. 39) ... "(...) Não tenho que esconder meus temores. Mas, o que não posso permitir é que meu medo me imobilize (...)" (p. 40) ... "A tolerância é a virtude que nos ensina a conviver com o diferente. A aprender com o diferente, a respeitar o diferente" (p. 40) "Hipocrisia é defeito, é desvalor. Tolerância e virtude. (...) Não vejo como possamos ser democráticos sem experimentar, como princípio fundamental, a tolerância, a convivência com o diferente." (p. 40) "(...) tolerância não é convivência com o intolerável. (...) A tolerância requer respeito, disciplina, ética. (...)" (p.40) "(...) o cientificista é igualmente intolerante porque toma ou entende a ciência com a verdade ultima (...)" (p.41) ... "A capacidade de decisão da educadora ou do educador é absolutamente necessária a seu trabalho formador (...)" ( p. 41) "Decisão é ruptura nem sempre é fácil de ser vivida. Mas não é possível existir sem romper, por mais difícil que nos seja romper. (...) uma das deficiências de uma educadora é sua incapacidade de decidir. Sua indecisão (...)" (p. 41) ... "A indecisão revela falta de segurança, uma qualidade indispensável a quem quer que tenha responsabilidade no governo, não importa se de uma classe, de uma família, de uma instituição, de uma empresa ou do Estado." (p. 41) ... "Não posso estar seguro do que faço se não sei como fundamentar cientificamente a minha ação se não tenho pelo menos alguma idéia em torno do que faço, de por que faço, para que faço (...)" (p. 41) ... "(...) Nem a paciência sozinha nem a impaciência solitária. A paciência sozinha pode levar a educadora a posições de acomodação, de esponteísmo, com que nega seu sonho democrático. A paciência desacompanhada pode conduzir ao imobilismo, a inação. (...)" (p. 42) ... "(...) A ondulação no comportamento dos pais limita nos filhos o equilíbrio emocional de que precisam para crescer. ama não basta, precisamos saber amar." (p. 43) ... "Que posso fazer, se é sempre assim? Chame-me de professora ou tia eu continuo mal paga, desconsiderada, desentendida. Pois que assim seja. Esta é na verdade a posição mais cômoda, mas é também a posição de quem se demite da luta, da historia. (...) renuncia ao conflito, (...) Não há vida nem humana existência sem briga e sem conflito. (...)" (p. 43) ... "Dificilmente este primeiro dia estará isento de inseguranças, de timidez ou inibições, sobretudo se a professora ou o professor, mais do que se pensar inseguro, está realmente inseguro, e se sente tocado pelo medo de não ser capaz de conduzir os trabalhos e de contornar as dificuldades. (...)" (p.45) "(...) Assumir o medo é não fugir dele, é analisar a sua razão de ser, é medir a relação entre o que o causa e a nossa capacidade de resposta. Assumir o medo é não escondê-la, somente assim podemos vencê-la." (p. 45) "Ao longo de minha vida nunca perdi nada por expor a mim e a meus sentimentos, obviamente dentro de certos limites. (...) O melhor é dizer aos educandos, numa demonstração de que somos humanos, limitados, o que experimentamos na hora. (...) O educador não é um ser invulnerável. É tão gente, tão sentimento e emoção quanto o educando." (...) (p.46) "Em lugar de procurar esconder o medo com disfarces autoritários facilmente reconhecíveis pelos educandos, o professor o manifestou com humildade. Falando de seu sentimento, se revelou e se assumiu como gente. (...)" (p. 46) ... "A jovem professora deve estar atenta a tudo, aos mais inocentes movimentos dos alunos, a inquietação de seus corpos, ao olhar surpreso, a reação mais agressiva ou mais tímida deste aluno ou aluna."(p. 46) ... "(...) precisamos, por exemplo, de bem observar, bem intuir, bem imaginar, bem liberar nossa sensibilidade, crer-nos outros, mas não demasiado no que pensamos dos outros. Precisamos exercitar a capacidade de observar, registrando o que observamos." (p.47) "não temer os sentimentos , as emoções, os desejos e lidar com eles com o mesmo respeito com que nos damos a uma pratica cognitiva integrada com eles." (...) ( p. 47) ... "'você costuma sonhar? ', perguntou certa vez um repórter de TV a uma criança de uns dez anos, bóia fria no interior de São Paulo. ' Não', disse a criança espantada com a pergunta 'eu só tenho pesadelo. '" (p.47) "O mundo afetivo desse sem-número de crianças é roto, quase esfarelado, vidraça estilhaçada. Por isso mesmo essas crianças precisam de professoras e de professores profissionalmente competentes e amorosos e não de puros tios e tias." (p.47-48) ... "(...) eu não gostaria de dar a impressão aos leitores e leitoras de que basta quere para mudar o mundo. (...) saber querer, aprender, a saber, querer, o que implica aprender, a saber, lutar politicamente com táticas adequadas e coerentes com nossos sonhos estratégicos. (...) Tudo o que se puder fazer com competência, lealdade, clareza, persistência, somando forças para enfraquecer as do desamor, do egoísmo, da malvadez é importante. (...)" (p.48) "(...) desde o primeiro dia de aula, demonstrando aos alunos a importância da imaginação em nossa vida. (...)" (p.48) ... "(...) Quando a criança imagina uma escola alegre e livre é porque a sua lhe nega liberdade e alegria." (p.49) ... "A questão da sociabilidade, da imaginação, dos sentimentos, dos desejos, do medo, da coragem, do amor, do ódio, da pura raiva, da sexualidade, da cognoscitividade nos leva a necessidade de fazer uma leitura do corpo como se fosse um texto, nas inter-relações que compõe o seu todo." (p.50) ... "(...) o pior, porem, para a formação do educando e que, diante da contradição entre fazer e dizer, o educando tende a não acreditar no que a educadora diz. (...) ela mesma vai fazendo de si e revelando aos educandos." (p.52) "As crianças tem uma sensibilidade enorme para perceber que a professora faz exatamente o contrario do que diz. O 'faça o que eu digo e não o que eu faço' é uma tentativa quase vã de remediar a contradição e a incoerência. (...)" (p.52) "e que dizer da professora que testemunha constantemente fraqueza, dubiedade, insegurança, nas suas relações com os educandos? Que não assume jamais como autoridade na classe?" (p.52) ... "(...) eu, que sonhava com tornar-me professor, prometia a mim mesmo que jamais me entregaria assim à negação de mim próprio. Nem o todo poderosismo do professor autoritário, arrogante, cuja palavra é sempre a ultima, nem a insegurança e a falta completa de presença e de poder que aquele professor exibia." (p.53) "outro testemunho que não deve faltar em nossas relações com alunos é o da permanente disposição em favor da justiça, da liberdade, do direito de ser. (...)" (p.53) ... "(...) é que nossas relações com os educandos são um dos caminhos de que dispomos para exercer nossa intervenção na realidade a curta e em longo prazo. (...)" (p.54) ... "(...) os educadores progressistas precisam convencer-se de que não são puros ensinantes- isso não existe - puros especialistas da docência. Nós somos militantes políticos porque somos professores e professoras. (...)" (p.55) ... "Humildemente, pelo contrario, é bom admitir que somos todos seres humanos, por isso, inacabados. Não somos perfeitos e infalíveis."(p.56) ... "Em suma, as relações entre educadores e educandos são complexos, fundamentais, difíceis, sobre que devemos pensar constantemente. Que bom seria, alias, se tentássemos criar o habito de avaliá-las ou de nos avaliar nelas enquanto educadores e educandos também." (p.56) "que bom seria, na verdade, se trabalhássemos, metodicamente, com os educandos, a cada par de dias, durante algum tempo que dedicaríamos a analise critica de nossa linguagem, de nossa pratica. Aprenderíamos e ensinaríamos junto um instrumento indispensável ao ato de estudar: o registro dos fatos e o que eles se prendem. A pratica de registrar nos leva a observar comparar, selecionar, estabelecer relações entre fatos e coisas. Educadora e educandos se abrigariam, diariamente, a anotar os momentos que mais haviam desafiado positiva ou negativamente durante o intervalo de um encontro ao outro." (p.57) ... "(...) 