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Malefícios Do Tabagismo Em Universitárias Da área Da Saúde

Pandemia, Mulher, nicotina, morte.

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32 CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE JI-PARANÁ - CEULJI CURSO DE FARMÁCIA ALESANDRA GOMES DIAS MALEFÍCIOS DO TABAGISMO EM UNIVERSITÁRIAS DA ÁREA DA SAÚDE: PERFIL E CONHECIMENTO JI-PARANÁ-RO 2014 ALESANDRA GOMES DIAS MALEFÍCIOS DO TABAGISMO EM UNIVERSITÁRIAS DA ÁREA DA SAÚDE: PERFIL E CONHECIMENTO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná,como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Farmácia. Orientadora: Esp. Rita Cristina Martins JI-PARANÁ-RO 2014 APRESENTAÇÃO Este Trabalho de Conclusão de Curso foi desenvolvido na forma de artigo científico nas normas da "Revista Brasileira de Farmácia" com ISSN "2176-0667", qualis "B-5". As normas encontram-se em anexo. SUMÁRIO INTRODUÇÃO7 MATERIAL E MÉTODOS10 RESULTADOS E DISCUSSÃO11 CONCLUSÃO17 REFERENCIAS19 ANEXO I23 ANEXO II........................................................................................................................... 25 Malefícios do tabagismo em universitárias da área da saúde: perfil e conhecimento *Alesandra Gomes Dias¹ & Rita Cristina Martins² 1Graduanda do 10º período do curso de Farmácia do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná (CEULJI/ULBRA). ²Professora do curso de Farmácia do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná (CEULJI/ULBRA). _____________________________ ¹ *Contato: email: [email protected], Rua: Engenheiro Manfredo Barata 972, Ji-Paraná-RO, CEP: 76907438. Telefone: 069-92178401. Malefícios do tabagismo em universitárias da área da saúde: perfil e conhecimento *Alesandra Gomes Dias¹ & Rita Cristina Martins² RESUMO O tabagismo é considerado uma pandemia mundial, sendo veiculado como a principal causa de morte na atualidade. Os objetivos deste estudo foram: identificar o nível de conhecimento das acadêmicas dos cursos da área da saúde do CEUJI/ULBRA sobre os malefícios do tabaco no organismo, traçar o perfil das acadêmicas fumantes ativas e passivas dos cursos da área da saúde, verificar a prevalência de fumantes voluntárias ou involuntárias, na população em estudo, identificar as patologias prevalentes que podem ser agravadas pelo uso do tabaco e promover a reflexão sobre os malefícios que o cigarro pode ocasionar. Esta pesquisa seguiu um modelo de estudo descritivo do tipo transversal, de natureza quantitativa. Das entrevistadas 84,5% declararam não ser fumantes, 12,5% convivem com fumantes, 1,5% são ex-fumantes e 1,5% são fumantes . Das entrevistadas 94,6% responderam ter conhecimento de que o fumo pode causar doenças respiratórias, 86,5% da associação com doenças cardiovasculares, 59,4% do risco de comprometimento da circulação sistêmica aumentado em diabéticos fumantes, no entanto, 72,5% não sabem que o cigarro pode ocasionar cólicas menstruais e 67,6% que pode acarretar menopausa precoce. Compreende ser necessário desenvolver campanhas educativas, conscientizando sobre os riscos e complicações causados pelo o uso do tabaco, principalmente em acadêmicas que futuramente serão profissionais da saúde e vão atuar diretamente com essa população. PALAVRAS-CHAVE: Pandemia, Mulher, nicotina, morte. Harmful effects of smoking in university of health: profile and knowledge *Alesandra Gomes Dias¹ & Rita Cristina Martins² ABSTRACT Smoking is considered a worldwide pandemic, and served as the main cause of death today. The objectives of this study were to identify the level of knowledge of academic courses in the health of CEUJI / ULBRA about the dangers of smoking in the body, outlining the profile of active and passive smoking academic courses in the health field, to determine the prevalence voluntary or involuntary smokers in the study population, identify the prevalent conditions that may be aggravated by tobacco use and promote reflection on the harm that smoking can cause. This research followed a model of descriptive cross-sectional study, quantitative in nature. 84, 5% of respondents reported not smoking, 12, 5% live with smokers, 1, 5% were former smokers, and 1, 5% are smokers. 94, 6% of respondents reported having knowledge that smoking can cause respiratory diseases, 86, 5% of the association with cardiovascular disease, 59,4% of the risk of compromising the systemic circulation increased in diabetic smokers, however, 72, 5 % do not know that smoking can cause menstrual cramps and 67, 6% which can cause early menopause. Understands the need to develop educational campaigns, raising awareness about the risks and complications caused by tobacco use, especially in academic future will be that health professionals and will work directly with this population. KEYWORDS: Pandemic, woman, nicotine, death. INTRODUÇÃO O tabaco é uma planta que pertence à família das Solanaceae apresentando várias espécies, dentre elas, a mais utilizada é a Nicotiana tabacum, originária da América Central, que foi descoberta aproximadamente 1000 anos a.C., era utilizado pelos índios em rituais religiosos, pois, estes acreditavam que o seu uso poderia revelar o futuro (Moriel et al., 2010). Suas folhas eram consumidas sob a forma de fumo para cachimbo, rapé, charutos e tabaco para mascar. Somente no final do século XIX foi que surgiu o cigarro industrializado (Rita, 2006). O tabaco produz uma substância chamada nicotina, droga responsável pela dependência física e psíquica (Neto, 1999). A queima do cigarro comercial produz cerca de quatro mil e setecentos e vinte substâncias tóxicas diferentes (Santos