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Disciplina: Processos de Fabricação Parte 2: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Dr. Eng. Metalúrgica
Aula 11: Processos de Fundição Sob Pressão 1. Introdução
• Principio do Processo • Classificação dos Processos • Potencialidades do Processo 2. Fundição Sob Pressão em Câmara Quente • Características Gerais. • Sistemas de Injeção. • Materiais Utilizados. • Seqüência Operacional. 3. Fundição Sob Pressão em Câmara Fria • Características Gerais. • Sistemas de Injeção. • Classificação das Máquinas. • Ciclo do Processo. • Parâmetros de Injeção. • Aspectos Construtivos: Pistão e Câmara de Injeção. • Moldes (Matrizes): Aspectos Construtivos e Operacionais, materiais utilizados.
Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição
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Fundição sob Pressão Princípio do Processo
Classificação dos Processos
Processo que utiliza um molde metálico estacionário (MATRIZ) no qual o metal líquido é introduzido usando altas pressões.
Classificados em função do tipo de equipamento utilizado
Câmara Quente
Câmara Fria
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Potencialidades do Processo -
O processo permite obter:
• Peças com seções muito finas (< 0,2mm).
• Reprodução de detalhes finos.
Peças Complexas
• Elevada precisão dimensional Peças “NET SHAPE” • Excelente acabamento superficial • Altas Produtividades. • Adequado para automação.
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Fundição Sob Pressão em Câmara Quente Características Gerais Bocal
Pescoço de ganso
• O sistema de injeção encontra-se mergulhado no metal líquido e o arranjo permite o enchimento do molde em curto tempo com baixa perda de temperatura do metal.
• Utilizado para ligas com baixos pontos de fusão: Mg – Zn – Sn - Pb
Cilindro hidráulico Pistão
Forno
Semi-molde ejetor
Semi-molde fixo
• Peças de até 23Kg • Ligas de Al em dispositivos sem êmbolo à base de ar comprimido.
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Fundição Sob Pressão em Câmara Quente
Sistemas de Injeção do Tipo Câmara Quente • à base de êmbolo. • por imersão à base de ar comprimido. • à base de ar comprimido com válvula submergida. • para ligas de Mg. Parâmetros de Processamento: • Pressão de Injeção = 50 a 130 Kg/cm2. • A quantidade de metal varia de acordo com o tamanho do colo de cisne (pescoço de ganso). • Produtividade = 50 a 500 tiros/hora. • Máquina Especiais de Alta Produção = 2000 a 5000 tiros/h.
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Materiais Utilizados no Equipamento: • COLO DE CISNE
Ferro Fundido Cinzento ou Nodular - Aço
• A escolha do material depende do tipo de metal, da pressão de operação e do custo. • CAMISA e BICO
Aço H13 – Aço Ligado Nitretado ou Aço Inox
• Peças sujeitas ao calor, atrito e pressão mecânica. • Uma camisa pode durar até 2000h de trabalho. • PISTÃO
Ferro Fundido Cinzento
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Dispositivo de Injeção a Base de Ar Comprimido: • O enchimento da câmara de pressão é obtido pela descida da câmara até que o metal possa penetrar no interior da mesma através de um furo ou tubo, que fica fechado durante a injeção. Depois é fixada a tubulação de injeção contra a boca de entrada do molde e ficando fechada a boca de entrada do metal injeta-se este, por meio de pressão de ar comprimido, no molde.
• O sistema não possui êmbolo. • Pressão de injeção máxima = 50Kg/cm2. • Pode ser utilizado para ligas de Al. • Empregado para peças maiores.
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Seqüência Fechamento do Molde Fixação da Tubulação de Injeção Injeção Retrocesso do Êmbolo
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Operacional: Separação do Bico de Injeção Abertura do Molde Extração dos Machos Extração das Peças
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Fundição Sob Pressão em Câmara Fria Características Gerais • O sistema de injeção não fica mergulhado no metal líquido. • Cada vez mais utilizado em função das exigências crescentes quanto a qualidade das peças injetadas. • Utilizado para ligas com maiores pontos de fusão: Cu – Al - Mg – Zn
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Sistema de Alimentação da Máquina com Metal Líquido: • Manual com uma colher. • Por forno basculante e canal de alimentação. • Mediante um cadinho hermeticamente fechado e no qual atua uma pressão pneumática sobre o banho. • Por meio de uma bomba eletromagnética. • Por um braço mecânico (ou robô) com um dosador. Sistema de Injeção: • Produtividade: 2 a 5 injeções/minuto. • Acionamento do pistão por pressão de óleo ou água. • Pressão de injeção na faixa de 560 a 3000 kg//cm2. • Velocidade de injeção na faixa de 0,1 a 7,0 m/s.
