Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Materiais De Construção - Aço

Material da aula de aço

   EMBED

  • Rating

  • Date

    December 2018
  • Size

    10.1MB
  • Views

    4,120
  • Categories


Share

Transcript

4/5/2011 UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Os materiais metálicos são substâncias inorgânicas que contêm um ou mais elementos metálicos e que também podem conter alguns elementos não-metálicos. Visando à melhoria das suas propriedades a maioria dos materiais metálicos são ligas metálicas. Prof. Fábio Henrique de Melo Ribeiro, MSc. MSc. Eng. Civil e Eng. Seg. Trab. Os metais e suas ligas podem ser divididos em duas grandes classes: materiais metálicos ferrosos e nãoferrosos. Os ferrosos contêm uma percentagem elevada de ferro em sua composição química, sendo este elemento o seu principal constituinte (aços e ferros fundidos). Os não-ferrosos não contêm ferro ou contêm o ferro apenas em pequena quantidade (tais como o alumínio e o cobre,assim como as suas respectivas ligas) As ligas metálicas são constituídas pela combinação química de dois ou mais elementos metálicos (como a liga cobre-zinco) ou por um ou mais elementos metálicos combinados comum ou mais elementos não-metálicos (como o aço, liga ferro-carbono) As ligas ferrosas (principalmente os aços) contribuem com a grande parte da produção mundial de materiais metálicos, em função de uma combinação de boa resistência mecânica, tenacidade e ductilidade, associadas a um custo de produção relativamente baixo. As ligas ferrosas possuem algumas limitações quando comparadas com as ligas não ferrosas, incluindo principalmente: massa específica relativamente alta, baixa condutividade elétrica e susceptibilidade à corrosão em alguns ambientes comuns. 1 4/5/2011 Aço (Acero, Steel) O aço, como produto industrial, é uma liga ferro-carbono na qual se adicionam elementos de liga para conseguir propriedades especiais que o deixem em condições de uso dentro dos objetivos para o qual foi fabricado. MINÉRIO DE FERRO Matéria-prima fundamental Os elementos de liga mais usuais são: cromo (Cr), níquel (Ni), tungstênio (W), vanádio (V), molibdênio (Mo), cobalto (Co), manganês (Mn), silício (Si), alumínio (Al), fósforo (P), enxofre (S), entre muitos outros. CARVÃO MINERAL Energia térmica e química para redução do minério de ferro 1. Preparo das matérias primas 2. Produção do Ferro-gusa 3. Produção do aço Etapas na Produção do AÇO 5. Conformação mecânica 4. Refinamento lingotamento 2 4/5/2011 1. PREPARO INICIAL DAS MATÉRIAS-PRIMAS 2. PRODUÇÃO DO FERRO-GUSA REDUÇÃO INICIAL DO MINÉRIO DE FERRO EM UM ALTO FORNO. CARVÃO MINERAL MINÉRIO DE FERRO COQUEIFICAÇÃO SINTERIZAÇÃO CARBONO (COQUE) Eliminação de impurezas. Destilação do carvão (ausência de ar). Liberação de substâncias voláteis 1300ºC COQUE METALÚRGICO Aglutinação de finos de minério. Elevados teores de finos dificultam a entrada de ar. Adição de um fundente (finos de calcário ou areia silicosa e os finos de coque). + OXIGÊNIO (MINÉRIO) REAÇÃO EXOTÉRMICA SÍNTER + COQUE + FUNDENTE (Calcário) SÍNTER 2. PRODUÇÃO DO FERRO-GUSA 2. PRODUÇÃO DO FERRO-GUSA CALOR E ÓXIDO DE CARBONO VÃO REDUZINDO O MINÉRIO DE FERRO, SENDO QUE O EXCESSO DE CARBONO CARBONATA O FERRO RESULTANTE. GOTEJAMENTO DO FERRO NO CADINHO. A ESCÓRIA (MAIS LEVE QUE O FERRO-GUSA) FLUTUA NO MATERIAL LÍQUIDO, SENDO FACILMENTE SEPARÁVEL. 