Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Fomento A Coleta Seletiva Por Meio Da Internet

Levantamento de dificuldades associadas a implementação da coleta seletiva no município de São Gonçalo/RJ

   EMBED


Share

Transcript

UFRJ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Escola de Belas Artes HANS PAUL MÖSL JUNIOR FOMENTO A COLETA SELETIVA POR MEIO DA INTERNET: DISPONOBILIZANDO CONTEÚDO ÚTIL E SIMPLES A QUEM PRECISA rio de janeiro, 2013. HANS PAUL MÖSL JUNIOR FOMENTO A COLETA SELETIVA POR MEIO DA INTERNET: DISPONIBILIZANDO CONTEÚDO ÚTIL A QUEM PRECISA Trabalho de conclusão de curso apresentado à disciplina de projeto final TCC, como requisito parcial para obtenção de graduação em Comunicação Visual – Design, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Orientação: Maria Norma de Menezes RIO DE JANEIRO, 2013. Mösl, Hans Paul Junior, 1986 Fomento a coleta seletiva por meio da Internet : disponibilizando conteúdo útil a quem precisa / Hans Mösl. – 2013. 30 f. : il. color. ; 30 cm Orientador: Maria Norma de Menezes. Trabalho de conclusão de curso (graduação) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Curso de Comunicação Visual Design, 2013. 1. Web Design. 2. Coleta Seletiva. 3. Educação Ambiental. I Menezes, Norma. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Curso de Comunicação Visual – Design. III. Título. Dedico esta obra a única pessoa capaz de suportar minha irredutível teimosia e que tem o dom de encher minha vida de alegria Leandra Machado Gostaria de agradeçer a todos que tiveram paciência para com meus inúmeros defeitos e nunca deixaram de acreditar em mim, por mais que eu tenha dado motivos para isso. Aproveito para agradeçer especialmente: A todo corpo docente do curso de comunicação visual, que por tantos anos me aguentaram, e tanto me ensinaram; Aos meus velhos amigos e companheiros que embora distantes por questões geográficas ou por falta de tempo, sempre terei comigo em pensmento; A equipe da Enter Design, que investiu em um estagiário barbudo e com cara de maluco e que me proporcionou momentos de grande aprendizado e felicidade; Aos grandes amigos e companheiros de trabalho da JFRJ com os quais tenho tido o privilégio de poder trocar tantos conhecimentos; A minha família com a qual sempre pude contar e que sempre esteve presente nos momentos de maior dificuldade; E a família de minha amada, que tão amarosamente me acolheu. “A educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo.” Paulo Freire Resumo Ao levantar a problemática que envolve o atual sistema linear de produção, ficou evidente a importância de uma efetiva gestão de resíduos sólidos. A cadeia de reciclagem têm encontrado muitos estímulos no Brasil, contudo uma peça fundamental encontra-se deficiente e atravanca o desenvolvomento da cadeia: o setor de coleta seletiva. A fim de compreender as necessidades e entraves específicos deste segmento, foi desenvolvida uma pesquisa que teve início em um cenário macro econômico, em seguida aprofundando-se dentro das esferas regionais e governamentais, atingindo seu menor nível na esfera municipal, mais específicamente na cidade de São Gonçalo, selecionada para este projeto por suas peculiaridades populacionais e históricas bem como por não possuir coleta seletiva. Os dados obtidos na pesquisa foram analisados segundo uma metodologia de visualização auxiliada por uma ferramenta de visualização fractal e cromática. O objetivo foi alcançar o equilíbrio dos pontos divergentes que, organizados dentro dos aspectos social, ambiental e econômico foram balançeados por combinações cromáticas. A ferramenta revelou seis pontos estratégicos de atuação, que resumidamente agruparam-se em dois pilares: o auxílio ao desenvolvimento da coleta seletiva e a propagação da educação ambiental. Visando atender as necessidades encontradas, foi idealizada uma organização que terá como missão promover a coleta seletiva e a educação ambiental com enfoque local, sendo passível de expansão para outras regiões, e defenderá a visão de que o uso das mídias sociais será essencial para a propagação da consciência ecológica. Tal organização recebeu o nome RECO, sigla para Reconstrução Coletiva, que por sua vez será o fio condutor da entidade. Tais definições permitiram o design de identidade da organização, que originou um manual de aplicação da marca e o desenvolvimento de pontos de contato, como o sítio eletrônico que foi projetado a partir das características de seu público, assim como fez uso de importantes convenções e tecnologias aplicadas na internet. O resultado final objetiva o desenvolvimento do sistema de manejo de conteúdo (“CMS”) Drupal, que por possuir codificação aberta (“open-source”), funcionamento robusto e reunir diversos recursos de extensão, poderá permitir a expansão do projeto. Ainda, o sítio eletrônico almeja ser projetado dentro dos parâmetros de usabilidade e acessibilidade defendidos pelo governo federal (e-Mag) e pelo consórcio internacional da rede mundial de computadores (“W3C”). PALAVRAS-CHAVE Coleta Seletiva, Sustentabilidade, Design para sustentabilidade social – DSS, Identidade Visual, Projeto Web Resumen Al iniciar el problema que involucra el actual sistema linear de producción, se tornó clara la importancia de una efectiva gestión de residuos. El desenvolvimiento del sector de reciclamiento tiene encontrado estímulos en Brasil para su crecimiento pero aún hay una pieza que hace falta que es la colecta selectiva. Con la intención de entender las necesidades y barreras específicas a esta acción, se desarrolló un estudio que comenzó en un escenario macroeconómico. Luego ahondó en los ámbitos regionales y gubernamentales, alcanzando su nivel más bajo, el municipal, más especificamente en la ciudad de São Gonçalo, seleccionado para este proyecto debido a sus peculiaridades con relación a población y la questión histórica, pero también por no tener la colecta selectiva. Los datos obtenidos en la pesquisa fueron analizados de acuerdo con una metodología de visualización auxiliada por una herramienta fractal cromática. El objetivo era lograr un equilibrio de puntos divergentes organizados en los ámbitos social, ambiental y económico que se equilibraron a partir de combinaciones cromáticas. La herramienta reveló seis puntos estratégicos de acción, que se resúmen en dos pilares: la asistencia al desarrollo de la colecta selectiva y la propagación de la educación ambiental. Con el objetivo de satisfacer las necesidades detectadas, fue idealizada una organización que tiene la misión de promover la colecta selectiva y la educación ambiental con el foco en nivel local, y sin embargo, capaz de expandirse a otras regiones, y defenderá la visión de que el uso de las redes sociales será fundamental para la propagación de la conciencia ecológica. La organización se llamará RECO, sigla de Reconstrucción colectiva, que a su vez será el hilo conductor de la entidad. Las definiciones permitieron el design de identidad de la organización que originó un manual de aplicación de la marca y el desarrollo de los puntos de contacto, como el sitio electrónico que fue proyectado teniendo en cuenta las características de su publico y el uso de importantes convenciones y tecnologías aplicadas en la Internet. El resultado final tiene como objetivo el desarrollo del sistema de gestión de contenidos (“CMS”) Drupal, que por tener codificación abierta (“open-source”), funcionamiento robusto y reunir diversos recursos de extensión, permitirá la expansión del proyecto. Por último, el sitio electrónico va a ser proyectado dentro de los parámetros de usabilidad y accesibilidad defendido por el gobierno federal (e-Mag) y el consorcio internacional de la red mundial de computadoras (“W3C”). PALABRAS-CHAVE Colecta Selectiva, Sustentabilidad, Diseño para el Sustentabilidad Social, Identidad Visual, Diseño de sitio de internet Tabelas Tabela 1.: Índice per capito de aproveitamento dos resíduos................................................................21 Tabela 2.: Unidades de processamento: .....................................................................................................22 Tabela 3.: Informações sobre catadores.....................................................................................................23 Tabela 4.: Informações sobre Coleta............................................................................................................25 Tabela 5.: Coleta Seletiva no Estado do Rio de Janeiro...........................................................................25 Tabela 6.: Despesas com Gestão de Resíduos no Município de São Gonçalo......................................27 Imagens Imagem 1: A função do Design ....................................................................................................................13 Imagem 2: Sistema linear de produção...................................................................................................... 13 Imagem 3: Sistema cíclico de produção .....................................................................................................13 Imagem 4: Cempre – Ciclosoft 2012 ...........................................................................................................16 Imagem 5: Representação do tripé de equidades de McDonough & Braungart................................28 Imagem 6: Representação gráfica de uma palavra-chave.......................................................................29 Imagem 7: Lógica de organização dos fatores no gráfico.......................................................................29 Imagem 8: Exemplo de ponto-focal.............................................................................................................29 Imagem 9: Gráfico fractal cromático...........................................................................................................31 Imagem 10: Pontos focais do projeto..........................................................................................................32 Imagem 11: taglines desenvolvidas.............................................................................................................33 Desenhos do Logotipo Imagem 12: Pesquisa de de símbolos de logotipos..................................................................................35 Imagem 13: Exemplos de doodles ...............................................................................................................36 Imagem 14: aplicações da nickelodeon ......................................................................................................36 Imagem 15: aplicações da oi..........................................................................................................................36 Imagem 16: Estrutura do logotipo...............................................................................................................38 Imagem 17: Linhas -guia do logotipo...........................................................................................................38 Imagem 18: Proporções do logotipo horizontal........................................................................................38 Imagem 19: Área de proteçãodo logotipo horizontal..............................................................................39 Imagem 20: Proporções e área de proteção do logotipo vertical.........................................................39 Imagem 21: proporções da assinatura vertical..........................................................................................40 Imagem 22: proporções da assinatura horizontal....................................................................................40 Imagem 23: Área de proteção da assinatura horizontal..........................................................................40 Imagem 24: Área de proteção da assinatura horizontal..........................................................................40 Imagem 25: Exemplos de interferência na forma de fundo...................................................................41 Imagem 26: Assinatura horizontal em policromia ...................................................................................41 Imagem 27: Assinatura horizontal em tons de cinza................................................................................42 Imagem 28: Assinatura horizontal positiva e negativa............................................................................42 Imagem 29: Aplicações em fundo colorido................................................................................................43 Imagem 30: Limite de redução das assinaturas.........................................................................................43 Imagem 31: Limite de redução das logotipos............................................................................................43 Imagem 32: Ícones...........................................................................................................................................45 Fotografias Imagem 33: Fotos de catadores 1 ...............................................................................................................46 Imagem 34: Fotos de catadores 2................................................................................................................46 Ilustrações Imagem 35: Estudo de personagem: Catador............................................................................................46 Imagem 36: Personagem Catador – Versão com sombra........................................................................46 Imagem 37: Personagem Catador – Versão em policromia...................................................................46 Imagem 38: Personagem Catador – versão em cor institucional...........................................................46 Imagem 39: Personagem : Político...............................................................................................................47 Imagem 40: Personagem: Fabricante...........................................................................................................47 Imagem 41: Personagem: Comerciante......................................................................................................48 Imagem 43: Personagens: Estudantes.........................................................................................................48 Imagem 42: Personagem: Dona de casa......................................................................................................48 Capturas de tela Imagem 44: Portal da prefeitura de Rio das Ostras..................................................................................52 Imagem 46: Portal corportavio do Cempre Uruguay................................................................................53 Imagem 45: Portal da prefeitura de Rio das Ostras, rodapé..................................................................53 Imagem 47: Site de vendas de insumos recicláveis da B2Blue...............................................................54 Imagem 48: Portal Made in Forest...............................................................................................................55 Imagem 49: Portal do Ministério do Meio Ambiente...............................................................................55 Telas do Portal Imagem 50: Página Inicial...............................................................................................................................60 Imagem 51: Página A RECO............................................................................................................................60 Imagem 52: Página Humanidades................................................................................................................61 Imagem 53: Página Utilidades.......................................................................................................................61 Imagem 54: Página Diversidades..................................................................................................................62 Imagem 55: Página Minha RECO...................................................................................................................62 Sumário Introdução..................................................................................................................................... 