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Matemática Básica Coleção Fundamental 4

Volume 4

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Apostila de Matemática Básica Assunto: MATEMÁTICA BÁSICA Coleção Fundamental - volume 4/8 -1- b) Passando inicialmente os números para a forma retangular, z 3 = 2 cos 30º + j 2 sen 30º = 1,732 + j1,000 z 4 = 5 cos 70º + j 5 sen 70º = 1,710 + j 4,698 z 3 + z 4 = (1,732 + 1,710 ) + j (1,000 + 4,698) = = 3,442 + j 5,698 Temos também que: (3,442)2 + (5,698)2 z3 + z 4 = = 6,657  5,698  θ = arc tg  = 58,9º  3,442  z3 + z 4 z4 y 6,7 Valores obtidos  do gráfico 5 59º 70º 2 z3 30º 0 x Fig. 1.23 Exemplo 1.18 Resolva a equação e jθ − 1 = 2 para − π < θ ≤ π e verifique a solução geometricamente3 Solução: Temos que: e jθ − 1 = 2 (*) onde z1 = e = cos θ + j sen θ e z 2 = 1 donde, jθ -2- cos θ + j sen θ − 1 = 2 ∴ (cos θ − 1) + j sen θ = 2 ∴ (cos θ − 1)2 + sen 2 θ = 2 (cos θ − 1)2 + sen 2 θ = 2 ∴ cos 2 θ − 2 cos θ + 1 + sen 2 θ = 2 ∴ =1 2 − 2 cos θ = 2 ∴ − 2 cos θ = 0 ∴ θ = 0 cos θ = 0  θ = π rad Substituindo na equação (*), verificamos que somente o valor θ = π rad é compatível. z −z A verificação gráfica é imediata, visto que 1 2 é a distância entre os pontos definidos pelos complexos z1 e z2 . jθ z =1 Sendo z1 = e , temos que 1 , e o lugar geométrico representado por z1 , quando θ varia ao longo do intervalo − π < θ ≤ π , é uma circunferência de raio unitário centrada na origem. Sendo z 2 = 1 , a situação é a representada na figura a seguir: y z1 = e jθ z1 − z 2 θ z2 = 1 0 x 1 Fig. 1.24 É fácil verificar que teremos z1 − z 2 = 2 quando θ assumir o valor π rad . b) Multiplicação A multiplicação de grandezas na forma retangular é dada por: -3- ( ) z1.z 2 = ( x1 + jy1 )( . x2 + jy2 ) = x1 x2 + j 2 y1 y2 + j ( x1 y2 + x2 y1 ) 2 Lembramos que j = −1 segue-se que: z1.z 2 = ( x1 x2 − y1 y2 ) + j ( x1 y2 + x2 y1 ) (62) Já na forma exponencial, z1.z 2 = z1 e jθ1 . z 2 e jθ2 = z1 z 2 e j (θ1 +θ2 ) o que nos permite então escrever: z1.z 2 = z1 z 2 e j (θ1 + θ 2 ) = z1 z 2 θ1 + θ 2 (63) Conclusões: 1.ª) Da equação (63) temos que: z1.z 2 = z1 . z 2 (64) e θ z1 . z 2 = θ1 + θ 2 (65) z = x + jy = z e jθ z * = x − jy = z e − jθ e vale então estabelecer a seguinte equação: 2.ª) Para * jθ − jθ z. z = z e . z e ou seja, z. z * = z 2 (66) 3.