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SISTEMA NERVOSO CENTRAL
ESPINHA BÍFIDA:
A Espinha Bífida é uma deformação congênita que decorre geralmente no
processo da vida embrionária, em trono da quarta semana de desenvolvimento,
consistindo uma formação anormal das vértebras ao nível da lâmina e da
apófise espinhal, um ou vários arcos posteriores não ficando fechados,
havendo protrusões herniárias das meninges medulares.
Os segmentos da medula cervical (C1 a C8) controlam os
movimentos da região cervical e dos membros superiores; os torácicos (T1 a
T12) controlam a musculatura do tórax, abdômen e parte dos membros
superiores; os lombares (L1 a L5) controlam os movimentos dos membros
inferiores; e os segmentos sacrais (S1 a S5) controlam parte dos membros
inferiores e o funcionamento da bexiga e intestino. Na espinha bífida,
estando à medula e as raízes nervosas impropriamente formadas, os nervos
envolvidos podem ser incapazes de controlar os músculos determinando
paralisias. Define-se como paralisia alta a paralisia resultante de defeito
medular começando ao nível dos segmentos torácicos ou lombares altos (L1-
L2), paralisia média no segmento médio lombar (L3) e paralisia baixa nos
segmentos lombares baixos (L4-L5) ou sacrais.
Tipos de Espinha Bífida:
Aberta: Protrusão cística com ou sem elementos neurais
Pode haver déficit neurológico progressivo relacionado com medula
presa.
Meningomielocele ou Mielomeningocele: As raízes nervosas e a
medula espinhal através do defeito ósseo vertebral estão
freqüentemente aderentes à parede interna do saco meníngeco.
Tendem a ocorrer sintomas relativos à incontinência vesical
e intestinal, impotência sexual, perda sensitiva e motora de
função da medula espinhal e das raízes nervosas envolvidas.
Em níveis superiores pode haver quadro clínico de transecção
completa ou incompleta da medula espinhal ou sintomas de
raízes ou da medula concomitantes semelhantes àqueles da
seringomielia (destruição da substância cinzenta da medula
espinhal ocasiona perda de sensibilidade à dor e à
temperatura).
Meningocele: Malformação congênita que se apresenta sob o
aspecto de tumor em forma de saco ou de quisto, localizado
quer no crânio quer na coluna vertebral, sobretudo na
lombar. Lesão cística composta por líquor, meninges e pele.
Lipomielomeningocele: A lipomielomeningocele é um disrafismo
espinhal em que o lipoma invade o saco dural, podendo
envolver as raízes nervosas e o cone medular. Há indicação
cirúrgica na maioria dos casos porque as manifestações
neurológicas, quando não estão presentes já ao nascimento,
ocorrem com o crescimento do paciente, devido ao ancoramento
da medula. A Ultra-sonografia (US) pode mostrar a invasão do
canal vertebral e o envolvimento do cone medular. A
tomografia computadorizada (TC) e a Ressonância Magnética
(RM) são exames necessários para confirmar a US e permitir o
planejamento cirúrgico.
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Oculta com Envolvimento Neural: Alterações da pele na região sacro-
coccígea em 80% (tufos pilosos, angiomas ou massas subcutâneas)
Possibilidade de déficit neurológico progressivo com o crescimento.
Diastematomielia: Divisão da medula espinhal em duas porções
longitudinais, paralelas, separadas por um septo ósseo ou
fibroso. É mais comum nas regiões torácica baixa e lombar
alta. Com o crescimento da criança, a medula é tracionada
podendo resultar em anormalidades esqueléticas e
neurológicas. Pode existir associação com sinais na pele
(tufos localizado de pelos ou uma depressão feito covinha)
e, ocasionalmente, mielomeningocele (defeito do fechamento
da medula) ou hidrocefalia (dilatação das cavidades naturais
do cérebro).
Medula Presa: A medula presa ocorre devido à fixação
patológica do cone medular, que causa tração da medula
resultando em distorção da anatomia normal e em lesões
isquêmicas que ocorrem com o crescimento da criança e com as
atividades diárias. Diversas alterações podem ser vistas a
US: o cone medular atinge L3 ou está abaixo dele; diminuição
da pulsação fisiológica da medula e raízes nervosas; posição
excêntrica no canal vertebral (o cone tende a ficar
lateralizado e desviado para a parte dorsal do canal).
