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Disciplina: Processos de Fabricação Parte 2: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Dr. Eng. Metalúrgica
Aulas 08 – Processos de Moldagem em Areia à Verde 1. Introdução Divisão clássica dos materiais de moldagem Aspectos relevantes no comportamento dos materiais de moldagem 2. Processos de Fundição em Moldes de Areia Tipos de ligantes Areias para moldes e para machos Métodos para compactação de moldes e machos. 3. Moldagem em Areia à Verde. Características tecnológicas de um molde de areia. Fatores determinantes das características tecnológicas. Constituintes das misturas. Moldagem manual Moldagem mecânica – Máquinas de Moldagem Caracterização das matérias primas de moldagem através de Ensaios de Laboratório de Areias. Programa de controle de um sistema de areias.
Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição
Aula 08: Moldagem em Areia à Verde
Divisão Clássica dos Materiais de Moldagem Não Destrutíveis (vida finita) Moldes Metálicos
Limitações quanto a peso das peças e temperatura do metal
Melhores precisões dimensionais Destrutíveis (uma utilização) Moldes de Areia
A areia pode ser reciclada Piores precisões dimensionais
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Aspectos Relevantes no Comportamento dos Materiais de Moldagem • Projeto e construção dos moldes • Comportamento dos moldes durante o processo • Ensaios e controle das propriedades dos materiais de moldagem • Significado metalúrgico dos moldes
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Processos de Fundição em Moldes de Areia
Tipo de Ligante
Inorgânicos
Argilas
Orgânicos
Resinas
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Características necessárias para um molde de areia Plasticidade ⇒
Resistência a esforços (extração do modelo)
Consistência ⇒
Reproduzir e conservar a forma da cavidade após a extração do modelo
Refratariedade ⇒
Resistir às temperaturas elevadas às quais são submetidos
Permeabilidade ⇒
Permitir a saida do ar e de gases da cavidade do molde
Colapsibilidade ⇒
Devem ser facilmente destrutíveis após a solidificação das peças
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À Verde
Bentonita +Água
Areias para Moldes Aglomerados com Resinas Areias para Machos
Aglomerantes orgânicos/inorgânicos
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Areias para Moldes
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Areia à Verde Areia Seca Areia de Cura à Frio (Cold Box) Areia para Shell Moulding
Areias para Machos
Areia + Silicado de Na + CO2 Areia de Cura à Quente (Hot Box) Areia + Óleo de Linhaça
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Métodos de Compactação Usados na Produção de Moldes 1. Socamento Manual
3. Ação Vibratória
2. Compressão
P
4. Arremesso Areia
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1. Socamento Manual
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Métodos de Compactação Usados na Produção de Machos Ar comprimido
Câmara
2. Sopro e Disparo
Bocais Caixa de Machos
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Areias para Moldagem à Verde 1. Características de um Molde de Areia. 2. Constituintes da Mistura. 3. Caracterização dos Constituintes e da Mistura através de Ensaios de Laboratório.
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Características Tecnológicas de um Molde de Areia • Permeabilidade • Estabilidade Térmica Dimensional • Inércia Química • Difusividade Térmica • Refratariedade • Desmoldabilidade
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Fatores determinantes das características tecnológicas • Qualidade dos materiais de moldagem. • Teores dos constituintes. • Forma de preparação da mistura. • Forma de compactação.
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MOLDAGEM EM AREIA A VERDE : AREIA BASE + AGLOMERANTE + ÁGUA + ADITIVOS Areia Base ⇒ constituinte granular refratário Aglomerante ⇒ bentonita ⇒ ação de ligação entre os grãos da areia base. Água ⇒ ligações químicas ⇒ “aglomeração” dos grãos
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Aditivos: Pó de Carvão: • atenua efeitos de expansão da sílica • reduz contato do metal líquido com a superfície do molde ⇒ Melhora o acabamento superficial
Amido de Milho (Mogul) • aumenta a plasticidade
Dextrina • aumenta resistência aos efeitos da expansão térmica da sílica
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Moldagem Manual • Peças de grande porte e/ou produzidas em pequena escala • Utiliza modelos soltos e soquetes manuais ou marteletes pneumáticos. • Apresenta limitações quanto a precisão dimensional e o acabamento superficial das peças obtidas • Os moldes obtidos são muito heterogêneos
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Moldagem Mecânica
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Utiliza Máquinas ou Prensas de Moldagem
• Peças de pequeno e/ou médio portes • Produção em grandes séries • Modelos geralmente em placas (em um ou nos dois lados da placa → “match plate” • Permite obtenção de precisão dimensional
peças
com
melhor
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Máquinas de Moldagem 1. Somente por Impacto • 1a geração de Máquinas de Moldagem • Movimento de ascensão e descenso da placa de suporte.
