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Laboratório De Materias

Trabalho de laboratório de materiais

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    December 2018
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Ensaios Metalográficos O ensaio visual dos metais foi o primeiro método de ensaio não destrutivo aplicado pelo homem. É, com certeza, o ensaio mais barato, usado em todos os ramos da indústria. Assim, a inspeção visual exige definição clara e precisa de critérios de aceitação e rejeição do produto que está sendo inspecionado. Metalografia: É a parte da metalurgia destinada ao estudo da Macroestrutura e Microestrutura dos metais e ligas. É de grande importância na resolução de problemas com relação a durabilidade de componentes metálicos, quando submetidos as condições mais severas de serviços, informando a causa dos defeitos e objetivando o desenvolvimento tecnológico. O ensaio metalográfico pode ser: Macrográfico Micrográico 1. Relatório de Macrografia 1.1 Introdução: Consiste no exame do aspecto de uma superfície plana seccionada de uma peça ou amostra metálica, devidamente polida e atacada por um reagente adequado, e observando as heterogeneidades ou defeitos que possam estar associados ao material ou ao processo de fabricação que tenha sido utilizado. 1.2 Objetivo: conhecer as técnicas de preparação e análise macrográficas que podem ser empregadas em produtos siderúrgicos comuns. 1.3 Procedimento: Preparação do corpo de prova: Escolha da localização da seção a ser estudada Corte Transversal e/ou longitudinal Realização de uma superfície plana e lixada no lugar escolhido o Serra, maçarico , torno, cut-off o Esmeril, plaina, retífica o Lixas: ...-220,320,400,600 Obs: Nestas operações deverá ser evitados o encruamento e aquecimento do material, visto que poderá haver influência na interpretação da estrutura. Após o lixamento não polir o material, pois este polimento dificultará o ataque e a fotografia em virtude da tensão superficial e dos reflexos respectivamente. Ataque dessa superfície por um reagente químico adequado Importância dos diferentes reativos: Reativo de iodo: Ataque rápido e por aplicação, as imagem aparecem com simples ataque da superfície e desaparecem com um leve repolimento; Reativo de Ácido Sulfúrico: Este reativo é empregado à quente ou à frio, produz um ataque enérgico (somente a quente), e um ataque feito por imersão; Reativo de Ácido Clorídrico: Este reativo é empregado à quente ou a frio por imersão; Reativo de Ácido Nítrico: Este reativo é empregado à quente para aços especiais Reativo de Fly: Este reativo é aconselhado para revelar linha de deformação em material pouco encruado (Linhas de Lüder); Reativo de Adler: Este reativo é aconselhado para aços, cobre e suas ligas, para revelar segregações, zonas temperadas e estruturas primárias(fundição); 1.4 Resultados e Conclusões Estrutura interligada por soldas. Percebe-se um erro do operador na execução quanto a distância e angulo de aplicação. Parte de trilho desgastado e com efeito "calda de andorinha" causado em sua fabricação. Reaproveitamento da peça com materiais diferentes. Aço de outro tipo. Preenchimento interno com soldas. Segregações irregulares e numerosas bôlhas cheias de material impuro 2. Relatório de Micrografia 2.1 Introdução: Consiste no estudo dos produtos metalúrgicos com auxílio do Microscópio, permitindo observar e identificar a granulação do material, a natureza, forma, quantidade e distribuição dos diversos constituintes (fases) ou de certas heterogeneidades (inclusões), etc. 2.2 Objetivo: conhecer as técnicas de preparação de amostras e análise micrográfica, costumeiramente empregadas em produtos siderúrgicos comuns. 2.3 Procedimento 1º Corte: Na preparação metalográfica a retirada correta das amostras poderá ser considerada como a mais importante etapa na preparação de c.p. 2º Embutimento: para peças e c.p. de pequeno porte usa-se o método de embutimento a frio ou a quente, pois além de facilitar o manuseio evita que as amostras com arestas rasguem a lixa ou pano de polimento, bem como seu abaulamento durante o polimento. 3º Lixamento: Quando os riscos estiverem na mesma direção, a amostra será mudada (90º) em cada lixa subseqüente até desaparecer os traços da lixa anterior. 4º Limpeza: Um dos estágios importantes da seqüência da preparação da amostra metalografica é a limpeza, pois a amostra metalografica geralmente está impregnada com óleo, graxa ou poeira. Toda amostra deverá passar pelo processo de limpeza e também após cada estágio de preparação, sendo que este cuidado deverá ser redobrado especialmente durante o polimento. 5º Polimento: O Polimento é um dos estágios mais importantes da seqüência de preparação de amostras metalografica, cerâmicas e petrográficas, pois consiste em obter um superfície isenta de riscos, permitindo observação de uma imagem clara e perfeita ao microscópio de estruturas em exame. 