ª) Também não é difícil mostrar que (z1 z 2 )* = z1* z2* (67) Exemplo 1.19 Multiplicar os seguintes números complexos: z1 = 2 + j 3 a) π z3 = 5e j 3 b) e z 2 = −1 − j 3 − j π6 e z 4 = 2e -4- z5 = 2 30° c) e z6 = 5 − 45° Solução: z1.z 2 = (2 + j 3)(− 1 − j 3) = 7 − j 9 a) π π π z3 .z 4 = 5e j 3 2e − j 6 = 10e j 6 b) ( z5 .z6 = (2 )( ) ) (5 30° − 45° ) = 10 −15° c) Exemplo 1.20 j Passar o número complexo − 2e 5π 6 para as formas polar e cartesiana. Solução: Este é uma excelente exemplo, pois, lembrando a forma exponencial de um complexo, z = z e jθ , parece que estamos diante de um absurdo, qual seja um numero com módulo negativo. Acontece que aí não existe módulo negativo, mas sim uma “multiplicação implícita”, conforme veremos a seguir: 5π − 2e j 6 = −2 = (1 180º = −2 150 º = (− 1)(2 ) 150 º )(2 150º ) = 2 330º = 2 − 30º 1424 3 5π 6 não é usual      pois devemos   ter −180 º < θ ≤180 º    que é a forma polar. A forma cartesiana é facilmente obtida à partir da forma polar, ou seja: z = 2 − 30º = 2 cos(− 30º ) + j 2 sen (− 30º ) = = 1,732 − j1,000 Observação: As calculadoras eletrônicas estão em um estágio de desenvolvimento tão elevado que, aquelas que tem as rotinas RET → POL e POL → RET, assimilariam a transformação − 2 150 º diretamente para a forma cartesiana, pois, quando se entra com z = −2 , o software da calculadora entende que isto não é simplesmente módulo, e que existe uma multiplicação implícita. Está duvidando? Pois então pegue uma e execute a operação! -5- a) Divisão z1 z 2 , é definida como z1 = z 2 .z3 se z 2 ≠ 0 . A divisão de duas grandezas complexas, Em coordenadas retangulares temos: z3 = z1 x1 + jy1  x1 + jy1  x2 − jy2    = = z 2 x2 + jy2  x2 + jy2  x2 − jy2  onde o processo de racionalização foi efetuado utilizando-se o complexo conjugado do denominador. Finalmente, z1  x1 x2 + y1 y2   x2 y1 − x1 y2   + j  = z 2  x22 + y22   x22 + y22  e na forma exponencial, (68) z e jθ1 z z1 = 1 jθ2 = 1 e j (θ1 −θ2 ) z2 z2 e z2 o que nos conduz a z1 z1 j (θ1 −θ2 ) z1 = e = z2 z2 z2 θ1 − θ 2 (69) Conclusões: 1ª) Da equação (69) concluímos que: z z1 = 1 z2 z2 (70) e θ z1 = θ1 − θ 2 z2 . (71) 2ª) Não é difícil mostrar que *  z1  z*   = 1* z2  z2  , sendo z 2 ≠ 0 (72) -6- 3ª) Fica então evidente que a multiplicação e a divisão de grandezas complexas são mais facilmente efetuadas na forma polar, a menos que, conforme já dito anteriormente, se tenha uma calculadora eletrônica mais sofisticada. jπ 2 4ª) É importante notar que multiplicar uma grandeza complexa por j = e = 1 90° não altera o seu módulo, mas soma 90º ao seu ângulo de fase. Raciocinando em termos da representação por meio de segmento orientado no plano complexo, a multiplicação por j gira o segmento orientado de 90º no sentido anti-horário. De modo análogo, a multiplicação − jπ 2 − j = e = 1 − 90° também não altera o módulo da grandeza mas, neste caso, há por uma subtração de 90º na fase, ou seja, o segmento orientado é agora girado de 90º no sentido horário. jα , não 5ª) Similarmente, se multiplicarmos um número complexo por e = 1 α alteramos o seu módulo; apenas acrescentamos α ao seu ângulo de fase ou, em outras palavras: giramos o segmento orientado que representa o complexo de um ângulo α no − jα sentido anti-horário. Se a multiplicação for por e = 1 − α o giro será no sentido horário. 