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Lixo - Desafios E Compromissos

Artigo científico de conclusão do curso de pós graduação em Metodologia do Ensino de Ciências Biológicas

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI UNIASSELVI ALCINEI GOMES MARINHO LIXO: DESAFIOS E COMPROMISSOS ÓBIDOS - PA 2012 2 LIXO: DESAFIOS E COMPROMISSOS Alcinei Gomes Marinho 1 Adlin Irlande Tavares do Amaral2 Resumo Abordar a questão do lixo e suas principais e atuais problemáticas requer um mergulho no passado, para compreender melhor sobre qual tipo de lixo estamos falando. Afinal, o lixo faz parte da produção humana desde tempos ancestrais e foi se modificando e se transformando, assim como a própria vida de maneira geral. Se nos tempos pré-históricos a quantidade de lixo era pequena e pouco variada, a evolução da ciência e da tecnologia possibilitou a transformação de matérias-primas naturais e a criação de novos produtos, totalmente estranhos ao meio ambiente, ainda que bastante úteis para humanidade. Mas, ao contrário do lixo primitivo, que se reintegrava naturalmente ao ambiente, esses novos materiais compõem um tipo de lixo diferente, um lixo que resiste que não se deteriora com facilidade, que ocupa espaço e que incomoda a consciência ambiental de muita gente, preocupada com o destino do planeta. Neste sentido, objetivou-se com este estudo, conhecer e desvendar as causas e consequências provocadas pelo acúmulo de lixo no município de Óbidos, assim como levar a refletir sobre a atuação do cidadão e de suas responsabilidades com o Meio Ambiente. Palavras chave: Lixo, Meio Ambiente, cidadão, produção. Abstract To approach the subject of the garbage and your principal and you act problems it requests a dive in the past, to understand better about which garbage type is talking. After all, the garbage is part of the human production since ancestral times and it was modifying if and changing, as well as the own life in a general way. If in the prehistoric times the amount of garbage was small and little varied, the evolution of the science and of the technology it made possible the transformation of natural raw materials and the creation of new products, totally strange to the environment, although quite useful for humanity. But, unlike the primitive garbage, that it was reintegrated naturally to the atmosphere, those new materials compose a type of different garbage, garbage that resists that doesn't deteriorate with easiness, that occupies space and that it inconveniences a lot of people's environmental conscience, concerned with the destiny of the planet. In this sense, it was aimed at with this study, to know and to unmask the causes and consequences provoked by the garbage accumulation in the municipal district of Óbidos, as well as taking to contemplate about the citizen's performance and of your responsibilities with the environment. Words key: I sand, environment, citizen, production. 1 Graduado em Licenciatura Plena em Biologia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Graduado em Filosofia pelo Instituto de Pastoral Regional – IPAR, Bacharel em Teologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora – CES, Licenciatura Plena em Ciências da Religião pelo Instituto Peniel – IPEL, pós – graduação em Ciências da Religião pelo Instituto Esperança de Ensino Superior – IESPES. 2 3 1. INTRODUÇÃO Na natureza encontramos os mais variados recursos que garantem nossa sobrevivência, muitos desses recursos, são renováveis como, por exemplo, os vegetais que consumimos, outros são recursos não renováveis, como o minério de ferro. A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo em que se evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na constituição e manutenção da vida. Em termo de educação essa perspectiva contribui para evidenciar a necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da dignidade do ser humano, da participação, da corresponsabilidade, da solidariedade e da equidade. Sabemos que ao longo de sua história, os seres humanos têm utilizados os recursos naturais de forma tão acelerada e isso é motivo de muita preocupação para todos nós. Enchentes devastadoras, secas e incêndios destruidores, mares avançando pelas cidades, ondas de calor assustadoras, camadas de gelo que se desfazem. Parece o cenário do fim do mundo. Pois é, mas tudo isso já vem acontecendo bem diante dos nossos olhos. E não podemos fingir que não estamos enxergando ou que não temos nada a ver com isso. Grande parte desses fenômenos acontece devido à interferência do homem na natureza. Neste contexto, consideramos conveniente que seja discutida a questão do uso sustentável dos recursos naturais, procurando consumir apenas o essencial, para que gerações futuras não sofram com a escassez desses recursos, uma vez que: A solução dos problemas ambientais tem sido considerada cada vez mais urgente para garantir o futuro da humanidade e depende da relação que se estabelece entre sociedade/natureza, tanto na dimensão coletiva quanto na individual. (PCN, 2002, p. 169). Diante do potencial acelerado de consumo dessas matérias primas retiradas da natureza, faz-se necessário, uma atitude responsável e solidária na resolução dos problemas colocados pelo método de consumo em casa, na rua, na escola, na qual existe uma preocupação com a igualdade social entre as pessoas assegurando a conservação desses recursos para futuras gerações. Um dos fatos mais curiosos na natureza é que ela cuida de limpar todo o lixo que produz. Pode-se dizer que a casa natureza está