'Do momento em que falamos ao educando ao momento eu que falamos com ele'; ou 'Da necessidade de falar ao educando a necessidade de falar com ele'; (...)" (p.59) "(...) a educação é um ato político. (...)" (p.59) ... "autoridade com autoritarismo e, assim, porque negamos esse, caímos na licenciosidade ou no espontaneísmo pensando que, pelo contrario, estamos respeitando as liberdades, fazendo, então, democracia. Outras vezes, somos autoritários mesmo, mas nos pensas-mos e nos proclamamos progressistas." (p.60) ... "(...) a liberdade do educando, na classe, precisa de limites para que não se perca na licenciosidade, a voz da educadora e dos educandos carece de limites éticos para que na resvale para o absurdo. E tão imoral ter nossa voz silenciada, nosso 'corpo interditado' quanto imoral é o uso da voz para falsear a verdade, pára mentir, enganar, deformar." (p.61) ... "Não se constrói nenhuma democracia seria, que implica mudar radicalmente as estruturas da sociedade, reorientar a política da produção e do desenvolvimento, reinventar o poder, fazer justiça ao espoliados, abolir os ganhos indevidos e imorais dos todo-poderosos sem previa e simultaneamente trabalhar esses gostos democráticos e essas exigências éticas." (p.62) ... "E difícil, realmente fazer democracia. É que a democracia, como qualquer sonho, não se faz com palavras desencarnadas, mas com reflexão e pratica. (...)" (p.62) "Como educadoras e educadores não podemos nos eximir de responsabilidade na questão fundamental da democracia brasileira e de como participar na busca de seu aperfeiçoamento." (p.63) ... "Forte tendência nossa é a que nos empurra no sentido de afirmar que o diferente de nos é inferior. Partimos de que a nossa forma de estar sendo não sendo não é apenas boa, mas é a melhor do que a dos outros, diferentes de nós. A intolerância é isso. É o gosto irresistível de se opor as diferenças." (p.66) ... "Um dos desafios aos educadores e as educadoras progressistas, em coerência com sua opção é não se sentirem nem procederem como se fossem seres inferiores a educandos das classes dominantes da rede privada que, arrogantes, destratam e menosprezam o professor de classe media. Mas também, em oposição, não se sentirem superiores, na rede publica, aos educandos das favelas, aos meninos e as meninas populares; aos meninos sem conforto, que não comem bem, que 'não vestem bonito', que 'não falam certo', que falam com outra sintaxe com outra semântica e outra prosódia." (p.66) ... "As educadoras precisam saber o que se passa no mundo das crianças com quem trabalham. (...) O que sabem e como sabem independente da escola." (p.67) ... "(...) a escola democrática não apenas deve estar permanentemente aberta à realidade contextual de seus alunos, para melhor compreende-los, para melhor exercer sua atividade docente. Mas também disposta a aprender de suas relações com contexto concreto.(...)" (p.68) ... "é impossível ensinarmos conteúdos sem saber como pensam os alunos no seu contexto real, na sua cotidianidade. Sem saber o que eles sabem independentemente da escolha para que os ajudemos, a saber, melhor o que já sabem, de um lado e, de outro, para, a partir daí, ensinar-lhes o que ainda não sabem." (p.71) ... "(...) Essa idéias de que é possível formar uma educadora praticamente, ensinando-lhe como dizer "bom dia" a seus alunos, a como moldar a Mao do educando no traçado de uma linha, sem nenhuma convivência será com a teoria é tão cientificamente errada quando a de fizer discursos, preleções teorias, sem levar em consideração a realidade concreta, ora das professoras, ora das professoras e seus alunos. (...)" (p.72) ... "(...) A fala vem muito antes da escrita, (...)" (p.74) "(...) devemos estimular ao Maximo as crianças para que falem e para que escrevam. É das garatujas, uma forma indiscutível de escrita, que devemos elogiar que elas partem para escrita a ser estimulada. (...)" (p.74) ... "Não quero que se pense que uma comunidade iletrada hoje se torne letrada amanha só porque" plantamos palavras e frases" nela. Não! Uma comunidade vai se tornado letrada a medida que o exigem novas necessidades sociais, de natureza material e também espiritual. É possível, porem, antes que as mudanças ocorram, que possamos ajudar as crianças a ler e a escrever usando artifícios como 'plantar frases'." (p.75) ... "A pratica de pensar a pratica de estudá-la nos leva a percepção da percepção anterior ou ao conhecimento do conhecimento anterior que, de modo geral envolve um novo conhecimento." (p.76) "(...) na iluminação da pratica e na descoberta dos equívocos e erros, vamos também, necessariamente, ampliando o horizonte do conhecimento cientifico sem o qual não nos armamos para superar os equívocos cometidos e percebidos. (...)" (p.76) "(...) Ler e escrever textos de tal maneira que se completam – mais do que isso, se identificam nos contextos teóricos – que neles não cabe dizer se são eficazes ' Não sei escrever, não sei ler'." (p.76) ... "Desafiar o povo a ler criticamente o mundo é sempre uma pratica incomoda para os que fundam o seu poder na "inocência" dos exploradores." (p.77) ... "Minha imobilidade produzida ou não por motivos fatalistas, funciona como eficaz ação em favor das injustiças que se perpetuam, dos descalabros que nos afligem, do retardamento de soluções urgentes." (p.79) "Não se recebe democracia de presente. Luta-se pela democracia. (...)" (p.79) ... "O professor deve ensinar. É preciso fazê-la. Só que ensinar não é transmitir conhecimento. Para que o ato de ensinar se constitua como tal, é preciso que o ato de aprender seja precedido do, ou concomitante ao ato de aprender o conteúdo ou o objeto cognoscível. (...)" (p.80) ... "Fecho este livro com um texto, apresentado num congresso realizado no recife em abril/92 e em que classifico algumas analises em torno do contexto concreto da cotidianidade. Refletir sobre o tema implícito na frase é a tarefa que me foi proposta pelos organizadores deste encontro." (p.82) "O ponto de partida de minha reflexão deve incidir na frase ' saber e crescer – tudo a ver', (...)" (p.82) ... "No nível da existência, a primeira afirmação a ser feita é que o processo de saber é social, cuja dimensão individual porem não pode ser esquecido ou sequer subestimado. " (p.82) ... "Crescer faz parte da experiência vital. (...) crescer em nós ou entre nós, ganha uma significação que ultrapassa crescer na pura vida. Crescer entre nós é algo mais que crescer entre arvores ou entre os animais, que, diferente-mente de nós, não podem tomar seu próprio crescimento como objeto de sua preocupação. (...)" (p.84) ... "um dado importante, como ponto de partida para a compreensão critica do crescer entre nós, existentes, é, que, programados para aprender, vivemos ou experimentamos ou nos achamos abertos a experimentar a relação entre o que herdamos e o que adquirimos. (...)" (p.85) ... "Que o saber tem tudo a ver com o crescer, tem. Mas é preciso, absolutamente preciso, que o saber de minorias dominantes não proíba, não asfixie, não castre o crescer das imensas maiorias dominadas." (p.85) JOHNSON, Spencer.Quem mexeu no meu queijo. 34ª ed. Rio de Janeiro: editora Record. O tema discutido no livro são as mudanças que estão presentes na vida humana, temos que estar preparados para encará-las da melhor maneira possível. Através de parábola que trata de personagens com idéias diferentes, e que mostram perfeitamente os sentimentos de qualquer pessoa quando está sofrendo alguma transformação em alguma área de sua vida. É muito importante estar preparado para enfrentar coisas novas no decorrer de qualquer relacionamento, carreira, estudo etc. Se houver um pensamento focado, porém, simples para que se possa facilitar o curso das coisas tudo corre mais facilmente com menos chances de complicações. Muitas vezes as pessoas se acomodam e não notam as mudanças que ocorrem em seu ambiente e só percebem que existe algo novo quando já é necessário efetuar uma mudança imediata tornando esse processo bem mais difícil, pois o medo que sentem de situações novas e repentinas as impedem de enxergar melhores chances. Esse é o caso que faz com que dois ratinhos Sniff e Scurry e dois homenzinhos Hem e Haw, aprendam ou não a se resolver para que possam garantir sua sobrevivência. Os homenzinhos com seus pensamentos mais complexos tendiam a dificultar as coisas questionando as mudanças e demorando mais a aceitá-las. Hem, não aceitava as mudanças e Haw, apesar de inicialmente relutar, depois passa a aceitar as mudanças e passa a aprender através de seus erros, rindo destes. Os ratinhos possuem um pensamento mais simples e logo percebem que é necessário não lutar contra a mudança, apenas passam a seguir um novo rumo, Sniff é que tem a sensibilidade inicial para perceber que será necessário mudar e Scurry age de imediato entendendo o que será necessário mudar sem questionar, apenas se adaptando. Portanto é muito mais fácil se adequar às mudanças enquanto elas estão ocorrendo do que depois que elas já estão ocorrendo. A pergunta feita no livro algumas vezes o que você faria se não tivesse medo? Mostra-nos que o medo nos faz desistir das coisas antes mesmo de tentar e acreditamos que o fracasso é mais provável sempre, portanto o medo muitas vezes impede de seguirmos um caminho melhor. E finalmente a flexibilidade é uma das melhores armas contra a resistência a novas situações, ter em mente que podemos aprender com elas e encontrar inclusive um melhor caminho para a nossa vida. TIBA, içami. "Quem ama educa". 