Transcript
Legislação Federal " "
"LEI Nº 6.938 "
" "
"LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 "
" "
"Regulamento Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, "
"seus fins e "
"mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. "
" "
"Texto atualizado em 30.3.2001 "
"Última alteração: Lei nº 10.165, de 27.12.2000 "
" "
"O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional "
"decreta e eu "
"sanciono a seguinte Lei: "
"Art. 1º Esta lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. 23"
"e no art. 235 da Constituição, estabelece a Política Nacional do"
"Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação,"
"constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e "
"institui o Cadastro de Defesa Ambiental. (Redação dada pela Lei "
"nº 8.028, de 12.04.90) "
"Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a"
"preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental "
"propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao "
"desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurança "
"nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os "
"seguintes princípios: "
"I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, "
"considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser "
"necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso "
"coletivo; "
"II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;"
"III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos "
"ambientais; "
"IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas "
"representativas; "
"V - controle e zoneamento das atividades potencial ou "
"efetivamente poluidoras; "
"VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas"
"para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; "
"VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; "
"VIII - recuperação de áreas degradadas; "
"IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; "
"X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a "
"educação da comunidade, objetivando capacitá-la para "
"participação ativa na defesa do meio ambiente. "
"Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: "
"I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e "
"interações de ordem física, química e biológica, que permite, "
"abriga e rege a vida em todas as suas formas; "
"II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das "
"características do meio ambiente; "
"III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante "
"de atividades que direta ou indiretamente: "
"a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; "
"b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; "
"c) afetem desfavoravelmente a biota; "
"d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;"
"e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões "
"ambientais estabelecidos; "
"IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público "
"ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade "
"causadora de degradação ambiental; "
"V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, "
"superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o "
"solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. "
"(Redação dada pela Lei nº 7.804, de 18.07.89) "
" "
"DOS OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE "
" "
"Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: "
"I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a"
"preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio "
"ecológico; "
"II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental "
"relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos "
"interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, do "
"Territórios e dos Municípios; "
"III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade "
"ambiental e de normas "
"relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; "
"IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologia s nacionais"
"orientadas para o uso "
"racional de recursos ambientais; "
"V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à "
"divulgação de dados e "
"informações ambientais e à formação de uma consciência pública "
"sobre a necessidade de "
"preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; "
"VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com "
"vistas á sua utilização "
"racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a "
"manutenção do equilíbrio ecológico "
"propício à vida; "
"VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de "
"recuperar e/ou indenizar os "
"danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de"
"recursos ambientais com fins "
"econômicos. "
"Art. 5º - As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente "
"serão formuladas em normas "
"e planos, destinados a orientar a ação dos Governos da União, "
"dos Estados, do Distrito Federal, "
"dos Territórios e dos Municípios no que se relaciona com a "
"preservação da qualidade ambiental "
"e manutenção do equilíbrio ecológico, observados os princípios "
"estabelecidos no art. 2º desta "
"Lei. "
"Parágrafo único. As atividades empresariais públicas ou privadas"
"serão exercidas em "
"consonância com as diretrizes da Política Nacional do Meio "
"Ambiente. "
" "
"DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE "
" "
"Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito"
"Federal, dos Territórios e "
"dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder "
"Público, responsáveis pela "
"proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o "
"Sistema Nacional do Meio Ambiente "
"- SISNAMA, assim estruturado: "
"I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de "
"assessorar o Presidente da "
"República na formulação da política nacional e nas diretrizes "
"governamentais para o meio "
"ambiente e os recursos ambientais; (Redação dada pela Lei nº "
"8.028, de 12.04.90) "
"II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do "
"Meio Ambiente (CONAMA), "
"com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de "
"Governo, diretrizes de "
"políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos "
"naturais e deliberar, no âmbito de "
"sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio "
"ambiente ecologicamente "
"equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; ((Redação "
"dada pela Lei nº 8.028, de "
"12.04.90) "
"III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da "
"Presidência da República, com a "
"finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, "
"como órgão federal, a política "
"nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio "
"ambiente; (Redação dada pela Lei "
"nº 8.028, de 12.04.90) "
"IV - órgão executor: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e "
"dos Recursos Naturais "
"Renováveis, com a finalidade de executar e fazer executar, como "
"órgão federal, a política e "
"diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; (Redação"
"dada pela Lei nº 8.028, de "
"12.04.90) "
"V - Órgãos Seccionais : os órgãos ou entidades estaduais "
"responsáveis pela execução de "
"programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades"
"capazes de provocar a "
"degradação ambiental; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de "
"18.07.89) "
"VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, "
"responsáveis pelo controle e "
"fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas "
"jurisdições; Inciso incluído pela Lei nº "
"7.804, de 18.07.89 "
"§ 1º Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de "
"sua jurisdição, "
"elaboração normas supletivas e complementares e padrões "
"relacionados com o meio ambiente, "
"observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA. "
"§ 2º O s Municípios, observadas as normas e os padrões federais "
"e estaduais, também "
"poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior. "
"§ 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais "
"mencionados neste artigo deverão "
"fornecer os resultados das análises efetuadas e sua "
"fundamentação, quando solicitados por "
"pessoa legitimamente interessada. "
"§ 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo "
"autorizado a criar uma "
"Fundação de apoio técnico científico às atividades da SEMA. "
"(*)Nota: Lei nº 7.804, de 18.07.89 "
"- substituir Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMA por "
"Instituto Brasileiro do Meio "
"Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA "
" "
"CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE "
" "
"Art. 7º - (Revogado pela Lei nº 8.028, de 12.04.90) "
"Art. 8º Compete ao CONAMA: (Redação dada pela Lei nº 8.028, de "
"12.04.90) "
"I - estabelecer, mediante proposta da SEMA, normas e critérios "
"para o licenciamento de "
"atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido"
"pelos Estados e "
"supervisionado pelo SEMA; (*)Nota: Lei nº 7.804, de 18.07.89 - "
"substituir Secretaria Especial do "
"Meio Ambiente - SEMA por Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e"
"Recursos Naturais "
"Renováveis - IBAMA "
"II - determinar, quando julgar necessário, a realização de "
"estudos das alternativas e das "
"possíveis conseqüências ambientais de projetos públicos ou "
"privados, requisitando aos órgãos "
"federais, estaduais e municipais, bem assim a entidades "
"privadas, as informações "
"indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental,"
"e respectivos relatórios, no "
"caso de obras ou atividades de significativa degradação "
"ambiental, especialmente nas áreas "
"consideradas patrimônio nacional. (Redação dada pela Lei nº "
"8.028, de 12.04.90) "
"III - decidir, como última instância administrativa em grau de "
"recurso, mediante depósito "
"prévio, sobre as multas e outras penalidades impostas pela SEMA;"
"(*)Nota: Lei nº 7.804, de "
"18.07.89 - substituir Secretaria Especial do Meio Ambiente - "
"SEMA por Instituto Brasileiro do "
"Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA "
"IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades "
"pecuniárias na obrigação "
"de executar medidas de interesse para a proteção ambiental "
"(Vetado); "
"V - determinar, mediante representação da SEMA, a perda ou "
"restrição de benefícios "
"fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou "
"condicional, e a perda ou suspensão "
"de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos "
"oficiais de crédito; (*)Nota: Lei "
"nº 7.804, de 18.07.89 - substituir Secretaria Especial do Meio "
"Ambiente - SEMA por Instituto "
"Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - "
"IBAMA "
"VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de "
"controle da poluição por "
"veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante "
"audiência dos Ministérios "
"competentes; "
"VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao "
"controle e à manutenção da "
"qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos "
"recursos ambientais, principalmente "
"os hídricos. "
"Parágrafo único. O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo "
"de suas funções, o "
"Presidente do Conama. Parágrafo incluído pela Lei nº 8.028, de "
"12.04.90 "
" "
"DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE "
" "
"Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio "
"Ambiente: "
"I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; "
"II - o zoneamento ambiental; "
"III - a avaliação de impactos ambientais; "
"IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou "
"potencialmente poluidoras; "
"V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a "
"criação ou absorção de "
"tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; "
"VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos "
"pelo Poder Público federal, "
"estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de "
"relevante interesse ecológico e "
"reservas extrativistas; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de "
"18.07.89) "
"VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente; "
"VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de"
"Defesa Ambiental; "
"IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias não "
"cumprimento das medidas "
"necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. "
"X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a "
"ser divulgado anualmente "
"pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais "
"Renováveis - IBAMA; Inciso "
"incluído pela Lei nº 7.804, de 18.07.89 "
"XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio "
"Ambiente, obrigando-se o "
"Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; Inciso "
"incluído pela Lei nº 7.804, de 18.07.89 "
"XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente "
"poluidoras e/ou utilizadoras "
"dos recursos ambientais. Inciso incluído pela Lei nº 7.804, de "
"18.07.89 "
"Art. 10 - A construção, instalação, ampliação e funcionamento de"
"estabelecimentos e "
"atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados "
"efetiva e potencialmente "
"poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar "
"degradação ambiental, "
"dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente,"
"integrante do Sistema "
"Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro "
"do Meio Ambiente e Recursos "
"Naturais Renováveis - IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo "
"de outras licenças exigíveis. "
"(Redação dada pela Lei nº 7.804, de 18.07.89) "
"§ 1º Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva "
"concessão serão "
"publicados no jornal oficial do Estado, bem como em um periódico"
"regional ou local de grande "
"circulação. "
"§ 2º Nos casos e prazos previstos em resolução do CONAMA, o "
"licenciamento de que trata "
"este artigo dependerá de homologação da SEMA. (*)Nota: Lei nº "
"7.804, de 18.07.89 - substituir "
"Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMA por Instituto "
"Brasileiro do Meio Ambiente e "
"Recursos Naturais Renováveis - IBAMA "
"§ 3º O órgão estadual do meio ambiente e a SEMA, esta em caráter"
"supletivo, poderão, se "
"necessário e sem prejuízo das penalidades pecuniárias cabíveis, "
"determinar a redução das "
"atividades geradoras de poluição, para manter as emissões "
"gasosas, os efluentes líquidos e os "
"resíduos sólidos dentro das condições e limites estipulados no "
"licenciamento concedido. (*)Nota: "
"Lei nº 7.804, de 18.07.89 - substituir Secretaria Especial do "
"Meio Ambiente - SEMA por Instituto "
"Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - "
"IBAMA "
"§ 4º Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos"
"Naturais Renováveis - "
"IBAMA o licenciamento previsto no caput deste artigo, no caso de"
"atividades e obras com "
"significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou regional."