sempre limpa ou em processo de limpeza. O fato é que todas as coisas na natureza estão em seu lugar ou retornam para o lugar de onde vieram. A folha que cai da árvore, por exemplo, permanece no chão por algum tempo, mas logo vai se decompor, por ação do calor do sol, das chuvas, das bactérias e das minhocas, que cuidam de transformá-la em húmus, ou seja, no material de que se fazem e se alimentam as plantas. A natureza tem seus próprios coveiros, como o urubu, que se encarrega de remover os cadáveres e o mau-cheiro, para recolocar tudo no lugar. Ela recicla, por conta própria, tudo o que produz. Não fosse assim, ela não teria como dar vida às plantas e aos animais a cada ano que passa. Na verdade, não se pode dizer que a natureza produz lixo. Somente o homem, que também vem da natureza, não cuida bem do lixo que produz. As cidades brasileiras estão cheias de lixo por toda parte. Pouca gente se dá conta de que atirando um papel na rua, um pedaço de plástico na estrada ou uma lata de cerveja vazia na praia, o lixo vai ficar lá, às vezes por muito tempo. Nem sempre a natureza sabe processar 4 todo tipo de material que o homem converte em lixo. E, quando o homem retornar, por acaso, ao mesmo local, vai reencontrar a sujeira. É assim que as nossas cidades estão ficando, cada vez mais poluídas e inabitáveis. O lixo fora do lugar torna-se um grande perigo para a saúde. Procriam-se ratos, escorpiões, baratas e outros animais transmissores de doenças. Com as chuvas, ele é levado pelas águas, que acabam se transformando em criatórios de mosquitos, de dengue e malária. Ou, então, as águas poluídas infiltram-se no solo e vão contaminar o lençol freático. Grande parte do lixo poderia ser reaproveitada, diminuindo as agressões provocadas pelo homem contra a natureza. Um exemplo é o papel. Se todos os jornais lidos diariamente, fossem reciclados, milhares de árvores poderiam ser poupadas por dia. No final de cada ano, seria uma floresta inteira. A mesma coisa pode ser feita com outros materiais, como o vidro, os metais e os restos de comida, que podem ser transformados em bom adubo para a agricultura. É o que se faz em cidades que já construíram usinas para tratar o lixo. Partindo desse princípio, propõe-se uma análise reflexiva, com intuito de estimular a compreensão e criatividade, no sentido de que todo material é retirado da natureza, por isso precisamos consumir apenas o necessário. Compreender que o lixo é produzido por nós seres humanos. Dessa forma, é indispensável uma reflexão dessa problemática, buscando alternativas, como o desenvolvimento de uma cultura de reaproveitamento, tendo em vista a escassez dos recursos naturais renováveis e a falta de espaço para acondicionar tanto lixo. Neste sentido, teve-se como problema a investigar: Quais as causas e consequências do acúmulo de lixo no município de Óbidos e sua influência no bem- estar do ser humano? Para tanto se fez necessário analisar o fenômeno sob a ótica de diversos pontos de vista para que se pudessem descrever a complexidade e as contradições da questão em estudo. 2. O LIXO E SUA HISTÓRIA Há milhares de anos, nossos ancestrais eram nômades: andavam de uma região a outra à procura de alimento. Sobreviviam da caça e da coleta de raízes, folhas, frutos, sementes. Os restos de animais e vegetais largados no ambiente eram naturalmente decompostos e reciclados. Com a descoberta do fogo, nossos ancestrais passaram a fabricar objetos de metal e de barro. Ao se fixar em determinada região, o lixo que produziam passou a se acumular em torno das comunidades. Nas primeiras vilas e cidades, o lixo era geralmente levado para longe e acumulado em lixões a céu aberto ou jogado em ambientes aquáticos. Provavelmente foi na Roma Antiga que a sociedade europeia conheceu pela primeira vez o apogeu, o esplendor e as fortes contradições de uma grande cidade. Os habitantes de Roma, a primeira metrópole europeia, já enfrentavam problemas com seu lixo e esgotos. Tudo que era possível e impossível eram lançados nos rios e mares, devido aos primeiros núcleos urbanos que sempre ficavam próximos da água e em regiões planas para plantio, locais onde a natureza poderia beneficiar ao homem. Porém estas regiões tornaram-se propícia ao consumo de matérias-primas, e as alterações realizadas pelo homem. Com isso, houve a produção de lixo, mas naquele tempo a natureza dava conta de tal poluição. 5 Na Idade Média o número de pessoas em regiões urbanizadas aumentou consideravelmente, com isso, as cidades ficaram estagnadas, não havia esgoto, o lixo se acumulava em ruas estreitas, isso era um ambiente propício para a proliferação de ratos e a manifestação de doenças e epidemias. A mais grave foi a Peste Negra, que entre 1347 e 1351 causou 25 milhões de mortes, cerca de um terço da população europeia. Com o descobrimento e conquista do novo mundo, iniciou-se, pelos colonizadores, o processo de exploração do Meio Ambiente que tinha como objetivo a extração desenfreada de minerais e madeiras nobres. No entanto, na segunda metade do século XVIII, a vida começou a mudar brutalmente na Europa. As relações entre as pessoas e delas com o meio ambiente alteraram-se muito e, nesse processo, a Revolução Industrial teve papel determinante. A industrialização da produção causou uma das maiores transformações que o homem já viu. Substituiu-se o trabalho manual pelo mecânico; os produtos deixaram de ser feito por um homem só, para serem fabricados por uma legião de operários, que só conheciam uma etapa da fabricação do produto, a chamada divisão do