Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Iniciação Cientifica

projeto

   EMBED

  • Rating

  • Date

    December 2018
  • Size

    404.5KB
  • Views

    5,732
  • Categories


Share

Transcript

25 Grafico 7. Resultados da Análises Fitoquímicas para Saponinas Gráfco 6. Resultado das Análises Fitoquímicas para Taninos 87,5% 12,5% SUMÁRIO INTRODUÇÃO.........................................................................................................06 OBJETIVOS..............................................................................................................09 3. REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................10 3.1. Abordagem etnobotânico.................................................................................10 3. 2. Abordagem sobre a fitoterapia........................................................................10 3.3. Abordagem sobre a fitoquímica......................................................................11 4. MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................................13 4.1 Localização e caracterização da área de estudo...............................................13 4.2. Coleta de material botânico...............................................................................13 4.3. Preparação de extratos.......................................................................................14 4.4. Testes químicos..................................................................................................14 5. RESULTAODS E DISCURSÕES............................................................................17 5.1. Levantamento etnobotânico..............................................................................17 5.2. Estudo Floristico.................................................................................................18 5.3. Triagem fitoquímica...........................................................................................19 6. CONCLUSÃO............................................................................................................23 7. REFERÊNCIAS ........................................................................................................24 INTRODUÇÃO A utilização das plantas medicinais pelo homem data se de tempos remotos desde a pré – históricos até os dias atuais. As civilizações Pré - Colombianas da America faziam o uso das plantas como medicamento, assim como as civilizações orientais também utilizava as plantas como tratamento de enfermidades. Atualmente com todo progresso cientifico algumas sociedades orientais e comunidades ainda utilizam as plantas como meio de tratamento de doenças e enfermidades. Quando se procura obter substâncias ativas de plantas, um dos principais aspectos a serem observados consiste nas informações da medicina popular. Já é do conhecimento que é muito mais provável encontrar atividade biológica em plantas orientadas pelo seu uso na medicina popular do que em plantas escolhidas ao acaso. (Yunes, 2001). O grande incremento do uso de plantas para fins medicinais tem provocado um renovado interesse pelo conhecimento da composição química das plantas. (Simões, 2001). O estudo químico de plantas tem despertado ao longo da história o interesse de farmacêuticos, químicos, médicos, agrônomos e mais recentemente de leigos, com vistas à descoberta ou à justificativa das atividades daquelas usadas como medicinais. O início das experiências neste campo de trabalho pode ser, entretanto, extremamente frustrante por causa das dificuldades encontradas quando não se tem ainda a necessária experiência neste campo de trabalho (MATOS, 1997). No Brasil, 20% por cento da população consomem 63 % dos medicamentos disponíveis e o restante encontra nos produtos naturais, especialmente nas plantas, a única fonte de recursos terapêuticos (ARAÚJO JORGE, e SCUDELLER, 2003). Planta medicinal é toda e qualquer planta que age como forma de tratamento de enfermidade ou doença, e que sua tenha sua ação medicinal cientificamente comprovada. O Brasil é detentor de grande diversidade biológica com importantes famílias de plantas medicinais que despertam interesse econômico e são alvo de constantes pesquisas científicas