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Venezuela: Visões brasileiras
Venezuela: Visões brasileiras Samuel Pinheiro Guimarães Carlos Henrique Cardim Organizadores
Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais Fundação Alexandre de Gusmão
As idéias, opiniões e propostas apresentadas neste livro são de responsabilidade exclusiva dos autores, não expressando, necessariamente, o pensamento ou as posições do Ministério das Relações Exteriores (MRE), ou da Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG).
Venezuela: Visões brasileiras / Samuel Pinheiro Guimarães, Carlos Henrique Cardim, organizadores. - Brasília: IPRI, 2003. Textos apresentados no seminário sobre a Venezuela, Rio de Janeiro, 2001. ISBN 85-7631-004-X 1. Venezuela - Relações exteriores. 2. Venezuela - Condições econômicas. 3. Política energética - Venezuela. 4. Comércio exterior - Venezuela. I. Seminário sobre a Venezuela (2001: Rio de Janeiro). II. Guimarães, Samuel Pinheiro, org. III. Cardim, Carlos Henrique, org. IV. Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais. CDU: 327(87)
Editoração eletrônica e capa: André Luís Pires de Carvalho Direitos de Publicação reservados ao: Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais - IPRI Esplanada dos Ministérios, Bloco “H”, Anexo I, s. 708 70.170-900, Brasília - DF Tel.: (61) 411.6800/6816 Fax: (61) 224.2157 www.mre.gov.br/ipri
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Sumário Notas Biográficas ........................................................................ 07 Mesa 1: Tecnologia, energia e meio ambiente............................11 Luiz Pinguelli Rosa ................................................................. 13 A política de energia elétrica da Venezuela Maria de Lourdes Freitas .......................................................... 23 Meio ambiente e política ambiental na Venezuela Mesa 2: Política .............................................................................55 Paulo G. Fagundes Vizentini .................................................... 57 A política externa da Venezuela frente a globalização (1989-2001) Octavio Amorim Neto ............................................................. 85 De João Goulart a Hugo Chávez: A política venezuelana à luz da experiência brasileira Mauro Mendes de Azeredo ...................................................... 111 A crise da democracia venezuelana: Relações com os Estados Unidos Amado Luiz Cervo ................................................................ 157 A Venezuela e seus vizinhos Mesa 3: Economia .......................................................................181 Wilson Cano ......................................................................... 183 Venezuela: Limites para uma nova política econômica Lia Valls Pereira .................................................................. 221 Comércio exterior e política comercial na Venezuela Dércio Garcia Munhoz ........................................................... 247 Venezuela: Ortodoxia econômica e investimentos estrangeiros
Laura Tavares ....................................................................... 273 Venezuela: possibilidades e limites para um novo modelo de desenvolvimento e de integração regional
NOTAS BIOGRÁFICAS Luiz Pinguelli Rosa Vice-diretor da COPPE. Doutor em Física e Mestre em Engenharia Nuclear, estuda a emissão de gases criadores do efeito estufa e mudanças climáticas causadas pelo setor de energia. Maria de Lourdes Davies de Freitastas Arquiteta. Diretora Executiva da MORANI Pesquisas e Projetos Ambientais Ltda, ligada às questões de desenvolvimento e meio ambiente. Publica, regularmente, diversas matérias de interesse ambiental em revistas especializadas, capítulos e artigos de livros técnicos. Paulo G. Fagundes Vizentini Graduado em História. Doutor em História Econômica pela Universidade de São Paulo. Professor de História Mundial Contemporânea no Departamento de História da UFRGS, e de Relações Internacionais nos Programas de Pós-Graduação em História e em Ciência Política (Mestrado e Doutorado) da UFRGS. Octavio Amorim Neto Doutor em Ciência Política. Professor assistente do Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro, lecionando nas cadeiras de instituições políticas comparadas na pós-graduação.