et al., 2003). A composição de cada cigarro varia de acordo com o tipo de folha aplicado na produção, com a região de cultivo, com as técnicas utilizadas no processo e na fermentação do produto. Dos componentes do cigarro 10% constituem a fase particulada que é caracterizada pela presença de nicotina e de alcatrão na fumaça, os 90% restantes é composto pela fase gasosa, contendo monóxido de carbono, dióxido de carbono, cianetos, aldeídos e vários outros produtos orgânicos (Mello, Pinto & Botelho, 2001). A nicotina presente no cigarro tem pH ácido o que dificulta sua absorção através da mucosa bucal, então, é preciso que ela seja tragada para que ocorra sua absorção pelos os alvéolos pulmonares. A absorção da nicotina é extremamente rápida em 10 segundos após o seu uso já é possível caracterizar seus níveis plasmáticos (Balbani & Montovani, 2005). É uma droga psicoativa, age como estimulante no Sistema Nervoso Central (SNC) (Furtado, 2002). A síndrome de abstinência aparece se o consumo da nicotina for diminuído em apenas 50%, em usuários que fumam mais que 5 cigarros ao dia. Podendo provocar os sintomas de abstinência (Marques et al., 2001). Consequentemente, a inalação da nicotina presente na fumaça do cigarro ocasiona um aumento da concentração de alguns tipos de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, que são inibidoras da ingestão de alimentos. Por esse motivo, o fumante apresenta redução do apetite (Chatkin R & Chatkin JM, 2007). O tabagismo é considerado uma pandemia mundial, sendo veiculado como a principal causa de morte na atualidade, sendo responsável por mais de 50 milhões de mortes anuais (Barros et al., 2011). A exposição à fumaça do tabaco não afeta somente quem consome (fumante ativo), mas, também quem convive próximo a quem fuma (fumante passivo). Quando inalada acidentalmente em locais fechados, sem circulação de ar, a fumaça pode favorecer o aparecimento de câncer de pulmão, doenças no aparelho respiratório e doenças cardiovasculares (Filho et al., 2010). De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), entre os anos de 2020 a 2040 o tabagismo causará 10 milhões de mortes anuais (Abreu & Caiaffa, 2011). Em virtude deste prognóstico negativo a OMS e o Ministério da Saúde (MS) demandam uma atenção especial aos malefícios causados pelo tabaco, e por isso criaram ações para a sua prevenção e controle (Silva et al., 2006). No Brasil foi instituída e promulgada, a Lei nº 7.488 de 11 de junho de 1986 que criou o dia Nacional de Combate ao Fumo e determinou a realização de comemorações no dia 29 de agosto em todo o território nacional. E em 1989 o (MS) através do Instituto Nacional do Câncer (INCA) passou a ser responsável por coordenar o Programa Nacional de Controle do Tabagismo que tem como estratégia, diminuir a prevalência de usuários, como também a morbimortalidade por doenças oriundas do uso do tabaco (Tânia, 2005). Outro fator limitante foi à proibição da venda, fornecimento ou entrega, à criança ou ao adolescente, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica (Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990). O número de mulheres fumantes no mundo vem crescendo de acordo com a OMS e estima-se que 250 milhões de mulheres consomem o tabaco diariamente (Lombardi et al., 2011). O tabaco pode ser responsabilizado pela infertilidade, câncer uterino e cólicas menstruais, pois, o sistema reprodutor feminino é vulnerável aos efeitos nocivos do tabaco (Eckerdt & Webster, 2010). Os componentes presentes no cigarro, podem ainda levar a diminuição da circulação sistêmica, principalmente aos dos membros inferiores, em portadores de Diabetes mellitus tipo 2 (Santos et al., 2008). Em mulheres jovens, a combinação do uso de contraceptivo oral com tabaco aumenta em 10 vezes o risco de se ter infarto, embolia pulmonar e tromboflebite do que as mulheres que não fumam. E, as que não fumam, mas convivem com quem fuma em específico os maridos aumentam em até 30 vezes o risco de se desenvolver câncer de pulmão quando comparadas com aquelas cujo marido não são fumante (INCA, 1998). O tabaco pode levar ao surgimento do câncer de mama, da menopausa precoce, da osteoporose, da elevação da pressão arterial e a complicações como o aborto espontâneo (Matos, Pelloso & Carvalho, 2010; Higa, Lopes & Reis, 2008; Lanzillotti et al., 2003; Machado, Pires & Lobão, 2012; Mota, Echer & Lucena, 2010). A população de jovens são vítimas cada vez mais cedo do tabaco, o que tem aumentado a prevalência do fumo, principalmente entre os estudantes universitários (Almeida et al., 2011). Estudos afirmam que o conhecimento sobre os fatores de risco podem influenciar na prevenção do surgimento de doenças e na busca por tratamento (Borges et al., 2009). Os objetivos deste estudo foram: identificar o nível de conhecimento das acadêmicas dos cursos da área da saúde do CEUJI/ULBRA sobre os malefícios do tabaco no organismo, traçar o perfil das acadêmicas fumantes ativas e passivas dos cursos da área da saúde, verificar a prevalência de fumantes voluntárias ou involuntárias, na população em estudo, identificar as patologias prevalentes que podem ser agravadas pelo uso do tabaco e promover a reflexão sobre os malefícios que o cigarro pode ocasionar. MATERIAL E MÉTODOS Esta pesquisa seguiu um modelo de estudo descritivo do tipo transversal, de natureza quantitativa, em acadêmicas da área da saúde inscrita no CEULJI/ULBRA localizada no município de Ji-Paraná RO. Para serem incluídas na pesquisa as pessoas deveriam aceitar fazer parte do estudo e ser do sexo feminino. Para o cálculo amostral utilizou-se a fórmula para estimativa considerando