112º Ed. São Paulo. Editora gente, 2002. O autor direciona a obra a pais e mães e educador de forma geral faz um diagnostico de como estamos hoje, ao mesmo tempo faz uma reflexão de como podemos melhorar para que nossos filhos se tornem pessoas éticas, felizes, autônomas e copetentes recebendo uma educação integrada. EDUCAÇÃO: COMO VIVI A FAMILIA HOJE? MAE E PAI: DUAS FACES DE UMA MESMA MOEDA. A mulher saiu para o mercado de trabalho sem deixar, contudo, de ser mãe. E nem por isso os homens se tornaram mais pais. O autor menciona que pode notar recentemente suas palestras teve um aumento considerável de pais, nos últimos cinco anos, porem, a carga da educação dos filhos ainda é considerada da mãe. Observa-se que o mundo mudou sim com a modernização, mas nem tanto, é fácil fazer tal abservaçao nas ruas festas, aniversários, a mãe ainda exerce a maior responsabilidade sobre os filhos, e com isso a carga de responsabilidade, do cuidado etc.. podemos fazer essas observações e analisar a nossa própria família. "Pais perdem os filhos em shoppings, praias, festas juninas, mães não desgrudam de seus pimpolhos". (p.33) A mulher é mãe a muito mais tempo do que o homem é pai. Na pré historia, vivia-se um esquema familiar matriarcal, sem conhecimento da existência do pai. Os homens saiam para caçar, lutar, conquistar territórios, e quem permanecia com os filhos era a mãe. Observando a historia entende-se que a mulher seja mais apta que o homem para cuidar das crianças. Mesmo com todas as transformações na família, percebe-se que a velha divisão de papeis ainda permanece, o pai trabalha fora e por isso não precisa participar da educação dos filhos, isso é responsabilidade da mãe. Para o pai, a casa é o "repouso do guerreiro" e para a mãe que trabalha fora é seu segundo emprego. A mãe se sobrecarrega e o pai continua folgado, ela não precisaria ser 100% mãe. Poderia ser só 50% se os outros 50% fossem complementados pelo pai, ao assumir seu lugar na educação dos filhos. Podemos observar essas diferenças sendo manifestado no momento da separação, ele fica com os bens matérias, ou seja, dinheiro. Ela fica com bens afetivos, ou seja, os filhos. A mulher permanece mais com sua estrutura familiar que o homem. As armadilhas da culpa "A ligação da mãe com o filho é tão forte que às vezes supera a razão". (p.39) O autor faz colocações em relação à mãe que trabalha fora na maioria das vezes para suprir a falta que faz se sente culpada e não impõe limites, a criança se aproveita, sente-se liberada, para comete delinqüências, depois é só agradar um pouco a mãe e fica tudo bem, nada acontece. É necessário que a mãe tome muito cuidado para não transformar seu super amor de mãe numa doação que atropela o filho, em vez de educá-lo. A grande armadilha da culpa, é exatamente por não abrir Mao ou não dividir essa jornada com o pai, atribui tudo a si própria. A mulher não pode querer ser onipotente, deve organizar a sua família e dividir tarefas que outros componentes da família podem realizar. "O fato de trabalhar fora não prejudica a mulher, a criança e a família. Mas a postura de culpa que a mãe assume na volta ao lar. Mal entra em casa ela corre a atender todo mundo, sem se quer direito a um descanso." (p.42) Entre a chatice e a omissão Como a responsabilidade fica sempre mais acentuada na mãe, geralmente ela é chamada de chata e o pai de omisso, o fato é que a mãe se sente totalmente responsável por sua cria, enquanto que o pai não se sente tanto. O autor nos leva a observar um dialogo que ocorre quando um filho chega de um passeio, o pai apenas pergunta: foi tudo bem? O filho responde que sim, o pai se dá por satisfeito, enquanto a mãe enche o filho de perguntas, com quem você foi? O que vocês fizeram? O que vocês comeram? E assim por diante. É exatamente assim que acontece mesmo não estando presente a mãe quer saber de cada detalhe, quer se sentir presente em cada atividade do filho. Existem alguns homens que ate ajudam em casa quando estão desempregados, mas quando voltam a trabalhar da mesma forma voltam a encarar o lar como o "descanso do guerreiro" e a educação por conta da mulher. Na verdade na maioria das vezes o filho homem que acha a mãe uma chata, pois quer sempre saber muitos detalhes, o filho não gosta muito de falar de amigos, não gosta muito de conversas longas, a filha já gosta de conversar, falar de amigas namorados. Dessa forma o filho acha o pai mais legal que não precisa falar muito, isso permite que seja manobrado, é mais fácil responder duas outras perguntas que responder um questionário. "dificilmente um homem "machão" consegue educar bem seu filho, que precisa muito da meiguice da mãe". (p.45) Hoje temos uma geração de jovens tão bem criados porem tão mal educados, reflexo de filhos que foram criados por pais machões e da mesma forma criam seus filhos. Um pai verdadeiramente integrado tem que superar o machismo e ser uma pessoa com verdadeiro interesse em educar seu filho. Apenas informações não bastam para educar um filho, é necessário ir muito alem, as informações sobre drogas, sexualidade, desenvolvimentos, relacionamentos e etc.. Saiam das paginas dos livros ou dos programas de televisão e entre na rotina da família. Não adianta os pais saberem tudo sobre todos esses assuntos e não praticarem dentro da sua casa, no convívio diário com sua família. "Os pais podem achar que o lugar mais seguro para os filhos é junto deles, mas os filhos não nasceram para isso, e sim para singrar os mares da vida..." (p.48) A educação do sim Vamos agora dar uma olhada nos filhos, não nos pequenos, que ainda são dependentes e não andam sozinhos pela rua, mas os grandes que de uma forma rápida o mundo se torna pequeno para eles. O autor faz um relato, a historia de Bernardo de 19 anos que conheceu uma moça européia em um verão, que decidiu ir embora com a moça, abandonar a faculdade. Bernardo fora educado pela mãe e pelo avo, sempre teve tudo que queria, foi superprotegido, o pai sempre omisso e incapacitado para educar o filho. A mãe naquele momento se desesperou e pediu ao filho que não fizesse isso que adiasse a viagem para as férias, o filho inconformado, dizia esta apaixonado, ameaçou a mãe dizendo que iria se matar, deixando todos apavorados, através de uma consultoria familiar, todos decidiram que Bernardo iria embora nas férias. Depois de um mês o relacionamento acabou por telefone. Bernardo é um exemplo de um adolescente que foi bem criado, porem, mal educado. Esse rapaz sempre recebeu tudo nas mãos de graça sem fazer esforço algum, sem conhecer a palavra não parte para o mundo, acreditando que o mundo seria igual sua mãe e avo, sempre ia lhe dizer sim jamais lhe diria não. Essa é uma conseqüência da educação do "sim", da permissividade e da hiporsolicitude. Todos os dias vimos e ouvimos historias com finais muito tristes, na maioria das vezes conseqüências de uma educação dada de forma errada, sem limites, onde por uma serie de fatores, se permite tudo. "Figuras paternas frágeis e mães hipersolicitas transformam os filhos em parafusos de geléia." (p.53) Parafusos de geléia são aqueles filhos que não suportam apertões, não agüentam ser contrariados. A permissividade é a outra face do autoritarismo, o pai permissivo deixa deixa até um ponto que não agüenta mais e da o grito: " chega agora", quando não suporta mais, manifesta um comportamento que não condiz com a permissividade, não agi de acordo com as necessidade, não existe um meio termo. A geração parafuso de geléia não conhece a palavra "não" tudo é permitido. O que acontece é que muitos pais acham quer criar filhos é lhe dar alegria e prazer, é deixar fazer o que tem vontade. Amor formando auto – estima A auto-estima começa