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Seio Dérmico: O seio dérmico é pequena malformação que se
apresenta como uma depressão ("dimple") e um canal fistuloso
que liga o saco dural à parte externa da pele. A lesão pode
terminar em fundo cego (dimple raso) quando não há
comunicação com o saco dural. A Ultra-sonografia (US) nos
pacientes com seio dérmico mostra estreito trajeto hipo-
ecogênico que se inicia na pele e chega até o saco dural. Na
maioria das vezes não é possível, à US, evidenciar a
comunicação entre o seio dérmico e a dura-máter. O exame
permite apenas inferir a possibilidade da comunicação. A
ressonância magnética (RM) pode confirmar o diagnóstico.
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Oculta sem Envolvimento Neural:
Espinha bífida oculta: simples deiscência das lâminas
vertebrais sem modificações das meninges nem de seu
conteúdo. Freqüente (10% da população) e sem conseqüências
neurológicas e assintomáticas geralmente, é diagnosticada
com freqüência tardiamente. Poderá, no entanto, no decorrer
do crescimento e na idade adulta, estar associada com certos
problemas estáticos lombares. A espinha bífida oculta
geralmente não apresenta sintomas clínicos. Uma pequena
porcentagem das crianças afetadas tem defeitos
funcionalmente significativos da medula espinhal subjacente
e raízes dorsais.
Diagnóstico da Espinha Bífida:
Ausência de pele e formação cística (saco herniário)
Coluna: vértebra em "U"
Coluna: herniação meninges (mielo e/ou meningocele)
Reconhecimento de anomalias Cérebro e Coluna
Crânio: acavalgamento ossos Frontais, "Sinal do Limão".
Obliteração Cisterna magna (<2,0mm)
Curvatura anterior do Cerebelo, "Sinal da Banana".
A gravidade das seqüelas físicas decorrentes da espinha bífida
depende da localização da lesão na medula. Quanto mais alta, maior o número
de nervos afetados. Também poderá ocorrer perda do controle da bexiga e
intestinos. A função intestinal pode ser controlada através de uma dieta
alimentar adequada, do uso de medicação específica e de treinamento. Já a
incontinência urinária pode ser controlada por meio de auto-cateterização e
uso de medicação, sendo necessário realizar exames regulares para evitar o
comprometimento renal.
Crianças com espinha bífida poderão necessitar de tratamentos
ortopédicos e fisioterapia por longos períodos para fortalecer os músculos
e evitar o surgimento de problemas articulares. O aparecimento de
hidrocefalia também pode estar associado à espinha bífida. Pesquisas
recentes indicam que a ingestão de ácido fólico (um componente da vitamina
B) nas semanas que antecedem a concepção e nas primeiras semanas da
gestação reduz de modo significativo a incidência de espinha bífida na
população em geral e, sobretudo, naqueles casos em que há risco de nascer
um segundo bebê com esta má-formação. Alguns países já adotaram programas
preventivos de ingestão do ácido fólico pelas futuras gestantes. O ácido
fólico é encontrado nas folhas verdes dos legumes, nas frutas, cereais,
pães integrais, podendo também ser ingerido sob a forma de cápsulas (sob
cuidados de um médico / geneticista).
Tratamentos: Em relação ao tratamento, é importante os profissionais
saibam que a melhoria da força dos músculos não depende da quantidade
ou do tipo de exercícios que a criança realiza, mas sim do grau e o
nível da lesão da medula e das raízes nervosas. Quanto menor for a
alteração do movimento, maior será a probabilidade dos músculos serem
fortalecidos. Por outro lado, os músculos sem movimento ou com
fraqueza acentuada não podem ter a sua força aumentada. Independente
do tipo de exercícios e atividades em que a criança participa, as
principais mudanças na força dos músculos acontecem nos três primeiros
anos de vida. É também neste período que a criança mais se desenvolve,
e adquire posições motoras como sentar ou gatinhar dependem não
somente da maturação do sistema nervoso central, mas também da força
dos músculos do tronco e dos membros inferiores. Durante o crescimento
e desenvolvimento, os objetivos do tratamento se modificam, e,
portanto, o programa de tratamento modifica-se em função das
necessidades de cada momento.