a população de referência de 459 (CEULJI, 2014) e o nível de confiança de 95%, a amostra foi do tipo probabilística aleatória simples composta de 210 acadêmicas. As mulheres que participaram da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, no qual se garantia a privacidade da participante e explicava os objetivos do estudo em questão. Posteriormente, foi aplicado um questionário adaptado de Sebba (2004) do tipo estruturado. As variáveis estudadas foram: curso de procedência, idade, estado civil, se fuma ou se convive com fumante, se fumante com qual idade começou a fumar, quantos cigarros fuma por dia, se sofre de alguma patologia crônica, se conhece os riscos da combinação do tabaco com contraceptivos orais, sobre dependência química, as doenças relacionas, a possibilidade de infertilidade e a importância da divulgação dos malefícios. As análises foram realizadas na forma quantitativa com elaboração do percentual simples com o auxílio do software "Microsoft Office Excel® 8.0". E os dados encontrados confrontados com trabalhos científicos realizados por outros autores. O trabalho foi protocolado no comitê de ética do Centro Universitário Luterano de Ji- Paraná - CEULJI/ULBRA sob o número CAAE-30977814.0.00005297, Nº do parecer-678.831. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram aplicados 210 questionários, sendo que destes, 2 questionários foram devolvidos em branco e 1 questionário foi anulado, devido, a inconformidades nas respostas apresentadas pela acadêmica. Dos 207 (100%) dos questionários aplicados 78 foram respondidos por acadêmicas do curso de farmácia, 53 da enfermagem, 44 da biomedicina e 32 da fisioterapia conforme ilustrado na Tabela 1. Aproximadamente, 98% das acadêmicas entrevistadas possuem menos de 30 anos e, destas, 70% se declaram solteiras. Em estudos realizados por Andrade, Duarte e Oliveira (2010) durante o primeiro levantamento nacional sobre o uso de álcool, tabaco e outras drogas entre universitários das 27 capitais brasileiras também prevaleceu à faixa etária inferior a 30 anos. Curso Acadêmicas (n) Acadêmicas (%) Farmácia 78 37,6 Enfermagem 53 25,6 Biomedicina 44 21,3 Fisioterapia 32 15,5 Tabela 1: Número de acadêmicas por curso Das entrevistadas 84,5% declararam não ser fumantes, 12,5% convivem com fumantes, 1,5% são ex-fumantes e 1,5% são fumantes conforme ilustrado na Tabela 2. Em pesquisa dirigida por Andrade e colaboradores (2006) com o objetivo de conhecer a prevalência do tabagismo e descrever o perfil e hábitos do consumo tabágico entre alunos da Universidade de Brasília foi observado que 80,8% dos entrevistados não eram fumantes e, que a prevalência de ex-fumantes ficou na faixa de 4,5%. E, na pesquisa realizada por Ramis e colaboradores (2012) com o objetivo de investigar a prevalência do tabagismo entre acadêmicos da Universidade Federal de Pelotas foi verificado uma prevalência de 3,2% de fumantes para o sexo feminino. Discriminação Acadêmicas (n) Acadêmicas (%) Não fumantes 175 84,5 Convivem com fumantes 26 12,5 Ex-fumantes 3 1,5 Fumantes 3 1,5 Tabela 2: Relação das acadêmicas com o tabaco Das 6 entrevistadas que declararam o contato direto com o tabaco 1 (16,6%) acadêmica disse ter começado com menos de 15 anos, 4 (66,6%) entre os 16 aos 20 anos e 1 (16,6%) com mais de 21 anos. Para os entrevistados de Andrade et al. (2006), 65,6% também iniciaram com está prática entre os 15 aos 19 anos mostrando assim uma similaridade entre os estudos. Atualmente, 3 acadêmicas são fumantes e estas dizem que fumam entre 1 e 5 cigarros por dia. No estudo guiado por Rodrigues-Júnior e colaboradores (2009) com o objetivo de conhecer a prevalência e o perfil de tabagistas universitários ingressantes de uma instituição de ensino superior também foi verificado que o número de cigarros/dia é considerado baixo e a maioria dos entrevistados disse consumir menos de 10 unidades/dia. Em relação às patologias crônicas, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica (HAS) e osteoporose, 100% das entrevistadas disseram não sofrer de diabetes, 99,5% não são acometidas pela osteoporose e 96,6% não são hipertensas. Da amostra acometida por osteoporose (0,5%) e HAS (3,4%) nenhuma acadêmica é fumante não sendo estabelecida neste quesito uma relação direta entre o tabagismo e as doenças supracitadas. No trabalho realizado por Schmidt e colaboradores (2009) com o objetivo de estimar a prevalência de diabetes e de hipertensão auto-referidas e seus números absolutos no Brasil foi observado um índice de 5,3% para diabetes e 21,6% para hipertensão em mulheres. Os números apresentados pelas acadêmicas do CEULJI/ULBRA foram relativamente menores e isso pode ser associado ao fato da maioria das entrevistadas terem menos de 30 anos, uma vez que, o aumento da idade eleva o risco para o surgimento de doenças crônicas. As acadêmicas ao serem perguntadas sobre o conhecimento de que a combinação entre contraceptivo oral e o fumo do cigarro aumentam em 10 vezes o risco de se ter um infarto, uma embolia pulmonar ou uma tromboflebite responderam em 50,7% dos casos que sim e em 49,3% que não sabiam desta informação. Para Bifulco (2014) ao analisar a associação perigosa entre tabagismo e anticoncepcionais são poucas as mulheres que têm conhecimento do quanto é perigosa essa interação de hormônios sintéticos, que compõe a pílula com o cigarro. Ao serem questionadas sobre a possibilidade da ocorrência da dependência química 94,2% disse conhecer os riscos, mostrando desta forma um alto nível de conhecimento a cerca do tema pelas entrevistadas. No estudo realizado por Botelho, Silva e Melo (2011) com o objetivo de