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Fundiçao

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    December 2018
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Disciplina: Processos de Fabricação Parte 2: Fundição Professor: Guilherme O. Verran Dr. Eng. Metalúrgica Aula 04 – Escoamento de metais líquidos – Canais de Enchimento 1. Introdução - o o o o Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Escoamento de Metais em Canais. Turbulência e número de Reynolds. Lei da Continuidade. Perda de Cargas. Coeficiente de Perda de Cargas. 2. Elementos dos Sistemas de Canais Relações de Escalonamento (relações de áreas) Sistemas Pressurizados e Sistemas Despressurizados. Bacia de Vazamento. Canal de Descida. Canais de Distribuição e Ataque. Posicionamento dos Ataques com Relação ao Canal de Distribuição. Sistemas Verticais de Enchimento. - 3. Projeto dos sistemas de canais de enchimento Equações Fundamentais. Determinação do Tempo de Enchimento da Peça. Determinação da Velocidade Método da Seção de Choque. Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Sistemas de Canais 1 2 6 7 4 3 5 1 . Bacia de Vazamento 2 . Descida 5 . Ataque 3 . Distribuição 6 . Ventilação 4 . Retenção de Escória 7 . Massalote 1 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Componentes Básicos de um Sistema de Canais de Enchimento Bacia de Vazamento Canal de Descida Peça Molde com Apartação Horizontal Pé do Canal de Descida Canais de Distribuição Canais de Ataque Extensão do Canal de Distribuição Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais 1. Turbulência e Número de Reynolds Re = (v.d) / υ v = velocidade do fluído d = diâmetro hidráulico do canal υ = viscosidade cinemática do líquido υ=µ/δ cm2. 10-2 / s C.G.S. µ = viscosidade dinâmica (centipoise) δ = densidade do líquido (g/cm3) 2 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Valores de Viscosidade Cinemática para alguns Líquidos Viscosidade Cinemática (cm2 . 10-2/s) Temperatura (0C) Água 1,00 20 Alumínio 1,27 700 F0F0 Cinzento 0,45 1300 F0F0 Branco 0,40 1300 Cobre 0,40 1200 Ferro 0,89 1600 Fe - 0,75%C 1,10 1500 Fe – 3,4% C 1,50 1300 Líquido Chumbo 0,22 400 Magnésio 0,80 680 Mercúrio 0,115 20 Ligas Metálicas 0,1/1,5 S = 500 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Fluxo Laminar Re < 2000 Fluxo Turbulento 2000 ≤Re ≤ 20000 Fluxo Severamente Turbulento Re ≥ 20000 3 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Fluxo de Metal na maioria dos casos Reais em Fundição Critério no Cálculo de Canais de Enchimento Consequência ⇒ Prática ⇒ ⇒ Turbulento Manutenção de Re < 20.000 Para Re < 20.000 a turbulência é mais interna ao fluxo, com uma fina camada junto à parede ⇓ Evita-se a quebra da camada de óxido formada na superfície do líquido e sua introdução no seio do líquido Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais 2 . Lei da Continuidade Em um canal fechado completamente cheio, a vazão é constante, independentemente de variações locais da velocidade ou da área transversal Q = v1 . A1 = v2 . A2 v1 e v2 = velocidades no pontos 1 e 2 (cm/s) A1 e A2 = áreas da seções transversais nos pontos 1 e 2 (cm2) Q = vazão do líquido em todos os pontos do canal (cm3/s) 4 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais 3 . Perdas de Carga Em todo o Sistema Real Ocorrência de perda por atrito decorrentes da interação entre as paredes dos canais e o líquido que possui certa viscosidade. Perdas localizadas devido às mudanças de direção e dimensões dos canais Perdas adicionais Em Fluxos ⇒ Turbulentos ⇒ devidos às características do fluxo Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Efeitos de atrito internos à massa líquida Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Situações de Perda Localizada por Variação de Seção ⇓ Ocorrência de Desligamento entre o fluxo e as paredes ⇓ Zonas com Desligamento de Fluxo Aparecimento de regiões de “baixa pressão” ⇓ Conseqüência Prática: aspiração de ar e gases resultando em defeitos. 5 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Aumento de seção Redução de seção Representação esquemática mostrando a formação de áreas de ¨baixa pressão¨ devido a variações abruptas na seção transversal de um conduto Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Situações de Perda Localizada por Mudança de Direção ⇓ Ocorrência de Desligamento entre o fluxo e as paredes ⇓ Aparecimento de regiões de “baixa pressão” Zonas com Desligamento de Fluxo ⇓ Conseqüência Prática: aspiração de ar e gases resultando em defeitos. 6 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran (a) Turbulência devido a presença de canto vivo Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento (b) Aspiração de ar devido a presença de canto vivo (c) Uso de arredondamentos minimizando a turbulência e a aspiração de ar. Esquema mostrando o fluxo de um fluído com mudança na direção do fluxo. Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Considerando-se as perdas por atrito, o cálculo da velocidade em algumas seções de área A, no sistema fica: v = √ 2. g. h . 1/ (√ 1 + Kn (A / An)2 Kn = coeficiente tabelado A = área do ponto onde ser quer a velocidade α = coeficiente global de perdas An = áreas de perda 7 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Coeficientes de Perda sugeridos por Wallace e Evans Tipo de Perda Entrada da Bacia para o Canal de Descida Coeficiente Sem Concordância 0,75 Com Concordância 0,20 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Coeficientes de Perda sugeridos por Wallace e Evans Tipo de Perda Junção Descida/Distribuição Coeficiente Sem Concordância - 2,0 Com Concordância - 1,5 Sem Concordância - 1,5 Com Concordância - 1,0 8 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Coeficientes de Perda sugeridos por Wallace e Evans Tipo de Perda Coeficiente Junção em I 2,0 Junção Distribuição/Ataque Sem Concordância 2,0 Com Concordância 0,5 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Noções de Mecânica dos Fluídos Aplicadas ao Fluxo de Metais em Canais Coeficientes de Perda sugeridos por Wallace e Evans Perdas por Fricção Coeficiente Canais Redondos - 0,02 L/D Canais Quadrados - 0,06 L/Dh Canais Retangulares - 0,07 L/Dh L = Comprimento D = Diâmetro 9 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Coeficientes Globais de Perda sugeridos por Wallace e Evans para Sistemas Despressurizados Canal de Canal de Descida Reto e Descida Afunilad Estrangulamento na Distribuição o 0,90 0,73 Tipos de Sistemas 01 Canal de Distribuição 02 Canais de Distribuição, com vários ataques, sem mudança de direção no canal 02 Canais de Distribuição, com vários ataques, mudanças de direção de 900 no canal Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran 0,90 0,73 0,85 0,70 Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento ELEMENTOS DOS SISTEMAS DE CANAIS Relações de Áreas Sistemas Pressurizados ⇒ Sistemas Despressurizados Idéia Básica ⇒ ⇒ A seção menor corresponde aos Ataques A seção menor corresponde ao Canal de Descida Aumentar ou diminuir a velocidade do fluxo a partir da diminuição ou aumento das áreas 10 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Relação de Áreas (Escalonamento) • Indica a proporção de área dos três componentes básicos do sistema Área Descida Área Descida 1 : A1 : : Área Distribuição Área Descida A2 : Sistemas ⇒ Pressurizados Sistemas Despressurizados Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Área Ataque Área Descida ⇒ A2 < 1 A2 > 1 Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Vantagens dos Sistemas Pressurizados • Sistemas Mais Leves • Sistemas é forçado a trabalhar cheio ⇒ Maior Rendimento Metálico ⇒ Favorece fluxo uniforme e separação de inclusões de escórias e areias 11 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Desvantagens dos Sistemas Pressurizados ↑ Perigo de erosão do molde Aumento da Velocidade do Fluxo Provoca forte turbulência na entrada do jato de metal na cavidade da peça. ⇓ Favorecimento à oxidação e formação de drosses. Aspiração de gases e ar em mudanças de seção e de direção Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Sistemas Despressurizados • Indicados para ligas muito oxidáveis Desvantagens dos Sistemas Despressurizados • Possibilidade de aspiração de ar nos alargamentos de seção. • Possibilidade de preenchimento incompleto dos canais. • Menor Rendimento Metálico 12 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Bacia de Vazamento Vantagens da utilização de bacias de vazamento: • Estabelece um fluxo mais regular, menos dependente do vazador. • Favorece a retenção de inclusões. • Dificulta a entrada de ar junto com o fluxo de metal. Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Seção longitudinal “Ideal” para uma Bacia de Vazamento 13 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Idéias Básicas para o Projeto e Uso de Bacias . Fundo plano e seção retangular de modo a reduzir a agitação do metal vazado da panela e impedir a formação de vórtices (copos de vazamento cônicos) • A altura na bacia deve ser mantida em nível suficiente para evitar turbulência e aspiração de ar. • A entrada do canal de descida deve ser arredondada para evitar turbulência e aspiração de ar Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Canal de Descida V = 2.g.h . α ⇒ Velocidade adquirida por um fluxo de metal em um canal de descida. h = distância a partir do nível do metal na bacia de vazamento ⇓ Quanto mais o fluxo desce, maior será a sua velocidade, como a vazão ao longo do canal é constante. ⇓ Necessidade de redução progressiva na área da seção transversal 14 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Conicidade Ideal do Canal de Descida Ax = ( h/x ⇒ ) . An Ah h x Ax Caso não se altere a área da seção transversal, tem-se turbulência e aspiração de ar Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Depressão e aspiração de ar (a) (b) (c) Representação esquemática mostrando, (a) Fluxo natural de um fluído livre, (b) Aspiração de ar induzida pelo fluxo de líquido em um conduto com paredes retas, (c) fluxo de líquido em um conduto cônico. 