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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS NATURAIS – DCN DISCIPLINA: ECOLOGIA
ALIAN NUNES RODRIGUES JOSÉ MOREIRA GONÇALVES VANUSA RODRIGUES DE SOUSA
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: MEDIDAS DE DIVERSIDADE
VITÓRIA DA CONQUISTA – BA JANEIRO/2014
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS NATURAIS – DCN DISCIPLINA: ECOLOGIA
ALIAN NUNES RODRIGUES JOSÉ MOREIRA GONÇALVES VANUSA RODRIGUES DE SOUSA
MEDIDAS DE DIVERSIDADES
Relatório de Aula Prática apresentado a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, campus de Vitória da Conquista – BA, para ser computado como nota parcial da III unidade da disciplina: Ecologia. Orientadora: Coelho
VITÓRIA DA CONQUISTA – BA JANEIRO/2014
Prof.ª
Lenira
Eloina
INTRODUÇÃO O termo biodiversidade tem sido amplamente usado, tanto na literatura cientifica quanto em rodas de conversas, mas nem sempre a sua definição é clara, a palavra vem do grego bios= vida, ou diversidade biológica, a definição foi criada no ano de 1980 pelo ambientalista Tohmas Lovejoy, mas foi utilizado pela primeira vez pelo entomologista E. O. Wilson no ano de 1986. A biodiversidade descreve a riqueza e a variedade do mundo natural, mais variadas formas de vida que podem desenvolver-se em um ambiente natural como plantas, animais, microrganismos e o material genético que os formam, é um sinônimo que expressa à riqueza e à variedade de flora, fauna, fungos, micro-organismos, e a variedade genética, que tornou possível a adaptação de seres vivos em diversas regiões do planeta. O estudo da biodiversidade tem relações diretas com a preocupação de preservação de conservação das espécies, a fim de ter uma visão quantitativa e qualitativa das condições gerais das inter-relações que o ecossistema apresenta em sua diversidade biológica. Portanto a conservação e preservação e de suma importância para o equilíbrio ecológico e fundamental para a sobrevivência
de
reprodução
das
espécies,
constituindo
a
base
do
desenvolvimento sustentável. A diversidade dentro de um habitat não deve ser confundida com a diversidade de uma região que contém vários habitats. Portanto, de acordo com a escala utilizada, podem-se distinguir três tipos de diversidade: alfa (α), beta (β) e gama (γ). A diversidade α, ou local, corresponde à diversidade dentro de um habitat ou comunidade, e é bastante sensível à definição de habitat, e à área e intensidade da amostragem. A diversidade γ, ou regional, corresponde à diversidade de uma grande área, bioma, continente, ilha, etc. A diversidade β corresponde à diversidade entre habitats ou outra variação ambiental qualquer, isto é, mede o quanto a composição de espécies varia de um lugar para outro, (Barros, 2007). A biodiversidade pode ser classificada em três grandes níveis:
Diversidade genética: os indivíduos da mesma espécie não são geneticamente idênticos entre si. Cada indivíduo é único e possui uma combinação de genes que determina suas características. Devido a
grande diversidade genética, o planeta Terra possui uma externsa variedade biológica.
Diversidade orgânica: nesse nível de classificação, todas as espécies de seres vivos são classificadas de acordo com sua evolução e suas características.
Seguindo
esse
pensamento
de
distribuição,
os
estudiosos acreditam que possam existir aproximadamente 10 a 30 milhões de espécies em nosso planeta.
Diversidade ecológica: os indivíduos de uma mesma espécie formam populações, que formam comunidades, que formam ecossistemas, que formam um bioma. Em todos esses níveis há inter-relação entre os indivíduos com outros indivíduos e deles com o ambiente em que estão inseridos.
A expressão diversidade, envolve dois critérios fundamentais distintos de conceituação e caracterização: a riqueza e abundância relativa (Pianka 1994). A riqueza está correlacionado com a quantidade abundante das espécies resistentes em um determinado habitat, e a abundância relativa é a quantidade de indivíduos de suas respectivas populações.
OBJETIVO
A prática de medida de diversidade possibilita realizar uma análise comparativa das comunidades, diagnosticando os seus valores de riqueza e de abundância relativa, além de mostrar efetivamente o estado da distribuição das espécies existentes no local pesquisado.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Calcular índices de diversidade e similaridade; • Comparar a riqueza de espécies entre comunidades; • Comparar a abundância de espécies entre comunidades; • Comparar os índices de diversidade encontrados entre comunidades.
PROCEDIMENTOS Foram formados grupos com quatro componentes; Cada grupo sorteou quatro comunidades para preencher a tabela abaixo. Na tabela 1 estão descrista a distribuição das espécies (08 espécies descritas) em 4 comunidades denominadas em A,B,C e D, com a catalogação do número de indivíduos existentes em cada comunidade.
Espécies Espécies 01 Espécies 02 Espécies 03 Espécies 04 Espécies 05 Espécies 06 Espécies 07 Espécies 08 Total
Tabela 01. Distribuição de quantidades das Espécies Comunidade A Comunidade B Comunidade C Comunidade D 83 13 4 0 2 50 14 11 0 3 1 15 0 0 0 0 14 0 0 3 12 0 6 47 100 50 128
Graficamente podemos visualizar a grande diversidade de indivíduos que as comunidades têm, mostrando assim um panorama quantitativo e significativa da diferença entre riqueza e abundância.
