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It Nº 100 - Ferrugem Do Colmo Da Aveia

FERRUGEM DO COLMO

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Centro-Norte de Córdoba, campaña 2009-2010. Informativo técnico N°100 Centro-Norte Laboratório de Fitopatologia – Universidade de Passo Fundo NOME COMUM DA DOENÇA Ferrugem do colmo da aveia. HOSPEDEIROS Esta doença é específica da cultura da aveia (Avena spp.) INTRODUÇÃO A aveia é uma cultura sucessora muito importante no sistema de produção do sul do Brasil e esta avançando em área cultivada em outros estados também, como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. É considerada uma cultura recuperadora de solo, indispensável na formação de palhada na prática do plantio direto, além disso o cultivo da aveia destina-se à adubação verde, produção de forragem e grãos para alimentação humana e animal. DANOS Não foi encontrado quantificação de danos para esta doença. SINTOMAS Os sintomas ocorrem dois a três dias após a penetração do fungo, na forma de manchas puntiformes, levemente amareladas. A medida que o fungo se desenvolve, as lesões vão ficando salientes, aumentam de tamanho, adquirem conformação alongada, no sentido das nervuras (pústula, urédia), até o rompimento da epiderme e exposição dos uredosporos (Figura 1). As urédias podem estar isoladas ou confluentes sobre o colmo, bainha e lâmina foliar. Com a senescência dos tecidos originam-se pústulas com coloração negra devido à presença dos teliosporos (Figura 2). Figura 1. Pústulas da ferrugem do colmo da aveia Figura 2 Teliosporos de Puccinia graminis f. sp. avenae CONDIÇÕES AMBIENTAIS PREDISPONENTES A temperatura ótima para o desenvolvimento da doença é 30°C. O patógeno requer 8 a 10 horas de molhamento contínuo e temperatura de 18°C, seguido de um aumento gradual até 26°C para infectar e colonizar a aveia. ETIOLOGIA O agente causal da doença é o fungo Puccinia graminis f. sp. avenae pertencente à família Pucciniaceae, ordem Uredinales e classe Basidiomycotina. Os uredosporos são individualmente amarelos e no conjunto pardoferruginosos, oblongo-ovais e medem 15-24 x 21-40 µm com paredes equinuladas. Os teliosporos são bicelulares, elipsóides a clavados, medindo 15-20 x 40 µm. São afilados em direção ao ápice, tendo paredes lisas, espessas, com uma constrição em seu septo. Apresentam um poro germinativo terminal na célula superior e um lateral na célula inferior. A germinação ocorre após varias semanas de dormência no frio e produz basídio hialino, no qual se desenvolvem quatro esporídios hialinos nas extremidades dos esterigmas. CONTROLE No caso da aveia branca, as medidas de controle incluem: (i) Uso de cultivares resistentes. (ii) Eliminação de plantas voluntárias(pd); (iii) Aplicação de fungicidas em orgãos aéreos: epoxiconazol (50g/lt) + piraclostrobina (133g/lt) na dose de 1lt/ha ou tebuconazole (200CE): na dose de 0,75lt/ha). NÃO TEM REGISTRO NO MAPA. BIBLIOGRAFIA COMISSÃO BRASILEIRA DE PESQUISA DE AVEIA. Indicações técnicas para cultura da aveia. Guarapuava: Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, 2006, p.82. FORCELINI, C.A.; REIS, E.M. Doenças da Aveia. In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L.E.A.; REZENDE, J.A.M. (Eds.) Manual de fitopatologia: doenças das plantas cultivadas. 4. ed. São Paulo: Agronômica Ceres, 2005. v.2, p. 95-98. REIS, E.M.; CASA, R.T. Doenças dos cereais do inverno: diagnose, epidemiologia e controle. 2.ed. Lages: Graphel, 2007, p. 174. Preparado por Ricardo Brustolin, Roberto De Rossi, Cassandro Maloz. Alunos do programa de pós-graduação em Agronomia, área de concentração de Fitopatologia (2011)