BIBLIOGRAFIAS:
http://paginas.terra.com.br/saude/maninho/sss.html
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/neuro/espin
ha_bifida.htm
http://saude.sapo.pt/artigos/?id=760250
http://saberebom.blogspot.com/2007/02/espinha-bfida.html
http://www.espinhabifida.com/
http://www.espinhabifida.com/espinha-bifida-etiologia.html
http://www.orpha.net/static/PT/espinha_bifida.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/57cbe/resumos/1110.htm
http://www.sarah.br/paginas/doencas/po/p_03_espinha_bifida.htm
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-
282X2004000400025
MOORE; PERSUAD. Embriologia Clínica. 6° edição. Rio de Janeiro;
Guanabara koogan S/A, 2000.
HIDROCEFALIA:
No interior do cérebro existem espaços chamados de ventrículos que
são cavidades naturais que se comunicam entre si e são preenchidas pelo
líquido cefalorraquidiano ou simplesmente liquor, como também é conhecido.
O termo hidrocefalia refere-se a uma condição na qual a quantidade de
liquor aumenta dentro da cabeça. Este aumento anormal do volume de líquido
dilata os ventrículos e comprime o cérebro contra os ossos do crânio
provocando uma série de sintomas que devem ser sempre rapidamente tratados
para prevenir danos mais sérios. Muitas vezes pode ser detectada antes
mesmo do nascimento, quando se emprega o exame de ultra-som no
acompanhamento da gravidez.
http://www.trejos.com/Trejos/Hidrocef.jpg
A hidrocefalia ocorre quando há um desequilíbrio entre a produção e
a reabsorção desse líquido. A condição mais comum é uma obstrução da
passagem do liquor, seja por prematuridade, cistos, tumores, traumas,
infecções ou uma malformação do sistema nervoso como a mielomeningocele. Em
casos raros, a causa é o aumento da produção do líquido em vez de
obstrução.
A Hidrocefalia pode estar presente ao nascimento (congênita) ou pode
desenvolver depois (adquirida):
Hidrocefalia Congênita: está presente ao nascimento, embora
possa passar despercebida por anos. Ela se forma quando o
cérebro e as estruturas vizinhas se desenvolvem de forma
anormal. A causa exata é normalmente desconhecida, mas pode
incluir causas genéticas e certas infecções durante a
gravidez.
Hidrocefalia Adquirida: resulta de traumas ou doenças que
acontecem durante ou depois do nascimento, incluindo
infecções no cérebro e na coluna vertebral (meningites),
sangramento de vasos sanguíneos no cérebro, trauma de
crânio, ou tumores e cistos cerebrais. A Hidrocefalia pode
acontecer mesmo quando não há nenhum trauma ou doença
conhecida para causá-la.
Está criança, precisou passar por mais uma cirurgia, pois teve uma
hidrocefalia e foi necessário colocar uma válvula para drenar o liquor do
cérebro. http://www.fisiokids.com/gabriel/hospital.html
A Hidrocefalia pode ser classificada de acordo com sua causa:
A Hidrocefalia Obstrutiva (não-comunicante) é causada por um
bloqueio no sistema dos ventrículos do cérebro. O bloqueio
impede que o líquido cérebro-espinhal flua pelas áreas que
cercam o cérebro e a medula espinhal (espaço subaracnóideo),
como deve ocorrer regularmente. A obstrução pode estar
presente ao nascimento ou pode acontecer depois. Um dos
tipos mais comuns é a estenose do aqueduto, que acontece por
causa de um estreitamento do aqueduto de Sylvius, um canal
que conecta dois dos ventrículos cerebrais (cavidades dentro
do cérebro).
A Hidrocefalia Não-obstrutiva (comunicante) é o resultado de
problemas com a produção do líquido cérebro-espinhal ou de
sua absorção. Um das causas mais comuns é o sangramento no
espaço subaracnóideo. A Hidrocefalia Comunicante pode estar
presente ao nascimento ou podem acontecer depois.
Hidrocefalia de Pressão Normal é um tipo adquirido de
hidrocefalia comunicante na qual os ventrículos estão
aumentados, mas não estão sob alta pressão. A hidrocefalia
de pressão normal é vista em adultos mais idosos. Pode ser o
resultado de trauma ou doença, mas na maioria dos casos a
causa é desconhecida.
Crianças prematuras, nascidas antes de 34 semanas, ou pesando menos
que 2,5 kg têm um risco alto dos vasos sanguíneos sangrarem no cérebro. A
hemorragia grave pode conduzir à Hidrocefalia Adquirida, comunicante ou
não, dependendo do local e da extensão da hemorragia.
Principais Sintomas da Hidrocefalia: Os sintomas mais comuns de
Hidrocefalia variam, dependendo da idade de aparecimento.