12 O Designer e a sociedade....................................................................................................13 Obsolescência planejada...............................................................................................14 A importância da coleta seletiva...............................................................................15 Resultados alcançados com a coleta seletiva......................................................16 A cadeia da reciclagem...........................................................................................17 Metodologia.................................................................................................................................19 1. Pesquisa em base de dados..........................................................................................20 1.1. Parâmetros de base................................................................................................20 1.2. Consulta de dados................................................................................................21 Cobertura da coleta domiciliar (convencional)....................................................21 Massa coletada de resíduos...................................................................................21 Ocorrência do serviço de coleta seletiva..............................................................21 Destinação de Resíduos..........................................................................................22 1.3. Construção de cenários.........................................................................................24 Internacional............................................................................................................24 Brasil.........................................................................................................................24 Estado do Rio de Janeiro........................................................................................25 A escolha: Município de São Gonçalo...........................................................................27 2. Análise de dados............................................................................................................................28 2.1. Palavras-chave...................................................................................................................28 Lista de palavras-chave .................................................................................................30 2.2. Gráfico fractal cromático.............................................................................................31 2.3. Pontos focais e taglines...............................................................................................32 Conclusões........................................................................................................................33 3. Identidade Visual.................................................................................................................34 3.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia.......................................................................34 Pesquisa....................................................................................................................36 Conclusões.........................................................................................................................36 Estratégia – o conceito de holo....................................................................................36 3.2. Design de Identidade.............................................................................................37 3.3. Pontos de contato...................................................................................................45 Ícones........................................................................................................................45 Ilustrações................................................................................................................46 11 4. Projeto Web..............................................................................................................................49 4.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia......................................................................49 Breve história sobre a internet..............................................................................49 A internet como negócio........................................................................................49 Usabilidade..............................................................................................................50 Usabilidade enquanto acessibilidade.................................................................. 50 Usabilidade aplicada...............................................................................................50 Sinalização eficiente...............................................................................................51 4.2. Arquitetura da informação..................................................................................52 Público-Alvo e Análise competitiva.......................................................................52 Conclusões.................................................................................................56 Conteúdo e Funções................................................................................................56 Estrutura e Navegação...........................................................................................57 Página – A RECO........................................................................................58 Página – Humanidades.............................................................................58 Página – Utilidades...................................................................................58 Página – Diversidades...............................................................................58 Página – Minha Reco.................................................................................58 Página Inicial..............................................................................................58 Divisão de Áreas......................................................................................................59 4.3. Web Design............................................................................................................................60 Conclusão........................................................................................................................................63 Referências....................................................................................................................................65 12 Introdução A coleta seletiva é fator crucial para o desenvolvimento do setor de reciclagem no país. Diversas ações de governo e da iniciativa privada têm colaborado para seu progresso, contudo os catadores de materiais recicláveis encontram diversas dificuldades para formalizar-se – como a baixa escolaridade, desconhecimento de seus direitos e recursos financeiros limitados – e assim obter incentivos e conquistar uma melhor qualidade de vida. A ausência de coleta seletiva prejudica toda comunidade, pois um maior volume de resíduos será destinado aos aterros sanitários, desperdiçando materiais aproveitáveis, gerando maior custo aos municípios, e consequentemente, maiores impactos ao meio ambiente e perda de qualidade de vida. Justificativa Para que a coleta seletiva ocorra deve haver interesse e participação da população e para isso a educação ambiental é fundamental. A existência de uma organização que reúna e produza conteúdo útil e simples, que utilize estratégias de retorno imediato para a população e que faça uso do maior veículo de mídia do planeta (a internet), poderá ser fator de forte contribuição para o desenvolvimento da mesma. Objetivos Objetiva-se criar uma identidade visual, que seja capaz de representar a organização, e fidelizar seu público, além de projetar uma interface virtual que comunique-se com a marca e que possibilite o acesso, disposição e produção de conteúdo por parte da organização e dos usuários, sempre de maneira simples e prática. Apenas por meio da integração da coletividade poderá haver a reconstrução do conceito do lixo, que passa a ser sinônimo de educação, inclusão social e lucro. 13 O Designer e a sociedade Em um julgamento simplório, o designer costuma ser visto pela opinião pública como aquele que agrega valor simbólico ao produto. Contudo, essa é uma visão equivocada, visto que “Não se pode agregar o design a nada, pois o design é intrínseco em cada artefato, é essentia.”(BONSIEPE, 2012: 19-25.) Assim, a atividade projetual acaba por ser fator determinante no sucesso ou fracasso do produto final. A profissão surgiu com a necessidade dos produtos fabricados na primeira revolução industrial terem maior aceitação por parte dos consumidores. Os produtos industrializados eram “feios e pouco funcionais”, frente aos artesanais. Assim, o design passou a ser “...uma interseção entre a cultura da vida cotidiana, indústria e economia...” (BONSIEPE, op. cit.), e o designer teria a função de otimizar as necessidades e limitações desses três eixos (como o preço final do produto, as limitações impostas pelos materiais e tecnologias produtivas e as necessidades concretas e subjetivas do consumidor) e com isso propor soluções. Contudo, o papel do design não pode limitar-se a relação produção – consumo. Imagem 1.: A função do Design Segundo McDonough & Braungart, aos moldes da primeira Revolução Industrial, a infraestrutura industrial atual é linear, tendo como foco a fabricação do produto e a entrega imediata ao consumidor com o menor custo possível, sem nada mais considerar. Assim, recursos resultam em produtos que após o consumo geram resíduos. O resultado com o passar do tempo e com o aumento do consumo, é a redução dos recursos (vista sua finitude) e o acúmulo dos resíduos (vista sua perenidade). (MCDOUNOUGH&BRAUNGART, 2002: 22-28.) Extração Produção Distribuição Consumo Descarte Imagem 2.: Sistema linear de produção Os autores argumentam, que uma solução para a questão seria trocar o sistema linear por outro cíclico (Cradle-to-cradle), no qual os resíduos seriam divididos segundo dois grupos: nutrientes técnicos (resíduos de difícil decomposição) e nutrientes biológicos (biodegradáveis) e que esses serviriam de recurso para os metabolismos técnológico (sistema fabril) e biológico (biodigestão, compostagem etc.) (MCDOUNOUGH&BRAUNGART, 2002: 97-103.) Descarte Eles ainda pregam, que o design convencional, composto do tripé: Custo, Estética, Performance, deveria balizar-se no tripé Economia, Ecologia, Equidade. Assim, na escolha dos materiais que comporão o produto, o designer precisa optar Consumo Produção por aquele que apresenta maior capacidade de reaproveitamento, e que não seja danoso a sociedade e ao meio ambiente, não considerando apenas o preço. Deve-se garantir o retorno Distribuição econômico, sem deixar de lado o retorno social e o ambiental, Imagem 3.: Sistema cíclico de produção visando o equilíbrio e a sustentabilidade da atividade produtiva. 14 Obsolescência planejada O autor Alan Thein Durning (1992) constatou que os eletrodomésticos fabricados em 1950 duravam mais que os da atualidade e que caso quebrassem, teriam seu conserto viabilizado, pois o projeto era feito de modo a preservar o desenho das peças e permitir o reparo. Tal fato ocorria devido à obsolescência planejada, que foi idealizada como solução para contornar o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX, a grande depressão de 1929. Segundo Bernard London (1932: 2-5), durante o período de prosperidade econômica, a população americana passou a não usar seus bens adquiridos até o máximo desgaste, repondo os bens por questões diversas. Tal comportamento foi induzido pelo próprio setor produtivo por meio da “obsolescência progressiva” – meio que instigava a troca do produto antigo pelo novo com base em uma obsolescência em eficiência, economia, estilo ou gosto. Com isso, criou-se um novo hábito de consumo, que aumentou a demanda e consequentemente gerou um aumento da produção. Com os primeiros sinais de crise, tais hábitos mudaram radicalmente e a população passou a aproveitar ao máximo seus bens. Isso gerou uma baixa rotatividade dos mesmos o que somente fez instaurar a crise. O autor argumenta que dez milhões de pessoas acabaram desempregadas por conta de uma falha de planejamento econômico. Ao apontar a elevada vida útil dos bens de consumo como o ponto de fragilidade da economia, Bernard London propôs que os produtos fossem planejados para durar pouco mais do que o momento em que deixassem as fábricas. Com isso seria eliminado o fator de risco, ligado ao comportamento do consumidor, e haveria constante demanda dos produtos. Tal medida embora tenha conseguido reestruturar a economia, e reempregar milhões de trabalhadores, não fez nada mais do que contornar um problema que o próprio sistema econômico havia criado, com o agravante de ter gerado outro. A obsolescência planejada foi fator de potencialização da produção de resíduos, posto que um bem de maior durabilidade reduz a necessidade da substituição, do consumo, da extração de matéria-prima e por consequência a produção de resíduo. Tomás Maldonado (2012: 90) destaca que a obsolescência planejada é ainda assessorada pela obsolescência simbólica, fomentada com auxílio da moda e da propaganda. Isso provoca um desvio da função básica do produto, que deixa de ter um fim em si mesmo e passa a ser ferramenta de status. Com isso impera a descartabilidade e a produção de lixo. Nesse cenário a própria figura do designer teve grande contribuição, pois em troca de um benefício de estética/ utilidade o consumidor era induzido a descartar seu antigo bem. Quanto a isso já argumentava Flusser que, entre o bem categórico (pureza) e o bem aplicado (funcional, pragmático) não há compromisso, pois “tudo que é bom no caso do bem aplicado é mau no caso do bem categórico” (FLUSSER, 2010: 26). É preciso repensar o sistema, pois apenas encurtar a vida útil dos bens de consumo e instigar a troca dos bens por uma obsolescência simbólica não sanará as atuais dificuldades que se estruturam principalmente e uma escassez de recursos e espaço físico. A correta gestão dos resíduos por meio de práticas como a reciclagem, mostra-se uma boa solução, contudo, existe outro grave problema por resolver: a implementação da coleta seletiva, necessidade básica para ocorrência da reciclagem. 