Tabela1 - Distribuição de quantidades de Espécies 140
Espécies Espécies Espécies Espécies Espécies Espécies Espécies Espécies Total
120 100 80 60 40 20 0 Comunidade A
Comunidade B
Comunidade C Comunidade D
01 02 03 04 05 06 07 08
3 40 50 0 0 0 0 0 93
Na Tabela 2 podemos observar a variância de abundância relativa apresentada entre os indivíduos de cada comunidade, em seguida o gráfico demonstrando em ordem a distribuição dos valores.
Espécies Espécies 01 Espécies 02 Espécies 03 Espécies 04 Espécies 05 Espécies 06 Espécies 07 Espécies 08 Total
Tabela 2. Calculo a abundância relativa (quantidade da sp X / total da comunidade) Comunidade A Comunidade B Comunidade C Comunidade D 0,83 0,26 0,03 0,00 0,04 0,39 0,14 0,22 0,00 0,03 0,02 0,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,28 0,00 0,00 0,06 0,09 0,00 0,12 0,37 1,00 1,00 1,00
0,03 0,43 0,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00
Gráfico 2. Calculo a abundância relativa (quantidade da sp X / total da comunidade) 1,20 Espécies Espécies Espécies Espécies Espécies Espécies Espécies Espécies Total
1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 Comunidade A
Comunidade B
Comunidade C
Comunidade D
01 02 03 04 05 06 07 08
CÁLCULO DE COMPARAÇÃO DOS VALORES RELATIVOS COM OS VALORES ABSOLUTOS ENTRE AS COMUNIDADES
Valores absolutos: Valores relativos: A = 100 A = 0,7094 B=50 B = 0,2144 C= 50 C = 0,1594 D=128 D = 0,4774 Tabela 3. Comparação do Valores Relativos/Absolutos APLICANDO A FÓRMULA DE SIMPSON D= 1 - Σ (px)² = (COMUNIDADE A) D = 1 - Σ (0,7094) = 0,2906 D= 1 - Σ (px)² = ( Comunidade B ) D = 1 - Σ (0,2144) = 0,7856 D= 1 - Σ (px)² = ( Comunidade C) D= 1 - Σ (0,1594) = 0,8406 D= 1 - Σ (px)² = ( Comunidade D) D= 1 - Σ (0,4774) = 0,5226
Comunidade A
Comunidade B
Comunidade C
Comunidade D
Diversidade Simpson
0,2906
0,7856
0,8406
0,5226
Riqueza
3
7
5
3
Abundância
100
50
128
93
Tabela 3. Abundância relativa da espécie x na comunidade x
Identifique a(s) comunidade(s) com maior número de espécies (riqueza) e a maior quantidade de indivíduos( abundância) e confirme se nesta (s) comunidade (s) foi encontrado o maior valor para índice de diversidade. As comunidades que apresentou uma maior riqueza foram a B e C, e com relação à quantidade de indivíduos foi a comunidade A e D.
CALCULE O ÍNDICE DE SIMILARIDADE Calcule o índice de Similaridade usando a tabela 1 e aplicando a fórmula abaixo: J = C / C + A+B
( Comunidades A e B)
J= 3/3+0+4 J= 3/7 J= 0,42 J= 42 % J= C/C + C+ D J= 2/2+3+1 J= 2/7 J= 0,28 J= 28 %
( COMUNIDADES C E D)
J= C/C + A+ C J= 2/2+1+3 J= 2/6 J= 0,33 J= 33 %
( COMUNIDADES A E C)
J= C/C + A+ D J= 2/2+1+1 J= 2/4 J= 0,5 J= 50 %
( COMUNIDADES A E D)
J= C/C + B+ D J= 3/3+4+0 J= 3/7 J= 0,42 J= 42%
( COMUNIDADES B E D)
J= C/C + B+ C J= 5/5+2+0 J= 5/7 J= 0,71 J= 71%
( COMUNIDADES B E C)
Comunidade A
Comunidade B
Comunidade C
Comunidade D
Comunidade A
1,0
042
0,33
0,50
Comunidade B
n/a
1,0
0,71
0,42
Comunidade C
n/a
n/a
1,0
0,28
Comunidade D
n/a
n/a
n/a
1,0
Tabela 4. Comparação de Similaridade
Compare as comunidades e identifique aquelas que apresentam a similaridade mais alta. As comunidades que apresentou uma similaridade em alto grau foi as catalogadas em B x C
REFERÊNCIAS ROLIM, S G.; NASCIMENTO; H. E. M. Análise de riqueza, diversidade espécie abundância de uma comunidade arbórea tropical em diferentes intensidades amostrais. Scientia Forestalis nº 52, p. 7- 16, dez. 1997. http://www.aultimaarcadenoe.com.br/wp-content/uploads/2011/05/Biodiversidadeconceito_e_importancia-ASilveira-120.pdf. Acessado em 16 de janeiro de 2014. Acesso em 16/01/2014, disponível
em:
Acesso em 15/01/2014, disponível em: ROSSO, S., 1996. Amostragem, Repartição Espacial e Diversidade – Dominância de Comunidades de Costões Rochosos: uma Abordagem Metodológica. São Paulo. Labmar.