6ª) Das propriedades e definições vistas até então resultam as leis comutativa, associativa e distributiva usuais: z1 z 2 = z 2 z1 (73) z1 + z 2 = z 2 + z1 (74) z1.( z 2 .z3 ) = ( z1.z 2 ).z3 (75) z1 + ( z 2 + z3 ) = ( z1 + z 2 ) + z3 z1.( z 2 + z3 ) = z1.z 2 + z1.z3 (76) (77) (z1 + z2 ).z3 = z1.z3 + z2 .z3 (78) Exemplo 1.21 Dividir os seguintes números complexos: z1 = 4 − j 5 a) z 3 = 4e z5 = 8 jπ 3 e z 2 = 1 + j2 e z 4 = 2e b) − 30º c) e jπ 6 z6 = 2 − 60º Solução: z1 4 − j 5  4 − j 5  1 − j 2  − 6 − j13 6 13   = = =  =− − j z2 1 + j 2  1 + j 2  1 − j 2  5 5 5 a) -7- jπ jπ z 3 4e 3 = j π = 2e 6 z 4 2e 6 b) z5 8 − 30º a) z = 2 − 60º = 4 6 30° Exemplo 1.22 Determinar o resultado da expressão z= (500)(2000 − 30º ) + (250 500 + 2000 − 30º 30º )(1000) 250 30º + 1000 Solução: Temos então: 1 000 000 − 30º 250 000 30º + = 500 + 1 732 − j1 000 216,5 + j125 + 1 000 1 000 000 − 30º 250 000 30º = + = 2 232 − j1 000 1 216,5 + j125 1 000 000 − 30º 250 000 30º = + = 2 445,8 − 24,1º 1 222,9 5,9º = 408,9 − 5,9º + 204,4 24,1º = = 406,7 − j 42 + 186,6 + j83,5 = = 593,3 + j 41,5 = 594,8 4º z= e) Potenciação Consideremos, inicialmente, um número complexo genérico z = z e jθ = z (cos θ + j sen θ) Procedamos agora a potenciação deste número, ou seja, zn . Temos então: [ ] z n = z e jθ = [ z (cos θ + j sen θ)] Assim sendo vem que: n n -8- z n = z e jnθ = z (cos θ + j sen θ ) porém, da identidade de Euler, n n n e jnθ = cos nθ + j sen nθ o que nos permite escrever z n = z e jnθ = z (cos nθ + j sen nθ ) = z (cos θ + j sen θ ) 14444444 4244444444 3 n n n n (* ) (79) Daí concluímos que se z = z e jθ = z θ = z (cos θ + j sen θ) podemos exprimir a potência nas seguintes formas: z n = z e jnθ n z =z n (80) nθ n (81) z = z (cos nθ + j sen nθ) n n (82), também conhecida como 1.ª fórmula de De Moivre. Considerando a parte assinalada com asterisco na equação (79), concluímos também que: (cos θ + j sen θ)n = cos nθ + j sen nθ (83), que é reconhecida como sendo a identidade de De Moivre. Exemplo 1.23 Calcular ( 3+ j ) 7 utilizando (a) a forma exponencial e (b) a 1.