15 A importância da coleta seletiva Segundo Sabetai Calderoni (1998), o Brasil desperdiça vultuosas quantias de dinheiro ao deixar de aproveitar os recursos recicláveis que repousam em lixões e aterros sanitários, quando não encontram-se obstruindo o escoamento de água das cidades ou flutuando nos rios e nos mares. Ainda segundo o autor, esse não é apenas um desperdício econômico, mas principalmente social, pois a coleta convencional desses materiais custeada pelo poder público municipal onera grande parte dos recursos que poderiam ser destinados a outros serviços públicos, como a educação. Tal custo poderia ser reduzido com a terceirização de parte desse serviço paras as cooperativas ou associações de catadores que, ao implantarem a coleta seletiva, teriam na comercialização dos materiais parte do custeio do serviço. Isso resulta para o poder público em economia de recursos e aumento da arrecadação por meio das empresas de reciclagem, que representam junto com as de coleta seletiva vasto número de postos de trabalho e são excelente mecanismo de reintegração social e distribuição de renda (por serem atividades de baixa capacitação técnica). “É desnecessário recordar uma verdade clara a todos: uma inevitável tendência a marginalização daqueles ao quais foi negado o acesso ao (ou que foram expulsos do) mundo do trabalho. A marginalização, porém, não é um estado em que se possa viver passivamente e muito menos placidamente. Essa é uma fonte do rancor e ressentimento, provocando vontade de cobrança que, de um modo ou de outro, está sempre presente. Não é de assustar que a marginalização seja uma geradora de violência e, portanto, uma das causas da insegurança generalizada, que está mudando a configuração geral das metrópoles.”(MALDONADO, 2012, p.109) Essa questão é de uma importância tamanha que resultou em uma legislação específica, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que levou dez anos para ser aprovada e sancionada, dada sua complexidade e abrangência. Nela constam definições e diretrizes importantes como as seguintes: “IV - ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final; XI - gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável; XIII - padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras; XVII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei;” (BRASIL, Lei nº 12.305 de 2 de agosto de 2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos). A lei acima citada em seu artigo 7º deixa evidente entre seus objetivos a “não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos”, isso reflete claramente a política dos 3R’s que pregam três práticas para o alcance da sustentabilidade, sendo elas em ordem de importância, a redução, o reuso e a reciclagem. Essa política foi inicialmente sugerida na Conferência da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992, e posteriormente no 5° Programa Europeu para o Ambiente e Desenvolvimento, realizado em 1993, tendo repercussão ampla desde então. 16 Resultados alcançados com a coleta seletiva Embora a política nacional de resíduos sólidos (PNRS) tenha entrado em vigor em 2010, há mais de três anos de sua publicação os resultados obtidos ainda são pouco expressivos. Segundo o CEMPRE – Ciclosoft 2012: “766 municípios brasileiros (cerca de 14% do total) operam programas de coleta seletiva.” embora em uma análise temporal esse número represente um aumento do crescimento, visto que em 2002 esse número era de 192 municípios, esse dado em si não representa progresso, pois o registro de operação da coleta seletiva no município pode se limitar a uma operação inexpressiva, nesse sentido não remetendo grande representatividade e muito menos eficiência da coleta. Imagem 4 . Cempre – Ciclosoft 2012 Como exemplo pode ser citado o município do Rio de Janeiro, cidade sede da copa do mundo e das olimpíadas, cartão postal do país, teve em 2010 uma reciclagem de menos de 1% do lixo produzido por mês (noticias.r7.com, 2010), e conforme dados do CEMPRE–Ciclosoft 2012, a coleta seletiva em 2010 que era de 606 toneladas por mês, passou para 669 toneladas em 2012 (um crescimento de pouco mais de 10%).A publicação do documentário Lixo Extraordinário do artista plástico Vick Muniz em 22 de outubro de 2010, repercutiu mundialmente e certamente contribuiu para o fechamento do lixão Gramacho em junho de 2012, evento igualmente acompanhado pela imprensa internacional. Parte da população que vivia da coleta de resíduos do lixão foi indenizada pela prefeitura, recebendo a promessa de que no local seria fundado um centro de reciclagem que comportaria 550 trabalhadores. Após um ano esse cenário não se concretizou (oglobo.globo.com, 2013). Ainda que existam incentivos visando o fomento da coleta seletiva e da reciclagem, como: a isenção de licitação pública para contratação de cooperativas ou associações de catadores de baixa renda; canais de financiamento( como o programa de Apoio a Catadores de Materiais Recicláveis lançado em outubro de 2007 pelo BNDES* e o Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA)* da caixa econômica federal); e diversos materiais informativos publicados pelo ministério do meio ambiente, ministério das cidades e pelo Sebrae, por que ainda assim tais atividades apresentam um desenvolvimento tão insignificante? Quais seriam as dificuldades que atravancam a cadeia? E, principalmente, como o design pode propor uma solução para esse problema ? 17 A cadeia da reciclagem Para responder a essa questão será necessário entender a cadeia da reciclagem, que “é um conjunto de operações interligadas e realizadas por diferentes agentes econômicos, cuja finalidade é a reintrodução de materiais presentes nos resíduos gerados pelas atividades humanas nos processos produtivos. Essas operações podem ser consideradas elos da cadeia de reciclagem, na qual são processados resíduos oriundos de outras cadeias produtivas.” (IPT e SEBRAE, São Paulo, 2003). São ao todo 5 os elos que compõem a cadeia da reciclagem: 1. Segregação: é a devida separação dos materiais passíveis de reciclagem, que normalmente é realizada por quem gerou o resíduo. No caso do resíduo sólido domiciliar (RSD), é de responsabilidade da própria população a separação dos materiais em dois grupos, os secos (metais, plásticos, papéis, vidros, etc.) e os úmidos (em sua maioria matéria orgânica como, restos de alimentos, fezes de animais, folhagens e o lixo do banheiro). Observação: O RSD é uma categoria muito abrangente não constituída apenas de residências, mas o setor de comércio e serviços e demais entidades públicas e privadas, com a exceção de domicílios que por sua especificidade tenham a geração de resíduos especiais, como clínicas hospitalares, cemitérios, etc. 2. Coleta seletiva: forma diferenciada da coleta convencional de lixo, pois realiza o recolhimento e transporte de materiais que possam ser reciclados. O resíduo previamente segregado nos domicílios é recolhido e dependendo do grau de separação que foi dado ele pode ser encaminhado para operação de triagem e classificação, ou diretamente para a operação de beneficiamento. 3. Triagem e classificação: corresponde ás operações de limpeza, classificação mais fina e enfardamento dos materiais. Normalmente são os catadores que realizam essas atividades, podendo agir de forma isolada ou organizada em cooperativas ou associações. Aparistas e sucateiros também atuam nesse elo. 4. Beneficiamento: Envolve o processamento específico de cada material, resultando na transformação deles em insumos para a indústria. Cada material dependendo da forma que é processado resultará em um insumo diferente. 5. Reciclagem: Envolve o uso dos insumos das fases anteriores de forma pura ou mista (misturado com material virgem) para fabricação de novos produtos. Observação: O “preparo para reciclagem” é formado pelas operações de triagem, classificação e beneficiamento. Esses elos possuem uma relação de interdependência sendo muito difícil dar início a uma atividade de forma isolada. A indústria de reciclagem embora encontre incentivos para seu funcionamento precisa ter disponibilidade constante de matéria-prima com qualidade e volume suficiente para funcionar e sem uma indústria de reciclagem para comprar o material beneficiado essa também se inviabiliza, gerando a quebra dos demais elos, pois a coleta seletiva só será praticada se houver destinação útil (e rentável) para os materiais e a população somente iniciará a separação de seus resíduos se houver a coleta seletiva. Seu estímulo à implementação pode ser uma maneira de alavancar os demais elos da cadeia e nesse sentido iniciativas públicas e privadas têm desenvolvido diversas ações de auxílio. No entanto, tais informações por vezes não alcançam seu público-alvo, o catador de baixa renda, e com isso não atingem seu objetivo (estimular a coleta seletiva). 18 Estimulando a coleta seletiva Nesse sentido, a internet desempenha importante papel, permitindo o fácil acesso a informação. Segundo o IBOPE Media, o total de pessoas com acesso à internet no Brasil no primeiro trimestre de 2013 chegou a 102,3 milhões e segundo o IBGE, em 2010 a população brasileira atingiu 190,7 milhões de habitantes. Pode-se estimar com isso que mais da metade da população do país já possui acesso a internet. Porém o aumento do acesso a internet não garante acesso a informação de qualidade, pois “Hoje em dia a informação frequentemente veicula desinformação, ou seja, informação inexata, distorcida ou falsa.”(MALDONADO, 2012:75). Isso somado com a alta incidência de vírus de computador, furto de dados e golpes no ambiente digital resulta em forte insegurança por parte dos internautas. O investimento em identidade visual (principalmente na marca) tem grande importância para transmitir segurança e para fidelizar o usuário. O desenvolvimento de uma plataforma com identidade própria, dentro dos parâmetros de usabilidade e com conteúdo relevante pode colaborar de forma muito significativa para o desenvolvimento da coleta seletiva. Um sítio eletrônico enquanto projeto de design apresenta-se como excelente solução para o problema ao ser uma mídia de amplo espectro de ação, estar disponível 24 horas por dia, ter custo de manutenção muito reduzido e ser altamente flexível podendo dispor e atualizar conteúdo com grande facilidade. 19 Metodologia A execução do projeto foi dividia em quatro etapas sendo elas: Pesquisa em base dados; Análise de dados; Identidade visual e Projeto Web. Cada uma delas foi dividida em três etapas. 1. Pesquisa em base de dados 1.1. Parâmetros de base; 1.2. Consulta de dados; 1.3. Construção de cenários. 2. Análise de dados 2.1. Palavras-chave; 2.2. Gráfico fractal; 2.3. Pontos focais e taglines. 3. Identidade Visual 3.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia; 3.2. Design de Identidade; 3.3. Pontos de Contato. 4. Projeto Web 4.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia; 4.2. Arquitetura da Informação; 4.3. Web Design. Cada uma dessas subdivisões serão compostas de diversas etapas, tratadas com mais detalhas no próprio grupo metodológico. 20 Etapa 1. Pesquisa em base de dados 1.1. Parâmetros de base 1. Pesquisa em base de dados 1.1. Parâmetros de base Foi realizada uma pesquisa no intuito de reunir informações a respeito da temática de gestão de resíduos sólidos, com foco na coleta seletiva. É preciso destacar que as informações disponíveis possuem muitas divergências, o que em parte se explica pelo método estatístico que cada unidade de pesquisa adota e com a falta de precisão por parte dos municípios em contabilizar os dados ligados a coleta de resíduos. O plano nacional de resíduos sólidos, em sua versão preliminar, publicada em setembro de 2011, e recentemente republicado em agosto de 2012 com os mesmos dados estatísticos tendo ciência dessas divergências procurou consultar diversas fontes para então traçar uma informação mais precisa. No entanto, as planilhas disponibilizadas por tal documento, têm como base o ano de 2008, e por isso foi utilizado apenas como fonte complementar. Optou-se pelo uso preferencial do Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011, publicado em junho de 2013, pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS. Com isso foi possível atender a duas demandas básicas: a utilização de dados consistentes (oficiais) e atualizados (apenas 2 anos de defasagem). 