Preview only show first 10 pages with watermark. For full document please download

Filosofia Da Educação

Compare essas duas passagens a "virtù" do Príncipe de Maquiavel à "arte" do educador do Emílio

   EMBED


Share

Transcript

UNIVERSIDADE FEDERAL __ DISCIPLINA: FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO PROF: ATIVIDADE 3 Aluna: Compare essas duas passagens:   "Os homens trilham quase sempre caminhos abertos por outros e pautam suas ações sobre essas imitações, embora não possam repetir tudo na vida dos imitados nem igualar sua virtù. Um homem prudente deve sempre seguir os caminhos abertos pelos grandes homens e espelhar-se nos que foram excelentes. Mesmo não alcançando sua virtù, deve pelo menos mostrar algum indício dela e fazer como os arqueiros prudentes que, julgando muito distantes os alvos que pretendem alcançar e conhecendo bem o grau de exatidão de seu arco, orientam a mira para bem mais alto que o lugar destinado, não para atingir tal altura com flecha, mas para poder, por meio de mira tão elevada, chegar ao objetivo." (Maquiavel, O Príncipe, Cap. VI)   "[...] uma vez que a educação é uma arte, é quase impossível que ela tenha êxito, já que o concurso necessário a seu sucesso não depende de ninguém. Tudo o que podemos fazer à custa de esforços é nos aproximar mais ou menos do alvo, mas é preciso sorte para atingi-lo." (Rousseau, Emílio, Livro I)   Podemos relacionar a "virtù" do Príncipe de Maquiavel à "arte" do educador do Emílio. Nesse caso, a "fortuna" em Maquiavel corresponderia à "natureza" em Rousseau. Você concorda com essa dupla relação de conceitos? Comente em poucas palavras. Reposta: A virtú, assim como a arte são a capacidade pessoal ou a capacidade de adaptação aos acontecimentos, é a energia dirigida para um determinado objetivo. Rousseau afirma que a educação é uma arte, esta se emprega na "domesticação" da natureza do homem. A virtú seria responsável pelo sucesso político, pela adaptação às mudanças. Ambas, estando isoladas, não podem levar o indivíduo ao alcance de seus objetivos, uma vez que dependem da fortuna ou da natureza, que para ambos representa a sorte, ou melhor, representa os acontecimentos inevitáveis, sejam favoráveis ou não. Assim, para que se alcance o sucesso político não é suficiente a virtú ou a arte, mas também a fortuna ou a natureza, respectivamente.