Pistão de Vibração
• Utilizada para Moldes de Pequeno Porte
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Máquinas de Moldagem 2. Impacto + Compressão P
Placa de Compressão
• Combinam ações de impacto e compressão. • Indicadas para moldes maiores que exigem maiores esforços.
Pistão de Vibração
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Máquinas de Moldagem 3. Prensas de Moldagem DISAMATIC
• Partição Vertical do Molde
• Opera sem caixa Prensa Especial de Moldagem
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• 03 Modelos com Dimensões Padronizadas
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MOLDAGEM
DISAMATIC Seqüência de Operações:
EXTRAÇÃO DO MODELO COLOCAÇÃO DE MACHOS
FECHAMENTO
VAZAMENTO/RESFRIAMENTO
DESMOLDAGEM
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Caracterização das Matérias Primas de Moldagem através de Ensaios em Laboratório de Areias Módulo de Finura Granulometria
Coeficiente de Angularidade Concentração
Areia Base
Teor de Finos Teor de Argila AFS
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Partículas < 20µm
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Caracterização das Matérias Primas de Moldagem através de Ensaios em Laboratório de Areias Partículas Grossas (% retido em 200 mesh)
Bentonita
Inchamento → troca iônica Adsorção de Azul de Metileno → grau de pureza (troca iônica) Mistura Padrão (5% bentonita) → Ensaios Tecnológicos
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Programa de Controle de um Sistema de Areias Resistência Plasticidade
Propriedades Tecnológicas
Permeabilidade Compactibilidade Teor de Umidade Teor de Argila Total (AFS)
Variáveis de Composição
Teor de Argila Ativa Teor de Voláteis Granulometria
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Aulas 09 – Processos de Moldagem e Macharia em Areias Aglomeradas com Resinas 1.
Introdução Diferentes processos de moldagem e macharia que utilizam areias aglomeradas com resinas.
2. Processos de Moldagem e Macharia Areia – Silicato de Sódio – CO2 Areia – Cimento. Shell Moulding Caixa Fria (Cold Box) Caixa Quente (Hot Box) § § § §
Constituintes das Misturas Processamento Mecanismos de Cura Características dos Moldes/Machos Vantagens e Limitações.
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Aula 09: Moldagem e macharia em areias com resians.
SHELL MOULDING (Moldagem em Casca) Constituintes da Mistura
Areia Base
+
Resina Termofixa
+
Catalizador
AREIA COBERTA Mecanismo de Cura
O filme de resina é total ou parcialmente polimerizado pela ação do calor.
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SHELL MOULDING Procedimento para Obtenção de Moldes Shell • Mistura ⇒ Areia “Coberta” • Colocação da areia em caixa basculante. • Basculamento da areia sobre a placa modelo (recoberta com desmoldante e pré-aquecida à 200-2600C. • Manutenção pelo tempo necessário à formação da espessura de casca desejada. • Basculamento para remoção da areia não curada. • Extração da casca (meio molde). • Fechamento do Molde (colagem de duas cascas).
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Processo Shell Moulding
Caixa Basculante
Casca curada
Suporte
Areia Coberta b) Areia “cura”em contato com a placa aquecida
Placa Modelo a) Modelo é erguido em direção à caixa basculante
c) Modelo e caixa são basculados.
d) Modelo e “casca” são abaixados..
f) Molde obtido pela união entre 02 “cascas”. e) A “casca” (meio molde) é extraída da placa modelo.
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Processo Areia - Silicato de Sódio – CO2 • Mistura (areia + Silicato de Na)
1.Processamento
• Compactação (molde ou macho) • Gasagem com CO2
2. Mecanismo ⇒ de Cura:
• Modificações fisico-químicas
produzidas no filme de silicato pela ação do CO2
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Processo Areia - Silicato de Sódio – CO2 3. Características dos moldes/machos: • Elevada Rigidez
⇒
• Baixa Colapsibilidade
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Estabilidade dimensional em peças de grande porte.