6º Ataque: Uma amostra lixada e polida esta pronta para o exame macro ou microcópico desde que seus elementos estruturais possam ser distinguidos uns dos outros, através da diferenciação de cor, elevo e falhas estruturais. Geralmente uma superfície metálica polida reflete a luz uniformemente,de tal maneira que os detalhes de sua estrutura não podem ser distinguidos, necessitando-se contrastá-los adequadamente Nital (2 a 5%): Diferencia a martensita da ferrita. Picral: Diferencia a perlita Da bainita e detecta carbetos na martensita e em contorno de grãos em aços de baixo carbono. Picrato de Sódio: Este reativo colore a cementita(ficando preta), os carbetos complexos dos aços-ligas e a steadita dos ferros fundidos. Reagente Vilella: Revela o contorno de grãos em aços temperados Reagente Murakami: Este reativo irá colorir a ferrita de tonalidade azul e castanho. Os carbetos de tonalidade escura e austenita inalterada. Reagente Metabissulfito de potássio: Irá revelar a matriz austenítica com áreas azuis de ferrita. Reagente de Bereha: Usados em aços temperados 2.4 Resultados e Conclusões Aço Baixo carbono Recozido: Devido ao resfriamento lento, dentro do forno, a micrografia apresenta uma aparência razoavelmente uniforme pois a maior parte dos grão é representado pela ferrita. Aço Médio Carbono Recozido: Devido ao resfriamento lento, dentro do forno, a micrografia apresenta áreas claras representam a ferrita e as escuras, a perlita. Aço Alto Carbono Recozido: Devido ao resfriamento lento, dentro do forno desligado, a micrografia apresenta a cementita envolvendo os grão de perlita em forma de um teia. Aço Médio Carbono Normalizado: Com o resfriamento ao ar e não ao forno, a micrografia apresenta perlita fina e ferrita.(sem fotografia) Aço alto Carbono Normalizado: com o resfriamento ao ar e não ao forno, a micrografia apresenta perlita fina e cementita ou bainita. 3. Tratamentos Térmicos 3.1 Introdução: Aquecimentos e resfriamentos de aços podem provocar mudanças nas estruturas dos mesmos e, por conseqüência, nas propriedades físicas. Tais processos são empregados quando se deseja adequar as características do aço a alguma etapa do processo de fabricação ou à condição de produto final. Existem vários tipos de tratamento térmico para aços e outros metais. 3.2 Objetivos: O presente trabalho vista conhecimentos no procedimento de tratamentos térmicos e relacioná-los com a alteração na estrutura cristalina do materiais. 3.3 Procedimentos e Discussões Recozimento: O processo consiste no aquecimento até temperatura acima da transformação da austenita e resfriamento lento no próprio forno. Muitas vezes, devido ao próprio processo de produção ou a trabalhos anteriores como deformações a quente ou a frio, o aço apresenta dureza excessiva ou pouca maleabilidade e ductilidade, inadequadas para operações como usinagem, dobra e outras.O recozimento tem por finalidade modificar estes aspectos (reduzir dureza, melhorar ductilidade, etc) e também outros como remover gases dissolvidos, homogeneizar estrutura dos grãos, etc. A transformação da austenita se dá na parte superior das linhas de início e fim da transformação e, portanto, haverá formação de perlita de menor dureza (o exemplo é para um aço eutético. Para um aço hipoeutético, haverá também ferrita e, para um hipereutético, cementita). " "HC " "Aço baixo Carbono "45 " "Aço Médio Carbono "88 " "Aço Alto Carbono "61 " "Aço de Const. Mecânica"69 " "Aço Ferramenta "185 " Normalização: O processo é similar ao recozimento, com a diferença no resfriamento ao ar e não no forno. Assim, ele será mais rápido que o recozimento. Tem por finalidade regularizar e refinar a estrutura granular de peças forjadas, laminadas ou fundidas. É geralmente usada como tratamento prévio à têmpera, propiciando também menores empenamentos e deformações. Dependendo do teor de carbono do aço, podem ser formados perlita fina e ferrita, perlita fina e cementita ou bainita. " "HC " "Aço baixo Carbono "49 " "Aço Médio Carbono "104 " "Aço Alto Carbono "79 " "Aço de Const. Mecânica"77 " "Aço Ferramenta "239 " Têmpera: O processo se dá pelo aquecimento a uma temperatura acima da temperatura de transformação e resfriamento rápido em fluidos como óleo ou água, conforme curva verde, obtendo-se uma estrutura basicamente martensítica. A principal finalidade é o aumento da dureza e da resistência à tração do aço através da formação da martensita. Numa peça real, o resfriamento das partes internas será mais lento que o da superfície. O resfriamento desigual também provoca tensões mecânicas pois a região superficial se contrai mais rapidamente que o interior. Tais fatores são responsáveis pela tendência de deformações e empenamentos em peças temperadas. Em casos extremos, as tensões internas podem ser tão altas que inutilizam a peça com a formação de trincas, pois a martensita, apesar de dura, tem fragilidade maior. " "HC " "Aço baixo Carbono "79 " "Aço Médio Carbono "511 " "Aço Alto Carbono "185 " "Aço de Const. Mecânica"232 " "Aço Ferramenta "260 " Revenimento: Depois de temperada, a peça é aquecida e mantida por algum tempo a uma temperatura, em geral abaixo de 600°C. Ocorre assim, um alívio das tensões internas e mudanças na estrutura da martensita e outras transformações. O resultado é uma redução da dureza (normalmente excessiva após a têmpera) e da fragilidade do aço. É o tratamento usado para remover os problemas deixados pela têmpera, conforme citado no tópico anterior. A dureza final diminui com o aumento da temperatura do revenido. " "HC " "Aço baixo Carbono "64 " "Aço Médio Carbono "192 " "Aço Alto Carbono "179 " "Aço de Const. Mecânica"211 " "Aço Ferramenta "253 " 3.4 Conclusão: Relacionando os tratamentos térmicos realizados com suas respectivas durezas para um determinado material, podemos concluir que a dureza é maior para a têmpera, mas o material tem maior fragilidade e menor o recozimento tem menor dureza, mas tem maior tenacidade. Bibliografia http://myspace.eng.br/eng/mat/aco1.asp http://www.tecnologiamecanica.com.br/Site_arquivos/download_1.html CHIAVERINI, V. Aços e Ferros Fundidos. ABM, São Paulo, 1987.