no Brasil e no mundo (GOTTLIEB et al, 1998). Grande parte desta diversidade de plantas está situada no bioma do cerrado, que abriga uma infinidade de plantas com potencial medicinal latente, e que a população desta regional utiliza em seu beneficio. O Bioma (cerrado) abrange cerca de 22 % do território nacional (196.776.853 de hectares) distribuído continuamente nos Estados de Goiás, Tocantins, Distrito Federal, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Maranhão, Piauí e Ceará. Além dessas áreas há presença de manchas de cerrado no Amapá, Amazonas, Pará e Roraima (IORIS, 1999). Diante desta diversidade vegetal, as comunidades científicas vêem se interessando pelo estudo e descobertas de novos metabólicos secundários, tanto no campo da farmacologia quanto no campo da cosmética. Os principias metabólicos secundários são os alcalóides, flavonóides, esteróides/triterpenóides, saponinas, taninos dentre outros. Para Dixon (2001) o metabolismo primário é considerado como uma serie de processos envolvidos na manutenção fundamental da sobrevivência e do desenvolvimento, enquanto o metabolismo secundário consiste num sistema com importante função para a sobrevivência e competição no ambiente A vida de todos os organismos vivos dependem das reações químicas que ocorrem com os metálicos secundários e primários, e o estudo destes metabólicos propiciarem novas descobertas no campo farmacológico. O Projeto de Lei 4106/04, apresentado à Câmara dos Deputados pela Comissão de Seguridade Social e Família, prevê a inclusão de medicamentos fitoterápicos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename). Para que isso ocorra, a proposta determina que esses remédios sigam a legislação prevista pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). No entendimento da Comissão, a medida beneficiará os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que a Rename estabelece a relação básica e prioritária dos medicamentos que deverão ser comprados para uso do SUS (BRASIL, 2005). A fitoquímica é a ciência responsável pelo estudo dos constituintes químicos encontrados nos vegetais, procurando identificar e isolar compostos ou substâncias. Dos constituintes químicos destacam-se alguns metabólitos secundários que são de importante uso na alimentação ou até mesmo para fins terapêuticos, dentre outras funções. (MARTINS et al, 1995). Os alcalóides formam um grupo heterogêneo de substâncias orgânicas, cuja similaridade molecular mais significativa é a presença de nitrogênio na forma de amina (raramente amida). Existem várias classes de alcalóides, e todas apresentam alguma ação fisiológica, geralmente no sistema nervoso central, o que tem sido utilizado para o benefício do homem na produção de drogas medicinais, como, por exemplo, a morfina (VICKERY E VICKERY, 1981). O grupo dos alcalóides apresenta uma função sedativa, por tal motivo são empregados na medicina, sendo que alguns alcalóides podem se torna venenos mortais dependendo da dosagem utilizada. Alguns alcalóides como morfina é eficaz contra a dor, é extraída da papoula, e estricnina, estimulante do sistema nervoso central, derivado da amina aromática indol. Inúmeras atividades biológicas estão associadas ao grupo dos flavonóides, como, por exemplo, funções antioxidante, antiinflamatória e anticancerígena (VERDI; BRIGHENTE, PIZZOLATTI, 2005). Flavonóides são grupos de substâncias encontradas em plantas e são responsáveis pela pigmentação das plantas. Os esteróides são uma classe de metabólicos responsáveis pela harmonia das funções primordiais no organismo, afinal são solúveis em gorduras (lipídios) o que auxiliam na manutenção do organismo. As saponinas também conhecidas com saponosídeos são grupos de glicosídeos descritos como derivados triterpenos tetracíclico. Aumenta a absorção e utilização de certos minerais, inclusive o silício. Os taninos são denominados como polifenóis de peso molecular variado, e com capacidade de precipitar proteínas e também são hidrossolúveis. O interesse medicinal reside essencialmente na sua natureza adstringente: possuem a propriedade de coagular albuminas das mucosas, e dos tecidos, criando assim uma chamada de coagulação isoladora e protetora, cujo efeito é reduzir a irritabilidade e a dor, deter