Em crianças, os sintomas incluem:
Uma cabeça grande que cresce rapidamente;
Uma dilatação macia e "inchada" em cima da
cabeça (fontanela anterior dilatada);
Irritabilidade;
Ataques epiléticos;
Retardo no desenvolvimento físico e mental.
Nas crianças mais velhas e em adultos, os sintomas incluem:
Dor de cabeça
Dificuldade para caminhar
Perda das habilidades físicas
Mudança de personalidade
Diminuição da capacidade mental
Em qualquer idade, os sintomas podem incluir:
Vômitos e
Letargia
Diagnóstico: A Hidrocefalia
congênita pode ser
diagnosticada durante um
ultra-som pré-natal de
rotina, mas freqüentemente é
descoberta durante a
infância ou enquanto bebê. O
médico pode suspeitar de
hidrocefalia antes de outros
sintomas quando uma criança
parece ter uma cabeça
grande, que parece estar
crescendo rapidamente. Se o
osso do crânio (fontanela
anterior) ainda está aberto,
um ultra-som da cabeça pode
determinar se o crânio está
crescendo devido a
Hidrocefalia. Se os
resultados do ultra-som
forem anormais, uma melhor
avaliação é necessária.
O médico irá perguntar pela história clínica da pessoa e
fará um exame físico e neurológico. Podem ser obtidas imagens detalhadas do
cérebro com uma Tomografia Computadorizada (TC) ou um exame de Imagem de
Ressonância Magnética (IRM). Se estas imagens revelam Hidrocefalia ou
outros problemas, a criança ou o adulto normalmente são encaminhados a um
neurocirurgião para avaliação adicional e tratamento.
Tratamento: O tratamento da hidrocefalia depende de sua
causa. Ocasionalmente, são usados medicamentos para reduzir
a velocidade de produção do líquido cérebro-espinhal por um
tempo. Porém, isto não tem êxito no tratamento a longo
prazo. A maioria dos casos requer drenagem do líquido em
excesso. Um tubo chamado "Derivação" é inserido em uma das
cavidades do cérebro por um buraco no crânio. A derivação é
inserida debaixo da pele da cabeça fazendo o percurso do
cérebro até o abdome, levando o fluido cérebro-espinhal onde
possa ser absorvido – Derivação Ventrículo-Peritonial. A
derivação pode precisar ser substituída periodicamente
quando a criança cresce ou se o paciente desenvolve uma
infecção ou ainda se a derivação ficar obstruída.
Algumas pessoas podem ser tratadas de Hidrocefalia Obstrutiva com
uma técnica chamada Ventriculostomia no qual um neurocirurgião faz uma
incisão no local do bloqueio para permitir que o líquido cérebro-espinhal
seja drenado. Os neurocirurgiões também estão experimentando um reparo
cirúrgico de hidrocefalia congênita enquanto o feto ainda está dentro da
mãe. Deve-se procurar um neurologista se a paciente ou o filho venham a
desenvolver sintomas de hidrocefalia ou uma lesão grave na cabeça. Crianças
com Hidrocefalia são mais prováveis de ter déficits de desenvolvimento. Até
mesmo depois de tratadas, a maioria das crianças com Hidrocefalia tem
inteligência mais baixa, problemas de memória e problemas visuais,
incluindo estrabismo (olhos desalinhados). Crianças com Hidrocefalia também
podem entrar na puberdade mais cedo que o normal. Com tratamento
apropriado, a sobrevida da maioria das crianças com hidrocefalia é boa e
aproximadamente a metade delas tem inteligência normal.
BIBLIOGRAFIAS:
http://www.trejos.com/Trejos/Hidrocef.jpg
http://emsergipe.globo.com/nesseinstante/exibir_noticia.asp?id=71831
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrocefalia
http://www.institutoneurologico.com.br/hidrocefalia.htm
http://www.aebh.org/hidrocefalia.htm
http://www.medicosdeportugal.iol.pt/action/10/glo_id/43/menu/2/
MOORE; PERSUAD. Embriologia Clínica. 6° edição. Rio de Janeiro;
Guanabara koogan S/A, 2000.
SISTEMA DIGESTORIO
ONFALOCELE:
Esta anomalia é uma persistência da hérnia do conteúdo abdominal na
parte proximal do cordão umbilical. A hérnia no intestino do cordão ocorre
em cerca de 1 em cada 5.000 nascimentos.