determinar a prevalência de tabagismo e o nível de conhecimento a cerca do tabagismo entre universitários da área de saúde foi observado que mais de 95% dos entrevistados sabem dos riscos para dependência química. Das entrevistadas 94,6% responderam ter conhecimento de que o fumo pode causar doenças respiratórias, 86,5% da associação com doenças cardiovasculares, 59,4% do risco de comprometimento da circulação sistêmica aumentado em diabéticos fumantes, no entanto, 72,5% não sabem que o cigarro pode ocasionar cólicas menstruais e 67,6% que pode acarretar menopausa precoce conforme demonstrado na Tabela 3. Patologia Sim Não Doença respiratória 94,6% 5,3% Doença cardiovascular 86,5% 13,5% Comprometimento da circulação 59,4% 40,5% Cólicas menstruais 27,5% 72,5% Menopausa precoce 32,3% 67,6 Tabela 3: Nível de conhecimento das acadêmicas sobre patologias relacionadas ao tabaco No trabalho de Borges e colaboradores (2009) as doenças cardiovasculares foram lembradas por 89,4% da amostra estudada e Araújo e colaboradores (2004) relataram um alto índice de associação de doenças respiratórias com o hábito de fumar. No entanto, não foram encontrados estudos que falam do nível de conhecimento de mulheres sobre a relação da nicotina com cólicas menstruais e a menopausa precoce. O conhecimento sobre um determinado desfecho de saúde pode ser útil para ajudar a evitar o surgimento de um agravo (Borges et al., 2009). Sobre a possibilidade de infertilidade ou de dificuldades para engravidar somente 59,4% das entrevistadas responderam ter conhecimento desta variável e as demais disseram desconhecer os riscos associados ao tabagismo em idade fértil. Coelho e colaboradores (2010) ao analisarem uma amostra de acadêmicos da área de saúde observaram que as doenças do trato reprodutivo feminino nem sempre são lembradas pelos entrevistados e, na maioria dos casos as pessoas só associam o fumo a problemas com o trato respiratório. Ao serem indagadas sobre a associação entre o aparecimento de câncer e o fumo do tabaco 97,5% das entrevistadas sabem dos riscos para o desenvolvimento do câncer de pulmão, 39,7% para o surgimento de câncer de mama e 43% dos riscos para câncer do colo do útero. No trabalho realizado por Borges e colaboradores (2009) com o objetivo de avaliar o conhecimento populacional sobre associação de fatores de risco e o aparecimento de doenças foi observado que 96,9% sabiam dos riscos para câncer de pulmão em fumantes, no entanto, Batiston e colaboradores (2011) ao analisarem o conhecimento de mulheres sobre os fatores de risco para o câncer de mama relataram que somente 15,3% associavam o fumo ao aparecimento desta patologia. A discrepância observada entre este estudo e o realizado com acadêmicas pode estar associado ao fato de que acadêmicas da área de saúde tem mais informações sobre o tema do que a população em geral. As acadêmicas foram perguntadas se mesmo sabendo das inúmeras doenças associadas ao tabagismo se continuariam a fazer o uso e 3,86% da amostra respondeu que sim, ou seja, para 8 mulheres o conhecimento dos riscos não é um fator limitante. Botelho, Silva e Melo (2011) discutem que a dependência química e psicológica formada pela nicotina pode influenciar nesta decisão e que mesmo a pessoa sabendo dos riscos em alguns casos isto não é o suficiente e, nestes casos é necessário ajuda profissional. O conhecimento sobre o tratamento para dependentes do tabaco é relatado por 97,1% das entrevistadas e 98,5% acreditam ser importante à divulgação dos malefícios do tabaco em entidades públicas, particulares, meios de comunicação e instituições de ensino. É necessário considerar a necessidade de os profissionais de saúde trabalhar para a redução do tabagismo e que esses devem dar exemplo aos demais indivíduos na conscientização dos males do tabagismo, portanto, na análise destes resultados ficou claro que é de suma importância a utilização de meios de comunicação nas instituições como forma de veicular conhecimento sobre o tema em questão. CONCLUSÃO Por meio do estudo observou-se que a prevalência do tabagismo entre as acadêmicas foi bem insignificante, pois 84,5% declararam não ser fumantes. Possivelmente pelo fato de serem alunas da área da saúde, possuem melhor conhecimento sobre os malefícios do uso do tabaco e das conseqüências da exposição passiva a fumaça. No que se referem às patologias crônicas, as acadêmicas acometidas não tinham hábitos de fumar. A cerca da relação do fumo com doenças do trato respiratório e cardiovasculares, as acadêmicas demonstraram ter um bom nível de conhecimento, mas nem todas sabiam dos riscos para o sistema reprodutor feminino. O organismo feminino é vulnerável aos efeitos nocivos do fumo, o que prejudica diretamente a saúde reprodutiva da mulher. A população feminina deve ser informada sobre os danos causados pelo o uso do tabaco, pois os riscos se tornam ainda maiores quando se faz a associação do cigarro com a pílula anticoncepcional. Compreende ser necessário desenvolver campanhas educativas, conscientizando sobre os riscos e complicações causados pelo o uso do tabaco, principalmente em acadêmicas que no futuro serão profissionais da saúde e vão atuar diretamente com essa população. REFERÊNCIAS Alves PAA, Bernardo CCA, Viegas AAC, Ferreira LBD, Gomes CT, Sales RM. Prevalência e características do tabagismo em jovens da Universidade de Brasília. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 32.1: 23-8, 2006. 