os pequenos derrames de sangue (Substâncias ativas das ervas medicinais, 2003) Visando o estudo sistemático da flora do cerrado da Área de Proteção Ambiental – Inhamun, Caxias/MA, a presente pesquisa tem a finalidade fazer uma a abordagem que permite conhecer espécies presentes nesta de proteção área e obter informações sobre sua composição química realizando os testes qualitativos para as seguintes classes de metabólitos secundários: esteróides/triterpenóides, flavonóides, alcalóides, saponinas e taninos em plantas, utilizando a metodologia clássica de MATOS (1997). Para realizar este trabalho, foram utilizadas as técnicas de análise fitoquímica denominada por Matos (1997) e Honda (1990), com Técnica de Prospecção de constituintes químicos de extratos de plantas. 2. OBJETIVOS 2.1 Geral Estudar a triagem fitoquímica de espécies vegetais da APA - Inhamun realizando testes qualitativos e qualitativa com avaliação aproximada para as seguintes classes de metabólitos secundários: Esteróides/triterpenóides, alcalóides, flavonóides, taninos e saponinas. 2.2 Específico Realizar estudo etnobotânico na Área de Proteção Ambiental, Inhamun; Coletar e conhecer plantas medicinais na APAM - Inhamun, Caxias, Maranhão. Pesquisar a presença de taninos, saponinas, flavonóides, alcalóides, terpenos, esteróides/triterpenóides, através de técnicas possíveis. 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1. Abordagem Etnobotânica A Etnobotânica é a ciência que estuda as interações dinâmicas entre as plantas e o homem; consistindo também na compreensão dos usos e aplicações tradicionais dos vegetais pelas pessoas. Ligada à botânica e à antropologia, é uma ciência interdisciplinar que também engloba conhecimentos farmacológicos, médicos, tecnológicos, ecológicos e lingüísticos (AMOROZO, 1996). No seu início, a Etnobotânica tinha um caráter mais restrito, estudando as inter-relações entre os vegetais com as sociedades ditas "primitivas". Com o passar do tempo esta limitação foi sendo superada e sua investigação expandiu-se, fazendo parte agora do seu campo de estudo, não somente as sociedades indígenas, mas também as sociedades industriais e suas relações estabelecidas com a flora (ALBUQUERQUE, 2005). A botânica, a química e a farmacologia abrangem conhecimentos indispensáveis para a utilização segura do uso de plantas medicinais. Sendo que a etnobotânica recolhe dados junto à população sobre a utilização, forma de uso, dose preconizada, indicação terapêutica, etc. (SIMÕES, et al, 2001). Contudo, a etnobotânica não se refere apenas ao estudo de plantas medicinais, mas abrange também o uso de espécies vegetais para diversos outros fins (PRANCE, 1987). A transmissão desse conhecimento, bem como pesquisas acerca dos usos terapêuticos de vegetais, vem como reforço contra a ameaça de extinção de inúmeras espécies, muitas destas ainda desconhecidas pela ciência (AGRA, 1994). 3.2. Abordagem sobre a fitoterapia A Fitoterapia é um campo onde mais acentua – se a discussão sobre a questão do conhecimento popular (senso comum) e do conhecimento científico. Durante longos períodos, todas as informações sobre as plantas medicinais vinham do conhecimento popular, construído através da observação do efeito das plantas nos organismos animais e humanos, este conhecimento posteriormente era transmitido principalmente através da tradição oral de geração em geração. De acordo com a legislação em vigor no país, entende-se como fitoterápico "aquele medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas vegetais. E caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos do seu uso, assim como pela reprodutibilidade e Constancia de sua qualidade. Sua eficácia e segurança são validadas através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3" (BRASIL, 2004). Apesar dos grandes avanços na química sintética, a produção de metabólitos secundários de plantas, por muito tempo, vem sendo feita por cultivo das plantas medicinais (FUMAGALI, et al 1998). Com o aparecimento das sulfas, dos antibióticos e com o incremento da síntese orgânica, começou a pressão dos produtos sintéticos sobre os de origem natural. Sem dúvida este avanço trouxe alguma melhoria na qualidade de vida das pessoas, mas o que as indústrias não contavam era que uma catástrofe estava em gestação nos seus laboratórios. Uma substância milagrosa que agia sem causar reações adversas, o ideal dos produtos sem efeitos colaterais graves: a talidomida (BARBOSA, 2001). 