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Geologia Relatorio Viagem De Campo

Características fisiográficas do Nordeste de Minas Gerais e Sul da Bahia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI CAMPUS DO MUCURI INSTITUTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA ICT-TO GEOLOGIA – PESQUISA DE CAMPO NA REGIÃO DO NORDESTE DE MINAS GERAIS E SUL DA BAHIA AURORA FRANCA TELES TANNES FREIRE BOTELHO ARNON KLEBER PEREIRA SÁ PEDRO EUGENIO DE SÁ PEREIRA LEONARDO GROSSI GUIMARÃES MARIENE CAMPOS Teófilo Otoni, MG 2011 INTRODUÇÃO . APRESENTAÇÃO DO TEMA Estudar geologia é muito importante para o curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia, melhor ainda quando se pode na prática ver tudo que é passado em sala. A viagem técnica para o sul da Bahia proporcionou um bom aprendizado. Neste percurso nota-se a diversidade do relevo da região, bem como os diferentes tipos de rochas, depressões e elevações causadas pela dinâmica terrestre no nordeste de Minas Gerais e Sul da Bahia (Figura. 1). Este trabalho tem como objetivo apresentar todas as características das regiões descritas acima como clima, geologia, geomorfologia, hidrografia e solos. 1.3. CARACTERIZAÇÃO FISIOGRÁFICA DA ÁREA ANALISADA 1.3.1. CLIMA O clima predominante no nordeste de Minas Gerais é o Tropical, apresentam chuvas escassas e as altas temperaturas tornam essas regiões muito suscetíveis à seca (EMBRAPA). Segundo Martin, Dominguez e Bittencourt o sul da Bahia e nordeste de Minas Gerais estão incluídos na zona intertropical. De uma maneira geral, as regiões tropicais caracterizam-se pela ausência de um inverno rigoroso e pela presença de chuvas concentradas em determinadas épocas do ano. Face à sua situação geográfica, o litoral sul da Bahia e nordeste de Minas Gerais encontra-se sob o regime de chuvas de verão e de seca de inverno. Entretanto, a estação seca de outono-inverno é amenizada pelas precipitações frontais ligadas às advecções de ar polar que, nesta época do ano, atingem freqüentemente a região. O total das precipitações varia entre 2.000 e 1.600 mm/ano. Na cidade Prado – BA de acordo com a classificação Köppen, (ROLIM e DE CAMARGO et al. 2007), as precipitações médias são sempre superiores a 60 mm em cada mês, em termos de média anual, temperaturas girando em torno de 24,5°C, sendo as máximas por volta dos 28,2ºC e mínimas de 20,9°C. A umidade relativa do ar, média anual, fica em torno de 81,5%, com pequenas variações no ano, em face das características litorâneas. Fevereiro é o mês mais seco, com valores de 79,6% da umidade relativa do ar em Prado. A insolação média anual na região pode estar em torno das 2.476,7 horas de brilho solar, com máxima em janeiro de 242,2 h e mínimo em junho 180,1 h. 1.3.2. GEOLOGIA A área investigada se localiza no nordeste do Estado de Minas Gerais e extremo sul do Estado da Bahia. O substrato litológico da área é composto por rochas arqueano-proterozóicas de variado grau metamórfico, destacando-se litologias do Supergupo Espinhaço e Grupo Macaúbas a oeste; complexos graníticos, na porção central; e coberturas neocenozóicas do Grupo Barreiras, a leste. Grandes lineamentos de direções principais noroeste e nordeste distribuem-se ao longo desta área. (Ferraz & Valadão, 2005) O arcabouço lito-estrutural O arcabouço geológico da área investigada apresenta significativa diversidade das unidades litológicas que o compõe, além de distintas direções dos vários lineamentos que configuram sua estruturação (Ferraz, 2006). As unidades litológicas Dentre as várias litologias que compõem o arcabouço geológico da área destacam-se unidades pré-cambrianas, em maioria proterozóicas, representadas por rochas de médio a alto grau metamórfico e intrusões graníticas sin a tardi-tectônicas, com relação ao Evento Brasiliano. Unidades litológicas arqueanas também apresentam ampla ocorrência na área (Figura. 2) (Ferraz, 2006). Coberturas neocenozóicas são predominantes na fachada sublitorânea da área, reconhecidas na literatura como Grupo Barreiras – Bigarella & Andrade (1964), Projeto RADAMBRASIL (IBGE, 1987), Ferraz & Valadão (2005) – bem como por sequências da Formação São Domingos (Pedrosa-Soares, 1981 e Saadi & Pedrosa-Soares, 1990) que capeiam "chapadas" na porção ocidental da área investigada (Figuras .2 e 3) (Ferraz, 2006). A estruturação geológica pré-cambriana A estruturação que afeta as litologias da área demonstra complexo padrão, no qual estão envolvidos extensos lineamentos, falhas (indiferenciadas) e falhas de empurrão. Este padrão é tipificado principalmente por feições lineagênicas de variadas direções, estruturas dobradas e presença de massas ígneas de porte variado, registros das intensas tectônicas rúpteis que se processaram na área – Projeto RADAMBRASIL (IBGE, op. cit) (Ferraz, 2006). O padrão estrutural regional Os lineamentos existentes na área organizam-se em duas direções principais, sendo dominante a direção Nordeste e secundária a direção Noroeste. Há também lineamentos em orientações