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Globalização Financeiraa

um pouco da globalização financeira

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DEFINIÇÃO A globalização financeira pode ser definida como um processo de interligação dos mercados de capitais aos níveis nacionais e internacionais, conduzindo ao aparecimento dum mercado unificado. Isso se traduz no aumento contínuo das transações de capitais que trouxeram agilidade nas negociações, diminuição de distâncias, e todas as outras oportunidades criadas pelo crescente desenvolvimento tecnológico da dos meios de comunicação e da informação. Há três principais agentes da globalização financeira: os governos, os investidores e instituições financeiras. A GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA A globalização financeira tem aspectos positivos e negativos além de seu impacto sobre a economia. O primeiro destes impactos é a maior integração entre os sistemas financeiros nacionais, destacando-se os países desenvolvidos e os "mercados emergentes" (como o Brasil). Esse fato manifesta-se, quando se percebe uma proporção crescente de ativos financeiros ressaltando - se que os avanços tecnológicos na informática, principalmente com o avanço da internet, na telefonia e na mídia, contribuíram de modo fantástico para tal integração. O segundo impacto, dá-se com o aumento da concorrência nos mercados internacionais de capitais, fato manifestado por transações financeiras internacionais, envolvendo bancos de um lado, e instituições financeiras de outros. E o terceiro, ocorre com a extraordinária expansão dos fluxos de capitais (títulos, ações, empréstimos, financiamento, moedas e derivativos), em todos os mercados integrantes do sistema financeiro internacional. ASPECTOS POSITIVOS DA GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA Os aspectos considerados positivos são mais facilmente identificáveis e de maior aceitação. De modo geral, supõe-se que a maior oferta de capitais disponível aos países emergentes, o acesso desimpedido de seus governos e empresas aos recursos de uma poupança virtualmente mundial e os baixos custos de informação e de transação prevalecentes, devem contribuir para se obter: maior disponibilidade de poupança, condição necessária para a elevação da taxa de crescimento econômico; maior eficiência nos investimentos, direcionando os recursos existentes para as oportunidades mais produtivas; disponibilidade de instrumentos para melhor gerenciamento de riscos financeiros, por parte de governos e empresas; maior facilidade de financiamento de déficits fiscais, já que os governos deixam de depender apenas dos mercados domésticos. numa economia globalizada as empresas podem diminuir os custos de produção de seus produtos, pois buscam em várias partes do mundo as melhores condições de produção. Algumas empresas chegam a fabricar em produto em várias etapas em vários países. Uma empresa de computadores pode, por exemplo, fabricar componentes eletrônicos no Japão, teclados e mouse na China, as partes plásticas na Índia e oferecer assistência técnica através do Brasil. Com este sistema de produção globalizado, o preço final do produto fica mais barato para o consumidor final, pois os custos de produção puderam ser reduzidos em cada etapa. ASPECTOS NEGATIVOS DA GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA: Os problemas encarados pelos países em desenvolvimento, devido à súbita exposição às tentações e rigores de um mercado financeiro globalizado, aumentam cada vez mais. Os riscos econômicos da maciça entrada de capitais nas economias de países em desenvolvimento merecem especial destaque, em virtude da rapidez com que suas consequências podem ser sentidas. Um dos principais aspectos negativos da globalização é a forte contaminação de vários países em caso de crise econômica em um país ou bloco econômico de grande importância. O exemplo mais claro desta situação é a crise econômica de 2008 ocorrida nos Estados Unidos. Rapidamente ela se espalhou pelos quatro cantos do mundo, gerando desemprego, falta de crédito nos mercados, queda abrupta em bolsas de valores, falências de empresas e diminuição de investimentos. A globalização pode provocar distorções cambiais, principalmente alta valorização de moedas locais de países em desenvolvimento. Quando os Estados Unidos colocam no mercado uma grande quantidade de dólar, por exemplo, grande parcela deste volume acaba em países emergentes, valorizando a moeda local. Este fato acaba favorecendo as importações e desfavorecendo as exportações das empresas destes países emergentes. CONSENSO DE WASHINGTON A expressão Consenso de Washington, também chamada de neoliberalismo, nasceu em 1989, criada pelo economista inglês John Williamson, ex-funcionário do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em uma conferência do Institute for Intenational Economics (IIE), em Washington, ele listou políticas que o governo dos Estados Unidos preconizava para a crise econômica dos países da América Latina. Por decisão do Congresso norte-americano, as medidas do Consenso de Washington foram adotadas como imposições na negociação das dívidas externas dos países latino-americanos. Acabaram se tornando o modelo do FMI e do Banco Mundial para todo o planeta. De outro lado, movimentos nacionalistas e de esquerda criticam essa política e protestam contra sua aplicação. O neoliberalismo prega que o funcionamento da economia deve ser entregue às leis de mercado. Segundo seus defensores, a presença estatal na economia inibe o setor privado e freia o desenvolvimento. É composto por 10 regras, são elas: Disciplina fiscal; Redução dos gastos públicos e de subsídios e gastos sociais por parte dos governos; Reforma tributária; Juros de mercado; Câmbio de mercado; Abertura da economia por meio da liberalização financeira e comercial e da eliminação de barreiras aos investimentos estrangeiros; Investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições; Privatização das estatais; Desregulamentação do mercado de trabalho, para permitir novas formas de contratação que reduzam os custos das empresas.; Direito à propriedade intelectual.