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Prevalência de diabetes e hipertensão no Brasil baseada em inquérito de morbidade auto-referida, Brasil, 2006. Revista saúde pública, 43.Supl 2: 74-82, 2009. ANEXO I MALEFÍCIOS DO TABAGISMO EM ACADÊMICAS DE CURSO UNIVERSITÁRIO: PERFIL E CONHECIMENTO Curso: ( ) Biomedicina ( ) Enfermagem ( ) Farmácia ( ) Fisioterapia.Idade________anos.Estado civil: ( ) solteira ( ) casada ( ) viúva ( ) separadaVocê : ( ) fuma ( ) não fuma ( ) ex-fumante ( ) convive com algum fumante.Com que idade que você começou a fumar?( ) menos que 15 anos ( ) entre 16-20 anos ( ) mais que 21 anos ( ) não fuma.Quantos cigarros você fuma por dia?( ) 1 a 5 cigarros ( ) 6 a 10 cigarros ( )11 a 20 cigarros ( ) mais de 1 maço por dia ( ) não fuma. Curso: ( ) Biomedicina ( ) Enfermagem ( ) Farmácia ( ) Fisioterapia. Idade________anos. Estado civil: ( ) solteira ( ) casada ( ) viúva ( ) separada Você : ( ) fuma ( ) não fuma ( ) ex-fumante ( ) convive com algum fumante. Com que idade que você começou a fumar?( ) menos que 15 anos ( ) entre 16-20 anos ( ) mais que 21 anos ( ) não fuma. Quantos cigarros você fuma por dia?( ) 1 a 5 cigarros ( ) 6 a 10 cigarros ( )11 a 20 cigarros ( ) mais de 1 maço por dia ( ) não fuma. 7. Você sofre de alguma destas patologias? Diabetes? ( )Não ( ) Sim Hipertensão arterial? ( )Não ( ) Sim Osteoporose? ( )Não ( ) Sim 8. É do seu conhecimento que a combinação de uso de contraceptivo oral com o cigarro aumenta em 10 vezes o risco de se ter : Infarto, embolia pulmonar e tromboflebite? ( ) Não ( ) Sim 9. Os componentes presentes no cigarro podem causar dependência química.Você tem conhecimento acerca deste assunto? ( ) Não ( ) Sim 10.Você sabe que o fumo pode causar: Doenças respiratórias? ( )Não ( ) Sim Doenças Cardiovasculares.(infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial e etc)? ( )Não ( ) Sim Cólicas menstruais? ( )Não ( ) Sim Menopausa precoce? ( )Não ( ) Sim Comprometimento da circulação sistêmica, principalmente em portadores de Diabetes Mellitus tipo 2? ( )Não ( ) Sim 11. O fumo pode causar infertilidade e dificultar o processo de engravidar, você tem conhecimento acerca deste assunto? ( ) Não ( ) Sim 12. Quais os tipos de câncer você acha que pode estar relacionado ao tabagismo? Câncer de pulmão? ( )Não ( ) Sim Câncer de mama? ( )Não ( ) Sim Câncer de colo de útero? ( )Não ( ) Sim 13. Mesmo você sabendo que o cigarro é considerado fator de risco para muitas doenças, você continuaria a fazer uso do cigarro? ( ) Não ( ) Sim 14. Você sabe que existe tratamento para pessoas que são dependentes do tabaco? ( ) Não ( ) Sim 15. Você acha que seria importante divulgar os malefícios do tabaco em entidades públicas, particulares, meios de comunicação como rádio e televisão, para que dessa forma possa diminuir a prevalência do tabagismo em mulheres? ( ) Não ( ) Sim ANEXO II REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA (RBF) BRAZILIAN JOURNAL OF PHARMACY (BJP) ISSN 2176-0667 (online) ESCOPO E POLÍTICA A Revista Brasileira de Farmácia (RBF) (Brazillian Journal of Pharmacy - BJP) é um periódico da Associação Brasileira de Farmacêuticos, de publicação trimestral, cuja missão é publicar trabalhos originais de PESQUISA e REVISÃO de autores brasileiros e estrangeiros, relativos às Ciências Farmacêuticas e áreas afins. A RBF aceita artigos para publicação nos idiomas português, inglês eespanhol. Antes de enviar seu manuscrito para a RBF siga os passos abaixo, detalhadamente, para garantir a boa apresentação do trabalho e agilizar o processo editorial. As normas estão disponíveis na internet no endereço http://www.rbfarma.org.br. A revisão dos trabalhos é de inteira responsabilidade dos próprios autores. O Comitê Editorial não aprovará manuscritos incompletos, fora do escopo da revista e das instruções para os autores. INSTRUÇÕES GERAIS Todos os manuscritos devem ser originais e não publicados anteriormente. Submissão simultânea do mesmo trabalho não é recomendada. A RBF se destina a publicação de artigos de pesquisa e de revisão nos idiomas português, inglês e espanhol. Publicações em inglês e espanhol devem ser revisadas por um profissional de edição de língua estrangeira e não garantem o aceite do artigo. O custo da revisão dotexto em inglês ou espanhol é de responsabilidade dos autores que são encorajados a buscarprofissionais ou empresas que fazem a revisão do inglês ou do espanhol. A RBF reserva os direitos de submeter todos os manuscritos para revisores ad hoc, cujos nomes são confidenciais e com autoridade para decidir a aceitação ou declínio da submissão. Os manuscritos revisados serão enviados pelos revisores ao Editor Chefe ou para os editores Associados, que transmitirão as sugestões para ao(s) autor(es). Todos os manuscritos envolvendo estudos em humanos ou animais devem ter autorização do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) em Humanos ou em Animais, da instituição a qual o(s) autor(es) pertence(m). Os formulários para pesquisas com seres humanos devem ser validados. Deverá ser adotado o Sistema Internacional (SI) de medidas. As equações deverão ser editadas utilizando software compatível com o editor de texto. As variáveis deverão ser identificadas após a equação. Recomenda-se que os autores realizem a análise de regressão ou outro teste estatístico aplicável para fatores quantitativos. A revista recomenda que pelo menos oitenta por cento (80%) das referências tenham menos de 5 anos. Não ultrapassar o número total de 30 referências (exceto para os artigos de revisão). FORMATAÇÃO DO TEXTO Os manuscritos podem ser escritos em português, inglês ou espanhol, utilizando aplicativoscompatíveis com o Microsoft Word . Devem ser escritos em página formato A4 com margens de 2 cm, espaçamento duplo, fonte Times New Roman, tamanho 12, justificado. As