distintas dos mencionadas. Os primeiros estão presentes de maneira generalizada em toda a área e os segundos mostram-se mais expressivos nas porções centrais e leste, embora não se restrinjam apenas a essas regiões (Ferraz, 2006). As principais estruturas geológicas são: Os lineamentos Nordeste: Na porção ocidental da área, especialmente na borda leste da Serra do Espinhaço, drenada pelos cursos d'água que compõem a Bacia do Jequitinhonha, grandes falhamentos de empurrão afetam, predominantemente, rochas do Supergrupo Espinhaço, Grupo Macaúbas e granitóides do Proterozóico Superior (Schobbenhaus et al., 1981) (Ferraz, 2006). Deformações do Evento Brasiliano originaram a Faixa de Dobramentos Araçuaí, que se trata de uma faixa dobrada adjacente às bordas sul e sudeste do Cráton São Francisco, em forma de arco com concavidade voltada para Sudeste, cujas estruturas, na área investigada, afetam principalmente rochas dos Grupos Macaúbas e Supergrupo Espinhaço (Schobbenhaus & Campos, 1984) (Ferraz, 2006). Paralelamente a leste dessas estruturas, extensos falhamentos caracterizam essa porção da área por afeta-la intensamente através de falhas de direção Nordeste. A oeste das referidas falhas, outro extenso falhamento de empurrão demarca o contato entre as litologias do Supergrupo Espinhaço e granitóides proterozóicos, sendo as primeiras intensamente afetadas por falhas de direções diversas (Ferraz, 2006). Lineamento de natureza semelhante, significativa extensão e de geometria côncava para Sudoeste, porém de direção Nordeste, é observável a Sudeste dos anteriormente mencionados. Um complexo sistema de falhas de mesma direção, na porção central da área, demarca um limite da zona na qual os falhamentos Nordeste são predominantes. A leste dessas falhas, os lineamentos Nordeste, além de menos abundantes, freqüentemente apresentam menor extensão, tornando-se escassos apenas na fachada sublitorânea, possivelmente recobertos pelo Grupo Barreiras (Ferraz, 2006). Os lineamentos Noroeste: Na porção noroeste da área investigada lineamentos de direção NW exercem particular importância na bacia do Rio Araçuaí, através de pequenos falhamentos perpendiculares àqueles predominantes nessa porção da área. Estas feições parecem se prolongar para sudeste, uma vez que outros feixes de falhas no centro-sul da área de estudo se exibem, aparentemente, como continuidade daqueles, em função da análise das direções de drenagem (Ferraz, 2006). No centro da área investigada tais direções estruturais adquirem maior relevância, dada a densidade de ocorrência de falhas de direção Noroeste. Na fachada sublitorânea (leste da área) estes lineamentos demonstram densidade e extensão muito maiores, se comparados àqueles localizados a oeste. Nos médios e baixos cursos do Rio Mucuri, alto curso do Rio Alcobaça e médio curso do Rio Jucuruçu – mesmo onde as coberturas do Grupo Barreiras estão presentes – os lineamentos Noroeste apresentam-se como grandes falhamentos, exibindo, nesses trechos, o maior número de sua ocorrência e forte controle sobre a drenagem (Ferraz, 2006). Os demais lineamentos: No centro-sul da área, notadamente nos divisores entre as bacias do Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce, um grande número de falhas indiferenciadas e falhamentos de empurrão, de direções variadas e geometrias curvilíneas, destacam essa porção no contexto dos demais padrões estruturais regionais. Esses lineamentos apresentam concavidade voltada para norte, sul e sudeste, sendo os falhamentos de empurrão predominantes sobre os lineamentos Noroeste já descritos (Figuras .2 e 3) (Ferraz, 2006). Logo a leste dessa área, falhas de empurrão de direção aproximada norte-sul destacam-se da malha estrutural regional – lineamentos Nordeste e Noroeste – e, mais a leste, um grande lineamento, também de direção norte-sul, diferencia-se da malha estrutural da área como um todo ( Figuras .2 e 3) (Ferraz, 2006). 1.3.3. Geomorfologia Unidades de relevo da área investigada De acordo com a Figura .4- Mapa de Unidades de Relevo da Área Investigada- (IBGE, 1993), a área investigada apresenta sete grandes unidades de relevo, a saber: (a) Planícies Flúvio - Marinhas, (b) Tabuleiros Costeiros, (c) depressões, (d) chapadas, (e) patamares, (f) planaltos e (g) serras. As Planícies Flúvio-Marinhas, situadas no extremo leste da área, imediatamente adjacentes à linha de costa, estendem-se por toda a região litorânea. Apresentam-se descontínuas, uma vez que os Tabuleiros Costeiros podem atingir a linha de costa, o que resulta em apenas poucos metros de praias entre as falésias "vivas" e o oceano. Caracterizam-se por uma intensa diversidade de paisagens nas quais se acumulam sedimentos eólicos, fluviais e marinhos. Os Tabuleiros Costeiros estendem-se desde as Planícies Flúvio-Marinhas – ou da linha de costa, onde as praias não são mapeáveis, nesta escala – e avançam em direção ao interior continental por dezenas ou centenas de quilômetros, progredindo ainda mais ao longo dos vales