a se desenvolver quando a criança ainda é um bebe, os cuidados e os carinhos vão mostrando a criança o quanto é amada. Essa auto-estima continua, quando a pessoa se sente segura e capaz de realizar seus próprios desejos. É muito importante que a criança saiba que mesmo que faça algo que seus pais não aprovem, ela continua sendo amada da mesma forma, que o amor não esta em jogo. Para que a criança se sinta amada incondicionalmente é necessário que seja respeitada. Não se pode querer que os filhos sejam exatamente como queremos, devem traçar seu próprio caminho e os pais devem aceita-los como são respeitando seu espaço. Existem casos que pais frustrados por não ter realizado algo na sua vida, querem realizar seus sonhos nos filhos, um exemplo: o pai queria muito cursar medicina e não conseguiu, quer de qualquer forma que o filho faça medicina, mas esse não é o sonho nem muito menos a aptidão do filho, o pai deve respeitar e deixá-lo trilhar seu próprio caminho. "a auto estima é a fonte interior da felicidade". (p.57) Vivendo de mesada aos 30 anos Antigamente os filhos não viam a hora de chegar a maior idade para sair de casa, hoje não é raro nos depararmos com homens com 30 ou quarentões na barra da sai dos pais, não basta chegar a maior idade para se constituir uma família é necessário maturidade. O autor elenca alguns fatores que causam essa falta de estrutura, por exemplo, o abandono da faculdade, repetência escolar, a dificuldade para começar a trabalhar, a famosa mesada aos 30 anos, são alguns dos fatores que tornam os filhos eternos dependentes dos pais. Ouvimos algumas historias no nosso dia- a dia onde filhos esperam os pais morrerem, coloca a mãe em asilos e vendem as propriedades dos pais resultado muitas vezes de anos de trabalho e dedicação. "Esses parafusos de geléia não levam em consideração a ética, a civilidade e a gratidão filial, e mostram todo o seu egoísmo". (p.58) Garotas onipotentes No tópico anterior o autor se refere mais a garotos, os filhos homens, porem, também existe uma reclamação muito grande de pais por causa das filhas, em São Paulo no ano de 2001 fugiram de casa mais meninas, que não queriam mais ser submetidas ao autoritarismo dos pais. Quando as meninas atingem a idade da onipotência, geralmente aos 13 anos, tem uma tendência muito grande a se envolver com pessoas que usam drogas, às vezes ate usam o pretexto de salva-las e acabam se envolvendo com as drogas, a droga estimula a onipotência de quem a usa. Outro fator preocupante são as paixões nessa idade, as meninas acham que seu namorado é tudo, que a sua paixão é maior que tudo, isso acaba dificultando muito a relação família e os diálogos, mais não se tornam impossíveis, os pais jamais podem desistir de lutar por seus filhos seja em qual situação for. Na educação do "sim" o perigo maior são as drogas, a sua gravidade é tão grande que merece uma atenção a parte, ou seja, os pais devem conhecer sobre o assunto de fato, obter todo o conhecimento possível para saber lidar. Embora as porcentagens de garotos que usam drogas sejam maiores, as garotas se viciam mais que os garotos. Os parafusos de geléia são os próprios pais que criam, não exercendo sua autoridade sobre seus filhos, satisfazendo todos os desejos e vontades deles, deram tudo mastigado de mão beijado para facilitar a vida deles, eles acabam não aprendendo a mastigar a própria comida, não aprendem a lutar por seus objetivos, a ter garras de transformar sonhos em realidade. Comportamento estilo vegetal Apenas esperar em vez de agir é um comportamento estilo vegetal, o ser – humano é caracterizado por poder mudar aquilo que não esta bom, ficar só filosofando não adianta, isso não vai fazer com que supere as dificuldades. O homem assume um estilo vegetal quando, por se julgar bom, honesto, trabalhador, não precisa se preocupar com a educação dos filhos, basta que olhe para ele e seja exemplo. Mas na verdade nem sempre o filho aprende o que o pai deseja, nem sempre o filho segue o caminho que o pai deseja que siga. O pai é tão responsável quanto à mãe pela educação do filho. A mãe também assumi um estilo vegetal ao ver coisas acontecerem com seus filhos e não se posicionar, ficar pensando isso um dia passa, sem tomar uma atitude. Os pais são capazes de mudar o rumo da vida dos filhos, arregaçar as mangas em prol de uma mudança de algo que esta prejudicando, dar verdadeiramente as mãos e lutar juntos. Comportamento estilo animal "Pais que exploram, negligenciaram ou violentam os filhos estão manifestando seu estilo animal." (p 65) Às vezes mãe ou pai se posiciona contrario a uma bronca merecida, que mãe ou pai lhe fez, talvez esteja protegendo irracionalmente seu filho. Também se manifesta um comportamento estilo animal quando mãe ou pai usam o mesmo discurso, a mesma bronca, não trazendo nada de novo para mostrar para o filho onde esta errando, por exemplo, no caso da escola, todos os dias a mesma ladainha no ouvido, o filho já sabe decorado tudo que o pai ou a mãe vai falar, nem da mais atenção. Nesse tópico o autor aconselha aos pais nunca ficarem repetindo a historia da sua vida para seus filhos, tipo fazendo comparações, frases do tipo quando eu tinha sua idade... O autor coloca que isso se deu em outra realidade em outras condições. Nesse momento discordo do querido içami, tenho vivenciado e ouço historias de sucesso em relação a filhos que gostam de ouvir historias de seus pais, e fazem disso um exemplo para sua própria vida. Comportamento estilo humano Esse estilo busca a felicidade a harmonia da família, para isso as pessoas que o adotam integram disciplina, gratidão, religiosidade, ética e cidadania. O ser humano tem o cérebro mais desenvolvido da escala animal, tem inteligência para mudar situações, tem criatividade para superar conflitos, não apenas superar, mas encontrar a solução mais adequada em busca sempre de melhor qualidade de vida. "Diante da desordem no quarto do filho, a mãe estilo humano se propõe a ajudá-lo a arrumar a bagunça; jamais ela mesma arregaçar as mangas e Poe mãos a obra". (p.68) A mãe observa e o que o filho não consegue fazer ela faz, mas junto o filho, ensinando-o e orientando. Crianças gostam de um elogio merecido, pois esse é o verdadeiro alimento da auto-estima, nunca elogie gratuitamente isso desvaloriza a pessoa. Finalizando esse tópico faço questão de dizer com tudo que estudamos: O vegetal sobrevive, O animal sacia seus instintos e O ser humano deseja ser feliz. Ser feliz A busca pela felicidade, que também inclui a liberdade, é uma característica que só o ser humano tem, essa característica é exclusiva. A felicidade é uma satisfação da alma. Os pais são os responsáveis por fornecer aos filhos a base para a felicidade, materialmente oferecendo condições básicas de sobrevivência e psicologicamente através da educação. O livro estudado mostra alguns níveis de felicidade, um deles é a felicidade egoísta que se caracteriza quando a pessoa que desfruta busca satisfazer apenas suas necessidades, não se interessa por ninguém a sua volta, um exemplo disso é o próprio chefe da família que sempre exige o melhor, o melhor pedaço de carne, a melhor comida, tem sempre sua bebida preferida. Acontece também com filhos que sempre tem sua vontade sendo realizada, tudo acontece da maneira que ele quer esse filho não quer saber de ninguém, se a mãe ou o pai esta doente, ele quer saber de ir para balada, isso pra ele é sua felicidade e esta acima de tudo. Outro nível de felicidade é a felicidade familiar, nesse caso o que importa é a felicidade da sua família, as outras famílias não importam, é como um animal protegendo a sua prole. Nesse caso não se importa de explorar alguém, ou uma comunidade para trazer benefício a sua família, não admitem que alguém chame a atenção de um dos seus filhos, pois eles são perfeitos, os mais bem criados. Essas famílias educam suas crianças para transgressão e educam seus filhos para a delinqüência. Esse é o nível mais belo que possa existir, a felicidade comunitária, nesse caso a pessoa que ver todos felizes, passam por cima os limites da própria família, os interesses matérias e o individualismo. Sente prazer em ver o outro feliz, sente prazer em poder ajudar, é ter a comunidade como uma grande família. Lembrei agora das historias da bíblia, todos viviam em comum, uns repartiam com outros. Nesse caso pode alguma pessoa que já ate passou pela felicidade egoísta, mas