trabalho. Essas transformações implicaram mudanças em todas as dimensões da vida humana, incluindo o aumento da produção de alimentos, de bens de consumo, o crescimento demográfico, a expansão das cidades. Com o tempo, a sociedade industrial foi atendendo às exigências de melhoria de qualidade de vida, infelizmente de forma desigual, como podemos testemunhar até os nossos dias. Não demorou muito para que resíduos de carvão, de metais e de outras substâncias fossem lançados na água, no ar e na terra. A velocidade do crescimento populacional e urbano muitas, vezes sem planejamento (sobretudo nos países subdesenvolvidos), ao lado da escassez de recursos legais (leis de proteção ao meio ambiente), trouxe grande desequilíbrio na relação homem x natureza. Uma das principais poluições que causam grande degradação ao meio ambiente e ameaça ao ser humano é o lixo urbano. Poucas cidades dispõem de aterros sanitários apropriados e raríssimas são as que possuem usinas de tratamento. Diante da escassez cada vez maior de locais apropriados para a colocação de montanhas de lixos geradas diariamente nas cidades, grande parte destes lixões torna-se fonte de consumo para muitas pessoas, como coletores de materiais para reciclagem e para famílias inteiras no consumo alimentar. 2.1. A PROBLEMÁTICA DO LIXO E MEIO AMBIENTE A todo tempo, ouvimos notícias sobre mudanças que estão ocorrendo no clima, desmatamento, poluição nos mares e, claro, também sobre o trabalho dos cientistas para reverter ou amenizar os impactos que o meio ambiente vem sofrendo. Neste contexto, o acúmulo de lixo produzido em sua maior quantidade nas cidades apresenta-se como grande ameaça à poluição ambiental, uma vez que: No que diz respeito a problemas ambientais pode-se caracterizar Impacto Ambiental como alteração no meio ou em algum de seus componentes por determinada ação ou atividade. Estas alterações precisam ser quantificadas, pois apresentam variações relativas, podendo ser positivas ou negativas, grandes ou pequenas. (MOREIRA, 1984, p. 123). O Brasil ainda está tímido com a destinação do lixo produzido, mas já existem algumas ações que estão mudando a relação do homem com o lixo. São iniciativas que protegem o meio ambiente contra agressões que o desenvolvimento trás e medidas que envolvem a todos os governos, iniciativa privada e sociedade. No campo, o lixo rural é um dos mais sérios para o meio ambiente, quando são queimados liberam gases tóxicos à saúde 6 humana, enterrados contaminam a terra, esquecidos próximos de rios deixam a água imprópria para o consumo. No meio urbano, o problema causado pelo acúmulo de lixo, se mostra mais complicado que no meio rural. Os lixões espalhados de norte a sul do Brasil são responsáveis por grandes problemas ao meio ambiente e a saúde do homem. Para impedir a contaminação dos rios e do solo é preciso investir na coleta seletiva e nos aterros sanitários. A separação do material reciclável do material orgânico é fundamental para que o aterro seja bem manejável. Depositando nas valas do solo somente lixo orgânico, passados alguns anos o que era lixo pode se tornar adubo. Partindo desse princípio, observa-se a importância da convivência harmoniosa entre o homem e o meio ambiente, pois: Destruindo-se os recursos naturais e desequilibrando a natureza, a vida humana tende a se tornar insustentável. Disso, sabemos há muito tempo. O que se descobriu agora é que a velocidade dessa destruição pode apressar o fim, se o homem não mudar sua maneira de encarar a vida na Terra, de lidar com os recursos naturais e de distribuir a riqueza por ele produzida. (GARDA, 1996, p. 132). Com isso, pode-se dizer, que mesmo que os recursos renováveis possam ser repostos, é preciso preservá-los. Do contrário, podem se esgotar ou ficar imprestáveis para o uso. Quanto os recursos não renováveis, observa-se que os mesmos vêm sendo extraídos do ambiente em grande quantidade de forma desenfreada. Neste sentido, faz-se necessário, o processo de reciclagem e reutilização, alternativas que podem ajudar na preservação tanto do ambiente, quanto dos recursos não renováveis. Um dos maiores problemas das cidades é não encontrar mais lugar para o lixo recolhido. O que é recolhido representa muito pouco em relação ao que não é. Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE- em 1991 calcula-se que, em 2.665 cidades brasileiras – mais de 50% dos municípios brasileiros – o lixo é depositado a céu aberto. No Brasil, são produzidas 241.614 toneladas de lixo diariamente. Desse total, 76% vão para os lixões, espalhados pelo país; 24% recebem tratamento mais adequado. 3. LIXO: UM GRANDE MUNICÍPIO DE ÓBIDOS PROBLEMA NO O problema relacionado ao lixo vem se agravando desde a Revolução Industrial, mas assumiu proporções assustadoras nos tempos atuais, devido ao aumento das populações nos centros urbanos, à grande variedade de embalagens disponíveis no mercado e ao advento da era dos descartáveis. Além do lixo domiciliar e comercial, a situação se agrava com a enorme quantidade de lixo tecnológico, industrial, e de resíduos de saúde produzidos atualmente. 