dos principais rios que deságuam no Oceano Atlântico. Sua morfologia é caracterizada por extensos interflúvios de topografia plana ou suavemente irregular, interrompidos por vales de fundo chato, por vezes profundos e largos. A continuidade desses tabuleiros em direção ao interior continental pode ser interrompida gradualmente, dando lugar a morfologias caracterizadas por intensa dissecação fluvial ou ser abruptamente descontinuada por relevos vigorosos que configuram cristais e serras (Ferraz, 2006). Grande parte da extensão desses tabuleiros tem como substrato seqüências do Grupo Barreiras, muito embora se projete, também, sobre rochas do embasamento arqueanoproterozóico. Predominam Latossolos Amarelos coesos como produto da pedogênese sobre as seqüências sedimentares neocenozóicas. No sudoeste da área investigada, uma ramificação da Depressão do Rio Doce, de caráter interplanáltico, caracteriza-se por um relevo dissecado, de baixa altitude e pequena diferença altimétrica entre interflúvios e vales, na qual é bastante comum a presença de lagos (Ferraz, 2006). A unidade das "chapadas", localizada no ocidente da área investigada, dominada pelo IBGE (op. cit) como Chapadas dos Geraizinhos, possui como substrato rochas arqueano-proterozóicas e, localmente, coberturas neocenozóicas – Formação São Domingos (Pedrosa-Soares, 1981 e Saadi & Pedrosa-Soares, 1990). As "chapadas" são caracterizadas por elevações de topos planos, às vezes basculados, circundadas por escarpamentos vigorosos localmente adaptados a falhas (Valadão, 1988) (Ferraz, 2006). Os patamares – Patamares do Jequitinhonha/Prado – localizam-se entre os Tabuleiros Costeiros e os planaltos dissecados (Planalto do Jequitinhonha/Prado). O relevo é caracterizado por uma morfologia dissecada, de altitude intermediária entre os planaltos e os tabuleiros, apresentando-se rampeado em direção ao litoral. É comum a ocorrência de linhas de cristas e pontões formados por rochas aflorantes do embasamento. Predominam Latossolos Vermelho-Amarelos ou, secundariamente, Latossolos Amarelos coesos. Os planaltos, localizados na porção central da área – Planaltos do Jequitinhonha/Prado e do Centro-Sul de Minas –, se estendem, grosseiramente, como larga faixa de direção Nordeste, configurando um modelado extremamente dissecado. Tal morfologia é moldada sobre diferentes rochas arqueano-protezóicas, extremamente falhadas, refletindo os eventos tectônicos que afetaram a área. Apresentam altitudes médias entre 500 e 600m e drenagem estruturalmente orientada, cujos canais fluviais freqüentemente exibem vales em "V" (Ferraz, 2006). A unidade das serras, representada pela Serra do Espinhaço e elevações do seu flanco oriental, situa-se no extremo noroeste da área. Possui um arcabouço lito-estrutural complexo, em maioria pré-cambriano, que se reflete na paisagem através de elevações que comumente ultrapassam 1000 m de altitude. Grande parte dessas elevações se devem às resistências litológicas diferenciadas (Supergrupo Espinhaço) frente à ação do intemperismo e retirada mecânica (Ferraz, 2006). O Mapa de Unidades de Relevo do Brasil (IBGE, 1993), apresenta nível de detalhamento satisfatório no que diz respeito à individualização dos principais conjuntos morfológicos e caracterização da área investigada. Contudo, elaborou-se uma compartimentação sinóptica do relevo que define os compartimentos geomorfológicos que guardam importantes indícios da geomorfodinâmica responsável pela paisagem atual. A partir deste mapeamento determinam-se os termos que serão utilizados, nesse trabalho, para se referir a cada compartimento geomorfológico. Essa síntese possui como base as propostas do IBGE (1993) e do Projeto RADAMBRASIL (IBGE, 1987), bem como informações de campo, melhor se adequando aos objetivos propostos para este trabalho (Ferraz, 2006). Algumas das unidades propostas no Mapa de Unidades de Relevo do Brasil (IBGE, op. cit) passam a configurar um mesmo compartimento geomorfológico, uma vez que guardam características comuns do ponto de vista da sua morfologia e significado na análise de evolução do relevo. Outras unidades apresentadas anteriormente definem compartimentos de relevo a partir de modificações nos critérios de subdivisão geomorfológica (Ferraz, 2006). Dessa forma, neste trabalho, utiliza-se a seguinte compartimentação geomorfológica da área investigada, conforme Figura. 5, a saber: 1 – Fachada Sublitorânea Planícies Flúvio-Marinhas; Tabuleiros Costeiros; Chãs Pré-litorâneas. 2 – Interior Continental Depressão do Rio Doce; Áreas Dissecadas; Planalto do Jequitinhonha; Serra do Espinhaço. A mais relevante altercação apresentada na Figura. 