Transcript
Geologia Ambiental
TERRA:
A datação radiométrica permitiu avaliar a idade da terra que é de 4
bilhões e 600 milhões de anos.
ORIGEM:
Depois de condensar-se a partir da poeira cósmica e do gás, por força
gravitacional, a Terra ficou quase homogênea e fria. Mas a contínua
contração desses materiais fez com que se aquecesse de novo, o que
contribuiu para a radioatividade de elementos mais pesados. Com esse
aquecimento, a Terra começou-se a fundir (pela ação da gravidade), isso
levou a diferenciação da crosta, manto e núcleo. Os silicatos mais leves
formaram o manto e a crosta e os mais pesados, como ferro e níquel,
formaram o núcleo. Erupções vulcânicas geraram a saída de vapores e gases
voláteis e leves do manto e crosta. Alguns gases foram atraídos pela
gravidade formaram a atmosfera primitiva, outros gases como o vapor d´água
condensada, formaram os primeiros oceanos.
GEOLOGIA AMBIENTAL:
Estudo dos problemas geológicos decorrentes da relação que existe
entre homem e superfície terrestre.
GEOLOGIA DE ENGENHARIA:
Investigação, estudo e solução de problemas de engenharia e meio
ambiente, decorrentes da atividade do homem e a geologia. No
desenvolvimento de medidas preventivas ou reparadoras de acidentes
geológicos.
O QUE É GEOLOGIA?
Ciência que trata da Terra, sua história, composição e estrutura
interna e suas feições superficiais, decorrentes de processos físicos,
químicos e biológicos.
DERIVA CONTINENTAL
Em 1915, o alemão Alfred Wegener publicou a teoria da deriva de
continentes, propondo que há 200 milhões de anos atrás todas as massas
emersas de terra estariam reunidas em um único supercontinente, a Pangéia.
Posteriormente, essa massa continental fraturou-se em partes menores que se
dispersariam em conseqüência de movimentos horizontais. Além da semelhança
entre as margens de continentes que se encaixam como quebra-cabeças.
Wegener buscou evidenciar geofisicamente, paleontologicamente e
climaticamente, nos continentes do hemisfério sul para fundamentar sua
hipótese. Ele acreditava que a força para impulsionar a movimentação dos
continentes seria derivada das marés e da rotação da Terra. No entanto, as
dificuldades de ordem física e matemática, para sustentar esse modelo de
movimentação, sofreu forte oposição dos cientistas da época, caindo no
esquecimento.
TEORIA DA TECTÔNICA DAS PLACAS
Essa teoria surgiu entre 1967 e 1968. Ela postula que a crosta
terrestre, a litosfera, está quebrada em um determinado número de placas
rígidas, que se deslocam em movimentos horizontais, que podem ser
representadas como rotações com respeito ao eixo que passa pelo centro da
Terra.
Essas movimentações ocorrem porque a litosfera, mais leve e fria,
praticamente flutua sobre o material quente e denso, que existe no topo da
astenosfera. É nessa parte, dos primeiros 200 km que ocorre as correntes de
convecção, supostamente o mecanismo que proporciona o movimento das placas
tectônicas.
As placas deslizam e se chocam contra as outras numa velocidade de 1 a
10 cm por ano. Onde se chocam, formam deformações nas rochas e nesses
pontos periodicamente ocorrem terremotos. Nesse limite das placas
tectônicas é que se concentra a maior parte da sismicidade de toda a Terra.
É também próximo aos bordos das placas que o material fundido (magma)
existente no topo da Astenosfera, ascende até a superfície e extravasa-se
ao longo de fissuras, ou através de canais para formar vulcões.
Apesar de os terremotos e vulcões ocorrerem próximo ao limite de
placas, excepcionalmente, podem acontecer super terremotos nas regiões
internas de placas.
MOSAICO DE PLACAS
De acordo com a teoria da tectônica de placas, a litosfera rígida não
é uma capa contínua, mas está fragmentada em um mosaico de cerca de uma
dúzia de placas rígidas que estão em movimento sobre a superfície
terrestre. Cada placa move-se sobre a astenosfera, que também está em
movimento. A maior é a Placa Pacífica, que compreende maior parte do Oceano
Pacífico. Algumas placas recebem o nome do continente que ela contém. A
Placa Norte-Americana, estende-se da costa oeste da América do Norte até o
meio do Oceano Atlântico, onde se limita com as Placas Eurasiana e
Africana.