3.1. O LIXO URBANO O aumento e a intensidade de industrialização são os dois fatores principais de origem e produção do lixo, resultante da atividade diária do ser humano na sociedade. Estes dois fatores interagem à medida que cresce a população, cresce também a necessidade de bens de consumo direto, de alimentos. Porém, 7 ...normas, padrões e regras, visando maior harmonização entre desenvolvimento econômico e preservação do ambiente, têm servido mais para garantir a credibilidade das empresas perante o consumidor do que para mudar significativamente os patamares de desperdícios e degradação do ambiente provocado pelas atividades industriais (GRIMBERG & BLAUTH, 1998, p. 31). Estas necessidades geram a transformação cada vez maior de matéria-prima em produtos acabados, acarretando maior quantidade de resíduos, que mal acondicionados comprometem o meio ambiente, em detrimento da qualidade de vida das famílias obidenses. Considerando o crescimento destes fatores básicos e suas implicações na produção e origem do lixo, podemos afirmar que o lixo é inesgotável, e os problemas gerados pôr ele ao meio ambiente são irreversíveis se nada fizermos para contê-los. Nos lixões do município de Óbidos observam-se os mais variados tipos de lixo como: Lixo domiciliar: constituído em geral por sobras de alimentos, embalagens, papéis, papelões, plásticos, vidros, trapos, etc. Os maiores problemas de limpeza de uma cidade estão relacionados com o lixo domiciliar. Este deve separar-se em: a) lixos molhados tais como restos de comida, cascas de frutas ou vegetais; b) lixos secos tais como papel, folhas secas e tudo o que se varre da casa. Lixo doméstico perigoso: geralmente proveniente de produtos domésticos comuns, como produtos de limpeza (soda cáustica, ácido muriático, água sanitária, solventes, tintas, produtos de manutenção de jardins (praguicidas), venenos, inseticidas, medicamentos, sprays, etc.). Lixo comercial: proveniente de estabelecimentos comerciais, como lojas, lanchonetes, restaurantes, açougues, escritórios, hotéis, bancos, etc.. Os componentes mais comuns do lixo são: papéis, papelões, plásticos, restos de alimentos, embalagens de madeira, resíduos de lavagens, sabões, etc.. Lixo hospitalar: constituído pelos resíduos de diferentes áreas dos hospitais tais como: de refeitório (cozinha), tecidos desvitalizados (restos humanos provenientes das cirurgias), seringas descartáveis, ampolas, curativos, medicamentos, papéis, flores, restos de laboratório. Este tipo de lixo exige cuidados e atenção especiais quanto à coleta, acondicionamento, transporte e destino final, porque contém substâncias prejudiciais á saúde humana. Lixo público: proveniente da varrição ou corte de galhos de árvores em logradouros públicos, mercados, feiras, animais mortos. Lixo especial: composto por resíduos em regime de produção transiente, como veículos abandonados, descarga de lixo em locais não apropriados, animais mortos em estradas, pneus abandonados, etc. Em pesquisa realizada com os discentes da Escola “Dr. Raymundo Chaves” sobre os materiais e produtos que geralmente vão para o lixo em sua residência, verificou-se o seguinte resultado, como mostra o gráfico a seguir: 8 Gráfico – 01 Materiais e produtos que vão para o lixo em casa 5% 5% Sacolas 35% 15% Garrafas plásticas Restos de comida 15% 25% Papel Latas Vidro Fonte: Trabalho de campo, agosto/2012. Diante da resposta obtida pode-se dizer que atualmente o lixo das residências contém tudo, menos cinza. No interior, no campo, nas fazendas, a lenha já foi substituída pelo gás engarrafado, que tem acesso aos mais distantes rincões, dada a limpeza e a facilidade de uso. Aliás, o próprio sabão já caiu em desuso, substituído pelos detergentes sintéticos caracterizados pela eficiência. No que tange ao desperdício, pesquisas afirmam que milhares de pessoas morrem de fome todo ano no mundo. Enquanto nas residências do município de Óbidos, 15% do lixo produzido é composto por restos de comida. É importante frisar que, quanto mais desperdiçamos, mais consumimos e, consequentemente mais serão explorados os recursos naturais e, maior será a quantidade de lixo produzido. 3.2. O DESTINO DO LIXO NO MUNICÍPIO DE ÓBIDOS O município de Óbidos possui um Lixão a céu aberto, os resíduos ali dispostos, são fonte de degradação ambiental com todos os inconvenientes decorrentes de decomposição ao ar livre. O lixo, constituído em grande parte de matéria orgânica biodegradável, entra rapidamente em decomposição. Não havendo recolhimento periódico desse material, o oxigênio disponível é rapidamente consumido pela atividade bacteriana, dando lugar a uma intensa decomposição anaeróbia com desprendimento de gases odoríficos. Os resíduos de origem não orgânica, como papéis, plásticos, vidros e metais, entre outros, devido à sua longa biodegradabilidade se acumulam e liberam substâncias tóxicas para o ambiente. O lixo simplesmente é levado para terrenos baldios onde fica exposto e é aproveitado pelos “catadores de lixo” que correm o risco de contrair doenças. Por outro lado o lixão provoca intensa proliferação de moscas e outros insetos. É visível o desconforto causado pelo odor no local, o desenvolvimento de insetos causadores de patogenias, a falta de controle e a deposição do lixo, não havendo esclarecimentos aos moradores a fim de promover em sua própria residência uma prévia separação do lixo e de como evitar o consumo desordenado. Nos questionários aplicados aos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. Raymundo Chaves, foi indagado se os mesmos acham importante tratar adequadamente o lixo produzido no município de Óbidos. Para 100% dos discentes é de suma importância cuidar do lixo produzido, como mostra o gráfico abaixo: 9 Gráfico - 02 0% Sim Não 100% Fonte: Trabalho de campo, agosto/2012. Através da pesquisa verificou-se que os alunos têm visão dos malefícios que o lixo acumulado a céu aberto pode trazer a vida humana e ao meio ambiente, pois lixões a céu aberto lançam substâncias tóxicas na terra, no ar e na água. A água das chuvas facilita a infiltração do chorume no solo, o que pode contaminar os lençóis freáticos com metais pesados, nocivos à saúde. Os lençóis freáticos podem desaguar em rios, que abastecem diretamente boa parte dos bairros de Óbidos e, também de municípios vizinhos. Quem ingerir essa água poluída e sem tratamento corre o risco de desenvolver câncer, por exemplo. 