5, com relação ao mapa anterior, é a subdivisão em (1) "Fachada Sublitorânea", que compreende a região litorânea e as áreas próximas ao litoral, que possuem altitudes médias inferiores a 300 m e um modelado rampeado em direção ao litoral e (2) "Interior Continental", composto pelos compartimentos de relevo que distam da linha de costa e apresentam altitudes médias superiores a 300 m (Ferraz, 2006). Alguns compartimentos de relevo são apresentados sob a mesma nomenclatura adotada no mapa anterior, o que facilita a sua caracterização, dispensando novos esclarecimentos. Outros, contudo, são tratados de modo distinto, a exemplo das Chãs Pré-Litorâneas (ver Projeto RADAMBRASIL), que em nada se diferenciam do Patamar do Jequitinhonha/Prado, no que se refere à localização. O termo Chãs Pré-Litorâneas é utilizado, neste trabalho, em função de melhor expressar a sua proximidade com o litoral e o relevo de morfologia dissecada – porém caracterizada por interflúvios longos – e que configura rampeamento em direção à costa. Apresentam um grau de dissecação maior, com relação aos Tabuleiros Costeiros. Além disso, interflúvios de topo aplanado ocorrem concomitantes a morros e colinas convexas e poli-convexas, ao passo que as características marcantes dos Tabuleiros Costeiros são os extensos interflúvios tabulares. Enquanto os tabuleiros são geralmente recobertos por seqüências do Grupo Barreiras, as Chãs Pré- Litorâneas estão modeladas, majoritariamente, sobre complexos migmatito-granulíticos ou granitóides arqueano-proterozóicos (Ferraz, 2006). O termo "Chapadas dos Geraizinhos", neste trabalho, é substituído por Planalto do Jequitinhonha, mais adequado a uma compartimentação geomorfológica regional da área investigada. Este planalto é caracterizado por feições de topos tabulares, às vezes basculados freqüentemente delimitadas por escarpas, cujas altitudes ultrapassam 900m. Essas "chapadas" se elevam sobre um modelado dissecado, esculpido em rochas arqueano-proterozóicas, dentre as quais se destacam litologias do Grupo Macaúbas, Supergrupo Espinhaço e granitóides diversos (Ferraz, 2006). As "chapadas" do Planalto do Jequitinhonha são recobertas, predominantemente, por Latossolos Vermelho–Amarelos que apresentam níveis laterizados e, localmente, pela cobertura da Formação São Domingos, sobre a qual, geralmente, latossolos podem ser identificados (Ferraz, 2006). Os modelados de dissecação fluvial (mapeados sobre a terminologia de Áreas Dissecadas), que representam grande parte da área investigada, são caracterizados por morros e colinas arredondadas ou alongadas, em cujas vertentes raramente afloram rochas em virtude do profundo manto de intemperismo comum na área (Ferraz, 2006). Apesar do relevo dissecado, investigações de campo demonstraram que predominam Latossolos Vermelho-Amarelos nos topos e terços superiores das vertentes, sendo comum a ocorrência de solos com horizonte B textural1 ou Cambissolos subseqüentes aos Latossolos na média vertente (Ferraz, 2006). A análise da drenagem da área, a partir de cartas topográficas, imagens de radar e mapas geológicos, ambos na escala 1: 250.000, demonstra que os canais fluviais são, em grande número, estruturalmente direcionados. Como exemplo desse fato, no Planalto do Jequitinhonha, destaca-se os rios Jequitinhonha e Araçuaí, que se encaixam em falhas de direção NE, ao passo que muitos dos seus tributários apresentam orientação NW, controlados por lineamentos nessa direção (Ferraz, 2006). A malha estrutural composta por lineamentos NW e NE orienta a drenagem das unidades de relevo dissecado, cujo padrão dendrítico, predominante, grada localmente ao sub-paralelo, em virtude de influências estruturais. Ao contrário dos principais rios que drenam o planalto do Jequitinhonha, direcionados para NE, os mais importantes canais fluviais da unidade dissecada estão orientados para SE, a exemplo dos rios Mucuri e Alcobaça, sendo comuns sub-bacias de pequena extensão e alta densidade de tributários (Ferraz, 2006). O padrão de drenagem predominantemente dendrítico que ocorre nas áreas dissecadas se mantém nas Chãs Pré-Litorâneas, e, embora sua densidade diminua consideravelmente, o controle estrutural se mantém através da matriz de lineamentos NE e NW. Nos Tabuleiros Costeiros, contudo, mudanças significativas se processam sobre a drenagem. O Padrão dendrítico grada ao sub-paralelo, predominantemente, e os cursos d'água de direções NW e NE, estruturalmente controlados, perdem relevância. Em seu lugar, canais de direções marcadamente leste-oeste ou noroeste-sudeste tornam-se predominantes. Vales amplos e de fundo chato tornam-se mais comuns, em detrimento dos vales em "V" corriqueiros nas Áreas Dissecadas e nas Chãs Pré-Litorâneas (Ferraz, 2006). 1.3.4. HIDROGRAFIA De acordo com o IGAM - Instituto Mineiro de Gestão das Águas- Minas Gerais é um estado muito rico em nascentes de água. As grandes bacias hidrográficas do país têm suas origens no território mineiro, como é o caso da Bacia Hidrográfica do Rio Mucuri, está localizada na mesorregião do Vale do Mucuri, onde estão os municípios como Teófilo Otoni e Nanuque. Abrangendo um total de 13 sedes municipais e presentando uma área de drenagem de 14.640 km², a bacia possui uma população estimada de 296.845 habitantes. O clima na bacia é considerado semi-úmido, com período seco durando de quatro a cinco meses por ano, com exceção da divisa com a Bahia e o Espírito Santo, onde o clima é úmido e o período seco tem duração de um a dois meses por ano. (Ver Figura 9). O Prado - BA faz parte da Bacia do Leste, onde além dos Rios Jucuruçu, Corumbau e Cahy, encontram-se ainda os riachos de Imbassuba, japara Mirim, Japara Grande, da Paixão, da Palmeira, do Peixe Grande, do Peixe Pequeno, Campinho e outros rios menores. O maior curso d'água é formado pelo Rio Jucuruçu, que nasce no Estado de Minas Gerais, na serra dos Aimorés, e seu afluente, o rio Jucuruçu do Sul, que deságua no Oceano Atlântico.