3.3. Abordagem sobre a fitoquímica Teoricamente, todas as plantas são potencialmente capazes de sintetizar metabólitos secundários, como aleloquímicos. No entanto, essa característica é mais comum entre as plantas selvagens, que, ao longo do seu ciclo evolutivo, desenvolveram mecanismos de adaptação para competir com outras, assegurando sua sobrevivência quer pela formação de estandes puros, quer para ser defender de seus inimigos naturais (SOUZA FILHO E ALVES, 2002). A fitoquímica objetiva o esclarecimento e registro dos constituintes resultantes do metabolismo secundário dos vegetais, através do isolamento e elucidação de suas estruturas moleculares. O crescente desenvolvimento de novas técnicas analíticas, como a cromatografia, e o constante aperfeiçoamento dos instrumentos de análise espectrométrica constituem a sua principal força motora. A seleção de plantas para estudo, geralmente, se baseia na prospecção e em relatos da literatura sobre ações antioxidantes, anti-inflamatórias e inseticidas dos vegetais (MATOS, 1997). Os produtos secundários aumentam a probabilidade de sobrevivência de uma espécie, pois são responsáveis por diversas atividades biológicas com este fim como, por exemplo, podem atuar como antibióticos, antifúngicos e antivirais para proteger as plantas dos patógenos, e também apresentando atividades antigerminativas ou tóxicas para outras plantas, fitoalexinas. Além disso, alguns destes metabólitos constituem importantes compostosque absorvem a luz ultravioleta evitando que as folhas sejam danificadas (LI et al., 1993). No âmbito de pesquisa em fitoquímica, a identificação positiva e segura da planta medicinal sob investigação garante a padronização dos métodos e a reprodutibilidade dos resultados, os quais podem vir a ter aplicação prática (BARBOSA, 2001). 4. MATERIAIS E MÉTODOS 4.1. Localização e caracterização da área de estudo A área de Proteção Ambiental do Inhamun situada na MA 127 que liga Caxias à cidade de São João do Sóter - MA, está entre as coordenadas 04° 53`30``S e 43° 24`53``W à margem esquerda da BR – 316, destino Teresina – PI a São Luis – MA. E corta o riacho do Inhamun, a aproximadamente 3 Km de suas principais nascentes. Possui uma área de aproximadamente 3.000ha, com árvores de grande porte, solo agilo -arenoso e uma vegetação rasteira que se assemelha aos cerrados. A Área de Proteção Ambiental do Inhamun possui um alto potencial hídrico, com várias coleções de água formando piscinas naturais ao longo de toda sua extensão. Figura 1. Localização da Área de Proteção Ambiental Inhamum 4.2. Coleta de material botânico O material foi coletado em diferentes pontos dentro da Área de Proteção do Inhamum. A coleta foi realizada no mês de março, respectivamente com a coleta de um número significante amostra vegetal (cascas), foram secas em temperatura ambiente em seguidas foram maceradas artesanalmente em um pilão e posteriormente em liquidificador a fim de serem reduzidas a um pó. Durante toda a coleta foi utilizado tesoura de poda, facões, sacos plásticos, agenda, fichas de campo e etiquetas. Cada vegetal recebeu um número de coleta seguido de anotações em material próprio. Quanto às análises Químicas as mesmas estão se processando o laboratório de Química do CESC/UEMA. 4.3. Preparação de extratos Após o processo de maceração e moagem, para que as casca e folhas chegassem a vira um pó, foi separado um quantitativo de 40 g, e submersas em 200 mL de álcool 92,8, por 48 horas, a fim de obter o extrato a da planta medicinal. Figura 2. Pó para preparo de extrato 4.4. Testes químicos Esteróides /triterpenóides Os testes para Esteróides/triterpenóides foram realizados tomando 2 mL do extrato e misturando-o à 2 mL de clorofórmio em um tubo de ensaio. E em seguida a solução clorofórmica foi filtrada gota a gota em um funil com uma bolinha de algodão coberta com alguns decigramas de Na2SO4 anidro, em outro tubo de ensaio. Adicionou-se então 1 mL de anidrido acético, agitando suavemente, e acrescentou-se cuidadosamente três gotas de H2SO4 