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Mauro Mendes de Azeredo Diplomata e escritor. Amado Luiz Cervo Doutor em História pela Universidade de Strasbourg. Professor Titular de História das Relações Internacionais da Universidade de Brasília. Editor da Revista Brasileira de Política Internacional. Wilson Cano Economista. Professor Doutor pela UNICAMP. Autor de obras publicados nas áreas de economia, destacando-se: Introdução à Economia: uma abordagem crítica, Editora UNESP, São Paulo, 1998; e Soberania e Política Econômica na América Latina, UNESP, São Paulo, 2000. Lia Valls Pereira Professora Adjunta da Faculdade de Ciências Econômicas da UERJ. Coordenadora de Projetos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas na área de Comércio Internacional. Dércio Garcia Munhoz Economista. Foi Professor Titular do Departamento de Economia da Universidade de Brasília - UnB. Publicou vários artigos e livros sobre economia.
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Laura Tavares Ribeiro Soares Doutora em Economia do Setor Público pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas, São Paulo. Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pesquisadora e colaboradora do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
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MESA
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TECNOLOGIA, ENERGIA E MEIO AMBIENTE
A política de energia elétrica na Venezuela Luiz Pinguelli Rosa* Introdução Foi uma grande honra ter recebido do ex-Diretor do IPRI, Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, o convite para estar em mais um dos seminários que têm sido promovidos pelo IPRI sobre questões atuais do país, que se projetam internacionalmente. Estas iniciativas do Embaixador quando Diretor do IPRI sempre se caracterizaram pela maior liberdade de expressão com pontos de vista opostos, alguns conflitantes com posições do governo ou da coalizão de partidos políticos no exercício do poder na administração do país. Mais importante ainda tem sido o clima de liberdade de crítica, não ao governo ou a partidos no poder, mas sim à doutrina econômica dominante - do neoliberalismo, das privatizações, do fim da soberania nacional efetiva - em geral tomada como um paradigma absoluto incontestável. Estas questões se cristalizam hoje no debate sobre a ALCA e suas conseqüências para o Brasil, para a Venezuela, para o Mercosul e para a América Latina. Devo dizer de antemão que compartilho das preocupações expressas pelo ex-Diretor do IPRI quanto ao papel da ALCA frente ao Mercosul. Este assunto tem tudo a ver com nosso seminário atual, dado que a Venezuela assumiu a posição de se juntar ao Mercosul neste momento tão difícil para o Brasil em defesa do Mercosul, devido à questão da ALCA combinada com as fortes pressões sofridas pela Argentina, vulnerável por uma política econômica rigidamente atrelada a um padrão monetário externo. Em seminário anterior do IPRI sobre a Venezuela e o Brasil, publicado em 1995 1 , foi tratada a questão da energia. 2 Uma Caracterização do setor elétrico venezuelano então apresentada dava que setor elétrico venezuelano era constituído por empresas privadas e estatais, dentre as quais destacavam-se: * Vice-Diretor da COPPE – UFRJ. Coordenador do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais da COPPE-UFRJ. 1 GUIMARÃES, S. Pinheiro, Brasil e Venezuela: Esperanças e Determinações na Virada do Século, IPRI, Fundação Alexandre de Gusmão, 1995. 2 A . Bansart. Idem, p. 55 e M. Pinto. Idem, p. 97. 13