(Ver Figura 10) < http://www.citybrazil.com.br/ba/prado/geral detalhe.php?cat=5 >, [Acesso em: 25 novembro 2001]. 1.3.5. SOLOS Pode-se perceber através de imagens de radar de visada lateral (RVL), que as superfícies existentes nas regiões onde os estudos irão ser feitos são de nível altimétricos diversos e de respectivas distribuições espaciais, sendo elas planas ou suaves onduladas fazendo com que se destaquem devido a suas especificidades texturais. Segundo Ferraz 2006 duas superfícies de aplanamento foram identificadas na área investigada por este. A apresentação dessas superfícies segue critérios de ordem cronológica, sendo que a mais antiga denominou-se de Superfície Cimeira e a mais recente Superfície Sublitorânea. A Superfície Cimeira (figura 11) é denominada "chapada" e as Superfícies Sublitorâneas (figura 12), são os tabuleiros que caracterizam a morfologia da fachada sublitorânea, assim como as colinas de topos amplos e contínuos. Os Tabuleiros Costeiros coincidem com os sedimentos cenozóicos do Grupo Barreiras, constituídos de areias e argilas variadas com eventuais linhas de pedra, dispostas em camadas com espessura variável de conformidade com as ondulações do substrato rochoso, que ocasionalmente aflora influenciando nas formas do modelado (TRICART & SILVA, 1968). Distribuem-se desde o sopé das elevações cristalinas do Planalto Pré-Litorâneo até as planícies quaternárias, em contato localmente estabelecido por paleofalésias ou por falésias (figura 13) atuais quando se estendem até a atual linha de costa, como ao norte de Prado. As chapadas dos planaltos que vão desde a região do Jequitinhonha até o Prado – BA, que são recobertos por latossos vermelho-amarelo, (constituídos por materiais minerais), possuindo assim cores alaranjadas ou amarelas, com tendência a teores de argila médio ou altos, (figura 14); e também estão presentes nesta regiões solos do tipo latossos amarelos-coesos (figura 15), (apresentam mesmas características do tipo vermelho amarelo), possuindo diferença do outro devido a uma consistência extraordinariamente dura quanto seca, segundo JACOMINE (1996) 1.4. OBJETIVOS Este trabalho de campo busca analisar e expor os resultados obtidos a partir das características fisiográficas do nordeste de Minas Gerais e sul da Bahia, como sua hidrografia, seus solos, seus climas e dentre outros. Foram coletados dados por meio de explicações dadas pelos professores responsáveis, e assim foram levadas amostras dos mesmos. 1.5. FILOSOFIA Como é de se saber, a Geologia é a ciência que estuda a Terra, sua composição, estrutura, etc. e devido a isso à necessidade do trabalho de campo, para a absorção e aprendizagem de novos conteúdos. O trabalho de campo contribui muito para a formação de novos objetivos específicos, não é cansativo, e a uma interação melhor entre aluno e o meio de estudo. Assim sendo, ela é uma atividade proposta ao ar livre, onde o que é estudado ocorre ou ocorreu naturalmente, havendo o registro dos dados e coleta dos mesmos. O que o grupo tem a destacar neste tipo de trabalho é a assimilação de conceitos de forma didática, ouve uma aprendizagem dos mesmos que antes não foram absorvidos dentro da sala de aula, e com isso, ouve a insistência de todos em absorver o máximo de conhecimento nos afloramentos de rochas e natureza dos mesmos e também o estudo dos diferentes tipos de estrutura, que a viajem nos proporcionou, todos tiraram fotos, fizeram anotações do que foi explicado e coletaram amostras para um estudo mais detalhado. 2. REFERENCIAL TEÓRICO Para estabelecer um sistema de referencial teórico e das terminologias utilizadas nesse trabalho foram consultadas obras teóricas e trabalho de campo envolvendo a geologia e geomorfologia do Sul da Bahia e Nordeste de Minas Gerais. Essa revisão foi recorrente para melhor entendimento do relevo, litologia e estrutura da área investigada. Com as informações revisadas nessas obras foi possível analisar com clareza todos os aspectos geológicos e geomorfológicos desde o ponto de partida em Teófilo Otoni até o Grupo Barreiras no Prado. No trabalho de campo foram consultados mapas geomorfológicos que possibilitaram uma melhor interpretação da evolução do relevo na área analisada. 