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Massa Especifica De Um Fluido - Fisica

Relatorio de fisica sobre massa especifica de fluidos no qual envolve um corpo de imersao e empuxo.

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RESUMO Um fluido ao contrário de um sólido é uma substância que escoa. O princípio de Arquimedes afirma que quando um corpo esta total ou parcialmente submerso em um fluído, o fluído ao redor exerce uma força de empuxo sobre o corpo. Quando um corpo é mais denso que um líquido e está totalmente imerso nesse líquido, o valor do seu peso dentro desse líquido é aparentemente menor que no ar. Este trabalho teve por objetivo determinar a massa específica de um de um corpo de imersão e de uma solução saturada e água e sal através do princípio de Arquimedes. Utilizou-se um sistema contendo uma proveta de 1000 ml, um dinamômetro de mola 2N e um corpo de imersão. O resultado obtido da massa específica do corpo de imersão foi 1223,04361 kg/m³, e da solução saturada de água e sal foi 1256,428571 kg/m3. 1. INTRODUÇÃO 1.1 Fluídos Um fluido em contraste com um sólido é uma substância que pode escoar. Fluidos se ajustam aos limites de qualquer reservatório em que os coloquemos. Eles se comportam dessa forma porque não conseguem suportar uma força tangencial a sua superfície (ou seja, uma tensão cisalhante). Para encontrarmos a massa específica ρ de um fluido em qualquer ponto, isolamos um pequeno elemento de volume V ao redor desse ponto e medimos a massa m do fluido contida dentro desse elemento. A massa específica é então: ρ = m/ V A massa específica em qualquer ponto em um fluido é o limite desta razão quando o elemento de volume V nesse ponto é cada vez menor. Na prática, supomos que uma amostra de fluido é grande comparada com as dimensões atômicas e, portanto é ''suave'' (com massa específica uniforme), e não ''pedaçuda'' com átomos. Esta hipótese nos permite escrever: ρ =m/V (massa específica uniforme) onde m e V são a massa e o volume da amostra. A massa específica é uma propriedade escalar; sua unidade SI é o quilograma por metro cúbico kg/m3. A diferença entre densidade e massa específica fica bem clara quando falamos de objetos ocos. Neste caso a densidade leva em consideração o volume completo e a massa específica apenas a parte que contêm substância. A densidade da salmoura é de 1230 Kg/cm3 á temperatura de 15oC. O princípio de Arquimedes afirma que quando um corpo está total ou parcialmente submerso em um fluído, o fluido ao redor exerce uma força de empuxo Fe sobre o corpo. A força está dirigida para cima e possui uma densidade igual ao peso mfg do fluido que foi deslocado pelo corpo. Fe=mfg (força de empuxo), Onde mf é a massa do fluido que é deslocado pelo corpo. Quando um corpo está totalmente imerso num líquido qualquer, podemos ter as seguintes condições: se ele permanece parado no ponto em que foi colocado, a intensidade da força de impulsão é igual a intensidade da força peso; se ele afundar, a intensidade da força de impulsão é menor que a intensidade da força peso; se ele for levado para a superfície, a intensidade da força de impulsão é maior do que a intensidade da força peso. O princípio de Arquimedes se resume a: Como a força peso do corpo é dada pelo produto da massa pela aceleração da gravidade mg. Podemos enunciar o seguinte critério: Vρ < m O corpo afunda, Vρ = m o corpo fica em equilíbrio metaestável, Vρ > m o corpo sobe à tona. Quando um corpo mais denso que um líquido é totalmente imerso nesse líquido, observamos que o valor do seu peso, dentro desse líquido, é aparentemente menor que no ar. A diferença entre o valor do peso real e do peso aparente corresponde à impulsão exercida pelo líquido: Peso Aparente = Peso real – Impulsão (ou intensidade da força de empuxo) Se a massa do corpo imerso for expressa como o produto de sua densidade média ρc por seu volume V, então o critério de Arquimedes assume a seguinte forma: ρ < ρc O corpo afunda, ρ = ρc o corpo fica em equilíbrio metaestável, ρ > ρc o corpo sobe à tona. F1 é a forca exercida da água acima sobre a Superfície do filete de água. F2 é a forca exercida pela água na parte de baixo do filete. MG é o peso do filete de água. F1=P1.