- Electricidad de Caracas - empresa privada que atende à região metropolitana de Caracas, gerando e distribuindo energia elétrica; - Enelbar e Enelven, compradas pelo Governo em 1976 e que atendem às cidades de Maracaibo e Barquisimeto; - Cadafe - empresa estatal, integrada verticalmente, responsável pelos serviços de energia elétrica na maior parte do território venezuelano; - Edelca - empresa estatal encarregada do desenvolvimento dos grandes projetos hidroelétricos do rio Caroni, principal geradora do país, sendo ainda proprietária e responsável pela operação do sistema básico de transmissão. Da mesma apresentação 3 constava que “A Venezuela está promovendo ampla reforrnulação do setor elétrico para torná-lo mais eficiente e competitivo. As empresas Enelbar e Enelven deverão ser privatizadas a curto prazo. A Cadafe está sendo reestruturada dentro de um processo que visa viabilizar sua privatização a médio prazo”. Fazendo uma comparação desta previsão com os dados do início da presente década, mostrados na tabela 1, vemos que a Enelven, a Enelbar e a Cadafe continuam no setor público. Já o Brasil, daquele tempo para cá, privatizou grande parte do seu setor elétrico, com maus resultados. História da eletricidade na Venezuela4 A geração elétrica começa na Venezuela em 1888 com a iluminação da cidade de Maracaibo, embora tenham havido experiências anteriores localizadas. A companhia geradora foi a origem da atual Energia Elétrica de Venezuela (Enelven). Outras iniciativas se sucederam. Em 1889 iniciou-se um sistema elétrico na cidade de Valencia e em 1910 foi criada a C. A. Eletricidade de Valencia que em 1910 colocou em operação uma hidrelétrica. Também em 1910 foi fundada a Companhia de Eletricidade da Cidade de Bolívar, que em 1954 passou ao controle de um grupo holandês, voltando à gestão venezuelana em 1977. Em 1919 foi constituída a Companhia Elétrica de Yaracuy, por trás da qual estava uma companhia estrangeira, que op. cit. nota 1. p. 139. CAVEINEL. Venezuela: 100 anos de Eletricidade, 2000. M. E. Morales Carlos, Comunicação privada e Tese de Doutorado, COPPE – UFRJ, 2001. 3 4
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em 1942 passou a chamar-se Companhia de Luz Elétrica de Venezuela, comprada pela Companhia Elétrica de Caracas em 1963. Caracas teve iluminação elétrica a partir de 1897, com uma pequena central hidrelétrica de 420 kW, a segunda da América Latina. A exploração industrial do petróleo na Venezuela começa na segunda década do século XX. O país tem uma expansão e a urbanização gera um incremento da demanda de eletricidade. O sistema elétrico venezuelano desenvolveu-se baseado no uso da energia hidroelétrica. Em 1933 três usinas hidroelétricas entram em operação com uma capacidade de 7,6 MW. A seguir outras usinas foram construídas, duas totalizando 4,9 MW, uma outra de 3,2 MW. As termoelétricas são desenvolvidas, primeiramente a diesel, com pequenas capacidades, até que a usina termoelétrica Ricardo Zuloaga, com 27 MW, iguala o total da geração hidrelétrica até então. Em 1947 a capacidade instalada atingiu 174 MW, 40 MW para Caracas e suas vizinhanças, ano em que foi criada a Corporação Venezuelana de Desenvolvimento, incluindo em seus objetivos o planejamento da energia elétrica. Estudos são feitos para a construção de várias térmicas e hidroelétricas em lugares diferentes do país. Em 1949 um estudo de aproveitamento do rio Caroni foi feito. Em 1950 o Plano Nacional de Eletrificação contemplou a aquisição, por parte do CVF, de companhias de eletricidade que operavam em muitas partes do país de forma bastante ineficiente. Em 1953, o governo venezuelano, devido às necessidades de energia dos projetos de desenvolvimento econômico, resolveu desenvolver o potencial de geração de energia elétrica do rio Caroni. A usina de Macágua teve sua construção iniciada em 1956 e a primeira das suas seis unidades entrou em operação em 1959. Foi um marco; alcançou uma capacidade de 360 MW. Macágua teve um grande significado na região de Guayana, como talvez a usina de Paulo Afonso no Nordeste do Brasil. Contribuiu para criar um dinamismo industrial, servindo às instalações da Companhia Mineira de Orinoco - hoje CVG Ferrominera Orinoco - e para a Siderúrgica Aço do Orinoco. Em 1954 chegou, depois, a 395 MW, e em 1957, a 570 MW, quando a capacidade instalada média por habitante da Venezuela era de 88 watts, em comparação com 17 watts no ano 1947. Em 1958 foi fundada a Cadafe, como parte de um esforço que racionaliza a operação das 15 companhias de eletricidade dependentes do Estado. A partir do final da década de 15