amadureceu, às vezes é necessário passar por uns apertos da vida para aprender dar valor às pessoas que estão a nossa volta. O bem que fazemos ao nosso próximo, faz bem a nos mesmo. Agora gostaria de citar um episodio, cheguei à casa de uma amiga, ela estava aproveitando o sono da filha de nove anos para separar roupas e sapatos que não servia mais para sua filha para dar a uma família, aproveitava o sono da filha porque a filha não permitia que a mãe fizesse tal caridade. Nossa! Como me chocou aquela cena. Aos pais cabe a responsabilidade de ensinar os filhos a praticar a caridade o amor desde pequeno, levar os filhos a refletir, com vivem as crianças que moram na rua? Como podem ser ajudados? Dar uma volta com os filhos nas casas mais pobres, pegar brinquedos que não usam mais e dar aos mais necessitados. Existe também a felicidade social onde se considera todos iguais, sem diferença de cor, raça, etnia, credo, religião, nível social e etc.. a pessoa fica feliz em poder fazer algo para ajudar o outro, se esforça para tornar o mundo melhor, se trata de um ser grato solidário. Gente gosta de gente Diferente dos demais seres vivos, nós já nascemos predispostos a ter companheiros, somos diferentes dos animais que nascem sobrevivem sozinhos e conseguem andar se alimentar. Nós jamais conseguiríamos viver sem os cuidados dos nossos pais, quando nascemos já nos relacionamos com nossos geradores e cuidadores. "a força relacional é praticamente instintiva na espécie humana". (p.80) A arte de ser mãe e pai é desenvolver os filhos para que se tornem cidadãos independentes do mundo, se tornem independentes de forma responsável, é necessário que os pais sejam inteligentes, copetentes para que se tornem menos necessários para os filhos e o vinculo afetivo será mantido eternamente em nome da saudável integração relacional. A independência que o autor fala não se trata apenas de independência financeira, se torne capaz de tomar suas decisões, de ser vitoriosos em sua vida profissional sentimental e social. Infância: aprendendo com os outros Os bebes nascem totalmente dependentes dos pais, dia após dia vai se formando em todos os sentidos, por isso deve-se ter muito cuidado com brigas, a criança aprende pelo relacionamento afetivo que outro ser humano estabelece com ela. Criança deve brincar com outras crianças, assim vai aprendendo a se relacionar com diferenças e vai formando sua própria imagem. Algumas vezes já ouvi e ate vi acontecer talvez na minha própria família, um adulto que não sabe dar carinho aos filhos tem uma grande dificuldade de dizer frases carinhosas para seus filhos, e quando senta para conversar ouvimos falar da criação que teve que nunca recebera carinho, é muito difícil um adulto que consegue vencer essa barreira e mesmo sem ter recebido saber dar amor aos filhos, o mais comum são pais frios reflexo de uma criação fria. Puberdade: buscando a identidade sexual Nessa etapa da vida ocorrem mudanças radicais tanto no físico como nas emoções, isso tumultua o relacionamento familiar. Garotas agem diferentes dos garotos, garotos passam a super valorizar as colegas, a família fica um pouco de lado, a competição entre as amigas começam quando o interesse pelo mesmo garoto acontece. Os garotos se caracterizam pela solidão, no sentido oposto das garotas, esse é o período mais anti social, não divide preocupações, não pede nem oferece ajuda. Tudo isso causa muita estranheza na família, se os pais descuidam ate seus aniversários passam em braço, é muito difícil manter um bom relacionamento com a família, parece que esta o tempo todo brigado com o mundo. A força dos hormônios faz garoto gostar de garotas, mas o medo de ser rejeitado faz com que não se aproxima das garotas, nessa fase também não leva desaforo pra casa briga por qualquer motivo. Uma fase que exige muito cuidado da família devido à facilidade que o adolescente tem de se deixar influenciar, quanto mais é influenciado pela turma menos aparece o que aprendeu em casa. Um dos fatores que mais preocupa é que o adolescente não gosta de diálogos e a família fica um pouco de lado, da muita importância para os grupos, acha que sabe muito bem o que ta fazendo e que já tem idade o suficiente pra decidir sua própria vida. Quando cada um de nós faz uma reflexão da nossa adolescência, não acreditamos muitas vezes nas nossas atitudes, a maneira que pensávamos. Algumas vezes acontecem fatos na adolescência que são irrevogáveis. Caminhos para uma nova educação Unidos desde o princípio "O ser humano inteligente, gregário, com religiosidade, ética e criatividade, construiu a civilização, e nela mãe e pai tem papeis importantes. Esses mesmos valores, portanto, são os que devem nortear o dia-a-dia das famílias." (p.97) Tanto a mãe como o pai devem fazer tudo em beneficio da sua família. Seja em qual situação, os dois se completam para fazer sua família feliz e tornar seus filhos cidadãos de bem. Algumas vezes presenciamos situações que parece apenas pertencer a mãe o dever de educar os filhos, se o filho ainda pequeno chora a mãe pode estar ocupada, o pai sentado assistindo a TV apenas grita, dificilmente levanta e vai atender ao filho. Ao invés de gritar seria muito melhor ter outra atitude ir ate o filho pega-lo no colo, isso aproximaria mais o filho do pai e teria a admiração da esposa que fica feliz ao ver o filho sendo bem tratado. O papel do pai na família não deve se limitar apenas trocar lâmpadas, arrumar torneiras quebradas e reclamar quando chega em casa e o jantar não esta pronto. É vital que se interesse pelo passeio do filho no domingo não apenas como detetive fazendo perguntas pra ver onde falhou e dar a bronca. A poucos dias presenciei uma cena na casa de uma amiga, o seu esposo fica a semana inteira fora de casa pois estuda em uma cidade vizinha, estávamos conversando e ela mencionou que seu marido chegaria no dia seguinte, o filho de uns 9 anos escutou e veio correndo com uma expressão de chateado no rosto disse " a não o papai vem amanha?" naquele momento fiz uma analise da família, o que esse pai representa para essa criança? Que participação tem na vida do filho? Ao invés de pular de alegria porque o pai viria passar feriado em casa ele ficou chateado, e pior que isso percebi que a esposa também não estava muito contente. Dessa forma nos deparamos com varias famílias onde o pai desempenha um único papel trazer comida pra dentro de casa, o resto pode deixar com a mãe, ela resolve. O autor menciona que a relação pai e filho devem começar na gravidez, mas não aquela relação pratica apenas para cumprir uma ordem do obstetra, mas sim uma relação afetiva de aproximação. Ser mãe e pai não apenas cumprir tarefas pratica, mas é sem envolver de forma intensa. Um exemplo da participação do pai na gravidez e falar perto da barriga da mãe para que a crianças se acostume com a voz do papai, cantar e etc.. Assim futuramente a voz do pai será um alivio para o bebe, pois é uma voz conhecida há muito tempo. "o amor faz da grávida uma mulher bela, e o mundo a homenageia, enaltece-a e a enche de cuidados". (p.102) Maridos que são imaturos sentem rejeitados pela esposa após o parto, pois nesse momento ela tem que se dedicar mais ao bebe, alguns ate deixam as esposas pensam apenas nas suas próprias necessidades e não está preocupados em oferecer companheirismo e atenção as necessidade da mãe e de seu filho. O homem integrado entende esse momento e não só entende também participa de forma ativa, por mais independente que a mulher seja, o momento da gravidez a torna muito frágil, necessita de apoio, cuidado e muita paciência. A família inteira deve ser envolvida, sogro, sogra, tios é um grande momento da família. Claro que é da mãe a responsabilidade de cuidar, porem, com a ajuda do pai essa tarefa se torna bem menos pesada. A mãe deve ter uma sabedoria nesse momento vimos muitos casamentos serem desfeitos, exatamente por causa da grande atenção que a mãe deve dar ao bebe, por todos esses fatos que já vimos o autor colocar, porem, a sensibilidade que é um dom da mãe é uma arma para que o relacionamento se fortaleça nessa fase e não seja desfeito. Com sua sabedoria a mãe deve envolver o pai aos cuidados com o filho, deve fazer com que sinta prazer em ficar perto e participar. "Bebes tem que ser nutridos e alimentados, nutridos de corpo e alimentado na alma." (p.107) Quando os pais fazem todo o pré-natal, aprendem o valor da amamentação, e