ª fórmula de De Moivre. Solução: a) Temos que: ( ) 2  3 +1 = 2 z =  1 π = 30º = rad θ = arc tg 6 3  Logo, ( ) j π 6 3 + j = 2e . Assim sendo, -9- ( )  j π6  3+ j =2 = 2 e  e  =   π π  = 128(cos π + j sen π ) cos + j sen  = 6 6  7j 7 7π 6 ( 7 jπ ) (  3 1 = −128 + j  = −64 3 + j 2  2 z =2  π  θ = 6 rad b) ( 3+ j ) 7 )   7π 7π  5π  5π     = 2 7 cos + j sen  = 128cos 2π −  + j sen  2π −  = 6 6 6  6         5π  3 1  5π   = 128cos −  + j sen  −  = 128 − − j  = 2  6    6   2 ( = −64 3 + j ) Exemplo 1.24 Calcular ( 2+ j 2 ) 10 utilizando (a) a forma exponencial e (b) a 1.ª fórmula de De Moivre. Solução: a) Temos que: ( ) ( ) 2 2  2 + 2 =2 z =  π θ = arc tg 1 = 45º = rad  4 Logo, j π 4 2 + j 2 = 2e Assim sendo, ( 2+ j 2 ) 10 =2 e 10 j 10 π 4 =2 e 10 j 5π 2 ( = 2 e 10 j 2π  j π2  e  =     )  π  π  = 1024(cos 2π + j sen 2π )cos  + j sen   =  2   2 = 1024 j - 10 - z =2  π  θ = 4 rad b) ( 2+ j 2 ) 10 10π 10π   = 210  cos + j sen = 4 4     2π  2π    = 1024 cos 2π +  + j sen  2π +  = 4  4     π π  = 1024 cos + j sen  = 1024 j 2 2  Exemplo 1.25 j100(1 − j 2 ) (− 3 + j 4 )(− 1 − j ) tanto na forma polar quanto na 2 z= Determinar o resultado da expressão retangular. Solução: Inicialmente vamos passar cada um dos fatores para a forma polar: (100 90° )( 5 − 63,4° ) = (100 90° )(5 − 126,8° ) = z= (5 126,9° )( 2 − 135° ) (5 126,9° )( 2 − 135° ) 2 = 70,9 − 28,7° = 62 − j34 Solução Alternativa: Vamos manter os fatores na forma retangular e racionalizar a fração resultante: [ ] j100 (1) − 2(1)( j 2 ) + ( j 2 ) = [(− 3)(− 1) + (− 3)(− j ) + ( j 4)(− 1) + ( j 4)(− j )] j100[1 − j 4 − 4] j100[− 3 − j 4] = = = [3 + j3 − j 4 + 4] 7− j z= = = 2 100[4 − j 3] 100(4 − j 3)  7 + =  7− j  7 − j  7 + 100(31 − j17 ) = 62 − j 34 49 + 1 2 j = j  e) Radiciação: - 11 - Diz-se que um número w é a raiz n-ésima de um número complexo z se w=n z = z n que é equivalente a 1 wn = z . Para determinar as n raízes distintas do número z vamos considerá-lo em sua forma trigonométrica z = z (cos θ + j sen θ) e representemos, também em forma trigonométrica, a raiz que desejamos encontrar: w = w (cos ϕ + j sen ϕ) . Utilizando a 1.ª fórmula de De Moivre, a equação z = n assume a seguinte forma: n w (cos nϕ + j sen nϕ) = z (cos θ + j sen θ ) . Uma vez que a igualdade dos números complexos requer a igualdade das partes reais e das partes imaginárias, separadamente, devemos ter: n w cos nϕ = z cos θ e n w sen nϕ = z sen θ Tais equações, por sua vez, são equivalentes a n w = z e n (k = 0, 1, 2,K, n − 1) nϕ = θ + 2kπ ou seja, w =n z θ + 2kπ (k = 0, 1, 2,K, n − 1) n Seque-se então a expressão conhecida como 2ª fórmula de De Moivre: ϕ= e  θ + 2 kπ   n  j   θ + 2kπ   θ + 2kπ  n w = z = z cos  + j sen   = z e   n    n  sendo k = 0, 1, 2, ..., n – 1. n n =n z Que também pode ser expressa para o argumento em graus, - 12 - θ + 2kπ n (84a)   θº + k 360º   θº + k 360º  n θ° + k 