3. AS OBSERVAÇÕES DE CAMPO 1ª Parada - Serra da Farinha Altitude: 445 m Localidade: 4,5 Km de Teófilo Otoni (Sentido Nanuque) Latitude: 17° 51'07,5'' Longitude: 41° 27' 49,1'' Pode-se observar uma uniformidade na altitude dos morros como pode ser vista na figura - 01, a área central foi escavada pelo Rio de Todos os Santos (superfície de aplanamento), por erosão fluvial. Possui solos muito profundos e um indício morfológico muito interessante, pois como foi dito anteriormente, os cursos d'água ganham força erosiva e retalham a paisagem. O risco geológico deve ser considerado, pois possuem faixas declivadas, áreas de encosta com inclinações muito grandes. As rochas metamórficas ígneas que ocorrem em função de intrusões magmáticas no interior da crosta e se solidificam, se cristalizam dentro da crosta. Todo este processo é muito lento sendo assim é possível que a rocha desenvolva muito bem os seus cristais e minerais (figura 02), por isso o nome "granito" (grãos). Com isso temos rochas ígneas onde não vamos encontrar lineamentos, nem clivagens. Todos estes granitos que podemos observar pertencem à faixa Araçuaí. (Ver Figuras 16, 17 e 18). 2ª Parada - Pedro Versiane Altitude: 284 m Localidade: 30 km de Teófilo Otoni Latitude: 17° 53' 02, 3'' Longitude: 41° 18' 7, 7'' Esta parada foi muito importante quando tratamos de litologia, uma vez que os gnaisses encontrados, ora possuem bandas claras, ora bandas escuras (Figura – 03) e também elevado grau de metamorfismo. (Ver Figuras 19 e 20). 3ª Parada - Pedra da Baleia – Localidade: 42 km de Teófilo Otoni Altitude: 288 m Latitude: 17° 54' 57,99'' Longitude: 41° 11' 23,7'' Aqui se podem perceber rochas aflorantes (Figura - 04 e Figura - 05), que são mais resistentes ao intemperismo. Nessa região há um grande manto de intemperismo, estas rochas deram origem a solos. Embora sejam formações antigas, o afloramento se deu há 120 milhões de anos atrás, no entanto existem autores que acreditam que seja de apenas 20 milhões de anos atrás. A rocha (pedra da boca) possui vários lineamentos que parecem falhas, mas na verdade são planos de alívios de tensão. Esta seria uma região ótima para construção civil, pois a rocha encontra-se muito próxima ao solo. (Ver Figuras 21 e 22). 4ª Parada – Kaladão – Localidade: 70 Km de Teófilo Otoni Altitude: 254 m Latitude: 17° 51'37,05'' Longitude: 41° 00'20,1'' Pode-se perceber nesta parada que o teor de ferro da rocha de origem pode ter forte relação com a cor do solo que origina quanto mais ferro mais tendência de formação de hematita quando alterado em solo (de cor avermelhado) (Figura - 06), quanto menos ferro maior a tendência de formação de guetita (de cor amarelo). Aqui o intemperismo afeta a rocha de fora pra dentro. O granito do Kaladão aconteceu no final do evento brasiliano ou depois do evento brasiliano. Marcas de água na rocha (que escoa). Ótimo para construção civil, pois a rocha encontra-se muito próximo da superfície (no caso de fundações). (Ver Figuras 23 e 24). 5ª Parada – Margem do Rio Mucuri – Localidade: 110 Km Altitude: 170 m Latitude: 17° 43'59,5'' Longitude: 40° 36' 05,6'' Com morros muito contínuos, não tem morrinhos individualizados, a idéia de altitude muito é semelhante entre os morros, mas a morfologia é totalmente diferente. O gradiente que é a diferença de altitude entre o leito do rio e os interfluvios (altos dos morros) é muito pequeno. Rio chegou ao Maximo de sua capacidade erosiva, chegou na rocha, não tem mais leito de solo. Todas as duas margens do rio estão cheios de rochas menores (matacões) restos de intemperismo. Os terraços fluviais (degraus que delimitam o vale do rio) é um terraço de erosão. Esta é uma região de mata atlântica e o risco geológico é bem menor, as declividades são menores do que as encontradas próximas a Teófilo Otoni. Contudo passa-se de uma área de geologia antiga para uma área de geologia mais recente. (Ver Figura 25). 6ª Parada - Amorezinho – Localidade: Próximo a Nanuque Altitude: 178 m Latitude: 17° 51'12,9'' Longitude: 40° 10'22,8'' Em Amorezinho pode-se perceber sedimentos continentais, que são o resultado de toda desnudaçao continental que vimos acontecer (Desde Teófilo Otoni). Tudo que está aqui é algo que um dia foi rocha, passou por um processo de intemperismo, que gerou solos muito profundos e foi transportado por erosão posteriormente e depositados aqui. (Ver Figuras 26 e 27). 7ª Parada – Localidade: Próximo a Teixeira de Freitas (Referencia ponto de fibra ótica da Telemar) Altitude: 125 m Latitude: 17° 44'31,6'' Longitude: 39° 45'57,4'' Nesta parada podem-se observar atentamente as características do solo da região. Quanto à cor tem-se o branco que é a terra amorfa, o ferro em ambiente de encharcamento, ou o vermelho que é o ferro em condições mais comuns no solo relacionado à formação de hematita, podendo ter até Guetita no meio. É muito comum a formação de Latossolos sobre Barreiras (solos mais evoluídos do ponto de vista geoquímico). A marca característica do Barreiras é o latossolo amarelo. Podem-se diferenciar areia, silte e argila quanto à granulometria. Silte e argila se depositam em condições de água muito parada, podendo nessa área ter ocorrido à presença de lagos ou até mesmo de um mar. Depois de fazer um experimento rápido, coletando uma amostra do solo e em seguida adicionando água pode-se perceber que o material e um tipo de "silte-argila", que parece muito com o material da primeira parada, no entanto aqui nota-se que não temos nenhuma orientação dos minerais. (Ver Figuras 28 e 29). 