21 Etapa 1. Pesquisa em base de dados 1.2. Consulta de dados 1.2. Consulta de dados O Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011, contou com a colaboração de 2.100 municípios (o que corresponde à 37,7% do total do País) cuja população urbana representa 73,3% to total no Brasil. Tais fatos demonstram a abrangência do diagnóstico. Contudo existem pontos importantes a destacar, como o percentual de municípios de pequeno porte (até 30 mil habitantes) que ainda apresenta baixa adesão ao estudo (33,9%) e o fato dos municípios da região nordeste terem pouca participação (22,6%) em relação aos municípios das regiões sudeste e sul (mais de 80%). Cobertura da coleta domiciliar (convencional) A pesquisa revelou que a cobertura do serviço regular de coleta domiciliar, serviço responsável pelo recolhimento de resíduos sólidos domiciliares e públicos (RDO e RPU), abrangeu 98,4% da população urbana nacional. A parcela da população que ficou sem atendimento, (1,6%) concentra-se nas regiões norte e nordeste (62,4%). Massa coletada de resíduos A massa coletada (declarada) de resíduos (RDO e RPU) chegou a 41,5 milhões de toneladas em 2011, equivalendo a uma produção per capita nacional de 0,96 kg/hab./dia. Tal valor permite estimar uma produção de 55,3 milhões de toneladas ao aplicar a média da produção per capita a população dos municípios que não participaram da pesquisa. Quanto maior o porte do município maior a produção per capita, visto que municípios de pequeno porte apresentam o menor índice (0,82 kg/hab./dia) enquanto os de grande porte (1 a 3 milhões de habitantes) apresentam (1,20 kg/hab./dia ). Contudo o grande número de municípios de pequeno porte (4.492) concentram 29,1 milhões de habitantes, o que supera a população dos municípios de grande porte (23,6 milhões). Disso resulta expressiva contribuição na geração de resíduos por parte dos municípios pequeno porte (8,7 milhões de toneladas). Ocorrência do serviço de coleta seletiva Os 865 municípios afirmam possuir coleta seletiva, o que representa 41,2% de atendimento dentro da faixa dos municípios participantes. As regiões sul e sudeste possuem os maiores índices com 52,4% Índice per capito de aproveitamento dos resíduos conforme região e 51,8% dos municípios com coleta seletiva, enquanto as Coleta Coleta Massa Índice de Convenc. Seletiva Recuperada regiões norte e nordeste apeRegiões reaprov. sentam os menores 16,3% e dos resíduos kg/hab/ano kg/hab/ano kg/hab/ano 16,5%. Considerando apenas o Norte 412,5 11,8 3,4 3,68% porte dos municípios, 33% dos Nordeste 397,9 11,0 2,3 3,34% de pequeno porte apesentam Sudeste 328,5 12,4 5,8 5,54% o serviço, em contrapartida Sul 281,1 27,5 15,9 15,44% os de médio e grande porte ultrapassam 80%. Centro 500,1 9,4 5,6 2,79% A execução do serviOeste ço de coleta seletiva é feito Total 2011 350,4 15 6,8 6,22% basicamente por três tipos Total 2010 339,5 9,6 8,4 5,30% de agentes executores, senTabela 1.: Índice per capito de aproveitamento dos resíduos do eles a própria prefeitura, SNIS – Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011 empresas contratadas ou, 22 Etapa 1. Pesquisa em base de dados 1.2. Consulta de dados associações de catadores com auxílio da prefeitura. Desses três tipos, as empresas são as que apresentam maior representatividade a nível nacional com 42,6%, no entanto sua presença é mais evidente nas grandes cidades, onde sua representatividade ultrapassa 50% dos municípios. A presença de associações é mais expressiva em municípios de pequeno porte, atingindo 30%, em municípios de 1 a 3 milhões de habitantes, as mesmas apresentam seu menor índice (8,5%). Quanto a divisão por região geográfica, as associações são mais presentes no Nordeste (82,2%) e menos expressivas no Norte (6,8%). As empresas concentram suas atividades nas regiões Sul (64,7%) e Sudeste (40,3%) e as prefeituras são predominantes nas regiões Norte (93%) e Centro-Oeste (83,2%). Isso, no entanto não reflete a eficiência do serviço nesses municípios. Ao comparar a média per capita coletada seletivamente com a média per capita coletada de forma convencional de cada região é possível perceber a eficiência na gestão desses resíduos. Nesse sentido o maior índice de aproveitamento fica com a região sul que atingiu 9,78% de aproveitamento e o menor com a região Centro-Oeste (1,68%). A quantia de resíduos sólidos recolhidos de forma seletiva no ano de 2011 foi de 881,6 mil toneladas o que representa muito pouco perto do que pode ser efetivamente aproveitado. A pesquisa considerou do total de 55,3 milhões de toneladas, apenas 30% seria aproveitável (representando os resíduos sólidos secos com valor econômico para reciclagem). Os 70% restantes classificados como resíduo sólido úmido (matéria orgânica) não seriam facilmente aproveitáveis. Assim, 16,59 milhões de toneladas de resíduos recolhidos em 2011 seria potencialmente aproveitável, e desses apenas 6,22% (881, mil toneladas) foi efetivamente aproveitado. Isso demonstra que a coleta seletiva no Brasil de maneira geral ainda tem muito a crescer. Destinação de Resíduos Com base na pesquisa é possível inferir o destino final de mais de 70% dos resíduos (RDO + RPU) produzidos. 46,0% são dispostos em aterros sanitários, 12,3% em aterros controlados, 7,1% em lixões e 4,1% são encaminhados para unidades de triagem e de compostagem, restando então a parcela de 30,4% sem informação, a qual se refere sobretudo aos pequenos municípios. Unidades de processamento Quantidade de unidades de processamento Tipos de unidade de processamento Outras unidades Percentual sobre o total cadastrado 115 330 69 37 83 634 Aterro Sanitário 12 45 264 195 22 358 Aterro Controlado 15 22 261 60 21 379 Unidade de compostagem 2 5 24 5 1 37 1,6% Unidade de triagem 4 20 159 111 10 304 13,0% Demais unidades 11 65 216 90 14 566 7,4% 159 487 993 488 151 2278 100,0% Total Sul Centro Oeste Lixão Unidades de processamento Sudeste Nordeste Unidades de disposição em solo Região Norte Grupo de unidades segundo função Total 68,0% Tabela 2.: Unidades de processamento: Dados adaptados dos quadros 11.1 e 11.2, extraídos do Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011 (p.90 e p.92). 23 Etapa 1. Pesquisa em base de dados 1.2. Consulta de dados Unidades de tratamento Segundo declaração dos municípios, havia em 2011, 634 lixões, 37 unidades de compostagem e 304 unidades de triagem no Brasil. Sua distribuição geográfica encontra-se na tabela abaixo, junto com outras unidades. A região Nordeste é a que mais encaminha resíduos para lixões – 926,7 mil toneladas ou 41,8% do total recebido nos lixões. Por outro lado a região Sul é a que menos envia resíduos, apenas 2,6% do total remetido a este tipo de unidade. Já na região Sudeste a maior parcela de resíduos totais foi destinada a aterros sanitários, os quais receberam 17,4 milhões de toneladas de resíduos ou o correspondente a 58,7% do total recebido nos aterros sanitários. A região norte por outro lado parece carecer desse tipo de unidade, pois enviou apenas 0,7% para aterros sanitários. A região norte por outro lado parece carecer desse tipo de unidade, pois enviou apenas 0,7% para aterros sanitários. Catadores Foram apontadas 677 entidades repreInformações sobre catadores sentativas, totalizando 20.291 catadores. Sua Região Entidades Pessoas divisão geográfica aponta a alta representação Geográfica Representativas nas regiões sul e sudeste e a menor de todas Norte 31 1130 na região Norte. As associações de catadores foram apontadas como responsáveis pela opeNordeste 85 2728 ração de diversas unidades de processamento. Sudeste 278 7516 São ao todo 193 unidades, sendo 149 de triaSul 222 8418 gem, 3 de compostagem e 41 demais unidades. Centro Oeste 61 2299 Somente as usinas de triagem (em quase 50% dos casos controladas por associações de cataTotal 677 20291 dores) foram responsáveis pelo recebimento Tabela 3.: Informações sobre catadores. Dados adaptados da de 2,3 milhões de toneladas de resíduos no tabela Ca01– informações sobre catadores, Diagnóstico do ano de 2011. No entanto a colaboração das Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011 unidades de triagem e compostagem frente as demais unidades de disposição ainda é pouco expressiva. Consórcios À Lei nº12.305, de 2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos –, apresenta os consórcios intermunicipais como um de seus principais instrumentos de organização e otimização. Nesse sentido vale esclarecer que consórcio, conforme estabelece a Lei nº 11.107 de 2005, constituemse de “associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos”. Com o constante incentivo a criação de consórcios, por parte dos governos federal e estaduais, detectou-se a existência de 184 municípios com lei autorizativa para a constituição de Consórcio, estes em sua maioria concentrados nas regiões Sul (42%) e Sudeste (33%). Os principais tipos de serviços previstos ou executados pelos consórcios são: implementação de apoio técnico; atuação no desenvolvimento sustentável dos municípios; elaboração de planos de gestão de resíduos sólidos; implantação e operação de aterro sanitário compartilhado; implantação e operação de coleta seletiva; implantação de coleta e tratamento de resíduos dos serviços de saúde; atuação sobre os resíduos de construção civil; coleta e destinação de pneus inservíveis; coleta e destinação de resíduos eletrônicos; compartilhamento de máquinas e veículos; e consultoria e capacitação para a captação de recursos financeiros. 24 Etapa 1. Pesquisa em base de dados 1.3 Construção de Cenários 1.3. Construção de cenários Foram reunidas informações que de alguma maneira influenciam o desenvolvimento da coleta seletiva. Tais influências foram agrupadas segundo sua abrangência dentro das esferas, internacional, nacional, estadual e municipal. Internacional O Global Alliance of Recycling and sustaintable development – GARSD têm por missão a promoção de ações de manejo de resíduos em países emergentes, da quais vale destacar: o Compromisso empresarial para reciclagem – CEMPRE, com presença no Brasil, Colômbia e Uruguay, o Recíclame no Peru e o Sustenta, no México. Todos esses portais disponibilizam informações a respeito de localização de pontos de coleta seletiva (Eco pontos); tecnologias de reciclagem, oportunidades comerciais, estudos técnicos; relatórios entre outros. A comissão europeia possui um canal específico para discussão sobre o lixo, nele é possível encontrar publicações e listas de iniciativas praticadas em diversos países. Dessas vale destacar o LIPOR, empresa especializada em Gestão de Resíduos sediada em Portugal, atualmente integra em sua plataforma web diversos projetos de conscientização ambiental e manejo de resíduos. Brasil O decreto nº 7404/10, responsável pela regulamentação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos, além de estabelecer diretrizes importantes, para o funcionamento da logística reversa e da coleta seletiva, sempre priorizando a utilização de cooperativas e associações de catadores de baixa renda, também estabelecea criação, do Sistema Nacional de Informações Sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – SINIR (já em operação), e diversos instrumentos econômicos, para incentivar o gerenciamento de resíduos sólidos. “Art. 81. As instituições financeiras federais poderão também criar linhas especiais de financiamento para: I - cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, com o objetivo de aquisição de máquinas e equipamentos utilizados na gestão de resíduos sólidos; II - atividades destinadas à reciclagem e ao reaproveitamento de resíduos sólidos, bem como atividades de inovação e desenvolvimento relativas ao gerenciamento de resíduos sólidos; e III - atendimento a projetos de investimentos em gerenciamento de resíduos sólidos.” (BRASIL – Decreto nº 7404/10, p.3). O governo federal criou ainda diversos programas como a Coleta Seletiva Solidária, o Prócatador e o Cataforte. Coleta Seletiva Solidária: Criado por meio do Decreto nº 5.940/06 sua estratégia busca a construção de uma cultura institucional para um novo modelo de gestão dos resíduos, no âmbito da administração pública federal, direta e indireta. Pró-catador: criado por meio do Decreto nº7405/10, o programa visa apoiar à organização produtiva de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, melhorar suas condições de trabalho e ampliar as oportunidades de inclusão social e econômica. Cata forte: projeto voltado à estruturação de redes de cooperativas e associações para que estas possam prestar serviços de coleta seletiva para prefeituras, participar no mercado de logística reversa e realizar conjuntamente a comercialização e o beneficiamento de produtos recicláveis. 25 Etapa 1. Pesquisa em base de dados 1.3 Construção de Cenários O BNDES assim como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, possuem linhas de crédito específicas para o fomento de associações de catadores e cooperativas de reciclagem, e diversos materiais de grande importância são desenvolvidos pelo ministério do meio ambiente, pelo Sebrae e por outras entidades auxiliando na educação ambiental e no preparo profissional. Estado do Rio de Janeiro O estado possuía 8,4% da população nacional e a maior densidade demográfica do país (em 2010). Composto de 92 municípios foi representado por 47 deles no Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011, (uma representatividade de 51%). A média da massa coletada (RDO+RPU) per capita no estado foi de 1,01 kg / habitante / dia, e dos 47 municípios 10 afirmam praticar a coleta seletiva, que reuniu 41.178 toneladas de materiais enquanto atividades de triagem recuperaram 28099, gerando um total de 69.277 toneladas. Recolhimento de resíduos (RDO + RPU) no estado do Rio de Janeiro Total Prefeituras Empresas contratadas Assoc. Catadores Outras entidades Toneladas Toneladas Toneladas Toneladas Toneladas 4958363,4 2278789,6 2255033,9 46854,5 377685,4 Tabela 4.: Dados adaptados das tabelas Co02a, Co02b.– informações sobre Coleta, Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011 Recuperação de materiais no estado do Rio de Janeiro Coleta seletiva (exceto matéria orgânica) Total Papel Plástico Metal Vidro Toneladas Toneladas Toneladas Toneladas Toneladas Toneladas 41178,5 28099,7 67949,2 4871,6 864,8 859,4 Tabela 5.: Dados adaptados das tabelas Cs01, Cs02.– info. sobre Coleta Seletiva Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011 O levantamento aponta que o Estado abriga 39 entidades representativas de catadores e 1010 catadores registrados. Existem ainda diversas iniciativas estaduais para fomento da coleta seletiva e da reciclagem, como os programas Recicla Rio, ICMS Verde, Fábrica Verde, Coleta Seletiva Solidária e o PROVE. Recicla Rio: tem como foco estratégico a implementação de sistemas de logística reversa que incentivem a coleta de lixo reciclável e contemplado pelo PERS (Plano Estadual de Resíduos Sólidos). ICMS Verde: as prefeituras que investem na preservação ambiental contam com maior repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Fábrica Verde: almeja desenvolver iniciativas que incentivem a inclusão social em comunidades pacificadas, a partir da promoção de capacitação profissional, de criação de empregos e, consequentemente, de geração de alternativas de renda para moradores. Na onda do Ambiente: primeiro programa de política pública de educomunicação socioambiental do estado do Rio de Janeiro. 26 Etapa 1. Pesquisa em base de dados 1.3 Construção de Cenários PROVE: Objetiva evitar o despejo de óleo de cozinha usado em corpos hídricos, ao estimular sua coleta e reutilização na produção de sabão e de fontes alternativas de energia, como o biodiesel. Coleta Seletiva Solidária: visa assessorar os municípios e escolas estaduais para a implantação da coleta seletiva solidária, acompanhar a coleta seletiva implantada em órgãos públicos estaduais, continuar com o cadastramento de cooperativas do estado do Rio de Janeiro, promover a capacitação de catadores, produzir e articular seminários mensais com temas relativos aos projetos ambientais do Estado e prestar assessoria jurídica para formalização de grupos de catadores. Por meio da Secretaria Estadual de Ambiente (SEA), do Instituto Estadual do Ambiente – INEA, e outras organizações, muito material didático é disponibilizado na internet. Há de se destacar o recente desenvolvimento de uma bolsa de valores (BVRio) que visa propiciar a negociação de créditos de carbono, materiais recicláveis e passíveis de logística reversa, como pneus. 