360° w = n z = n z cos  = z  + j sen  n n (84b) n      sendo k=0, 1, 2, ..., n – 1. w , w , w , K , wn −1 , Esta fórmula produz n raízes distintas 0 1 2 todas com o mesmo módulo e com argumentos θ + 2kπ θ0 + k 360º ϕk = = n n , k = 0, 1, 2, ..., n – 1, n que estão situadas sobre a circunferência centrada na origem e com raio vértices de um polígono regular de n lados, conforme ilustrado a seguir: z y w2 w1 w3 ϕ ϕ 0 w0 ϕ ϕ θn x ϕ wn −1 wn − 2 ϕ= 2π 360º = n n Fig. 1.25 Casos particulares: 1º) Raízes da unidade: Quando z = 1, o ângulo θ assume o valor zero e a fórmula (84) reduz-se a : - 13 - , sendo os 2kπ 2kπ   w =  cos + j sen  =e n n    2kπ  j   n  =1 2kπ n =1 k 360º n (85) sendo k= 0, 1, 2... n-1 Considerando 2π j 2π 2π Ω = cos + j sen =e n, n n e utilizando a identidade de De Moivre, vemos que as n-ésimas raízes da unidade são dadas por: 1, Ω, Ω 2 , K , Ω n −1 A figura 1.26 ilustra as raízes no caso n = 6, onde 2π 2π π π + j sen = cos + j sen = 0,5 + j 0 ,866 = e jπ 3 6 6 3 3 2 j 2π 3 * Ω =e = −0,5 + j 0 ,866 = Ω Ω = cos Ω 3 = e jπ = −1 Ω4 = e j 4π 3 Ω5 = e j 5π 3 = −0,5 − j 0 ,866 = −Ω = 0,5 − j 0 ,866 = Ω ∗ - 14 - y Ω2 Ω Ω3 0 x 1 Ω4 Ω5 Fig. 1.26 2º) Raízes quadradas: z= w0 = jθ2 z e w1 = z e = θ z j (π + θ 2 ) = z =3 z θ = 2 z π + θ2 = θº 2 180° + θº 2 z (86) 3º) Raízes cúbicas: w0 = 3 z e 3 z= w1 = 3 ze w2 = 3 z e jθ 3 j ( θ+ 2 π ) 3 j ( θ+ 4 π ) 3 = =3 z 3 z (θ+2π ) =3 z (θ+4π ) 3 - 15 - θº 3 3 = z (θ°+360°) 3 =3 z (θ°+720° ) 3 3 3 (87) Exemplo 1.26 Determine os valores das seguintes raízes: a) j; b) 3 −8 j ; 8 c) 1 d) ( 1 1+ j 3 2 ) e represente-as no plano complexo. Solução: j a) z= j=e jπ 2  z =1  ⇒ e θ = π = 90º 2  Temos que Pela expressão (86): w0 = 1 45° = 1 45° = cos 45º + j sen 45º = 0,707 + j 0,707 w1 = 1 180° + 45° = 1 225° = 1 −135 ° = cos(− 135º ) + j sen (135º ) = −0,707 − j 0,707 y w0 0,707 1 − 0,707 45º 0 w1 −135º x 0,707 − 0,707 Fig. 1.27 3 − 8 j b) - 16 - Temos que z = −8 j = 8 e − jπ 2 z =8  ⇒ e θ = − π = −90º 2  Pela expressão (87), w0 = 3 8 − 30° = 2[cos(− 30°) + j sen (− 30°)] = 2(0,866 − j 0,5) = 1,732 − j (− 90° + 360°) / 3 = 2 90° = 2(cos 90º + j sen 90°) = 2 j w2 = 3 8 (− 90° + 720°) / 3 = 2 210° = 2 −150° = 2[cos(− 150°) + j sen (− 150°)] = 2(− 0,866 − j 0,5) = −1,732 − j w1 = 3 8 y 2 w1 − 1,732 1,732 0 − 30º − 150º w2 −1 x 2 w0 Fig. 1.28 8 1 c) : Temos que z = 1 e, pela expressão (85), com n = 8, w = 1 sendo k = 0, 1, 2, ... , 7 no presente caso. Assim sendo, w0 = 1 0° w1 = 1 45° w2 = 1 90° w3 = 1 135 ° w4 w5 w6 w7 =1 =1 =1 =1 180 ° 255° 270° 315° k 360° = 8 = 1 k 45° = cos 0º + j sen 0º = 1 = cos 45º + j sen 45º = 0,707 + j 0,707 = cos 90º + j sen 90º = j = cos 135º + j sen 135º = −0,707 + j 0,707 = cos180º + j sen 180º = −1 = 1 −135° = cos(− 135º ) + j sen (− 135º ) = −0,707 − j 0,707 = 1 − 90° = cos(− 90º ) + j sen (− 90º ) = − j = 1 − 45° = cos(− 45º ) + j sen (− 45º ) = 0,707 − j 0,707 - 17 - y 1 w2 0,707 w3 w1 1 45º − 0,707 w4 −1 − 0,707 w5 0,707 − 45º 0 w0 1 x w7 − 1 w6 Fig. 1.29 ( ) 1 1+ j 3 2 d) :  1 3 ( 1 )2 +j ⇒ z = 2 + 2 2 θ = π 3 = 60º Temos que Pela expressão (86), z= w0 = 1 30° ( ) 3 2 2 = 1 =1 = cos 30º + j sen 30º = 0,866 + j 0,5 w1 = 1 180° + 30° = 1 210° = 1 −150° = cos(− 150º ) + j sen(− 150º ) = −0,866 − j 0,5 - 18 - y w0 0,5 − 0,866 30º 0 − 150º w1 x 0,866 − 0,5 Fig. 1.30 Exemplo 1.27 4 Determinar o conjunto-solução em C da equação w + 4 = 0 . Solução: Temos: w 4 + 4 = 0 ⇔ w 4 = −4 ⇔ w = 4 − 4 isto significa que devemos calcular as raízes quartas de z = – 4. Temos então: z = 4 z = −4 = 4e jπ ⇒  θ = π = 180º   180º + k 360º   180º + k 360º  w = 4 z cos  + j sen   4 4     ,  Utilizando a expressão (84), com n = 4, sendo k = 0, 1, 2, 3 no presente caso. Assim sendo,  2 2  = 1+ j = 2 [cos 45º + j sen 45º ] = 2  +j  2 2 w0 = 2 45°    2 2  = −1 + j = 2 [cos135º + j sen135º ] = 2  − +j  2 2 135 ° w1 = 2   - 19 - w2 = 2 255° = 2 −135° =  2 2  = −1 − j = 2 [cos(− 135º ) + j sen (− 135º )] = 2  − −j  2 2    2 2  =1− j = 2 [cos(− 45º ) + j sen (− 45º )] = 2  −j  2 2 w3 = 2 315° = 2 − 45°   Logo o conjunto solução é: S = {1 + j, − 1 + j , − 1 − j , 1 − j} 1.13.5 A Desigualdade do Triângulo Em alguns trabalhos sobre números complexos, este é um item que aparece logo no começo, visto que, no mais das vezes, é apresentada uma demonstração para ela baseada puramente em uma propriedade geométrica dos triângulos. Nesta oportunidade, vamos também apresentar uma demonstração analítica , pelo que optamos por aguardar um maior amadurecimento do estudante com relação aos vários conceitos básicos. Vamos então considerar dois pontos do plano complexo associados aos números z1 e z 2 , conforme apresentado na figura 1.20. Temos então: z1 + z 2 ≤ z1 + z 2 (88) A demonstração geométrica segue o fato de que os pontos 0, z1 , e z1 + z 2 são os vértices de z , z 2 e z1 + z 2 um triângulo de lados 1 , e um lado não pode exceder a soma dos outros dois. É também interessante notar que a desigualdade se torna uma igualdade quando os pontos 0, z1 , e z 2 são colineares. Para demonstrar a desigualdade algebricamente vamos escrever, baseados nas expressões que envolvem complexos conjugados, que ( ) ( ) z1 + z 2 = ( z1 + z 2 )( z1 + z 2 ) = ( z1 + z 2 ) z 1* + z *2 = z1 z1* + z1 z 2* + z 2 z1* + z 2 z 2* porém 2 * ( ) z 2 z1* = z1* z 2 = z1 z 2* * - 20 -