linhas e páginas devem ser numeradas a partir do Título até a página final para facilitar o processo de revisão. Os manuscritosdevem ter no máximo 20 páginas. Deve-se adotar no texto apenas as abreviações padronizadas. A primeira citação da abreviatura entre parênteses deve ser precedida da expressão correspondente por extenso. O recurso de itálico deverá ser adotado apenas para realmente destacar partes importantes do texto, como por exemplo, citações ipsis literis de autores no texto do manuscrito, partes de depoimentos, entrevistas transcritas, nomes científicos de organismos vivos e termos estrangeiros. As ilustrações, figuras, esquemas, tabelas e gráficos deverão ser inseridos no texto, conforme apresentação desejada pelo autor. Aceita-se para análise nos seguintes formatos: 1-Artigo Original: refere-se a trabalhos inéditos e originais de pesquisa científica e concluída, cujos resultados possam ser replicados e/ou generalizados. O manuscrito deve ser organizado da seguinte forma e ordem de apresentação no texto: Título, Resumo (Abstract)*, Palavras-chave (Keywords)*, Introdução*, Material e Métodos*, Resultados*, Discussão*, Agradecimentos (opcional)* e Referências*. O item Resultados pode ser combinado com a Discussão. * OS ITENS COMASTERISCO Devem ser digitados em negrito com letras maiúsculas. 2-Artigo de Revisão: destinados à apresentação do progresso em uma área específica das Ciências Farmacêuticas, com o objetivo de dar uma visão crítica do estado da arte do ponto de vista do especialista altamente qualificado e experiente. É imprescindível que, na referida área, o autor tenha publicações que comprovem a sua experiência e qualificação. Antes do envio do manuscrito, o autor deverá submeter ao Conselho Editorial, por e-mail, um resumo da revisão, acompanhado de uma carta explicativa da pertinência do trabalho. Atenção: os artigos de revisão não devem ter mais de 60referências (se possível 80% das referências com menos de 5 anos). O material será analisado pelos editores e, uma vez aprovado, será solicitado ao autor o envio do manuscrito completo, dentro das normas da RBF e, só então, será dado início ao processo de avaliação pelos assessores. O Conselho Editorial da RBF poderá, eventualmente, convidar pesquisadores qualificados para submeter Artigo de Revisão. Os manuscritos deverão seguir a seguinte estrutura: Título: deverá ser conciso, informativo, digitado em negrito com letras minúsculas utilizando a fonte Times New Roman (tamanho 14), com exceção da primeira letra, dos nomes próprios e/ou científicos. Autores: deverão ser adicionados a um espaço abaixo do título, centralizados, separados porvírgula. O símbolo & deve ser adicionado antes do último autor (Ex.: Paulo da Paz, João deDeus & Pedro Bondoso). Inserir os nomes completos dos autores, por extenso, com letrasminúsculas com exceção da primeira letra de cada nome. Afiliação do autor: cada nome de autor deverá receber um número Arábico sobrescritoindicando a instituição na qual ele é afiliado. A lista de instituições deverá aparecer imediatamente abaixo da lista de autores. O nome do autor correspondente deverá seridentificado com um asterisco sobrescrito. O e-mail institucional, endereço completo, CEP,telefone e fax do autor correspondente deverão ser escritos no final da primeira página. Resumo (Abstract): deverá ser escrito na segunda página do manuscrito, não deveráexceder 200 palavras, deverá conter informações sucintas sobre o objetivo da pesquisa, os métodos, os resultados e a conclusão. Os manuscritos escritos em português ou em espanhol devem ter um Resumo traduzido para o inglês, ou seja, um Abstract. O Abstract deve ser digitado na terceira página do manuscrito e deve ser revisado por um profissional de edição de 3 língua inglesa. Palavras-chave (Keywords): são fundamentais para a classificação da temática abordada no manuscrito em bancos de dados nacionais e internacionais. Serão aceitas entre 3 e 5 palavras-chave que não estejam citadas no título. Após a seleção, sua existência em português e inglês deve ser confirmada pelo(s) autor(es) do manuscrito no endereço eletrônico http://decs.bvs.br (Descritores em Ciências da Saúde - Bireme). As palavras-chave (Keywords) deverão ser separadas por vírgula e a primeira letra de cada palavra-chave deverá maiúscula. Introdução: apresentar o problema de estudo, destacar sua importância e lacunas deconhecimento, com revisão da literatura (referências antigas e atuais); incluir objetivos eoutros elementos necessários para situar o tema da pesquisa. Material e Métodos: incluir de forma objetiva e completa a natureza/tipo do estudo; dados sobre o local onde foi realizada a pesquisa; população/sujeitos do estudo e seus critérios de seleção; material; equipamentos; procedimentos técnicos e métodos adotados para a coleta de dados; tratamento estatístico/categorização dos dados; informar a data e o número do protocolo da aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa ou pela Comissão de Ética em Experimentação Animal, para todos os trabalhos envolvendo estudos com humanos ou animais, respectivamente. Deverá ser encaminhado pelo e-mail uma cópia assinada desse documento. Todo material vegetal utilizado na pesquisa descrita no trabalho deve ter a indicação do seu local de coleta (dados de GPS), o país de origem, o responsável pela identificação da espécie e o depósito da exsicata. Resultados e Discussão: devem ser apresentados de maneira clara, objetiva e em seqüência lógica, utilizando ilustrações (figuras e tabelas) quando necessário. Deve-se comparar com informações da literatura sobre o tema ressaltando-se aspectos