Através de uma Onfalocele, pode ocorrer a protrusão de quantidades
variáveis do intestino e de outros órgãos abdominais, dependendo do tamanho
do defeito. Para evitar a lesão intestinal e a infecção abdominal, pode-se
reparar o defeito o mais rapidamente possível.
www.medicina.ufmg.br/edump/cir/mes.htm
TRATAMENTO:
O tratamento específico de uma Onfalocele é determinado
pelo profissional no seguinte critério:
Idade gestacional do bebe, e o estado geral de saúde.
A forma avançada da desordem
Tolerância a certos medicamentos, procedimentos ou
terapias.
As expectativas para a evolução da enfermidade
A opinião e preferência da mãe.
Onfalocele gigante.
Onfalocele.
No caso de uma Onfalocele "pequena" (apenas uma parte do intestino
para fora da cavidade abdominal), realiza-se uma operação logo após o
nascimento para retornar os órgãos dentro do abdômen e fecha o buraco
na parede abdominal.
No caso de uma Onfalocele "grande" (a maioria dos órgãos, incluindo os
intestinos, fígado e baço para fora da cavidade abdominal), a
reparação é feita em "fases" e pode incluir o seguinte:
Inicialmente, os órgãos abdominais são cobertos com uma
folha de proteção estéril.
Desde o abdome pode ser pequeno e subdesenvolvido, ele
pode não ter capacidade suficiente para que todos os corpos
sejam colocados de uma vez. Portanto, os organismos expostos
são colocados no interior do abdome gradualmente ao longo de
vários dias ou semanas.
A parede abdominal é fechada cirurgicamente quando todos
os órgãos encontram-se prontos dentro da cavidade abdominal.
Existe a possibilidade de o bebe ter dificuldades para respirar e
que seja necessário introduzir o respirador mecânico, enquanto diminui o
inchaço e aumenta a cavidade abdominal.
http://www.medicina.ufmg.br/edump/cir/impgast.htm
As perspectivas a longo prazo para uma criança com Onfalocele,
dependem:
Do tamanho da Onfalocele.
A perda de sangue no fornecimento à parte do intestino ou
outros órgãos.
A extensão de outras anomalias.
Os bebês com problemas congênitos nos intestinos ou outros órgãos
abdominais podem a longo prazo ter problemas de digestão, eliminação e
infecções.
BIBLIOGRAFIAS:
http://www.msd-brazil.com/msdbrazil/patients/manual_Merck/mm_sec17_178.html
http://www.medicina.ufmg.br/edump/cir/impgast.htm
http://www.terra.com/salud/articulo/html/sal7952.htm
http://telesalud.ucaldas.edu.co/telesalud/Atlas%20de%20Cirug%C3%ADa%20Pedi%C
3%A1trica/Imagenes/Abdomen/Onfalocele/Imagen02.jpg
MOORE; PERSUAD. Embriologia Clínica. 6° edição. Rio de Janeiro; Guanabara
koogan S/A, 2000.
GASTROSQUIZE:
A gastrosquize é caracterizada por defeito de fechamento da parede
abdominal anterior fetal, para umbilical, com evisceração dos órgãos
abdominais. Ela é geralmente do lado direito, com intestino delgado
herniado através do defeito. Ocasionalmente o estômago ou outros órgãos
podem estar envolvidos na herniação. Não há nenhuma membrana de
revestimento protegendo o intestino herniado da exposição direta ao líquido
amniótico. Esta anomalia resulta do fechamento incompleto das pregas
laterais durante a quarta semana.
Há registros de que um a cada 4.000 nascidos vivos. É um evento
esporádico, com etiologia multifatorial. No entanto, embora raro, pode
haver recorrência familiar. Nenhum agente exógeno é referido como fator
causal.
Diagnostico: Pode ser detectada na ultra-sonografia a partir
de 13/14 semanas. Antes de 13 semanas pode ser confundida
com herniação fisiológica do intestino. O volume de líquido
amniótico geralmente é normal ou levemente diminuído.
Podendo haver polidramnia no caso de haver obstrução
intestinal.
O intestino delgado ou grosso sai pelo quadrante direito inferior.
Os vasos do cordão umbilical podem ser observados à esquerda do intestino
herniado. Se o defeito da parede anterior for pequeno, as alças poderão
ficar dilatadas. Dilatações acima de 1,8cm estão associadas a maior
morbidade fetal a longo prazo. Como a má rotação intestinal é comum, o
estômago pode estar invertido ou mal posicionado.