A Placa de San Juan de Fuca , é uma das menores. A Placa Anatoliana e
um fragmento continental, que inclui a maior parte da Turquia.
Muitas feições geológicas desenvolvem-se no meio da interação de
placas e seus limites. Os três tipos básicos de limites de placas são:
- Limites divergentes: as placas afastam-se e uma nova litosfera é
criada. Elas movimentam-se em direções contrárias. São riftes estreitos. No
fundo do mar o limite entre as placas em separação é marcado por uma dorsal
mesoceânica que exibe vulcanismo ativo, terremotos e rifteamento causados
por forças extensionais que estão puxando as duas placas a parte. Algumas
vezes , o fendimento continental pode tornar-se mais lento ou parar antes
de haver a separação dos continentes e a abertura de uma nova bacia
oceânica. O Vale do Reno, ao longo da fronteira da Alemanha e da França, é
um rifte continental que fracassou ativo.
- Limites Convergentes: as placas juntam-se e uma delas é reciclada,
retornando ao manto (a área da placa diminui). São os mais complexos. Se
duas placas envolvidas são oceânicas (convergência oceano-oceano), uma
desce abaixo da outra num processo chamado subducção. A litosfera oceânica
que está em subducção afunda na astenosfera e é por fim reciclada pelo
sistema de convecção do manto. Esse encurvamento para baixo produz uma
longa e estreita fossa de mar profundo. Na Fossa das Marianas, no Oeste
Pacífico, o oceano atinge sua maior profundidade, de cerca de 10km, mais
que a altura do Everest. A medida que a placa litosférica fria desce, a
pressão aumenta, a água aprisionada na rochas da crosta oceânica subduzida
é espremida e ascende na astenosfera acima da placa. Esse fluido causa
fusão do manto, produzindo uma cadeia de vulcões, denominado arco de ilhas,
no fundo oceânico atrás da fossa. A subducção da Placa Pacífica formou as
Ilhas Aleutas, a oeste do Alasca, que são vulcanicamente ativas. Os
terremotos que podem ocorrer em profundidades que chegam a até 600 km
abaixo desses arcos de ilhas delineiam a placa fria da litosfera à medida
que elas se afundam no manto. Se a convergência é oceano-continente, se uma
placa tem borda continental, ela cavalga a placa oceânica, porque a crosta
continental é mais leve. A borda continental fica enrugada e é soerguida
num cinturão de montanhas aproximadamente paralelo a fossa de mar profundo.
As grandes forças de subducção produzem grande terremotos. Ao longo do
tempo, materiais são raspados da placa descendente e incorporados nas
montanhas adjacentes. A água carregada para baixo pela placa oceânica causa
a fusão da cunha do manto e a formação de vulcões nos cinturões de
montanhas atrás da fossa. A costa oeste da América do Sul, onde a Placa Sul-
Americana colide com a Placa de Nazca, de natureza oceânica, é uma zona de
subducção desse tipo. Uma grande cadeia de altas montanhas, os Andes, eleva-
se no lado continental do limite colidente e uma fossa de mar profundo
situa-se próximo a costa. Os vulcões ativos aqui são mortais. Um deles o
Nevado Del Ruiz, matou 25 mil pessoas em uma erupção em 1985. Alguns dos
maiores terremotos do mundo foi registrado nesse limite. Outro exemplo é a
pequena Placa de Juan de Fuca que está subduzindo a Placa Norte-Americana
ao longo da costa oeste da América do Norte. Esse limite convergente deu
origem aos pequenos vulcões da Cadeia Cascade, que produziu a erupção de
1980 do Monte Santa Helena. A medida que cresce o entendimento da zona de
subducção de Cascadia, os cientistas tornam-se preocupados com a
possibilidade de ocorrência de um grande terremoto nessa região o que
causaria um grande dano ao longo das costas de Oregon, Washington e
Columbia. Convergência continente-continente, ocorre entre placas de dois
continentes. A subducção do tipo oceânica não pode acontecer. Um exemplo é
a Placa Indiana e Eurasiana. A Placa Eurasiana cavalga a Placa Indiana, mas
a Índia e a Ásia mantêm-se flutuantes criando uma espessura dupla da
crosta e formando a Cordilheira de montanhas mais altas do mundo, a
Cordilheira do Himalaia, bem como o vasto e alto Planalto do Tibete.