também aprendem a fazer de forma correta. Esse é um momento de muita intimidade entre mãe e bebe e o pai deve participar também. No decorrer de cada mês novas descobertas vão acontecendo e mudando a vida dos pais, cada passo tem que ser dado com muita sabedoria para que os pais não tenham problemas no futuro. Alimentação, soninho do bebe, isso tudo tem que ser acompanhado por pediatras, os pais devem estar sempre informados. Existem alguns casos raros em que a mãe não pode alimentar seu bebe, por motivos de doença ou mesmo pelo seu leito não ser suficiente, mas vale apena ressaltar são casos raros. Quando isso acontece o bebe é alimentado com a mamadeira mesmo assim esse deve ser um momento de muita intimidade entre pais e bebê, sim porque nesse caso o pai pode também participar. Um dos grandes problemas na maternidade é o sono da mãe que dorme pouco, isso esgota o cérebro. Ate mais ou menos o sétimo mês a grávida dorme muito, quando a gravidez começa a chegar ao final a barriga grande causa desconforto dificultando o sono e depois com a chegada do bebe que mama durante a noite a mãe quase não dorme. Não só por causa das mamadas, mas também pelo grande envolvimento da mãe com o bebê, nessa fase pós parto o pai pode e deve ser um colaborador, tanto a ajuda como a paciência são fatores fundamentais para o relacionamento do casal e também do bebê. Costumo dizer que a chegada de um bebe muda radicalmente a vida de um casal, sem duvida isso causa algum desequilíbrio, essa mudança ocorre de forma mais intensa na vida mulher, o casal tem que ter um preparo psicológico para receber uma criança e desfrutar com muita sabedoria. Alguns pais até dormem na sala ou no outro quarto pra não escutar o choro do bebe com a desculpa que tem que acordar cedo no dia seguinte. O esforço de integração do marido com a mulher é um gesto de amor que a ajuda muito nesse período. O inicio da formação da auto – estima "As reações dos pais ensinam a criança a distinguir o "sim" do "não", o que não acontece de uma hora para outra." (p.122) A auto – estima de uma criança não diminui ao ouvir um não, isso é o que vai estabelecer limites para a criança, vai aprender o que é certo e o que é errado, o que não pode é repreender sem ter ensinado que aquilo não podia fazer. Não é o sim que alimenta a auto-estima da criança e nem o não que a deixa enfraquecida, ela tem que ser orientada para saber tomar suas próprias decisões diferenciando o certo do errado, esse são os primeiros passos que a norteara para o resto de sua vida. "Filhos não nascem com manual" Alguns pais dizem que se os filhos viessem com manual seria muito mais fácil educá-los, isso seria impossível, pois cada filho tem suas particularidades. O filho é o próprio manual. Os pais aprendem com os filhos a compreendê-los, é necessário que se adquira conhecimentos básicos do relacionamento com os filhos, aprender a linguagem deles. Esse aprendizado acontece no dia-a-dia, cada nova situação que surge. É fundamental que os pais estabeleçam as bases sobre as quais apoiarão a educação dos filhos, é como se criasse um alicerce a cada casa que será construída uma diferente da outra com modelos diferentes, porem, com a mesma base, exatamente assim ocorre com os filhos. Algo que chama muita a atenção são relacionamentos entres pais e filhos, quando nos deparamos os filhos já são adolescentes e vamos aprendendo a agir em cada nova situação que surge, às vezes com certas inseguranças. Alguns se prendem na criação que tiveram e não abrem Mao de criar os filhos da mesma forma, claro que os valores são os mesmos, porem, os pais não podem ser alienados achando que o mundo é como há 50 anos, deve acompanhar a evolução em relação a tudo a sua volta. Novas bases relacionais "Para o atendimento integral a uma criança, são cinco os passos: parar, ouvir, olhar, pensar e agir." (p.127) Esses procedimentos são muito importantes para qualquer tipo de relacionamento, mas são de fundamental importância na auto-estima se for aplicado pelos pais desde o momento do nascimento Parar o que estiver fazendo e dar atenção a criança, ouvir o que tem a dizer, olhar sempre nos olhos. Pode-se pensar, mas como fazer tudo isso com três ou quatro crianças fazendo perguntas e os pais com tanta coisa pra fazer? Quando se atende uma criança os pais vão adquirindo pratica e sua ação surge quase que de forma automática. O efeito desses procedimentos vai aparecendo ao longo do tempo quando os filhos irão crescer com particularidades que parece filho único. Educar não é deixar a criança fazer o que tem vontade, o que rege a criança é o desejo de brincar de fazer. Todos os pais deveriam ter a oportunidade de ler um livro como esse, alias os pais de forma geral devem sempre buscar alem da pratica, buscar em outros meios com profissionais em livros, programas de TV e etc.. Aprender a lidar com filhos, junto com a idade acontecem às transformações e os pais devem estar preparados para cada momento. Como nos mostra o autor desse livro não podemos criar os filhos sempre baseados na nossa própria criação, alguns valores não mudam é claro, porem, temos que estar preparados para a evolução. . EUROPA FILMES. O Clube do Imperador. Michael Hoffman, Marc Abraham, Andy Karsch, 2002. 109 min. Som. Color. Drama. O filme nos conta a estória de William Hundert (Kevin Kline), um professor de história. Toda a trajetória do filme acontece dentro de uma escola conservadora, William Hundert é um professor de princípios ético e muito rigoroso. A vida do professor é completamente mudada quando chega à escola um novo estudante, Sedgewick Bell (Emile Hirsch), um rapaz sem limites de classe media alta que cresce sem a atenção dos pais. Percebemos durante toda a historia que o professor tenta ajudar o rapaz que na verdade é infeliz, porem, no inicio o rapaz não aceita mas depois começa a se interessar pelos estudos na verdade para mostrar ao pai que é capaz . Algo interessante existe naquela escola uma vez por ano é realizado um concurso que elege o melhor aluno de história, o vitorioso fica conhecido como "O Imperador". Depois de fazer um teste na sala O professor William Hundert no momento da avaliação percebe que Sedgewick não conseguiu atingir a nota, o professor nesse momento deixa as suas convicções de lado e coloca Sedgewick no concurso mesmo sabendo que está prejudicando um de seus melhores alunos com sua atitude. No decorrer do concurso o professor percebe que Sedgewick está colando e decide fazer um pergunta que não estava no roteiro, o rapaz não consegue responder e perde o concurso. O professor William, atua há mais de vinte e cinco anos na mesma instituição e por isso almeja se tornar diretor da mesma, mas ele não consegue realizar sua e decide se aposentar. Passados vinte anos o professor é convidado por Sedgewick para repetir o concurso e escolher o melhor aluno da classe, todos os alunos da antiga turma são chamados para participar. Sedgewick é recepcionado como anfitrião do evento, seus antigos alunos já são homens bem sucedidos em suas respectivas profissões. O concurso é iniciado e mais uma vez e Sedgewick tenta ganhar usando de meios ilícitos para ganhar, o professor percebe novamente as intenções do Sedgewick e faz uma pergunta fora do contexto levando-o ao erro. O professor percebe que tudo foi uma armação para que usado para que Sedgewick lançasse a candidatura para Senador. Em uma conversa franca ele percebe que falhou quando o colocou Sedgewick entre os três melhores alunos, com isso tirou a oportunidade do aluno que merecia ocupar terceiro lugar. O professor confessa para o antigo aluno prejudicado na época do primeiro concurso o seu erro, ele o perdoa e agradece ao mestre. O professor volta a lecionar, e no primeiro dia de aula recebe um novo aluno, ele tem uma grata surpresa e quando pergunta o nome do garoto, descobre que é o filho do rapaz que ele havia prejudicado, nesse momento ele percebe que pode ter errado com um aluno, mas teve reconhecimento dos outros. A historia nos mostra que o professor erra no momento que prejudica aquele aluno que tinha capacidade para ser selecionado, que muitos anos depois teve a oportunidade de concertar o seu grande, paramos para pensar que mudanças essa atitude pode ter causado na vida daquele aluno. A escola é o local onde as diferenças devem acabar todos devem ser tratados de forma igual independente de cor, raça ou situação econômica. Os nossos alunos devem ser preparados para a vida não de qualquer forma, mas conscientes dos seus deveres e direitos com cidadãos. Um erro pode mudar toda a historia da vida de uma pessoa, nos educadores lidamos com vidas, mesmo que tenhamos a oportunidade de pedir perdão a alguém anos depois como aconteceu com aquele professor, mas não é possível retornar e mudar a historia de alguém. DREAM WORKS PICTURES. A Fuga das Galinhas. Peter Loard e Nick Park, David Sproston. 