4. PERSPECTIVAS A CURTO E LONGO PRAZOS Como produzimos cada vez mais resíduos, aumentamos nossos problemas ambientais, comprometendo nossos parcos recursos financeiros e, principalmente desperdiçamos irresponsavelmente recursos naturais. Temos um modelo de sociedade que prima pelo novo, pelo supérfluo e pelo descartável. À medida que compreendemos que o problema do lixo não se resolverá apenas com novas tecnologias, aparece a importância de trabalharmos por uma nova mentalidade que produz atitudes diferentes, que eduque e modifique hábitos. 4.1. A EDUCAÇÃO COMO PONTO DE PARTIDA Diante da atual realidade em que se encontra a sociedade, a educação tem se transformado na mola mestra, para enfrentar os desafios que se articulam dentro dela e em todos os seus segmentos, desafios gerados pela globalização e pelo avanço tecnológico na atual era, a tão inovadora e desafiadora era da informação. Neste contexto, pode-se dizer que o professor está sendo inserido num mercado de trabalho cada vez mais diversificado e amplo, pois há uma necessidade de compreender a dinâmica, que levou a sociedade a chegar onde estamos hoje. Dentro desse contexto, fazem-se necessárias ações voltadas para a inclusão social, para o voluntariado, para projetos de pesquisas, para educação formal, não formal e informal, observando o processo de ensino-aprendizagem, não somente como um processo para dentro da escola, da sala de aula ou do cotidiano escolar, mas um processo que acontece em todo e qualquer segmento da sociedade, seja ele qual for, pois o processo de desenvolvimento de uma pessoa é, em grande medida, o processo pelo qual o ser humano incorpora a cultura do grupo a que pertence. Todas as sociedades educam seus membros para assimilarem as informações, os hábitos e costumes que são próprios daquela sociedade. Cada indivíduo é 10 educado, nos diferentes ambientes que está permanentemente mergulhado dentro da cultura, para tornar-se parte ativa de seu grupo social. Neste sentido pode-se dizer que a educação é um dos pilares da sobrevivência da espécie. Graças a ela os humanos recebem conhecimento acumulado pelas gerações anteriores. É por isso que, para cada pessoa, seu modo de fazer as coisas, seu modo de pensar, seus interesses e suas capacidades estão fortemente ligados às aprendizagens específicas que ela realiza ao longo da vida. Neste contexto, é correto afirmar que a escola tem um papel de destaque, uma vez que, educação e cultura estão intimamente ligadas, pois a educação só é possível por meio da existência de uma cultura e a cultura se conserva por meio da educação. A escola, a partir do momento em que a criança nela ingressa, ganha um papel de destaque como âmbito educativo, onde ocorrem processos de aprendizagem que promovem desenvolvimento. Vale ressaltar que os meios de comunicação de massa, especialmente a televisão, e as novas tecnologias ligadas ao computador, principalmente a internet, também são fontes valiosas de educação. Diante do exposto verifica-se a importância de trabalhar na escola assuntos que atualmente ameaça a vida no planeta como, por exemplo, questões voltadas para o lixo, uma vez que, na escola existem aqueles que podem ser disseminadores do conhecimento. Dizer apenas que o lixo acumulado a céu aberto pode trazer malefícios à vida humana de nada adianta. Ao invés de transmitir apenas mensagens negativas é preciso explicar que existem formas de reaproveitar o lixo produzido, tanto que se tornou fonte de sobrevivência para muitas famílias. Cabe a escola aproveitar a temática para discutir os princípios de uma vida saudável, apresentando propostas que desperte no aluno a curiosidade sobre as questões referentes ao lixo, dando oportunidade para que os mesmos se conscientizem de sua responsabilidade em desempenhar atitudes que lhe proporcione um estilo de vida melhor. No entanto, a maioria dos educadores não se sentem preparados para abordar a questão, na sala de aula. Por esta razão acreditamos fazer necessária a capacitação desses profissionais, nessa área, e as autoridades educacionais do município, por sua vez, não podem fechar os olhos para esta problemática. A escola não pode ficar alheia a essa realidade. Porém, é imprescindível que o educador “[...] trabalhe intensamente a integração entre ser humano e ambiente e se conscientize de que o ser humano é natureza e não apenas parte dela” (GUIMARÃES, 1995, p. 43). Não obstante, é na família que se inicia a informação. Porém o medo, a desinformação dos pais, impede uma conversa mais franca sobre o assunto. E isso faz com que sobrem dúvidas e insegurança para o adolescente que depara na escola ou entre amigos, com um assunto para o qual não está preparado. A interação entre os pais e a escola é fundamental para compreender não apenas a questão do lixo, mas também muitos outros problemas que afligem a sociedade como um todo, e que sejam transitoriamente superados. A educação precisa ser um empreendimento coletivo e para isso, precisa-se estar dispostos a descobrir, a relação dos fatos com a história e continuar aprimorando os conhecimentos e renovar sistematicamente o modo de trabalhar com os jovens. Acredita-se que com a