Ocorrem nessas zonas, terremotos violentos na crosta que está sofrendo
enrugamento.
- Limites de Falhas Transformantes: As placas deslizam
horizontalmente uma em relação a outra ( a área da placa permanece
constante). Aqui, a litosfera na é criada nem destruída. São fraturas ao
longo dos quais ocorre um deslocamento relativo à medida que o deslizamento
horizontal acontece entre blocos adjacentes. São tipicamente encontrados ao
longo de dorsais mesoceânicas, onde o limite divergente tem sua
continuidade quebrada, sendo deslocado num padrão semelhante a um
escalonamento. A Falha de Santo André na Califórnia, onde a Placa Pacífica
desliza em relação a Placa Norte-Americana, é um ótimo exemplo de falha
transformante em continente. Pelo fato das placas terem se deslocado umas
em relação as outras durante milhões de anos, as rochas contíguas nos dois
lados da falha são de tipos e idades diferentes. Grandes terremotos, como o
que destruiu a cidade de San Francisco em 1906, podem ocorrer nos limites
de placas transformantes. Existe uma preocupação muito grande de que um
repentino deslocamento possa ocorrer ao longo da Falha de Santo André ou de
outras falhas relacionadas próximas a Los Angeles e San Francisco dentro de
aproximadamente, 25 anos, resultando num terremoto extremamente destrutivo.
COMBINAÇÃO DE LIMITES DE PLACAS
Cada placa é limitada por uma combinação de limites transformantes,
convergentes e divergentes. A Placa de Nazca, no Pacífico, tem 3 lados
limitados por zonas divergentes, onde uma nova litosfera é gerada ao longo
dos segmentos da dorsal mesoceânica, os quais são deslocados segundo um
padrão escalonado pelas falhas transformantes. O outro lado é limitado pela
zona de subducção do Peru-Chile, onde a litosfera é consumida numa fossa
oceânica profunda.
MINERAL
São constituintes básicos das rochas. É uma substância de ocorrência
natural e sólida, cristalina, geralmente inorgânica, com uma composição
química específica.
MINERAIS DE OCORRÊNCIA NATURAL: deve ser encontrado na natureza.
SUBSTÂNCIA SÓLIDA CRISTALINA: Não são líquidos nem gases. Quando nos
referimos a ser cristalino, nos referimos ao fato de que as minúsculas
partículas de matéria, ou átomos, estão dispostas em arranjos
tridimensionais ordenados e repetitivos. Os que não tem arranjo ordenado e
repetitivo, são amorfos ou vítreos e não são considerados minerais.
COMO SE FORMAM OS MINERAIS?
Se formam pelo processo de cristalização, que é o crescimento de um
sólido a partir de um gás ou líquido cujos átomos constituintes agrupam-se
segundo proporções químicas e arranjos cristalinos adequados. As ligações
dos átomos de carbono do diamante. São ligações covalentes. Juntam-se a
tetraedros, constituindo uma estrutura tridimensional. A medida que o
cristal de diamante cresce, estende sua estrutura tetraédrica em todas as
direções, sempre adicionando novos átomos e seguindo um arranjo geométrico
próprio.
Os íons de cloreto e sódio, um mineral cujas ligações são iônicas,
também cristalizam segundo um arranjo tridimensional ordenado. Formam uma
série de estruturas cúbicas que se estendem por 3 direções.
A cristalização começa com a formação de cristais microscópicos
individuais, que são arranjos tridimensionais ordenados de átomos. Os
limites dos cristais são superfícies planas chamadas de faces cristalinas.
Os grandes cristais forma-se quando o crescimento é lento e estável e há
espaço adequado sem interferências dos outros cristais próximos. Por essa
razão, a maioria dos cristais forma-se em espaços abertos nas rochas, como
fraturas e cavidades.
A cristalização com muita rapidez, os cristais acabam crescendo uns
sobre os outros e coalescem para se tornar uma massa sólida de partículas
cristalinas, chamadas grãos.
QUANDO SE FORMAM OS MINEIRAIS?
Um magma, que é uma rocha líquida derretida quente, cristaliza
minerais sólidos à medida que se resfria. Quando a temperatura de um magma
cai abaixo do seu ponto de fusão, os cristais de silicato, como a olivina
ou o feldspato começam a se formar.