"Parágrafo incluído pela Lei nº "
"7.804, de 18.07.89 "
"Art. 11. Compete à SEMA propor ao CONAMA normas e padrões para "
"implantação, "
"acompanhamento e fiscalização do licenciamento previsto no "
"artigo anterior, além das que "
"forem oriundas do próprio CONAMA. (*)Nota: Lei nº 7.804, de "
"18.07.89 - substituir Secretaria "
"Especial do Meio Ambiente - SEMA por Instituto Brasileiro do "
"Meio Ambiente e Recursos "
"Naturais Renováveis - IBAMA "
"§ 1º A fiscalização e o controle da aplicação de critérios, "
"normas e padrões de qualidade "
"ambiental serão exercidos pela SEMA, em caráter supletivo da "
"atuação do órgão estadual e "
"municipal competentes. (*)Nota: Lei nº 7.804, de 18.07.89 - "
"substituir Secretaria Especial do "
"Meio Ambiente - SEMA por Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e"
"Recursos Naturais "
"Renováveis - IBAMA "
"§ 2º Inclui-se na competência da fiscalização e controle a "
"análise de projetos de entidades, "
"públicas ou privadas, objetivando a preservação ou a recuperação"
"de recursos ambientais, "
"afetados por processos de exploração predatórios ou poluidores. "
"Art. 12. As entidades e órgãos de financiamento e incentivos "
"governamentais "
"condicionarão a aprovação de projetos habilitados a esses "
"benefícios ao licenciamento, na "
"forma desta Lei, e ao cumprimento das normas, dos critérios e "
"dos padrões expedidos pelo "
"CONAMA. "
"Parágrafo único. As entidades e órgãos referidos no caput deste "
"artigo deverão fazer "
"constar dos projetos a realização de obras e aquisição de "
"equipamentos destinados ao controle "
"de degradação ambiental e a melhoria da qualidade do meio "
"ambiente. "
"Art. 13. O Poder Executivo incentivará as atividades voltadas ao"
"meio ambiente, visando: "
"I - ao desenvolvimento, no País, de pesquisas e processos "
"tecnológicos destinados a "
"reduzir a degradação da qualidade ambiental; "
"II - à fabricação de equipamentos antipoluidores; "
"III - a outras iniciativas que propiciem a racionalização do uso"
"de recursos ambientais. "
"Parágrafo único. Os órgãos, entidades e programas do Poder "
"Público, destinados ao "
"incentivo das pesquisas científicas e tecnológicas, "
"considerarão, entre as suas metas "
"prioritárias, o apoio aos projetos que visem a adquirir e "
"desenvolver conhecimentos básicos e "
"aplicáveis na área ambiental e ecológica. "
"Art. 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação"
"federal, estadual e "
"municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à "
"preservação ou correção dos "
"inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade "
"ambiental sujeitará os "
"transgressores: "
"I - à multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no "
"mínimo, a 10 (dez) e, no "
"máximo, a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro "
"Nacional - ORTNs, agravada em "
"casos de reincidência específica, conforme dispuser o "
"regulamento, vedada a sua cobrança pela "
"União se já tiver sido aplicada pelo Estado, Distrito Federal, "
"Territórios ou pelos Municípios; "
"II - à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais "
"concedidos pelo Poder Público; "
"III - à perda ou suspensão de participação em linhas de "
"financiamento em "
"estabelecimentos oficiais de crédito; "
"IV - à suspensão de sua atividade. "
"§ 1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste "
"artigo, é o poluidor obrigado, "
"independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar"
"os danos causados ao meio "
"ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério"
"Público da União e dos Estados "
"terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e "
"criminal, por danos causados ao "
"meio ambiente. "
"§ 2º No caso de omissão da autoridade estadual ou municipal, "
"caberá ao Secretário do "
"Meio Ambiente a aplicação Ambiente a aplicação das penalidades "
"pecuniárias prevista neste "
"artigo. "
"§ 3º Nos casos previstos nos incisos II e III deste artigo, o "
"ato declaratório da perda, "
"restrição ou suspensão será atribuição da autoridade "
"administrativa ou financeira que concedeu "
"os benefícios, incentivos ou financiamento, cumprimento "
"resolução do CONAMA. "
"§ 4º Revogado pela Lei nº 9.966, de 28.4.2000: "
"Texto original: Nos casos de poluição provocada pelo "
"derramamento ou lançamento de "
"detritos ou óleo em águas brasileiras, por embarcações e "
"terminais marítimos ou fluviais, "
"prevalecerá o disposto na Lei nº 5.357, de 17/11/1967. "
"Art. 15. O poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, "
"animal ou vegetal, ou "
"estiver tornando mais grave situação de perigo existente, fica "
"sujeito à pena de reclusão de 1 "
"(um) a 3 (três) anos e multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR. "
"(Redação dada pela Lei nº 7.804, "
"de 18.07.89) "
"§ 1º A pena e aumentada até o dobro se: (Redação dada pela Lei "
"nº 7.804, de 18.07.89) "
"I - resultar: "
"a) dano irreversível à fauna, à flora e ao meio ambiente; "
"b) lesão corporal grave; "
"II - a poluição é decorrente de atividade industrial ou de "
"transporte; "
"III - o crime é praticado durante a noite, em domingo ou em "
"feriado. "
"§ 2º Incorre no mesmo crime a autoridade competente que deixar "
"de promover as medidas "
"tendentes a impedir a prática das condutas acima descritas. "
"(Redação dada pela Lei nº 7.804, "
"de 18.07.89) "
"Art. 16. (Revogado pela Lei nº 7.804, de 18.07.89) "
"Parágrafo único. "
"Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto "
"Brasileiro do Meio Ambiente e "
"Recursos Naturais Renováveis - IBAMA: (Redação dada pela Lei nº "
"7.804, de 18.07.89) "
"I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de "
"Defesa Ambiental, para "
"registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se "
"dedicam a consultoria técnica sobre "
"problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de "
"equipamentos, aparelhos e "
"instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou "
"potencialmente poluidoras; Inciso "
"incluído pela Lei nº 7.804, de 18.07.89 "
"II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente "
"Poluidoras ou Utilizadoras de "
"Recursos Ambientais, para registro obrigatório de pessoas "
"físicas ou jurídicas que se dedicam a "
"atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, "
"transporte e comercialização "
"de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim "
"como de produtos e "
"subprodutos da fauna e flora. Inciso incluído pela Lei nº 7.804,"
"de 18.07.89 "
"Art. 17-A. São estabelecidos os preços dos serviços e produtos "
"do Instituto Brasileiro do "
"Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, a "
"serem aplicados em âmbito "
"nacional, conforme Anexo a esta Lei." (AC)* Art. incluído pela "
"Lei nº 9.960, de 28.1.2000 "
"Art. 17-B. É criada a Taxa de Fiscalização Ambiental - TFA." "
"(AC) Art. incluído pela Lei nº "
"9.960, de 28.1.2000 "
"§ 1o Constitui fato gerador da TFA, o exercício das atividades "
"mencionadas no inciso II do "
"art. 17 desta Lei, com a redação dada pela Lei no 7.804, de 18 "
"de julho de 1989." (AC) "
"§ 2o São sujeitos passivos da TFA, as pessoas físicas ou "
"jurídicas obrigadas ao registro no "
"Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras"
"ou Utilizadoras de Recursos "
"Ambientais." (AC) "
"Art. 17-B. Fica instituída a Taxa de Controle e Fiscalização "
"Ambiental – TCFA, cujo fato gerador "
"é o exercício regular do poder de polícia conferido ao Instituto"
"Brasileiro do Meio Ambiente e dos "
"Recursos Naturais Renováveis – Ibama para controle e "
"fiscalização das atividades "
"potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais." "
"(redação dada pela Lei nº "
"10.165, de 27.12.2000) "
"§ 1o Revogado." (redação dada pela Lei nº 10.165, de 27.12.2000)"
"§ 2o Revogado."(redação dada pela Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"Art. 17-C. A TFA será devida em conformidade com o fato gerador "
"e o seu valor "
"corresponderá à importância de R$ 3.000,00 (três mil reais)." "
"(AC) Art. incluído pela Lei nº "
"9.960, de 28.1.2000 "
"§ 1o Será concedido desconto de 50% (cinqüenta por cento) para "
"empresas de pequeno "
"porte, de 90% (noventa por cento) para microempresas e de 95% "
"(noventa e cinco por cento) "
"para pessoas físicas." (AC) "
"§ 2o O contribuinte deverá apresentar ao Ibama, no ato do "
"cadastramento ou quando por "
"ele solicitada, a comprovação da sua respectiva condição, para "
"auferir do benefício dos "
"descontos concedidos sobre o valor da TFA, devendo, anualmente, "
"atualizar os dados de seu "
"cadastro junto àquele Instituto." (AC) "
"§ 3o São isentas do pagamento da TFA, as entidades públicas "
"federais, distritais, "
"estaduais e municipais, em obediência ao constante da alínea "a""
"do inciso IV do art. 9o do "
"Código Tributário Nacional." (AC) "
"Art. 17-C. É sujeito passivo da TCFA todo aquele que exerça as "
"atividades constantes do "
"Anexo VIII desta Lei.(redação dada pela Lei nº 10.165, de "
"27.12.2000) "
"§ 1o O sujeito passivo da TCFA é obrigado a entregar até o dia "
"31 de março de cada ano "
"relatório das atividades exercidas no ano anterior, cujo modelo "
"será definido pelo Ibama, para o "
"fim de colaborar com os procedimentos de controle e "
"fiscalização.(redação dada pela Lei nº "
"10.165, de 27.12.2000) "
"§ 2o O descumprimento da providência determinada no § 1o sujeita"
"o infrator a multa "
"equivalente a vinte por cento da TCFA devida, sem prejuízo da "
"exigência desta. (redação dada "
"pela Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"§ 3o Revogado. (redação dada pela Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"Art. 17-D. A TFA será cobrada a partir de 1o de janeiro de 2000,"
"e o seu recolhimento será "
"efetuado em conta bancária vinculada ao Ibama, por intermédio de"
"documento próprio de "
"arrecadação daquele Instituto. Art. incluído pela Lei nº 9.960, "
"de 28.1.2000 "
"Art. 17-D. A TCFA é devida por estabelecimento e os seus valores"
"são os fixados no Anexo "
"IX desta Lei." (redação dada pela Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"§ 1o Para os fins desta Lei, consideram-se: (Incluído pela Lei "
"nº 10.165, de 27.12.2000) "
"I – microempresa e empresa de pequeno porte, as pessoas "
"jurídicas que se enquadrem, "
"respectivamente, nas descrições dos incisos I e II do caput do "
"art. 2o da Lei no 9.841, de 5 de "
"outubro de 1999; (Incluído pela Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"II – empresa de médio porte, a pessoa jurídica que tiver receita"
"bruta anual superior a R$ "
"1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) e igual ou "
"inferior a R$ 12.000.000,00 (doze "
"milhões de reais); (Incluído pela Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"III – empresa de grande porte, a pessoa jurídica que tiver "
"receita bruta anual superior a R$ "
"12.000.000,00 (doze milhões de reais). (Incluído pela Lei nº "
"10.165, de 27.12.2000) "
"§ 2o O potencial de poluição (PP) e o grau de utilização (GU) de"
"recursos naturais de cada "
"uma das atividades sujeitas à fiscalização encontram-se "
"definidos no Anexo VIII desta Lei. "
"(Incluído pela Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"§ 3o Caso o estabelecimento exerça mais de uma atividade sujeita"
"à fiscalização, pagará a "
"taxa relativamente a apenas uma delas, pelo valor mais "
"elevado.(Incluído pela Lei nº 10.165, de "
"27.12.2000) "
"Art. 17-E. É o Ibama autorizado a cancelar débitos de valores "
"inferiores a R$ 40,00 "
"(quarenta reais), existentes até 31 de dezembro de 1999. Art. "
"incluído pela Lei nº 9.960, de "
"28.1.2000 "
"Art. 17-F. A TFA, sob a administração do Ibama, deverá ser paga,"
"anualmente, até o dia 31 "
"de março, por todos os sujeitos passivos citados no § 2o do art."