Área F2= P2.Área F2=F1+mg A massa do filete de água é dado por: M=D.V onde D= densidade e V= volume. Volume= Área.(y1-y2) Então: M=D.Área (y1-y2) F2=P1.Área +D.Área(y1-y2) P2Área =P1Área +D.Área (y1-y2) Divide ambos os lados por 1/Área P2=P1+D(y1-y2) Esta equação pode ser usada para encontrar a pressão em um liquido em função da profundidade ou também, na atmosfera em função da altitude. Para o 1° caso, supondo que a incógnita seja a pressão a uma certa profundidade abaixo do líquido, escolhemos o nível 1 como a superfície do liquido e o nível dois estando a uma distancia h abaixo do nível 1 e P0 representa a pressão atmosférica sobre a superfície. Y1=o; P1=P0; Y2=-h e P2=P tem-se portanto: P=P0+Dg.h sendo a pressão dependente da profundidade e não da largura do objeto. 1.2 FLUTUAÇÃO Quando soltamos um bloco de madeira acima da água, este se move para dentro da água por que a Força gravitacional que age sobre ele puxa o bloco para baixo. A medida que o bloco desloca mais água, a intensidade da força de empuxo para cima que age sobre o corpo aumenta até que a força de empuxo seja suficientemente grande para se igualar a intensidade da força gravitacional para baixo e o bloco entre em equilíbrio estático e diz-se que ele está flutuando. Neste caso tem-se: Fe=Fg Fe= Massa do fluido.g Fg= Massa do fluido.g Então um corpo flutuante desloca o seu próprio peso de fluido. OBJETIVOS Determinar a massa especifica de um corpo de imersão e de uma solução saturada de água e sal através do princípio de Arquimedes. MATERIAIS E MÉTODOS Em uma proveta de 1000 ml foram adicionados 700 ml de água salina saturada. Fixou-se um dinamômetro de mola (de incerteza+- 0,05 N) à haste de um suporte com garra, deixando a escala do mesmo visível para leitura. Utilizando-se o parafuso na parte superior do dinamômetro ajustou-se o valor de 0N na parte inferior o mesmo, no local da leitura. O corpo de imersão foi pendurado no gancho do dinamômetro e centralizado sobre a proveta. Mergulhou-se o corpo de imersão sustentado pelo dinamômetro gradualmente no líquido. Para cada graduação no corpo de imersão, foi anotado o peso aparente, indicado no dinamômetro, e o volume do líquido deslocado, indicado na proveta. A figura a seguir representa um diagrama esquemático do experimento. Figura 2: Diagrama esquemático do experimento. RESULTADOS E DISCUSSÃO "Marca no corpo de "Volume na proveta "Peso aparente (N) "Empuxo " "imersão (cm) "(ml) "±0,01 N "±0,06 N " " "± 1,0 ml " " " "0,0 Cm "700 ml "1,69 N "0,00 N " "1,0 Cm "712 ml "1,60 N "0,09 N " "2,0 Cm "728 ml "1,30 N "0,39 N " "3,0 Cm "740 ml "1,26 N "0,43 N " "4,0 Cm "750 ml "1,00 N "0,69 N " "5,0 Cm "765 ml "0,85 N "0,84 N " "6,0 Cm "779 ml "0,71 N "0,98 N " "7,0 Cm "790 ml "0,54 N "1,15 N " "8,0 Cm "800 ml "0,40 N "1,29 N " "9,0 Cm "815 ml "0,30 N "1,39 N " "10,0 Cm "829 ml "0,12 N "1,57 N " "Todo "839 ml "0,00 N "1,69 N " Os valores de empuxo foram calculados a partir da equação: Peso aparente = Peso real – Intensidade da Força de Empuxo O Gráfico abaixo é de Pressão aparente em função do volume deslocado: Gráfico 1: Pressão aparente (N) X Volume (m³) No gráfico a linha vermelha é a linha de tendência. Durante a prática não foi medido o peso do objeto de nylon, mas este foi determinado pelo método gráfico, fazendo uso da equação da reta f(x) = -123123x + 1,6826 Através da equação da reta pode-se determinar o Peso do objeto: f(x) = -123123x + 1,6826 Para obter se o peso real do objeto este deveria estar fora do liquido, portanto o volume lido no liquido foi de 700 ml. f(x) = -123123(0,0) + 1,6826 f(x)= 1,6826 Correspondendo à 1,6826 N o peso do objeto antes do objeto estar submerso. Como o dinamômetro dava precisão em duas casas após a virgula foi utilizado para métodos de cálculos apenas 2 casas após a virgula este valor de peso, correspondendo a 1,68 N Fez-se os cálculos da propagação de incerteza da seguinte forma: Figura 3 – dados para calculo de incerteza Figura 4 – dados para calculo de incerteza Obs.: a figura 3 e 4 são continuações, portanto a ultima linha de dados corresponde ao somatório dos demais dados. Os valores dos coeficientes