60 acontecem eventos importantes: em 1968 a primeira de dez unidades da hidroelétrica de Guri entra em operação; em 1973 a hidroelétrica de Santo Domingo entra em operação, com uma capacidade de 240 MW; em 1978 foi concluída a primeira fase de Guri e chega à capacidade de 2 GW. Em 1976 ocorre a nacionalização da Enelven. O Estado adquire as ações da maioria das companhias em mãos de grupos internacionais. Guri é terminada em 1986, um fato histórico, com capacidade instalada de 10 GW, a maior no mundo naquele momento, próxima de Itaipu, brasileiro-paraguaia, com 12 GW. Os últimos fatos importantes no setor hidroelétrico foram: em 1987, a primeira fase do sistema Uribante Caparo, com uma capacidade de 300 MW de um total, no final, de 1.320 MW; o começo das obras em Macágua com 2, 5 GW. No campo termoelétrico, nas últimas três décadas ocorreram a ampliação de Tacoa em 1,2 GW, a construção em Moron, com capacidade de 2 GW. Situação atual A Venezuela exibe um dos maiores graus de eletrificação na América Latina: mais que o 94% da população, superando o Brasil, que embora tenha índice comparável na área urbana, perde na área rural. Este é o fruto de um empreendimento bem sucedido do Estado venezuelano durante as décadas dos 70 e 80, embora com participação significativa de companhias privadas. O país no início da século XXI conta com um sistema de transmissão sofisticado com tensões de 765, 400 e 230 KW, que interconectam os centros principais de produção de energia no território nacional. Atingiu cerca de 19 GW de capacidade instalada. Pelo ano 2003, de acordo com previsões atuais, terá 2,0 GW adicionais do setor público e 600 MW do setor privado. As hidroelétricas do Caroni têm aproximadamente 12,5 GW em Guri e Macágua. Uma terceira planta, em Caruachi, está em fase de construção com 2 GW. As hidroelétricas em operação representam 70% da oferta nacional de eletricidade no momento e elas constituem uma parte do potencial de cerca de 26 GW no curso inteiro desse rio. O total nacional é de aproximadamente 46 GW de fontes hidráulicas. É interessante notar que a despeito de ser uma grande produtora mundial de petróleo a Venezuela não descuidou do uso do seu potencial hidroelétrico. 16
As tabelas 1 e 2 dão o quadro atual do setor elétrico venezuelano, mostrando que o setor público totaliza mais de 20 GW contra menos de 3 GW da capacidade instalada privada5. As figuras 1 e 2 mostram o parque gerador e o sistema de transmissão6. O setor elétrico venezuelano se estrutura em forma integrada pelo setor público e por companhias privadas. A política é ditada pelo Ministério de Energia e Minas. O crescimento e a expansão do setor se apoiaram em investimentos públicos, o que foi favorecido pelos recursos da produção do petróleo. O Estado teve recursos para empreender a exploração do potencial gigantesco do rio Caroni, como também de outros potenciais menores e em geração térmica. O desenvolvimento elétrico do país deve ser discutido dentro de uma realidade de crescimento demográfico, industrial com requisitos de qualidade, segurança, exigindo volumes crescentes de investimento. Porém, o país confrontou-se, como toda América Latina com problemas de investimento público, que levou a um processo de deterioração no setor elétrico da maioria dos países do continente. O Brasil não escapou a esta regra, com um processo de privatização mal sucedido. Houve em geral a ausência ou a insuficiência de instrumento para regular as relações jurídicas