"17-B desta Lei. Art. incluído "
"pela Lei nº 9.960, de 28.1.2000 "
"Art. 17-F. São isentas do pagamento da TCFA as entidades "
"públicas federais, distritais, "
"estaduais e municipais, as entidades filantrópicas, aqueles que "
"praticam agricultura de "
"subsistência e as populações tradicionais. (redação dada pela "
"Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"Art. 17-G. O não-pagamento da TFA ensejará a fiscalização do "
"Ibama, a lavratura de auto "
"de infração e a conseqüente aplicação de multa correspondente ao"
"valor da TFA, acrescido de "
"100 % (cem por cento) desse valor, sem prejuízo da exigência do "
"pagamento da referida Taxa. "
"Art. incluído pela Lei nº 9.960, de 28.1.2000 "
"Parágrafo único. O valor da multa será reduzido em 30% (trinta "
"por cento), se o pagamento "
"for efetuado em sua totalidade, até a data do vencimento "
"estipulado no respectivo auto de "
"infração.Incluído pela Lei nº 9.960, de 28.1.2000 "
"Art. 17-G. A TCFA será devida no último dia útil de cada "
"trimestre do ano civil, nos valores "
"fixados no Anexo IX desta Lei, e o recolhimento será efetuado em"
"conta bancária vinculada ao "
"Ibama, por intermédio de documento próprio de arrecadação, até o"
"quinto dia útil do mês "
"subseqüente.(redação dada pela Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"Parágrafo único. Revogado." (redação dada pela Lei nº 10.165, de"
"27.12.2000) "
"Art. 17-H. A TFA não recolhida até a data do vencimento da "
"obrigação será cobrada com "
"os seguintes acréscimos: Art. incluído pela Lei nº 9.960, de "
"28.1.2000 "
"I - juros de mora, contados do mês subseqüente ao do vencimento,"
"à razão de 1% a.m. "
"(um por cento ao mês), calculados na forma da legislação "
"aplicável aos tributos federais; "
"Incluído pela Lei nº 9.960, de 28.1.2000 "
"II - multa de mora de 0,33% (trinta e três centésimos por cento)"
"ao dia de atraso, até o "
"limite máximo de 20% (vinte por cento) Incluído pela Lei nº "
"9.960, de 28.1.2000 "
"Parágrafo único. Os débitos relativos à TFA poderão ser "
"parcelados, a juízo do Ibama, de "
"acordo com os critérios fixados em portaria do seu Presidente. "
"Incluído pela Lei nº 9.960, de "
"28.1.2000 "
"Art. 17-H. A TCFA não recolhida nos prazos e nas condições "
"estabelecidas no artigo "
"anterior será cobrada com os seguintes acréscimos: (redação dada"
"pela Lei nº 10.165, de "
"27.12.2000) "
"I – juros de mora, na via administrativa ou judicial, contados "
"do mês seguinte ao do "
"vencimento, à razão de um por cento; (redação dada pela Lei nº "
"10.165, de 27.12.2000) "
"II – multa de mora de vinte por cento, reduzida a dez por cento "
"se o pagamento for "
"efetuado até o último dia útil do mês subseqüente ao do "
"vencimento;(redação dada pela Lei nº "
"10.165, de 27.12.2000) "
"III – encargo de vinte por cento, substitutivo da condenação do "
"devedor em honorários de "
"advogado, calculado sobre o total do débito inscrito como Dívida"
"Ativa, reduzido para dez por "
"cento se o pagamento for efetuado antes do ajuizamento da "
"execução.(redação dada pela Lei nº "
"10.165, de 27.12.2000) "
"§ 1o-A. Os juros de mora não incidem sobre o valor da multa de "
"mora.(redação dada pela "
"Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"§ 1o Os débitos relativos à TCFA poderão ser parcelados de "
"acordo com os critérios "
"fixados na legislação tributária, conforme dispuser o "
"regulamento desta Lei.(redação dada pela "
"Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"Art. 17-I. As pessoas físicas e jurídicas, que já exerçam as "
"atividades mencionadas nos "
"incisos I e II do art. 17 desta Lei, com a redação dada pela Lei"
"no 7.804, de 1989, e que ainda "
"não estejam inscritas nos respectivos cadastros, deverão fazê-lo"
"até o dia 30 de junho de 2000. "
"Art. incluído pela Lei nº 9.960, de 28.1.2000 "
"Parágrafo único. As pessoas físicas e jurídicas, enquadradas no "
"disposto neste artigo, que "
"não se cadastrarem até a data estabelecida, incorrerão em "
"infração punível com multa, ficando "
"sujeitas, ainda, às sanções constantes do art. 17-G desta Lei, "
"no que couber. Incluído pela Lei "
"nº 9.960, de 28.1.2000 "
"Art. 17-I. As pessoas físicas e jurídicas que exerçam as "
"atividades mencionadas nos "
"incisos I e II do art. 17 e que não estiverem inscritas nos "
"respectivos cadastros até o último dia "
"útil do terceiro mês que se seguir ao da publicação desta Lei "
"incorrerão em infração punível com "
"multa de: (redação dada pela Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"I – R$ 50,00 (cinqüenta reais), se pessoa física; (redação dada "
"pela Lei nº 10.165, de "
"27.12.2000) "
"II – R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais), se microempresa; "
"(redação dada pela Lei nº "
"10.165, de 27.12.2000) "
"III – R$ 900,00 (novecentos reais), se empresa de pequeno porte;"
"(redação dada pela Lei "
"nº 10.165, de 27.12.2000) "
"IV – R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais), se empresa de médio "
"porte; (redação dada pela "
"Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"V – R$ 9.000,00 (nove mil reais), se empresa de grande porte. "
"(redação dada pela Lei nº "
"10.165, de 27.12.2000) "
"Parágrafo único. Revogado." (redação dada pela Lei nº 10.165, de"
"27.12.2000) "
"Art. 17-J. A multa de que trata o parágrafo único do art. 17-I "
"terá como valor a importância "
"correspondente a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) Art. incluído "
"pela Lei nº 9.960, de 28.1.2000 "
"Parágrafo único. O valor da multa será reduzido em 50% "
"(cinqüenta por cento) para "
"empresas de pequeno porte, em 90% (noventa por cento) para "
"microempresas e em 95% "
"(noventa e cinco por cento) para pessoas físicas. "
"Art. 17-L. As ações de licenciamento, registro, autorizações, "
"concessões e permissões "
"relacionadas à fauna, à flora, e ao controle ambiental são de "
"competência exclusiva dos órgãos "
"integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente. Art. incluído "
"pela Lei nº 9.960, de "
"28.1.2000 "
"Art. 17-M. Os preços dos serviços administrativos prestados pelo"
"Ibama, inclusive os "
"referentes à venda de impressos e publicações, assim como os de "
"entrada, permanência e "
"utilização de áreas ou instalações nas unidades de conservação, "
"serão definidos em portaria do "
"Ministro de Estado do Meio Ambiente, mediante proposta do "
"Presidente daquele Instituto. "
"Art. incluído pela Lei nº 9.960, de 28.1.2000 "
"Art. 17-N. Os preços dos serviços técnicos do Laboratório de "
"Produtos Florestais do Ibama, "
"assim como os para venda de produtos da flora, serão, também, "
"definidos em portaria do "
"Ministro de Estado do Meio Ambiente, mediante proposta do "
"Presidente daquele Instituto. Art. "
"incluído pela Lei nº 9.960, de 28.1.2000 "
"Art. 17-O. Os proprietários rurais, que se beneficiarem com "
"redução do valor do Imposto "
"sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, com base em Ato "
"Declaratório Ambiental - ADA, "
"deverão recolher ao Ibama 10% (dez por cento) do valor auferido "
"como redução do referido "
"Imposto, a título de preço público pela prestação de serviços "
"técnicos de vistoria. Art. incluído "
"pela Lei nº 9.960, de 28.1.2000 "
"§ 1o A utilização do ADA para efeito de redução do valor a pagar"
"do ITR é opcional. "
"Incluído pela Lei nº 9.960, de 28.1.2000 "
"§ 2o O pagamento de que trata o caput deste artigo poderá ser "
"efetivado em cota única ou "
"em parcelas, nos mesmos moldes escolhidos, pelo contribuinte, "
"para pagamento do ITR, em "
"documento próprio de arrecadação do Ibama.Incluído pela Lei nº "
"9.960, de 28.1.2000 "
"§ 3o Nenhuma parcela poderá ser inferior a R$ 50,00 (cinqüenta "
"reais). Incluído pela Lei nº "
"9.960, de 28.1.2000 "
"§ 4o O não-pagamento de qualquer parcela ensejará a cobrança de "
"juros e multa nos "
"termos da Lei no 8.005, de 22 de março de 1990. Incluído pela "
"Lei nº 9.960, de 28.1.2000 "
"§ 5o Após a vistoria, realizada por amostragem, caso os dados "
"constantes do ADA "
"coincidam com os efetivamente levantados pelos técnicos do "
"Ibama, estes lavrarão, de ofício, "
"novo ADA contendo os dados efetivamente levantados, o qual será "
"encaminhado à Secretaria "
"da Receita Federal, para as providências decorrentes. Incluído "
"pela Lei nº 9.960, de 28.1.2000 "
"Art. 17-O. Os proprietários rurais que se beneficiarem com "
"redução do valor do Imposto "
"sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, com base em Ato "
"Declaratório Ambiental - ADA, "
"deverão recolher ao Ibama a importância prevista no item 3.11 do"
"Anexo VII da Lei no 9.960, de "
"29 de janeiro de 2000, a título de Taxa de Vistoria.(redação "
"dada pela Lei nº 10.165, de "
"27.12.2000) "
"§ 1o-A. A Taxa de Vistoria a que se refere o caput deste artigo "
"não poderá exceder a dez "
"por cento do valor da redução do imposto proporcionada pelo "
"ADA.(redação dada pela Lei nº "
"10.165, de 27.12.2000) "
"§ 1o A utilização do ADA para efeito de redução do valor a pagar"
"do ITR é obrigatória. "
"(redação dada pela Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"§ 2o O pagamento de que trata o caput deste artigo poderá ser "
"efetivado em cota única ou "
"em parcelas, nos mesmos moldes escolhidos pelo contribuinte para"
"o pagamento do ITR, em "
"documento próprio de arrecadação do Ibama.(redação dada pela Lei"
"nº 10.165, de 27.12.2000) "
"§ 3o Para efeito de pagamento parcelado, nenhuma parcela poderá "
"ser inferior a R$ 50,00 "
"(cinqüenta reais). (redação dada pela Lei nº 10.165, de "
"27.12.2000) "
"§ 4o O inadimplemento de qualquer parcela ensejará a cobrança de"
"juros e multa nos "
"termos dos incisos I e II do caput e §§ 1o-A e 1o, todos do art."
"17-H desta Lei.(redação dada "
"pela Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"§ 5o Após a vistoria, realizada por amostragem, caso os dados "
"constantes do ADA não "
"coincidam com os efetivamente levantados pelos técnicos do "
"Ibama, estes lavrarão, de ofício, "
"novo ADA, contendo os dados reais, o qual será encaminhado à "
"Secretaria da Receita Federal, "
"para as providências cabíveis. (redação dada pela Lei nº 10.165,"
"de 27.12.2000) "
"Art. 17-P. Constitui crédito para compensação com o valor devido"
"a título de TCFA, até o "
"limite de sessenta por cento e relativamente ao mesmo ano, o "
"montante efetivamente pago pelo "
"estabelecimento ao Estado, ao Município e ao Distrito Federal em"
"razão de taxa de fiscalização "