união dos pais, comunidade e educadores é possível dar educação de qualidade. A educação é importante demais para ficar apenas nas mãos dos educadores e, enquanto ela não for assunto de todos, não chegaremos a lugar algum. Vive-se um momento histórico de muitas mudanças sociais, culturais e científicas. O que se considera bom hoje pode não ser mais amanhã. Dessa forma o professor pode ajudar os 11 alunos a desenvolver competências para analisar, avaliar, inovar, resolver problemas e enfrentar novos desafios. Pode ajudar a “formar” indivíduos críticos e independentes, que pensem por si mesmo e que sejam capazes de encarar os obstáculos que a vida lhe oferece. É preciso passar aos jovens não somente o conhecimento, mas também, o que fazer com ele. Neste sentido faz-se necessário também: Que a escola universalize a sua experiência e sua prática pedagógica, que ela não continue sendo a escola de uma classe, nem escola para uma classe. A escola se democratizará à medida que seus processos decisórios estiverem coligados aos interesses de todas as classes (RODRIGUES,1980, p. 24). Porém, é preciso também, que a reorganização das políticas educacionais estejam voltadas para os interesses do bem da sociedade independentemente de raça, sexo, cultura e classe social, pois a sociedade global exige qualificação profissional; formação flexível e competente; cidadãos com competência para se adaptarem rapidamente às mudanças em curso, principalmente àquelas decorrentes das exigências da economia do mercado de trabalho. Contudo, a educação precisa visar a qualidade total, dando ao cidadão condições de empregabilidade. A escola não pode perder de vista a nova dimensão social – globalização e tecnologia – presente na realidade do adolescente, para que não se torne um ambiente enfadonho e desinteressante. É primordial compreender as características da sociedade de hoje, globalizada e excludente, e seus reflexos no cotidiano escolar. Não se pode esperar que todos os alunos queiram estudar, pois alguns acham a escola chata e frequentam por obrigação. Cada jovem traz consigo características diferentes, por isso é complicado criar um clima de aprendizagem, mas com sensibilidade o educador pode conquistar os alunos, ganhar amizade da turma e trabalhar os conteúdos escolares de forma prazerosa. O maior desafio do professor é ensinar bem. Para isso ele tem que dominar a didática, usando recursos variados e gerindo com segurança os problemas da classe. É importante que o educador se aprofunde nos conteúdos, procurando sempre expandir seus conhecimentos para se tornar um profissional crítico e reflexivo. Pesquisas mostram que quanto mais idade os alunos têm mais se torna imprescindível à motivação. O estudante precisa perceber que o que ele faz é valorizado – para sua autoestima isso é essencial – e ele é naturalmente motivado para tudo que esteja ligado ao momento de vida pelo qual está passando, ou seja, o aluno aprende aquilo que lhe interessa. Entretanto o que acontece é que muitos professores planejam suas atividades apenas com o seu ponto de vista sem definir objetivos e sem se preocupar com as perspectivas da classe, isso acaba causando, na grande maioria dos alunos, falta de interesse e apatia pelas aulas. As sociedades atuais passam por situações muito complexas e os professores são chamados a desempenhar inúmeras tarefas e missões. No entanto, eles devem possuir os instrumentos necessários para uma análise séria e informada, que lhe permita encontrar, em colaboração com os seus colegas, as soluções mais adequadas para educar, da melhor maneira possível, todas as crianças. Partindo desse princípio, pode-se afirmar que nada adianta os professores estereotiparem os ideais da Escola Nova se a própria sociedade está vinculada aos princípios de uma sociedade capitalista tradicional conservadora onde: Os professores têm na cabeça o movimento e os princípios da escola nova. A realidade, porém, não oferece aos professores condições para instaurar a escola nova, porque a realidade que atuam é tradicional [...]. Os conteúdos, 12 os procedimentos didáticos, a relação professor – aluno não tem nenhuma relação com o cotidiano do aluno e menos com as realidades sociais. (SAVIANE, LIBÂNEO, 1999, p. 20–22). Por vezes, sonhamos com uma escola calma e tranquila, frequentada por alunos disciplinados e movidos por um enorme desejo de aprender. Contudo, sabemos que este panorama não corresponde de forma alguma com a nossa realidade. O professor hoje em dia, necessita não só de uma formação bastante sólida, mas também de dispositivos de acompanhamento e de reflexão, que lhe permita, responder o desafio da coerência, mantendo uma grande serenidade baseada em um modo pessoal e único de ser professor, frente aos desafios do seu dia a dia. Pode-se afirmar que um bom texto é aquele que aluno consegue captar assuntos conhecidos / interessantes relacionados à realidade. Nesse sentido, deve-se montar textos a cerca do lixo, com temas interessantes e que chamem a atenção do aluno e favoreça a compreensão e interesse pelo assunto, despertando dessa forma sua curiosidade, que o levará a querer conhecer mais sobre o mal que assola este século – o lixo. Embora os educadores saibam da importância da educação para o desenvolvimento do ser humano, fazer com que os adolescentes compreendam, é mais difícil, porém não impossível. Os professores precisam ter consciência da importância do seu ofício e prestar atenção no desenvolvimento dos alunos como um todo, pois, o grande mestre é aquele que ensina não somente com