15 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Recursos a serem utilizados quando não é possível reduzir a seção do canal de descida Uso de macho estrangulador Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Canal de Descida Seção Transversal ⇒ Estreitamento no início do canal de distribuição Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Seções quadradas ou retangulares são melhores do que seções circulares no sentido de evitar a formação de vórtices. Sistemas Pressurizados As ≥ Ac . H/h h As Ac H Ac = Área dos Ataques As = Área da Descida 16 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Canais de Distribuição e Ataque Aspecto mais Importante ⇒ Distribuição de Fluxo pelos diversos Ataques Fatores que influem na Distribuição do Fluxo : • Relação de áreas (Aa) • Posicionamento do Canal de Descida Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento 4 Taxa de 3 Fluxo 2,00 1,00 2 0,50 1 0,25 Relação de Áreas 0 A B C D 17 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento 4 2,00 Taxa de 3 Fluxo 1,00 2 0,50 1 0,25 0 A Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran B C Relação de Áreas D Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Posicionamento dos Ataques em Relação ao Canal de Distribuição Localização dos Ataques na Parte Inferior do Canal de Distribuição ⇒ Localização dos Ataques na Parte Superior do Canal de Distribuição ⇒ Sistemas Pressurizados Sistemas Despressurizados 18 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Sistemas Verticais de Canais de Enchimento Sistema Simples Má distribuição de Fluxo Maior parte do metal passa pelo canal inferior. Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Sistemas Verticais de Canais de Enchimento Sistema com Angulo Diminui a Energia Cinética 19 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Sistemas Verticais de Canais de Enchimento Sistema com Canal de Distribuição Invertido Equalização do fluxo através dos canais de ataque Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Sistemas Verticais de Canais de Enchimento Ataque de baixo para cima, permitindo um preenchimento mais brando da cavidade da peça (com mínima turbulência) 20 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Dimensionamento do Sistema de Canais Todo o cálculo de dimensões dos sistemas de canais baseiase nas equações: VAZÃO = VOLUME TEMPO e VOLUME = MASSA R DENSIDADE VAZÃO = VELOCIDADE X ÁREA Portanto: ÁREA = MASSA /(DENSIDADE X VELOCIDADE X TEMPO) (Equação 01) Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Determinação do Tempo de Enchimento da Peça Wallace e Evans ⇒ AFS ⇒ t = Kf ( 1,4 + 0,7144 . e ) . t = tempo (s) e = espessura (cm) m = massa (g) Ferros Fundidos Cinzentos m x 10-3 Kf = F / 40 (Equação 02) F = Fluidez (cm) ⇓ Tabelada em função da composição e do grau de superaquecimento Obs. : para peças acima de 450 Kg recomenda-se substituir 3 m x 10-3 na equação 2. m x 10-3 por 21 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Determinação da Velocidade Conforme visto anteriormente: • Como a altura efetiva em cada momento do preenchimento é diferente, pois o v = 2.g.h . α líquido acima do plano de distribuição e ataque exerce uma contrapressão, usa-se a velocidade média a partir do nível do ataque: Vm = 2.g 2 . ( 1+ 1 – ho / h1) h1 = altura total disponível no sistema Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran h0 = 0 . h1 h0 = altura da peça acima do nível do ataque Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento h1 h0 h1 ho 400 0 0,2 h1 0,4 h1 0,6 h1 0,8 h1 Velocidade de enchimento (cm/s) 500 300 200 100 0 0 200 (Equação 03) 400 600 h0 h1 Velocidade da menor seção do sistema em função da altura disponível (h1) e da altura da peça acima do nível dos ataques (h0) 800 Altura de vazamento (mm) 22 Processos de Fabricação – Parte 2: Fundição Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 04: Escoamento de Metais Líquidos-Canais de Enchimento Método da Seção de Choque Elementos que precisam ser discriminados: 1- altura do canal de entrada (ou de descida) → H (cm) 2- altura da peça → C (cm) 3- altura da peça acima da seção de choque → B (cm) 4- peso da peça+massalotes → P (Kg) - Inicialmente determina-se a altura efetiva (Hef) Hef = H - b2/ 2c P = Peso de todo o sistema a ser enchido (peça+masalotes) Hef = altura efetiva K = constante do material ( cm5/2 / Kg1/2) - Calcula-se então a Sc (seção de choque) Ferro Fundido → 4,86 Aços → 10,6 Bronzes → 5,34 Sc =K P H ef Alumínio → 8,25 23