⇒
Restrições na utilização e necessidade de aditivos.
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Processo Areia - Óleo • Mistura (areia + óleo de linhaça)
1. Processamento
• Compactação (molde ou macho) • Estufagem (200-2500C) → 1-4 h • Cura ao Ar → 4-24 h
2. Mecanismo ⇒ de Cura
• Filme de óleo sobre as partículas
de areia polimeriza sob a ação do calor ou de aceleradores químicos.
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Processo Areia - Óleo 3. Características dos moldes/machos: ⇒
• Baixa Rigidez
• Alta Colapsibilidade ⇒
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Indicado principalmente para machos pequenos e de geometria simples. Poucas restrições na utilização e dispensa o uso de aditivos.
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Processo Caixa Fria (Cold Box) • Mistura: Areia + Sistema FenólicoUretânico (resina fenólica +isocianato)
1. Processamento
• Compactação (molde ou macho) • Introdução do Catalisador (Amina Terciária ) noa forma de suspensão em um gás (CO2 - N2 ou ar).
2. Mecanismo de Cura
⇒
Polimerização das resinas sob a ação do catalisador do tipo amina terciária.
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Processo Caixa Fria (Cold Box) 3. Aplicações
⇒
Fabricação de machos em pequenas e grandes séries.
4. Características: • Rapidez na obtenção. • Excepcional Colapsibilidade.
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Processo Caixa Fria (Cold Box) • Precisão dimensional • Elevada Colapsibilidade • Elevada produtividade
Vantagens:
• Fluidez da mistura • Excelente acabamento superficial • Baixa pressão de compactação • Dispensa armações metálicas • Não requer estufagem • Utilização imediata após extração
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Processo Caixa Fria (Cold Box) • Alto custo das resinas e catalizador • Rigoroso controle da qualidade da areia
Desvantagens:
• Necessidade de controle da temperatura de trabalho da areia • Ferramentais para produção seriada exigem mais detalhes elevando os custos • O ambiente precisa ser arejado com controle da exaustão • Baixo tempo de estocagem (elevada higroscopia) • O sistema de gasagem aumenta o custo
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Processo Caixa Quente (Hot Box) 1. Constituintes da Mistura
Areia Base
+
Resinas
+
Catalizador
Uréia-formol/álcool furfúrico Resinas
Uréia-formol/fenol-formol Fenol-formol/álcool furfúrico
Quando decomposto pelo calor da Catalizador: latente ⇒ caixa de macho, libera o composto ativo que provoca a cura.
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Processo Caixa Quente (Hot Box) • Mistura: Areia + Resina + Catalizador • Sopro ou tiro da mistura numa caixa metálica previamente aquecida.
1. Processamento
• Manutenção por um período de tempo necessário para a cura
2. Mecanismo de Cura
⇒
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O calor do ferramental inicia a reação exotérmica que endurece o macho progressivamente da periferia para o centro em função da polimerização da resina.
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Processo Caixa Quente (Hot Box) 3. Aplicações
⇒
Produção de grandes séries de machos maciços, de espessura reduzida e com elevado índice de complexidade. • Os machos de maior espessura devem ser feitos preferencialmente com resina furânica devido maior rapidez na cura ⇓ • Maior rapidez de cura e redução no tempo de permanência no ferramental.
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Processo Caixa Quente (Hot Box) • Copia facilmente detalhes (alta fluidez). • Bom acabamento. • Usa-se areia mais grossa ⇒ menor consumo de resinas.
Vantagens:
• Boa colapsibilidade. • Maior produtividade em comparação com o Shell. • Dispensa estufagem (não sofre deformações) • Permite o emprego de qualquer tipo de misturador (contínuo ou não). • Aplica-se em Al – Mg – FoFos - Aços
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Processo Caixa Quente (Hot Box) • Exige energia térmica para cura. • Ferramentais mais sofisticados e onerosos.
Desvantagens:
• Não se pode usar qualquer material na confecção dos ferramentais (alta abrasão). • Vida útil da mistura aproximadamente 4h. • Desprendimento de gases tóxicos durante a cura. • Dificuldade de cura em paredes mais espessas (acima de 30 mm)
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