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Classificação das Máquinas de Acordo com os Princípios Construtivos Máquina de Câmara Fria Horizontal
Deslocamento do Embolo de pressão para cima. Máquina de Câmara Fria Vertical
Deslocamento do Embolo de pressão para baixo.
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Seqüência de Trabalho em um Máquina de Câmara Fria: • Fechamento do Molde. • Introdução do metal na câmara de pressão. • Injeção do metal. • Abertura do molde. • Extração dos machos • Expulsão ou extração da peça fundida. • Retrocesso do êmbolo de pressão.
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Ciclo do Processo de Fundição sob Pressão em Máquina de Câmara Fria Horizontal Preenchimento da câmara com concha manual
Pistão
Cavidade do molde
Câmara de injeção Injeção do alumínio para a cavidade do molde.
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Extração do produto
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Ciclo do Processo de Fundição sob Pressão em Máquina de Câmara Fria Vertical
Pistão de injeção
Ejeção do material residual ( massalote ).
Injeção
Tiro do produto
Alumínio líquido
Pinos extratores
Varões extratores
Preenchimento da cavidade do molde
Extração do produto
Contra pistão
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Parâmetros de Processamento: • Temperatura da Matriz ≅ 2500C Ligas de Alumínio
• Vida Útil da Matriz de 100.000 a 150.000 ciclos.
Produção: Exemplos • Conjuntos de até 5,0 Kg
• 30 a 60 ciclos/h em Máquina Automática
• Conjuntos de até 1,2 Kg
• 40 a 120 ciclos/h em Máquina Semi-automática.
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Parâmetros de Injeção: Estágios da Injeção A injeção pode ser separada em três estágios distintos: Primeiro estágio : o pistão avança com velocidade lenta Segundo estágio: na qual metal preenche a cavidade do molde.
Terceiro estágio: é a fase de compactação do metal na cavidade, chamada de Recalque.
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Parâmetros de Injeção: Estágios • Primeiro estágio : o pistão avança com velocidade lenta para expulsão do ar e gases da câmara de injeção.
2a Fase
1a Fase
A primeira fase termina quando todo Volume Hidráulico da câmara está ocupada pelo metal líquido e pode ser calculado para facilitar na definição dos paramentos de Injeção.
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Segundo estágio: no qual metal preenche a cavidade do molde. É o curso restante do pistão. Preenche a cavidade do molde com maior velocidade imediatamente após o término da primeira fase de Injeção. O curso de Injeção é calculado sempre a partir da posição inicial do pistão que deve facear o orifício de alimentação da câmara . É importante que o pistão tenha sempre o mesmo comprimento pois sua variação provocará variações no comportamento do alumínio durante o preenchimento da cavidade. INJEÇÃO DE AR A segunda fase iniciará junto com o Pistão menor antes que todo o alumínio alumínio para que o ocupe o volume dentro da cavidade padronizado hidráulico da câmara do molde, Pistão maior que o padronizado
Penetração antecipada o alumínio para dentro da cavidade antes do inicio da segunda fase
Peças com JUNTAS FRIAS.
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Segundo estágio: Influência do comprimento do pistão sobre o regime de injeção e os prováveis defeitos.
Normal
2a fase
1a fase
Pistão maior que o padronizado Juntas Frias
Avançado
Pistão menor que o padronizado Porosidades
Recuado
Uma vez definida a câmara de injeção para um molde, em uma determinada máquina, o diâmetro do pistão e comprimento da haste automaticamente são definidos e a partir destas definições é que são determinadas os parâmetros das máquinas.
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Terceiro estágio: Recalque. É o responsável pela compactação final do material injetado imediatamente após a segunda fase de Injeção, compensando a contração de solidificação do alumínio, diminuindo a ocorrência de porosidades É utilizada em peças de paredes grossas e que sejam alimentadas por canais generosos para permitir a transmissão de pressão sem que solidifique antes o alumínio dentro da cavidade
• Força de Injeção da Máquina. Determina: • Pressão Específica Final de Injeção • Responsável pela sanidade(estanqueidade) da peça, uma vez que durante a solidificação o metal contrai, necessitando assim de uma massa adicional que será transferida por pressão ainda no estado semi-sólido (pastoso).
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Parâmetros de Injeção: É obtida através da pressão hidráulica da rede ou multiplicada da Injetora, dividida pela área do êmbolo de injeção.
