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Fisio 1 - Resumo Fisio-3

Fisiologia ufrj

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Unidade funcional do rim: é o néfron. Este se divide em Cápsula de Bowman, Túbulo Proximal, Alça de Henle (descendente e ascendente), Túbulo Distal e Ducto Coletor. Implicações da Bomba Na/K ATPase: a bomba se encontra na membrana basolateral (interstício) e tem um papel importante na reabsorção de solutos. A energia para a reabsorção proximal é derivada da bomba Na/K, proveniente do gradiente de Na+. A baixa concentração de Na+ intracelular leva a sua reabsorção (co-transporte de Na com glicose) A energia para toda reabsorção proximal é derivada da bomba Na+/K+.A energia necessária para "soluto-carregador-sódio" atravessar a membrana luminal é proveniente do gradiente de Na+, criado pela Na+/K+ ATPase. A baixa concentração de Na+ intracelular leva a sua reabsorção. A glicose é reabsorvida a partir de co-transporte com sódio (simporte). O sódio liga-se a um transportador provocando alosteria do mesmo, permitindo a passagem de glicose para o meio intracelular. O sódio entra na célula por gradiente eletroquímico e, assim, é necessária a manutenção desse gradiente através de Na+/K+ ATPase que bombeia sódio para o meio extracelular e envia potássio para o interior celular. O Transporte Ativo Primário tem gasto de energia (ATP) e ocorre quando a membrana celular transfere moléculas ou íons contra um gradiente de concentração. Já o Transporte Ativo Secundário usa um íon para transportar outra substancia (ex: co-transporte de Na+ e glicose), através de um proteína transportadora carreadora. A energia do íon transferindo para o interior leva a outra substância a se deslocar para o exterior. Ele pode ser simporte (no mesmo sentido) ou antiporte (sentidos opostos). O Transporte Passivo é a passagem natural de pequenas moléculas através da membrana plasmática e ocorre sem gasto de energia. Existe 3 Tipos: difusão simples (passagem de substâncias de forma direta),  facilitada (passagem ocorre com ajuda de proteínas transportadoras) e a osmose (difusão da solução menos concentrada para a solução mais concentrada) Na+K+ATPase e Regulação da Osmolaridade Se tiver muito soluto dentro da célula, o gradiente osmótico vai aumentar direcionando a água para dentro da célula. A Na+K+ATPase bombeia esse soluto para fora. Osmolaridade: As partículas dissolvidas (osmólitos) exercem uma força que tendem a atrair água através de membranas semi-impermeaveis (pressão osmótica balanceada pela pressão hidrostática). Isotônico: meio equilibrado. Hipotônico: meio intracelular menos concentrado que extracelular. A água entra na célula. Hipertônico: meio extracelular mais concentrado que intracelular. A água sai da célula e vai para fora. Reabsorção tubular de água: a reabsorção de água é realizada no túbulo descendente, já a reabsorção de solutos é feita no ascendente. No túbulo distal ocorre a retirada de solutos, o coletor é controlado pelo hormônio ADH e no proximal há grande reabsorção de água e solutos. A permeabilidade de H2O ocorre devido a aquaporina, que auxilia a passagem do interior da célula para o interstício. Aquaporina: facilita entrada de água na célula, pois a água flui para dentro e para fora por meio de osmose. Hormônio Antidiurético (ADH ou Vasopressina): Vasoconstritor que aumenta a pressão sanguínea; aumenta a reabsorção de água e a permeabilidade; impede que a água seja eliminada no ducto coletor. Os osmoreceptores são células preparadas para perceber a quebra na isotonicidade (equilíbrio) do corpo. Quando isso ocorre eles mandam uma mensagem para a neuroipófise, que excreta o ADH produzido no hipotálamo. Então ele chega à circulação sanguínea e vai até o rim na área basolateral onde tem receptores. Ao ligar-se nos receptores dos túbulos, ativa a proteína G que ativa a adenilciclase que converte o ATP em AMPc, culminando na codificação da aquaporina 2, que abre canais no Túbulo Distal, aumentando a reabsorção de água e a permeabilidade à água e impedindo que ela seja eliminada pelo Ducto Coletor. Além disso, aumenta a permeabilidade à uréia no Ducto Coletor. O ADH é secretado em casos de desidratação, pois faz com que os rins conservem a água, diminuindo o volume da urina e aumentando sua concentração. Isso porque o fluxo urinário é baixo e a osmolaridade da urina final é