palavras, mas através de exemplos, pois, o professor é referência para os alunos. Na sociedade vigente, a educação é, sem dúvida, a principal ferramenta para o desenvolvimento de uma nação. Precisa-se acreditar na educação como a possibilidade de transformação, perceber as potencialidades presentes na sala de aula e desenvolvê-las. Dessa forma os estudantes se tornarão multiplicadores dos conhecimentos e dos valores sistematizados na escola. O papel dos mestres é ajudar a fazer a diferença, tanto na sala de aula como na vida dos estudantes e da comunidade. Neste contexto, pode-se dizer que o professor está sendo inserido num mercado de trabalho cada vez mais diversificado e amplo, pois há uma necessidade de compreender a dinâmica, que levou a sociedade a chegar onde estamos hoje. Neste sentido é preciso ações voltadas para a inclusão social, para o voluntariado, para projetos de pesquisas, para educação formal, não formal e informal, observando o processo de ensino-aprendizagem, não somente como um processo para dentro da escola, da sala de aula ou do cotidiano escolar, mas um processo que acontece em todo e qualquer segmento da sociedade, seja ele qual for. Partindo desse pressuposto, é preciso que exista uma melhor tramitação entre as esferas nacional, estadual e municipal, em questões que dizem respeito ao sistema educacional brasileiro e, que as ações educacionais estabelecidas na Lei, deixem de ser na maioria das vezes somente teoria e torne-se prática. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A introdução de novas tecnologias nos processos produtivos em muitos países, com objetivo de elevar os níveis de produção e a redução de custos, é um elogio ao saber técnico e racional, peculiar à sociedade capitalista. Estas por sua vez são apropriadas pelos detentores do meio de produção, que as utilizam com o intuito de melhorar a qualidade de seus produtos e reduzir seus custos para competir no mercado. Exigem, com isso, a qualificação e escolaridade mínima. E, àqueles que não têm acesso a essa especialização, resta a 13 marginalização ou exclusão do sistema, resultado do progresso econômico, não acessibilidade aos bens de consumo e serviços. Soma-se a tal processo a insuficiência de oportunidades que possibilite um movimento contrário a este cenário. A partir da década de 90 a preocupação do ser humano com o meio ambiente tem se tornado muito mais assídua, ou seja, as pessoas estão tomando consciência que elas são totalmente importantes para garantir um melhor estilo de vida e uma vida mais saudável. Num ambiente cada vez mais competitivo, surge, como uma questão de sobrevivência, tanto da parte das empresas como da própria humanidade, a premente necessidade de se respeitar o meio ambiente, adotando-se tecnologias ecologicamente corretas, economicamente viáveis e socialmente justas. Sendo assim, é preciso muito mais do que práticas alternativas. São necessárias mudanças de pensamento, de consciência, de cultura, mudanças sociais para que possamos recriar nossos costumes e hábitos em prol da existência da vida humana, fora deste sistema que faz escravizar as pessoas que nele se incluem e marginalizar os que não se enquadram em seus padrões. Quanto ao meio ambiente, é óbvio que agindo neste sentido estarão trazendo benefícios à natureza, e na atitude das pessoas quanto à cultura de separar o que é reciclagem do que é rejeito. Neste contexto é importante ressaltar que, o poder público não pode ser o único responsável por ações de controle e redução da produção de lixo. Quando se fala da cadeia das responsabilidades, apesar de existirem leis que consideram o princípio do poluidor pagador na sua aplicação, esse mesmo princípio precisa ser incorporado genuinamente por aqueles que geram o lixo, seja indústria seja uma família de classe média. As pessoas precisam se sentir responsáveis pelo lixo que produzem. Isso não é um problema do poder público, é um problema de cada cidadão, afinal estamos falando do nosso ambiente de convívio. Precisamos cuidar do que é nosso. Sabemos que existem problemas, falhas, distorções e injustiças nesse processo. Nem tudo funciona como deveria. Sabemos que existem esforços de alguns setores do poder público e da sociedade civil, mas, infelizmente, a gestão dos recursos sólidos é um problema de difícil solução. Uma política pública eficiente para essa questão precisa englobar, além da regulação, a responsabilização e o gerenciamento de toda a produção. Muitos avanços já são percebidos, especialmente em relação à regulação, mas, na prática, ainda existe muito a ser feito, especialmente com o envolvimento efetivo da sociedade como um todo. As categorias envolvidas na pesquisa têm consciência de que é necessário se criar uma nova mentalidade a respeito do cuidado que se deve ter com o lixo urbano. Medidas urgentes precisam ser tomadas, pois é público e notório que se não coibir a produção desenfreada do lixo e o destino dado ao mesmo, num futuro bem próximo a sobrevivência de muitos povos vão se tornar quase impossível. A maneira inconsequente de produção do lixo não só prejudica a vida humana como também vai ficando um rastro enorme de destruição, poluição do ar, do ambiente e consequentemente o aparecimento de inúmeras doenças, comprometendo a vida de todas as espécies de seres que habitam a Terra. No decorrer da pesquisa constatou-se que hoje até as crianças são mais conscientes do cuidado que se deve com o meio ambiente. Partindo desta análise, nota-se que a escola deve assumir um papel fundamental que é veicular informação