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Historia

Arquitetura

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    December 2018
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PRAÇAS – ORIGENS A praça, desde suas origens, funciona como espaço no qual prevalece encontros e relações interpessoais para discussões, troca de idéias e informações, comércio de mercadorias, dentre outras atividades cuja realização depende essencialmente a presença de mais de um indivíduo. As primeiras praças surgiram na Grécia Antiga, quando, naquela época, eram denominadas de “ágoras”. Tal palavra grega significava falar, discutir, tomar decisões, significado peculiar à sua finalidade. Naquele tempo, as “piazzas”, ou melhor, praças, eram espaços públicos abertos, de livre movimentação, no qual as pessoas discutiam e debatiam acerca de diversos assuntos inerentes a suas vidas e à sociedade de um modo geral. Daí sua importância relativamente política, e que, de certo modo caracterizava quão democrático ou não era o povo onde existiam estas praças, contribuindo, inclusive, para a formação de cidades. Percebe-se que a formação das ágoras dependia fortemente de sua funcionalidade, na maioria das vezes, de cunho social, político e religioso. Exemplo similar ao que estamos tratando é o caso do “Forum Romanum” (Fórum Romano), os quais, conforme comprovado mediante escavações arqueológicas, remotam claramente a utilização dos espaços urbanos para eventos da mesma natureza que nas ágoras. De forma predominante, as praças são espaços abertos que priorizam o pedestre e não o acesso de veículos, o que não se configura como regra geral. As ágoras eram construdas próximas a igrejas, centros comercias e, até mesmo, entre edifícios e no interior de palácios. De acordo com MUNFORD(1965), as praças, na Idade Média, apresentavam-se em diversos formatos: triangular, linear, oval, dentava, e retratavam uma das primeiras representações físicas da urbanização. Com o Renascimento, a arquitetura das praças vem se adequar à estrutura urbana, os jardins se ampliam em extensas praças com desenhos geométricos, escalonados, como bem mostra a figura a seguir: No desenvolvimento histórico da arte, após o Renascimento vem o Estilo Barroco, e sob este aspecto temos as praças como direcionadas para dentro da cidade, ou seja, são espaços abertos para a cidade, e, também trazem consigo a apresentação de estátuas e fontes decoradas, com isto, ganha mais riqueza e movimento. No Brasil, a idéia de praça normalmente está ligada à presença de uma igreja, isto, como é muito visto atualmente, diante de capelas, conventos e igreja, sempre nos deparamos com espaços vazios, onde os fiéis se reúnem, geralmente, antes e após a celebração da missa. Também é muito comum nas “piazzas” brasileiras a presença de ajardinamento, sendo os espaços conhecidos por largos correspondentes à idéia que se tem de praça em países como a Itália, a Espanha e Portugal. Deste modo, um largo pode ser considerado uma "praça seca". O que se percebe é que, tanto quanto a sua funcionalidade quanto em relação a sua arquitetura, as ágoras (praças) tiveram uma evolução considerável, toda ela voltada às exigências do cotidiano e à delimitação dos espaços, seja por questões políticas, seja por necessidades sociais, contudo, o que se evidencia hoje é uma nova função direcionada ao lazer, à recreação e ao bem-estar. MUNFORD, Lewis. A cidade na História. Belo Horizonte: Itatiaia, 1965. FERRARI, CÉLSON Curso de planejamento municipal integrado - URBANISMO. São Paulo, Livraria Pioneira Editora, 2ª edição, 1979, 631 p.