A gastrosquize pode conter também estômago ou bexiga. Geralmente
ocorre crescimento intra-uterino restrito (CIUR).
Diagnóstico Diferencial:
Onfalocele rompida;
Hérnia umbilical.
Cordão umbilical (emaranhado adjacente ao abdome fetal 9º
Dppler colorido mostra fluxo vascular).
Os recém-nascidos vivos apresentam um índice de sobrevivência acima
de 90%, com tratamento cirúrgico adequado e cuidado em UTI neonatal.
Conduta Gestacional: Embora associação com outras anomalias
cromossômicas seja baixo, deve-se discutir com o casal a
realização de amniocentese para cariotipagem fetal.
O ecocardiograma fetal deve ser realizado em todos os casos. Deve-se
realizar ultra-sonografia a cada 3 a 4 semanas para monitorar o crescimento
fetal e avaliar sinais de sofrimento do intestino (espessamento ou
dilatação). Para os fetos com intestino aparentemente normal ao ultra-som,
o parto a termo é adequado.
Nos fetos com sinais de sofrimento de alças, o prognóstico é
melhorado com a antecipação do parto. O tipo de parto é controverso, no
entanto, um estudo mostrou melhores resultados perinatais naqueles casos
submetidos à cesariana.
BIBLIOGRAFIAS:
http://cpdt.com.br/sys/interna.asp?id_secao=3&id_noticia=491
http://www.tacchini.com.br/conteudo.php?url=gastrosquise
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-
75572003000600011
http://www.afm.org.br/gastrointestinal.pdf
http://www.medicina.ufmg.br/edump/cir/impgast.htm
http://www.imbiomed.com/1/1/articulos.php?method=showDetail&id_articulo=5425
&id_seccion=580&id_ejemplar=593&id_revista=21
MOORE; PERSUAD. Embriologia Clínica. 6° edição. Rio de Janeiro; Guanabara
koogan S/A, 2000.
APARELHO FARINGEO
FENDA LABIAL E PALATINA:
Fenda labial é a separação do lábio superior em duas partes, algo
que atinge um em cada 550 bebês no Brasil. Tal como a Fenda palatina, a
Fissura labial é causada pela junção inadequada dos dois lados da face
quando o bebê ainda está no útero. Embora ninguém saiba ao certo o porquê
desta deficiência, ela tende a ser hereditária.
Os desequilíbrios hormonais, as deficiências nutricionais e certas
drogas utilizadas durante a gestação podem ser apontadas como possíveis
causas.
A fissura palatina ocorre quando há uma abertura direta
entre o palato, ou céu da boca, e a base do nariz. Durante a gestação, o
maxilar superior do bebê não se fecha como deveria, deixando uma falha. A
fissura palatina é um problema mais grave que a fissura labial, embora
ambos requeiram uma cirurgia corretiva.
Existe uma preferência pelo lado esquerdo nas fendas labiais, com
uma predominância do sexo masculino nas fendas lábio palatinas, e a
predominância do sexo feminino nas fendas labiais isoladas, há uma
freqüência variável em grupos raciais onde em torno de 1,7 / 1000, em
japoneses 1.0/1000, e em caucasianos 0.4/1000.
Geralmente, ambas as fendas (labial e palatina) ocorrem
concomitantemente, afetando uma criança em cada 600 /700 nascimentos. Fenda
palatina isolada ocorre em aproximadamente 1 em cada 1,800 nascimentos.
TRATAMENTO: A fenda labial é facilmente reconhecível. Uma
fenda palatina pode variar em tamanho, desde uma pequena
fenda até um grande orifício no céu da boca, e se tornará
aparente logo após o nascimento, se não de imediato. Quanto
um bebê com fenda palatina tenta se alimentar, os alimentos
líquidos podem sair pelo seu nariz - problema que pode ser
controlado com o auxílio de mamadeiras especiais e outros
cuidados, até que o bebê tenha idade suficiente para ser
submetido à cirurgia. Fechar uma fenda labial através de
cirurgia é mais simples do que corrigir uma fenda palatina.
O procedimento é geralmente realizado nos três ou quatro
primeiros meses de vida e a cicatriz tende a desaparecer com
o passar do tempo.