concentrado, agitando suavemente e observando o desenvolvimento de coloração desta solução. b) Flavonóides Foram colocados em um tubo de ensaio 2 mL do extrato etanólico 92,8% e acrescido aproximadamente 0,5 cm de magnésio em fita e 2 mL de ácido clorídrico (HCl) concentrado. O fim da reação deu-se pelo termino de efervescência, onde foi observada a mudança na cor da mistura da reação no tubo, sendo comparada ao extrato bruto. Taninos Em um tubo de ensaio contendo 2 mL do extrato etanólico 92,8%, adicionando três gotas de solução alcoólica de cloreto férrico (FeCl3). Agitando e observando qualquer variação de cor, comparando com o extrato bruto. d) Saponinas Em um tubo de ensaio colocou-se 2 mL do extrato, adicionou-se 2 mL de clorofórmio (CHCl3) e 5 mL de água destilada, logo após filtrou-se para um tubo de ensaio. Em seguida a solução foi agitada fortemente por 3 minutos e observado a formação de espuma persistente. e) Alcalóides Em um tubo de ensaio utilizou-se 5 mL do extrato etanólico, foi alcalinizado com 15 gotas de hidróxido de sódio (NaOH) 1% e acrescido 5 mL de água. Na fração acrescentou-se 5 mL de clorofórmio (CHCl3) concentrado. A fração aquosa foi desprezada e a fração clorofórmica acrescida 15 gotas de ácido clorídrico (HCl) 1% e extraída com 5 mL de água. Essa fração clorofórmica foi desprezada e o teste realizou-se com a fração ácida, após a filtração. Distribuiu-se o volume obtido em três tubos menores e adicionaram-se respectivamente três gotas dos reagentes de Hager, Mayer e Dragendorff, observando o aparecimento de precipitados. Figura 3. Amostra após análises. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 5.1. Levantamento etnobotânico De acordo com os dados etnobotânicos obtidos com os moradores região, teve – se índices de indicação terapêutica bem significativa quanto a diversidade de doenças: 25% para inflamações, 25 % para doenças nos olhos, 25 % para cicatrizantes, 25 % outros. Podemos inferir que, os metabólitos secundários analisados em cascas, coletadas na Área de Proteção Ambiental Inhamun, possuem um número expressivo de indicações terapêuticas, tais como, antiinflamatórios, problemas digestivos, cicatrizantes, problemas de pele, anemia entre outros. Sendo mais bem utilizados no preparo de garrafadas. (Tabela 1). De acordo o levantamento feito verbalmente com as pessoas que residiam na área da pesquisa, que utilizam as plantas como meio terapêutico, a tabela 1 demonstra como foi feito o levantamento etnobotânico. (ver tabela 1) Para os moradores desta região a parte mais utilizada par ao preparo das garrafas é a casca e as plantas mais empregadas no tratamento antiinflamatório são a Jurubeba, o Barbatimão e a Ameixa. Para problemas nos olhos tem – se A sucupira preta e a sucupira amarela, enquanto como cicatrizantes temos a jurubeba e a violeta. Lembrando que muitas das indicações feitas pelas pessoas não tem comprovação cientifica. 5.2. Estudo florístico Quanto ao estudo florístico, foi possível identifica todos os espécimes. De posse dos dados que se obteve a partir de determinação taxonômica dos espécimes vegetais coletados conforme a (Tabela 1), foram determinadas: 5 famílias, 7 gêneros e 8 especies . O material botânico coletado encontra-se no Herbário do CESC/UEMA, duplicatas serão enviadas à especialistas para confirmação ou identificação da espécie. Tabela 1. Lista de espécies encontradas na Área de Preservação Ambiental do Inhamun, Caxias, Maranhão. Nome Cientifico Família Nome vulgar Indicação terapêutica Forma Ximenia americana L Olacaceae Ameixa Inflamação, anemia e fraquesa Garrafada Stryphnodendron coreaceum Benth Mimosaceae Barbatimão Inflamação de fígado Garrafada e lambedor Terminalia fagifolia Mart Combretaceae Chapadeira Intoxicação alimentar Garrafada Solanum paniculatum L Solanaceae Jurubeba antiinflamatória, cicatrizante, depurativo do sangue, diurética. Infusão Xylopia aromática (Lam.) Mart Annonaceae Imbiriba Epilepsia e convulsão Garrafada Bowdichi virgiloides H.B. & K Fabaceae Sucupira Preta Gastrite e doença nos olhos Garrafada Bowdichia virgilioide Fabaceae Sucupira Amarela Doença nos olhos Garrafada Andira sp Fabaceae Violeta Cicatrizante e afecções da pele Raspas e pó 5.3. Triagem Fitoquímica A análise