correspondente aos problemas que 14 surgem em decorrência do lixo. Os alunos sendo incentivados tornam-se os principais aliados na disseminação de informações. A escola tem um poder de persuasão muito grande diante da sociedade na qual está inserida, motivo este para se elaborar e executar projetos ambientais que venham aguçar a curiosidade e o interesse dos pais e da sociedade externa. Os problemas causados pelo acúmulo de lixo a céu aberto nos dias atuais é um fator agravante que inquieta os órgãos governamentais, não governamentais e a sociedade em geral como todo. Então desenvolver atitude de preservação, de usar e não prejudicar deve ser um fator principal no âmbito escolar, deve está inserida no Projeto Político Pedagógico da instituição bem como no Plano de Ação. O que pôde se constatar é que a escola demonstra preocupação com relação à problemática em estudo, mais pouco se mobiliza. E diante dos acontecimentos cada vez mais catastróficos exige-se das instituições de ensino uma postura de inquietação, o que se presume que tal assunto seja tratado com mais evidência no ambiente escolar. Em relação às fontes pesquisadas como subsídios para fundamentação teórica do trabalho em questão, foram de grande relevância, uma vez que, as mesmas corresponderam aos anseios do tema em estudo. Ressalta-se ainda que os autores abordados foram de fundamental importância para construção e compreensão deste referencial, sendo que favoreceram a análise e compreensão do que ocorrem na região pesquisada. Em fim, diante da problemática apresentada neste trabalho, pode se afirmar que os objetivos propostos foram alcançados, e se espera que depois deste enfoque, as perspectivas de novas experiências, e atitudes em relação aos cuidados que deve ter com lixo, possam ter a colaboração de todos envolvidos nesse processo. É importante a conscientização da população, dos governos, das instituições públicas e privadas, enfim, de toda a sociedade, da necessidade da correta destinação do lixo para melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente. 6. REFERÊNCIAS AMAZONAS, M. A reciclagem como motor de geração de empregos. Revista Projeto Reciclagem, ano 3 (especial), maio, 1992. BARROS, Carlos; Paulino, Wilson. O Meio Ambiente – Ciências. São Paulo, Ática, 2008. BARROS, Carlos; Paulino, Wilson. Os Seres vivos – Ciências. São Paulo, Ática 2008. D’ALMEIDA, Maria Luíza Otero ; VILHENA, André (Coord). Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado. São Paulo: IPT/CEMPRE, 2a edição, 2000. GARDA, Eduardo Carlos. Atlas do meio ambiente do Brasil. 2ª edição. Brasília. Editora Terra Viva, 1996. GEWANDSZNAJDER, Fernando. A Vida na Terra – Ciências. São Paulo, Ática, 2007. 15 GRIMBERG, Elisabeth ; BLAUTH, Patrícia. Coleta Seletiva: Reciclando materiais, reciclando valores. São Paulo, Polis, 1998. LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA; João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo, 2003. MOLINA, Eder Cassola. Por que a Terra é o único planeta conhecido no qual existe vida? In. Revista Ciência Hoje. Ano XX, nº 184. Outubro, 2007. PCNs – Parâmetro Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental, Temas Transversais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC /SEF, 2001. PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais: Primeiro e segundo ciclos de Ensino Fundamental; Ciências Naturais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 2001. RODRIGUES, Jacinta & MIRANDA, Paulo. Coleção Novo Curupira – O Ambiente em que vivemos – Ciências. Belém, Amazônia, 2005. RODRIGUES, Neidson, da mistificação da Escola à Escola Necessária, Cortez, São Paulo, 1998. 16 ANEXOS Fonte: PMO (secretaria de infraestrutura) Foto: Alcinei Gomes 17 CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Curso de Metodologia de Ensino de Ciências Biológica Turma: PBI 4072 Mat. 479171 Município: Óbidos-PA Pesquisador: Alcinei Gomes Marinho Ano: 2012 Prezados discentes, eu, aluno do Curso de Metodologia de Ensino de Ciências Biológicas do Centro Universitário Leonardo da Vinci estou no processo do Trabalho de Conclusão de Curso, cuja temática é: Lixo: desafios e compromissos. Neste sentido, caso esteja de acordo em colaborar comigo, solicito a V.S.ª que responda o questionário abaixo. Questionário para os discentes Sexo:___________________ Idade:____________ 1- Você acha importante tratar adequadamente o lixo produzido no município de Óbidos? ( ) Sim ( ) Não 2- Você concorda que a intensa produção de lixo e o destino dado ao mesmo são atividades que ameaçam a vida dos seres que vivem no planeta Terra? ( ) Sim ( ) Não 3-Você desenvolve ação em função da coleta e destino dado ao lixo? ( ) Sim ( ) Não Caso positivo, relate a ação ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 4- Em sua opinião os impactos ambientais e as doenças que surgem em decorrência do acúmulo de lixo a céu aberto irão influenciar no seu modo de vida? ( ) Sim ( ) Não 5- Qual dos tipos de lixo abaixo é mais produzido em sua residência? ( ) Lixos molhados tais como restos de comida, cascas de frutas ou vegetais. ( ) Lixos secos tais como papel, plásticos, vidros, latas e embalagens em geral. 6- Como você imagina que será o mundo daqui a 50 anos se o homem continuar a produzir e dá destino ao lixo da maneira que está fazendo hoje? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 18 7- Que medidas você tomaria para que a intensa produção de lixo e seu destino não venham a trazer malefícios para sua própria vida? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________