8ª Parada - Prado BA - Altitude: 57m Latitude: 17° 17'31,4'' Longitude: 39° 18'33,0'' Parada às margens do Rio Jucuruçu onde se observou a existência de uma Graben (fossa tectônica) que é a designada como uma depressão de origem tectônica, geralmente com a forma de um vale alongado com fundo plano, formada quando um bloco de território fica afundado em relação ao território circundante em resultado dos movimentos combinados de falhas geológicas paralelas ou quase paralelas. Este rio passa sobre esta falha. (Ver figura 30). 9ª Parara - Falésias do Prado BA - Altitude: 47m Latitude: 17° 16'58,5'' Longitude: 39° 13'18,5'' Nesta parada pode-se perceber com clareza o Grupo Barreiras. É constituído de uma cobertura sedimentar terrígena continental, de idade pliocênica, depositada por sistemas fluviais entrelaçados associados a leques aluviais. O Grupo Barreiras se estende desde o vale amazônico, por toda região costeira norte e nordeste, até o estado do Rio de Janeiro. Durante o Quaternário, as fases de erosão que se seguiram à deposição desses sedimentos resultaram na dissecação da superfície pós-Barreiras em modelados residuais de topos planos e encostas íngremes, dos quais os denominados Tabuleiros Costeiros são os representantes mais importantes. Apesar da grande distribuição desses sedimentos em território baiano e no Brasil, os estudos relacionados aos mesmos são relativamente escassos e de caráter bem geral. A análise dos trabalhos realizados mostra, na maioria das vezes, o esforço dos seus autores no sentido de contribuir para o esclarecimento da sua controvertida estratigrafia, além da descrição muito geral de afloramentos. Contudo, devido à extensa área de distribuição desses sedimentos, aos trabalhos em áreas localizadas e esparsas, ao caráter preliminar dos estudos segundo a metodologia estratigráfica atual, e ainda à ausência de uma síntese geológica regional que unifique cabalmente o conhecimento, os sedimentos Barreiras continuam como uma unidade lito-estratigráfica ainda não convincentemente definida. (Ver figuras 31 e 32). 4. AS RELAÇOES ENTRE GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA OBSERVADAS E AS ENGENHARIAS: INTERPRETAÇOES APLICADAS Para Campos, 2007 os solos são compostos basicamente de minerais originados das rochas, têm origem na decomposição das rochas (intemperismo) e podem preservar características mineralógicas e físicas. Conhecer os tipos de solos e rochas é importante para assegurar condições de segurança e economia na elaboração de projetos de engenharia. Segundo Campos, 2007 o terreno faz parte integrante de qualquer construção, pois é ele que dá sustentação ao peso e também determina características fundamentais do projeto em função de seu perfil e de características físicas como elevação, drenagem e localização. Para efeito prático de uma construção, é necessário conhecer o comportamento esperado de um solo quando este receber esforços. Os materiais que cobrem a terra são divididos em alguns grandes grupos: Rochas (terreno rochoso); solos arenosos; solos siltosos e solos argilosos (nem sempre se encontra solos que se enquadram em apenas um dos tipos). Para Campos, 2007 os solos arenosos são aqueles em que é predominante a areia. São compostos de grãos grossos, médios e finos, mas todos visíveis a olho nu. Como característica principal a areia não tem coesão, ou seja, os seus grãos são facilmente separáveis uns dos outros. Como exemplo pode-se citar uma construção sobre um terreno arenoso e com lençol freático próximo da superfície. Se for aberta uma vala ao lado da obra, a água do terreno vai preencher a vala e drenar o terreno. Este perderá água e vai se adensar, podendo provocar trincas na construção devido ao recalque provocado. Note-se que esta é uma situação clássica, e acontece diariamente em prédios inclinados na beira da praia. Estes foram feitos com fundação superficial que afundou quando construções surgiram ao lado, pois estas, além de aumentarem as cargas no solo, ajudaram a abaixar o nível do lençol freático que, por sua vez, já vinha diminuindo devido à crescente pavimentação das ruas.  Estradas construídas em terreno arenoso não atolam na época de chuva e não formam poeira na época seca. Isto ocorre porque seus grãos são suficientemente pesados para não serem levantados quando passam os veículos, e também não se aglutinam como acontece nos terrenos argilosos. Estes, em comparação, quando usados em estradas sem pavimentação, tornam as pistas barrentas nas chuvas e na seca formam um "chão duro". Já estradas com pisos siltosos geram muito pó quando os veículos passam tudo isto em função do tamanho dos grãos e de como eles se comportam na presença da água.  