2000. 85 min. Som. Color. Comédia. A historia se passa em uma fazenda. Um galinheiro onde as galinhas vivem presas e tem que botar ovos todos os dias ou morrem. A galinha Ginger (voz de Julia Sawalha), busca incessantemente um meio de conseguir escapar do fim trágico que sua dona A Sra. Tweedy (voz de Miranda Richardson) dona da fazenda reserva para ela e seus semelhantes. Após várias tentativas frustradas, surge na granja o galo Rock, (voz de Mel Gibson) com uma ambiciosa promessa: ensinar como voar às galinhas. Mas o tempo de Ginger e Rocky é curto: os Tweedy, donos da fazenda, compraram uma máquina que faz tortas de galinha, que em breve entrará em operação e irá dizimar toda a população do local, essa é uma forma de ganhar mais dinheiro com as galinhas, a primeira que é pega foi exatamente a ginger que foi salva por seu amigo rock e juntos acabam dando defeito na maquina que não funciona mais. Então eles têm pressa de aprender a voar antes que concertem a maquina. Decepcionada com a partida de rock, pois na verdade não sabia voar, ginger decepcionada, acaba tendo outra idéia que desta vez tirará as galinhas daquela triste vida. Junto com o vovô lembra-se da força aérea e pega um cartaz de um avião e tem a idéia de construí-lo, então com muita união e perseverança une em busca do mesmo objetivo, as tarefas são distribuídas e cumpridas de forma muito rápida. Enfim o avião fica pronto, na hora da partida os tweedy tentam impedir a fuga, porem, chega rock e ajuda a ginger que conseguem escapar. Um filme que mostra através de um desenho grandes lições como, por exemplo, união, paciência, perseverança, em nenhum momento elas desistem, chegam a ficar decepcionadas com as tentativas frustradas, mas não desistem. Lutam de forma determinada e com muita disciplina, o filme termina mostrando que ginger e rock tiveram pintinhos e moram com os outros em um lugar lindo e principalmente agora são livres. . Buena Vista Pictures.Sociedade dos Poetas Mortos (Drama, 129 min, EUA 1989.) O título deste filme não revela a historia marcante, agora entendo a razão de ser indicado a grande maioria dos acadêmicos. Um drama que se desenrola em 1959, quase que toda a historia se passa dentro de um internato masculino chamado academia Welton, um modelo de escola marcado por concepções de tempo adequado, totalmente tradicional. A historia inicia com uma solenidade, onde todos os alunos entram impecavelmente vestidos de forma clássica e passam pelos presentes empunhando estandartes com o brasão da instituição, o diretor faz um discurso, enfatizando os cem anos de fundação do lugar, garante um ensino apoiado em princípios de tradição, honra disciplina e excelência. Esses princípios justificam a escolha dos pais de enviar seus filhos aquela escola que é concebida com uma condição para o ingresso as melhores universidades. Logo depois apresenta as credencias do novo professor, Jonhon Keating (Robin Willians), cuja formação se deu naquele local e nas melhores faculdades da Inglaterra. Era incrível como ali em todos os espaços se estabelecia o modelo dominador, o estilo pedagógico adotado, tradicional, produzia um saber especifico: o cientifico, pois cursos como medicina, Direito e engenharia eram muito valorizados. A literatura a arte e os saberes populares eram postos a margem. Observamos isso de forma clara em uma cena que o aluno Neil (Robert Sean Leonard) não consegue contestar o pai que naquele momento exige que deixe as atividades como redator do anuário escolar, assunto abordado depois de descobrir que o filho esta participando de uma peça teatral. Mesmo o pai proibindo Neil participa da peça teatral, aonde todos vêm cumprimentá-lo pela brilhante atuação, e o seu pai esta ao fundo e arrasta-o para casa onde revela ao filho que não voltará mais a escola, o mandará para longe onde não terá mais contato com o teatro, depois que o pai fala tudo que quer mostrando seu autoritarismo o filho vai para seu quarto e uma das cenas mais marcantes do filme, coloca a coroa na cabeça, símbolo da arte depois a tira e coloca sobre a mesa e abre a janela, simbolizando a liberdade, pega uma arma e da cabo a sua vida. Durante todo o desenrolar da historia, vimos as praticas pedagógicas de um professor marcante na vida daqueles alunos, o professor Keating introduz um novo ideal pedagógico. Para ele, a educação deveria se confundir com o próprio processo de viver. Em suas palavras vemos a manifestação desse ideário: "Carpe Diem". Notamos, também, o encaminhamento de suas propostas de ensino que contrastam com as vigentes, as quais são tomadas pelo diretor como heterodoxas, uma vez que o professor se utiliza de outros espaços não convencionais para propor atividades diferentes, buscando por uma convivência mais democrática e afetiva com seus educandos. Cenas como as que encorajam a subir seus alunos na mesa, falarem alto para colocar fora o "bárbaro" que habita dentro deles, ou quando os estimula a arrancar páginas de um livro, referindo-se ao conteúdo destas como "excrementos", nos indicam um outro tempo de uma outra concepção de espaço escolar, baseada em princípios modernos de racionalidade. As atividades da caverna, inspiradas na Sociedade dos Poetas Mortos, podem ser tomadas como indícios de transformação nas concepções metodológicas e disciplinares da instituição, além de serem representações de formas democráticas e autônomas de ensinar e aprender. Logo, o professor Keating é um novo "modelo" de educador, pois tenta subverter o currículo padronizado e ensinar os alunos a pensarem por si mesmos. Seus atos revelam uma concepção de ensino ousada. Percebemos através de suas atitudes, uma crítica à educação tradicional. Ele é o representante de um novo ideal pedagógico. Biografia Lev S. Vigotsky (1896-1934), Estamos ainda fazendo uma disciplina professor, criança, desenvolvimento e aprendizagem. Estudamos algumas teorias entre elas a de Lev Vigotsky, apesar de ter vivido tão pouco tempo, nos deixou grandes obras e estudos vastos em relação à educação de forma geral. Junto com seus colaboradores Alexander Luria e Alexei Leontiev - eles foram responsáveis pela disseminação dos textos de Vygostky, muitos deles destruídos com a ascensão de Stálin ao Kremlin. Devido à censura soviética seus trabalhos ganharam dimensão há pouco tempo, inclusive dentro da Rússia. No ocidente, o seu livro Pensamento e Linguagem foi lançado apenas em 1962 nos Estados Unidos. Nasceu na cidade de Orsha, na Bielo-Rússia, no dia 5 de novembro 1896, mas com cerca de um ano de idade sua família mudou-se para a cidade de Gomel nesse mesmo país. Ali passou sua infância recebendo educação primaria de saloman Ashpiz, esse era um matemático judeu. Entrou na faculdade de medicina, mas, após um mês de aulas, trocou-a por direito. Mas depois a medicina voltou quando Vigotsky já era um psicólogo de renome, pois queria bases neurofisiológicas para o estudo da mente que já vinha desenvolvendo. A poesia, o teatro, a língua, os problemas do signo e do significado, o cinema, os problemas da história e da filosofia, interessaram vivamente a Vigotsky muito antes de começar do interesse pela investigação em psicologia. Em 1917, graduou-se na Universidade de Moscou na especialização de literatura, lecionando essa disciplina e também psicologia em Gomel, fundou a revista literária Verask, onde publicou seu primeiro trabalho de pesquisa, onde mais tarde foi reeditada com o titulo de A psicologia da Arte. No ano de seu bacharelado em Direito, (1918), voltou para Gomel, onde havia leccionado anteriormente. Seis anos mais tarde casou-se aos 28 anos com Rosa Smekhova, com quem teve duas filhas. Apesar de sua formação em direito destacou-se na época por suas críticas literárias e análises do significado histórico e psicológico das obras de arte, trabalhos que posteriormente foram incorporados no livro Psicologia da Arte escrito entre 1924 e 1926, incluindo naturalmente a tese de doutorado sobre psicologia da