"ambiental.( Art. incluído pela Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"§ 1o Valores recolhidos ao Estado, ao Município e ao Distrital "
"Federal a qualquer outro "
"título, tais como taxas ou preços públicos de licenciamento e "
"venda de produtos, não constituem "
"crédito para compensação com a TCFA. (incluído pela Lei nº "
"10.165, de 27.12.2000) "
"§ 2o A restituição, administrativa ou judicial, qualquer que "
"seja a causa que a determine, da "
"taxa de fiscalização ambiental estadual ou distrital compensada "
"com a TCFA restaura o direito "
"de crédito do Ibama contra o estabelecimento, relativamente ao "
"valor compensado.(incluído pela "
"Lei nº 10.165, de 27.12.2000) "
"Art. 17-Q. É o Ibama autorizado a celebrar convênios com os "
"Estados, os Municípios e o "
"Distrito Federal para desempenharem atividades de fiscalização "
"ambiental, podendo repassarlhes "
"parcela da receita obtida com a TCFA." (incluído pela Lei nº "
"10.165, de 27.12.2000) "
"Art. 18. São transformadas em reservas ou estações ecológicas "
"sob a responsabilidade da "
"SEMA, as florestas e as demais formas de vegetação natural de "
"preservação permanente, "
"relacionadas no art. 2º da Lei nº 4.771, de 15/09/1965 - Código "
"Florestal, e os pousos das aves "
"de arribação protegidas por convênios, acordos ou tratados "
"assinados pelo Brasil com outras "
"nações. (*)Nota: Lei nº 7.804, de 18.07.89 - substituir "
"Secretaria Especial do Meio Ambiente - "
"SEMA por Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos "
"Naturais Renováveis - IBAMA (Art. "
"revogado pela Lei nº 9.985, de 18.7.2000) "
"Parágrafo único. As pessoas físicas ou jurídicas que, de "
"qualquer modo, degradarem "
"reservas ou estações ecológicas, bem como outras áreas "
"declaradas como de relevante "
"interesse ecológico, estão sujeitas às penalidades previstas no "
"art. 14 desta Lei. "
"Art. 19. Ressalvado o disposto nas Leis nºs 5357, de 17/11/1967,"
"e 7661, de 16/06/1988, a "
"receita proveniente da aplicação desta Lei será recolhida de "
"acordo com o disposto no art. 4º da "
"Lei nº 7735, de 22/02/1989. (Artigo incluído pela Lei nº 7.804, "
"de 18.07.89) "
"Art. 20. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. "
"Art. 21. Revogam-se as disposições em contrário. "
"Legislação Federal "
" "
"LEI Nº 9.985 "
" "
" "
"LEI No 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000 "
" "
"Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da "
"Constituição Federal, institui o "
"Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras "
"providências. "
" "
"O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA no exercício do cargo de PRESIDENTE "
"DA "
"REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono "
"a seguinte Lei: "
" "
"CAPÍTULO I "
"DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES "
" "
"Art. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional de Unidades de "
"Conservação da Natureza – SNUC, "
"estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão "
"das unidades de "
"conservação. "
"Art. 2o Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: "
"I - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos "
"ambientais, incluindo as águas "
"jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente "
"instituído pelo Poder Público, "
"com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime "
"especial de administração, ao qual "
"se aplicam garantias adequadas de proteção; "
"II - conservação da natureza: o manejo do uso humano da natureza, "
"compreendendo a "
"preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e"
"a recuperação do "
"ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício, em "
"bases sustentáveis, às atuais "
"gerações, mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades e "
"aspirações das gerações "
"futuras, e garantindo a sobrevivência dos seres vivos em geral; "
"III - diversidade biológica: a variabilidade de organismos vivos de "
"todas as origens, "
"compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e"
"outros ecossistemas "
"aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; "
"compreendendo ainda a diversidade "
"dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas; "
"IV - recurso ambiental: a atmosfera, as águas interiores, "
"superficiais e subterrâneas, os "
"estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da "
"biosfera, a fauna e a flora; "
"V - preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que "
"visem a proteção a longo "
"prazo das espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos "
"processos ecológicos, "
"prevenindo a simplificação dos sistemas naturais; "
"VI - proteção integral: manutenção dos ecossistemas livres de "
"alterações causadas por "
"interferência humana, admitido apenas o uso indireto dos seus "
"atributos naturais; "
"VII - conservação in situ: conservação de ecossistemas e habitats "
"naturais e a manutenção e "
"recuperação de populações viáveis de espécies em seus meios naturais"
"e, no caso de espécies "
"domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas "
"propriedades "
"características; "
"VIII - manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a "
"conservação da diversidade "
"biológica e dos ecossistemas; "
"IX - uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou "
"destruição dos recursos "
"naturais; "
"X - uso direto: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, "
"dos recursos naturais; "
"XI - uso sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a"
"perenidade dos recursos "
"ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a "
"biodiversidade e os demais "
"atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente "
"viável; "
"XII - extrativismo: sistema de exploração baseado na coleta e "
"extração, de modo sustentável, de "
"recursos naturais renováveis; "
"XIII - recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma "
"população silvestre degradada a "
"uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição "
"original; "
"XIV - restauração: restituição de um ecossistema ou de uma população"
"silvestre degradada o "
"mais próximo possível da sua condição original; "
"XV - (VETADO) "
"XVI - zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de "
"conservação com "
"objetivos de manejo e normas específicos, com o propósito de "
"proporcionar os meios e as "
"condições para que todos os objetivos da unidade possam ser "
"alcançados de forma harmônica "
"e eficaz; "
"XVII - plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com "
"fundamento nos objetivos "
"gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento"
"e as normas que "
"devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, "
"inclusive a implantação das "
"estruturas físicas necessárias à gestão da unidade; "
"XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de "
"conservação, onde as atividades "
"humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o "
"propósito de minimizar os "
"impactos negativos sobre a unidade; e "
"XIX - corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou "
"seminaturais, ligando "
"unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de "
"genes e o movimento da biota, "
"facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas "
"degradadas, bem como a "
"manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência áreas "
"com extensão maior "
"do que aquela das unidades individuais. "
" "
"CAPÍTULO II "
"DO SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA – SNUC "
" "
"Art. 3o O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - "
"SNUC é constituído "
"pelo conjunto das unidades de conservação federais, estaduais e "
"municipais, de acordo com o "
"disposto nesta Lei. "
"Art. 4o O SNUC tem os seguintes objetivos: "
"I - contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos "
"recursos genéticos no território "
"nacional e nas águas jurisdicionais; "
"II - proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e"
"nacional; "
"III - contribuir para a preservação e a restauração da diversidade "
"de ecossistemas naturais; "
"IV - promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos "
"naturais; "
"V - promover a utilização dos princípios e práticas de conservação "
"da natureza no processo de "
"desenvolvimento; "
"VI - proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza"
"cênica; "
"VII - proteger as características relevantes de natureza geológica, "
"geomorfológica, "
"espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; "
"VIII - proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; "
"IX - recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; "
"X - proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa "
"científica, estudos e "
"monitoramento ambiental; "
"XI - valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica; "
"XII - favorecer condições e promover a educação e interpretação "
"ambiental, a recreação em "
"contato com a natureza e o turismo ecológico; "
"XIII - proteger os recursos naturais necessários à subsistência de "
"populações tradicionais, "
"respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e "
"promovendo-as social e "
"economicamente. "
"Art. 5o O SNUC será regido por diretrizes que: "
"I - assegurem que no conjunto das unidades de conservação estejam "
"representadas amostras "
"significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, "
"habitats e ecossistemas do "
"território nacional e das águas jurisdicionais, salvaguardando o "
"patrimônio biológico existente; "
"II - assegurem os mecanismos e procedimentos necessários ao "
"envolvimento da sociedade no "
"estabelecimento e na revisão da política nacional de unidades de "
"conservação; "
"III - assegurem a participação efetiva das populações locais na "
"criação, implantação e gestão "
"das unidades de conservação; "
"IV - busquem o apoio e a cooperação de organizações "
"não-governamentais, de organizações "
"privadas e pessoas físicas para o desenvolvimento de estudos, "
"pesquisas científicas, práticas "
"de educação ambiental, atividades de lazer e de turismo ecológico, "
"monitoramento, manutenção "
"e outras atividades de gestão das unidades de conservação; "
"V - incentivem as populações locais e as organizações privadas a "
"estabelecerem e "
"administrarem unidades de conservação dentro do sistema nacional; "
"VI - assegurem, nos casos possíveis, a sustentabilidade econômica "
"das unidades de "
"conservação; "
"VII - permitam o uso das unidades de conservação para a conservação "
"in situ de populações "
"das variantes genéticas selvagens dos animais e plantas domesticados"