27 Etapa 1. Pesquisa em base de dados 1.3 Construção de Cenários A escolha: Município de São Gonçalo. 2º município mais populoso do estado do Rio de Janeiro e o 16º mais populoso do Brasil, com população de mais de um milhão de habitantes (1.008.065), sendo a grande maioria da população urbana (1.007.330 em 2010) e sendo ainda um dos municípios mais antigos do estado, tendo surgido, na condição de sesmaria, anteriormente a 16441, São Gonçalo não possuía coleta seletiva em 2011. Custo de Coleta O manejo de resíduos sólidos do município, em 2011 era totalmente terceirizado, sendo a cobrança do serviço realizada por meio do imposto territorial urbano (IPTU). Os dados apontam que o município apresentava forte déficit orçamentário no serviço e não recebia auxílio federal. Com uma receita orçada de 12,9 milhões (e arrecadação efetiva de apenas 58,5 mil), o valor ficou muito distante do cobrado pelo serviço (42,4 milhões), contribuindo para agravar a despesa corrente da prefeitura (545 milhões). Custo da coleta de lixo no município de São Gonçalo Total de RDO Coletado Custo por tipo de serviço Coleta de resíduos Unidade de processamento Coleta de resíduos do sistema de saúde Varrição de logradouros Demais serviços Toneladas R$/tonelada R$/tonelada R$/ano R$/ano R$/ano 360.246 94,96 3,22 Total por serviço 34.208.960,16 1.159.992,12 464.418,51 5.636.836,97 1.000.976,93 Total 42.471.184,69 Tabela 6.: Dados adaptados da tabela Ge02 - Informações sobre despesas, segundo o tipo de serviço realizado Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos – 2011 Unidades de processamento A unidade de processamento operante em 2011 era o lixão “Aterro de Itaoca”. Com o seu fechamento em 2012, devido a inauguração do aterro sanitário em Ananaia Pequeno, foi possível dar um destino melhor aos rejeitos produzidos no município, contudo, mais de 700 catadores que dependiam da renda extraída do lixão, ficaram sem ter como sobreviver. Catadores O município não possuía em 2011 (de acordo com a pesquisa), ações públicas voltadas para os catadores, bem como nenhuma entidade representativa de catadores e tão pouco catadores registrados, no entanto havia uma população dispersa e visivelmente atuante, no lixão da cidade e ainda presente nas ruas dos bairros (carroceiros). Contudo a ONG Guardiões do mar, têm dado grande apoio para o desenvolvimento de ações de coleta seletiva e reciclagem em São Gonçalo, nas quais vale destacar a Cooperativa Recooperar, o projeto piloto de reciclagem e o projeto cata sonhos. 28 Etapa 2. Análise de dados 2.1. Palavras-chave 2. Análise de dados Para encontrar equidades no tripé da sustentabilidade foi adotada a Ferramenta de Visualização proposta por McDonough & Braungart(2000 : 150), acrescida de valores cromáticos. Ambiente A adição de cromas a ferramenta é fruto de pesquisa desenvolvida por MENEZES e Outros (2013) e tem como fundamento a busca de equilíbrio na combinação de complementares ideais. A ferramenta fractal de McDonough & Braungart funciona por meio do agrupamento de palavras-chave em três Sociedade Economia eixos, cada um representando uma visão absoluta. Enquanto o extremo economia/economia por exemplo, visa o lucro em Imagem 5: Representação do tripé de detrimento de direitos sociais e causando danos ao ambienequidades de McDonough & Braungart. te; o social/social revindica direitos mesmo que prejudiciais a economia ou ao meio ambiente. Por último o ambiente/ambiente representa a permanência de condição imaculada de seus ecossistemas (possível apenas com a total abstenção de uso dos recursos naturais, seja para fins sociais ou econômicos). A medida em que há o afastamento dos extremos, ocorre a convergência e com isso surgem pontos de possível equilíbrio, necessários para a resolução doe conflitos. 2.1. Palavras-chave As palavras-chave, são as variantes que irão compor a ferramenta, e são agrupadas cada qual em um dos extremos por meio de critérios lógicos. A criação dessas palavras-chave envolve a vinculação de uma legenda alfanumérica que representa a mesma dentro do tripé a que pertence (Economia = E, Sociedade = S, Ambiente = A) e uma numeração que remeta a definição da própria variável. Estas são então relacionadas dentro do eixo a que foram agrupadas quanto ao seu impacto, se positivo ou negativo e em que grau, se baixo ou alto. Em sequência são definidas cromas basicas que irão representar cada eixo do tripé. Essa escolha é livre, devendo apenas ser complementares. No caso presente foi definido o amarelo para representar o ambiente, azul para economia e vermelho para social. As variáveis recebem essas cromas de acordo com o eixo a que pertencem e em seguida essa croma recebe uma interferência de saturação conforme o impacto relacionado a palavra-chave. [-3] Terrível | 75% de preto na croma base: Ameaça grave, com alcance amplo e/ou de solução muito difícil. [-2] Péssimo | 50% de preto na croma base: Ameaça moderada, com alcance intermediário e/ou de difícil solução. [-1] Ruim | 25% de preto na croma base: Ameaça leve, com alcance reduzido e/ou de fácil solução. [0] Indiferente | croma base: Ações que não afetam de forma direta/explicita o eixo. [+1] Bom | 75% da croma base (Ou 25% de adição de branco): Ações de curto alcance e/ou de eficiência pontual baixa . 29 Etapa 2. Análise de dados 2.1. Palavras-chave [+2] Ótimo | 50% da croma base (Ou 50% de adição de branco): Ações de médio alcance e/ou de eficiência pontual intermediária. [+3] Excelente | 25% da croma base (Ou 75% de adição de branco): Ações de amplo alcance e/ ou de eficiência pontual elevada. A palavra-chave representada graficamente na forma de um triângulo, com aplicação da croma do eixo a que pertence, com a legenda alfanumérica e com a interferência de saturação, compõem um fator. A reunião de diversos fatores de maneira organizada conforme imagens abaixo, possibilitou a criação de um gráfico: No gráfico ficam evidentes os pontos com maior necessidade de interferência (áreas escuras), sendo possível remediar os vértices do fator de um eixo com a combinação de fatores dos outros dois eixos. A combinação puramente cromática caso se mostre lógica, quanto ao relacionamento das palavras-chave, gera um ponto focal, ou seja, um ponto de equilíbrio. Fator 1 12a Imagem 6: representação gráfica da palavra-chave nº12, no eixo ambiente com grau positivo bom (+1). Fator 2 Fator 4 9a Fator 3 Fator 5 ... Imagem 7: Lógica de organização dos fatores no gráfico. 7s 15e Imagem 8: Exemplo de ponto-focal, o fator social negativo é equilibrado pelos demais fatores. 30 Etapa 2. Análise de dados 2.1. Palavras-chave Lista de palavras-chave Foi feita a classificação quantitativa e qualitativa por extremos do tripé. Eixo Ambiental 1a[+3] Logística reversa 2a[+3] Política nacional de resíduos Sólidos 3a[+3] Coleta seletiva 4a[+3] Redução na produção/consumo 5a[+3] Reutilização de resíduos 6a[+2] Reciclagem de resíduos 7a[+2] Biodiesel a base de óleo vegetal 8a[+2] Ong’s ambientais 9a[+2] Responsabilidade local 10a[+1] Reciclanip - recolhimento de pneus 11a[+1] PROVE - recolhimento de óleo 12a[+1] Turismo ecológico (sustentável) 13a[+1] Separação obrig. em und. Gov. 14a[-1] Pegada ecológica Eixo Social 1s[+3] PNRS (Fechamento dos lixões) 2s[+3] Projetos de capacitação profissional 3s[+3] Campanhas de educação ambiental 4s[+3] Cooperativas de coleta e reciclagem 5s[+3] Coleta seletiva solidária (União) 6s[+3] Reintegração Social 7s[+3] Ensino público flexível/EJA] 8s[+2] programa Pró-catador 9s[+2] Ecoponto social 10s[+2] Midias de orientação/divulgação 11s[+2] Formalização profissional 12s[+2] Vantagens p/ gerador consciente 13s[+2} Capacitação a distância 14s[+1] Projeto Poupa-Tempo 15s[+1] Padrão de cores CONAMA Eixo Econômico 1e[+3] Obsolecencia planejada 2e[+3] Consumismo 3e[+3] Coleta seletiva 4e[+3] Baixa concorrência 5e[+3] Financiamentos públicos 6e[+2] Crédito de carbono 7e[+2] Rentabilidade pontual (alumínio) 8e[+2] Ecoponto social 9e[+2] Prensagem (redução de volume) 10e[+2] Comércio de resíduos específicos 11e[+2] Tercerização de custos/resp. 12e[+1] ICMS verde 13e[+1] Aumento da produção de rejeitos 15a[-1] Crescimento da população 16a[-1] Aglomeração em centros urbanos 17a[-1] migração (cidades emergentes) 18a[-2] Desperdício 19a[-2] Mistura de metabolismos 20a[-2] Debilitação e morte de animais 21a[-2] Desequilíbrio ecológico 22a[-2] Obsolecência planejada 23a[ -3] Extração de matéria-prima 24a[-3] Contaminação de solo e água 25a[-3] Poluição pela produção industrial 26a[-3] Aumento da produção de rejeitos 27a[-3] Descarte inadequado de resíduos 28a[-3] Depósitos clandestinos (lixões) 16s[+1] Turismo ecológico (sustentável) 17s[+1] Ong’s ambientais 18s[+1] Pegada ecológica 19s[-1] Obstrução de calçadas 20s[-1] Exclusão digital 21s[-2] Baixa adesão da população 22s[-2] Insalubridade (contato com o lixo) 23s[-2] Informalidade 24s[-2] Burocracia 25s[-2] Entupimento de bueiros 26s[-3] Proliferação de vetores de doenças 27s[-3] Baixa capacitação profissional 28s[-3] População Marginal 29s[-3] Desemprego 30s[-3] alcool e outras drogas 31s[-3] Analfabetismo funcional 32s[-3] Oligopólios da reciclagem 14e[+1] Incentivos no uso de insumo recic. 15e[+1] Contratação publica facilitada 16e[+1] Coleta descentralizada 17e[-1] Ong’s ambientais 18e[-1] Responsabilidade compartilhada 19e[-2] Alto custo de infraestrutura 20e[-2] Pouca oferta de matéria prima 21e[-2] Custo dos commodities 22e[-2] Carência de M.O qualificada 23e[-3] Prejuízo por não aproveitamento 24e[-3] Logística Reversa 25e[-3] Marcos regulatorios 26e[-3] Ineficiência de elos da cadeia 27e[-3] Custos com Transporte 31 Etapa 2. Análise de dados 2.2. Gráfico fractal 2.2. Gráfico fractal cromático Imagem 9: Gráfico fractal cromático 32 Etapa 2. Análise de dados 2.3. Pontos focais e taglines 2.3. Pontos focais e taglines Do gráfico foram agrupados os fatores em grupos de três, sendo um fator de cada eixo e de modo que tivessem boa legibilidade. As combinações que apresentaram má legibilidade, com a sobreposição das cores, foram desconsideradas conforme os seguintes casos: • • • • • Dois fatores ótimos (+3); Um fator ótimo(+3) e um muito bom(+2); Um fator muito bom (+2) e um ruim (-1); Um fator bom (+1) e um muito ruim (-2); Um fator péssimo (-3) com qualquer outro fator péssimo (-3), muito ruim (-2) ou ruim (-1). Ao agrupar os fatores por afinidades cromática, foi atestada a validade da conexão lógica entre as palavras-chaves. Após diversas combinações foram encontrados vinte pontos focais. Imagem 10: Pontos focais do projeto 33 Etapa 2. Análise de dados 2.3. Pontos focais e taglines O relacionamento dos matizes dos fatores que compuseram cada ponto focal, combinadas, resultaram em uma novo matiz, e assim, uma representação própria e única para o ponto. Essa combinação se deu por meio da soma dos valores dos canais RGB das três cores (separadamente). Nos casos em que o valor ultrapassava o limite do canal (255) era feita subtração de valores inteiros de 255, representando um ciclo completo do canal em questão. Os pontos focais novamente combinados cromático e logicamente entre sí resultaram em seis taglines. “As taglines influenciam o comportamento de compra do consumidor ao evocarem uma resposta emocional. Uma tagline é uma frase curta que captura a essência, a personalidade e o posicionamento da marca de uma empresa e a diferencia de seus concorrentes.”. (Wheeler, Alina. Bookman : 2012, p. 34). Percebeu-se que três assuntos eram recorrentes em todos os pontos focais: educação ambiental; incentivo a coleta seletiva; e incentivos ao gerador consciente. Com isso a integração dos pontos focais, resultou em dois taglines para cada assunto. Imagem 11: taglines desenvolvidas Conclusões A ferramenta apresentou-se eficiente em sua proposta, ao possibilitar o tratamento e relação não cartesiana dos elementos levantados na etapa de pesquisa, bem como auxiliou no apontamento possíveis soluções aos problemas levantados e contribuiu para a produção de conteúdo textual altamente específico e prático. 34 Etapa 3. Identidade Visual 3.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia 3. Identidade Visual Segundo definição de Gilberto Strunck “A programação visual é um conjunto de técnicas que nos permite ordenar a forma pela qual se faz a comunicação visual.” O programador visual enquanto agente intermediário um importantepapel na formação da imagem de uma empresa, aja vista a alta competitividade de nossa sociedade. Segundo Eduardo Tomiya, diretor da Brand analitycs: “A marca é um dos ativos mais importantes de uma empresa.” A marca é informação de forte natureza metonímica e matéria-prima para o programador visual, que deve reunir em um único elemento simbólico: valores, princípios, filosofia e história de toda uma entidade específica, visando facilitar o reconhecimento e memorização. A identidade visual, produto de uma programação visual, “é o conjunto de elementos gráficos que irão formalizar a personalidade visual de um nome, ideia, produto ou serviço”1 devendo ser capaz de informar, substancialmente, à primeira vista. Esses elementos, são divididos em institucionais principais (logotipo e símbolo) e secundários (cor e alfabeto), tendo seu uso especificado e regulamentado dentro de um manual de identidade visual. Embora apresente qualidades subjetivas, uma identidade visual deve apresentar parâmetros técnicos para ser eficiente em sua função e nesse sentido, equilíbrio, pregnância, durabilidade, legibilidade e escala são indispensáveis. Equilíbrio: Obtido com o desenvolvimento de simetrias na marca, por meio de linhas guia, medidas de espeçamento e proporcionalidades internas. Segundo Alina Wheeler, é preciso considerar os atributos de cada monograma que compõem uma marca, como os relacionamentos entre eles. Pregnância: A leitura de uma marca é processada pelo cérebro primeiro como forma, depois como cor e por fim como texto. Nesse sentido o desenvolvimento de uma marca com simplicidade de recursos e dentro de uma forma única e facilmente reconhecível é essencial para o reconhecimento e memorização dessa pelo observador. Durabilidade: Ao permitir maior flexibilidade de aplicações, uma marca sobrevive sem necessidade de alterações por maior faixa de tempo adequando-se as necessidades futuras. Legibilidade e escala: Evitar arestas muito finas, alinhar os elementos, evitar sobreposições e respeitar a forma básica das letras, contribui para a identificação da marca mesmo que ela seja aplicada em uma caneta ou desenhada no casco de um navio. 3.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia A entidade idealizada nesse projeto visa dar solução aos problemas levantados anteriormente. Enquanto organização sem fins lucrativos, terá como objetivos: missão: promover a coleta seletiva e a educação ambiental nas comunidades que atender; visão: defenderá a visão de que o uso das mídias sociais será essencial para a propagação da consciência ecológica; valores: O aprendizado, a consciência e a colaboração. A frase: Reconstrução Coletiva, que além de servir como fio condutor da filosofia da organização deu origem ao seu nome por meio da sigla RECO. 1 STRUNCK, Gilberto. Identidade visual : a direção do olhar. Europa, 1989, p. 14 35 Etapa 3. Identidade Visual 3.