A e B podem ser calculados pelas seguintes equações: entretanto, estes não foram calculados. Ao invés de calcular, foi utilizado o mesmo valor da equação da reta de tendencia do grafico, que deve coincidir com estes valores. Para calcular a incerteza dos coeficientes A e B da equação da reta utilizou-se as seguintes equações: Primeiro calculou-se o σ: σ = (0,022575547 / 12-2)¹/² σ = 0,047513731 Posteriormente calculou-se σa e σb: σa = {[(0,047513731)² * (0,000000083)] / [(12*0,000000083) – (0,000847)²]}¹/² σa = 0,025933843 σb = {[(12)*(0,047513731)²] / [(12)*(0,000000083) – (0,000847)²]}¹/² σb = 377,8359718 Portanto y= a +bx f(x) = 1,6826 -123123x f(x) = 1,6826 (+-0,025933843) -123123x (+-377,8359718) f(x) = 1,68 (+-0,0260) -123x10³x (+-378) Pode se determinar a massa do cilindro de nylon apenas conhecendo seu peso real: P = m.g 1,6826 kg.m/s² (+- 0,05 kg.m/s²) = m . 9,81m/s² m = 0,171518858 kg (± 5,10x10-3 kg) Incerteza apenas do peso já que a incerteza de g varia dependendo do método aplicado para sua determinação, portanto foi adotado como constante já que por sua vez não foi determinado durante a prática. Quando o corpo estava boiando ele encontrava-se sobre ação da força de empuxo que o sustentava na superfície. Portanto como o corpo não afundava tem-se a força de empuxo era igual ao peso real do objeto, portanto tem-se o mesmo calculo e o mesmo resultado se for determinado a massa do objeto, variando apenas a incerteza que será de (± 0,06) devido a incerteza do empuxo ser esta. No momento em que o corpo estava totalmente sobre a ação do empuxo, este permaneceu boiando e não afundou completamente, dando assim a incerteza na medida do volume do corpo pelo método de Arquimedes, já que o cilindro de nylon tem densidade menos do que a densidade da solução de água saturada com sal. Para poder determinar-se o volume do cilindro de nylon, utilizou- se o método matemático através da equação: Volume = Área da base X Altura Área da base = Pi X R² Portanto o volume é: V= Pi X R² X H Estas medidas foram cedidas pelo professor e a incerteza delas é de 0,05 mm Diâmetro = 40,40 mm Comprimento= 109,40 mm V= Pi X (20,2 mm)² X 109,40mm V= Pi X (0,0202 m)² X 0,1094 m V= 1,40239364x10-4 m³ +- 5,959x10-8 Com o volume do objeto calculado e a massa, pode se determinar a densidade do objeto pela equação da densidade: Densidade = massa x volume-1 D = 0,171518858 kg (± 5,10x10-3 kg) / 1,40239364x10-4 m³ (+-5,959x10-8 m³) D = 1223,04361 kg/m³ Convertendo se em g/ml, tem se 1,22304361 g/ml A partir do coeficiente angular da reta pode se obter a densidade da solução, dividindo-se o coeficiente angular pela aceleração gravitacional. 12313 kg m/s² / 9,81m/s² m³ Equivalendo a 1256,428571 kg/m3 a densidade da mistura de água e sal ou 1,256428571 g/ml, chegando próximo ao valor tabelado. Como a densidade da solução e a densidade do objeto eram muito próximas, o objeto acabou boiando. Caso a densidade do nylon fosse maior do que da água este afundaria, mas como a densidade da solução é um pouco superior a do nylon este bóia perto da superfície. O fator que influenciou negativamente nos resultados obtidos foi a proveta que tinha uma incerteza de 10 ml para mais ou para menos, sendo necessário um "chute" de valor entre uma graduação e outra da proveta. Se uma proveta de precisão maior tivesse sido utilizada, com certeza teria sido diminuindo as incertezas e o valor de densidade da solução que já está bem preciso comparado com o tabelado chegaria mais próximo do valor real. CONCLUSÃO A partir do princípio de Arquimedes foi possível calcular as massa específicas do corpo de imersão e do fluido desejados. A falta de precisão da proveta causou possíveis erros nos efetuados. Concluiu-se desta forma que para maior eficiência do experimento há necessidade de equipamentos mais precisos. REFERÊNCIAS HALLIDAY, D.; RESNICK,R.;WALKER, J. Fundamentos de Física. Vol 2. 6 Ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2002 Disponível em: Acesso em: 20 junho 2010 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ - Unioeste CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS MASSA ESPECÍFICA DE UM LÍQUIDO TOLEDO-PR 22 DE JUNHO DE 2010