SISTEMA CRISTALINO
- SISTEMA CÚBICO
- SISTEMA TETRAGONAL
- SISTEMA HEXAGONAL
- SISTEMA ORTORRÔMBICO
- SISTEMA MONOCLÍNICO
- SISTEMA TRICLÍNICO
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS
- DUREZA:
Facilidade com que a superfície do mineral pode ser riscada. O
diamante o mineral mais duro da natureza, risca o vidro, o quartzo,que é
mais duro que o feldspato, pode riscar o último mineral. Friedrich Mohs,
contribuiu com uma escala, escala de dureza de Mohs, baseado na facilidade
que um risca o outro. O mineral mais mole, o talco. Escala de 1 a 10. A
dureza de um mineral depende de sua ligações químicas, quanto mais forte as
ligações, mais duro ele será. No talco, 1, a estrutura é em folhas. No
topázio, 8, formado por tetraedros isolados.
-CLIVAGEM:
Tendência de um cristal apresenta de partir-se segundo superfícies
planares. Aqui varia inversamente da dureza, ligações fortes produzem
clivagens imperfeitas e ligações fracas, criam clivagens perfeitas. A
clivagem pode ser classificada como:
- Proeminente: folhas paralelas, tipo a Mica;
- Perfeita: apresenta uma certa aspereza;
- Distinta: Apresenta um certo grau de escalonamento, fluorita;
- Indistinta: apatita.
-FRATURA:
É a tendência que os cristais tem de quebrar-se ao longo de
superfícies irregulares, ao invés de utilizarem planos de clivagem. Podem
ser:
- Conchoidais: tem superfícies lisas, encurvadas, como as que se
formam quando se quebra um vidro espesso.
- Igual ou Plana: aproxima-se de um plano.
- Desigual ou irregular.
- BRILHO:
Como a superfície de cada mineral reflete a luz contendo uma
característica chamada brilho.
-Brilho Metálico: ocorre nos metais puros, como o ouro, galena.
-Não metálico: claros e em lâminas são transparentes.
- COR:
Deve ser observada em fratura recente ou superfície, pois em contato
com o ar se transforma formando películas de alteração na cor.
- TRAÇO:
O traço refere-se a cor do fino depósito de pó que é deixado quando
ele é raspado sobre uma superfície abrasiva, como uma placa de porcelana.
-DENSIDADE:
É a relação peso de um mineral comparado com o peso de igual volume de
água destilada a 4 C.
-FLEXIBILIDADE:
Uma deformação que pode ser plástica ou elástica.
-TENACIDADE:
Resistência ao choque de um martelo. Podem ser quebradiços (reduz-se
ao pó), sécteis (cortados por lâmina), e maleáveis (redutíveis a lâminas
pelo martelo).
PROPRIEDADES MORFOLÓGICAS
- HÁBITO: é a forma de como seus cristais individuais ou agregados de
cristais crescem. Podem ser lâminas, placas ou agulhas. O quartzo, é
formado por uma coluna de seis lados em forma de pirâmide.
ROCHAS
Uma rocha é um agregado sólido de minerais que ocorre naturalmente.
Algumas rochas como o mármore branco é composta por um só mineral, a
calcita. Certas rochas são compostas por matérias não-minerais, como
materiais não-cristalinos, rochas vulcânicas vítreas, obsidiana e pedra-
pomes e carvão, que são restos de plantas compactadas.
Mineralogia é a proporção relativa dos minerais constituintes de uma
rocha. Textura é o termo que indica o tamanho e as formas dos cristais e o
modo como estão unidos. Todas as rochas que se formam pela solidificação de
rochas fundidas são chamadas de rochas ígneas ou magmáticas.
A camada de rocha marrom clara de um corte de uma estrada, um arenito,
foi formada pela acumulação de partículas de areia, talvez em uma praia,
que foram cobertas, soterradas e cimentadas juntas. Todas as rochas
formadas com produtos de soterramento de camadas de sedimentos (como areia,
lama e conchas de carbonato de cálcio),sejam elas depositadas em terra ou
no mar, são chamadas rochas sedimentares.
A rocha de cor marrom do corte de estrada, um xisto, contém cristais
de mica, quartzo e feldspato. Ela formou-se na profundeza da crosta
terrestre, em altas temperaturas e pressões,que transformaram a mineralogia
e a textura de uma rocha soterrada. Todas as rochas formadas pela
transformação de rochas sólidas preexistentes sob a influência de alta
pressão e temperatura são chamadas de rochas metamórficas.