fitoquímica possibilitou o reconhecimento de metabólitos secundários nas espécies encontradas até então na Área de Proteção Ambiental do Inhamun. Quanto aos testes químicos foram classificados para cada classe de substâncias metabólitos secundários: fortemente positivo, positivo, fracamente positivo e negativo. Isso devido o surgimento da coloração, que maior ou menor concentração da cor, aparecimento ou não de precipitados. Os testes para esteróides/triterpenóides foram considerados positivos, pois de acordo o gráfico a um percentual de 87,5 % da presença de esteróides/triterpenóides nas plantas pesquisadas. Já para o negativo obtivemos um percentual de 12,5 % de negativo. Os esteróides possuem a função reguladora de hormônio no organismo humano. Para os alcalóides os resultados são de 37,5 % fracmente positivo, 25 % positivo e 37,5 % fortemente positivo resultado considerado com a formação de precipitado flosculoso. Para os fracamente positivos tiveram uma quantidade pequena de precipitado floculosos comprado com os positivos e fortemente positivos. (Ver gráfico 4). Os flavonóides apresentaram uma grande variação entre os testes, pois apresentou as 4 classificações, que vai de negativo até fortemente positivo. O rendimento foi de 25 % pra fracamente positivo, 37,5 % para positivo, 25 % para fortemente positivo e apenas 12,5 % para negativo. Com relação aos taninos podemos observa no gráfico que a maioria dos vegetais estudados possuía este tipo de metabolito, o que pode comprova está presença é o fato de que 87,5 % dos testes deram positivo e uma pequena parcela de 12,5 deram negativo. Tendo em vista o aparecimento de coloração: verde lodo ou escuro de tonalidade azul; ou ainda a ausência destas. Algumas espécies destacaram-se com a presença de taninos perogálicos e taninos hidrolisáveis, isso por causa do surgimento de precipitados escuro de tonalidade azul. Com relação às saponinas podemos nota que metade das plantas não apresenta este metabolito, e que sua presença no teste foi reconhecida pelo aparecimento de espuma. Observou que os percentuais foram de 50 % para positivos e negativos. Os resultados das análises fitoquímica com espécies nativas da Área de Proteção Ambiental Municipal - Inhamun/MA, estão representados com maior riqueza de detalhes na Tabela 2. Tabela 2.Resultados das análises fitoquímicas das plantas medicinais da Área de Proteção Municipal Ambiental, Inhamun, Caxias – Ma. PLANTAS ESTUDADAS CLASSE DE METABÓLITO PESQUISADA Nome vulgar Nome científico Partes Esteróides/ triterpenóides Alcalóides Flavonóides Taninos Saponinas Ameixa Ximenia americana L Casca Positivo Fracamnete Positivo Fortemente Positivo Positivo Positivo Continuação da tabela Barbatimão Stryphnodendron coreaceum Benth Casca Positivo Positivo Positivo Positivo Positivo Chapadeira Terminalia fagifolia Mart Casca Positivo Fracamente positivo Fracamente Positivo Positivo Negativo Jurubeba Solanum paniculatum L Folha Negativo Fortemente Positivo Negativo Negativo Negativo Imbiriba Xylopia aromática (Lam.) Mart Casca Positivo Positivo Positivo Positivo Negativo Sucupira Preta Bowdichi virgiloides H.B. & K Casca Positivo Fortemente Positivo Fracamente Positivo Positivo Negativo Sucupira Amarela Bowdichia virgilioide Casca Positivo Fortemente Positivo Positivo Positivo Positivo Violeta Andira sp Casca Positivo Fracamente Positivo Fortemente Positivo Positivo Positivo Fonte: Laboratório de Química do CESC - UEMA 6. CONCLUSÃO A presença dos metabolitos secundários avaliados indica que as plantas utilizadas pela população do APAM Inhamun de Caxias – Ma, têm uso terapêutico e finalidade no tratamento das enfermidades. O estudo fotoquímico das plantas torna – se um desafio, pois a cada dia que passa o uso indiscriminado de plantas medicinais vem sendo crescente e apreensivo. Há uma necessidade muito grande de analisar o maior número de plantas possível, para que se possa validar o que as plantas medicinais empregadas na dita a medicina popular. A casca é a parte da planta medicinal mais usada pelas comunidades da região como remédio. Geralmente as casca são usadas na produção de garrafada para o tratamento das doenças. As análises fitoquímicas apresentaram a existem de metabólicos secundários nas plantas utilizadas pela população da Área de Proteção Ambiental Municipal Inhamun para os diversos fins medicinais. A pesquisa realizada em plantas da Área de Proteção Ambiental Municipal Inhamum, Caxias, Maranhão, foi proveitosa tendo em vista a riqueza vegetal daquela região. Segundo dados obtidos as classes de metabólitos secundários alcalóides 63%, flavonóides 62,5%, esteróides/triterpenóides 87,5%, saponinas 50% e taninos 87,5% foram os que mais se apresentaram entre as espécies estudadas pela técnica da Prospecção preliminar. 