diferentes que emergem desta atividade, mas também perdeu-se o instrumento de política econômica e social em mãos do estado na América Latina em geral. O estado nacional saiu e não foi substituído adequadamente pelo investidor estrangeiro. O Brasil sofre hoje uma crise no setor elétrico por falta de investimento, esperado do setor privado, principalmente estrangeiro. Cooperação entre Brasil e Venezuela na área energética Em trabalho apresentado no seminário Brasil Venezuela do IPRI7, sobre a Interligação elétrica Guri-Boa Vista-Manaus, foi exposto que “a existência de energia disponível a baixo custo, capaz de com pensar a transmissão a longa distância, gerou a idéia da interligação elétrica GuriBoa Vista-Manaus como alternativa ao atendimento destas cidades. Os entendimentos bilaterais sobre esta questão foram intensificados a partir op. cit. nota 4. Idem. 7 op. cit. nota 3. 5 6
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de agosto de 1993 (...). Em março de 1994, o Presidente Itamar Franco, em visita à Venezuela, firmou o Protocolo de Guzmania e um Comunicado Conjunto, em cujo item 11 é feita menção à compra de energia pelo Brasil e à construção da linha de transmissão correspondente (...); foi instituído o Grupo de Trabalho-Energia, que identificou como prioritário o projeto de interligação entre os dois países”. Em agosto de 1994, realizou-se a primeira reunião do grupo técnico constituído para o estudo Os problemas técnicos decorrentes incluíam: trajeto básico acompanhando a rodovia existente e sempre reduzindo os custos em geral e os impactos ambientais; estudo de alternativas para os níveis de tensão padrão em cada país e para o nível ótimo econômico; custos decorrentes do respeito a critérios nacionais de projeto; preços de referência para a energia; montante de energia garantida a ser vendida pela Venezuela ao Brasil; moeda de referência para as operações. Passos necessários foram dados desde então para concretizar a interligação de Guri ao Brasil, não só pelo aspecto energético, importante para o Brasil que atravessa uma crise de energia elétrica neste momento, como também para a integração latino-americana. No seminário do IPRI em 1995 fiz a seguinte intervenção, cujos pontos principais reitero5: “É muito importante a constatação do crescimento das relações Venezuela-Brasil, (...) a transmissão de Guri teria a vantagem opcional de estabelecer um vínculo forte entre os dois países, que é um objetivo além do energético. Entretanto, a questão econômica deve ser verificada quanto a custos, garantia do abastecimento. (...) A potencialidade da mudança no setor do petróleo é notável caso seja criada uma grande empresa latino-americana a partir da associação entre a grande empresa venezuelana, que detém tecnologia e reservas, e a Petrobrás, que tem tecnologia complementar, no caso offshore. A tecnologia, o mercado e as reservas juntas poderão criar caminho e dar um rumo a essa mudança institucional. O sistema que o governo venezuelano está usando para a abertura do setor petróleo é um modelo que coloca a PDVSA no centro (...). A associação da PDVSA com a Petrobrás poderia também nos dar um modelo institucional de como proceder essa abertura sem ser apenas por um imperativo, porque o Banco Mundial deseja ou o FMI pressiona, e, sim, porque o Brasil precisa e a Venezuela pode cooperar e vice-versa”. 8
op. cit. nota 1.
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Anexos Tabela 1 Indicadores básicos do Setor Elétrico ano - 1999 &DSDFLGDGH,QVWDODGD0: +LGURHOpWULFD 7HUPRHOpWULFD 9DSRU (PSUHVD *iV ',(6(/ &$3,7$/35,9$'2 (/(&$5 &$/(9 (/(**8$
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Fonte: CAVEINEL
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Tabela 2 Consumo de energia - ano 1999 2ESIDENCIAL #OMERCIAL )NDUSTRIAL /UTROS 4OTAL '7H '7H '7H '7H '7H &$3,7$/35,9$'2 (/(&$5 &$/(9 (/(**8$ &$/(<