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia Pesquisa Foram reunidas diversas empresas que após terem suas assinaturas visuais analisadas revelaram aspectos comuns e divergentes. 1. Compromisso empresarial para reciclagem: Têm como missão: a Promoção do conceito de Gerenciamento Integrado do Resíduo Sólido Municipal; a reciclagem pós-consumo e a difusão da educação ambiental. Características: fonte em caixa baixa, sem serifa e uso da cor verde. Uso de setas presença do círculo e da figura humana. 2. Compromiso empresarial para el reciclaje – Uruguay: Têm como missão: A promoção da redução e reciclagem de resíduos no Uruguai. Seus valores são: Proatividade; Intercâmbio de informações; Integração; Unidade entre o pensar e o agir; Conhecimento e informações atualizadas. Características: fonte caixa alta, sem serifa, uso das cores azul e amarelo. Uso de setas e a figura do sol. 3. Recíclame: Organização peruana que tem por missão: Promover a reciclagem, produzir referências e gerar sinergias. Características: fonte caixa baixa e sem serifa apresenta integração com o slogan e presença das cores verde, amarelo, laranja e azul, utilizando setas e ícones. 4. Sustenta: Organização mexicana que tem por missão: Reproduzir, gerar e difundir informações; fomentar projetos municipais de gestão de resíduos e promover a cultura da reciclagem no México. Características: fonte caixa alta sem serifa apresenta setas que formam o símbolo de infinito. Utiliza as cores verde e azul. 5. Lipor: Empresa portuguesa especializada no tratamento de resíduos, possui como missão: conceber, adotar e implementar soluções sustentáveis de gestão de resíduos, tendo em consideração as necessidades de seus parceiros e das comunidades que servem. Características: fonte caixa baixa, sem serifa, com presença de figura em forma de coração que circula a figura de uma folha de árvore. Suas cores são um gradiente de preto, verde e amarelo. 6. Made in forest: A primeira rede Ambiental no modelo das redes sociais, possui a finalidade de criar uma vitrine organizada de produtos e serviços verdes. Características: Fonte sem serifa com figura misturando elementos tecnológicos como o código de barra e o “qr code” com linhas orgânicas. Suas cores são o verde e o preto. 1 2 3 4 5 6 Imagem 12: Pesquisa de símbolos de logotipos 36 Etapa 3. Identidade Visual 3.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia Conclusões Todas as marcas apresentaram o uso de fontes sem serifa e setas representando o manejo de resíduos são de presença frequente. Formas arredondadas são recorrentes bem como a cor verde. Estratégia – o conceito de holo A assinatura visual deverá permitir ampla capacidade de interferência e ainda assim o seu reconhecimento. Segundo Paul Hughes (Open Manifesto, 2009: 236) A logo procura transmitir uma “verdade singular” por meio de uma forma fixa, o que gera um uso limitado e um conceito estático. O autor argumenta que uma alternativa para a logo deveria ser a holo (de holístico), uma construção simbólica que não busca uma “verdade singular” e não fixa-se em uma única forma, possibilitando “múltiplos significados” e uma forma flexível sendo com isso, mutável, fluida e incompleta tal como a vida. Contudo, é preciso cautela, pois o sucesso da holo dar-se-á apenas com o equilíbrio entre mudança e consistência. A mudança exagerada gera inconstância e com isso perda de significado, identidade e conexão. Por outro lado, a consistência excessiva torna a holo sem vida condenando-a lentamente a “morte.” Para ilustrar o conceito acima e encontrar uma maneira de atingir o equilíbrio da holo, foram levantados alguns exemplos. Percebe-se que no conjunto logotipo, cor e forma, a mudança de um dos elementos não condena as demais, que ainda assim conseguem manter a identidade. Doodles – releituras temáticas da marca google: Os doodles são mundialmente conhecidos, e sua produção por vezes desafia os usuários no reconhecimento da marca. Imagem 13: Exemplos de doodles Nickelodeon: Logotipo e cor são elementos suficientes para preservar a identidade visual, mesmo com as diversas releituras da forma. Imagem 14: aplicações da nickelodeon Oi: Logotipo e cor mantêm o reconhecimento da marca mesmo com ligeiras alterações na forma e no posicionamento. Imagem 15: aplicações da oi 37 Etapa 3. Identidade Visual 3.2. Design de Identidade 3.2. Design de Identidade A identidade visual desenvolvida nesse projeto foi composta de um logotipo, um padrão de cores e um alfabeto. Esses elementos possibilitaram a criação de assinaturas horizontais e verticais, bem como serviram de base para o desenvolvimento de ícones, padrões e ilustrações. Logotipo Após vários estudos, a aparência desejável da marca mostrou-se na forma básica de círculos, por possuírem organicidade e flexibilidade. Rebuscamentos foram considerados prejudiciais a leitura e sobreposições foram eliminadas. 38 Etapa 3. Identidade Visual 3.2. Design de Identidade Estrutura O logotipo foi criado com base em quatro círculos. Nessa estrutura foram apoiadas linhas guia e pontos de interseção foram aproveitados para apoiar a estrutura das letras. Foi criada uma proporção, na qual o elemento de referência foi a espessura da haste média que separa o “olho“ da letra “r“ da abertura de sua base. A proporção foi repetida tanto no desenvolvimento das área de isolamento como para a assinatura vertical. Imagem16: Estrutura do logotipo Imagem 17: Linhas -guia do logotipo 28x 2x 0,5x 3x 0,5x 0,5x x x 2x 2,5x x 3x 2,5x 2x 2x 2,5x 2,5x 3x Imagem 18: Proporções do logotipo horizontal 39 Etapa 3. Identidade Visual 3.2. Design de Identidade Áreas de proteção Para assegurar a integridade e legibilidade do logotipo foi determinada uma área de pro- teção, que deverá ser respeitada. 32x 2x 2x 11x 2x 2x Imagem 19: Área de proteçãodo logotipo horizontal 18x 14x 2x 1x 14,5x 0,5x 2x 18x 2x 2x Imagem 20: Proporções e área de proteção do logotipo vertical 40 Etapa 3. Identidade Visual 3.2. Design de Identidade Assinatura visual A criação das assinaturas deu-se com a integração do logotipo com o “tagline”, gerando uma versão horizontal e uma vertical. 14x 19x 2x 2x 28x Imagem 22: proporções da assinatura horizontal 1x 1,5x 0,5x Imagem 21: proporções da assinatura vertical 32x 18x 2x 2x 2x 2x 15x 23x 2x 2x Imagem 24: Área de proteção da assinatura horizontal 2x 2x Imagem 23: Área de proteção da assinatura horizontal 41 Etapa 3. Identidade Visual 3.2. Design de Identidade Formas Para dar maior diversidade de aplicações para o logotipo e seguindo o conceito de holo abordado anteriormente, foram projetadas formas que serão aplicadas por trás do logotipo. Essas formas são por natureza flexíveis, tendo apenas de respeitar a área de proteção. Imagem 25: Exemplos de interferência na forma do logotipo Cor Segundo Alina Wheller (2012:138), a cor é utilizada para evocar emoções e expressar personalidades. Ela estimula a associação de marca e acelera a diferenciação. Para a Reco foram utilizadas quatro cores, o vermelho, o azul, o amarelo e o verde, por justamente representarem os quatro tipos de materiais recicláveis que pertencem ao metabolismo tecnológico. A ordem das cores respeita quantidade dos materiais encontrados no lixo bem como seu nível de impacto no meio ambiente. Representado pela cor vermelha, o primeiro lugar cabe aos plásticos, por ser o material mais facilmente encontrado no lixo e ser o maior causador de impacto ao meio ambiente.Representado pela cor azul, o papel por ser o segundo material de maior volume no lixo seguido pelos metais que, além da reciclabilidade possuem valor de commodities (cor amarela) e por fim, os vidros (cor verde). CMYK: C:15 M:100 Y:95 K:0 RGB: R:210 G:35 B:46 Hexadecimal: d2 23 2e CMYK: C:80 M:50 Y:0 K:0 RGB: R:27 G:117 B:188 Hexadecimal: 1b 75 bc Reconstrução Coletiva CMYK: C:85 M:15 Y:100 K:0 RGB: R:13 G:156 B:74 Hexadecimal: 0d 9c 4a CMYK: C:0 M:0 Y:0 K:60 RGB: R:128 G:130 B:133 Hexadecimal: 80 82 85 Imagem 26: Assinatura horizontal em policromia 42 Etapa 3. Identidade Visual 3.2. Design de Identidade CMYK: C:0 M:0 Y:0 K:80 RGB: R:88 G:89 B:91 Hexadecimal: 58 59 5b CMYK: C:0 M:0 Y:0 K:60 RGB: R:128 G:130 B:133 Hexadecimal: 80 82 85 Reconstrução Coletiva CMYK: C:0 M:0 Y:0 K:30 RGB: R:188 G:190 B:192 Hexadecimal: bc be c0 CMYK: C:0 M:0 Y:0 K:40 RGB: R:167 G:169 B:172 Hexadecimal: a7 a9 ac Imagem 27: Assinatura horizontal em tons de cinza Imagem 28: Assinatura horizontal positiva e negativa 43 Etapa 3. Identidade Visual 3.2. Design de Identidade Aplicação em fundo colorido O uso da assinatura em fundos coloridos pode se dar como o uso das versões positivas e negativas, mas em fundo com muita interferência poderá ser aplicada a assinatura com uma área de proteção. Imagem 29: Aplicações em fundo colorido Limites de redução Para preservar a legibilidade da marca foram estipulados tamanhos limites de redução, reproduzidos a seguir: 1cm 2cm 4cm 2cm Imagem 30: Limite de redução das assinaturas 0,5cm 1cm 1cm 2cm Imagem 31: Limite de redução das logotipos 44 Etapa 3. Identidade Visual 3.2. Design de Identidade Alfabeto institucional Foi selecionada a família Ubuntu, por ser de uso livre, apresentar um aspecto limpo e elegante e possuir ampla gama de pesos, o que trará flexibilidade. Ubuntu – Regular Ubuntu – Light Ubuntu – Light – Italic ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= Ubuntu – Italic Ubuntu – Medium Ubuntu – Medium – Italic ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= Ubuntu – Bold Ubuntu – Bold – Italic ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= ABCDEFGHIJKLMN OPQRSTUVWXYZ abcdefhijklmnopqr stuvwxyz 1234567890 .:,;’”(!?) +-*/= 45 Etapa 3. Identidade Visual 3.3. Pontos de contato 3.3. Pontos de contato Os pontos de contato são as aplicações da identidade visual, elementos que objetivam reforçar a presença na memória de seu público. Para este projeto foram desenvolvidos três tipos de pontos de contato: os ícones e as ilustrações que seguem adiante e o sítio eletrônico, que será visto com maiores detalhes em etapa posterior. Ícones Visando complementar a sinalização do sítio eletrônico foram criados ícones que seguiram as proporções da assinatura visual. A RECO: Representação da categoria de conteúdo referente a própria organização. Humanidades: Representação da categoria veicular de serviços e oportunidades sociais. Utilidades: Representação da categoria destinada a informações de caráter econômico. Diversidades: Representação da categoria destinada ao aprendizado e conscientização . Minha RECO: Representação da categoria destinada à abrigar informações dos usuários. Ínício: Ícone para acesso a primeira página. Novidades: Plataforma de veiculação de notícias diversas. 16x 2x 12x 2x 2x 16x 12x 2x Imagem 32: Ícones 46 Etapa 3. Identidade Visual 3.3. Pontos de contato Ilustrações Foram desenvolvidos seis personagens inspirados nos principais stakeholders da cadeia de reciclagem. As ilustrações foram desenvolvidas com base em imagens de referência. Após os primeiros rascunhos, alguns personagens foram repensados. Por fim cada um deles teve sua versão final com sombras. Abaixo o processo de trabalho aplicado a criação do Catador. Catador Imagem 33: Fotos de catadores 1 Imagem 34: Fotos de catadores 2 Imagem 35: Estudo de personagem catador Imagem 36: Personagem catador Versão final com sombra Imagem 37: Personagem catador Versão em policromia Imagem 38: Personagem catador Versão em cor institucional 47 Etapa 3. Identidade Visual 3.3. Pontos de contato Demais personagens Imagem 39: Político Imagem 40: Fabricante 48 Etapa 3. Identidade Visual 3.3. Pontos de contato Imagem 41: Comerciante Imagem 42: Dona de casa Imagem 43: Estudantes 49 Etapa 4. Projeto Web 4.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia 4. Projeto Web Todo bom projeto deve ser útil a sociedade e para tanto deve levar em consideração o relacionamento entre a sociedade e a técnica que permitirá sua execução. Por esse motivo, antes de iniciar a projeto do sítio eletrônico foi realizada uma breve pesquisa histórica sobre a internet e a evolução de seu uso pela sociedade. 4.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia Breve história sobre a internet A rede mundial de computadores (mais conhecida como World Wide Web) foi criada por Tim Berners Lee em 19891 com o uso de três tecnologias: Localizador uniforme de recursos (Uniform Resources Localizator – URL): Permite a identificação de informações bem como o local onde estão armazenadas. Linguagem de marcação por hipertextos (Hypertext Markup Language – HTML): Uma codificação simples que permite a organização do conteúdo em uma página, com a possibilidade de indicar um caminho para outro conteúdo (links). Protocolo de transferência de hipertextos (Hypertext Transfer Protocol – HTTP): protocolo específico para transferência de dados criados a partir de hipertextos. Com um uso inicial tímido a internet somente apresentou adesão ampla à partir de 2000, devido a superação de entraves como a organização e descoberta de conteúdo (resolvida pelos serviços de busca e a adoção de padrões web) e a redução de custo dos recursos e serviços (como os computadores pessoais e os serviços de telefonia). A internet como negócio O uso da rede mundial de computadores embora tenha nascido com uma finalidade de produção e compartilhamento de conteúdo, com o passar dos anos ganhou forte uso comercial e publicitário por meio da propaganda de empresas, produtos e serviços. A internet como espaço colaborativo Essa ênfase mercadológica, embora presente, tem dado espaço a uma outra abordagem, o da participação colaborativa. Nesse sentido Philip Kotler(Marketing 3.0, São Paulo, 2010) argumenta que os usuários têm mostrado ampla capacidade comunicativa e colaborativa motivada principalmente por: tecnologias “open-source”; facilidade de acesso a recursos (serviços de conexão, computadores pessoais e aparelhos móveis) e disponibilidade de serviços de mídia social expressiva (como Flickr, Blogger, YouTube, Facebook, Twitter, Google Plus, etc.) e colaborativa (como Wikipédia, Catarseme, Yahoo Respostas, etc.). A cocriação de certo modo retira do profissional o controle total sobre a obra, mas gera enorme engajamento por parte do usuário, que passa a fazer parte do processo criativo e por esse motivo identifica-se com ela. Nesse sentido o projeto de interface web deve sempre manter-se próximo as necessidades de seus usuários bem como dispor de um sistema de uso dentro de parâmetros de usabilidade. 50 Etapa 4. Projeto Web 4.