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INTRODUÇÃO
Antes de iniciarmos este relatório, nada melhor do que abordar, mesmo que
de forma pouco abrangente, alguns assuntos e temas que estarão presentes no
mesmo, no qual são importantes para um melhor entendimento.
Bactérias
Conhecidas como um dos microrganismos mais antigos há habitar o planeta
Terra as bactérias são caracterizadas por serem procarióticas (sem
carioteca) e serem unicelulares, apesar de formaram colônias, que nada mais
são do que agrupamento de células. São seres invisíveis a olho nu.
Apesar de geralmente estarem ligadas a doenças contagiosas as bactérias
podem ser aplicadas no desenvolvimento da Indústria de alimentos, na
ecologia, ou até mesmo na saúde humana.
Fungos
Os fungos formam um grupo muito numeroso, com cerca de 20.000 espécies
encontradas em qualquer tipo de ambiente. Podem ser macroscópicos ou até
microscópicos unicelulares e todos são heterotróficos.
Assim como as bactérias, os fungos são importantes agentes recicladores de
nutrientes na Biosfera terrestre, esse sua atividade decompositora, muitas
vezes é prejudicial ao homem, que acaba perdendo alimentos, roupas, entre
outras. Cabe ao homem proteger-se, mantendo o que se quer preservar em
ambiente seco, visto que, umidade e matéria orgânica são essenciais para a
sobrevivência dos fungos.
Os fungos podem se reproduzir por brotamento, fissão ou por meio de
esporos.
Importância da prática de manipulação asséptica na análise microbiológica
Em qualquer ambiente estamos expostos a microrganismos. No laboratório
microbiológico, esses microrganismos se não forem reduzidos, podem afetar
negativamente os experimentos realizados alterando o resultado esperado no
decorrer da prática. E para isso a técnica de manipulação asséptica é de
grande importância para manter os meios de cultura ou matérias estéreis
isentos de contaminação. O ambiente de trabalho deve estar o mais livre
possível de microrganismos para se obter bons resultados.
O manuseio de microrganismos
Ao manusear material biológico ocorre o risco do contágio com várias
doenças por conta de agentes patogênicos causadores dessas. Esses riscos
são medidos em função do poder patogênico do agente infeccioso, da sua
resistência no meio ambiente, do modo de contaminação, da importância da
contaminação (dose), do estado de imunidade do manipulador e da
possibilidade de tratamento preventivo e curativo eficazes. Assim são
divididos em 4 classes de risco para que quando for se manipular
determinado agente de uma classe, os cuidados devidos sejam tomados de
acordo com a classe.
As principais vias envolvidas num processo de contaminação biológica são a
via cutânea ou percutânea (com ou sem lesões - por acidente com agulhas e
vidraria, na experimentação animal - arranhões e mordidas), a via
respiratória (aerossóis), a via conjuntiva e a via oral, por isso faz-se
necessário o uso de Epi´s para evitar a contaminação por essas vias.
IDENTIFICAÇÃO DE MICROORGANISMOS
Nos dedos da mão do manipulador
Lista de Materiais utilizados
- duas Placas de Petri contendo meio de cultura para bactérias (Plate Count
Agar)
- lamparina
- papel Kraft
- papel toalha
- álcool 70%
Lista de Equipamentos
- estufa
Metodologia
Escolheu-se um dos membros da equipe para não lavar as mãos ao entrar no
laboratório para realizar a prática descrita abaixo.
Perto da lamparina, pressionou-se 3 dedos em uma placa de Petri contendo
meio de cultura PCA para a bactéria. Feito isso, as mãos do mesmo
integrante do grupo foram higienizadas com água e sabão, secadas com papel
toalha, e em seguida aplicou-se álcool 70 por cento. Após a evaporação do
álcool nas mãos, repetiu-se o mesmo procedimento descrito acima.
As placas com os dedos sujos e limpos foram identificadas, embrulhadas com
papel Kraft e incubadas invertidas numa estufa por 48 horas a 37,0 ºC com
variação de aproximadamente de 0,5°C.
No ambiente de trabalho
Lista de Materiais utilizados
- uma placa de petri com meio de cultura para bactérias (PCA)
- uma placa com meio de cultura para fungos.
- Papel Kraft
Lista de Equipamentos
- estufa
Metodologia
Inicialmente, foram expostas duas placas de petri , uma contendo meio de
cultura para bactérias(PCA) e outra contendo meio de cultura para fungos
(PDA ou Sabouraud). Estas foram colocadas sobre castelo da segunda bancada
esquerda, próximo ao lava-olhos.
A exposição durou em média quinze minutos (decorridos das dez horas e
quarenta às dez horas e cinquenta e cinco minutos da manhã). As placas
foram fechadas, embrulhadas com papel Kraft e logo após, incubadas de modo
invertido. A placa com meio para fungos foi encubada numa estufa durante
quatro dias a 25,0°C e a placa com meio para bactéria numa outra estufa por
um período de 48 horas a 37,0°C com variação de 0,5°C aproximadamente nos
dois casos.