"e recursos genéticos "
"silvestres; "
"VIII - assegurem que o processo de criação e a gestão das unidades "
"de conservação sejam "
"feitos de forma integrada com as políticas de administração das "
"terras e águas circundantes, "
"considerando as condições e necessidades sociais e econômicas "
"locais; "
"IX - considerem as condições e necessidades das populações locais no"
"desenvolvimento e "
"adaptação de métodos e técnicas de uso sustentável dos recursos "
"naturais; "
"X - garantam às populações tradicionais cuja subsistência dependa da"
"utilização de recursos "
"naturais existentes no interior das unidades de conservação meios de"
"subsistência alternativos "
"ou a justa indenização pelos recursos perdidos; "
"XI - garantam uma alocação adequada dos recursos financeiros "
"necessários para que, uma vez "
"criadas, as unidades de conservação possam ser geridas de forma "
"eficaz e atender aos seus "
"objetivos; "
"XII - busquem conferir às unidades de conservação, nos casos "
"possíveis e respeitadas as "
"conveniências da administração, autonomia administrativa e "
"financeira; e "
"XIII - busquem proteger grandes áreas por meio de um conjunto "
"integrado de unidades de "
"conservação de diferentes categorias, próximas ou contíguas, e suas "
"respectivas zonas de "
"amortecimento e corredores ecológicos, integrando as diferentes "
"atividades de preservação da "
"natureza, uso sustentável dos recursos naturais e restauração e "
"recuperação dos ecossistemas. "
"Art. 6o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as "
"respectivas atribuições: "
"I – Órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio "
"Ambiente - Conama, com as "
"atribuições de acompanhar a implementação do Sistema; "
"II - Órgão central: o Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade "
"de coordenar o Sistema; e "
"III - Órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e "
"dos Recursos Naturais "
"Renováveis - Ibama, os órgãos estaduais e municipais, com a função "
"de implementar o SNUC, "
"subsidiar as propostas de criação e administrar as unidades de "
"conservação federais, estaduais "
"e municipais, nas respectivas esferas de atuação. "
"Parágrafo único. Podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a "
"critério do Conama, unidades "
"de conservação estaduais e municipais que, concebidas para atender a"
"peculiaridades regionais "
"ou locais, possuam objetivos de manejo que não possam ser "
"satisfatoriamente atendidos por "
"nenhuma categoria prevista nesta Lei e cujas características "
"permitam, em relação a estas, uma "
"clara distinção. "
" "
"CAPÍTULO III "
"DAS CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO "
" "
"Art. 7o As unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em"
"dois grupos, com "
"características específicas: "
"I - Unidades de Proteção Integral; "
"II - Unidades de Uso Sustentável. "
"§ 1o O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar"
"a natureza, sendo "
"admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com "
"exceção dos casos previstos "
"nesta Lei. "
"§ 2o O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é "
"compatibilizar a conservação da "
"natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos "
"naturais. "
"Art. 8o O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas "
"seguintes categorias de "
"unidade de conservação: "
"I - Estação Ecológica; "
"II - Reserva Biológica; "
"III - Parque Nacional; "
"IV - Monumento Natural; "
"V - Refúgio de Vida Silvestre. "
"Art. 9o A Estação Ecológica tem como objetivo a preservação da "
"natureza e a realização de "
"pesquisas científicas. "
"§ 1o A Estação Ecológica é de posse e domínio públicos, sendo que as"
"áreas particulares "
"incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que "
"dispõe a lei. "
"§ 2o É proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo "
"educacional, de acordo com o "
"que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento específico."
"§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão "
"responsável pela "
"administração da unidade e está sujeita às condições e restrições "
"por este estabelecidas, bem "
"como àquelas previstas em regulamento. "
"§ 4o Na Estação Ecológica só podem ser permitidas alterações dos "
"ecossistemas no caso de: "
"I - medidas que visem a restauração de ecossistemas modificados; "
"II - manejo de espécies com o fim de preservar a diversidade "
"biológica; "
"III - coleta de componentes dos ecossistemas com finalidades "
"científicas; "
"IV - pesquisas científicas cujo impacto sobre o ambiente seja maior "
"do que aquele causado pela "
"simples observação ou pela coleta controlada de componentes dos "
"ecossistemas, em uma área "
"correspondente a no máximo três por cento da extensão total da "
"unidade e até o limite de um "
"mil e quinhentos hectares. "
"Art. 10. A Reserva Biológica tem como objetivo a preservação "
"integral da biota e demais "
"atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência "
"humana direta ou modificações "
"ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus "
"ecossistemas alterados e as "
"ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio "
"natural, a diversidade "
"biológica e os processos ecológicos naturais. "
"§ 1o A Reserva Biológica é de posse e domínio públicos, sendo que as"
"áreas particulares "
"incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que "
"dispõe a lei. "
"§ 2o É proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo "
"educacional, de acordo com "
"regulamento específico. "
"§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão "
"responsável pela "
"administração da unidade e está sujeita às condições e restrições "
"por este estabelecidas, bem "
"como àquelas previstas em regulamento. "
"Art. 11. O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de"
"ecossistemas naturais "
"de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a "
"realização de pesquisas "
"científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e "
"interpretação ambiental, de "
"recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. "
"§ 1o O Parque Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as "
"áreas particulares "
"incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que "
"dispõe a lei. "
"§ 2o A visitação pública está sujeita às normas e restrições "
"estabelecidas no Plano de Manejo "
"da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua "
"administração, e àquelas "
"previstas em regulamento. "
"§ 3o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão "
"responsável pela "
"administração da unidade e está sujeita às condições e restrições "
"por este estabelecidas, bem "
"como àquelas previstas em regulamento. "
"§ 4o As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou "
"Município, serão "
"denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural "
"Municipal. "
"Art. 12. O Monumento Natural tem como objetivo básico preservar "
"sítios naturais raros, "
"singulares ou de grande beleza cênica. "
"§ 1o O Monumento Natural pode ser constituído por áreas "
"particulares, desde que seja possível "
"compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e "
"dos recursos naturais do local "
"pelos proprietários. "
"§ 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as "
"atividades privadas ou não "
"havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo "
"órgão responsável pela "
"administração da unidade para a coexistência do Monumento Natural "
"com o uso da "
"propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que "
"dispõe a lei. "
"§ 3o A visitação pública está sujeita às condições e restrições "
"estabelecidas no Plano de Manejo "
"da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua "
"administração e àquelas "
"previstas em regulamento. "
"Art. 13. O Refúgio de Vida Silvestre tem como objetivo proteger "
"ambientes naturais onde se "
"asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou "
"comunidades da flora "
"local e da fauna residente ou migratória. "
"§ 1o O Refúgio de Vida Silvestre pode ser constituído por áreas "
"particulares, desde que seja "
"possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da "
"terra e dos recursos naturais "
"do local pelos proprietários. "
"§ 2o Havendo incompatibilidade entre os objetivos da área e as "
"atividades privadas ou não "
"havendo aquiescência do proprietário às condições propostas pelo "
"órgão responsável pela "
"administração da unidade para a coexistência do Refúgio de Vida "
"Silvestre com o uso da "
"propriedade, a área deve ser desapropriada, de acordo com o que "
"dispõe a lei. "
"§ 3o A visitação pública está sujeita às normas e restrições "
"estabelecidas no Plano de Manejo "
"da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua "
"administração, e àquelas "
"previstas em regulamento. "
"§ 4o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão "
"responsável pela "
"administração da unidade e está sujeita às condições e restrições "
"por este estabelecidas, bem "
"como àquelas previstas em regulamento. "
"Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as "
"seguintes categorias de "
"unidade de conservação: "
"I - Área de Proteção Ambiental; "
"II - Área de Relevante Interesse Ecológico; "
"III - Floresta Nacional; "
"IV - Reserva Extrativista; "
"V - Reserva de Fauna; "
"VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e "
"VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural. "
"Art. 15. A Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, "
"com um certo grau de "
"ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos "
"ou culturais especialmente "
"importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações "
"humanas, e tem como "
"objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o "
"processo de ocupação e "
"assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. "
"§ 1o A Área de Proteção Ambiental é constituída por terras públicas "
"ou privadas. "
"§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas"
"normas e restrições para a "
"utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de "
"Proteção Ambiental. "
"§ 3o As condições para a realização de pesquisa científica e "
"visitação pública nas áreas sob "
"domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade. "
"§ 4o Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário "
"estabelecer as condições para "
"pesquisa e visitação pelo público, observadas as exigências e "
"restrições legais. "