1. FERRO-GUSA 2. ESCÓRIA DE ALTO FORNO 3. GASES 3 4/5/2011 3. PRODUÇÃO DO AÇO - ACIARIA ESCÓRIA DE ALTO-FORNO FERRO GUSA + SUCATAS DE AÇO OU FERRO FUNDIDO ADIÇÃO DE FERRO-LIGAS PARA AJUSTE DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA FORMADO PRINCIPALMENTE POR ALUMINOSSILICATOS DE CÁLCIO ESTRUTURA VÍTREA E ALTA REATIVIDADE DESCARGA DA MATÉRIA-PRIMA PARA QUEIMA OU CALCINAÇÃO RESFRIAMENTO RÁPIDO - TANQUES DE GRANULAÇÃO FERRO GUSA  AÇO ESCÓRIA GRANULADA DE ALTO-FORNO 3. PRODUÇÃO DO AÇO - ACIARIA 4. REFINAMENTO E LINGOTAMENTO REFINAMENTO Refinamento e ajuste de sua composição final  aço é levado a fornos menores. Fornos elétricos  fornos panela 1600ºC Ao final do período de refino amostras são enviadas para controle laboratorial. Ferros-liga podem ser adicionados para enquadramento do produto final nos limites requeridos. 4 4/5/2011 4. REFINAMENTO E LINGOTAMENTO 4. REFINAMENTO E LINGOTAMENTO LINGOTAMENTO O aço líquido é despejado em moldes de seção quadrada, definindo sua forma. O molde tem o nome de lingoteira, a qual, por ser refrigerada com água é conhecida como lingoteira refrigerada. 1200º C As barras são cortadas em comprimentos de aproximadamente 15 metros. 5. CONFORMAÇÃO MECÂNICA LAMINAÇÃO A QUENTE REAQUECIMENTO DAS BARRAS SUBMISSÃO A UM ESFORÇO DE COMPRESSÃO LATERAL E POSTERIORMENTE DIAMETRAL REDUÇÃO DE SEÇÃO TRANSVERSAL (TRANSFORMADA EM SEÇÃO CILÍNDRICA) 5. CONFORMAÇÃO MECÂNICA LAMINAÇÃO A QUENTE CONTATO DO METAL QUENTE COM O MEIO AMBIENTE PROVOCA UMA OXIDAÇÃO SUPERFICIAL NA BARRA. FORMAÇÃO DA CAMADA SUPERFICIAL DE ÓXIDOS – “CAREPA DE LAMINAÇÃO” A ESPESSURA DA CAREPA É PROPORCIONAL À VELOCIDADE DO RESFRIAMENTO. NO CASO DO CA-50 O RESFRIAMENTO RECEBE AINDA A PRESENCA DE ÁGUA COM A CONSEQUENTE FORMAÇÃO DE UMA CAREPA DE ÓXIDOS DE COLORAÇÃO CINZA OU AZULADA. 5 4/5/2011 5. CONFORMAÇÃO MECÂNICA 5. CONFORMAÇÃO MECÂNICA TREFILAÇÃO (AÇO CA-60) DEFORMAÇÃO A FRIO – “ESTIRAMENTO” DO AÇO. OS FIOS DE AÇO SÃO FORÇADOS A PASSAR ATRAVÉS DE VÁRIOS ANÉIS OU FIEIRAS. DEFORMAÇÃO MICROESTRUTURAL, COM ALONGAMENTO DOS GRÃOS PARALELAMENTE AO ESFORÇO DE TRAÇÃO. É NECESSÁRIO QUE SE REMOVA A CAREPA DE LAMINAÇÃO (BANHO DE AÇO CLORÍDRICO)  BANHOS DE ÁGUA  BANHOS COM CAL. 5. CONFORMAÇÃO MECÂNICA 5. CONFORMAÇÃO MECÂNICA TREFILAÇÃO (AÇO CA-60) ESTRUTURA ENCRUADA APRESENTA GRÃOS SEVERAMENTE DISTORCIDOS (INSTABILIDADE). COM “ESTÍMULO” OS CRISTAIS TENDERÃO A SE REACOMODAR (TRATAMENTOS TÉRMICOS, COMO POR EXEMPLO RECOZIMENTO). CARACTERÍSTICAS DA TREFILAÇÃO: AUMENTO DO LIMITE DE ESCOAMENTO E RESISTÊNCIA À TRAÇÃO REDUÇÃO DA DUCTILIDADE 6 4/5/2011 CLASSIFICAÇÃO DAS LIGAS FERROSAS FABRICAÇÃO DE PERFIS FABRICAÇÃO DE PERFIS USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 7 4/5/2011 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 8 4/5/2011 USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL USOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL 9 4/5/2011 FUNÇÃO DA ARMADURA Resistir aos esforços de tração, jáque o concreto não possui esse tipo de resistência. Compatibilidade Física O aço e o concreto têm deformações próximas quanto às variações térmicas Compatibilidade Química O aço não é corroído estando no ambiente alcalino do concreto 10 4/5/2011 MONTAGEM MONTAGEM TRELIÇAS 11 4/5/2011 TRELIÇAS TRELIÇAS TELAS SOLDADAS STEEL DECK 12 4/5/2011 PROTENSÃO Matéria-prima e fabricação As cordoalhas e fios para concreto protendido têm sua origem em fio-máquina produzido com matéria prima especial, com baixíssimos níveis de impurezas. Outra característica principal do aço para protensão que o destaca fundamentalmente dos demais aços destinados às estruturas deconcreto é a sua compsição química, onde o elemento mais diferente e elevado é o carbono, o qual confere ao aço inicialmente uma grande resistência. PROTENSÃO CORDOALHAS: 3 a 7 Fios BAINHAS: Tubos de chapa galvanizada com costura e ondulações ANCORAGENS Blocos de aço com furos cônicos, cunhas e placas Composição química (%): C – 0,80 a 0,85, Mn – 0,60 a 0,90, Cr – 0,18 a 0,30, P – 0,015 máx. e S – 0,012 máx. PROTENSÃO PROTENSÃO • Cordoalha engraxada e plastificada Trazida para o Brasil em1997, tornou-se a razão da desmistificação da dificuldade de se fazer em obras protendidas: pela sua simplicidade de aplicação e praticidade do sistema de protensão, tornou viável a protensão leve de pequenas obras e vãos menores. É composta por cordoalha comum, que recebe camada de graxa protetora contra a corrosão e depois ganha uma capa plástica contínua (bainha plástica) em todo o seu comprimento. 13 4/5/2011 PROTENSÃO PROTENSÃO PROTENSÃO PROTENSÃO 14 4/5/2011 PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS  CORROSÃO DAS ARMADURAS A corrosão da armadura é um problema crítico, que pode comprometer severamente a segurança e a capacidade de serviço das estruturas. Deterioração dos materiais pela ação química ou eletroquímica do meio, podendo estar ou não associado a esforços mecânicos  PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS  Na corrosão eletroquímica, os elétrons movimentam-se no aço, partindo das regiões anódicas para as catódicas, completando-se o circuito elétrico através do eletrólito que é uma solução iônica (HELENE, 1993).  Este tipo de corrosão é resultado da falta de uniformidade do aço, contato com metais menos ativos, assim como também, das heterogeneidades do meio químico ou físico que rodeia o aço. PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS 15 4/5/2011 PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS PATOLOGIA DAS ESTRUTURAS  O dano ao concreto provocado pela corrosão da armadura, pode se dar na forma de expansão, fissuração, destacamento do cobrimento de concerto e redução da seção transversal da armadura, podendo ocorrer o colapso estrutural. AULA BASEADA NO LIVRO: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL E PRINCÍPIOS DE CIÊNCIA E ENGENHARIA DOS MATERIAIS (ISAÍA, G. C. (ED.)). SÃO PAULO: IBRACON. 2007. 16