7. REFERENCIAS AGRA, M.F. Contribuição ao estudo das plantas medicinais na Paraíba: Plantas medicinais dos Cariris Velhos. UFPB; João Pessoa,1994. ALBUQUERQUE, U. P. Introdução a Botânica. Interciência. 2 ed. 2005. AMOROZO, M.C.M. A abordagem etnobotânica na pesquisa de plantas medicinais. p.47-68. In: L.C. Di Stasi (org.). Plantas medicinais: arte e ciência - Um guia de estudo interdisciplinar. São Paulo, Editora da Universidade Estadual Paulista, 1996. ARAÚJO JORGE, L. H., e SCUDELLER, V. V. Levantamento etnobotânico de espécies medicinais nas comunidades da Colônia Central e São João do Tupé (área relevante interesse ecológico do Tupé) – Manaus – AM. In: CONGRESSO NACIONAL BOTÂNICA. 54. 2004, Belém. Resumo. Belém: Sociedade Brasileira de Botânica, 3ª Reunião Amazônica de Botânica, [2003]. 1 CD – ROM. BARBOSA, Wagner Luiz Ramos. Manual para Análise Fitoquímica e Cromatografia de Extratos vegetais. 1 ed. rev. UFPA. Belém: 2001. Disponível em: Revista Científica da UFPA http://www.ufpa.br/rcientifica Vol 4, 2004. BRASIL. Ministério da saúde. Projeto de Lei 4106/04. Fonte: http://sna.saude.gov.br/?id=338. In: Governo do Mato Grosso.O acesso aos fitoterápicos e plantas medicinais e a inclusão social – Diagnóstico situacional da cadeia produtiva farmacêutica no estado de mato grosso. Março, 2005. Brasil, Ministério da Saúde, Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n˚ 48 de 16 de marco de 2004. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial, Brasília, 18 mar. DIXON, R. A.. Natural products and plant disease resistance. Nature, 2001. p 843 –847. FUMAGALI, Elisângela et al. Produção de metabólitos secundários em cultura de células e tecidos de plantas: o exemplo dos gêneros Tabernaemontana e Aspidosperma. Rev. bras. farmacogn. 2008, vol.18, n.4, p. 627-641. GOTTLIEB, O.R.; BORIN, M.R.M.B.; PAGOTTO, C.L.A.C.; ZOCHER, D.H.T. Biodiversidade: o enfoque interdisciplinar brasileiro. Ciência & Saúde Coletiva, 1998. 3(2): 97-102. IORIS, E. (coord.). Plantas medicinais do cerrado: perspectivas comunitárias para a saúde, o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Mineiros, Fundação Integrada Municipal de Ensino Superior – Projeto Centro Comunitário de Plantas Medicinais. 1999, 260p. LI, J et al. Arabidopsis mutants are hypersensitive to UV-B radiation. Last RL 1993,Plant Cell 5: 171-179. Matos, F. J. Abreu. Introdução à Fitoquímica Experimental. 2 ed. Fortaleza: UFC, 1997. MARTINS, Ermace Ronie, et al. Plantas Medicinais.Viçosa/MG: EUFV,1995. PRANCE, G. T. Etnobotânica de algumas tribos amazônicas. SUMA Etnológica Brasileira - Etnobiologia. 2ª.ed. Petrópolis, 1987. p. 119-134. SIMÕES, Claudia Maria Oliveira. et.al. Farmacognosia: da planta ao medicamento.3 ed. Ed. da UFSC, Porto alegre.2001. SOUZA FILHO, A. P. S.; ALVES, S. M. Alelopatia – princípios básicos e aspectos gerais. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2002. 260 p. SUBSTÂNCIAS ATIVAS DAS ERVAS MEDICINAIS Disponível: . Acesso: 10 de abril de 2010 VERDI, L.G.; BRIGHENTE, I.M.C. & PIZZOLATTI. Gênero Baccharis (asteraceae): aspectos químicos, econômicos e biológicos. Quim. Nova, M.G. 2005 28: 85-94. VICKERY, M. L. e VICKERY, B. Secondary Plant Metabolism. The Macmillan Press Ltd., Hong Kong, 1981. YUNES, R. A. Plantas medicinais sob a ótica da moderna química medicinal. Chapeco: Argos. 2001. Grafico 4. Resultado das análises fitoquímicas para alcalóides 37,5% 37,5% Grafico 5. Resultado das análises fitoquímicas para Flavonóides 12,5% 37,5% Gráfico 1. Dados Etnobotânicos de Indicações Terapêuticas Gráfico 3. Resultado das análises fitoquímcas para esteroides/triterpernóides Negativo 12,5% Positivo 87,5% Gráfico 2. Estudo Floristico 12,5 % 12,5 % 12,5 % 12,5 % 37,5 % 12,5 %