ROCHAS METAMÓRFICAS OU ÍGNEAS
As rochas metamórficas formam-se pela cristalização do magma, uma
massa de rocha fundida que se origina em profundidade na crosta e no manto
superior. Aí as temperaturas atingem 700 graus que são necessários para
fundir a maioria das rochas. A medida que o magma começa esfriar
lentamente, os cristais se formam, como o magma esfria abaixo da
temperatura de fusão, os cristais tem tempo de crescer até poucos
milímetros antes que toda a massa seja cristalizada como uma rocha
magmática de granulação grossa. Mas quando o magma é extrudido de um vulcão
na superfície, ele esfria e solidifica rapidamente, que os cristais
individuais não tem tempo para crescer gradualmente. O resultado é uma
rocha magmática de granulação fina.
ROCHAS MAGMÁTICAS INTRUSIVAS:
Elas cristalizam-se quando o magma se resfria e consolida no interior
da Terra. O granito é um exemplo.
ROCHAS MAGMÁTICAS EXTRUSIVAS:
Formam-se pelo rápido resfriamento do magma que chega a superfície por
meio de erupções vulcânicas. O basalto é um exemplo, facilmente reconhecido
por suas texturas vítreas ou de granulação fina.
MINERAIS COMUNS
A maioria dos minerais das rochas magmáticas são silicatos, em parte
porque o silício é muito abundante e em parte porque vários minerais
silicatados são fundidos à altas temperaturas e pressões que são alcançadas
na profundidade. Entre eles estão o quartzo, feldspato, mica, piroxênio,
anfibólio e olivina.
As rochas ígneas são classificadas pela textura e pela composição
mineralógica e química.
TEXTURA:
Mede as diferenças dos tamanhos dos cristais. Uma rocha como o
granito, de granulação grossa, tem cristais individuais que são facilmente
vistos a olho nu. Já o basalto, que possui cristais de granulação fina, é
pequeno demais para serem vistos a olho nu.
ROCHAS MAGMÁTICAS INTRUSIVAS OU PLUTÔNICAS:
É uma rocha que forçou seu caminho nas rochas vizinhas, as quais são
denominadas de rochas encaixantes. São formadas no interior da crosta
terrestre, de granulação grossa e formas definidas.
ROCHAS MAGMÁTICAS EXTRUSIVAS OU VULCÂNICAS:
Formadas na superfície terrestre, ou proximidades, pelo seu
resfriamento rápido, resultando em material vítreo ou cristalino e de
granulação fina. São conhecidos também como rochas vulcânicas, podem ser:
as lavas e as rochas piroclásticas (de erupções violentas, onde formaram-se
os piroclastos, quando os fragmentos de lavas são lançados ao ar. Os
piroclastos mais finos são a cinza vulcânica, fragmentos geralmente de
vidro, que se formam quando os gases que escapam do vulcão forçam a
irrupção de um borrifo de magma, Todas as rochas litificadas a partir
desses materiais vulcânicos são chamados de tufos).
Um tipo de rocha piroclástica é a pedra pomes, que consiste em uma
massa porosa de vidro vulcânico com um grande numero de vesículas. São
buracos vazios que se formam depois que os gases aprisionados escapam do
magma em processo de solidificação.
As rochas magmáticas de acordo com a sua textura, mas também de acordo
com a sua composição química e mineralógica.
- FÉLSICOS: são minerais ricos em sílica e de cores claras.
- MÁFICOS: são minerais pobres em sílica e de cores escuras.
O basalto é uma rocha extrusiva formada a partir da lava. O gabro tem
exatamente a mesma composição mineral do basalto, porém se forma nas
grandes profundidades, é uma rocha intrusiva. O riolito e o granito, são
idênticos na composição , diferindo apenas na textura.
ROCHAS FÉLSICAS:
São pobres em ferro e magnésio e ricas em sílica. São os minerais
quartzo, feldspato potássico e o plagioclásio. Tendem a ser claros. O
granito contem 70% de sílica. Sua composição inclui quartzo e ortoclásio.
ROCHAS MÁFICAS:
São ricas em piroxênios e olivinas. São relativamente pobres em
sílica, mas são ricas em magnésio e ferro, que lhe conferem a cor escura. O
gabro. O basalto.
COMO SE FORMAM OS MAGMAS?