novos e/ou fundamentais, as limitações do estudo e a indicação de novas pesquisas. Conclusões: apresentar considerações significativas fundamentadas nos resultados encontrados e vinculadas aos objetivos do estudo. Agradecimentos: opcional e deverá aparecer antes das referências. Referências: As citações bibliográficas deverão ser adotadas de acordo com as exigências da RBF. Citação no texto, usar o sobrenome e ano: Lopes (2005) ou (Lopes, 2005); para dois autores (Souza & Scapim, 2005); três autores (Lima, Pereira & Silva), para mais do que quatro autores, utilizar o primeiro autor seguido por etal. (Wayner et al., 2007), porém na lista de referências deverão aparecer ordenadas alfabeticamente pelo sobrenome do primeiro autor. A veracidade das referências é de responsabilidade dos autores. Os exemplos de referências citados abaixo foram adaptados, em sua maioria, do documento original da ABNT (NBR 6023, agosto de 2002). Artigos de periódicos: A abreviatura do periódico deverá ser utilizada, em itálico, definida no Chemical Abstracts Service Source Index (http://www.cas.org/sent.html) ou na Base de dados PubMed, da US National Library of Medicine (http://www.pubmed.gov), selecionando Journals Database. Caso a abreviatura autorizada de um determinado periódico não puder ser localizada, deve-se citar o título completo. Autor (es)*. Título do periódico em itálico, volume (a indicação do fascículo é entre parênteses): páginas inicial - final do artigo, ano de publicação. Galato D & Angeloni L. A farmácia como estabelecimento de saúde sob o ponto de vista do usuário de medicamentos. Rev. Bras. Farm. 90(1): 14 – 18, 2009. Fonseca VM, Longobuco P, Guimarães EF, Moreira DL, Kaplan MAC. Um teste do formato de nome. Rev. Bras. Farm. 90(1): 14 – 18, 2009. Livros: Com 1 autor Autor. Título. Edição (a partir da 2a). Cidade: Editora, ano de publicação. Número total de páginas. Casciato DA. Manual de oncologia clínica. São Paulo: Tecmed, 2008. 1136 p. Com 2 autores Lakatos EM & Marconi MA. Metodologia científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1991. 231 p. Com autoria corporativa Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. I Fórum Nacional de Educação Farmacêutica: O farmacêutico de que o Brasil necessita (Relatório Final). Brasília, DF, 2008. 68p. Capítulos de livros (o autor do capítulo citado é também autor da obra): Autor (es) da obra. Título do capítulo. In: ________. Título da obra. Cidade: Editora, Ano de 611 publicação. Capítulo. Paginação da parte referenciada. Rang HP, Dale MM & RITTER JM. In: Quimioterapia do câncer. Farmacologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. cap. 50, p. 789-809. Capítulos de livros (o autor do capítulo citado não é o autor da obra): Autor (es) do capítulo. Título da parte referenciada. In: Autor (es) da obra (ou editor) Título da obra. Cidade: Editora, Ano de publicação. Capítulo. Paginação da parte referenciada. Schenkel EP, Gosmann G & Petrovick PR. Produtos de origem vegetal e o desenvolvimento de medicamentos. In: Simões CMO. (Org.). Farmacognosia: da planta ao medicamento. 5. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS; Florianópolis: Editora da UFSC, 2003. cap. 15, p. 371-400. Citação indireta Utiliza-se apud (citado por) nas citações que foram transcritas de uma obra de um determinado autor, mas que na verdade pertence a outro autor. Helper CD & Strant LM. Opportunities and responsabilities in pharmaceutical 623 care. Am. J. Hosp.Pharm. 47: 533-543, 1990. Apud Bisson MP. Farmácia Clínica & Atenção Farmacêutica. 2. ed. Barueri: Manole, 2007. p. 3-9. c) Teses, Dissertações e demais trabalhos acadêmicos: Autor. Título (inclui subtítulo se houver). Ano. Cidade. Total de páginas. Tipo (Grau), Instituição (Faculdade e Universidade) onde foi defendida. Sampaio IR. Etnofarmacologia e toxicologia de espécies das famílias Araceae e Euphorbiaceae. 2008.Rio de Janeiro. 45 p. Monografia (Especialização em Farmacologia), Associação Brasileira deFarmacêuticos. Rio de Janeiro. d) Eventos científicos (Congressos, Seminários, Simpósios e outros): Autor (es). Título do trabalho. Nome do evento, nº do evento. Página. Cidade. País. Ano. Marchioretto CT, Junqueira MER & Almeida ACP. Eficácia anestésica da neocaína (cloridrato debupivacaína associada a epinefrina) na duração e intensidade da anestesia local em dorso de cobaio.Reunião anual da SBPC, 54, Goiânia, Brasil, 2002. e) Patentes: Devem ser identificadas conforme modelo abaixo e na medida do possível o número doChemical Abstracts deve ser informado. Ichikawa M, Ogura M & Lijima T. 1986. Antiallergic flavone glycoside from Kalanchoe pinnatum. Jpn.Kokai Tokkyo Koho JP 61,118,396, apud Chemical Abstracts 105: 178423q. f) Leis, Resoluções e demais documentos Conforme o modelo: Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 44, de 17 de agosto de 2009. g) Banco/Base de Dados Conforme o modelo BIREME. Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde. Lilacs - 648 Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Disponível em:.Acesso em: 27 ago. 2009. h) Homepage/Website Conforme o modelo: WHO Guidelines for Pharmacological Management of Pandemic (H1N1) 2009Influenza and otherInfluenza Viruses. 