Em materiais não estéreis
Lista de Materiais utilizados
- dois erlenmeyers não estéreis
- dois tubos de ensaio com solução de enxágue estéril
- algodão hidrófilo
- lamparina
- duas pipetas estéreis
- duas placas de Petri
- dois tubos de ensaio contendo meio de cultura fundido para bactérias (NA)
- estante para tubos de ensaio
Lista de Equipamentos
- auxiliar de pipetagem
- estufa
Metodologia
Antes de iniciar a prática, todos os membros do grupo estavam com as mãos
devidamente higienizadas e aptos para a efetivação da mesma. O método que
será descrito abaixo foi feito duas vezes por dois membros da equipe
utilizando vidrarias diferentes. Consequentemente, se obterá dois
resultados distintos.
Acendeu-se a chama e pegou-se uma vidraria não estéril no laboratório:
erlenmeyer. Feito isso, utilizou-se um tubo de ensaio contendo 20 mL de
solução de enxágüe estéril, com um pedaço de algodão hidrofóbico em sua
extremidade aberta, e transferiu-se a solução em questão para o erlenmeyer,
lembrando que o algodão deve ser retirado com cuidado e a "boca" do tubo
deve ser flambada na chama antes da transferência. Colocou-se o algodão de
volta no tubo e o tubo na estante.
Concluída esta etapa, homogenizou-se a solução na vidraria em análise (não
esquecendo que todas as etapas para a realização desta prática foram feitas
o mais próximas da chama possível) para arrastar os microrganismos de suas
paredes.
Pegou-se uma pipeta estéril que estava envolta por papel Kraft e retirou-se
um pedaço do papel que cobria apenas o ponto da pipeta em ela deveria ser
acoplada a um auxiliar de pipetagem, para que só assim, todo o papel que a
envolvia fosse retirado.
Foi retirado com a pipeta 1 mL da solução contida no erlenmeyer e foi
transferido para a placa de Petri.
Um outro tubo de ensaio, que estava em banho maria, com um pedaço de
algodão em sua extremidade aberta, contendo 20 mL de meio de cultura para
bactérias, foi utilizado para a transferir o mesmo para a placa de Petri. O
procedimento se deu de forma parecida com o descrito anteriormente neste
mesmo tópico: retirou-se o algodão, flambou-se a "boca" do tubo de ensaio e
fez-se a transferência do meio de cultura ainda em estado liquido para a
placa na qual continha a alíquota da solução de enxágue estéril proveniente
do erlenmeyer que estamos analisando. Uma observação importante a ser feita
é que o meio de cultura não pode ser colocado muito quente na placa, pois
pode acarretar na morte dos microrganismos, mas também tem que se ter o
cuidado de não colocá-lo frio (abaixo de 50°C aproximadamente), pois ele
pode se solidificar e acontecendo isso, invalidará a nossa prática.
Feito isso, a placa foi fechada cuidadosamente e foram feitos movimentos em
formas de oito lentamente sobre a bancada.
Terminada esta fase, observou-se o meio se solidificar na placa, embrulhou-
a com papel Kraft e colocou-a de forma invertida na estufa a mais ou menos
35°C (com variação de 0,5°C) e deixou-as encubadas por um período de 48
horas.
Obs: todas as análises foram feitas na segunda bancada do lado esquerdo do
laboratório 14. Antes da inicialização das práticas, as bancadas foram
devidamente desinfectadas com álcool 70% utilizando algodão hidrófilo.
RESULTADOS
Análise das mãos do manipulador
Na análise feita com os dedos da mão do manipulador encontramos incontáveis
UFC/placa (obs: numa placa de 100 ml de diâmetro, se o resultado obtido for
acima de 300 UFC, considera-se como incontável) antes de ser feita a
higienização e 65 UFC/placa após a higienização realizada. Nas duas placas
as colônias se mostraram com aspecto esférico e esbranquiçado.
Análise do ambiente de trabalho
Na análise do ambiente encontramos para bactérias 32 UFC/placa/15 min com
aspecto esférico e amarelado. Já para os fungos, o resultado obtido foi de
27 UFC/placa/15 min com formato esférico e de cor branca, algumas com
aparência aveludada, um indicador de fungos filamentosos, e outras de
aspecto leitoso, onde provavelmente possam ser leveduras.
Análise das vidrarias não-estéreis
Na análise dos materiais não estéreis do laboratório 4 UFC/mL foram
encontradas no primeiro erlenmeyer analisado. Já no segundo, 201 UFC/mL
foram encontradas. Em ambos, as colônias se formaram como pequenas esferas
esbranquiçadas.
CONCLUSÕES
Ao observar os nossos resultados, podemos concluir que a má ou a não
higienização de um manipulador ou de um equipamento pode interferir de modo
quantitativo e qualitativo na análise microbiológica.
Após analisados os resultados, fica clara a importância da higienização de
seu local de trabalho, das pessoas que vão realizá-lo e da prática correta
dos procedimentos a serem realizados na análise, para que assim se tenha
uma maior confiabilidade nos resultados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UZANIAN, Armênio; BIRNER, Ernesto. Biologia 2. 2 ed. Editora Harbra.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bactéria, acesso em 24/04/2010.
Revista Super Interessante, nº 268, agosto de 2009
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_biologicos.html,
acesso em 26/04/2010
PELCZAR, Michael; KRING, Noel R.; CHAN, E.C.S. Microbiologia: conceitos e
aplicações. Vol. 01. 2ª ed. São Paulo, SP, Makron Books, 1996, 524 p.
http://recife.ifpe.edu.br/ManipAsseptica.pdf, acesso em 24/04/2010.