"§ 5o A Área de Proteção Ambiental disporá de um Conselho presidido "
"pelo órgão responsável "
"por sua administração e constituído por representantes dos órgãos "
"públicos, de organizações da "
"sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser no "
"regulamento desta Lei. "
"Art. 16. A Área de Relevante Interesse Ecológico é uma área em geral"
"de pequena extensão, "
"com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais "
"extraordinárias ou que "
"abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo "
"manter os ecossistemas naturais "
"de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas "
"áreas, de modo a "
"compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza. "
"§ 1o A Área de Relevante Interesse Ecológico é constituída por "
"terras públicas ou privadas. "
"§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas"
"normas e restrições para a "
"utilização de uma propriedade privada localizada em uma Área de "
"Relevante Interesse "
"Ecológico. "
"Art. 17. A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de "
"espécies predominantemente "
"nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos "
"recursos florestais e a "
"pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração "
"sustentável de florestas nativas. "
"§ 1o A Floresta Nacional é de posse e domínio públicos, sendo que as"
"áreas particulares "
"incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o "
"que dispõe a lei. "
"§ 2o Nas Florestas Nacionais é admitida a permanência de populações "
"tradicionais que a "
"habitam quando de sua criação, em conformidade com o disposto em "
"regulamento e no Plano "
"de Manejo da unidade. "
"§ 3o A visitação pública é permitida, condicionada às normas "
"estabelecidas para o manejo da "
"unidade pelo órgão responsável por sua administração. "
"§ 4o A pesquisa é permitida e incentivada, sujeitando-se à prévia "
"autorização do órgão "
"responsável pela administração da unidade, às condições e restrições"
"por este estabelecidas e "
"àquelas previstas em regulamento. "
"§ 5o A Floresta Nacional disporá de um Conselho Consultivo, "
"presidido pelo órgão responsável "
"por sua administração e constituído por representantes de órgãos "
"públicos, de organizações da "
"sociedade civil e, quando for o caso, das populações tradicionais "
"residentes. "
"§ 6o A unidade desta categoria, quando criada pelo Estado ou "
"Município, será denominada, "
"respectivamente, Floresta Estadual e Floresta Municipal. "
"Art. 18. A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações "
"extrativistas tradicionais, "
"cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na"
"agricultura de "
"subsistência e na criação de animais de pequeno porte, e tem como "
"objetivos básicos proteger "
"os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso "
"sustentável dos recursos "
"naturais da unidade. "
"§ 1o A Reserva Extrativista é de domínio público, com uso concedido "
"às populações "
"extrativistas tradicionais conforme o disposto no art. 23 desta Lei "
"e em regulamentação "
"específica, sendo que as áreas particulares incluídas em seus "
"limites devem ser "
"desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. "
"§ 2o A Reserva Extrativista será gerida por um Conselho "
"Deliberativo, presidido pelo órgão "
"responsável por sua administração e constituído por representantes "
"de órgãos públicos, de "
"organizações da sociedade civil e das populações tradicionais "
"residentes na área, conforme se "
"dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade. "
"§ 3o A visitação pública é permitida, desde que compatível com os "
"interesses locais e de acordo "
"com o disposto no Plano de Manejo da área. "
"§ 4o A pesquisa científica é permitida e incentivada, sujeitando-se "
"à prévia autorização do órgão "
"responsável pela administração da unidade, às condições e restrições"
"por este estabelecidas e "
"às normas previstas em regulamento. "
"§ 5o O Plano de Manejo da unidade será aprovado pelo seu Conselho "
"Deliberativo. "
"§ 6o São proibidas a exploração de recursos minerais e a caça "
"amadorística ou profissional. "
"§ 7o A exploração comercial de recursos madeireiros só será admitida"
"em bases sustentáveis e "
"em situações especiais e complementares às demais atividades "
"desenvolvidas na Reserva "
"Extrativista, conforme o disposto em regulamento e no Plano de "
"Manejo da unidade. "
"Art. 19. A Reserva de Fauna é uma área natural com populações "
"animais de espécies nativas, "
"terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para "
"estudos técnico-científicos "
"sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos. "
"§ 1o A Reserva de Fauna é de posse e domínio públicos, sendo que as "
"áreas particulares "
"incluídas em seus limites devem ser desapropriadas de acordo com o "
"que dispõe a lei. "
"§ 2o A visitação pública pode ser permitida, desde que compatível "
"com o manejo da unidade e "
"de acordo com as normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua"
"administração. "
"§ 3o É proibido o exercício da caça amadorística ou profissional. "
"§ 4o A comercialização dos produtos e subprodutos resultantes das "
"pesquisas obedecerá ao "
"disposto nas leis sobre fauna e regulamentos. "
"Art. 20. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é uma área natural"
"que abriga populações "
"tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de "
"exploração dos recursos "
"naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às "
"condições ecológicas locais e que "
"desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na "
"manutenção da diversidade "
"biológica. "
"§ 1o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável tem como objetivo "
"básico preservar a natureza "
"e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários "
"para a reprodução e a "
"melhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos "
"naturais das populações "
"tradicionais, bem como valorizar, conservar e aperfeiçoar o "
"conhecimento e as técnicas de "
"manejo do ambiente, desenvolvido por estas populações. "
"§ 2o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é de domínio público, "
"sendo que as áreas "
"particulares incluídas em seus limites devem ser, quando necessário,"
"desapropriadas, de "
"acordo com o que dispõe a lei. "
"§ 3o O uso das áreas ocupadas pelas populações tradicionais será "
"regulado de acordo com o "
"disposto no art. 23 desta Lei e em regulamentação específica. "
"§ 4o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável será gerida por um "
"Conselho Deliberativo, "
"presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído"
"por representantes de "
"órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações"
"tradicionais residentes na "
"área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da "
"unidade. "
"§ 5o As atividades desenvolvidas na Reserva de Desenvolvimento "
"Sustentável obedecerão às "
"seguintes condições: "
"I - é permitida e incentivada a visitação pública, desde que "
"compatível com os interesses locais "
"e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da área; "
"II - é permitida e incentivada a pesquisa científica voltada à "
"conservação da natureza, à melhor "
"relação das populações residentes com seu meio e à educação "
"ambiental, sujeitando-se à "
"prévia autorização do órgão responsável pela administração da "
"unidade, às condições e "
"restrições por este estabelecidas e às normas previstas em "
"regulamento; "
"III - deve ser sempre considerado o equilíbrio dinâmico entre o "
"tamanho da população e a "
"conservação; e "
"IV - é admitida a exploração de componentes dos ecossistemas "
"naturais em regime de manejo "
"sustentável e a substituição da cobertura vegetal por espécies "
"cultiváveis, desde que sujeitas ao "
"zoneamento, às limitações legais e ao Plano de Manejo da área. "
"§ 6o O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável "
"definirá as zonas de "
"proteção integral, de uso sustentável e de amortecimento e "
"corredores ecológicos, e será "
"aprovado pelo Conselho Deliberativo da unidade. "
"Art. 21. A Reserva Particular do Patrimônio Natural é uma área "
"privada, gravada com "
"perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica. "
"§ 1o O gravame de que trata este artigo constará de termo de "
"compromisso assinado perante o "
"órgão ambiental, que verificará a existência de interesse público, e"
"será averbado à margem da "
"inscrição no Registro Público de Imóveis. "
"§ 2o Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio "
"Natural, conforme se "
"dispuser em regulamento: "
"I - a pesquisa científica; "
"II - a visitação com objetivos turísticos, recreativos e "
"educacionais; "
"III - (VETADO) "
"§ 3o Os órgãos integrantes do SNUC, sempre que possível e oportuno, "
"prestarão orientação "
"técnica e científica ao proprietário de Reserva Particular do "
"Patrimônio Natural para a "
"elaboração de um Plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão da "
"unidade. "
" "
"CAPÍTULO IV "
"DA CRIAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E GESTÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO "
" "
"Art. 22. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder "
"Público. "
"§ 1o (VETADO) "
"§ 2o A criação de uma unidade de conservação deve ser precedida de "
"estudos técnicos e de "
"consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão "
"e os limites mais adequados "
"para a unidade, conforme se dispuser em regulamento. "
"§ 3o No processo de consulta de que trata o § 2o, o Poder Público é "
"obrigado a fornecer "
"informações adequadas e inteligíveis à população local e a outras "
"partes interessadas. "
"§ 4o Na criação de Estação Ecológica ou Reserva Biológica não é "
"obrigatória a consulta de que "
"trata o § 2o deste artigo. "
"§ 5o As unidades de conservação do grupo de Uso Sustentável podem "
"ser transformadas total "
"ou parcialmente em unidades do grupo de Proteção Integral, por "
"instrumento normativo do "
"mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos"
"os procedimentos de "
"consulta estabelecidos no § 2o deste artigo. "
"§ 6o A ampliação dos limites de uma unidade de conservação, sem "
"modificação dos seus "
"limites originais, exceto pelo acréscimo proposto, pode ser feita "
"por instrumento normativo do "
"mesmo nível hierárquico do que criou a unidade, desde que obedecidos"
"os procedimentos de "
"consulta estabelecidos no § 2o deste artigo. "
"§ 7o A desafetação ou redução dos limites de uma unidade de "