Uma rocha nunca se funde completamente, seja qual for a temperatura. O
fenômeno de fusão parcial, ocorre porque os minerais que compõem uma
determinada rocha fundem-se em determinadas temperaturas. Alguns fundem-se
e outros permanecem sólidos.
CÂMARA MAGMÁTICA – são cavidades na litosfera, preenchidas com magma,
formadas a medida que as gotas de rocha fundida em processo de ascensão
empurram para os lados as rochas sólidas adjacentes. O volume de uma Câmara
pode chegar a vários km cúbicos.
PLÚTONS:
São grandes massas magmáticas formadas em profundidades, na crosta
terrestre. Esses corpos podem ser estudados quando expostos pelo
soerguimento e pela erosão, ou quando alcançados por minas ou furos de
sondagem. Os batótitos são os maiores corpos plutônicos, são enormes massas
irregulares de rochas magmáticas de granulação grossa, que cobrem pelo
menos, 100 km quadrados. Os demais corpos plutônicos similares mas de menor
tamanho, são chamados de stocks.
SILL E DIQUES
Esses dois são similares aos corpos plutônicos em muitos aspectos, mas
são menores e tem uma relação diferente com as rochas adjacentes
intrudidas. Um SILL é um corpo tabular, como forma de folha, formado pela
injeção magmática entre as camadas paralelas da rocha acamada preexistente.
São intrusões concordantes, seus limites são paralelos as camadas, sejam
elas horizontais ou não. Variam de cm a m. O SILL pode lembrar as camadas
de derrames vulcânicos e material piroclástico, mas diferem por não ter
estrutura em blocos, ou cordas, nem vesículas preenchidas; são mais grossas
que as rochas vulcânicas, pois resfriaram lentamente; muitos derrames de
lavas cobrem derrames mais antigos, que foram meteorizados, ou solos
formados entre derrames sucessivos, isso não acontece com o SILL.
Os DIQUES são a principal rota de transporte de magma através da
crosta. São similares ao SILL por serem corpos magmáticos tabulares, mas
cortam o acamamento das rochas encaixantes e portanto seccionam-nas.
Algumas vezes os diques se formam quando o magma força fraturas abertas
preexistentes, mas é freqüente que a pressão da mesma, ao ser injetado,
abra canais através de rachaduras. Podem ter dezenas de km.. Em alguns
diques a presença de xenólitos fornece boas evidências do rompimento da
rocha encaixante durante o processo de intrusão. São raramente encontrados
sozinhos.
ESTRUTURAS DE ROCHAS MAGMÁTICAS
- MACIÇA: quebram em blocos
- FLUIDAL: comum em diques
- VESICULAR: derrame
- COLUNAR: forma prismas colunares
- LAJE: arranjo tabular da rocha vulcânica
GRAU DE CRISTALINIZAÇÃO
- HOLOCRISTALINAS: constituída por cristais (lentamente resfriada)
- HIPOCRISTALINAS: constituído por vidros e cristais
- HOLOHIALINAS: constituídas por vidro (rapidamente resfriada).
FORMA
- EUÉDRICO: mineral limitado por suas faces
- SUBÉDRICO: mineral parcialmente limitado por suas faces cristalinas
- ANAÉDRICO: mineral que não apresenta faces cristalinas.
CRISTALINIDADE
- FANERÍTICAS OU PLUTÔNICAS: cristais visíveis a olho nu.
- AFANÍTICA: cristais invisíveis a olho nu. Podem ser Microcristalinos
(reconhecidos ao microscópio), e criptocristalinos (não reconhecidos ao
microscópio).
TEXTURA
- GRANULAR:
- HETERORANULAR
- PORFIRÍTICA
- POIQUILÍTICA
COR
A separação em félsicos (claros) e máficos (escuros), permite a
divisão de rochas magmáticas em 3 categorias:
- LEUCOCRÁTICAS: possuem menos de 30% de minerais escuros
- MESOCRÁTICAS: possuem entre 30% e 60% de minerais escuros
- MELANOCRÁTICAS: possuem acima de 60% de minerais escuros.
PORCENTAGEM DE SÍLICA
- ÁCIDA: rochas com teores de sílica superiores a 65% (granito e
pegmatito)
- INTERMEDIÁRIAS OU NEUTRAS: teor de sílica entre 65% e 52%. Sienito.
- BÁSICAS: teores de sílica abaixo de 52%. Basalto.