Força de Injeção
Resultante da Força de Injeção da Máquina dividido pela Área do Pistão de injeção. Ou seja, é a força aplicada a cada cm2 de metal injetado.
Pressão Específica de Injeção
A pressão específica (Pe) pode ser regulada na máquina, dependendo do tipo de peça, este valor pode ser estipulado pelo projetista.
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Peças standard 200 – 400 kgf/cm2 Peças técnicas 400 – 600 kgf/cm2 Peças estanques 600 – 1000 kgf/cm2
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Parâmetros de Injeção: Força de Fechamento Os diversos tipos de máquinas injetoras que são produzidas, geralmente são identificadas pela capacidade da Força de Fechamento. Exemplo: Máquina de 630 T = a capacidade desta manter as placas fechadas e travadas até 630.000 kgf de Injeção, que é determinada pela Pressão Específica ( Pe ) multiplicada pela área projetada do molde.
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Parâmetros de Injeção: Velocidade de Injeção a) Velocidade de Primeira Fase de Injeção É a velocidade de aproximação do pistão. É controlada por uma válvula controladora de fluxo. Nesta fase de Injeção, o pistão avança lentamente não permitindo que o metal líquido sofra qualquer turbulência evitando que bolhas de gases e ar venham a ser aprisionadas e injetadas para dentro da cavidade do molde b) Velocidade de Segunda Fase de Injeção É a velocidade com que o metal líquido preenche a cavidade do molde. É função da espessura e complexidade do produto a ser injetado. Maiores velocidades de injeção para compensar a rápida troca de calor entre a superfície do molde e o metal líquido
Peças com paredes finas Peças muito complexas
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Aspectos Construtivos: Pistão e Câmara de Injeção O tamanho da Câmara e do Pistão determina o volume de metal para o tiro
Cada Ferramental tem câmara e pistão próprios.
Câmara: Aço H13 Aço Ligado Nitretado Materiais Pistão: Liga de Cobre c/ Berílio (5%) Aço Ligado Nitretado Sistema de Refrigeração:
Lubrificação:
A temperatura do pistão deve oscilar entre 50-700C . Refrigeração com água.
Cuidar com a quantidade e tipo de lubrificante, para evitar contaminação do metal e redução da vida útil do pistão e da câmara.
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Moldes para Fundição Sob Pressão ⇒
MATRIZES
Elevado custo de Fabricação. Características Iniciais
Maior vida útil possível. Necessidade de estabilidade e precisão dimensional. Aços para Trabalho a Quente
Materiais
Aços Cromo-Molibdênio
• Alta resistência à choque térmico • Alta resistência ao desgaste e à abrasão • Boa taxa de extração de calor
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Materiais
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A seleção depende do material e do número de peças a serem produzidas. Materiais mais utilizados
Combinação de aços P20 com o H13 Normalmente temperados e nitretados em áreas de contato com o metal líquido e regiões de atrito. H13
0,35C – 0,30Mn – 1,0Si – 5,0Cr - 1,0V – 1,5Mo
P20
0,35C – 1,7Cr - 0,4Mo
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Aços para Matrizes PRODUÇÃO Liga das Peças
50.000
250.000
1.000.000
Material Zinco
P20
P20
H11 / H13
Alumínio e Magnésio
H11 H13
H11 H13
H11 H13
Cobre
H21/ H20/ H22
Obs.: para suporte dos moldes pode-se usar os aços 1020 ou 1045.
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Aços para Machos e Ejetores Liga das Peças
MATERIAL
Zinco
H11/ H13/ H12 (nitretados)
Alumínio e Magnésio
H11/ H13/ H12 (nitretados)
Cobre
H21/ H20/ H22
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Aspectos Construtivos/Operacionais: Matrizes • As matrizes podem ser refrigeradas com água em locais de pontos quentes, machos ou seções espessas das peças. • A temperatura de entrada da água de refrigeração não deve ser inferior a 300C. • Overflows: são construídos para saídas de ar e óxidos. São ligados às peças por uma seção bem fina (0,5-1,5mm de espessura). • Sistema de Canais TIPO PRESSURIZADO
Necessidade de altas velocidades de enchimento.
• Extratores: pinos ou buchas (sempre que possível localizados sobre os canais de entrada). • Agentes Separadores: aplicados a cada ciclo, sob a forma líquida ou pasta, por spray ou pincel.
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Aspectos Construtivos/Operacionais: Matrizes Tolerâncias para peças pequenas: 0,076 a 0,127 mm. • Variações ocorrem em função: • tamanho e desenho da peça • fundibilidade da liga •
Na prática normal as dimensões sofrem alterações devido o desgaste do molde e do mecanismo de fechamento
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