"conservação só pode ser feita "
"mediante lei específica. "
"Art. 23. A posse e o uso das áreas ocupadas pelas populações "
"tradicionais nas Reservas "
"Extrativistas e Reservas de Desenvolvimento Sustentável serão "
"regulados por contrato, "
"conforme se dispuser no regulamento desta Lei. "
"§ 1o As populações de que trata este artigo obrigam-se a participar "
"da preservação, "
"recuperação, defesa e manutenção da unidade de conservação. "
"§ 2o O uso dos recursos naturais pelas populações de que trata este "
"artigo obedecerá às "
"seguintes normas: "
"I - proibição do uso de espécies localmente ameaçadas de extinção ou"
"de práticas que "
"danifiquem os seus habitats; "
"II - proibição de práticas ou atividades que impeçam a regeneração "
"natural dos ecossistemas; "
"III - demais normas estabelecidas na legislação, no Plano de Manejo "
"da unidade de "
"conservação e no contrato de concessão de direito real de uso. "
"Art. 24. O subsolo e o espaço aéreo, sempre que influírem na "
"estabilidade do ecossistema, "
"integram os limites das unidades de conservação. "
"Art. 25. As unidades de conservação, exceto Área de Proteção "
"Ambiental e Reserva Particular "
"do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, "
"quando conveniente, "
"corredores ecológicos. "
"§ 1o O órgão responsável pela administração da unidade estabelecerá "
"normas específicas "
"regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da zona de "
"amortecimento e dos corredores "
"ecológicos de uma unidade de conservação. "
"§ 2o Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos"
"e as respectivas normas "
"de que trata o § 1o poderão ser definidas no ato de criação da "
"unidade ou posteriormente. "
"Art. 26. Quando existir um conjunto de unidades de conservação de "
"categorias diferentes ou "
"não, próximas, justapostas ou sobrepostas, e outras áreas protegidas"
"públicas ou privadas, "
"constituindo um mosaico, a gestão do conjunto deverá ser feita de "
"forma integrada e "
"participativa, considerando-se os seus distintos objetivos de "
"conservação, de forma a "
"compatibilizar a presença da biodiversidade, a valorização da "
"sociodiversidade e o "
"desenvolvimento sustentável no contexto regional. "
"Parágrafo único. O regulamento desta Lei disporá sobre a forma de "
"gestão integrada do "
"conjunto das unidades. "
"Art. 27. As unidades de conservação devem dispor de um Plano de "
"Manejo. "
"§ 1o O Plano de Manejo deve abranger a área da unidade de "
"conservação, sua zona de "
"amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o "
"fim de promover sua "
"integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas. "
"§ 2o Na elaboração, atualização e implementação do Plano de Manejo "
"das Reservas "
"Extrativistas, das Reservas de Desenvolvimento Sustentável, das "
"Áreas de Proteção Ambiental "
"e, quando couber, das Florestas Nacionais e das Áreas de Relevante "
"Interesse Ecológico, será "
"assegurada a ampla participação da população residente. "
"§ 3o O Plano de Manejo de uma unidade de conservação deve ser "
"elaborado no prazo de cinco "
"anos a partir da data de sua criação. "
"Art. 28. São proibidas, nas unidades de conservação, quaisquer "
"alterações, atividades ou "
"modalidades de utilização em desacordo com os seus objetivos, o seu "
"Plano de Manejo e seus "
"regulamentos. "
"Parágrafo único. Até que seja elaborado o Plano de Manejo, todas as "
"atividades e obras "
"desenvolvidas nas unidades de conservação de proteção integral devem"
"se limitar àquelas "
"destinadas a garantir a integridade dos recursos que a unidade "
"objetiva proteger, assegurandose "
"às populações tradicionais porventura residentes na área as "
"condições e os meios "
"necessários para a satisfação de suas necessidades materiais, "
"sociais e culturais. "
"Art. 29. Cada unidade de conservação do grupo de Proteção Integral "
"disporá de um Conselho "
"Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e"
"constituído por "
"representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade "
"civil, por proprietários de "
"terras localizadas em Refúgio de Vida Silvestre ou Monumento "
"Natural, quando for o caso, e, na "
"hipótese prevista no § 2o do art. 42, das populações tradicionais "
"residentes, conforme se "
"dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade. "
"Art. 30. As unidades de conservação podem ser geridas por "
"organizações da sociedade civil de "
"interesse público com objetivos afins aos da unidade, mediante "
"instrumento a ser firmado com o "
"órgão responsável por sua gestão. "
"Art. 31. É proibida a introdução nas unidades de conservação de "
"espécies não autóctones. "
"§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo as Áreas de Proteção "
"Ambiental, as Florestas "
"Nacionais, as Reservas Extrativistas e as Reservas de "
"Desenvolvimento Sustentável, bem como "
"os animais e plantas necessários à administração e às atividades das"
"demais categorias de "
"unidades de conservação, de acordo com o que se dispuser em "
"regulamento e no Plano de "
"Manejo da unidade. "
"§ 2o Nas áreas particulares localizadas em Refúgios de Vida "
"Silvestre e Monumentos Naturais "
"podem ser criados animais domésticos e cultivadas plantas "
"considerados compatíveis com as "
"finalidades da unidade, de acordo com o que dispuser o seu Plano de "
"Manejo. "
"Art. 32. Os órgãos executores articular-se-ão com a comunidade "
"científica com o propósito de "
"incentivar o desenvolvimento de pesquisas sobre a fauna, a flora e a"
"ecologia das unidades de "
"conservação e sobre formas de uso sustentável dos recursos naturais,"
"valorizando-se o "
"conhecimento das populações tradicionais. "
"§ 1o As pesquisas científicas nas unidades de conservação não podem "
"colocar em risco a "
"sobrevivência das espécies integrantes dos ecossistemas protegidos. "
"§ 2o A realização de pesquisas científicas nas unidades de "
"conservação, exceto Área de "
"Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, "
"depende de aprovação prévia e "
"está sujeita à fiscalização do órgão responsável por sua "
"administração. "
"§ 3o Os órgãos competentes podem transferir para as instituições de "
"pesquisa nacionais, "
"mediante acordo, a atribuição de aprovar a realização de pesquisas "
"científicas e de credenciar "
"pesquisadores para trabalharem nas unidades de conservação. "
"Art. 33. A exploração comercial de produtos, subprodutos ou serviços"
"obtidos ou desenvolvidos "
"a partir dos recursos naturais, biológicos, cênicos ou culturais ou "
"da exploração da imagem de "
"unidade de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva "
"Particular do Patrimônio "
"Natural, dependerá de prévia autorização e sujeitará o explorador a "
"pagamento, conforme "
"disposto em regulamento. "
"Art. 34. Os órgãos responsáveis pela administração das unidades de "
"conservação podem "
"receber recursos ou doações de qualquer natureza, nacionais ou "
"internacionais, com ou sem "
"encargos, provenientes de organizações privadas ou públicas ou de "
"pessoas físicas que "
"desejarem colaborar com a sua conservação. "
"Parágrafo único. A administração dos recursos obtidos cabe ao órgão "
"gestor da unidade, e "
"estes serão utilizados exclusivamente na sua implantação, gestão e "
"manutenção. "
"Art. 35. Os recursos obtidos pelas unidades de conservação do Grupo "
"de Proteção Integral "
"mediante a cobrança de taxa de visitação e outras rendas decorrentes"
"de arrecadação, serviços "
"e atividades da própria unidade serão aplicados de acordo com os "
"seguintes critérios: "
"I - até cinqüenta por cento, e não menos que vinte e cinco por "
"cento, na implementação, "
"manutenção e gestão da própria unidade; "
"II - até cinqüenta por cento, e não menos que vinte e cinco por "
"cento, na regularização fundiária "
"das unidades de conservação do Grupo; "
"III - até cinqüenta por cento, e não menos que quinze por cento, na "
"implementação, manutenção "
"e gestão de outras unidades de conservação do Grupo de Proteção "
"Integral. "
"Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de "
"significativo impacto "
"ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com "
"fundamento em estudo de "
"impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o empreendedor "
"é obrigado a apoiar a "
"implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de "
"Proteção Integral, de "
"acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei. "
"§ 1o O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor para "
"esta finalidade não pode "
"ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a "
"implantação do empreendimento, "
"sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador, de "
"acordo com o grau de impacto "
"ambiental causado pelo empreendimento. "
"§ 2o Ao órgão ambiental licenciador compete definir as unidades de "
"conservação a serem "
"beneficiadas, considerando as propostas apresentadas no EIA/RIMA e "
"ouvido o empreendedor, "
"podendo inclusive ser contemplada a criação de novas unidades de "
"conservação. "
"§ 3o Quando o empreendimento afetar unidade de conservação "
"específica ou sua zona de "
"amortecimento, o licenciamento a que se refere o caput deste artigo "
"só poderá ser concedido "
"mediante autorização do órgão responsável por sua administração, e a"
"unidade afetada, mesmo "
"que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser uma "
"das beneficiárias da "
"compensação definida neste artigo. "
" "
"CAPÍTULO V "
"DOS INCENTIVOS, ISENÇÕES E PENALIDADES "
" "
"Art. 37. (VETADO) "
"Art. 38. A ação ou omissão das pessoas físicas ou jurídicas que "
"importem inobservância aos "
"preceitos desta Lei e a seus regulamentos ou resultem em dano à "
"flora, à fauna e aos demais "
"atributos naturais das unidades de conservação, bem como às suas "
"instalações e às zonas de "
"amortecimento e corredores ecológicos, sujeitam os infratores às "
"sanções previstas em lei. "
"Art. 39. Dê-se ao art. 40 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de "
"1998, a seguinte redação: "
""Art. 40. (VETADO) "
""§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as"
"Estações Ecológicas, "
"as Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais"
"e os Refúgios de Vida "
"Silvestre." (NR) "
""§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção "
"no interior das Unidades "
"de Conservação de Proteção Integral será considerada circunstância "
"agravante para a fixação "
"da pena." (NR) "
""§ 3o "
"...................................................................."