alta. O álcool suprime a produção do ADH, aumentando a diurese. COMO OCORRE A DETECÇÃO DE MODIFICAÇÕES DO VEC? O papel do aparelho justaglomerular em situações de diminuição do volume extracellular Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona: Sistema ativado devido a baixa de pressão arterial. A renina degrada o angiotensinogênio (proteína produzida no fígado e nos rins) em Angiotensina I, que é convertida (pela ECA) em Angiotensina II. O nível plasmático de Ang II é determinado pelo de Renina plasmática, mas sua formação inibe a secreção da Renina. A Ang II estimula a produção de Aldosterona (que aumenta a reabsorção de Na+ nos Tubulos Distais e no Ducto Coletor), além de agir pela vasocontrição nas arteríolas. Nos rins atua diretamente estimulando a Na+ - H+ no Tubulo Proximal e aumentando a reabsorção de Na+ e HCO3 O efeito hipertensor renal se dá pelo sistema renina-angiotensina- aldosterona, uma vez que a angiotensina II é um potente vasoconstritor e, juntamente com a aldosterona, promove a reabsorção renal de sódio, estimulando, indiretamente, a reabsorção de água. A osmolaridade, junto à angiotensina II, produz a sensação de sede. Angiotensina: angio (vasos sanguíneos) + tensina (tensão) – potente vasoconstritor. Aldosterona: reestabelece ou aumenta volume de sódio no sangue; reabsorve sódio e excreta potássio. ADH: evita diurese, formação de muita água na urina. Ele retém líquido. Atua no tubulo coletor. O aparelho justaglomerular é muito sensível ao sódio e ele produz a enzima renina a partir da pró-renina nas células justaglomerulares. Quando cai volume sanguíneo, a arteríola aferente terá menos sódio e o aparelho justaglomerular irá secretar renina. A renina cataliza o angiotensinogenio (PTN hepática) à angiotensina I, que é convertida em angiotensina II, nos pulmões e nos rins, pela enzima ECA. A angiotensina II vai causar uma vasoconstrição na arteríola aferente, evitando que mais sangue seja filtrado e que se perca mais volume sanguíneo. Dessa forma mais sódio será reabsorvido no túbulo distal e o volume sanguíneo irá aumentar devido a atuação da aldosterona. Quanto mais sódio, mais líquido sanguíneo será puxado dos néfrons. Aldosterona: age na função renal aumentando a síntese de Na+, K+ ATPase. Nos Túbulos Conectores e Ductos Coletores aumenta a reabsorção de Na+ e a secreção de K+ Em resumo: Diminuição da pressão > Os rins liberam a Renina que se encontra com o Angiotensinogênio do fígado, dando origem a Angiotensina I, esta sofrerá hidrólise, sob a ação da ECA, nos pulmões e se transformará em Angiotensina II, esta é responsável pela vasoconstrição e pela liberação da Aldosterona, que, por sua vez, serve para retenção de sódio e água. Em esquema: Renina (Rim) + catalisa Angiotensinogênio (Fígado) = Angiotensina I Angiotensina I + catalisada pela ECA (Pulmões) = Angiotensina II Angiotensina II aumenta Vasoconstrição + produz Aldosterona (retenção de Na+ e H2O) Fator Átrio Nutriurético (FAN): secretados pelos átrios em resposta ao aumento no volume LEC (líquido extracelular) e da pressão atrial. Age relaxando os músculos lisos vasculares (vasodilatação) e, no rim, aumentando a excreção de Na+ e H2O (diminuição do conteúdo corpóreo de Na+, água, LEC (líquido extracelular), sangue e pressão arterial). HCO3- (Bicarbonato): O íon bicarbonato, reabsorvido ao longo do túbulo proximal, é derivado da dissociação intracelular do ácido carbônico (H2CO3). Já o bicarbonato filtrado, é removido do fluido tubular na forma de CO2 e H2O. Isso contribui na regulação do pH. Controle do pH: utiliza sistema de tamponamento renal para excretar urina alcalina. Secreta H+ e reabsorve HCO3- (bicarbonato) para tamponar o H+. A absorção do bicarbonato ocorre no Túbulo Proximal, no Túbulo Distal e na porção ascendente da Alça de Henle. No Ducto Coletor a amônia realiza a função de tampão. O metabolismo celular tende a submeter o meio interno a uma sobrecarga de ácidos, pois os produtos catabólicos são em geral ácidos. O papel dos rins na manutenção do equilíbrio ácido-base é facilitar a excreção de radicais ácidos e conservar bases. Esse processo é feito por meio da secreção de hidrogênio e amônia e da reabsorção do bicarbonato. O PH humano é em torno de 7,2 e 7,4. Mudando o PH, as enzimas se alteram. Os íons de H+ tornam o meio mais ácido, o que é ruim para manter o PH. São os tampões fisiológicos que não