No caso de uma fenda palatina, a cirurgia é
adiada até que a criança complete um ou dois anos de vida,
quando o maxilar superior já alcançou seu crescimento
normal. Se o problema é extenso, a cirurgia pode ser adiada
até que a criança atinja cinco a sete anos, a fim de evitar
problemas estruturais. Em alguns casos a cirurgia não é
possível ou pode não fechar totalmente a fenda. Nestes
casos, um aparelho parecido com uma dentadura, chamado de
obturador, é feito a fim de encobrir a abertura e permitir
que a criança se alimente naturalmente.
Dependendo da gravidade da fenda palatina, podem
ser necessárias cirurgias múltiplas no decorrer de um longo
período. Um cirurgião plástico e/ou bucomaxilo-facial
realizam uma cirurgia corretiva na face, enquanto que um
cirurgião-dentista, cirurgião geral, otorrinolaringologista
e/ou ortodontista fazem aparelhos para corrigir quaisquer
defeitos.
Uma equipe de profissionais de saúde oferecerá
orientação e encorajamento durante os tempos mais difíceis,
desde o nascimento até o tratamento. Com os avanços das
técnicas cirúrgicas e aparelhos corretivos, os prognósticos
para as crianças que nascem com fenda labial ou palatina são
excelentes. À medida que a criança se se desenvolve pouco se
nota a fissura.
http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec23_254.htm
BIBLIOGRAFIA:
http://www.amecs.com.br/det_dep_cientifico.asp?id=8
http://www.centrus.com.br/caso_mes/casos_mes/med_fetal/face/fenda_lp_01/flp-
01.htm
http://www.biobras.com.br/adam/encyclopedia/ency/article/000992.htm
MOORE; PERSUAD. Embriologia Clínica. 6° edição. Rio de Janeiro;
Guanabara koogan S/A, 2000.
SISTEMA CARDIACO
TETRALOGIA DE FALLOT:
A tetralogia de Fallot é uma combinação de defeitos
cardíacos que consiste em um grande defeito do septo ventricular, em um
nascimento anormal da aorta que permite que o sangue pobre em oxigênio
flua diretamente do ventrículo direito para a aorta, em um estreitamento
da via de saída do lado direito do coração e em um espessamento da parede
do ventrículo direito.
Os lactentes com tetralogia de Fallot geralmente apresentam
um sopro cardíaco ao nascimento ou logo após. Eles apresentam cianose
(coloração azulada) porque o sangue que circula através do corpo não é
suficientemente oxigenado. Isto ocorre porque a passagem de saída
estreitada do ventrículo direito reduz o fluxo sangüíneo para os pulmões
e o sangue pobre em oxigênio (azul) do ventrículo direito passa para o
ventrículo esquerdo e a aorta através do defeito septal e circula pelo
corpo.
Alguns lactentes permanecem estáveis, apresentando apenas uma
cianose discreta, de modo que a cirurgia de reparação pode ser realizada
posteriormente na infância. Outros apresentam sintomas graves que
interferem no crescimento e no desenvolvimento normais. Estes lactentes
podem apresentar episódios de piora súbita da cianose em resposta a alguma
atividade (p.ex., choro ou evacuação).
O lactente apresenta cianose intensa, dificuldade respiratória e
pode perder a consciência. Quando um lactente apresenta um desses
episódios, pode ser realizada a administração de oxigênio e de morfina. O
propranolol pode ser utilizado para evitar a ocorrência de outros
episódios. No entanto, esta criança necessita de uma cirurgia, para reparar
a tetralogia ou para criar uma conexão artificial temporária entre a aorta
e a artéria pulmonar para aumentar a quantidade de sangue que chega aos
pulmões para ser oxigenado.
A reparação cirúrgica do problema consiste na correção do
defeito do septo ventricular, na abertura da via de saída estreitada do
ventrículo direito e da válvula pulmonar estenosada e no fechamento de
qualquer conexão artificial que tenha sido criada entre a aorta e a artéria
pulmonar.
http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/spanish/ency/images/ency/fullsize/18
088.jpg
BIBLIOGRAFIA:
http://www.lhmbrasil.com.br/cardiotof.html
http://creatifarma.com.br/embriologia.htm
http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec23_254.htm
http://www.unimes.br/academico/casos/Fenda_palatina/fenda_palatina.htm
http://www.sbpcnet.org.br/livro/58ra/SENIOR/RESUMOS/resumo_3530.html
http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/embriologia.htm
Dextrocardia:
http://www.neuro.wustl.edu/neuromuscular/pics/people/patients/radiolo
gy/dextrocardia_1sm.jpg
Dextrocardia é um anormal posicionamento do coração. Em vez do coração
formando no feto, no lado esquerdo, ela vira sobre formas e, no lado
direito. Existem vários tipos de dextrocardia, também chamados de laços
defeitos. Dextrocardia é freqüentemente diagnosticado em uma rotina pré –
natal, embora nem todos os radiologistas vao acertar ele, especialmente se
não houver anormalidades cardíacas estruturais.