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia Usabilidade Ao entender a eficácia como a possibilidade do usuário atingir seu objetivo; a eficiência como a relação inversa entre o tempo e a dificuldade do usuário atingir a eficácia; a satisfação como o conforto e adequação oriundos do uso; e o desempenho como a capacidade de atingir um objetivo com menor gasto de recursos, é possível compreender a usabilidade como: “a capacidade de um produto ser manuseado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em contexto específico de uso, bem como seu desempenho.” (Guidance of usability - ISO 92411-11, 1998). Usabilidade enquanto acessibilidade O principal benefício de uma interface Web que prese por uma boa usabilidade reside no uso universal da mesma. Assim a acessibilidade é fundamental para que a interface seja utilizada por usuários deficientes. O World Wide Web Consortium (W3C) criou em 1999 o WCAG – Web Content Acessibility Guidelines, um conjunto de recomendações para acessibilidade de conteúdo web. Nesse documento entre outras recomendações constam as seguintes: • Fornecer alternativas equivalentes entre conteúdo visual, sonoro e escrito; • Não recorrer apenas a cor; • Fornecer informações de contexto e orientações; • Projetar páginas assegurando a independência dos dispositivos; • Assegurar a clareza e simplicidade dos documentos; Acessibilidade no Brasil O governo brasileiro, impulsionado pela lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que promove a supressão de barreiras de comunicação e tendo como base o WCAG, criou um Modelo de Acessibilidade de Governo Eletrônico (e-Mag). Existem diversos programas de computador que avaliam a acessibilidade de sítios eletrônicos. O ASES - Avaliador e Simulador para a Acessibilidade de Sítios é um bom exemplo de um desses programas, que ao atestar a adequação do site permite o acesso pleno do mesmo a pessoas cegas, com baixa visão e problemas de motricidade.2 Usabilidade aplicada Durante o desenvolvimento deste projeto de sítio eletrônico procurou-se aplicar parâmetros de usabilidade segundo uma lógica simples e eficaz. Segundo Steve Krug (2005: 88-99) a usabilidade na web é simples questão de bom senso e pode ser resumida em três conceitos: economia de pensamento; conteúdo objetivo; e sinalização eficiente. Economia de pensamento Usar nomes e formas óbvia; Tarefas similares devem ter ações similares; Usar a aparência para separar os tipos de conteúdo; Tirar proveito de convenções (pensamento pré-programado); Dividir páginas em áreas bem definidas; Deixa evidente a presença do link; 51 Etapa 4. Projeto Web 4.1. Conceitos, Pesquisa e Estratégia Conteúdo objetivo Dar preferência por ordens lógicas e naturais (auto-explicativas); Usar linguagem simples/abrangentes, evitar jargões e siglas obscuras; Minimizar confusão (remover conteúdo sem relevância); Dar a cada página um nome claro e auto explicativo; Sinalização eficiente Destacar o campo de busca; Tornar a interface consistente e autoexplicativa; Criar hierarquia visual clara em cada página e em seu conteúdo; Evidência a posição do usuário no site ; Apresentação de botões de Início (primeira página) e Voltar (página anterior); Mostrar ao usuário o que à de bom no sítio eletrônico; 52 Etapa 4. Projeto Web 4.2. Arquitetura da Informação 4.2. Arquitetura da informação Segundo John Shiple (2010 88-99), a arquitetura da informação é a base para o desenvolvimento de um sítio eletrônico. O autor divide a arquitetura de informação em cinco etapas (Objetivos do site; Público alvo e análise competitiva; Conteúdo e funções; Estrutura e navegação e Design visual), cada uma delas detalhada adiante. Objetivos do Site O sítio eletrônico visa promover a coleta seletiva e a educação ambiental dentro dos eixos: social, econômico e ambiental, instigando a produção de conteúdo pelos usuários dentro dos eixos que lhes interessarem. Sendo assim, o site pretende ser: 1º.Uma vitrine de humanidades: Com a produção e divulgação de conteúdo de interesse social (como cursos de capacitação profissional, serviços de auxílio, projetos, campanhas e etc). 2º Uma bolsa de utilidades: Ao disponibilizar recuros tecnológicos para ajudar na divulgação das empresas bem como no fechamento de negócios. 3º Uma consultoria de diversidades: Produzir e divulgar materiais didáticos (como vídeo aulas, documentários, cartilhas, etc) para ampliar a educação, consciência ambiental e o engajamento dos usuários. Público-Alvo e Análise competitiva Foram avaliados seis sítios eletrônicos considerados referências de interesse e que de algum modo apresentaram ligação as temáticas da coleta seletiva e educação ambiental. Os aspectos avaliados foram: aparência, usabilidade e tecnologia, sendo em cada caso apontadas práticas positivas e negativas. Esse material foi consolidado em um conjunto de medidas. Prefeitura de Rio das Ostras O sítio eletrônico da Prefeitura de Rio das Ostras apresenta-se como excelente exemplo de Usabilidade Tecnologia e Estética, servindo de boa fonte de referência. Imagem 44: Portal da prefeitura de Rio das Ostras Aparência: dividido em uma grade de 24 colunas, contando com um menu de navegação na lateral esquerda (5 colunas), uma área de conteúdo no centro (13 colunas) e uma barra lateral de apoio (6 colunas), o sítio apresenta uma estética claramente institucional ao fazer uso de uma 53 Etapa 4. Projeto Web 4.2. Arquitetura da Informação paleta em tons de cinza, o que transmite sobriedade e enaltece a cor das fotografias. Usabilidade: A aplicação de uma barra vertical no topo da página (1) com atalhos para áreas relevantes (conteúdo, menu e busca) bem como as opções de alto contraste e redimensionamento de fonte(2), são de tão modo eficientes que renderam ao sítio um prêmio.3 Imagem 45: Portal da prefeitura de Rio das Ostras, rodapé A navegação possui recursos bem destacados como a migalha de pão, (3) o menu principal (4) e a caixa de busca (5). Existe ainda uma botão que converte o conteúdo para o formato de impressão. Tecnologia: O sítio apresenta a certificação da codificação XHTML 1.0 (6) bem como o padrão AAA de acessibilidade (7). O código fonte da página além de ser bem organizado possui comentários em toda sua extensão o que certamente facilita a sua manutenção. Por fim o sítio apresenta integração com as mídias sociais (8). Cempre Uruguay O compromiso empresarial para el reciclaje (CEMPRE) do Uruguai, tem se destacado no cenário da América Latina. Nos moldes do CEMPRE do Brasil, reunindo serviços e informações de grande relevância na área de reciclagem. Aparência: A estrutura dividiImagem 46: Portal corportavio do Cempre Uruguay da em uma grade de 12 colunas apresenta uma grande área de conteúdo (9 colunas) e uma barra lateral para destacar outros conteúdos do sítio (3 colunas). A predominância do verde no sítio reforça a preocupação com o meio ambiente. Usabilidade: A inclusão da marca da instituição no topo esquerdo(1) está de acordo com a convenção. A barra de busca(2) possui destaque no canto superior direito e auxilia na navegação juntamente com o menu principal(3) disposto na forma de abas e com marcação da página atual. O sítio possui ainda um botão para impressão, que converte o conteúdo para o formato pdf. Tecnologia: A área de destaque (4), presente no topo da página, possui uma apresentação de slides que permite destacar grande quantia de conteúdo em um menor espaço de página. As matérias contam com botões para compartilhamento nas mídias sociais(5) o que auxilia em sua divulgação. 54 Etapa 4. Projeto Web 4.2. Arquitetura da Informação B2blue Tendo sido premiada em 2012 como iniciativa inovadora, a B2blue é uma empresa que se coloca como intermediário na negociação entre coletores de resíduos e empresas recicladoras, facilitando a comercialização do resíduos e estimulando a reciclagem. Aparência: O sítio foi estruturado em 12 colunas com uma barra lateral (4 colunas) que guarda informações complementares e uma área de conteúdo (8 colunas), responsável por listar os anúncios. A predominância da cor azul está em sintonia com a identidade visual da empresa, contudo as cores amarelo e verde são elementos de diferenciação e comunicação. Imagem 47: Site de vendas de insumos recicláveis da B2Blue Usabilidade: A aplicação da marca nas regiões superior e inferior esquerdos(1) reforçam a memorização. O botão de cadastro (2) é proeminente e a caixa de busca (3) apresenta grande destaque, tendo em seu botão a presença do rótulo “busca” e do ícone da lupa. O botão de anúncio grátis(4) também possui destaque ao possuir a cor verde. A navegação principal (5) é pouco evidente mas sinaliza a presença de submenus (devido as setas). A barra lateral(6) transmite informação acessória, útil para usuários iniciantes. A área de conteúdo(7) apresenta os anúncios em lista com uma barra de navegação lateral(8). Tecnologia: O sítio apresenta problemas de codificação, como o alinhamento de textos, e por ser desenvolvido em html5, apresenta problemas de compatibilidade com navegadores antigos. Apresenta ainda uso excessivo de recursos javascript, o que gera sobrecarga da máquina do cliente e também reduz o acesso ao conteúdo. Por fim o sítio apresenta botões de mídias sociais e um canal rss. Made in forest A made in forest é uma “Plataforma Global de Desenvolvimento Sustentável” que reúne em uma plataforma diversas associações, organizações e empresas, contando ainda com uma mídia social própria. Aparência: O sítio é dividido em uma grade de 24 colunas, com uma área de conteúdo pronunciada (20 colunas) e uma barra lateral direita (4 colunas) com formulário de login e uma área de publicidade. A barra de navegação de fundo azul escuro mantêm uma divisão do topo com a área de conteúdo, contudo a marca não encontra harmonia com a identidade do sítio eletrônico. 55 Etapa 4. Projeto Web 4.2. Arquitetura da Informação Imagem 48: Portal Made in Forest Usabilidade: A aplicação do símbolo (1) no topo esquerdo e sua repetição na parte inferior direita, é positiva por reforçar a mesma, mas peca devido a sobreposição do caracteres do mapa do site (10) na área de segurança do símbolo. A ferramenta de tradução embora pareça útil é pouco eficiente por ser automática, não preservando a coesão e a sintaxe do conteúdo. A busca é bem evidente (3) contudo não apresenta filtro de busca avançada. A navegação por links no topo (4) complementa a navegação do menu principal (5), que apresenta falha de projeto, por criar uma quebra de linha que sobrepõem a área de conteúdo. Tecnologia: O sítio apresenta um código fonte bem dividido. Há presença de botões para compartilhamento em mídias sociais (6). Ministério do meio ambiente O ministério do meio ambiente juntamente com o ministério das cidades é um dos principais órgãos de gestão e controle dos resíduos sólidos em nível federal. A ele são vinculados o IBAMA e o CONAMA. Imagem 49: Portal do Ministério do Meio Ambiente Aparência: O sítio não apresenta um posicionamento preciso no sistema de grades. A aplicação de tons cinzentos transmite sobriedade e destaca as cores das imagens. A tipografia diferenciada trans- mite personificação. Usabilidade: O logotipo do ministério do ambiente apresenta alinhamento no topo esquerdo(1). 56 Etapa 4. Projeto Web 4.2. Arquitetura da Informação Há presença de botões para alto contraste e regulagem de fonte (2). O sítio no entanto peca na ausência de atalhos para leitores de tela. A busca é bem destacada (4) e a presença de links de acesso rápido (5) sobre ela é positiva. O sítio apresenta um robusto sistema de navegação e localização, ao dispor não somente do menu principal no topo (6), mas também de um menu lateral mais completo (7), uma migalha de pão (8) e um menu contextual. O sítio apresenta ainda a possibilidade de impressão de tela (9) e um último conjunto de links importantes. Tecnologia: Ao utilizar um “Computer management system”(CMS) de licença aberta (mais especificamente o CMS – Joomla) o ministério do meio ambiente certamente se beneficiou com a facilidade para a publicação de conteúdo. A integração com mídias sociais mostra-se presente no sítio tanto nos botões na parte superior (3) como no final de cada matéria. Conclusões Dos seis exemplos apresentados apenas um possuía amplos recursos de acessibilidade e nenhum deles apresentou flexibilidade do leiaute para acesso por meio de aparelhos móveis. A navegação em alguns casos apresentou deficiências leves, contudo todos os exemplos souberam evidenciar os recursos de navegação, bem como vinculação as mídias sociais. A adequação ao sistema de grade de 960 pixels foi encontrado em cinco dos seis sítios estudados. Conteúdo e Funções Todo conteúdo foi dividido em seis categorias que, por sua vez foram divididas em grupos, resultando por fim conteúdos específicos. Paralelamente foram incluídos os requisitos funcionais que serão utilizados em conteúdos específicos. 1ª Categoria – A RECO: Todo conteúdo diretamente relacionado a organização. Contato: Conteúdo originado de formulário, da página fale conosco, sendo dividido em: elogio, dúvida, reclamação e denúncia. Alguns desses contatos serão listados como dúvidas frequentes para auxílio dos demais usuários. Planilhas de custos: Conteúdo tabular que mostrará aos usuários a administração dos recursos. Texto de apresentação: Quem somos, Missão, Visão, Valores etc. 2ª Categoria – Humanidades: Envolve todo conteúdo de relevância social. Cursos: Informação sobre cursos de capacitação profissional a distância e presenciais, bem como uma plataforma de ensino a distância EAD, da própria organização. Oportunidade: Divulgação de empregos, cursos, vagas de estágio etc. Projeto: Descrição de projetos sociais em desenvolvimento na comunidade, bem como informações para se beneficiar dos mesmos. Serviço: Divulgação de ações de parceiros ou pelo serviço público que sejam úteis a comunidade. 3ª Categoria – Utilidades: Envolve todo conteúdo de relevância econômica. Anúncio dos Classificados: Conjunto de ofertas de produtos e serviços cadastrados pelos usuários nos classificados. Cadastro no Catálogo: Uma lista de contatos importantes, como endereços de cooperativas e associações de catadores, entre outras informações. Ponto no RECO-Mapa: Envolve o cadastramento de locais onde há coleta seletiva ou presença de pontos de entrega voluntária (PEV), Centros de comercialização de resíduos e centros de logística reversa. 57 Etapa 4. Projeto Web 4.2. Arquitetura da Informação 4ª Categoria – Diversidades: Categoria de conteúdo voltado ao ensino e a educação ambiental. Artigos: Conteúdo de produção da RECO que visa uma abordagem aprofundada sobre um tema específico. (Ex. Explicações sobre o funcionamento de leis ambientais, licitações etc.) Biblioteca: Página que listará textos eletrônicos. Vídeoteca: Palestras gravadas, aulas, documentários e matérias de jornal. Fototeca: Fotografias e outros materiais didáticos como infográficos, mapas, etc. Manual passo a passo: Tipo específico de artigo, com uso de imagens para demonstrar os passos a serem seguidos durante uma atividade específica. 