arte que defendeu em 1925.Ainda em Gomel, ministrava um curso de psicologia no Instituto de Treinamento de Professores onde criou um laboratório de psicologia, estudos avançados foram efetuados por Vigotsky de filosofia e Historia na universidade de Ahannyavsky. Em 1924, com 30 anos, mudou-se para moscou, trabalhando inicialmente no Instituto de Psicologia e, mais tarde no Instituto de Estudos de Deficiências, que foi criado por ele. Entre 1925 e 1934 conseguiu reunir em torno de suas idéias e palestras em expressivo grupo de cientistas russos, que buscavam compreender a mente humana e de maneira incrível. O primeiro livro em que mostrou sua orientação definitiva para a Psicologia chamava-se Psicologia da Arte (1925). Morreu com 37 anos, de tuberculose, na noite de 10 para 11 de junho de 1934, sendo bens mais tarde suas obras aclamadas e recobertas de luz, consagrando quase que de forma unânime como um verdadeiro príncipe da psicologia e também admirado como filosofo e semiólogo. As implicações de sua teoria são tantas e tão variadas que concentrou toda a sua energia de sua curta existência em abrir novas linhas de investigações, muitas delas concluídas por seus seguidores. APRENDIZAGEM As obras de Vygotsky incluem alguns conceitos que se tornaram incontornáveis na área do desenvolvimento da aprendizagem. Um dos conceitos mais importantes é o de Zona de desenvolvimento proximal, que se relaciona com a diferença entre o que a criança consegue realizar sozinha e aquilo que, embora não consiga realizar sozinha, é capaz de aprender e fazer com a ajuda de uma pessoa mais experiente (adulto, criança mais velha ou com maior facilidade de aprendizado, etc.). A Zona de Desenvolvimento Proximal é, portanto, tudo o que a criança pode adquirir em termos intelectuais quando lhe é dado o suporte educacional devido. Este conceito será, posteriormente desenvolvido por Jerome Bruner, sendo hoje vulgarmente designado por etapa de desenvolvimento. Outra contribuição vygotskiana de relevo foi a relação que estabelece entre pensamento e linguagem, desenvolvida no seu livro "Pensamento e Linguagem". Entre suas contribuições a esse tema destacam a formação de conceitos, ao qual dedica dois capítulos do referido livro, e a compreensão das funções mentais enquanto sistemas funcionais, sem localização específica no cérebro de grande plasticidade e dinâmica variando ao longo da história da humanidade e do desenvolvimento individual. Concepção essa que foi posteriormente bem desenvolvida e demonstrada do ponto de vista neuropsicológico por seu discípulo e colaborador A. R. Luria. Como bom marxista que domina os princípios da lógica e dialética pós Hegel (1770-1831), o conceito de síntese também pode ser encontrado largamente na sua obra. O autor define a síntese não apenas como a soma ou a justaposição de dois ou mais elementos, e sim como a emergência de um produto totalmente novo gerado a partir da interacção entre elementos anteriores. Vygotsky particulariza o processo de ensino e aprendizagem na expressão obuchenie, uma expressão própria da língua russa que coloca aquele que aprende e aquele que ensina numa relação interligada. A ênfase em situar quem aprende e, aquele que ensina como partícipes de um mesmo processo corrobora com outro conceito chave na teoria de Vygotsky, a mediação, como um pressuposto da relação eu-outro social. A relação mediatizada não se dá necessariamente pelo outro corpóreo, mas pela possibilidade de interação com signos, símbolos culturais e objetos. Um dos pressupostos básicos desse autor é que o ser humano contitui-se enquanto tal na sua relação com o outro. Para Vygotsky a aprendizagem relaciona-se ao desenvolvimento desde o nascimento, sendo a principal causa para o desabrochar do desenvolvimento. PESQUISA BIBLIOGRAFICA INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS Um tema o qual eu gostaria de me aprofundar muito durante todo esse processo acadêmico. Como podemos perceber através da pesquisa efetuada, muito se fala em inclusão, porem, podemos afirmar que nossas escolas não estão preparadas para receber essas crianças. A legislação brasileira garante indistintamente a todos o direito á escola, em qualquer nível de ensino, e prevê, além disso, o atendimento especializado crianças NEE.. Esse atendimento deve ser oferecido preferencialmente no ensino regular, caso seja necessário a aluno tem o direito de ser atendido no contra turno em instituições especializadas, cujo papel é buscar recursos, terapias e materiais para ajudar o estudante a desenvolver suas potencialidades normalmente. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases) garante no artigo 58 a inclusão das crianças com necessidades especiais, tanto como serviço de apoio especializado para atender as peculiaridades dessa clientela de fato especial. Vimos a garantia igual a todos, mas infelizmente não acontece assim. Segundo a pesquisa efetuada, 600 mil crianças especiais estão estudando, porem, 300 mil crianças, estuda em escolas que não tem nenhum tipo de adequação na sua estrutura, outro numero alarmante, 250 mil crianças ainda estão fora da escola. Os educadores geralmente não sabem lidar com o NEE Uma das grandes dificuldades da educação é a respeito dessa clientela, pois inúmeras escolas não sabem lidar com esse tipo de aluno, tanto em caráter estrutural como em caráter profissional. Quando surgiu o método construtivista as escolas tiveram que engolir "goela abaixo"e deu no que deu...cada um interpretou de uma maneira, ninguém sabia como aplicar, não houve uma preparação dos profissionais e a educação, o ensino se transformou num caos! Agora é a vez da Inclusão... Mais uma vez professores despreparados, desinformados e sem apoio... a ordem é: INCLUSÃO-TODOS TÊM DIREITO DE FREQUENTAR A ESCOLA REGULAR! Mas onde está a sensibilidade da família que aceita ver seu filho jogado em uma sala de aula apenas fazendo número e ocupando uma cadeira? e dos governantes que não tem noção do que é ser professor ,ter um aluno que está completamente alienado e não saber como lidar com este aluno que tem todo o direito mas também tem o dever de ser tratado com RESPEITO! Muitas são as discussões, li uma entrevista em que uma pedagoga que e especialista em deficiência mental, diz que la em Bagé uma cidade do estado de são Paulo as escolas particulares não aceitam crianças com qualquer tipo de deficiência, esse e apenas um caso entre tantos outros do Brasil. Uma frase que vi por varias vezes durante a pesquisa e inclusão e uma utopia. Li também varias entrevistas de mãe que lutaram pelo direito de seu filho e conta com esta se devolvendo. Temos certeza que esse e um grande desafio e quando escola e família dão as mãos, vimos a colheita, crianças com grandes avanços que aos nossos olhos podem ate parecer simples, mas cada passo dado e uma vitoria. Como educadora quero fazer a diferença, quero estudar muito e um dia quero ter a chance de segurar na mão de uma criança dessa e contribuir para o seu desenvolvimento REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS http://www.adorocinema.com/filmes/sociedade-dos-poetas-mortos/sociedade-dos-poetas-mortos.asp http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/lev-vygotsky-teorico-423354.shtml http://www.cursoseducacaoadistancia.com.br/teorias_aplicadas/cursos_a_distancia_vygotsky.htm http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/biografia_vygotsky..htm http://lob.incubadora.fapesp.br/portal/t/metodologia/biblio http://www.ibiubi.com.br/produtos/jean-piaget-e-lev-vygotsky-em-%C3%BAnico-dvd-!!-%C3%B3tima-cole%C3%A7%C3%A3o-!!/IUID196188/ TIBA, içami. "Quem ama educa". 112º Ed. São Paulo. Editora gente, 2002 FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não, cartas a quem ouso ensinar. 22 ed. São Paulo: edições Loyola. JOHNSON, Spencer.Quem mexeu no meu queijo. 34ª ed. Rio de Janeiro: editora Record. http://wwwp.fc.unesp.br/~lizanata/tcc/legislacao.html http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/guatemala.pdf http://www.educador.brasilescola.com/orientacoes/dicas-como-lidar-com-um-portador-nee.htm ANEXOS Escola "padre Vitaliano Maria Vari" "Escola Osvaldo Cruz" 4ª etapa 2ª serie do ensino fundamental "Escola Padre Vitaliano"1º ano magistério Universidade Estadual Vale do Acaraú Professora Cintia Cardoso "Projeto ação" Professora Marilene Fonseca Seminário Professora Ana Alice Seminário Professora Rosangela Farias