deixam o PH variar muito. O HCo3- (bicarbonato) é o principal tampão. Ele neutraliza o H+ e forma o ácido carbônico H2Co3 na luz, que apesar de ser ácido, é considerado fraco e se dissocia muito rapidamente com a ajuda da anidrase carbônica, virando H2O e Co2. Assim o H2O e o Co2 entram na célula onde sofrerão novamente a ação da anidrase carbônica, voltando a ser H2Co3. As desidrogenases retiram o H+ do ácido carbônico transformando-o novamente em HCo3- (bicarbonato). O HCO3- sai da célula em direção ao sangue através do trocador HCO3-/Cl- e do co-transportador HCO3-/Na+ localizados na membrana basolateral. NH4 (Amônia): Auxilia nos sistemas tampão, que formam uma espécie de barreira às alterações do pH sanguíneo. No nível dos ductos coletores, os prótons são tamponados, e a excreção dos íons H+ ocorre sob a forma de cloreto de amônia. Três fatores principais participam da regulação da concentração urinária de amônia, são eles: (1) Aldosterona que aumenta a concentração de amônia na urina e estimula a secreção ativa de prótons (H+); (2) Estado ácido-básico: excreção de amônia é estimulada pela acidose plasmática; (3) Concentração de Potássio: alta concentração de potássio reduz a concentração de amônia na urina, determinando acidose. Já a baixa, determina a alcalose. * Estado ácido-base: No ducto coletor as células intercalares têm íons amônios NH3-. Se chega mais H+ do que deveria (urina muito ácida), essas células jogam NH3- na luz do túbulo e viram NH4, que não possui caráter ácido e é solúvel em água. Uréia: resulta da degradação de proteínas. 30 a 40% da uréia é reabsorvida no túbulo proximal. O ramo descendente da Alça de Henle, o Túbulo Distal e a parte proximal do Ducto Coletor são impermeáveis à uréia. Já a porção distal do Ducto Coletor é altamente permeável. Podócitos: células do epitélio dos rins que formam uma barreira de filtração glomerular, contribuindo para a seletividade de tamanho e mantendo uma superfície de filtração massiva. A principal função dos podócitos é restringir a passagem de proteínas do sangue para a urina. A passagem de proteínas do sangue resulta no aumento do teor de proteínas na urina (proteinúria). Quantidade excretada = (quantidade filtrada – reabsorvida) + (secretada) TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR = TFG Aparelho Justaglomerular: estrutura do néfron localizada na capsula de bowman e no glomérulo. Regula: fluxo sanguíneo renal e taxa de filtração glomerular. Modula: balanço de Na+ e pressão sanguínea pelo sistema renina-angiotensina- aldosterona. No TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL: ocorre reabsorção do Na+, da glicose e dos aminoácidos para o meio intersticial e daí para os capilares peritubulares. Seu sistema de reabsorção é classificado como de alta capacidade de transporte e baixo gradiente de concentração. Na ALÇA DE HENLE: no ramo descendente ocorre reabsorção de água e secreção de sais e uréia e no ramo ascendente ocorre reabsorção de sais e regulação da excreção de Mg2+. A parte ascendente é impermeável à água. O TÚBULO CONTORCIDO DISTAL: reabsorve NaCI, bicarbonato e cálcio; secreta hidrogênio e amônia e reabsorve e secreta potássio. A reabsorção de sódio e a secreção de potássio e hidrogênio são estimuladas pela aldosterona. A porção inicial do túbulo distal é impermeável à água. Sua porção final responde ao hormônio antidiurético. A permeabilidade de seu epitélio à uréia é baixa, e a reabsorção de água faz com que se eleve a concentração intratubular desse soluto. Por fim, é um segmento de baixa capacidade de transporte e de alto gradiente de concentração, reabsorvendo menores frações do filtrado que o túbulo proximal CLEARENCE RENAL: taxa na qual o soluto desaparece do corpo por excreção ou metabolização por unidade de tempo. Inulina: é livremente filtrada no glomérulo, mas não é secretada nem reabsorvida através dos túbulos do néfron. Essa propriedade da inulina permite que a depuração plasmática da inulina seja usada clinicamente como medida da taxa de filtração glomerular (TFG). Creatinina: é filtrada, mas só uma pequena quantidade é secretada ativamente. Não sofre reabsorção renal e se a filtração do rim está deficiente, os níveis sanguíneos de creatinina aumentam. Seu aumento no sangue é observado somente quando há um dano nos néfrons. Taxas altas de creatinina podem também ser um indicativo de desidratação.