91 p. Disponívelem:. Acesso em agosto de 2009. TABELASE FIGURAS Tabelas devem apresentar um título breve e serem numeradas consecutivamente com AlgarismosArábicos, conforme a ordem em que forem citadas no manuscrito. As Tabelas devem apresentar dadosnuméricos como informação central, e não utilizar traços internos horizontais ou verticais. As notasexplicativas devem ser colocadas no rodapé da tabela, com os seus respectivos símbolos. No manuscritodevem ser digitadas como Tabela 1 (Times New Roman, tamanho 12, espaçamento duplo, justificado).Se houver ilustração extraída de outra fonte, publicada ou não, a fonte original deve ser mencionadaabaixo da tabela. Figuras devem apresentar um título breve e serem numeradas consecutivamente comalgarismos arábicos, conforme a ordem em que forem citadas no manuscrito. As Figuras deverão serdigitadas como Figura 1, conter legenda em Times New Roman, tamanho 12, justificado e com larguramáxima de 8,25 cm. Não colocar, no manuscrito, Figura publicada em outro periódico sem antes pedirautorização prévia dos autores e/ou da revista. Figuras com baixa resolução devem ser evitadas.Manuscritos com Figuras com resolução ruim não serão aceitos para revisão.As fotos deverãoevitar a identificação de pessoas. Caso os autores queiram apresentar fotos com identificação pessoal,deverão apresentar permissão específica e escrita para a publicação das mesmas. ATENÇÃO: TABELAS E FIGURAS DEVEM TER LARGURA DE NO MÁXIMO 8,25 CM. CASO CONTRÁRIO, O MANUSCRITO SERÁ DEVOLVIDO AOS AUTORES. SUBMISSÃO Todos os manuscritos deverão ser submetidos exclusivamente por e-mail:[email protected] . Osautores deverão informar a área de concentração (Apêndice 1), a categoria do manuscrito (artigooriginal ou artigo de revisão); apresentar carta de encaminhamento ao editor com sugestão de até 4nomes de possíveis revisores especialista na área temática indicada (Apêndice 2) e declaração deoriginalidade e cessão de direitos autorais (Apêndice 3). É responsabilidade dos autores reconhecerem einformar ao Conselho Editorial da existência de conflitos de interesse que possam exercer qualquerinfluência em seu manuscrito. Desta forma, as relações financeiras ou de qualquer outra ordem deverãoser comunicadas por cada um dos autores em declarações individuais (Apêndice 4).Confirmação dasubmissão: O autor receberá por e-mail um documento com o número do protocolo, confirmando orecebimento do artigo pela RBF. Caso não receba este e-mail de confirmação dentro de 48 horas, entreem contato com o Conselho Editorial da RBF (e-mail: [email protected]). A Revista Brasileira deFarmácia submeterá os manuscritos recebidos à análise por dois consultores ad hoc, acompanhado deum formulário para a avaliação e que terão a autoridade para decidir sobre a pertinência de suaaceitação, podendo inclusive, reapresentá-los ao(s) autor(es) com sugestões, para que sejam feitasalterações necessárias e/ou para que os mesmos sejam adequados às normas editoriais da revista.Solicita-se aos autores que, na eventualidade de reapresentação do texto, o façam evidenciando asmudanças através de cores ou marcação de texto e apresente uma carta sumarizando as alteraçõesrealizadas ou não. Os nomes dos autores e dos avaliadores dos manuscritos permanecerão em sigilo. O trabalho aceito para publicação só poderá seguir para diagramação caso TODOS os autores tenhamassinado o termo de publicação (Apêndice 3). Qualquer tipo de solicitação ou informação quanto aoandamento ou publicação do artigo poderá ser solicitado através do e-mail: [email protected] oupelos telefones: 0 (xx) 21 2233-3672/ 2263-0791, baseado no número do protocolo recebido peloautor correspondente. O Conselho Editorial da RBF reserva-se o direito de solicitar informaçõesadicionais sobre os procedimentos éticos executados na pesquisa. O Conselho Editorial da Revista templena autoridade de decisão sobre a publicação de manuscritos, quando os mesmos apresentem osrequisitos adotados para a avaliação de seu mérito científico, considerando-se sua originalidade,ineditismo, qualidade e clareza. Toda idéia e conclusão apresentadas nos trabalhos publicados são detotal responsabilidade do(s) autor(es) e não reflete, necessariamente, a opinião do EditorChefe ou dosmembros do Conselho Editorial da RBF. ITENS DE VERIFICAÇÃO PARA SUBMISSÃO Como parte do processo de submissão, os autores deverão verificar a conformidade da submissão emrelação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não estiverem de acordo com as normasserão devolvidas aos autores. Somente receberão número de protocolo os artigos que estiverem emconformidade com as Normas para Publicação na RBF: 1. O manuscrito encontra-se no escopo da Revista Brasileira de Farmácia. 2. A contribuição é original, inédita e não está sendo avaliada por outra revista. 3. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word ou equivalente. 4. O e-mail para envio do manuscrito está disponível. 5. O texto está em espaçamento duplo; fonte tamanho 12, estilo Times New Roman; comfiguras e tabelas inseridas no texto, e não em seu final. 6. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos em Critériospara preparaçãodos manuscritos (Atenção as citações no texto e referências bibliográficas). 7. Todos os apêndices estão preenchidos (Atenção especial ao preenchimento dos apêndices). 8. Ao submeter um manuscrito, os autores aceitam que o copyright de seu artigo sejatransferido para a Revista Brasileira de Farmácia, se e quando o artigo for aceito parapublicação. Artigos e ilustrações aceitos tornam-se propriedade da Revista Brasileira deFarmácia. APÊNDICE 1 - Áreas temáticas APÊNDICE 2 - Modelo de carta de responsabilidade APÊNDICE 3 - Declaração de originalidade e cessão de direitos APÊNDICE 4 - Modelo de declaração de conflitos de interesse ANEXO - LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 BRASIL. Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a legislação sobredireitos autorais e dá outras providências. Disponível emhttp://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/l9610.htm