"" "
"Art. 40. Acrescente-se à Lei no 9.605, de 1998, o seguinte art. "
"40-A: "
""Art. 40-A. (VETADO) "
""§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável as "
"Áreas de Proteção "
"Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas "
"Nacionais, as Reservas "
"Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de Desenvolvimento "
"Sustentável e as "
"Reservas Particulares do Patrimônio Natural." (AC) "
""§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção "
"no interior das Unidades "
"de Conservação de Uso Sustentável será considerada circunstância "
"agravante para a fixação da "
"pena." (AC) "
""§ 3o Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade." (AC) "
" "
"CAPÍTULO VI "
"DAS RESERVAS DA BIOSFERA "
" "
"Art. 41. A Reserva da Biosfera é um modelo, adotado "
"internacionalmente, de gestão integrada, "
"participativa e sustentável dos recursos naturais, com os objetivos "
"básicos de preservação da "
"diversidade biológica, o desenvolvimento de atividades de pesquisa, "
"o monitoramento "
"ambiental, a educação ambiental, o desenvolvimento sustentável e a "
"melhoria da qualidade de "
"vida das populações. "
"§ 1o A Reserva da Biosfera é constituída por: "
"I - uma ou várias áreas-núcleo, destinadas à proteção integral da "
"natureza; "
"II - uma ou várias zonas de amortecimento, onde só são admitidas "
"atividades que não resultem em dano para as áreas-núcleo; e "
"III - uma ou várias zonas de transição, sem limites rígidos, onde o "
"processo de ocupação e o manejo dos recursos naturais são planejados"
"e conduzidos de modo participativo e em bases sustentáveis. "
"§ 2o A Reserva da Biosfera é constituída por áreas de domínio "
"público ou privado. "
"§ 3o A Reserva da Biosfera pode ser integrada por unidades de "
"conservação já criadas pelo "
"Poder Público, respeitadas as normas legais que disciplinam o manejo"
"de cada categoria "
"específica. "
"§ 4o A Reserva da Biosfera é gerida por um Conselho Deliberativo, "
"formado por representantes de instituições públicas, de organizações"
"da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser em"
"regulamento e no ato de constituição da unidade. "
"§ 5o A Reserva da Biosfera é reconhecida pelo Programa "
"Intergovernamental "O Homem e a Biosfera – MAB", estabelecido pela "
"Unesco, organização da qual o Brasil é membro. "
" "
"CAPÍTULO VII "
"DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS "
" "
"Art. 42. As populações tradicionais residentes em unidades de "
"conservação nas quais sua permanência não seja permitida serão "
"indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes e "
"devidamente realocadas pelo Poder Público, em local e condições "
"acordados entre as partes. "
"§ 1o O Poder Público, por meio do órgão competente, priorizará o "
"reassentamento das "
"populações tradicionais a serem realocadas. "
"§ 2o Até que seja possível efetuar o reassentamento de que trata "
"este artigo, serão "
"estabelecidas normas e ações específicas destinadas a compatibilizar"
"a presença das "
"populações tradicionais residentes com os objetivos da unidade, sem "
"prejuízo dos modos de "
"vida, das fontes de subsistência e dos locais de moradia destas "
"populações, assegurando-se a "
"sua participação na elaboração das referidas normas e ações. "
"§ 3o Na hipótese prevista no § 2o, as normas regulando o prazo de "
"permanência e suas "
"condições serão estabelecidas em regulamento. "
"Art. 43. O Poder Público fará o levantamento nacional das terras "
"devolutas, com o objetivo de "
"definir áreas destinadas à conservação da natureza, no prazo de "
"cinco anos após a publicação "
"desta Lei. "
"Art. 44. As ilhas oceânicas e costeiras destinam-se prioritariamente"
"à proteção da natureza e "
"sua destinação para fins diversos deve ser precedida de autorização "
"do órgão ambiental "
"competente. "
"Parágrafo único. Estão dispensados da autorização citada no caput os"
"órgãos que se utilizam "
"das citadas ilhas por força de dispositivos legais ou quando "
"decorrente de compromissos legais "
"assumidos. "
"Art. 45. Excluem-se das indenizações referentes à regularização "
"fundiária das unidades de "
"conservação, derivadas ou não de desapropriação: "
"I - (VETADO) "
"II - (VETADO) "
"III - as espécies arbóreas declaradas imunes de corte pelo Poder "
"Público; "
"IV - expectativas de ganhos e lucro cessante; "
"V - o resultado de cálculo efetuado mediante a operação de juros "
"compostos; "
"VI - as áreas que não tenham prova de domínio inequívoco e anterior "
"à criação da unidade. "
"Art. 46. A instalação de redes de abastecimento de água, esgoto, "
"energia e infra-estrutura "
"urbana em geral, em unidades de conservação onde estes equipamentos "
"são admitidos "
"depende de prévia aprovação do órgão responsável por sua "
"administração, sem prejuízo da "
"necessidade de elaboração de estudos de impacto ambiental e outras "
"exigências legais. "
"Parágrafo único. Esta mesma condição se aplica à zona de "
"amortecimento das unidades do "
"Grupo de Proteção Integral, bem como às áreas de propriedade privada"
"inseridas nos limites "
"dessas unidades e ainda não indenizadas. "
"Art. 47. O órgão ou empresa, público ou privado, responsável pelo "
"abastecimento de água ou "
"que faça uso de recursos hídricos, beneficiário da proteção "
"proporcionada por uma unidade de "
"conservação, deve contribuir financeiramente para a proteção e "
"implementação da unidade, de "
"acordo com o disposto em regulamentação específica. "
"Art. 48. O órgão ou empresa, público ou privado, responsável pela "
"geração e distribuição de "
"energia elétrica, beneficiário da proteção oferecida por uma unidade"
"de conservação, deve "
"contribuir financeiramente para a proteção e implementação da "
"unidade, de acordo com o "
"disposto em regulamentação específica. "
"Art. 49. A área de uma unidade de conservação do Grupo de Proteção "
"Integral é considerada "
"zona rural, para os efeitos legais. "
"Parágrafo único. A zona de amortecimento das unidades de conservação"
"de que trata este "
"artigo, uma vez definida formalmente, não pode ser transformada em "
"zona urbana. "
"Art. 50. O Ministério do Meio Ambiente organizará e manterá um "
"Cadastro Nacional de "
"Unidades de Conservação, com a colaboração do Ibama e dos órgãos "
"estaduais e municipais "
"competentes. "
"§ 1o O Cadastro a que se refere este artigo conterá os dados "
"principais de cada unidade de "
"conservação, incluindo, dentre outras características relevantes, "
"informações sobre espécies "
"ameaçadas de extinção, situação fundiária, recursos hídricos, clima,"
"solos e aspectos "
"socioculturais e antropológicos. "
"§ 2o O Ministério do Meio Ambiente divulgará e colocará à disposição"
"do público interessado os "
"dados constantes do Cadastro. "
"Art. 51. O Poder Executivo Federal submeterá à apreciação do "
"Congresso Nacional, a cada dois "
"anos, um relatório de avaliação global da situação das unidades de "
"conservação federais do "
"País. "
"Art. 52. Os mapas e cartas oficiais devem indicar as áreas que "
"compõem o SNUC. "
"Art. 53. O Ibama elaborará e divulgará periodicamente uma relação "
"revista e atualizada das "
"espécies da flora e da fauna ameaçadas de extinção no território "
"brasileiro. "
"Parágrafo único. O Ibama incentivará os competentes órgãos estaduais"
"e municipais a "
"elaborarem relações equivalentes abrangendo suas respectivas áreas "
"de jurisdição. "
"Art. 54. O Ibama, excepcionalmente, pode permitir a captura de "
"exemplares de espécies "
"ameaçadas de extinção destinadas a programas de criação em cativeiro"
"ou formação de "
"coleções científicas, de acordo com o disposto nesta Lei e em "
"regulamentação específica. "
"Art. 55. As unidades de conservação e áreas protegidas criadas com "
"base nas legislações "
"anteriores e que não pertençam às categorias previstas nesta Lei "
"serão reavaliadas, no todo ou "
"em parte, no prazo de até dois anos, com o objetivo de definir sua "
"destinação com base na "
"categoria e função para as quais foram criadas, conforme o disposto "
"no regulamento desta Lei. "
"Art. 56. (VETADO) "
"Art. 57. Os órgãos federais responsáveis pela execução das políticas"
"ambiental e indigenista "
"deverão instituir grupos de trabalho para, no prazo de cento e "
"oitenta dias a partir da vigência "
"desta Lei, propor as diretrizes a serem adotadas com vistas à "
"regularização das eventuais "
"superposições entre áreas indígenas e unidades de conservação. "
"Parágrafo único. No ato de criação dos grupos de trabalho serão "
"fixados os participantes, bem "
"como a estratégia de ação e a abrangência dos trabalhos, garantida a"
"participação das "
"comunidades envolvidas. "
"Art. 58. O Poder Executivo regulamentará esta Lei, no que for "
"necessário à sua aplicação, no "
"prazo de cento e oitenta dias a partir da data de sua publicação. "
"Art. 59. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. "
"Art. 60. Revogam-se os arts. 5o e 6o da Lei no 4.771, de 15 de "
"setembro de 1965; o art. 5o da "
"Lei no 5.197, de 3 de janeiro de 1967; e o art. 18 da Lei no 6.938, "
"de 31 de agosto de 1981. "
"Brasília, 18 de julho de 2000; 179o da Independência e 112o da "
"República. "