5ª Categoria – MINHA RECO: Todo conteúdo produzido ou relacionado ao usuário autenticado. Dados cadastrais: Imagem do perfil, nome, idade, ocupação, e-mail, endereço físico etc. histórico de atividades: Comentários, publicações, arquivos, etc. Título: Muito utilizado em fóruns, o título é um rótulo (ou papel) que diferencia os usuários quanto ao seu nível de participação (ou função), além de ser muito útil enquanto ferramenta de reconhecimento. Os títulos estarão vinculados as permissões dos usuários, e controlarão ainda o acesso aos recursos. Basicamente usuários com maior título, possuirão acesso a recursos mais sofisticados. Os títulos mudam conforme o usuário conquista pontos de experiência e esses pontos são adquiridos com o aumento de sua participação no site, por meio de feitos, desafios e do compartilhamento nas mídias sociais. Permissões: baseado no título do usuário, serão listados os recursos disponibilizados para o usuário (publicação de artigos, participação em fóruns, classificados, catálogo, mapa da coleta seletiva, etc). Feitos: conhecidos como achievements, os feitos serão usados para instigar a participação serão concedidos automaticamente aos usuários que cumprirem um determinado tipo e /ou número de ações. Desafios (Chalenges): atividades específicas com prazo determinado de tempo que se realizadas com sucesso concederão aos usuários prêmios virtuais (medalhas) ou reais (brindes). Certificados: Documentos que comprovam a participação e aprovação do usuário nos cursos ministrados pela organização, seja por uma plataforma de ensino a distância (EAD) ou em cursos presenciais. 6ª Categoria – Novidades: Envolve todo tipo de conteúdo presente em diversas categorias. Atualizações: Divulgação de novas funcionalidades e materiais no site. Notícias: Conteúdo meramente informativo, originado de parceiros, e vinculado em categorias específicas. Esse conteúdo será construído com uso de tecnologia – RSS4. Eventos: Avisos a comunidade sobre atividades interessantes e com curto período de duração. Estrutura e Navegação O site terá diversas páginas, que agruparão os tipos de conteúdo listados. Essas páginas possuirão até três níveis, caracterizando uma navegação horizontal. O primeiro nível de página será composto das cinco maiores categorias de conteúdo. Essas serão divididas em páginas de um tipo de conteúdos específico e por fim, será exibida a página do conteúdo em si. Exemplo do modelo de navegação: 1º Página Utilidades 2º Página Classificados 3º Anúncio específico dos Classificados 58 Etapa 4. Projeto Web 4.2. Arquitetura da Informação Página – A RECO Irá conter a descrição da organização como também dará acesso as páginas abaixo. Cadastro: Página que irá conter o conteúdo do tipo ficha de cadastro. Fale conosco: Página dedicada ao contato direto do usuário com a organização. Será composta de um formulário, com o motivo do contato (elogio, dúvida, reclamação e denúncia). Haverá opcionalmente um lista de perguntas frequentes (FAQ’s) antes do formulário, para evitar a sobrecarga por dúvidas recorrentes. Transparência: Página destinada a prestação de contas para com a comunidade, quanto ao uso das doações recebidas. Página – Humanidades Página que irá listar todo conteúdo de relevância social. Oportunidades: Página que listará o conteúdo do tipo Oportunidade. Projetos: Página que listará o conteúdo do tipo Projeto. Serviços: Página que listará conteúdo do tipo Serviço. Página – Utilidades Página que listará todo conteúdo de relevância econômica. Catálogo da reciclagem: Página que listará conteúdo do tipo item do Catálogo. Classificados: Página que listará conteúdo do tipo anúncio dos classificados. RECO Mapa: Página que visa possuir um aplicativo de mapa, que reunirá informações sobre regiões onde há coleta seletiva e a presença de pontos de entrega voluntária e entidades que recolhem materiais recicláveis. Página – Diversidades Página que irá abrigar conteúdo didático. Biblioteca: Página que listará conteúdo to tipo arquivo. Cursos: Página que listará os cursos disponíveis, bem como breve descrição dos mesmos. Fototeca: Área destinada a hospedagem de imagens, como fotografias de projetos e iniciativas interessantes, e outros materiais didáticos como infográficos, mapas e etc. Vídeoteca: Página que listará aulas, documentários e outros vídeos. Página – Minha Reco Página disponível apenas para usuários autenticados, que coleciona além do perfil do mesmo, seus dados cadastrais, últimas atividades e outras informações. Conquistas: Página destinada a mostrar seu nível de relacionamento com a RECO. Nela serão exibidos: o título, os feitos, os desafios e os certificados do usuário. Página Inicial Ira reunir as últimas informações em cada uma das cinco categorias do site. A página inicial terá ainda um banner, que permitirá destacar um conteúdo qualquer. 59 Etapa 4. Projeto Web 4.2. Arquitetura da Informação Divisão de Áreas A estrutura do site, foi construída sobre uma largura fixa de novecentos e sessenta (960) pixels, sendo subdivida em um conjunto de dezesseis (16) colunas. Foi dividido em cinco áreas distintas: cabeçalho; barra lateral esquerda; área de conteúdo; barra lateral direita e rodapé. Cabeçalho: Ocupando toda a a estrutura (960 pixels) o cabeçalho será composto de duas versões, uma mais completa para a página inicial e outra compacta para as demais páginas do site, o cabeçalho irá conter uma barra de acessibilidade (que irá conter âncoras para o conteúdo, o submenu e o mapa do site, bem como botões de alto contraste, regulagem de fonte e uma lista de idiomas), o símbolo, tagline, caixa de busca, navegação principal (horizontal) e uma área de login. A versão completa do cabeçalho, visível apenas na página inicial, terá uma área de destaque para comportar um slideshow. Coluna lateral esquerda: Irá conter o menu de navegação em segundo nível e uma área de filtro de busca em páginas com muito conteúdo (como o catálogo e os classificados). Coluna lateral direita:(Atualizações) Irá agrupar conteúdo semelhante ao previamente acessado pelo usuário e caso o usuário esteja autenticado, esta coluna apresentará os novos desafios, feitos, e troca de titularidade de outros usuários. Área de conteúdo: Área central que terá um menu do tipo migalha de pão no topo, além do nome da página atual e o conteúdo em lista com paginação caso a quantidade de itens seja excessiva. Rodapé: Última área do site que também ocupará toda a largura da página. Terá aplicação do símbolo, informações de contato da RECO, como endereço eletrônico, e-mail, telefone e endereço, bem como um menu para páginas específicas como o fale conosco. 60 Etapa 4. Projeto Web 4.3. Web Design 4.3. Web Design A última etapa do projeto envolveu a criação de diversos elementos decorativos como o fundo do sítio eletrônico e o favicon, bem como a personalização do sítio eletrônico com aplicação do alfabeto institucional, inclusão de ícones, reforço dos grupos de conteúdo com o auxílio da cor, entre outras medidas. Imagem 50: Página Inicial 61 Etapa 4. Projeto Web 4.3. Web Design Imagem 51: Página A RECO 62 Etapa 4. Projeto Web 4.3. Web Design Imagem 52: Página Humanidades Imagem 53: Página Utilidades 63 Etapa 4. Projeto Web 4.3. Web Design Imagem 54: Página Diversidades Imagem 55: Página Minha RECO 64 Conclusão Inicialmente foi desenvolvido um questionamento a respeito do papel do designer para com a sociedade. Foram abordados tópicos importantes como, a obsolecência planejada e a escassez de recursos naturais, para fortalecer o entendimento de que a atual crise financeira é em grande parte derivada do sistema linear de produção. Evidênciou-se a importância de se adotar um novo sistema produtivo, que sendo cíclico reaproveitaria os materiais de maneria continuada, reduzindo a necessidade de extração de matéria prima e o volume de rejeitos no meio ambiente. Verificou-se que a reciclagem dos resíduos sólidos, enquanto peça de grande relevância para a construção desse novo sistema produtivo, ainda encontra dificuldades para ser implementada no Brasil, principalmente pela baixa adesão da população e pela ausência de coleta seletiva em diversos municípios. Foi construído por meio de pesquisa em base de dados, um panorama das ações de apoio a coleta seletiva no país, bem como no estado do Rio de Janeiro e mais específicamente no município de São Gonçalo. Por meio da metodologia de visualização foi possível encontrar pontos de equidade dentro de um universo de conflitos e diversidades. Esses pontos foram então aplicados em duas soluções projetuais: A primeira uma identidade visual, desenvolvida com a intenção de gerar uma identidade para uma organização social sem fins lucrativos, cujo nome escolhido foi RECO – Reconstrução Coletiva. Foram desenvolvidos ainda ilustrações tendo como base os diversos público ao qual o projeto se destina. A segunda foi solução foi um sítio eletrônico, projetado para reunir em um só ambiente recursos e informações de cunho didático e prático, tanto para facilitar o desenvolvimento de cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis, como para perpetuar a educação ambiental de maneira alegre e descontraída, inclusive pelas mídias sociais. A interface contemplou ainda critérios de usabilidade e acessibilidade, defendidos pelo governo brasileiro e por convenções internacionais. Embora o projeto não tenha sido implementado, foi desenvolvido tendo como meta o seu efetivo funcionamento e expansão, em versões multi-língue (espanhol e inglês). O furuto desse projeto bem como seus desdobramentos são um mistério, no entanto deve-se deixar claro que ações em nível local e próximas a realidade das pessoas devem ser aboradas para que possa haver entendimento e engajamento. Somente assim a coleta seletiva efetivamente funcionará no Brasil. Embora sejam de grande relevância, não serão as leis ou os programas de governo que modificaram o atual sistema produtivo, cabe apenas a coletividade em micro esferas relacionais o papel de reconstruir para sí um futuro em equidade. 65 Referências BONSIEPE, Gui. Design: como prática de projeto. São Paulo: Edgard Blucher, 2012. CALDERONI, Sabetai. Os Bilhões perdidos no lixo. São Paulo: Humanitas, 2003. DIAS, Cláudia. Usabilidade na Web: Criando portais mais acessíveis. 2 ed. São Paulo: AltaBooks, 2007. DURNING, A. How much is enough? The Consumer Society and the Future of the Earth. New York, WW Norton & Co., 1992. KRUG, Steve. Não me faça pensar! Uma abordagem do bom senso a usabilidade na web, 2ª ed, São Paulo: AltaBooks, 2006. MALDONADO, Tomás. Cultura, Sociedade e Técnica. São Paulo: Blucher, 2012. MCDONOUGH, William. Cradle-to-Cradle: remaking the way we make things / William McDonough e Michael Braungart, New York: North Point Press, 2002. STRUNCK, Gilberto. Identidade visual: a direção do olhar, Rio de Janeiro: Europa. Ed., 1989. WHEELER, Alina. Design de identidade da marca : guia essencial para toda equipe de gestão de marcas / Alina Wheeler ; tradução: Francisco Araújo da Costa ; revisão técnica: Ana Maldonado. – 3. Ed. Porto Alegre : Bookman, 2012. HUGHES, Paul. Open Manifesto, p.236, Australia: Kevin Sinn Creative, 2009. ISSN 18325947 Textos eletrônicos BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL – BNDES. BNDES apoia com R$ 7,4 milhões 11 cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Disponível em: . Acesso em: 22 jul 2013. BONSIEPE, Gui. Design e a Crise. Atec Cultural, São Paulo, mar. 2012 Disponível em: . Acesso em: 4 abr. 2013. BRASIL. Lei n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em: Acesso em: 12 jul 2013 COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM – CEMPRE. Ciclosoft 2012 Disponível em: Acesso em: 22 jul 2013. __________. Política Nacional de Resíduos Sólidos – Agora é Lei, São Paulo: 2010 Disponível em: Acesso em: 10 set 2012. 66 DIAS, Sônia Maria. Lixo e cidadania: os impactos da política de resíduos sólidos de Belo Horizonte no mundo do trabalho do catador da ASMARE. Brasil: UNICAMP 2002. Disponível em: Acesso em: 21 out 2012. Guardiões do Mar, Coleta seletiva piloto em São Gonçalo. Disponível em: Acesso em 09/08/2013. EXAME.COM. Conheça as 100 marcas mais valiosas do Brasil. Disponível em: , acesso em 01/07/2013. LONDON, Bernard. Ending the depression trough planned obsolescence, 1932 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE, Senso 2010. http://biblioteca.ibge.gov.br/ __________. População Brasileira Total – 1980 a 2010. Disponível em: , acesso em 22 de julho de 2013. __________. As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil – 2002. Disponível em: Acesso em 21/8/2103. INSTITUTO BRASILEIRO DE OPINIÃO E PESQUISA – IBOPE, Número de pessoas com acesso à internet passa de 100 milhões. Brasil. Disponível em: Acesso em 22 de julho de 2013. INSTITUTO NACIONAL DE PATANTES INDUSTRIAIS – INPI: Guia Básico de Marcas. Disponível em acesso em 22 de julho de 2013. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOGICAS – IPT, Cooperativa de catadores de materiais recicláveis: guia para implantação, São Paulo; SEBRAE, 2003. – (Publicação IPT ; 2952). Disponível em: acesso em 24 de março de 2013. JAQUES, Demajorovic. Da política tradicional do tratamento do lixo à política de gestão de resíduos sólidos. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v.35, n.3, p.88-93 Mai./Jun. 1995. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rae/v35n3/a10v35n3.pdf > acesso em 21 de outubro de 2012. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA, Elementos para a organização da coleta seletiva e projeto dos galpões de triagem, BRASIL, 2008. Disponível em: acesso em 24 de março de 2013. 67 MUNDO EDUCAÇÃO: Política dos 3r’s. Disponível em , acesso em 22 de julho de 2013. NIELSEN NORMAN GROUP – NNG: Jakob Nielsen’s Alertbox: March 19, 2000 – Why You Only Need to Test with 5 Users: Disponível em: , acesso em: 15 de maio de 2013. NOTÍCIAS R7, Reciclagem no Rio de Janeiro não alcança nem 1% do lixo produzido por mês. Disponível em: acesso em 11 de abril de 2013. O GLOBO, Um ano após o fechamento de gramacho, promessas ainda no papel. Disponível em acesso em 22 de julho de 2013. O GLOBO, Maior tapete de corpus christi da america latina confeccionado em São Gonçalo. Disponível em: Acesso em: 09/08/2013 PLANALTO CENTRAL. Política Nacional de Resíduos Sólidos – lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, institui a política nacional de resíduos sólidos; altera a lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm > acesso em 10 setembro, 2012. JOHN SHIPLE: Information Architecture Tutorial Disponível em: Acesso em: 21/8/2013 WORLD WIDE WEB CONSORTIUM (W3C): Webstandards e usabilidade – SMX Expo, 8 de agosto de 2008. Disponível em: Acesso em: 21/8/2013. WORLD WIDE WEB CONSORTIUM (W3C): Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) 2.0, Dezembro de 2008. Disponível em acesso em: 7/6/2013. IMAGENS INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE – INEA: Arranjos regionais para disposição final de resíduos sólidos urbanos – Nomenclatura de Aterros de acordo com a Lei Estadual 6362. Março de 2013. Disponível em: Acesso em 5/8/2013 68