Ele pode estar presente em cerca de um em cada 130.000 pessoas. Neste
defeito, não apenas o coração vira o caminho errado e desenvolve-se no lado
errado do peito, mas também todos os outros órgãos no meio do corpo são
invertidas. Na sua essência, um raio - x do espelho imagem dextrocardia
parece um reflexo do coração e os órgãos normais colocação.
Dextrocardia com cardíaco anormal é uma condição muito mais grave, que
normalmente requer um ou mais cirurgias para tratar anormalidades
estruturais. Trata - se de uma condição muito mais comum do que reflexo
dextrocardia, e na maioria dos casos, a posição dos outros órgãos no meio
do corpo não é revertida. O resultado e a sobrevivência de dextrocardia com
taxas cardíaco anormal depende da gravidade dos defeitos, que geralmente
incluem um procedimento complicado de transposição das artérias, chamado
levo - transposição, ou ambas as artérias decorrentes do ventrículo
direito, chamado duplo saída ventrículo direito.
Grandes defeitos do septo também são comuns em dextrocardia com
cardíaco anormal. O ventrículo direito e o esquerdo pode ser tão
semelhantes, ao contrário do habitual coração, que é difícil distinguir o
que é ventrículo direito ou esquerdo. Em muitos casos, o defeito do septo
interventricular é tão grande que os ventrículos são denominados um único
ventrículo. Um ou ambos os ventrículos pode ser menor do que é habitual.
Com a complicada transposição e único ventrículo, duas abordagens
cirúrgicas são possíveis. Se os ventrículos são grandes o suficiente,
cirurgiões podem optar, por realizar um Rastelli, uma hora e meia
ventrículo reparação. Esta cirurgia constrói um túnel através do coração
para redirecionar o sangue adequadamente. Se possível, o defeito do septo
interventricular podem ser reparados. No entanto, antes de este tratamento,
a veia cava superior é direcionado para as pequenas veias pulmonares, o
sangue da parte superior do corpo nunca passa através do ventrículo
direito. Este procedimento inicial, o chamado Glenn shunt, reduz a carga de
trabalho cardíaco e adquire tempo para a criança a crescer antes de
executar o Rastelli.
O Rastelli tem uma excelente taxa de sobrevivência, uma vez passada a
primeira cirurgia. Trata - se de um processo complexo e muitas vezes
moroso. A principal desvantagem desta cirurgia é o período em que a criança
pode precisar, de ser no coração pulmão circunvalação. É perfeitamente
aceitável, assim como aconselhável, de pedir um cirurgião sobre a sua
experiência e sucesso com essa taxa ou qualquer outra cirurgia. Outras
intervenções cirúrgica pode ser necessário, sob a forma de válvula aórtica
ou pulmonar substituições vários anos após a primeira Rastelli.
Levo - transposição, pequenas ventrículos, e um elevado grau de
estenose pulmonar em dextrocardia com cardíaco anormal geralmente necessita
de três etapas Fontan operação. A melhoria da Fontan leva a uma melhoria da
taxa de sobrevivência, e muitas crianças nascem com essa condição viver bem
em seus trinta antes de finalmente necessitando a um transplante cardíaco,
a única verdadeira solução para único ventrículo.
Dextrocardia também podem estar presentes em uma situação denominada
"heterotaxy, que envolve não só cardíaco anormal colocações e anomalias
estruturais, mas também a ausência de um baço, ou a presença de um grande
número de pequenas Baço. O tratamento depende do grau e gravidade destas
anomalias estruturais. Ausência de um baço, asplenia, pode complicar
qualquer operação porque resistência natural à infecção é
significativamente reduzida.
BIBLIOGRAFIA:
http://www.pdamed.com.br/diciomed/pdamed_0001_05890.php
http://www.healthsystem.virginia.edu/internet/childrens-
heart/pted/pcdt010.cfm
http://www.medterms.com/script/main/art.asp?articlekey=2968
http://www.rbccv.org.br/imprimir_port.asp?id=653
MOORE; PERSUAD. Embriologia Clínica. 6° edição. Rio de Janeiro;
Guanabara koogan S/A, 2000.