De acordo com Campos, 2007 os solos argilosos caracteriza-se pelos grãos microscópicos, de cores vivas e de grande impermeabilidade. Como conseqüência do tamanho dos grãos, as argilas: são fáceis de serem moldadas com água; têm dificuldade de desagregação e formam barro plástico e viscoso quando úmido. Em termos de comportamento, a argila é o oposto da areia. Devido à sua plasticidade e capacidade de aglutinação, o solo argiloso é usado há milhares de anos como argamassa de assentamento, argamassa de revestimento e na preparação de tijolos. A maior parte do solo Brasileiro é de solo argiloso e este tem sido utilizado, desde a taipa de pilão do período colonial até os modernos tijolos e telhas cerâmicas, sem falar dos azulejos e pisos cerâmicos.  Os solos argilosos distinguem-se pela alta impermeabilidade, sendo assim se tornaram o material preferido para a construção de barragens de terra (quando devidamente compactadas). Segundo Campos, 2007 o silte está entre a areia e a argila. É um pó como a argila, mas não tem coesão invejável, nem grande plasticidade quando molhado.  Estradas feitas com solo siltoso formam barro na época de chuva e muito pó na época de seca. Cortes feitos em terreno siltoso não têm estabilidade prolongada, sendo vítima da erosão e da desagregação natural precisando de uma maior manutenção e cuidados. De acordo com as explicações observadas na viagem de campo dadas pelos professores Caio Ferraz e Antônio Jorge Lima, na primeira parada, na serra da farinha, observou-se um elevado risco geológico, pois possuem faixas declivadas e as áreas de encosta com inclinações muito grandes, já a terceira e a quarta parada na Pedra da Baleia e no Kaladão respectivamente, para a engenharia civil o local seria ideal para construções, pois as rochas encontram-se muito próximo da superfície, sendo assim as fundações estariam muito mais seguras nesse tipo de solo. Na quinta parada na Margem do Rio Mucuri, o risco geológico que se apresenta na região é o de cheias do rio na época das chuvas, se tornando um local impróprio para construções, pois o vale do rio neste local é muito extenso. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio da realização deste trabalho, podemos perceber como a pesquisa de campo é importante para o desenvolvimento dos conhecimentos teóricos adquiridos dentro da sala de aula e assim podendo aplicá-los de acordo com cada tema abordado durante a pesquisa. Observou-se que o clima, geologia, hidrografia, geomorfologia e solos e bastante diferente quando saímos de do norte de Minas Gerais e entramos no sul da Bahia. Contudo, adquirimos a coisa mais importante, o entusiasmo, pois foi ele que nos fez persistir em aprofundarmos nos assuntos no que diz respeito à Fisiografia da área analisada, uma vez que, quase não se encontra artigos, textos, dentre outros, referentes ao mesmo. Com isso tiramos o aprendizado, pois a cada parada coletávamos dados e amostras, para assim nos reunirmos e discutirmos; fazíamos com que cada integrante do grupo interagisse, desse seu parecer "técnico" sobre os dados e amostras coletados e assim podendo concluir cada item do trabalho com mais clareza, objetivo e finalidade. 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS PEDOLOGIA. Disponível em < http://www.pedologiafacil.com.br/curiosidade.php>. Acesso em: 02 Out. 2011. CATENA AMBIENTAL. Disponível em Acesso em: 02 Out. 2011. FERRAZ, C.M.L. & VALADÃO, R.C. Barreiras: Formação ou Grupo? (Contribuições da Análise Geomorfológica do Litoral Sul da Bahia e das "Chapadas" do Jequitinhonha). 2005In: X Congresso da ABEQUA, Guarapari. FERRAZ, C.M.L. A EVOLUÇÃO DO RELEVO ADJACENTE À MARGEM CONTINENTAL PASSIVA BRASILEIRA: DAS "CHAPADAS" DO JEQUITINHONHA À PLANÍCIE COSTEIRA DO SUL DA BAHIA. Maio de 2006. Dissertação de Mestrado, Belo Horizonte. JACOMINE, P.K.T. Distribuição geográfica, características e classificação dos solos coesos dos Tabuleiros Costeiros. In: REUNIÃO TÉCNICA SOBRE SOLOS COESOS DOS TABULEIROS, Cruz das Almas, 1996. Pesquisa e desenvolvimento para os Tabuleiros Costeiros; anais. Aracaju: EMBRAPA, CPATC; EMBRAPA, CNPMF; EAUFBA; IGUFBA, 1996. p.13-24. UNIDADES CLIMÁTICAS BRASILEIRAS. Disponível em Acesso em: 02 Out. 2011. CLIMAS DO BRASIL. Disponível em Acesso em: 02 Out. 2011. TIPOS CLIMÁTICOS BRASILEIROS. Disponível em Acesso em: 02 Out. 2011. CONHEÇA OS TRÊS TIPOS PRINCIPAIS DE SOLO: AREIA, SILTE E ARGILA. Disponível em < http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=9&Cod=59 > Acesso em: 27 Nov. 2011. INFORMAÇÕES GEOLÓGICO-GEOMORFOLÓGICAS COMO SUBSÍDIOS À ANÁLISE AMBIENTAL: O EXEMPLO DA PLANÍCIE COSTEIRA DE CARAVELAS- BAHIA. Disponível em Acesso em: 25 Nov. 2011. TECTÔNICA CENOZÓICA DO NORDESTE DE MINAS GERAIS AO SUL DA BAHIA. Disponível em Acesso em: 25 Nov. 2011. PRADO. . Disponível em < http://www.citybrazil.com.br/ba/prado/geral detalhe.php?cat=5 > Acesso em: 25 Nov. 2001. BACIAS HIDROGRÁFICAS DO LESTE. Disponível em Acesso em: 25 Nov. 2011.